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20 TESTAGEM PSICOLOGICA COM CRIANCAS E ADOLESCENTES Juliane Callegaro Borsa Monatisa Muniz ste capitulo abordara varidveis importa jeradas em uma testagem pstcoldgiea com criangas © adolescentes. Os apontamentos aqui discutidas contribuirdo para que os dados advindos da tesiazem sejam colctades ¢ mieqpretates de maneira adequada para a popalagio infantojuvenil, O feiOr pode pensar: “mas cos 4 nos orientam sobre scu pitblico-alva ¢ como deve ser realizuda sua aplicagio, ¢ Sim, os mannais desses testes instevem sobre a sua adminisira cntanto, € imprescindivel que 0 wvaliador conhega uma série de elementos que fordo 0 material colaide por meio do teste ser sceimente uti! para a avaliagdo psicoldgica, que & 0 provesso no qual a festagem 6 insetida. Assim, inicialmente se discorseri sobre a avaliagio psicolégica e 2 testagem psicologica dentro desse proceso; ema seguida, scrdo trabelliadas as especificidades para o pablico infantojuvenil; e, por fins, sera discutida a necessidade de mais tastes para essa popalacto A avaliacdo psicoldgica & um procense técnico vicutitive realizado com pessoas ou grupos de pessoa gue reguer metudologias esneciticas de acorco com cada drca de conhecimento. Fla é dindmica € constitui- se em fonte de informaydes de canter explicativo sobre os findmcnos psicolégicos, com a finalidade de subsidiar irabalhos nos diferentes campus de atuagio do psicélage, entre eles os da saiide, da educacto, do itabalho © outros setores em que se fiacr necesséria, Trata-se de um estudo que requer planejamento prévio c cuidadoso, de acordo cont a demand ¢ com os fins para os quails 4 avalinggo se destina (Conselho Federal de Psicologia [CFP], 2013). Conhecimentos em diver Psicologia, como, por exomplo. psicopaiologia, psicologia de descavulvimento, psivologia da personalidade e processos cognitivos hrisicas, dovem ser associados ao corpo teérica © pritica de comhecimnentos espeeifieas da avaliagio pricolégica Esse conjunte de intormagies deve ester presente em todo o processo de avaliagdo psicolégica para que sejam realizadas interpretagdes adequaddas advindas do material reeolhide durante 0 processo (Nunes et al 2012). Fire as terramentas de coleta de intormacdes utilizadss ma avaliagio psicolégica, psicolégicos. que si definides como procedimentoy sistematicos de observagdo ¢ registra de comportamenios com 0 objetivo de deserever c/o monsurar caracteristicas e processos psicoldgicos (CFP, 2003). Assim, na avalias2o psicoldgica, pode ser conduzida uma testagem paicolégiea, que, segundo Cohon, Swerdlik ¢ Sturman (2014), € um metodo que se whiza ce instrumentos e'ou procedimentos consiruidos com a finelidede de mensusar varidveis aisaciadas a0 conteato da psicologia, Com isso, a testagem fax parte do proceso de avaliagdo psicolbpica, que ¢ uma investigagio mais ampla para a compreensdo do funcionsmento do ser hamano, Tanto @ avaliagao quanto z testagem psicologica so ativielsdes complexas e demandam competéncias ¢ habilidades especifices dos psicdtogas, Nesle capitulo, seri tratadas de forma mais detalhada 4 testagem psicologica em criangas ¢ adolescenies, cscindivel gue tais comperéacias ¢ habilidades estejamn consolidadas na pritica profissional do psicdlogo, Para melhor detalhamento € compreensio sobre esse assunto, recomenda-se a leitura do Cédigo de Ftica do Profissional de Psicologia (CFP, 2005), das Diretrizes para o uso de tesies (Intemetional ‘esi Comission LTC}, 2000) ¢ de Nunes e colaboradares (2012) Uma formaciu solida das competéncias ¢ habilidades prepara o psicélogo para lidar com as especificidades da avaliacZo psicolégica, coma, por exemplo, quem & 0 sujeito ou grupo a ser < freas estilo os testes comprecndido. A condugad ¢ as estrategias assumidas no proceso da avaitagao psicalogica dependerao do sujeito ou grupo que sera avalide. © mesmo cabe aos testes psicolégicos, e, com isso, varios aspecios citados como importantes para 0 processo de avaliacdo psicoldgica, tais como conhecimentos de outras treas da psicologia © andlise das informngécs interpretadas com demeis dados, também se eplicam para a testagem psicologies Gauy © Guimaries (21 como finalidade verifiear a frequai Ni6) descrevem que os primeiros trabalhos de avaliagio infantojuvenil tinham ia, @ duragho © a taxa de comportanientos em determinados contextos, Posterionmente, 0 fo isa dos comportamentos, o que demandou a incluso de novos agentes ¢ instrumentos no pio © itistrumentox comportamentais com maior amplitude. As autoras fambém apontam a complexidadle da avaliagio dos transtomos nessa populagéo, quo, dadas as caractoristicas do desenvolvimente, apresente maior difieuldade em expressar e em reconhecer suas emogdes, Conforme apoatady por Bird ¢ Duarte (2002), qisndo se tem por ebjetive a identificegdo de problemas psiquidtricos em criangas e adoleseentes, hd desatins o particalaridades diferentes dos da populace adult. periode do desenvolvimento, especialmente dis criangas, pode fimitar a mancira como pereebem ¢ lidam com os problemas cmocionais. Para que ocorta um diagnostice cfetive nessa faixa etdria, € necessarie um procedimento de aveliagio que utilize diverse fortes de informagiio, além da uplicugfo de medidas padronizaday adaptadas para essa populasio, . Os apontamentos de Gauy © Guimaries (2006) ¢ Bird e Duarte (2002) justitigam ainda mais os cuidados a screm tomados com a avalitgde € o teste psicoldgivo para 2 populagao infantojuvonil. Assim, a pritica da testagem psicoldgica requer » vic de cuidados técnicas e éticos que arantirdo sua cfetividada, Tats cuidados so imerentes a qualquer contexte ¢ domanda, porém, na préiiea com eriangas ¢ adolescentes, ¢ preciso atengao especial. Os restkados obtides nor meio dos testes psicolbgieos dever ser sempre considersdos de forma contextualizada, atrclados avs resultados das demais téenicas ¢ procedimentos conduzidos 20 longo do processo, como a entrevista, a hora do jogo e a observagzo, Além disso, é importante que os resutiados dos testes psiculdyicos também sejam contiontados com os Gados advindos de ouccos informamtes, como pais. professores, amigas e outros cuidadores e Fumiliares, os qnais poderio fomecer informagiies iteis sobre o cormportumento da eriunga ou do adolescente no scu cotidiane. Do mesmo modo, as informacdes advindas de outros profissionais, como neurologistas ¢ Fonoaudidlogos, poderdo ser de exte foozeem dados especilicos de suas deeas de conheciments que, por sua stigacéo conduvida pelo psicdtogo ao tongo do processo de avaliagio om Rocha, Emerich e Silvares 2014), a inclustio de miltiplos informantes ¢ fandamenial. ja que pernitiré ae psic6logo uma melhor ¢ mais completa compreensiio do caso, auxiliands na tomada de decisio mais adequeda quanto & indicagdo terapéutie Ressalta-se que a interpretagio dos resultados dos testes 9 aspecto que merece atenedo especial. E importante considerar que criangas © adolescenies sofrem significative imfluéneia de referéncias extemas, como a familia, a escola, os pures, entre outros. Nesse sentido, 6 importante que o8 resultados ngo scjam laxatives e considerem o atval momento de vida do sujeito avatiads Outra pratica dil para a compreensio do caso ¢ 2 investigagio realizada i loco, visando conkecer a caracteristicas dos comportamentos da erianga ou do adolescente ni escola, em casa ou em oultos center de inieragao. Tal pratiea permitira ao psiedloge obior walormagtes que dificilments sericm upreendides por meio de testes padronizades, garartindo, assim, uma visio sistémica da queixa apresentada no iticio da avaliagdo psicolégica. Um exemplo dessa prética & a visita do picilogo a escola da erianga que chega para avaliagdo com a queixa de problemas de co passou a sera natureys ea 50, come OuiFes Informa aprendizagem. Nessa visite, o profissional poderd entrovistar os professores, conhecer a sala de aula ou obscrvar as atividades de patio, 4 fim de comprecader como e com quem a eranga interage. Essas informagies poderio auxiliar na commpreensio da dificuldade de aprendizagem, considerando as possiveis variévcis cavolvidas para além dos déicits cognitives, Estaria essa crianga,com dificuldade de atengao decorrente de aspectos individasis qu de fatores disirstores externos? Estaria apresentando dificuldades de interagdo com scus pures, tepercatinds nas dificuldactes avadéinicas? A relagdo entre o professor e a crianga poderia estar contribuinde para essa dificuldade” Que outtas variévcis do contexto podem estar influenciando na etiologia © manutenedo dos problemas de aprendizagem? E preciso salicntar, tambem, que ioda ¢ quatquer dificuldade psicoldgica, soja cla cognitiva ou afetiva‘emocional, & em alguma medida, sempre mubifatoral. Assiza, 0 psicdlogo deve considerar os aspecios do conicato social, cufturat ¢ familiar de avaliandc. Por exemplo, sc a crianga ou adolescente apresenta dificuldade de relacionamento, demonsmande comportamentos agressivos, 6 nocessitio que 0 psicologo investigue em que comtexto essas atitudes = compreenda a dinamica des relagdes que 0 paciente estabeleve com seus pares, fanuliares © professores. Essas informagdes sero titeis para coroborar os dados obtides na tes n. permitinds una compreensie mais ampla do compartamento agressivo. Também deve-se cansiderar o context ¢ os abjetivos da avaliagto, A testaem realizada no contexto elinico apresentard caracteristicas distintas da testagem realivada no contexte hospitatar, escolar ou juridico, por exemplo, independentemente do contexto e dos objetivos ca avaliagio, a aplicagdo dag testes deve estar sempre atrelade a outros procedime Porem, sa clinica, 0 proceso de investigagdo lende a ser mais longo ¢ mais complexp, Lssas exracteristieas permitem wana posture mais exploratoria por parte do psiedlogo, que fard uma andtise detaliada dos sintomas investigades ¢ das possiveis relagdes entre cles & outmas caracteristicas ¢ eventos de vida do avaliando. 13 ne contexte juuridico, escolar on hospitalar, a testagem geralmente tem caracteristica mais portual, visto que cumpre responder a um objetivo mais - especifice, camo, por exemplo, avaliagiio em caso de disputa de quarda, orientagaa vocacional ou evatia pré-cinirgica. Essns diferentes canwteristicas ¢ demandis si essencisis para a eseotha dos testes psicoldgicoy a ser aplicados, que poderto ser mais breves @ objetives (como escalas, inventarios ¢ cheekiists) ou mais complexos (como téenicas projetives ¢ expressivas). Quanto aos testes psicoldgicos, deve-se salientar que esses instrumentos nao siv capazes de responder sozinhos 2 todas as questies Jevantadas no processe de svaliagio p » Jorrimentas tteis, porém complementates as informagées criundas de outras fontes, métodos © teonicas, de que v psicdloge necessariamente deve langar mio ao conduzir a avallagao psicoldgica (CFP, 2003), Outro aspecto importante na testae ieseentes sefere-se aos cuidados com a aplicapdo dos testes, Sobre esse ponto, guv se aplica a qualquer lestagem, cabe mencinnar uma frase: de Cunha (2000, p. 113): * © foco di testagom deve ser o sujsito, e nde os testes”. A inflincia ¢ a adolescéncia sia etapas de desenvolvimento caracterizadas por importantes aquisigiies neurolagicas, cognitivas. afetivas e saciais. Criancas e seentes podem apresentar diferentes caracteristicas psicolégicas, dependendo da etapa do des 1 em que se encontrar, Por isso, & preciso considerar essas ospecilicidades ao planeyar a testagem Sao necessisioe textes especificos para diferentes fases do desenvolvimento © um ambiente que permita que a ‘ou 0 adolescente sintam-se capazes de se wiealégiva. Os testes si com ctiangas © exptessar livremente, de acordo com suas proprias demandas e possibilidades. Uma erianga de 5 anos, por exemplo, apresenta capacidade de compreensio © verbalizagio muito distinta da apresemtada por uma crianga de 10 anos. Do mestho modo, os contextos de interacko, « autonomia co desenvolvimento cognitive € socioemocional de uma crianga pré-escolar so distinios dos de criangas mais vellias, Devido a esses aspectos, ¢ importante que scja respeitada a faixa ctaria a que os testes se destinam. Cunha (2000) apresenta algumas recomendagies pars a administragdo de testes © séenicas, especificando algumas particularidades no mengjo com crianeas quanto 4 estrutura de ambiente © 4 organizacio do material. A vstota poniua a necessidade de o ambiente de aplicagio ser adoquado, com os moterinis disponibilizados de mancira a facilita’ © proceso de testagem para o proprio psicdlogo ¢ a interagdo do avaliando com o material. Esso aspeeto pontuaco par Cunha é importante para qualquer - avatiando, mas requer atengao especial quando se ints de criangas, & comegar pela etgonomia do lecal de testagem. © ambiente deve ter mesa ¢ cadcira adequadas ao tamanho da erlanca, caso contrario, ela sera prejudicada, Por exemple, o Teste de Casa-Arvere-Pessoa, conhecile como HTP (Buck, 2003), propse que © sujeito realize tes desenhos, utilizando papel, pis e borracha. Para tanto, o psicdlogo devera disponibilizar uma mobilia que deixe a eriangs confortével para a cxecugio da tarefa, O mesmo ocorte com Giversos subtesies da Fscala Wechsler para Avatiagie da Intcligéncia em Criangas — WISC-IV (Wechsler, 2013), came, por exemplo, a montagen de cubos, em que os materials devern cstar & allura do campo de visio da orianca. Alem disso, a disposigiio dos materisis © o que deve estar presente durante a aplicagao também merecem cuidados. Diferentemonte de udulo, a crianga, ¢ 6té mesmo o adolescents, term mais difipldade em mantra ater min nae im aman nralaneadia Pleesa fem sim mais genuina, ajudando a diminuir a ansiedade e a aumentar a atitude de cooperasao. Esse momento pode ser mais complicade quando se trata de eriangas ¢ adolescentes, j4 que a demanda inieial advém de pais, professores 2 médicos, e rio de si préipri. nti, é imperkante que o psicélogo saiba canduzir esse conversa inicial, atentardo ainda mais para uma posture acolliedora c compreensiva dessa situagZo. Assim como a conversa inicial, as t& ficas tendem a ser recomendaveis como técnicas “quebra-gele”, especialmente com criangas (Cunha, 2000). O deseuho ¢ outras atividades Ihdieas, como Jogos estruturados, atividades com argila br nt bonecos de pano, so familiares as criangas e, por isso, pouico ansiogénicas, sc comparadas aos testes padzonizados. Entre os testes psicoldgicos, existem alguns que sio de mais {acil aceitacdo, como é 0 caso dé HTP ou do Desenho da Figura Humana — DFH (Woeksler, 2003). O HTP é ain toste projetive que também reine essas earneteristions, podendo ser utitizado no inicio de ume sesstio de sestagem (Horse, 2019) J4 0 DFT apresenta-se como uma écnica itil sobremdo com criangas, pois se tata de ume tarefia aio verbal de expressie prifiea (Borsa & Banermann, 2013), Essas tenicas também sto Weis quando a crianca jé esta cansada ‘ealizagdo de testagens mais complexas, como #0 casa do WISCAV. No entanto, Cunha @000) que a utilizagiio deskas tSenicas no deve preencher toda a sesso, para que nde fique a impressao de que todo encomto serd pieenchido de forma estritamente Rdica. E importante considersr, posim, casos es que-a crianga ou o adolescente néo dispiem de condigdes emocionais ou cognitivas para a realizagdio de um tests, situagdo que exige o use de um namero maior de técnicas Kidicas, em detrimento dos testes psicolgicos. Um exemple claro so as casos de criangas ¢ adolescentes com déficits-cognitivos importantes © que nao conseguem compreender o enunciado de um teste ou interpreter adequadamente determina: coun criangas pré-escolares que contam com wn a 9 estimul. Outro exemplo sie as avaliagdes realizadas moto firuitade de testes para sun faixa etiria, Testes que Fequerem contar historias também nao sio indicados para avaliandos com dificuldade significativa ne verbilizacdo. Em todos esses casos, as téenicas lidicas pod Tambéin so comiuis cases ent que # erianga se seme wilt mobilizada com determinade contetido presente no estimulo de um teste, Lim uma avaliagio conduzida pela primeira autore deste eapitulo, a crianga foi convidada a responder uo Teste dz Apercepydo Infantit Figuras de Animais (CAT-A), Nas figuras cujos estimnlos abordavam a presenga da figuia matema, a crianga colocava as méos nas orelias, na tentativa de lapi-tas, verbalizando que “aquelas histériay erem feias" © reportande comtetdos de abandono © privagao, Ficow evidente seu sotrimento ante o contetde nishilizsdor 2, portanto, optou-se por interramper a aplicagao. Essa experiéneia pode levar a pensar que talvez © CAT-A ndo seja ¢ melhor teste a ser aplicado, por exemplo, com criangas abandonadas e institucionalizaclas, dadas suas caracteristicas. A segunda autora, em situago de supervistio de estigio, conduzix um caso cm que uma crianea com § anos se recusou a realizar todos os testes propostes, embora cstivesse disoesta a brincar com a caixa Hidica, Durante as brincadeiras, a eslagidrin conseguiu obier respostas para diversas perguntas, as quais no seriam possiveis na aplicagdo de outros tipos de Wenicas. As respostas dads pola orianga cram sempre por meio dos brinquedos da caixa — por exemplo, manipulando os animais ou os boneces. Por meio das questes apreseniadas anteriormemte, pode: das téenicas & muity importante para o processo avaliativa, Alem de boas escalhas contribulrem para o acolhimento inicial do avaliando, também ¢ de extrena relevaneia saber identificar qual instrumento deve ser utilizado para a investigayao da demanda, bem como que tino ¢ formato de teste so mais adequados para a situagio ¢ para o avaliendo. A escotha por um tipo de instrumento deve considerar a demanda trazida para investigardo ¢ as hipotcses Ievantadas pelo ps © proceso, Hntio, somente deve-se aplicat um instramento que avalia habilidades sociais caso essa soja uma demanda inicial ou o psicdtoge perceba dificuldades da erianea ou do udolesc sat area, B importante que o profissional seja assertive no momento de plancjar a bateria de instrumontos a ser administrads, Deve-so sempre optar por instrumentos que de fato possam cumprit com os abjetivos niciais da avaliagdo. O psicélogo deve eseather testes de qualidade, adequados para a faixa eldvis e a demanda trazida pelo avaliando. Outros aspecios também devein ser observades no tocante 1 escelha dos wstes psicolbgicos a serem utilizados. Como deserito por Cuntxe (2000), & importante aientar para as caracteristicas demogrificas do avaliando Gdade, sexo, nivel sociocultural, enue vutias), © também para a presenga de condigdes especificas, como algama Tmitagie on deficiducia permasente ou temporéria, A autora cita a questo de avaliando utilizer culos ou aparctho audilive, Essas varidveis so decisivas na avaliegdo ¢ na testagem, © muitas vezes passam despercebidas para o profissional desatento. No trabalho com eriangas e adelescentes, esses sic aspectos que devem scr investigados ja no inicio da avaliagdo, principalmente com criangas, j4 que se trata de problemas orgdnicos que tendem a ser observados somente quando se inicia a vida escolar Prejuizos na audigie ¢ na visio, mesmo er tratamento, podem ser obstdculos para a utilizagéo de diversos testes. Por exemplo, wma crianca gue usa Gculos e que apresenta um grau elevado de miopia poderi ter dificuldade de responder a diversos testes de in‘eligéneia que exigem a pereepgdio de ostimulos pequenos, pain detathes ame demandam nma hna acimicia enn] QO enidade com eéeac anecties no iniein da nracesso. ser as principals fontes de informayao. pereeber que a excell dos instrumentos ¢ lambem pose revelar una demanda inictal equivacada. For exemplo, 0 avaliador recede uma erianea de 6 anos de idade caja queixa da escola ¢ dos pais 6 a dificuldadc em aprender a ler e escrever, € parece que com isso também calé mais isoiada das demais crungas. Hé diversas hipdteses que 0 avaliador pode investigar Entre clas, & importante que seja averiguado se a erianga tom algum problema auditive ou visual e se j4 consultow algum oftalmologisia ¢ otcerinolaringologisia. pois a dificuldade pode estar relecionada a um problema de visdo ou audigao qu ser tratado, possibilitaré melhor deseavolvimento na aprendizagem. Falando ei aprentizagem, também ¢ importante verificar a capacidade de leitura ¢ compreensda de lexto des criancas ¢ adolescentes. principalmente ao utilizar testes psicolégicos de auterelata ou de desempenho que depeader cla interpretagia dle textos. Para aveliar a inteligencia e a personalidade, dois construtos sempre importantes, em especial nas crianeas, ha diversos formats de testes. Caso soja observado quo a leitura no esta bem descnvolvida, ¢ possivel utilizar testes expressivos que demandem a construgto de um desenbo, 9 relato de uma historia, a abscevagin de figuras para a veritieago de racteristivas da personalidude, e t cométias ou piciGricas para mensurar a capacidade cogritiva. Fadiga, falta de atengio ¢ getos motivacionsis uumbém devem ser considerados. Nas eriangas, 0 suidado maior & vom o tempo de dumzio da tesiage, pois aquelas com menos idade tendem a cansar mais lapidamente ¢ apresentam menor cap de de manter a 9 por muilo tempo cm uma mesma atividade, Jé com os adolescenies, o agbecto motivacional carece de maior exidado, peimeipalmente quande Se encontra ne sessfio contrariado ou obrigado por seus pais ou responsévels, E necesséeio atentar A forma come 0 avaliando responde 20 teste, pais o resuilado obtido pode ser advindo de uma atitude negligente ¢ nao responsi zat a tarefa. Nes iécnivas grétiess, por exemple, é comur que adolescentes desenhem de forma muito ripida © sem detalles (p. e»., figuras unidimensienais), de mode a coneluie logo a tarefa. Tamhém € comum que facam desenhos com elementos impactantes ou que descrevam conteddos fantdsticos, sarcasticos, agressivas e chocantes, cont o objetive de chemar a atengdo do psicélogo, Em casos Ge testes para avaliaeao cognitiva. a validade dos ressltades pude ser totalmente comprometida qusndo 0 iando se comports de forme displivente ¢ cesatenla, ou respoude de forma aleatGria, Instrumentos para 2 avaliagdo de inteligéncia, por exemple, podem ser respondides de mancira apressada, sem que o avaliando, de fato, complete o racine: No que so sefere aos in social, Em avaliagdes de indicadores emocie: suas respostas devide a uma alta destjabilidade social, ou seia, as embasadas no julgamento que a pessoa faz de qual resposta & 9 mais proprio comportamento, De modo geral, os testes de autoreclate dependem da mteepretagaio dos itens, mas também da peecepgio qe © sujeito tem de si quand» responde a iastrumenios que avaliam personalidade e espectos socioemecionais. Por exemple, pedo-se pensar na crianga ou ro adolescente que iré responder aum teste de habilidades sociais. Suas resposias sero embasadas na percep;&o que tem das situagdes de relacionamentos interpessoais. Imagine uma afirmagic come “juris meus colegas de escola quando eles no compreendem a matéria”, ¢, diente de tal frase, a crisapa precisa aintnar se somipre, fs vezos ow munca ajuda, A cespusta umentos de auiorrelsic, out variavel merece atengiio: a dosojabilidade avis ¢ da peronatidude, 0 avatiodo pode niio ser sinesro em ‘spostas a determinados itens podem ser doguada socialmente, e nfo em seu emitida pode ser “sempre”, mas esa é a percepgdo da erinnga, que pode ou nfo condizer com a frequéncia desse seu compoctamento. Claro que um leste ¢ composto por um conjunto de informagdes, mas distoredes perceptivas podem ocerver em diversos itens, ¢ o resultado tiael podera ndo ser o teal Os cuidados também sfo valides quando se trabalha com testes de heterorrelato, ou seja, quando o instrumento 2 respondido por ontras pessoas que nao a propria crianga ou adolescente. Geralmente, as pessoas convidadas a preencher esses testes so us pais ow responsiveis e os professores. Embora iteis, esses tipos de testes contain com um impartance viés, que € 0 julgamento de um tercsiro sobre o compostamento da crianga ou udotesceate. Adultos tondem 2 avatiar esses compurtamentos a partir de seus prOprios valores ou julgzmentos, o que, muitas vezes, impede uma avaliagio isenta c imparcial. Além disso, pais tendem a comparar.um filho com os outros filhos ox com fillios de seus amigos, ao passo que professores tendem a avaliar a crianga on o adolescemie comparando-os com outros alunos (Ben-Arich, 2005). Para minimizar os viesos pertinentes aos diferentes testes psicolégicos, a methor opgdo ¢ unir informaydes advindes de diversos informantes ¢ de diferentes métodos ¢ técnicas, Um exemplo de viés comum nas instramentos de auto ¢ heterarrelato rofere-se & avaliacio dos problemas de comportamento de criaagas © adolescenivs. Os comporiamientes inernalizantes, por sovem mais privades © lerem menor repercussio_ no ambiente, siv nigis bom avaliados pels propris erianga. Jd os comportamentos externalizantes causam mais impact no asvbients © nas relagdes interpessoais, -portanto, sto. mais facilmente observades por terceiras (Borsa, Souza, & Bandeira, 2011; Lins, Alvarenga, Paixdo, Almeida, & Costa, 2012). : Sobre a variavel sevinecondmica ¢ deticidneias que 4 efianea ou 0 adolescenie podem aprosentar, bi am tipo de teste denominado de provas assistidas (Linkmes, 1995) ou testes dindmicos (Stemberg & Grigorenko, 2002). Tais testes s80 destinados. principalmenie. a mensurar capacidades cognitivas, como o potencial de aprendizagom, senco especialmente importantes para eriangas que ndo estio se desenvelvendo em um contexte com recursos pata a aprendizzgem elo que apresenlam alguma dificuldade de aprendizazem ou doficiéncia fisica. Nesse tipo de testagom ha urna situaefio de aprendizagem durante a aplicagdo, ¢ o avaliador pode fornecer a erianga civersos tipos de auxilio para a realizagdo da tarcfa (Linhares, 1995). No entanto, no Brasil, spesar d= alguns pesquisadores estudarem o tema © até terem construide testes dindmivos, ¢ um formate poucy cunliccido & que esbara nos requisites minimos para um teste ser consideraco valido c, por coniaquéncia, adequado para uso. A maior dificuldade encontrada para esse tipe de teste refere-se aus estudos de normaticegio, jé yue S20 voltades principalmente para a anailise & interpretacao do priprio descimpenho do avaliando, o quanta © como ele consegue resolver uma tarefa a partir de ajudas ¢ das suas dificuldades nelhor Conhecimenio sobre o assunto & Os testes dindmicos existentes, inclusive construidos para a populagde brasileira, sugere-st a leitura dos livros: Avatiagao cognitiva assistida: fundamentos, procedimentos ¢ aphicabilidade (Linhares, Escolano, & Enumo, 2006); ¢ -riangas em risco de desenvolvimento ¢ aprendizagem’ atualizacées ¢ pesquisas na drea da avaliagtio assistida (Bmumo, Dias, & Paula, 2014) — que traz, em sou primeiro capitulo, uma relagdo com toda a producdo nacional sobre o tcma (Fnumo & Dias, 2014) Diante do contexto desctito até 0 momento sobre a testagem psicotogien em crianeas e adolesceates, do hé como negar 6 alto grau de compleaidade desse procedimento na avaliagdo psicologica, que ¢ um Processo ainda mais amplo ¢ complexo. Aliada a todos ox pontos aqui debatidos, & fundamental que os testes utilizados apresentem um conjunto robusio de evic ‘ade que garantam sua efetividade, ou seja, que avatiem equilo que de tuto se prophent a avaliar Para serem empreyedos na pritica profissionai por psicblogos, os testes psicoldgicns precisam ser avaliados ¢ aprovados pelo Sistema de Avaliagio de ‘Testes PsicolGgicos (Satepsi). 0 Satepsi & 0 sistema do CFP responsivel pela elabora e eritérios de qualidade © a consequente aprovagio des testes psicologices disponiveis no mercado brasileiro, Uma vez que os testes alendam ao conjunto do critérios estabelecidos, ¢ emitide o parecer tavorivel, indicando a adeg Atualmente, a lista do Satepsi conta ¢ cias de val igo de seu uso no contexto brasileiro. psicalogicos para-a ayaliagdo de diferentes construtos Fsicoldgicos ¢ destinados a diferentes piiblicns ¢ contextos. No entanto, observa-se que grande parte desses testes ¢ destinada a adultos. O niamero de instruments disponiveis para avatiagdo de criancas e edolescentes ainds ¢ escasso. Especificamiente, odserva-se tsi nismero mais restrito de instrumentos disponivais pare avaliagao de criangas em idade pré-escolar. Essa seutidade enige que 0 psicologo utilize outros métodos técnicas, de modo a buscar informagées mais robustas e detalhiadax sobre as earacteristicss do avaliando. Um levartamento realizado na pagina do Satepsi na interne: em maio de 2015, especificamente para cate capitulo, mostra que, das 153 testes psicoldgieos eprovadas para use do psicélogo, 52 abrangem a faixa etaria dos 2 anos ¢ meio até os 16 anos, sendo que r&o foi pessivel yerificar a populaedo-alvo de quatro instrumentos Sistema de Avaliayao de Testes Psicoldgicos {Satepsi], 2015). Desses, para a faixa etéria infantojuvenil, 31 so para avaliapdo de inteligéncia, da criatividade ou de processos cognitives bisicos; 10 nant mencursy nersinatidade (6 mrnrvesivas 0 d ogesitas\s 3 mars investioar hahilidada ena nL Leste i eencantaem 1 para depressao; | para aurocontrote; | pura motivagao para aprender: ¢ 1 para autoconcerto, Alem disso hha duas esealas de heteroavaliayio, uma para a vorificagdo de sintomas do transtorno de déficit de atengao/hiperatividade ¢ outra para habilidales soci, problemas de comportamento © compcténcias na escola. No entanto, og instrumentos néo tendcm a avaliar tous & fuixa etéria infantoyuvenil, alguns avaliam mais criangas € outros adolescentes Esse levantamenio embasa 0 que foi dito anteriormente sobre a escassez de insttumentos para a Populagae pré-escolar, pois, para eriancas abaixo us 6 anos, hi somente oifo testes, sendo seis para Mmensuracdo dz inteligéncia ou de processes cognitives c duis para personalidade (uma escala eum expressivo). No entanto, pata criangas com 4 anos, ha trés testes; para criancas a partir de 3 anos e 9 meses, Gos testes; & somente um teste que avalia a partir dos 2 anos © meio, sendo todos para a cognigdo, Essa Ssituagio reforga e nocessidade da utilizag2o de técnieas gréificas para essa faixa cliria, conforme {é spontado neste capitulo, Tal panorama indiea a nevessidade de estusfos de vatidagao de novos testes psicolégicos que permitam avaliar Outtos construtos ¢ que possum ser aplicados em populagdes especificas, como erlangas. pri escolares ou jovens com nevessicades especiuis (deficientes visuais, individuos com déficits intelecniais individuos com altas habilidades ¢ com diferentes disfung3es psicomotoras, entre outros). Nesse contexto, pontua-se a urgéncia de estudos de padronizagio ¢ normalizaydn de testes psicologices para os diferentes contcates ¢ realidades culturais do Brasil : : REFERENCIAS Ben-Anieh, A. 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Nesse sentido, cabe ressaltar que & cada vez mais comum que profissionais da irea da psicologia recebam pacientes com idade igual ou superior « 60 anos (Karel, Gatz, & Smyer, 2012). isso 10.8 ampliagaa da parcela de idosos na Populacdo em geval (Carvalho & Rodzigues-Wong. 2008) oe a suggimente de uma nova geragto de idosos, que envelheceu maiy saudavel fisicamenic ¢ comegou a se preocupar vom sua satide mental (Karel et al 2012), A partir dessa nova demanda, mostra-se necessirio um esforgo para que a claboragao. do \éstico nessa populago esteja alinhada as especificas dessas pessoas. Assim, para uma o adequaida, adc se podem aplicar os taesanos sitos de outras faixas do cielo vital, como os dultev, sendo necessirio buscar técnivas c testes cspectficos ¢ adequadas para idosos. © objetivo do psicodiagndstico no atendimerty geristricn & investiga 6 atual estado cogaitivo, atetive, Bsicomotor, sexual e social do idoso. Assim, quando um idoso ¢ encaminhado para avaliagio, deve haver Preocupaydo sobre quem 9 esié eacaminhando com a pressuposigao de “problemas psicoligicos”. Isso é importante, pois, em alguns casos, « apresentagio de simonas ¢ clara ¢ 0 diagndstico é preciso; mas, cm outros, quando ha uma OU varias patologias que se entrecruvam, o diagnéstico pode ser dificil. Nesses casos, a avaliaydo € um procedimento fundimental par a equipe de saiide, bem como para as pessoas que se telacionam com 0 idoso, ou seja, familiares ¢ cuidaderes fila auvilia nn disambetion aut ae imente, um ractocinio clinico que visa uma a!

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