UEM-ESUDER
Maputo
2020
Índice
CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO........................................................................................1
1.1. Contextualização....................................................................................................2
1.3. Justificativa.............................................................................................................5
1.4. Objectivos...............................................................................................................5
1.4.1. Geral....................................................................................................................5
1.4.2. Específicos..........................................................................................................5
1.5 Hipoteses.....................................................................................................................6
2.2.1. Liderança.................................................................................................................9
2.2.2. Habilidades..............................................................................................................9
2.2.3. Gestor....................................................................................................................10
Desde o aparecimento das empresas, da gestão e dos gestores que o mundo não
para de evoluir. Por consequência dessa evolução, é exigido às empresas que estejam
preparadas para novos desafios e espera-se que estejam constantemente atentas ao seu
meio ambiente. Para enfrentar os novos desafios, os gestores não só têm a obrigação de
saber o seu papel e a sua função, como têm de estar dotados de competências para o
desempenhar. (Fernandes, 2014).
O quotidiano profissional nas instituições públicas em Moçambique, demonstra
existência de indivíduos com características típicas de gestores, como as apontadas por
Rego, et al. (2007:130), designadamente: ―alguém que controla, orçamenta e faz com
que os objectivos da organização sejam alcançados, planifica, resolve problemas e lida
com a complexidade, orienta-se para fazer cumprir regras, é responsável pelo
desempenho da organização, cria estruturas e é avesso ao risco, usa autoridade e as
regras para manter as pessoas alinhadas com a direcção que a organização toma, dá
ordens, zela pela manutenção do paradigma vigente e gere sistemas.
Neste sentido, é crescente a utilização da noção de competências gerenciais no
ambiente da organização, o que contribui para a renovação constante do interesse acerca
desse conceito. Este facto resulta, dentre outros motivos, pela necessidade de gestores
qualificados e com perfil adequado para o desempenho dessa função por inúmeras
razões que, dentre elas pode-se citar: a redução dos ciclos de vida dos produtos; a
globalização, uma vez que as barreiras comerciais que impedem produtos e serviços de
atravessarem o globo e concorrerem com produtos internos são cada vez menores; o
aumento de complexidades técnicas, forçando os produtos a estarem cada vez mais
inovadores e; o aumento do poder do cliente, que se tornou mais exigente e actuante no
mercado (PINTO, 2002).
As mudanças aconteceram de acordo com o tempo, por fatores econômicos,
sociais e culturais, corroboraram para diversas alterações e lapidações no perfil do
trabalho, exigindo mais requisitos dos trabalhadores. Coerente a Chiavenato (2004) um
colaborador que executava apenas uma função, onde se não eram necessários
habilidades técnicas, conhecimentos e competências, hoje é necessário qualificação,
para que sejam capazes de executar suas funções. No tempo atual o colaborador não
pode possuir apenas a prática de uma função, principalmente realiza-la sem entender o
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processo no qual ela é desenvolvida e para qual finalidade, necessita de qualificação
para execução de suas tarefas.
Em termos de organização, o trabalho é constituído por seis partes fundamentais.
A primeira parte abarca a introdução, que apresenta a contextualização, como forma de
perceber o contexto em que o estudo se insere; a justificativa que mostra as motivações
e a pertinência do desenvolvimento da presente pesquisa. A introdução comporta ainda
o problema de pesquisa, os objectivos da pesquisa, geral e específicos e a hipótese como
resposta provisória à pergunta de partida levantada.
A segunda parte acolhe a revisão da literatura, a qual descreve e apresenta os
contornos da influência das habilidades e características dos gestores no sistema de
abastamento de água. Em função da revisão da literatura feita, apresenta-se a hipótese
do trabalho.
A terceira parte apresenta o enquadramento teórico e conceptual, onde faz-se a
fundamentação teórica da pesquisa, mostra os parâmetros de análise dos sistemas de
sistemas de abastecimento de água e a definição dos conceitos-chave.
A quarta parte apresenta a metodologia usada para a realização da pesquisa, faz
alusão ao tipo de pesquisa e às técnicas, ao tipo de amostra empregue e as variáveis do
estudo.
Na quinta parte faz-se apresentação e análise dos resultados da pesquisa. Onde,
destacam-se as fases da reforma de processamento e pagamento de salários na função
pública moçambicana.
1.1. Contextualização
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empenham na “capacitação gerencial de seus recursos humanos, enquanto outras se
encontram às voltas com os problemas decorrentes da alta rotatividade de pessoal
devida à grande preocupação com a minimização da folha de pagamento”
Face às necessidades e exigências da sociedade actual (eficiência, eficácia e
competitividade organizacional), Carpenter e Bach (2012) recomendam a necessidade
de agregação de competências académicas aos gestores profissionais e de competências
dos mesmos.
Segundo Hersey & Blanchard (1986), os gerentes têm a responsabilidade de
transformar seu pessoal em “vencedores” e é necessário que a metodologia deve
enfatizar o desenvolvimento das pessoas a fim de aumentar a afinidade destas com o
novo sistema e conseqüentemente às novas culturas e comportamentos. O líder pode
ajudar no processo de adaptação do funcionário à filosofia da empresa, o que permitirá
um ambiente favorável à realização das atividades, inspirando as pessoas a ter idéias,
com isso pode-se ter um maior desenvolvimento da organização. Se isso ocorrer de
maneira negativa, pode ocasionar uma desmotivação e falta de comprometimento por
parte dos funcionários, acarretando barreiras que interferirão no crescimento da empresa
As características da liderança são vitais no processo de mudança organizacional, mas
podem também comprometer a sua eficiência. Segundo Adizes (1998), o fator chave no
processo gerencial é saber gerenciar as pessoas e não o problema. É necessário criar o
ambiente que irá possibilitar que essas pessoas cheguem ao problema e solução
adequados.
No quadro das reformas para mudar o cenário e melhorar o ambiente
institucional relacionado com os Recursos Humanos, introduziram – se reformas na
Função Pública. São exemplos o Decreto no 14/87, de 20 de Maio que aprova o Estatuto
Geral dos Funcionários do Estado; o Decreto no 40/92, de 25 de Novembro que institui
o Sistema Nacional de Gestão de Recursos Humanos (SNGRH); o Decreto no 55/94, de
9 Novembro que cria o Sistema de Formação em Administração Pública (SIFAP); o
Decreto no 64/98, de 3 de Dezembro que aprova o Sistema de Carreiras e Remuneração
e outros dispositivos legais. Contudo, a introdução destes instrumentos legais não
significa solução final de problemas da Administração Pública, havendo por isso a
necessidade de actulização e adaptação destes instrumentos aos contextos actuais.
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1.2. Problema de estudo
1.3. Justificativa
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Cidade de Vilankulo, e perceber o funcionamento dos mesmos no seu dia-a-dia,
especialmente no que diz respeito às necessidades de satisfação, auto-estima e
realização.
Dai que, o estímulo para a realização deste estudo surgiu da atracção pelo tema
sobre a liderança, bem como do desejo de compartilhar possíveis descobertas que
permitam compreender tais ferramentas no mundo actual. Além disso, este tema é de
suma importância para auxiliar no relacionamento dos gestores e seus subordinados,
nessa perspectiva, o processo de desenvolvimento de competências dos recursos
humanos tem-se constituído como um dos principais desafios a serem enfrentados pelos
gestores. Trata-se da obtenção de resultados que busca a melhoria na gestão das
empresas, com pessoas envolvidas no desenvolvimento de actividades e serviços,
preparadas e capacitadas para as funções.
A escolha do Sistema de abastecimento de água da Cidade de Vilankulo como
unidade de pesquisa, deveu-se ao facto de a estudante possuir um conhecimento do
historial, estrutura e funcionamento das actividades desta entidade tendo como posto de
trabalho o mesmo, bem como a facilidade de acesso para recolha de dados que
constituirão o alicerce principal da presente pesquisa. A dimensão temporal de 2015 a
2019 de ser um período recente o que permite o levantamento de dados actualizados
sobre a temática em causa.
No que diz respeito ao espaço académico o estudo é relevante a medida que
pretende contribuir para enriquecimento do debate literário existente sobre o
desenvolvimento empresarial.
1.4. Objectivos
1.4.1. Geral
Esta pesquisa tem como objectivo principal apresentar uma contribuição à compreensão
do processo de mudança organizacional, e uma discussão sobre a influência directa ou
indirecta do líder neste processo.
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• Identificar se as habilidades indicadas são percebidas na prática pelos gerentes;
• Analisar as possíveis causas da influência dessas habilidades no processo de mudança
organizacional;
• Comparar e relacionar as habilidades de liderança que interferem num processo de
mudança organizacional, propondo acções para fortalecê-las.
1.5 Hipoteses
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CAPÍTULO III: ENQUADRAMENTO TEÓRICO E CONCEPTUAL
Actualmente, a liderança exerce uma função que possa adaptar uma gestão mais
participativa, de forma que consiga maior dedicação com as pessoas de modo a
influenciar o alcance de metas e objetivos, visto que são primordiais para o sucesso das
organizações e do próprio indivíduo Para que a liderança ocorra é preciso de um líder e
de alguém para ser liderado. Motta define liderança como: A capacidade que um
indivíduo possui de influenciar alguém ou um grupo de pessoas significa uma força
psicológica, onde um age de modo a modificar o comportamento de outro de modo
intencional, essa influência envolve poder e autoridade, alterando assim o modo de agir
do influenciado. (MOTTA,1997, p. 206).
2.1.1. Teoria dos traços de personalidade
Nesta teoria são enfatizadas qualidades intrínsecas da pessoa e permite concluir
que o líder já nasce como tal, não havendo a possibilidade de estudar, desenvolver e se
aprimorar para se tornar um. Conforme explicou Vergara (2007, p.73), o líder já nasce
feito, ou seja, alguns indivíduos já nascem líderes. Já eram possuidores de determinadas
características, sendo físicas (aparência, estatura, força física), intelectuais
(autoconfiança, entusiasmo, inteligência elevada) traços sociais (cooperação,
habilidades administrativas e interpessoais) e traços relacionados com a tarefa
(persistência, iniciativa, impulso de realização).
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individuais e conforme a cultura das pessoas e da organização. Os tipos abaixo descritos
são os mais conhecidos:
a. Liderança autocrática: O líder centraliza totalmente a autoridade e as decisões,
os subordinados não têm nenhuma liberdade de escolha. O líder autocrático é:
dominador; emite ordens e espera obediência plena e cega dos subordinados;
líder é temido pelo grupo, que só trabalha quando ele está presente.
b. Liderança liberal: O líder permite total liberdade para a tomada de decisões
individuais ou em grupo, participando delas apenas quando solicitado. A
liderança liberal enfatiza somente o grupo. O comportamento do líder é evasivo
e sem firmeza.
c. Liderança democrática: O líder é extremamente comunicativo; encoraja a
participação das pessoas; se preocupa igualmente com o trabalho e com o grupo.
Actua como um facilitador para orientar o grupo, ajudando-o na definição dos
problemas e nas soluções, coordenando atividades e sugerindo ideias.
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2.2. Principais conceito
2.2.1. Liderança
2.2.2. Habilidades
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A habilidade é a segunda componente da competência e está sempre vinculada à
capacidade de acção, ou seja, é a habilidade que vai permitir que o sujeito use seus
conhecimentos na prática.
2.2.3. Gestor
A palavra Gestão vem do latim gestione onde se define gestor como alguém
pertencente a uma determinada organização e a quem compete a execução das tarefas
confiadas à gestão contudo o gestor tem como finalidade, gerenciar e administrar
pessoas, negócios ou recursos de empresas e organizações de acordo com os processos e
valores de cada organização, visando alcançar os objectivos traçados.
DRUCKER, (1974:24), descreve o Gestor como um terapeuta, onde diz que: “o
Gestor precisa vender a si mesmo, assim como o terapeuta, o Gestor ou o vendedor só
podem ter sucesso quando infundem confiança no comprador, no seu subordinado ou
colaborador”. Então, o conselho é não desempenhar o papel de alguém estranho,
chamado Gestor, mas desempenhar o próprio papel; onde o Gestor deverá explorar tão
bem quanto possível, aquilo que é bem sua personalidade.
No âmbito dos pressupostos da Nova Gestão Pública, ―gestor é aquele que
entende a dinâmica de mercados, que pode extrair o potencial inexplorado dos recursos
humanos que administra; que é sensibilizado às necessidades do cliente; que pode
produzir resultados e que pode ser confiado para fazer o que é certo na organização que
representa (Gunter, at. al, 2016:6).
No geral, Luck (2009:22) havia observado que ―os gestores de instituições de
ensino, constituídos em uma equipe de gestão, são os profissionais responsáveis pela
organização e orientação administrativa e pedagógica da escola, da qual resulta a
formação da cultura e ambiente escolar, que devem ser mobilizadores e estimuladores
do desenvolvimento, da construção do conhecimento e da aprendizagem orientada para
a cidadania competente. Para tanto, cabe-lhes promover a abertura da escola e de seus
profissionais para os bens culturais da sociedade e para sua comunidade. Sobretudo
devem zelar pela constituição de uma cultura escolar proativa e empreendedora capaz
de assumir com autonomia a resolução e o encaminhamento adequado de suas
problemáticas quotidianas, utilizando-as como circunstâncias de desenvolvimento e
aprendizagem profissional.
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2.2.4. Sistema de abastecimento de água
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