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Servidor Lamp
Iniciando uma série de artigos referentes a configuração de servidores web, vamos partir do Servidor
Lamp, que significa Linux+Apache+MySQL+PHP. Os passos apresentados aqui podem ser aplicados
em Fedora/CentOS/RedHat. Com o avanço do conceito Web 2.0, temos a valorização das páginas
web dinâmicas e aplicativos via web. A grande maioria dos gestores de conteúdo trabalham sobre esse
formato, sendo crucial para quaisquer desenvolvedores web ter um servidor Lamp instalado em seu
hardware.
a) Apache
Por ser um dos servidores web mais antigos do mundo, o Apache é sem dúvida um dos mais seguros e
estáveis. Duas características que chamam a atenção a seu respeito: ele permite hospedar vários sites
em um mesmo servidor (virtual hosts), além de permitir que se adicione diversos módulos, expandindo
e customizando os recursos de acordo com sua necessidade. O uso de virtual hosts é importantíssimo
para economizar os recursos, pois pode-se definir os limites das taxas de transferência de dados
(bandwidtch), fazendo com que apenas o site que gaste toda a banda fique indisponível, sem prejudicar
o funcionamento dos demais.
No Fedora, no CentOS e, obviamente, no Red Hat, não temos mais o Apache 1.3. A versão do Apache
disponível para estas distribuições é a 2.x. Para instalar o Apache 2 e suas dependências você precisa
instalar o pacote "httpd" através do comando:
O comando acima vai ativar o serviço, mas não vai criar os atalhos para iniciar automaticamente. Para
isso você precisa usar o comando chkconfig, no seguinte formato:
# chkconfig httpd on
Abra seu navegador de Internet e acesse o endereço: "http://127.1.1.1/". Se for visualizada uma
página com o texto "Fedora Core Test Page" significa que a instalação do Apache foi realizada com
sucesso, e podemos prosseguir com nossa instalação.
É importante enteder o funcionamento do Apache, antes de seguir os próximos passos. A única função
do Apache é entregar aos clientes páginas html e arquivos similares. Tudo que não for inerente a isso é
feito a partir de módulos. Por exemplo, uma página php é repassada do Apache para o módulo
encarregado de processá-la, chamado "mod_php". Se não for necessário acessar bancos de dados, este
módulo interpreta a página e a devolve ao cliente. Caso contrário, outro módulo, denominado "php5-
mysql" permite ao interpretador php acessar o banco de dados desejado. Os problemas de segurança
normalmente são provenientes dos gestores de contéudo (Cms), na maioria dos casos.
Outro detalhe importante é a respeito do usuário padrão do Apache. Este usuário chama-se "apache",
com recursos limitados. Sua função é impedir que invasores tenham acesso ao "root" e prejudiquem o
funcionamento de seu sistema operacional.
b) PHP
Para instalar o suporte a PHP, você precisa de usar apenas dois comandos, sendo o primeiro para o
suporte e o segundo para reiniciar o serviço, para que as configurações entrem em vigor:
Lembra-se do "mod_php" mencionado acima? Ele está incluso neste pacote "php" e será ativado
automaticamente, através do arquivo gerado, denominado "/etc/httpd/conf.d/php.conf". Mas a
comunicabilidade do suporte a PHP com o servidor MySQL ainda não estará ativa, por padrão. Para isso
precisamos usar o seguinte comando, via terminal:
Após a instalação, precisamos verificar se o suporte está realmente ativo. Para isso crie um arquivo
chamado "info.php", cujo conteúdo seja apenas a linha abaixo:
Salve este artigo na pasta "/var/www/html" e, no seu navegador de Internet, acesse o endereço:
"http://127.1.1.1/". Se tudo estiver certo você verá uma página que exiba os módulos ativos e a
configuração do PHP. Não se esqueça de remover este arquivo, para a segurança do seu servidor.
c) MySQL
Temos vários bancos de dados, alguns mais seguros, outros mais rápidos. Hoje me dia o MySQL é
extremamente popular, seguido dos avanços e melhorias do Postgree. Em nosso artigo vamos
configurar o MySQL, pois os demais derivam do mesmo princípio. A primeira atitude é instalar o
Servidor MySQL, através do comando:
Agora precisamos fazer com que o servidor seja inicializado ao ligar o computador. Para isso segue o
comando:
# chkconfig mysqld on
Agora vem a etapa mais importante da instalação. A negligência do próximo comando causa muita dor
de cabeça nas configurações de servidores Lamp em distribuições baseadas em pacotes .rpm. Antes de
ativar o Servidor MySQL precisamos criar duas bases de dados "mysql" (armazena as configurações de
seu servidor e de seus usuários) e "test" (que é usada para fazer testes no seu servidor). Mas não se
preocupe, toda essa configuração é feita através do comando "mysql_install_db", da seguinte forma:
# mysql_install_db
Agora sim vamos ao passo seguinte, que é ativar o Servidor MySQL:
O usuário padrão do seu Servidor MySQL chama-se "root", cuja senha é inexistente. Caso queira
modificar a senha, basta digitar o comando abaixo, substituindo a palavra "novasenha" pela de sua
preferência:
Mais uma etapa concluída na configuração de nosso Servidor Lamp. Vamos agora fazer com que o
Servidor Apache, com módulos de interpretação de PHP e Servidor de Bancos de Dados MySQL se
comuniquem, permitindo a plena utilização e instalação de quaisquer sistemas CMS de gestão de
contéudo.
d) PhpMyAdmin
O PhpMyAdmin é sem dúvida uma ferramenta que facilita bastante na manutenção do Servidor MySQL.
É fácil de instalar e de operar, bastando para sua instalação o seguinte comando:
No próximo artigo provavelmente focarei em Virtual Hosts e Segurança no Servidor Lamp. Espero que o
presente artigo seja bastante útil para você.