Existem, na verdade, muitas formas de classificar a sua pesquisa científica. Saber em qual descrição
exata se encaixa o seu trabalho é uma tarefa importante para não ter problemas ao realizá-los.
A primeira forma de classificar a pesquisa é através da abordagem, fazendo referência a uma diferença
entre pesquisas qualitativas e quantitativas.
Outra forma é com relação à natureza da pesquisa. Essa é a descrição sobre a profundidade da pesquisa,
revelando se ela é apenas uma leve entrada em uma área ou um trabalho absolutamente aprofundado.
Também é possível classificar sua pesquisa científica com relação ao objetivo da pesquisa, o que explica
que tipo de resultado está sendo procurado, se algo mais amplo ou afinado.
Por fim, classifica-se a pesquisa através dos seus procedimentos, o que é o mesmo que dizer que
podemos separar a pesquisa através de quais atividades serão desempenhadas para se chegar aos seus
resultados.
A pesquisa qualitativa considera que existe uma relação entre o mundo e o sujeito além daquela
traduzida em números. Essa modalidade de pesquisa é descritiva e o pesquisador tende a analisar seus
dados de forma indutiva.
Pesquisa exploratória
Para tanto, envolve levantamento bibliográfico, entrevistas com pessoas que tiveram experiências
práticas com o problema, além da análise de exemplos.
Pesquisa descritiva
Em segundo lugar, a pesquisa descritiva objetiva caracterizar certo fenômeno, como, por exemplo,
descrever as características de certa população, a partir da relação entre variáveis.
Isso envolve técnicas de coleta de dados padronizados, como questionários e técnicas de observação.
Pesquisa explicativa
A última categoria, a pesquisa explicativa visa identificar os fatores que determinam os fenômenos e
tenta explicar o porquê das coisas.
A pesquisa aplicada objetiva gerar conhecimentos para aplicações práticas dirigidos à solução de
problemas específicos.
Pesquisa experimental
Além disso deve-se definir as formas de controle e de observação dos efeitos que a variável produz no
objeto.
Pesquisa bibliográfica
A pesquisa bibliográfica é elaborada a partir de material já publicado, como livros, artigos, periódicos,
Internet, etc.
Pode-se dizer que essa categoria de pesquisa é um tipo de revisão bibliográfica ou um levantamento
bibliográfico.
Pesquisa documental
A pesquisa documental é elaborada a partir de material que não recebeu tratamento analítico.
A principal distinção entre a pesquisa documental e a pesquisa bibliográfica é que a bibliográfica parte
de materiais que já foram publicados.
Por exemplo, um texto jornalístico pode ser elaborado de um material sem tratamento analítico. É,
portanto, uma pesquisa documental.
Pesquisa de campo
A pesquisa de campo se caracteriza pelas investigações realizadas por meio da coleta de dados junto às
pessoas, somando à pesquisa bibliográfica e/ou documental.
Para alcançar seus objetivos, esse tipo de pesquisa depende da junção de recursos de diferentes tipos
de pesquisa, como, por exemplo, a pesquisa ex-post-facto, pesquisa-ação, pesquisa participante.
Pesquisa ex-post-facto
A pesquisa ex-post-facto investiga possíveis relações entre causa e efeito de um fato e um fenômeno
que ocorre posteriormente.
A principal característica é o fato de os dados serem coletados após a ocorrência dos eventos.
Por exemplo um estudo sobre a evasão escolar, quando se tenta analisar suas causas. Já, num estudo
experimental, seria o inverso, se analisa enquanto se testa.
Pesquisa de levantamento
Estudo de caso
O estudo de caso envolve o estudo profundo e exaustivo de um ou poucos objetos buscando profundo
detalhamento.
Por isso é amplamente usada nas ciências biomédicas e sociais porquanto tem o condão de conhecer
em profundidade o como e o porquê de uma determinada situação que se supõe ser única em muitos
aspectos.
Pesquisa participante
Pesquisa-ação
A pesquisa etnográfica é o estudo de um grupo ou povo, do modo que algumas características são
bastante marcantes, como o uso da observação participante, da entrevista intensiva e da análise de
documentos e a interação entre pesquisador e objeto e a não intervenção do pesquisador sobre o
ambiente.
Tendo em vista a importância de articular o método ao objetivo da pesquisa, tenha em mente que não
existe apenas um tipo de método de abordagem. Existem alguns tipos de métodos.
Não existe um método melhor do que o outro. O que existe é um método que se alinha melhor ao
modelo da pesquisa e suas especificidades.
Método experimental
Em linhas gerais, o método experimental é um tipo de abordagem que submete o objeto de estudo à
influência de variáveis controladas para analisar o impacto dessas interações.
Para que, ao final, se conclua sobre a interação dessas variáveis ao objeto e, por consequência, se
produza um novo conhecimento ou atualize e integre conhecimentos que já existiam.
A finalidade do método experimental é testar as hipóteses do pesquisador, para que se possa dizer de
que modo ou por quais causas o fenômeno é produzido.
Método dialético
O método dialético é um método de abordagem que tem como características centrais o uso da
discussão, da argumentação e da provocação.
Para a execução do método dialético o primeiro passo deve ser definir uma tese considerada uma
provável verdade. Na sequência, teremos uma antítese que vai negar a primeira tese apresentada. No
embate resultante entre a tese e antítese surge a síntese.
Essa síntese pode originar outra tese e recomeçar o ciclo. Esse ciclo acontecerá até que não seja mais
possível contestar a tese.
Tese
A contaminação da água do rio acontece por falta de coleta e tratamento de esgoto sanitário.
Antítese
A contaminação da água do rio acontece por causa de descartes irregulares de resíduos sólidos.
Síntese
A contaminação da água do rio acontece por falta de coleta e tratamento de esgoto sanitário e por
causa de descartes irregulares de resíduos sólidos.
Método dedutivo
O método dedutivo é um dos métodos mais populares. Em linhas gerais, é um tipo de método de
abordagem que, parte de uma generalização para uma questão particularizada. Consiste, portanto, na
extração de uma conclusão particular, a partir de uma verdade geral.
Método indutivo
o método indutivo é o método de abordagem responsável por fazer generalização. Isto é, parte-se de
algo particular para uma questão mais ampla, ou seja, um aspecto geral.
O objetivo desse método é, em outras palavras, chegar em conclusões mais amplas do que o conteúdo
das premissas nas quais está se fundamentando.
Então, é o raciocínio que se faz ao considerar um número suficiente de casos particulares para concluir
uma verdade geral.
Portanto, por meio da indução chega-se a conclusões que são apenas prováveis.
Por fim, outro método bastante comum é o hipotético-dedutivo, foi definido por Karl Popper, a partir de
suas críticas ao método indutivo.
A ideia central desse método é bastante simples: em resumo, consiste na eleição de proposições
hipotéticas, que possuem certa viabilidade, para responder a um problema – ou uma lacuna – do
conhecimento científico.
Em seguida, passa-se aos testes de falseabilidade das hipóteses, com o objetivo de comprovar as
hipóteses. Caso as hipóteses sejam refutadas, deve-se substituí-las e refazê-las. E iniciar o ciclo mais
uma vez.
Quer dizer, somente quando puder se comprovar as hipóteses é que se deve encerrar o método.
Método fenomenológico
O método fenomenológico foi proposto pelo filósofo alemão Edmund Husserl, como uma crítica ao
método indutivo e ao método dedutivo.
Ou, em outras palavras, as coisas como elas realmente são e como se manifestam aos sentidos. Não
explica os fenômenos a partir de leis, nem deduz informações a partir de princípios. Simplesmente
considera o que está de imediato na consciência: o fenômeno.
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Para que atinja seu objetivo e seja comunicada à sociedade, a pesquisa científica deve ser publicizada
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A pesquisa científica é um tipo de pesquisa que segue padrões metodológicos rigorosos e que é passível
de teste, racionalmente válida e justificável e que pode ser replicada e alcançada através de estudos,
observações e experimentações.
É por meio dessas pesquisas que podemos compreender o mundo em sua complexidade e solucionar
problemas. Só assim encontramos algumas respostas e soluções para os problemas que atingem as
pessoas diariamente. A vacina para o vírus da COVID-19, por exemplo, foi desenvolvida através de
pesquisa científica, assim como medicamentos para tratamento de diversas outras doenças.
Mande corações
Token WP inválido!
Beatriz Coelho
Pesquisadora. Mestra em Direito pela UFSC. Acredita que conhecimentos acadêmicos só servem se
ultrapassarem os muros das universidades e que conhecimento bom é conhecimento compartilhado e
construído por todas as pessoas.
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26/05/2021 às 12:27
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Lincon Laras
18/09/2020 às 09:55
Sou estudante de letras e gostei muito da forma como expôs as ideias, me ajudou bastante a
compreender a diferença de uma pesquisa cientifica para uma pesquisa acadêmica.
Responder
Cleverson Modesto
18/08/2020 às 17:05
Só é considerado uma pesquisa cientifica realizada junto a universidade? uma pessoa comum não pode
ser um pesquisador bibliográfico por exemplo?
Responder
Mettzer
20/08/2020 às 15:30
Oi Cleverson, existem muitos pesquisadores dentro de empresas e independentes.
Porém para uma publicação científica (artigos e publicações em revista) acontecer e ser válida, ela deve
passar por uma revisão de pares, ou seja, outros pesquisadores da mesma área e com conhecimento.
Então, você até pode fazer pesquisa, mas para publicar e ela ser válida, em algum momento algum
pesquisador envolvido com alguma universidade vai validar o seu trabalho, metodologia utiliza,
referências e outros fatores.
Abraços
Responder
19/06/2020 às 14:55
FMUSP
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