A ofensiva do agronegócio sobre os pequenos proprietários e as terras indígenas no
Brasil
Os conflitos fundiários existem em todas as regiões do Brasil e são caracterizados
por inúmeras ações de violência, o que significa a tomada generalizada de ações no combate de lutas pelas terras contra a população rural do Brasil. A pressão do agronegócio recai sobre várias pessoas, mas entre elas é possível destacar principalmente os pequenos proprietários, quilombolas e indígenas, que têm suas vidas constantemente ameaçadas, seja pelo uso abusivo de agrotóxicos ou pela violência física em conflitos armados. O Brasil bateu um recorde de casos de conflitos no campo em 2020, a violência rural foi 8% maior que no ano anterior, e mais da metade dos casos foram por questões de terra e envolvendo a população indígena. Também foram registrados mais casos de trabalho escravo envolvendo essa população, os principais responsáveis são fazendeiros e grandes latifundiários. Os pequenos produtores são pressionados e desencorajados pelo agronegócio, muitas vezes tornando-se reféns e criando dívidas impossíveis de serem quitadas tentando investir em melhorias, a relação entre alimentar as pessoas e reproduzir a vida, que era mais viva e baseada no conhecimento da terra, clima, animais e do convívio com a biodiversidade acabou sendo superada. Neste mérito, podemos concluir que ações precisam ser tomadas para que seja contido o avanço do agronegócio contra populações vulneráveis, há a necessidade de políticas públicas que abordem essas questões para reduzir as desigualdades rurais, monitorar as condições de trabalho, fornecer subsídios aos pequenos produtores rurais e principalmente apoiar a demarcação de terras indígenas e fazer com que as leis de preservação sejam cumpridas.