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1 - Lista 01
Para os temas da primeira semana, os exercícios a seguir servem como uma boa revisão da introdução ao estudo de
funções.
• União: A ∪ B = {x; x ∈ A ou x ∈ B}
Exemplo: Se A = {1, 3, 4, 6} e B = {2, 4, 6, 8}, então A ∪ B = {1, 2, 3, 4, 6, 8}.
• Intersecção: A ∪ B = {x; x ∈ A e x ∈ B}
Exemplo: Nos mesmos conjuntos A e B do exemplo anterior, tem-se A ∩ B = {4, 6}.
• Diferença: A \ B = {x; x ∈ A e x 6∈ B}
Exemplo: Ainda nos mesmos A e B, tem-se A \ B = {1, 3}.
Existem outras operações entre conjuntos importantes. Apenas serão apresentados nos materiais da disciplina caso
seja realmente importante.
Exercício 1
Dados os intervalos: A = [4, 12], B =]9, 19[, C =]0, 8] e D =]2, 14], determine:
a) A ∩ C
b) A ∪ B
c) B \ D
d) B ∪ (C ∩ D)
e) C ∩ (A ∪ D)
Exercício 2
√
(UFF-RJ) O número π – 2 pertence ao intervalo
h 3i
(A) 1,
2
i1 i
(B) ,1
2
h3 i
(C) ,2
2
(D) ]–1, 1[
h 3 i
(E) – ,0
2
Wanderson A. Oliveira UFRPE
Exercício 3
Tomando os intervalos P = [0, 3], Q =]1, 4] e R =]2, 5[, determine a representação gráfica dos intervalos P ∩ Q, Q ∪ R,
R \ P e P ∩ Q ∩ R.
Esta definição é válida não importando que termo está entre as barras do módulo. Assim, por exemplo, |x2 + x – 2| é
descrito como:
x2 + x – 2, se x2 + x – 2 > 0 x2 + x – 2, se x 6 –2 ou x > 0
|x2 + x – 2| = = .
–(x2 + x – 2), se x2 + x – 2 < 0 –x2 – x + 2, se – 2 < x < 1
Os intervalos obtidos no último desmembramento acima são as soluções das desigualdades x2 + x – 2 > 0 e x2 + x – 2 < 0,
respectivamente.
Exercício 4
Exercício 5
Complete a tabela a seguir em termos do valor absoluto, da distância entre números reais (aqui denotada por d(x, y), a
distância entre os reais x e y), de intervalos e de desigualdades. Observe o exemplo da primeira linha de respostas.
2
Cálculo N1
Exercício 6
Exercício 7
a) |x – 2| = 3
b) |x – 1| + 3 = 5
c) |x – 4| = |1 – x|
Desigualdades básicas
Saber resolver problemas envolvendo desigualdades é algo que, para quem não estiver acostumade, pode parecer
complicado num primeiro instante.
Para lidar com um exercício envolvendo desigualdades, podemos proceder como resolver questões que envolvem
igualdades, mas com um porém: toda vez que for necessário multiplicar ou dividir por um número negativo, é necessário
inverter a ordem da desigualdade, uma vez que isto seria equivalente a jogar os termos para os outros lados.
2x + 1
Exercício resolvido: Determinar a solução real da desigualdade > –3.
x
Solução 1: É possível resolver o problema multiplicando ambos lados por x, mas nasce um problema: não sabemos se
x é positivo ou negativo, o que nos obrigaria a separar em dois casos.
Se x < 0, então devemos inverter a desigualdade e obter 2x + 1 6 –3x. Organizando os termos, tem-se 5x 6 –1 e,
1
consequentemente, x 6 – . Observando a condição de x ser obrigatoriamente negativo, a solução encontrada nesta etapa
5
a satisfaz.
Se x > 0, a desigualdade não se altera. Assim, obtém-se 2x + 1 > –3x. Ao organizar, obtém-se 5x > –1 e, consequente-
1
mente, x > – . Porém, era necessário que a solução fosse um número positivo (olha ali a condição que x tem de satisfazer
5
no início do parágrafo)! Juntando as duas condições destas duas partes, conclui-se que x > 0.
Então, juntando as soluções obtidas em cada etapa, tem-se que o conjunto de solução é o intervalo
h 1h h 1 i
–∞, – ∪ ]0, +∞[ = R\ – ,0 .
5 5
2x + 1 2x + 1 3x 5x + 1
+3 > 0 ⇐⇒ + > ⇐⇒ > 0.
x x x x
Para que a fração seja positiva, o numerador e denominador devem ter mesmo sinal. Para que seja igual a zero, basta
que o numerador seja zero.
Se numerador e denominador são ambos positivos, então 5x + 1 > 0 e x > 0. Estas duas condições são satisfeitas
simultaneamente quando x > 0.
1
Se numerador e denominador são ambos negativos, então 5x + 1 < 0 e x < 0. Ambas são satisfeitas se x < – .
5
1
Por fim, para que a fração seja igual a zero, então 5x + 1 = 0, ou seja, x = – .
5
Juntando as três soluções parciais em uma única, tem-se o mesmo resultado da Solução 1.
3
Wanderson A. Oliveira UFRPE
Exercício 8
Determine o conjunto-solução das desigualdades a seguir utilizando a notação de intervalos, de conjuntos e a notação
gráfica.
a) 5 < 2x + 7 6 13
b) (2x + 3)2 6 4
c) 2 – x – x2 > 0
2 6
d) >
2–x 3–x
1
e) <3
x
5x + 3
f) >2
2x + 1
2x2 + x
g) 62
x2 + 1
Exercício 9
2x + 1
a) f(x) =
x2 + x – 2
√
x
3
b) g(x) =
x2 + 1
√ √
c) h(x) = 4–x+ x2 – 1
2x + 3
d) j(x) =
(1 – x)(1 – 2x)
p
e) k(x) = (x – 5)(x + 4)
Exercício 10
√ r
x+1 x+1
São iguais os domínios das funções reais p(x) = √ e q(x) = ? Justifique sua resposta.
x–3 x–3
4
Cálculo N1
Exercício 11
x+2
Considere a função real p(x) = . Para qual valor real a tem-se p(a) = 4?
3 – 2x
Uma pergunta que poucos materiais didáticos exploram é a tarefa de encontrar qual elemento do domínio x corres-
ponde a um elemento da imagem y. Em especial, este problema corresponde a conseguir identificar qual é o conjunto
imagem de uma função dada.
Para responder a esta questão, é possível construir um método simples e interessante. As funções aqui estudadas são
da forma y = f(x). Mas... E se quisermos inverter a ordem? Dar um valor de y e obter o valor de x.
Para ser sincero com vocês, este problema não tem solução simples para qualquer função, visto que algumas restrições
de comportamento das funções nos impedem de obter um procedimento claro e que funcione sempre. Entretanto, nos
casos possíveis, há uma estratégia: ao invés de isolar y como algo que depende de x, busque isolar x como algo que depende
de y.
x–2
Exercício resolvido: Determine o conjunto imagem da função f(x) = .
3x + 5
x–2 x–2
Solução: Temos y = f(x) = , ou seja, y = . Multiplicando cruzado, obtemos y(3x + 5) = x – 2. Para isolar x,
3x + 5 3x + 5
efetuamos a multiplicação e jogamos todos os termos com essa variável para o lado esquerdo e todos os outros termos para
o direito.
–2 – 5y
3xy + 5y = x – 2 ⇐⇒ 3xy – x = –2 – 5y ⇐⇒ x(3y – 1) = –2 – 5y ⇐⇒ x= .
3y – 1
Agora é necessário interpretar esta informação para conseguir identificar qual a imagem de f(x). Pela definição, a
imagem é o conjunto dos elementos do contradomínio que são imagens de algum elemento x do domínio.
A princípio, y poderia assumir qualquer valor real. Mas, observando atentamente, não existe x correspondendo a y ser
1
igual a pois o denominador da fração acima seria 0, o que não é possível. Por isto, é possível escolher qualquer valor real,
3
1
1
com exceção de . Logo, o conjunto imagem é Im(f) = R \ .
3 3
Exercício 12
2
a) f(x) =
3x – 2
5x + 3
b) g(x) =
2x + 1
√ √
c) h(x) = 4–x+ x2 – 1
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Wanderson A. Oliveira UFRPE
Definição 1. Uma função f é dita injetiva se toda vez que f(a) = f(b) tem-se a = b.
Então, para testar se uma função é injetiva, basta verificar a condição acima. Se, obrigatoriamente, os valores do
domínio devam ser iguais, então é injetiva. Caso contrário, se for possível ter f(a) = f(b) mas sendo a 6= b para algum valor
de a e b, então a função não é injetiva.
g(a) = 5a + 13 = 5b + 13 = g(b).
h(a) = a2 + 5a + 13 = b2 + 5b + 13 = h(b).
Exercício 13
a) f(x) = 1 – x2
b) g(x) = |2x – 1|
1
c) h(x) =
4x + 5
d) j(x) = x3 – 1
Sobrejetividade
A definição de uma função sobrejetora passa por saber identificar com clareza quem é o conjunto imagem de uma
função.
Definição 2. Uma função f é dita sobrejetiva se toda vez que sua imagem Im(f) é igual ao contradomínio CD(f).
O contradomínio costuma ser R ou um dado da questão, caso contrário. Já com relação à imagem, é necessário saber
identificá-la. O procedimento para isto é o mesmo adotado anteriormente, como no Exercício 12.
Funções: paridade
6
Cálculo N1
Para verificar se uma função f é par, ímpar ou sem paridade, é necessário olhar para os valores de f(–x), f(x) e –f(x). Se
ocorrer alguma igualdade entre elas, então é possível apontar sua paridade. Lembre-se que, ao calcular f(–x), a variável –x
deve substituir todos os espaços que x ocupa.
a) f(x) = x6 – 4
–x
b) g(x) =
x2 + 3
x3 – x
c) h(x) =
x2 + 1
d) j(x) = 5x3 – 2x
e) k(x) = |x|