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1
Sumário
I Introdução 4
1 Medidas e Grandezas Físi
as 6
1.1 Medidas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
1.2 Grandezas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
2 Notação Cientí a 7
3 Grandezas Vetoriais 8
3.1 Denição de Vetor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
4 Cinemáti
a 11
4.1 Sistemas de Referên
ias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
4.3 Trajetória . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
4.8.1 EXERCÍCIOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
formemente Retardado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
5 Queda livre 27
5.1 Ponto material abandonado de uma altura h sobre a superfí
ie da Terra . . 28
2
5.3 Lançamento verti
al para
ima . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
6 Movimentos
ir
ulares 34
6.1 Movimento Cir
ular Uniforme (MCU) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
3
Parte I
Introdução
Aqui ini
iamos o nosso estudo sobre a Físi
a. Mas o que é a Físi
a? Bem, para denirmos
a Físi a de maneira bem simples, podemos dizer que ela é a Ciên ia que estuda os fen-
menos naturais mais gerais, bus ando des revê-los, expli á- los e prevê-los. Para tanto,
utiliza-se da matemáti a omo linguagem bási a. Uma imagem que normalmente se faz
da Físi a é que quando uma determinada teoria é omprovada ienti amente temos o es-
tabele imento de uma verdade absoluta. Isso não é verdade. A Ciên ia é uma onstrução
humana e, por isso, sujeita a erros. É laro que existem ritérios rígidos para que uma
teoria possa ser onsiderada ientí a e, por isso, as teorias ganham status de verdade.
abandonadas e substituídas por outras novas teorias. A ideia que normalmente se faz dos
físi os omo gênios, malu os, ompletamente isolados da realidade e mergulhados somente
no mundo da Ciên ia, também é um mito. Nenhum onhe imento ientí o é obra de um
úni o ientista. Sua atividade de pesquisa se baseia no trabalho de outros que o ante edeu
e de seus pares atuais que riti am, dis utem e propõem aperfeiçoamentos nos trabalhos
de pesquisa realizados.
Em função de demandas so iais os físi os bus am respostas para problemas que afetam
realizados. Porém, o mais importante é a elaboração dos modelos ientí os, ou seja,
representações mentais que derivam em leis, prin ípios, regras, teorias na tentativa de
justi ar os dados obtidos. Os ientistas, nesta fase da sua atividade, bus am onstruir
argumentos om base em referen iais teóri os já re onhe idos pela omunidade ientí a.
Dessa forma, tentam onven er outros membros da omunidade que suas idealizações
sobre o fenmeno estudado se justi am. Quanto mais renado, detalhado e justi ado
forem seus argumentos maior possibilidade o ientista terá de onven er seus pares de que
4
É interessante notar que para
ada problema gerador de pesquisas e estudos, novos
problemas e questões são gerados. Aliás, para os ientistas, uma teoria ientí a é on-
siderada boa se, além de respostas, apresenta questões que sus item novas pesquisas e
estudos. Por isso, há muitas e diferentes áreas de pesquisa em Físi a. De forma geral e,
para efeito dos onteúdos que vamos estudar em nossas aulas de Físi a, podemos dividir
o orrên ia na natureza.
Ondulatória: área da Físi a que estuda pro essos de propagação de toda ou qual-
Termodinâmi a: área da Físi a que estuda as tro as de alor e a apa idade delas
em realizar trabalho.
da luz.
Contudo, atualmente, muito mais áreas da Físi a existem, dentre elas podemos itar:
Físi a de Partí ulas, Astrofísi a, Físi a da Atmosfera, et . Cabe desta ar que o onhe-
onsequên ias boas para toda a so iedade. Contudo, nem sempre isso é verdade. Se os
ção de máquinas que fa ilitaram nossas vidas, também é pre iso desta ar que trouxeram
pre isam ser avaliadas e analisadas riteriosamente e de forma ríti a. Por isso, ao apren-
der os onhe imentos ientí os não per a a oportunidade de fazer uma análise da relação
que estes têm om a te nologia e o respe tivo impa to que tiveram na so iedade.
5
1 Medidas e Grandezas Físi
as
1.1 Medidas
Como vimos, os estudos da Físi
a
onsistem em pesquisas realizadas e validadas pela
tativas de fenmenos naturais são realizadas. As análises qualitativas servem para que
realização de medidas.
1.2 Grandezas
Podemos denir grandezas
omo sendo
ara
terísti
as ou aspe
tos próprios de um fen-
meno que são fundamentais para sua o orrên ia e despertam a atenção do ientista. Assim,
quando um ientista observa um fenmeno seu ponto de vista não é geral, ou seja, ele não
olha um fenmeno om um todo, ele se on entra em alguns aspe tos em parti ular que
lhe desperta mais atenção. Por exemplo, quando se observa algo em movimento, o físi o
se preo upa om a distân ia per orrida, o tempo gasto para per orrê-la, a velo idade om
Todas essas ara terísti as são grandezas. As grandezas, para serem onsideradas omo
físi as pela omunidade ientí a, devem poder ser medidas de forma on reta, ou seja,
Na antiguidade existia um problema muito grande para o omér io que era a inexis-
tên ia de padrões úni os para fazer medidas. Cada um usava um padrão diferente. Em
1960 foi riado o Sistema interna ional de Unidades (SI). Nesse sistema as grandezas fun-
deniram unidades para essas grandezas. As demais grandezas têm unidades derivadas
6
Pesquise algumas grandezas e unidades de medidas para preen
her a tabela.
2 Notação Cientí
a
Na Físi
a, ou mesmo em outras
iên
ias, é natural obtermos medidas de números muito
pequenos ou números muito grandes. Por isso, é natural eles serem indi ados de uma
forma mais ompa ta, denominada notação ientí a que utiliza a potên ia de dez para
n.10y
1 ≤ n < 10
1. Conta-se o número de asas que a vírgula deve ser deslo ada para a esquerda; este
7
2. Conta-se o número de
asas que a vírgula deve ser deslo
ada para a direita; este
15000 :_____________________.
0, 000015 :___________________.
plos muito utilizados em nosso dia-a-dia. Na épo a de nossos avós, já era muito natural a
utilização desses prexos, tais omo: de a, he to, quilo, mega, mili, ent, de i, et . Hoje,
outros prexos omo: tera, giga, pi o, nano, et . Em 1991, por re omendação da 19ª
Conferên ia Geral de Pesos e Medidas, os seguintes prexos foram adotados omo norma:
3 Grandezas Vetoriais
Como vimos, as grandezas físi
as
onstituem-se no alvo da observação dos
ientistas para
a realização de seus estudos e investigações dos fenmenos. Até agora, vimos omo a-
ra terizar grandezas a partir de um número e sua unidade, ou seja, denindo seu módulo
volume, et . Porém, há grandezas que pre isam de mais informações, além de seu mó-
dulo, para arem bem ara terizadas. Elas ne essitam de denições geométri as que
indiquem sua direção e sentido. Essas grandezas são hamadas de grandezas vetoriais.
Exemplo: velo idade, força, a eleração, deslo amento, et . As grandezas vetoriais, além
8
do módulo ne
essitam de uma representação geométri
a que denominamos vetor. Para
x positivo enquanto B se move ao longo de x negativo. Por isso, as setas nos ajudam a
rial que, para ar bem ara terizada, pre isa da denição de módulo (número e unidade),
9
o módulo da grandeza, o ângulo que o segmento de reta faz
om a horizontal indi
a a
As grandezas vetoriais também são representadas por uma letra
om uma seta em
−
→
ima, por exemplo: V O Módulo de uma grandeza vetorial pode ser representado pela
letra sem a seta em
ima ou pela letra
om seta em
ima entre dois traços laterais.
−
→ −
→
Portanto, o módulo do vetor V pode ser representado das seguintes formas: V ou V .
→
−
Dado um vetor qualquer V = ai + bj , onde a e b são
onstantes quaisquer e i e j
determinam a direção x e y respe
tivamente. Para
al
ular o módulo de um vetor, basta
al ular:
−
→
√
V = a2 + b2
Mas omo hegamos a essa expressão? (es reva/ demonstre om suas palavras)
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________________________________________________________
________________________________________________________
________________________________________________________
________________________________________________________
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de omposição nos eixos artesianos. Nesse aso esses dois vetores são hamados de om-
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ponentes horizontal e verti
al. Veja a gura a seguir:
−
→ −
→ −
→
Nesse
aso, nós podemos denir vetores unitários i e j . Assim, o vetor a , pode
−
→ →
− →
−
a = ax i + by j
Sendo que
cateto oposto ay
cos θ = =
hipotenusa a
cateto adjacente ax
sen θ = =
hipotenusa a
4 Cinemáti
a
A Cinemáti
a é uma área de estudo da Físi
a que estuda o movimento, bus
ando des
revê-
Por exemplo: agora mesmo, vo ê que está agora parado, lendo este texto, está lo ali-
zado sobre a superfí ie da Terra que, por sua vez, gira em torno de si mesma e, também
através do universo.
11
Além disso, temos que
onsiderar que, todos os
orpos, mesmo aquele que aparente-
mente estejam parados, um opo om água, por exemplo, são onstituídos de molé ulas
erem paradas?
Está é uma pergunta importante e, para respondê-la, é pre iso que vo ê onheça o
Para entendermos bem o que é referen ial, pense na seguinte situação propostas a
seguir:
Um nibus movimenta-se por uma estrada. Seus passageiros estão, todos, sentados.
Na primeira situação, temos pelo menos dois pontos de vista de observação: uma pelos
olhos de quem está dentro do nibus e outra para quem está fora dele. Note que, para
Isso porque em relação a qualquer uma delas, nenhum outro passageiro altera sua
posição no de orrer do tempo. Por outro lado, para alguém do lado de fora do nibus
todos os passageiros alteram sua posição à medida que o tempo passa. Assim, para quem
ou de orpos a partir do qual tomamos omo referen ial. É a partir dele que realizamos
nossas observações.
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de referên
ias es
olhido para realizar o estudo.
de des rever os fenmenos estudados de maneira lara, direta, não deixando nenhum tipo
Por isso quando dizemos que um orpo se movimenta é pre iso saber se suas dimensões
interferem ou não no estudo que se está desenvolvendo. Dizer que o orpo é grande ou
orpo ujas dimensões, ou seja, seu tamanho é muito pequeno em relação às demais di-
Note que o tamanho dos arros é prati amente do tamanho das vagas disponíveis
para se esta ionar o automóvel. Nesse aso, omo as dimensões do arro interferem no
fenmeno não podemos onsidera-lo pequeno. Portanto ele não pode ser des rito omo
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Nesse
aso, per
eba que o
arro tem um tamanho muito pequeno em relação ao
om-
4.3 Trajetória
Observe os seguintes pontos materiais em movimento:
Vo ê deve ter per ebido que nas situações desta adas a ima os pontos materiais se
movimentam per orrendo um aminho que forma uma linha geométri a de diferentes
en ontram-se sentados, passou a fazer algumas armações para que eles reetissem e
a) Pedro (aluno da sala) está em repouso em relação aos demais olegas, mas todos
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b) Mesmo para mim (professor), que não paro de andar, seria possível eu a
har um
) A velo idade dos alunos que eu onsigo observar agora, sentados em seus lugares, é
trada e duas pessoas, uma A, sentada no nibus, e outra B, parada na estrada, ambas
observando uma lâmpada xa no teto do nibus. A diz: A lâmpada não se move em rela-
ção a mim. B diz: A lâmpada está se movimentando, uma vez que ela está se afastando
de mim.
a uma rodovia reta que atravessa uma oresta, um passageiro faz a seguinte armação:
As árvores estão deslo ando-se para trás. Essa armação é ......... pois, onsiderando-se
......... omo referen ial, é (são) ......... que se movimenta(m). Sele ione a alternativa que
15
I. Cas
ão en
ontra-se em movimento em relação ao skate e também em relação ao amigo
Cebolinha.
ao amigo Cebolinha.
orretas(s):
a) apenas I.
b) I e II.
) I e III.
d) II e III.
e) I, II e III.
5. (UF SM-RS) Um avião, voando em linha reta, om velo idade onstante em rela-
ção ao solo, abandona uma bomba. Se a resistên ia do ar sobre ela puder ser desprezada,
16
b) linha reta verti
al para um observador que estiver xo no solo.
uma forma geométri a espe í a que denominamos trajetória. Essa linha é formada por
uma su essão de pontos. Cada ponto desses é hamado de posição do orpo ao longo do
movimento.
posições. No instante de tempo igual a zero a posição o upada pelo ponto material é
É importante notar que a posição ini ial não é ne essariamente igual a zero (X=0), mas
Para vo ê entender bem o signi ado dessas grandezas imagine a seguinte situação:
Admita um ponto material que sai da posição A (a 2 metros do mar o zero do re-
feren ial), vai até a posição B (a 8 metros do mar o zero do referen ial) e, em seguida,
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volta para a posição C (a 5 metros do mar
o zero do referen
ial),
omo indi
a o esquema
representado a seguir:
positivo), mas omo retorna 3 metros (sentido negativo), na verdade tem um deslo a-
mento igual a 3 metros. Portanto, pode-se dizer que o deslo amento de um orpo, que
representaremos por ∆x , é igual posição nal menos a posição ini ial. Ou seja:
∆x = x − x0
o módulo e o sentido.
se ele se move rápido ou devagar. A grandeza que mede a rapidez do orpo é a velo idade.
O on eito de velo idade está rela ionado om o deslo amento do orpo e om o tempo
que ele gasta nesse per urso. Assim, por denição hama-se velo idade média a razão entre
A partir dessa denição imagine um automóvel que se movimenta numa estrada, num
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deslo
amento ∆x durante um intervalo de tempo Δt. Matemati
amente, podemos denir
∆x x − x0
vm = =
∆t t − t0
Porém, isso não signi
a que o automóvel esteve sempre
om essa velo
idade. Pode
ser que em algum instante ele pode ter aumentado a velo idade, diminuído, ou até mesmo
velo idade média, portanto, signi a a média de velo idade do automóvel durante
todo o per urso, enquanto que a velo idade instantânea é aquela que o móvel está num
A velo idade instantânea al ula-se da mesma forma que a velo idade média, porém,
num intervalo de tempo menor, dando-nos umaideia da velo idade do móvel num deter-
OBS.: É importante desta ar que a velo idade é uma grandeza vetorial, sendo ne es-
Como o deslo amento é também uma grandeza vetorial, podendo ser positivo ou ne-
gativo a velo idade também pode ser positiva ou negativa, dependendo do sentido do
movimento.
onal de medidas.
[v] =_________.
19
4.7 A
eleração Média e A
eleração Instantânea
A a
eleração é outro
on
eito importante no estudo do movimento. Aliás, quando ava-
liamos o desempenho do motor de um automóvel, por exemplo, não veri amos até que
velo idade nal ele pode atingir, mas sim o tempo ele gasta para variar sua velo idade.
∆v v − v0
am = =
∆t t − t0
Da mesma forma que a velo idade, a a eleração pode variar, dessa forma, quando temos
intervalos de tempo bem pequenos a equação a ima serve para al ular a a eleração
instantânea.
Como a a eleração é uma grandeza vetorial ela se ara teriza pela denição de módulo,
direção e sentido. Para movimentos retilíneos, a direção não se altera e, nesse aso, só
onal de medidas.
[a] =_________.
não se altera. Nesse aso, a velo idade média é igual a velo idade em ada instante do
20
movimento.
Nesse aso ∆x1 = ∆x2 e ∆t1 = ∆t2 . Gra amente podemos representar as diferentes
posições o upadas pelo ponto material ao longo do tempo (grá o: X versus t). Da
seguinte forma:
A função matemáti a que des reve esse grá o é do primeiro grau e pode ser es rita omo?
________________________________________________________
________________________________________________________
________________________________________________________
MRU.
21
4.8.1 EXERCÍCIOS
1. (PUC-MG) Um homem,
aminhando na praia, deseja
al
ular sua velo
idade. Para
isso,ele onta o número de passadas que dá em um minuto, ontando uma unidade a ada
vez que o pé direito to a o solo, e on lui que são 50 passadas por minuto. A seguir, ele
mede a distân ia entre duas posições su essivas do seu pé direito e en ontra o equivalente
a seis pés. Sabendo que três pés orrespondem a um metro, sua velo idade, suposta
onstante, é: (C)
a) 3 km/h
b) 4,5 km/h
) 6 km/h
d) 9 km/h
e) 10 km/h
(A)
a) 12 m/s
b) 10 m/s
) 8 m/s
d) 6 m/s
e) 4 m/s
3. (UFSM-RS) No instante em que um índio dispara uma e ha ontra a sua presa, que
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Se a e
ha e a presa se deslo
am na mesma direção e no mesmo sentido,
om velo-
idades de módulos 24 m/s e 10 m/s, respe tivamente, o intervalo de tempo levado pela
a) 0,5
b) 1
) 1,5
d) 2
e) 2,5
Nesse
aso, imagine um automóvel em MRUV, que parte de uma posição ini
ial x0 ,
omo uma velo
idade ini
ial v0 e, ao longo do intervalo de tempo Δt varia sua velo
idade
para v. Assim, para um instante t0 = 0 ele tem velo idade v0 e, para um instante t, ele
tem velo idade v. Construindo o grá o da velo idade versus o tempo para o MRUV
temos:
Esse grá o, omo vo ê já sabe é o de uma função linear de primeiro grau e, portanto,
podemos es rever uma função, denominada função horária da velo idade de um ponto
________________________________________________________
________________________________________________________
________________________________________________________
________________________________________________________
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4.10 Movimento Retilíneo Uniformemente A
elerado e Movimento
Retilíneo Uniformemente Retardado
A velo
idade e a a
eleração são grandezas vetoriais e, portanto só estão bem
ara
terizadas
quando são denidos o módulo, a direção e o sentido. Porém, por estarmos estudando
pre isam ter o mesmo sinal, podendo ser ambas positivas ou negativas.
Agora, vamos fazer uma análise do MRUV, a partir do grá o V versus o tempo:
material em movimento é igual ao espaço que ele per orreu. Nesse aso, podemos al ular:
24
Como a área da gura sob o grá
o V versus t de um ponto material em MRUV é
igual ao deslo amento do móvel. Cal ule a área da gure e determine a função horária
________________________________________________________
________________________________________________________
________________________________________________________
________________________________________________________
________________________________________________________
Per eba que é uma função típi a de segundo grau, pois a posição X varia om o
quadrado tempo. Portanto, o grá o X versus tempo para um ponto material em MRUV
25
Agora, vamos fazer uma análise do MRUV, a partir do grá
o X versus o tempo
não se tem informações sobre o tempo de duração do movimento. Para obtê-la, basta que
vo ê isole o tempo t nas equações ja estudadas substitua em outra equação. Dessa forma,
v 2 = v02 + 2a∆x
26
5 Queda livre
Dizemos que um ponto material está em queda livre quando a úni
a força que atua sobre
ele é a força da gravidade, ou seja, a força que o planeta exer e sobre ele. Como os gases
que formam a nossa atmosfera opõem-se resistên ia à queda dos orpos, pode-se dizer que
Contudo, se tivermos um ponto material (ou seja, um orpo de dimensões bem redu-
zidas) aindo de uma altura não muito grande, pode-se desprezar a inuên ia do atrito
planeta: quanto mais baixo (próximo do entro do planeta) g tem módulo maior. Porém,
27
g = 9, 8m/s2 . Algumas vezes esse valor é arredondado para 10m/s2 .
MRUV, na qual a velo idade ini ial é nula, ou seja, v0 = 0, então a função horária da
________________________________________________________
________________________________________________________
________________________________________________________
________________________________________________________
A função horária da velo idade pode ser es rita omo? (determine a expressão)
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________________________________________________________
uma velo idade ini ial. Como a velo idade é uma grandeza vetorial é pre iso onsiderar
28
quatro possibilidades: Lançamento verti
al para baixo, Lançamento verti
al para
ima,
direção e sentido que a a eleração da gravidade. Por isso, dizemos que o ponto material
es rever:
Neste aso, om base no que foi dis utido, faça uma análise e determine as possíveis
expressões úteis.
________________________________________________________
________________________________________________________
________________________________________________________
________________________________________________________
Note que durante a subida, o sentido da velo idade é oposto ao sentido da a eleração
À medida que sobe o ponto material vai diminuindo sua velo idade até que, ao atingir
a altura máxima, ela torna-se nula, ou seja, quando h = hmáx , então V = 0. Para
29
Pela Equação de Torri
elli, temos:
v 2 = v02 − 2g∆x
0 = v02 − 2ghmáx
v02
hmáx =
2g
O tempo gasto para a subida, desde o ponto de lançamento até o ponto mais alto da
v = v0 − gtsubida
Per eba o tempo de subida é igual ao tempo de des ida, neste aso, o tempo total de
30
5.4 Lançamentos horizontais e oblíquos sem resistên
ia do ar
Em nosso
otidiano, observamos não apenas movimentos de queda ou de lançamentos de
orpos na verti al, mas eles também podem o orrer em diferentes direções. Por isso, a
partir de agora, vamos omeçar a estudar os movimentos oblíquos (oblíquo é uma palavra
ujo sentido aqui quer dizer anguloso, ou seja, que faz ângulo in linado em relação a uma
referên ia), ou seja, ujo arremesso faz ângulo om a horizontal diferente de 90º.
Continuamos a des onsiderar a resistên ia do ar, por isso, vamos partir da premissa de
que o movimento a onte e no vá uo. Esse tipo de fenmeno foi estudado no sé ulo XVII
por Galileu Galilei, que, para expli á-lo, props a teoria da simultaneidade do movimento
omposto.
realiza omo se os demais não existissem e no mesmo intervalo de tempo (Galileu Galilei).
a ação da resistên ia do ar. Para tanto, imagine um ponto material, no vá uo, sendo
31
É possível notar que esse movimento é
omposto por dois movimentos
omponentes:
um horizontal e outro verti al. Per eba que o ponto material, além de deslo ar-se na
verti al, aindo de uma altura H, também, simultaneamente, per orre uma distân ia D
na horizontal.
d = v0 t
Na verti al:
1
h = .gt2q
2
tempo t, na equação primeira, é o mesmo, pois os dois movimentos, horizontal e verti al,
o orrem simultaneamente. Além disso, note que, na função horária, desprezamos o termo
v0 t , porque em y, ou seja, a velo idade ini ial para baixo, na verti al, é nula. Portanto,
em relação ao movimento verti al, no iní io, o ponto material tem velo idade ini ial igual
a zero, mas, por ausa da ação da gravidade, o módulo da velo idade aumenta om o
passar do tempo, apesar de sua direção e sentido se manterem onstantes (na verti al e
32
Observe a gura e destaque o signi
ado de
ada mudança em na imagem.
________________________________________________________
________________________________________________________
________________________________________________________
________________________________________________________
ini
ial
−
→
v0 ,
uja direção faz um ângulo θ
om a horizontal.
33
Note que
−
→
v0 é tangente à trajetória parabóli
a do ponto material e que, adotando-se
v0x =_____________________.
v0y =_____________________.
v0 =_____________________.
Na verti
al, o movimento é um MRUV
om a
eleração
onstante igual a
−
→
g; assim,
hmáx =______________________.
vy =_____________________.
Vale desta
ar que o sistema envolve um tempo de subida e des
ida que serão iguais.
Observe que tempo de movimento é igual ao de subida, quando o orpo atinge a altura
máxima hmáx , a partir da qual o ponto material omeça a des er, ou seja, t = ts quando
6 Movimentos
ir
ulares
O movimento
ir
ular é aquele no qual um ponto material des
reve uma trajetória
ir
ular.
Esse tipo de movimento é muito omum em nosso otidiano: movimento das rodas de uma
34
Em nossos estudos, abordaremos o Movimento Cir
ular Uniforme (MCU) e o Movi-
em relação a um referen ial, sua trajetória for uma ir unferên ia e sua velo idade apre-
Porém, per eba que, apesar do módulo onstante, a direção e o sentido da velo idade
Mas o que faz isso a onte er? O que mantém o orpo na trajetória ir ular?
35
nesse
aso, indi
a a medida de variação apenas da direção e sentido da velo
idade, devido
à existên ia de uma força dirigida ao entro da trajetória ir ular, que não deixa o orpo
es apar pela tangente. Observe que, no exemplo a seguir, a força radial (na direção do
raio), denominada força entrípeta, é responsável por não deixar o orpo es apar pela
tangente. No aso do exemplo, quem realiza essa força é a mão que exer e uma tração no
Para entender melhor isso, imagine a situação a seguir: onsidere um ponto material
−
→
va e
−
→
vb iguais em módulo, mas diferentes em direção e sentido.
36
−→
Note que o vetor resultante ∆v está dirigido para o
entro da trajetória. Como a
a eleração pode ser denida omo sendo a razão entre a variação da velo idade e o intervalo
de tempo, ou seja,
−→
−
→ ∆v
acp =
∆t
da velo idade e que está dirigida para o entro da trajetória ir ular, omo a eleração
entrípeta.
v2
acp =
r
sendo o tempo ne essário para que o ponto material per orra uma volta ompleta em sua
trajetória ir ular.
ele, ompletando o i lo, dizemos que o tempo gasto nesse per urso é igual ao período.
Se observarmos um movimento ir ular uniforme por muito tempo, vemos que ele se
repete várias vezes, dando várias voltas em torno do eixo de rotação. Nesse aso, denimos
frequên ia, que representaremos pela letra f, omo sendo a grandeza a qual mede o número
37
1 1
T = ou f=
f T
intervalo de tempo; por isso, em alguns problemas, é omum apare er a indi ação RPS,
Quando surgir num problema a indi ação RPM, ou seja, Rotações por minuto, e vo ê
pre isar fazer a onversão dessa unidade para hertz, divida o valor em RPM por 60 e o
distân ia linear per orrida por um ponto material, num determinado intervalo de tempo,
omo em função do ângulo que o ponto material des reve, na unidade de tempo. Por isso,
podemos denir duas velo idades: a velo idade linear e a velo idade angular.
Para aprofundarmos essa questão, imagine três pontos materiais per orrendo trajetó-
rias ir ulares em torno de um ponto O. Todos eles des revem o mesmo ângulo θ, porém,
Note que, para as três partí
ulas, o ângulo é o mesmo, o que muda são os ar
os Δx1,
Δx2 e Δx3 e os raios R1, R2 e R3. Por denição, radiano (rad) é a medida do ângulo θ,
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determinado pela razão entre ar
o e raio dos pontos materiais. Observe que temos uma
onstante:
Isso nos permite generalizar a seguinte relação entre o deslo amento linear e o deslo-
amento angular
∆x = Rθ
Como velo idade é denida pela razão entre a distân ia per orrida e o intervalo de
Rθ
v=
∆t
θ
ω=
∆t
(rad/s).
No aso de estudarmos uma volta ompleta, ou seja, imaginando que o ponto material
des reva um ângulo igual a 2π rd, e lembrando que, para esse aso, o tempo é igual ao
2π
ω=
T
ω = 2πf
Veja que, das equações, podemos estabele er uma relação entre velo idade angular e
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velo
idade linear:
Rθ θ
v= e
omo ω= então:
∆t ∆t
v = ωR
Per eba que essa equação demonstra que, enquanto a velo idade angular é onstante
para qualquer raio, a velo idade linear varia om o raio. Portanto, dois móveis, per or-
rendo distân ias lineares diferentes, podem ter o mesmo valor de velo idade angular, mas
a função horária é:
θ = θ0 + ωt
(MCUV), quando, em relação a um referen ial, sua trajetória for uma ir unferên ia e
Assim, além de uma a eleração entrípeta, há uma a eleração tangen ial, a qual indi a
∆v
at =
∆t
∆ω
γ=
∆t
2
quadrado (rad/s ).
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Se zermos uma analogia
om o Movimento Retilíneo Uniformemente Variado, pode-
mos rees rever todas as expressões ja vistas para situações do movimento ir ular.
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