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As modalidades de documentos psicológicos incluem:

1. Declaração
2. Atestado Psicológico
3. Relatório (Psicológico e Multiprofissional)
4. Laudo Psicológico
5. Parecer Psicológico

1. Declaração
A finalidade da Declaração é registrar, de forma objetiva e sucinta, informações sobre a
prestação de serviço realizado ou em realização. É importante destacar que é vedado o registro
de sintomas, situações ou estados psicológicos na Declaração.
A estrutura deste documento deve apresentar o título “Declaração”, identificação da
pessoa atendida (nome completo ou nome social), a finalidade do documento e informações sobre
dias, horários local e duração do acompanhamento psicológico. Finaliza-se com informações de
data da emissão do documento, local e dados do psicólogo.

2. Atestado Psicológico
O Atestado Psicológico tem como finalidade afirmar as condições psicológicas de quem,
por requerimento, o solicita; comunicar o diagnóstico de condições mentais com o intuito de
justificar faltas e impedimentos; declarar que a pessoa que o solicita está apta ou não para realizar
atividades específicas (manusear armas de fogo, assumir cargos públicos ou privados, dirigir
veículo motorizado, entre outros) e solicitar o afastamento e/ou dispensa. O atestado resulta de
uma avaliação psicológica dentro dos parâmetros avaliados no processo.
Em sua estrutura, o atestado deve restringir-se a informação solicitada, contendo
expressamente o fato constatado, escrito em texto corrido (sem parágrafos). Deve conter o título
“Atestado Psicológico”, nome da pessoa ou instituição atendida, nome do solicitante (sendo o
próprio usuário do processo ou instituição), sua finalidade e a descrição das condições
psicológicas do beneficiário do serviços, podendo até mesmo o uso do CID ou de outras
classificações para enquadramento diagnóstico. O documento deve ser encerrado com
informações de data, local, nome e registro do psicólogo; todas as laudas devem ser numeradas,
rubricadas e, no final, assinadas pelo Psicólogo (a). Também é necessário destacar que o
documento é extrajudicial e não pode ser usado para outro fim que não seja aquele a qual foi
destinado.

3. Relatório (Psicológico)
Documento que, por meio de descrição escrita, circunstanciada e descritiva, considera
condicionantes históricos e sociais da pessoa ou grupo atendido visando comunicar a atuação do
psicólogo (a) em diversos processos desenvolvidos, podendo gerar orientações, recomendações,
encaminhamentos ou intervenções pertinentes à situação, porém não tendo como finalidade
diagnóstico.
Por ter caráter técnico científico, o relatório deve conter narrativa detalhada e didática, com
linguagem compreensível para quem se destina, respeitando o Código de Ética. Não corresponde
à descrição literal dos atendimentos, mas sim deve constar o raciocínio do profissional que
justifique suas conclusões e/ou recomendações.
Em sua estrutura, o relatório deve apresentar:
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● Identificação: com título “Relatório Psicológico”, nome da pessoa ou instituição atendida,
nome do solicitante, finalidade do relatório e nome do Psicólogo (a) responsável, com sua
respectiva inscrição do CRP;
● Descrição da demanda: descrever o motivo da busca do processo, quem forneceu as
informações e quais demandas levaram à solicitação do documento.
● Procedimento: o autor do relatório deve apresentar o raciocínio técnico-científico que
justifica o trabalho apresentado, bem como o embasamento teórico que fundamentou suas
análises, interpretações e conclusões. Deve-se citar as pessoas ouvidas no processo, o
número de encontros e a duração do processo.
● Análise: De forma analítica e descritiva, deve conter toda evolução do trabalho realizado
sem que isso corresponda a uma descrição literal do atendimento, a não ser que seja
justificado tecnicamente. Apresentando fundamentação teórica e prática, a análise deve ter
um pensamento sistêmico e apenas responder o que foi solicitado na demanda, com
informações devidamente justificadas pela sua fonte, sustentada em fatos e/ou teorias e
usando de linguagem objetiva e precisa.
● Conclusão: Conclusões do (a) Psicólogo (a) a partir do relato da análise, podendo contar
encaminhamentos ou sugestões de continuidade do atendimento. Ao final, conter os dados
do profissional, com as laudas numeradas e rubricadas, podendo ser destacado o caráter
sigiloso do documento e a não responsabilidade do profissional pelo uso dado ao relatório
após sua entrega na entrevista devolutiva.

3.1 - Relatório Multiprofissional

Esse relatório, com as mesmas características do relatório psicológico, é resultante da
atuação do (a) Psicólogo (a) em contexto multiprofissional, preservando a ética e autonomia dos
envolvidos. Devem ser registradas as informações dos objetivos da atuação multiprofissional em
conformidade com Código de Ética Profissional do Psicólogo quanto ao sigilo.
Quanto sua estrutura, o Relatório Multiprofissional apresenta as mesmas fases do
Relatório Psicológico, diferindo nos seguintes itens: na identificação deve ser descrito sua
categoria profissional; na descrição da demanda deve ser esclarecido o motivo da busca
multiprofissional; no procedimento precisa ser descrito procedimentos e/ou técnicas que sejam
privativas à Psicologia, separadas dos demais profissionais; na análise, cada profissional deve
escrever a sua separadamente, identificando nome e categoria.
A conclusão deste relatório pode ser realizada em conjunto, cabendo ao (à) Psicólogo (a)
as mesmas informações de conclusão já apresentadas no Relatório Psicológico.

4. Laudo Psicológico
É o resultado de um processo de avaliação psicológica para subsidiar o contexto que
surgiu a demanda; apresenta informações técnicas e científicas dos fenômenos psicológicos,
considerando o histórico e o social da pessoa ou instituição atendida. Deve conter narrativa
detalhada e didática; sua interpretação e análise de dados deve ser obtidos por métodos e
técnicas científicas reconhecidas para uso profissional conforme Resoluções do CRP.
Todos os procedimentos e conclusões gerados do processo devem ater-se ao que foi
solicitado em demanda e relatar o encaminhamento, intervenções, diagnósticos ou hipóteses
diagnósticas, prognósticos, evolução de caso e sugestão de processo terapêutico. O laudo pode
participar também de um processo que tenha atuado em equipe multiprofissional, deixando
sempre o laudo respaldado por itens apresentados no relatório multiprofissional e no Código de
Ética.
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Sobre sua estrutura, o Laudo Psicológico se assemelha ao Relatório Psicológico, diferindo
nos itens descritos abaixo:
● Na Análise, o (a) autor (a) do laudo deve fazer uma exposição descritiva, metódica,
objetiva e coerente com os dados colhidos e situações relacionadas à demanda solicitada,
respeitando a fundamentação teórica que sustenta o instrumental técnico utilizado, não
podendo fazer afirmações sem sustentação de fatos ou teorias, sendo o mais objetivo em
sua linguagem.
● Referências são obrigatórias ao final do laudo psicológico, informando fontes específicas
ou referências bibliográficas utilizadas.

5. Parecer Psicológico
O parecer psicológico é uma análise técnica, que responde a uma questão-problema no
campo psicológico ou a documentos psicológicos questionados. Ele esclarece as dúvidas de uma
questão-problema ou documento psicológico que está interferindo na decisão do participante.
A estrutura do parecer psicológico deve apresentar os itens de Identificação, a Descrição
da demanda, Procedimento, Análise, Conclusão e Referências.

● Identificação: Deve constar o título de ‘’Laudo Psicológico’’; o nome da pessoa ou a

instituição cuja a dúvida ou questionamento se refere; nome do solicitante, sendo esse a
identificação de quem solicitou o documento, como empresas, instituições públicas ou
privadas; a finalidade para qual ele foi solicitado e o nome do autor, que é o nome
completo do psicólogo responsável pela construção do documento.
● Descrição da demanda: Este item deve apresentar as informações sobre o que motivou a
busca pelo processo de trabalho prestado, indicando quem forneceu as informações e as
demandas que levaram à solicitação do documento.
● Procedimento: Este item deve conter o raciocínio técnico-científico que justifica o processo
de trabalho apresentado pelo psicólogo e os recursos técnicos-científicos utilizados no
processo de avaliação psicológico, especificando os fundamentos de suas análises,
interpretações e conclusões; as pessoas que foram ouvidas no processo de trabalho
desenvolvido, as informações objetivas , o número de encontros e o tempo que durou o
processo.
● Análise: Deverá ser metódica, descritiva, objetiva e coerente. Deve apresentar descrições
literais das sessões ou atendimentos realizados, devendo respeitar a fundamentação
teórica que sustenta o instrumental técnico utilizado, bem como os princípios éticos e as
questões relativas ao sigilo das informações. O psicólogo não deve fazer afirmações sem
sustentação em fatos ou teorias, especialmente quando se referir a dados de natureza
subjetiva.
● Conclusão: A conclusão deverá ser feita a partir do que foi relatado em Análise,
considerando a natureza dinâmica e não cristalizada de seu objeto de estudo. Aqui deve
ser indicado os encaminhamentos e intervenções, diagnóstico, prognóstico e hipótese
diagnóstica, a evolução do caso, orientação ou sugestão de projeto terapêutico. O
documento deve ser finalizado com a indicação de local, data de emissão, carimbo com
nome completo ou social do psicólogo, acrescido de sua inscrição profissional, com todas
as laudas numeradas, rubricadas até a penúltima página lauda, e a assinatura do
psicólogo na última página. É indicado ao psicólogo que destaque, no fim da lauda, que
esse documento não poderá ser utilizado para fins diferentes do apontado nos itens de
identificação.
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● Referências: Item onde deverá ser exposta as informações das fontes científicas ou
referências bibliográficas utilizadas, preferencialmente em nota de rodapé.