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UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE

FACULDADE DE LETRAS E CIÊNCIAS SOCIAIS


DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS POLÍTICAS E ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA

Influência das habilidades do gestor na liderança do sistema


de abastecimento de água da cidade de Vilankulo

Curso de Licenciatura em Administração Pública

Nivalda Floriana Angelino

Maputo, Novembro, 2020


Nivalda Flotriana Angelino

Influência das habilidades do gestor na liderança do sistema


de abastecimento de água da cidade de Vilankulo

Trabalho de culminação de curso a


submeter no Departamento de ciências
políticas e administração pública, para
obtenção do grau de licenciatura em
Administração Pública na Universidade
Eduardo Mondlane, supervisionado por

UEM-ESUDER

Maputo

2020
Índice
CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO........................................................................................1

1.1. Contextualização....................................................................................................2

1.2. Problema de estudo.................................................................................................4

1.3. Justificativa.............................................................................................................5

1.4. Objectivos...............................................................................................................5

1.4.1. Geral....................................................................................................................5

1.4.2. Específicos..........................................................................................................5

1.5 Hipoteses.....................................................................................................................6

CAPÍTULO III: ENQUADRAMENTO TEÓRICO E CONCEPTUAL..........................7

2.1. Teorias sobre liderança...............................................................................................7

2.1.2. Teoria sobre estilo de liderança...............................................................................7

2.1.3. Teorias da Contingência ou Situacionais................................................................8

2.2. Principais conceito......................................................................................................9

2.2.1. Liderança.................................................................................................................9

2.2.2. Habilidades..............................................................................................................9

2.2.3. Gestor....................................................................................................................10

2.2.4. Sistema de abastecimento de água........................................................................11


CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO

Desde o aparecimento das empresas, da gestão e dos gestores que o mundo não
para de evoluir. Por consequência dessa evolução, é exigido às empresas que estejam
preparadas para novos desafios e espera-se que estejam constantemente atentas ao seu
meio ambiente. Para enfrentar os novos desafios, os gestores não só têm a obrigação de
saber o seu papel e a sua função, como têm de estar dotados de competências para o
desempenhar. (Fernandes, 2014).
O quotidiano profissional nas instituições públicas em Moçambique, demonstra
existência de indivíduos com características típicas de gestores, como as apontadas por
Rego, et al. (2007:130), designadamente: ―alguém que controla, orçamenta e faz com
que os objectivos da organização sejam alcançados, planifica, resolve problemas e lida
com a complexidade, orienta-se para fazer cumprir regras, é responsável pelo
desempenho da organização, cria estruturas e é avesso ao risco, usa autoridade e as
regras para manter as pessoas alinhadas com a direcção que a organização toma, dá
ordens, zela pela manutenção do paradigma vigente e gere sistemas.
Neste sentido, é crescente a utilização da noção de competências gerenciais no
ambiente da organização, o que contribui para a renovação constante do interesse acerca
desse conceito. Este facto resulta, dentre outros motivos, pela necessidade de gestores
qualificados e com perfil adequado para o desempenho dessa função por inúmeras
razões que, dentre elas pode-se citar: a redução dos ciclos de vida dos produtos; a
globalização, uma vez que as barreiras comerciais que impedem produtos e serviços de
atravessarem o globo e concorrerem com produtos internos são cada vez menores; o
aumento de complexidades técnicas, forçando os produtos a estarem cada vez mais
inovadores e; o aumento do poder do cliente, que se tornou mais exigente e actuante no
mercado (PINTO, 2002).
As mudanças aconteceram de acordo com o tempo, por fatores econômicos,
sociais e culturais, corroboraram para diversas alterações e lapidações no perfil do
trabalho, exigindo mais requisitos dos trabalhadores. Coerente a Chiavenato (2004) um
colaborador que executava apenas uma função, onde se não eram necessários
habilidades técnicas, conhecimentos e competências, hoje é necessário qualificação,
para que sejam capazes de executar suas funções. No tempo atual o colaborador não
pode possuir apenas a prática de uma função, principalmente realiza-la sem entender o

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processo no qual ela é desenvolvida e para qual finalidade, necessita de qualificação
para execução de suas tarefas.
Em termos de organização, o trabalho é constituído por seis partes fundamentais.
A primeira parte abarca a introdução, que apresenta a contextualização, como forma de
perceber o contexto em que o estudo se insere; a justificativa que mostra as motivações
e a pertinência do desenvolvimento da presente pesquisa. A introdução comporta ainda
o problema de pesquisa, os objectivos da pesquisa, geral e específicos e a hipótese como
resposta provisória à pergunta de partida levantada.
A segunda parte acolhe a revisão da literatura, a qual descreve e apresenta os
contornos da influência das habilidades e características dos gestores no sistema de
abastamento de água. Em função da revisão da literatura feita, apresenta-se a hipótese
do trabalho.
A terceira parte apresenta o enquadramento teórico e conceptual, onde faz-se a
fundamentação teórica da pesquisa, mostra os parâmetros de análise dos sistemas de
sistemas de abastecimento de água e a definição dos conceitos-chave.
A quarta parte apresenta a metodologia usada para a realização da pesquisa, faz
alusão ao tipo de pesquisa e às técnicas, ao tipo de amostra empregue e as variáveis do
estudo.
Na quinta parte faz-se apresentação e análise dos resultados da pesquisa. Onde,
destacam-se as fases da reforma de processamento e pagamento de salários na função
pública moçambicana.

1.1. Contextualização

“ A questão da liderança dos funcionários tem perseguido os gestores desde que


a gestão foi inventada (evidencias antropológicas substanciais indicam que foi na altura
dos Flintstones) […]” ((Bob Nelson & Peter Economy, 2003,P.83).
Os estudos sobre administração criaram diversas teorias para explicar
compreender os factores que influenciam a liderança para que os membros da
organização tenham o desejo de executar eficazmente as funções que lhe são
encarregues (Newman, 1986, apud, Miam1bo, 2016).
Reconhecendo a importância das diferenças entre os estilos de administração,
Guerreiro (1989, p. 229) afirma que a forma de operação e as características de
administração variam de empresa para empresa, sendo que cada uma tem “diferenciadas
preocupações em relação aos elementos e variáveis empresariais”. Algumas se

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empenham na “capacitação gerencial de seus recursos humanos, enquanto outras se
encontram às voltas com os problemas decorrentes da alta rotatividade de pessoal
devida à grande preocupação com a minimização da folha de pagamento”
Face às necessidades e exigências da sociedade actual (eficiência, eficácia e
competitividade organizacional), Carpenter e Bach (2012) recomendam a necessidade
de agregação de competências académicas aos gestores profissionais e de competências
dos mesmos.
Segundo Hersey & Blanchard (1986), os gerentes têm a responsabilidade de
transformar seu pessoal em “vencedores” e é necessário que a metodologia deve
enfatizar o desenvolvimento das pessoas a fim de aumentar a afinidade destas com o
novo sistema e conseqüentemente às novas culturas e comportamentos. O líder pode
ajudar no processo de adaptação do funcionário à filosofia da empresa, o que permitirá
um ambiente favorável à realização das atividades, inspirando as pessoas a ter idéias,
com isso pode-se ter um maior desenvolvimento da organização. Se isso ocorrer de
maneira negativa, pode ocasionar uma desmotivação e falta de comprometimento por
parte dos funcionários, acarretando barreiras que interferirão no crescimento da empresa
As características da liderança são vitais no processo de mudança organizacional, mas
podem também comprometer a sua eficiência. Segundo Adizes (1998), o fator chave no
processo gerencial é saber gerenciar as pessoas e não o problema. É necessário criar o
ambiente que irá possibilitar que essas pessoas cheguem ao problema e solução
adequados.
No quadro das reformas para mudar o cenário e melhorar o ambiente
institucional relacionado com os Recursos Humanos, introduziram – se reformas na
Função Pública. São exemplos o Decreto no 14/87, de 20 de Maio que aprova o Estatuto
Geral dos Funcionários do Estado; o Decreto no 40/92, de 25 de Novembro que institui
o Sistema Nacional de Gestão de Recursos Humanos (SNGRH); o Decreto no 55/94, de
9 Novembro que cria o Sistema de Formação em Administração Pública (SIFAP); o
Decreto no 64/98, de 3 de Dezembro que aprova o Sistema de Carreiras e Remuneração
e outros dispositivos legais. Contudo, a introdução destes instrumentos legais não
significa solução final de problemas da Administração Pública, havendo por isso a
necessidade de actulização e adaptação destes instrumentos aos contextos actuais.

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1.2. Problema de estudo

Nos últimos anos tem-se assistido a um reconhecimento generalizado de que os


sistemas de abastecimento de água para consumo humano, além de terem de satisfazer
os requisitos legais, devem apresentar níveis de desempenho que mereçam a confiança
dos consumidores na qualidade da água que lhes é fornecida.
O mundo esta sendo actualmente marcado por cenários de constantes mudanças
sociais, económicas, politicas e tecnológicos que requerem das organizações um alto
padrão de conectividade que se estende a nível global. Para alcançar esses padrões de
competitividades globais, as empresas precisam de ter uma significativa capacidade de
liderar, motivar e desenvolver talentos profissionais. (Lobo, 2003).
No entanto, as pessoas que têm liderança são comuns em muitas situações,
nas organizações e na vida social. A capacidade de liderar é importante não apenas
em estadistas, fundadores de nações ou dirigentes de religiões, mas também
em treinadores de equipes, comandantes militares, regentes de orquestras, professores e
todos os tipos de administradores de organizações. Cada uma dessas figuras tem
objectivos próprios, cuja realização depende de outros. Em grande parte, é sua
capacidade de liderança que está no foco quando se avalia o sucesso ou fracasso dos
outros, na realização desses objectivos. (Maximiano, 2006, p. 276).
O gerente actual necessita conhecer sobre liderança, buscando conhecimentos e
habilidade para lidar com pessoas, as quais passam a ser a principal base das
organizações bem-sucedidas.
Com base no exposto, estudos que busquem compreender e possibilitar a
ampliação de discussões acerca das relações entre o gerente e a conquista do sucesso
são justificados por permitir o levantamento de características essenciais que alinha-se
ao perfil adequado para este profissional. Dessa forma, busca-se contribuir para que,
através da identificação da importância do gestor, as organizações possam se estruturar
com foco a minimizar os erros e aumentar o sucesso. Diante dessas constatações, a
pergunta de partida foi o seguinte: Será que as habilidades do gestor influenciam na
liderança do sistema de abastecimento de água da Cidade de Vilankulo?

1.3. Justificativa

O interesse pelo tema surge da necessidade de identificar a influência das


habilidades e características dos gestores do Sistema de Abastecimento de água da

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Cidade de Vilankulo, e perceber o funcionamento dos mesmos no seu dia-a-dia,
especialmente no que diz respeito às necessidades de satisfação, auto-estima e
realização.
Dai que, o estímulo para a realização deste estudo surgiu da atracção pelo tema
sobre a liderança, bem como do desejo de compartilhar possíveis descobertas que
permitam compreender tais ferramentas no mundo actual. Além disso, este tema é de
suma importância para auxiliar no relacionamento dos gestores e seus subordinados,
nessa perspectiva, o processo de desenvolvimento de competências dos recursos
humanos tem-se constituído como um dos principais desafios a serem enfrentados pelos
gestores. Trata-se da obtenção de resultados que busca a melhoria na gestão das
empresas, com pessoas envolvidas no desenvolvimento de actividades e serviços,
preparadas e capacitadas para as funções.
A escolha do Sistema de abastecimento de água da Cidade de Vilankulo como
unidade de pesquisa, deveu-se ao facto de a estudante possuir um conhecimento do
historial, estrutura e funcionamento das actividades desta entidade tendo como posto de
trabalho o mesmo, bem como a facilidade de acesso para recolha de dados que
constituirão o alicerce principal da presente pesquisa. A dimensão temporal de 2015 a
2019 de ser um período recente o que permite o levantamento de dados actualizados
sobre a temática em causa.
No que diz respeito ao espaço académico o estudo é relevante a medida que
pretende contribuir para enriquecimento do debate literário existente sobre o
desenvolvimento empresarial.

1.4. Objectivos

1.4.1. Geral

Esta pesquisa tem como objectivo principal apresentar uma contribuição à compreensão
do processo de mudança organizacional, e uma discussão sobre a influência directa ou
indirecta do líder neste processo.

1.4.2 Objectivos específicos


• Estabelecer uma análise teórica que fundamente o levantamento das habilidades
adequadas e imprescindíveis de um gestor e suas influências no processo de mudança
organizacional;

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• Identificar se as habilidades indicadas são percebidas na prática pelos gerentes;
• Analisar as possíveis causas da influência dessas habilidades no processo de mudança
organizacional;
• Comparar e relacionar as habilidades de liderança que interferem num processo de
mudança organizacional, propondo acções para fortalecê-las.

1.5 Hipoteses

Hipótese 0: As habilidades não influenciam nos gestores de sistemas de


abastecimento de agua da cidade de Vilankulo.
Hipótese 1: As habilidades influenciam nos gestores de sistemas de
abastecimento de agua da cidade de Vilankulo.

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CAPÍTULO III: ENQUADRAMENTO TEÓRICO E CONCEPTUAL

2.1. Teorias sobre liderança

Actualmente, a liderança exerce uma função que possa adaptar uma gestão mais
participativa, de forma que consiga maior dedicação com as pessoas de modo a
influenciar o alcance de metas e objetivos, visto que são primordiais para o sucesso das
organizações e do próprio indivíduo Para que a liderança ocorra é preciso de um líder e
de alguém para ser liderado. Motta define liderança como: A capacidade que um
indivíduo possui de influenciar alguém ou um grupo de pessoas significa uma força
psicológica, onde um age de modo a modificar o comportamento de outro de modo
intencional, essa influência envolve poder e autoridade, alterando assim o modo de agir
do influenciado. (MOTTA,1997, p. 206).
2.1.1. Teoria dos traços de personalidade
Nesta teoria são enfatizadas qualidades intrínsecas da pessoa e permite concluir
que o líder já nasce como tal, não havendo a possibilidade de estudar, desenvolver e se
aprimorar para se tornar um. Conforme explicou Vergara (2007, p.73), o líder já nasce
feito, ou seja, alguns indivíduos já nascem líderes. Já eram possuidores de determinadas
características, sendo físicas (aparência, estatura, força física), intelectuais
(autoconfiança, entusiasmo, inteligência elevada) traços sociais (cooperação,
habilidades administrativas e interpessoais) e traços relacionados com a tarefa
(persistência, iniciativa, impulso de realização).

2.1.2. Teoria sobre estilo de liderança

Esta teoria associa-se ao estilo de comportamento dos líderes em relação aos


liderados. E com isso, defende que os comportamentos podem ser adquiridos e, desta
forma, os indivíduos treinados nos comportamentos de para se tornar um líder,
conseguem liderar de forma eficaz. A procura por padrões de êxito no interior das
organizações, requerem sempre mais dos profissionais que estão em cargos de
liderança, sabido que possui grande importância nos resultados, cooperando
inteiramente para o insucesso ou sucesso da empresa Segundo Bergamini (1994, p.36),
a liderança e seus traços constituem como: “conjuntos de comportamentos que
pudessem configurar aquilo que passa a ser chamado de habilidades de liderança. Os
estilos de liderança se desenvolvem em cada gestor de acordo com as características

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individuais e conforme a cultura das pessoas e da organização. Os tipos abaixo descritos
são os mais conhecidos:
a. Liderança autocrática: O líder centraliza totalmente a autoridade e as decisões,
os subordinados não têm nenhuma liberdade de escolha. O líder autocrático é:
dominador; emite ordens e espera obediência plena e cega dos subordinados;
líder é temido pelo grupo, que só trabalha quando ele está presente.
b. Liderança liberal: O líder permite total liberdade para a tomada de decisões
individuais ou em grupo, participando delas apenas quando solicitado. A
liderança liberal enfatiza somente o grupo. O comportamento do líder é evasivo
e sem firmeza.
c. Liderança democrática: O líder é extremamente comunicativo; encoraja a
participação das pessoas; se preocupa igualmente com o trabalho e com o grupo.
Actua como um facilitador para orientar o grupo, ajudando-o na definição dos
problemas e nas soluções, coordenando atividades e sugerindo ideias.

2.1.3. Teorias da Contingência ou Situacionais

A ideia expressa por estas teorias é que o estilo de liderança depende da


circunstância. O líder precisa ter flexibilidade na relação com seus liderados e saber
identificar o estilo de liderança que deverá utilizar diante das situações que aparecerem.
O princípio fundamental das teorias situacionais de liderança é que a eficácia do líder
reside na sua capacidade de responder ou ajustar-se a determinada situação. (Faccioli,
2008, p.3).
Com isso, o que se torna um dos maiores problemas relacionados a essas teorias
é a identificação das situações, já que as mesmas são essenciais para a definição do
estilo de liderança a ser usado. Conforme dito por Robbins (2007, p.142), uma coisa é
dizer que a eficácia da liderança depende da situação, outra é ser capaz de identificar
essas condições situacionais.
Logo, as teorias contingenciais, em sua maioria, auxiliam na identificação das
condições situacionais.

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2.2. Principais conceito

2.2.1. Liderança

A liderança é um tema que vem encantando o mundo há muito tempo. E esta se


tornando cada vez mais importante na vida das organizações. A razão é muito simples,
pois o mundo organizacional requer líderes para condução bem sucedidas das
organizações e a liderança representa a maneira mais eficaz de renovar e revitalizar as
organizações e impulsionálas rumo ao sucesso e à competitividade. A liderança introduz
vigor e rumo definido nas organizações (CHIAVENATO, 2010, p. 345)
Collins (2002) e seus colaboradores, mostram algumas características marcantes
de líderes que conseguiram transformar uma empresa considerada de nível bom para
excelente. Os resultados de suas pesquisas, mostraram que esse tipo de líder, tinham
características bem diferentes de líderes de elevado perfil e personalidade.
Para Chiavenato, (2002) “as características que identificam líderes de sucesso
eram:
a) Habilidade de interpretar objetivos e missões e transmiti-los aos outros;
b) Habilidade para estabelecer prioridades e fixa-las aos outros;
c) Habilidade em solucionar problemas e conflitos de maneira equilibrada;
d) Facilidade em solucionar problemas e conflitos, mantendo o equilíbrio;
e) Facilidade em supervisionar e orientar pessoas;

2.2.2. Habilidades

Chiavenato (2013:43) refere que o conhecimento envolve o acervo de


informações, conceitos e ideias que o gestor possui a respeito da sua especificidade. O
conhecimento muda a cada instante e o gestor precisa de renová-lo continuamente em
um processo de constante actualização. Isso significa nunca deixar de aprender, ler e
reciclar-se para não se tornar obsoleto e ultrapassado. Mas não basta saber; é preciso
conseguir aplicar o conhecimento técnico, interpessoal, administrativo, organizacional e
estratégico adquirido. Ele precisa ser adicionado a outra competência durável: a
habilidade.
Entendendo-se por habilidade segundo Bonome (2009), Dalmau e Kelly (2009)
a capacidade de que foi adquirida mediante treinamento, experiência e/ou conhecimento
prático acerca de determinada actividade que o indivíduo desenvolve. Ainda assim
existem habilidades inatas ao ser humano, e, portanto, podem ser considerados aptidões.

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A habilidade é a segunda componente da competência e está sempre vinculada à
capacidade de acção, ou seja, é a habilidade que vai permitir que o sujeito use seus
conhecimentos na prática.

2.2.3. Gestor

A palavra Gestão vem do latim gestione onde se define gestor como alguém
pertencente a uma determinada organização e a quem compete a execução das tarefas
confiadas à gestão contudo o gestor tem como finalidade, gerenciar e administrar
pessoas, negócios ou recursos de empresas e organizações de acordo com os processos e
valores de cada organização, visando alcançar os objectivos traçados.
DRUCKER, (1974:24), descreve o Gestor como um terapeuta, onde diz que: “o
Gestor precisa vender a si mesmo, assim como o terapeuta, o Gestor ou o vendedor só
podem ter sucesso quando infundem confiança no comprador, no seu subordinado ou
colaborador”. Então, o conselho é não desempenhar o papel de alguém estranho,
chamado Gestor, mas desempenhar o próprio papel; onde o Gestor deverá explorar tão
bem quanto possível, aquilo que é bem sua personalidade.
No âmbito dos pressupostos da Nova Gestão Pública, ―gestor é aquele que
entende a dinâmica de mercados, que pode extrair o potencial inexplorado dos recursos
humanos que administra; que é sensibilizado às necessidades do cliente; que pode
produzir resultados e que pode ser confiado para fazer o que é certo na organização que
representa (Gunter, at. al, 2016:6).
No geral, Luck (2009:22) havia observado que ―os gestores de instituições de
ensino, constituídos em uma equipe de gestão, são os profissionais responsáveis pela
organização e orientação administrativa e pedagógica da escola, da qual resulta a
formação da cultura e ambiente escolar, que devem ser mobilizadores e estimuladores
do desenvolvimento, da construção do conhecimento e da aprendizagem orientada para
a cidadania competente. Para tanto, cabe-lhes promover a abertura da escola e de seus
profissionais para os bens culturais da sociedade e para sua comunidade. Sobretudo
devem zelar pela constituição de uma cultura escolar proativa e empreendedora capaz
de assumir com autonomia a resolução e o encaminhamento adequado de suas
problemáticas quotidianas, utilizando-as como circunstâncias de desenvolvimento e
aprendizagem profissional.

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2.2.4. Sistema de abastecimento de água

Um sistema de abastecimento de água pode ser definido como uma instalação


composta por conjunto de obras civis, materiais e equipamentos, destinada à produção e
distribuição canalizada de água potável para a população. Dentro do contexto de
abastecimento de água, ainda é possível destacar as soluções alternativas de
abastecimento de água, que são todas aquelas voltadas ao abastecimento coletivo que
não se encaixam no conceito de sistema de abastecimento de água, que é o caso do
abastecimento por carros-pipa e poços comunitários. Há ainda as soluções individuais,
que são todas e quaisquer soluções alternativas que atendam a um único domicílio.
O sistema de abastecimento de água (SAA) é comumente composto por seis
elementos: captação, adução, recalque, tratamento, reservação e distribuição. Entretanto,
a ordem não precisa ser necessariamente essa, e nem todos os componentes estarão
presentes em todos os sistemas de abastecimento. Um exemplo é o caso das condições
topográficas do terreno serem favoráveis e não demandarem sistema de recalque, ou a
água do manancial ser naturalmente potável e não ser necessário a criação de uma
estação de tratamento de água (GARCEZ, 1976).

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