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INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO A DISTANCIA

DEPARTAMENTO DE ECONOMIA E GESTÃO

Curso de Licenciatura em Gestão de Recursos Humanos


Disciplina: Contabilidade Geral- 1º Ano

Tema:

O Fluxo de caixa como ferramenta de gestão para análise Financeira nas


Organizações

Nome: Paulo Fernando Torres

Beira, Outubro, 2021

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INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO A DISTANCIA

DEPARTAMENTO DE ECONOMIA E GESTÃO

Curso de Licenciatura em Gestão de Recursos Humanos

Disciplina: Contabilidade Geral- 1º Ano

Tema:
O Fluxo de caixa como ferramenta de gestão para análise Financeira nas
Organizações

Trabalho de Campo (Teste 2) a ser


submetido na Coordenação do Curso de
Licenciatura em Direito, no ISCED.

Tutor:

Nome: Paulo Fernando Torres

Beira, Outubro, 2021

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Índice

Introdução .....................................................................................................................................4

1.2 Objectivos............................................................................................................................4

1.2.1 Objectivos gerais ..........................................................................................................4

1.2.2 Objectivos específicos ..................................................................................................4

2. Procedimentos Metodológicos ..................................................................................................5

3. O Fluxo de caixa como ferramenta de gestão para análise Financeira nas Organizações ........5

3.1 Fluxo de caixa .....................................................................................................................5

3.1.2 Objectivo do fluxo de caixa ..........................................................................................7

3.2 Importância do fluxo de caixa .............................................................................................8

3.3 Planejamento e controle de caixa ........................................................................................9

3.4 Demonstração de fluxo de caixa .......................................................................................10

3.5 Métodos de elaboração da demonstração dos fluxos de caixa ..........................................11

Conclusão....................................................................................................................................13

Referências Bibliográficas ..........................................................................................................14

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Introdução

O presente trabalho de campo é da disciplina de Contabilidade Geral, cujo tema é “O Fluxo de


caixa como ferramenta de gestão para análise Financeira nas Organizações”.

Entende-se por Contabilidade Geral uma ciência apoiada, como em todos outros casos, por um
conjunto de técnicas específicas que têm por finalidade a prestação de informações relevantes e
confiáveis indispensáveis ao processo de decisão na esfera dos negócios.

A Contabilidade Geral fornece informação de natureza económica e financeira aos utilizadores


internos e externos da entidade. Para isso, colecta os dados económicos, avalia-os em unidades
monetárias, regista-os e sumaria-os em relatórios para serem comunicados e poderem
contribuir para a tomada de decisões.

A Contabilidade Geral tem como objectivo prover informação precisa e actual ao gestor, e
permitir que ele conheça a origem dos resultados, a posição da empresa em relação a terceiros e
a sua evolução patrimonial.

Como estudante, estou ciente de que o domínio desta disciplina permitir-me-á conhecer a
estrutura básica da contabilidade, destacando seus objectivos, sua sistematização, seus
procedimentos concebidos para captar, registrar, acumular, resumir e interpretar os fenómenos
que afectam as situações patrimoniais, financeiras e económicas das organizações.

Ainda, com o auxílio do Modulo e de outro material relevante, irei trazer uma discussão em
torno to tema retro mencionado. O fluxo de caixa é uma ferramenta que auxilia o administrador
financeiro na tomada de decisões, pois reflecte e prevê o que ocorrerá com as finanças da
empresa em um determinado período.

1.2 Objectivos

1.2.1 Objectivos gerais


Como este ensaio, pretende-se:

 Descrever as doutrinas políticas da era moderna

1.2.2 Objectivos específicos


Para o alcance dos objectivos gerais, são definidos os seguintes objectivos específicos;

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 Conhecer os principais precursores do fascismo, socialismo liberalismo;
 Identificar classificar as ideologias de cada doutrina politica;
 Distinguir as doutrinas políticas em estudo.

2. Procedimentos Metodológicos

Enquanto o método nos permite identificar a forma pela qual alcançamos os objectivos, a
metodologia tem como objectivo aperfeiçoar os critérios e procedimentos utilizados em uma
pesquisa, por sua vez o método é o caminho para se alcançar o objectivo (Oliveira, 1997).
Ainda, Gil (1996) complementa dizendo que se pode definir método como caminho para se
chegar a determinado fim, estes métodos proporcionam ao investigador os meios técnicos para
garantir a objectividade e a precisão no estudo dos fatos.

A pesquisa é construída com a finalidade de construir novos conhecimentos; para que esse
processo aconteça é preciso que seja feito um roteiro planejado de qual caminho deve ser
seguido, sendo que cada caminho poderá levar o investigador a alcançar resultados diferente
(Teixeira, 2011). Portanto, neste estudo, foi utilizada a abordagem qualitativa, ressaltando os
fins de investigação pela pesquisa descritiva, por meio da investigação da pesquisa documental,
bibliográfica e estudo de caso. A pesquisa descritiva tem por finalidade analisar os fenómenos,
observando e registrando, mas sem interferência do pesquisador, que busca apenas descobrir a
frequência com que o fenómeno acontece.

Pesquisa bibliográfica é uma estratégia de pesquisa necessária pra construir qualquer pesquisa
científica, procurando explicar e discutir um tema, assunto ou problema, com base em
referências publicadas em livros, periódicos, revistas, anais, dicionários e outras fontes
(Markoni & Lakatos, 2013).

3. O Fluxo de caixa como ferramenta de gestão para análise Financeira nas Organizações

3.1 Fluxo de caixa


Fluxo de caixa, (na língua inglesa cash flow), o fluxo de caixa é um planejamento dos ingressos
e desembolsos do caixa, em um determinado período de tempo. O prazo de projecção depende
do tamanho e tipo de actividade de cada empresa (EDUARDO,1988). Ainda, o fluxo de caixa é
uma ferramenta que permite ao administrador construir uma análise onde é possível identificar

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todo o processo de circulação do dinheiro, além das entradas e saídas e o que está projectado
para o futuro (Silva,1996).

Segundo Ross e Jaffe (2002), o fluxo de caixa é a diferença entre a quantidade de dinheiro que
entrou no caixa e a quantidade de dinheiro que saiu. Com este tipo de controlo torna-se
possível identificar qual o valor líquido que sobrou no final do período analisado.

Para Zandowicz (2002, p. 40), fluxo de caixa é “o conjunto de ingressos e desembolsos de


numerários ao longo de um período projectado. Consiste na representação dinâmica da situação
financeira de uma empresa”. Pode-se entender que a projecção do fluxo de caixa contribui
como um instrumento de gestão que auxilia a identificação antecipada de eventual necessidade
de recursos, a qual pode afectar o desempenho da empresa. Logo, uma organização sem
recursos poderá ter dificuldades em honrar compromissos, ou ainda, ter um acréscimo
adicional em seus custos e/ou despesas operacionais, em função de encargos de financiamento.

Estudar o fluxo de caixa para Frezatti (1997) é entender o processo de liquidez na empresa.
Fazendo o demonstrativo do fluxo de caixa, o profissional terá condições de analisar quais
actividades estão sendo rentáveis, e quais actividades estão impedindo o caixa tornar-se
líquido.

Os principais objectivos da demonstração do fluxo de caixa são avaliar as principais decisões


tomadas na empresa com reflexos monetários, posicionando-a para que não aproxime a
situações de liquidez; certificando-se que suas sobras de caixa actual sendo correctamente
aplicados (Gitman, 1997). O fluxo caixa representa o objectivo final dos investidores ao
optarem por uma alternativa de alocação de recursos. É o activo mais líquido disponível na
empresa (Frezatti,1997).

Para Eduardo (2000), o planejamento fluxo de caixa é um sistema de informação que permite
ao administrador financeiro saber antecipadamente os ingressos e desembolsos de
caixa em certo momento, tendo em suas mãos a real situação da empresa. Podendo assim
tomar decisões no tempo certo. Com essas informações o administrador consegue fazer o
planejamento, organização, coordenação, controlando e dirigindo em um espaço de tempo os
recursos financeiros da empresa, tornando -se uma ferramenta indispensável para uma boa
gestão de qualquer negócio (Silva, 1996).

Hoji (2014) diz que o fluxo de caixa é um esquema que representa as entradas e saídas
de caixa ao longo do tempo e deve existir pelo menos uma saída e pelo menos uma entrada (ou

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vice-versa). Assim podemos concluir que o fluxo de caixa tem a função de proporcionar maior
segurança nas tomadas de decisões, já que apresenta a situação do caixa actual da empresa bem
como a visão antecipada de alguns fatos em tempo hábil para modificações.

3.1.2 Objectivo do fluxo de caixa


O Controlo de fluxo de caixa confere ao administrador da empresa informações valiosas sobre
os aspectos financeiros do negócio, além de possibilitar a monitoração constante das
movimentações de recursos, presentes e futuros. Contudo, a eficiência e a eficácia deste
instrumento de controlo de gestão financeira dependem do acompanhamento constante deste
instrumento pelos administradores da empresa, ou seja, negligenciar a necessidade de
acompanhamento constante pode ocasionar sérios problemas à saúde financeira da empresa.

De acordo com Frezatti (1997), “muitas empresas vão à falência por não saber administrar seu
fluxo de caixa”. Assim, destacamos como principais finalidades do Fluxo de Caixa, as
seguintes:

 Buscar o equilíbrio entre os fluxos de entrada e saída de recursos;


 Saldar as obrigações incorridas dentro do prazo estabelecido;
 Prever desembolsos de caixa em volumes elevados em épocas de encaixe baixo;
 Proporcionar ao gestor financeiro uma visão estratégica da situação da empresa;
 Demonstrar em que período a empresa precisa captar recursos ou aplica-los quando
existir excedente de caixa;
 Visualização do volume de vendas da empresa;
 Avaliar alternativas de investimento;
 Avaliar e controlar ao logo de tempo as decisões importantes que são tomadas na
empresa, com reflexos monetários;
 Avaliar as situações presentes e futuras do caixa na empresa posicionando-a para que
chegue à situação de liquidez;
 Certificar que os excessos monetários de caixa estão sendo devidamente aplicados.
Desta forma, o fluxo de caixa constitui-se em instrumento essencial para que a empresa possa
ter agilidade e segurança em suas actividades financeiras. Conhecer o volume de numerário
disponível ou que se irá receber é tarefa das mais relevantes, pois aplicar correctamente, sem
perder tempo, melhora sobremaneira as estimativas do capital de giro necessário à empresa.
Ainda, Frezatti (1997), destaca o papel primordial da previsão do fluxo de caixa, ressaltando

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que “o objectivo básico é saber a que nível ficará o saldo de caixa a cada subperíodo
relevante”.

Diante do exposto, a finalidade do fluxo de caixa é maximizar a aplicação dos recursos


próprios e de terceiros dentro da empresa, direccionando estes recursos para as actividades
mais rentáveis, com vistas a produzir os melhores resultados para a empresa. Destaca-se
também que além disso, evita que a posição do saldo de caixa, tanto no presente como no
futuro, chegue a uma situação de iliquidez.

3.2 Importância do fluxo de caixa


Santos (2002) afirma que geração de caixa é fundamental em todos os estágios da organização,
desde sua criação, em seu desenvolvimento e até mesmo no momento em que empresa está
fechando suas portas. Ainda, as projecções de fluxo de caixa têm várias finalidades, sendo a
principal deixar os administradores cientes da capacidade que a empresa tem de cumprir seus
compromissos financeiros de curto e longo prazo.

Portanto, o fluxo de caixa é uma ferramenta gerencial que permite demostrar a real situação
económica da empresa, obtida com base nos movimentos financeiros, oferece suporte ao
planejamento de uma empresa e diminui consideravelmente os riscos no momento de tomada
de decisões (EDUARDO, 2004).

A administração do fluxo de caixa é um instrumento de gestão financeira onde se planeja,


controla e analisa as receitas, as despesas e os investimentos considerando determinados
períodos. Sendo importante sua análise pois através dela podemos verificar e planejar eventuais
excedentes e escassez o que permitirá buscar medidas que venham sanar tais situações (Silva,
2006).

Para Hoji (1999), sem o fluxo de caixa fica quase impossível projectar e planejar-se
financeiramente, é impossível ter uma administração eficiente. O fluxo de caixa não deve ser
uma preocupação específica da área financeira, mas deve haver comprometimento de todos os
sectores da empresa. Através do fluxo de caixa é possível identificar se uma empresa terá
condições de honrar os compromissos durante um determinado período, e também conhecer as
suas contas a receber. O fluxo de caixa ajuda o administrador avaliar as áreas carentes de
investimento e operações com gasto superior ao necessário. Também é possível optimizar
processos cortando gastos indevidos em determinada área e redireccionando a verba para
sectores ou operações deficitárias (Silva, 2006).

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Eduardo (2004), destaca a importância do fluxo de caixa quando diz que, “numa conjuntura
económica, como a brasileira, nenhuma empresa pode se dar ao luxo de deixar seus recursos
ociosos”. Assim, visto a importância do fluxo de caixa no ambiente empresarial, ressalta-se que
o estudo do fluxo de caixa permite ao gestor monitorar o deslocamento dos recursos dentro da
empresa. Com base no disponível ele acompanha o caminho trilhado por unidade monetária,
identificando, desta maneira, o reflexo de cada operação realizada pela empresa no saldo das
disponibilidades.

3.3 Planejamento e controle de caixa


O planejamento de fluxo de caixa não é uma preocupação apenas das grandes empresas, mas
das organizações em geral. Todas precisam gerenciar seu fluxo de caixa para atingir seus
objectivos de maneira adequada optimizando o máximo possível de recursos (Frezatti, 1997).

A administração de caixa começa com o planejamento de caixa, em que consiste em estimar a


evolução dos saldos de caixa da empresa, sendo essas decisões fundamentais para a
tomada de decisão (Santos, 2002).

A função do planejamento relaciona-se com a primeira etapa de elaboração do fluxo de caixa, e


as empresas que o utilizam dificilmente fracassam. Esse planejamento deverá contar com
alternativas para cada nova situação que se apresentar no dia-a-dia da empresa. Portanto,
quanto maior a incerteza do que vai acontecer no futuro, mais flexível deverá ser o
planejamento e mais frequente deverá ocorrer seu controle (Eduardo, 2004).

Eduardo (2004) ainda ressalta que o controle do fluxo de caixa, é tão importante para a
empresa quanto seu planejamento, pois para a empresa alcançar seus os objectivos definidos
devem interliga-los. Silva (2006) completa que o administrador precisa ter um planejamento
sempre lembrando que o resultado económico, ou seja o lucro da empresa pode ser diferente do
resultado financeiro, a geração de caixa, e isso pode acontecer mesmo que a empresa apresente
liquidez de caixa, pois isso não significa que a empresa tem lucro.

O planejamento do fluxo de caixa é importante, pois indicará antecipadamente as necessidades


de numerários necessários para cumprir os compromissos que a empresa costuma assumir,
considerando sempre os prazos estabelecidos para pagamento. Assim, o administrador
financeiro pode prever com antecedência, os problemas de caixa que poderão aparecer em
decorrência de reduções das receitas ou de aumento no número dos pagamentos (Silva, 2006).

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Ainda, a partir de seu capital disponível, saberá antecipadamente se precisará ou não fazer
empréstimos de curto ou longo prazo, entrar no cheque especial, ou recorrer a alguma outra
forma de recurso financeiro, ou no caso de superávits1, o que fará com o dinheiro, onde aplicar,
comprar novos equipamentos ou investir.

3.4 Demonstração de fluxo de caixa


Mesmo não sendo obrigatória para micro e pequenas empresas, a demonstração de fluxo de
caixa (DFC) é uma ferramenta que possibilita uma visão mais ampla da situação da empresa, e
permite a previsão de uma futura situação de caixa, além de fornecer informações a terceiros e
principalmente aos administradores que realizam a tomada de decisões (FERRO et al., 2014).

Os principais objectivos da demonstração do fluxo de caixa são avaliar e controlar as decisões


que são adoptadas na empresa com reflexos monetários; avaliar alternativas de investimento, as
situações presentes e futuras do caixa na empresa, sempre controlando para que não chegue a
situações de liquidez; e certificando-se que os excessos momentâneos de caixa estão sendo
devidamente aplicados (Frezatti, 1997).

Na visão de Santos (2002) o demonstrativo de fluxo de caixa-DFC é parte integrante das


demonstrações financeiras anuais divulgadas pelas companhias, visando fornecer ao público
usuário das demonstrações financeiras (investidores, bancos, governo, etc.) as informações
uteis sobre a empresa em um período de tempo. Essas demonstrações estão ligadas as
actividades de caixa da empresa, e apresentam como esses recursos foram obtidos e aplicados
em um determinado período. Portanto, o demonstrativo de fluxo de caixa representa uma
apresentação mais detalhada dos lançamentos encontrado em outros demonstrativos
financeiros, destacando as áreas fragilizadas nas posições de caixa da empresa e sua capacidade
em saldar dívidas.

Também destaca que esses demonstrativos dividem as actividades de entrada e saídas de caixa
em três categorias: operacional, financeiro e económico.

1. Fluxo de caixa das actividades operacionais - o fluxo de caixa operacional inicia-se


com a compra da matéria-prima e finaliza com o recebimento das vendas, se esse fluxo
for adequado reflectira de maneira positiva no comportamento e uso do capital de giro
investido (Silva, 2006). O fluxo operacional é um indicador de geração interna de caixa

1
Superavits - Diferença, a mais, entre receitas e despesas; saldo positivo (Dicionário Aurélio)

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para amortizar empréstimos e financiamentos, pagar as contas do dia-a-dia, pagar
dividendos e juros sobre o capital próprio e fazer novos investimentos sem recorrer a
fontes externas de financiamentos (Santos, 2002).

2. Fluxo de caixa das actividades de investimento: Essas actividades compreendem


as operações com os activos financeiros, as aquisições ou vendas de participações em
outras entidades e de activos utilizados na produção de bens ou prestação de serviços e
estão ligados ao objecto social da entidade. Segundo Vieira (2005) o efeito destas
actividades produz impacto sobre o fluxo de caixa e precisa ser analisado para que se
possa ter uma visão sobre a maneira pela qual a organização originou e consumiu
recursos em certo período.

3. Fluxo de caixa das actividades de financiamento: Para Vieira (2005) as actividades


de financiamentos incluem a captação de recursos dos accionistas ou cotistas e seu
retorno através de lucros ou dividendos, a captação de empréstimos ou outros recursos,
sua amortização e remuneração. Gitman (2002) define o fluxo de caixa de investimento
como sendo a movimentação de caixa acompanhado com a compra e venda de activos
imobilizados.

3.5 Métodos de elaboração da demonstração dos fluxos de caixa


Para Weston (2002) podemos apresentar o fluxo de caixa através de dois métodos, o direito que
apresenta todas as entradas e saídas de recursos dos principais elementos das actividades
operacionais; e o indirecto, que apresenta uma junção entre o resultado do exercício e o caixa
gerado pelas operações da empresa. O método directo demonstra as entradas e saídas das
actividades operacionais pelo seu volume bruto. Iniciando pela demonstração de resultados de
exercício e as variações das contas do circulante “balanço patrimonial” ligado as operações.

Hoji (2010) afirma que a demonstração de fluxo de caixa pelo método directo evidencia os
principais itens de recebimento e pagamento, o que facilita a compreensão dos fluxos
financeiros. A elaboração da DFC através desse método é mais trabalhosa, mas apresenta maior
detalhamento das operações.

O método indirecto tem como premissa básica reproduzir fielmente as movimentações


financeiras dos resultados e no balanço patrimonial, assim mesmo não sendo especialista em
finanças, o usuário consegue facilmente assimilar as informações. De acordo com Marion

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(2012), as demonstrações financeiras que são habituais na construção do fluxo de caixa directo
são: Balanço Patrimonial, Demonstração do Resultado do Exercício DRE, Demonstração de
Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA) e Demonstração de Origens e Aplicações de
Recursos (DOAR). A autora afirma que muitos afirmam que este é o “verdadeiro Fluxo de
Caixa”, porque, nesse método consta todos os recebimentos e pagamentos que efectivamente
colaboraram para que aconteçam variação das disponibilidades no período.

Para a elaboração da DFC no método indirecto é extraído informações da DRE, a partir daí
começam a ser feitas adições e subtracções dos eventos que afectam o lucro mais não afectam
o caixa ou vice-versa. A grande vantagem da elaboração da DFC pelo método indirecto é
evidenciar com clareza as variações e são geradas no caixa por alterações nos prazos de
recebimento e pagamento ou por alterações de estoques. Esse método é também conhecido
como método da reconciliação por efectuar uma conciliação entre o lucro líquido e o caixa
gerado pelas operações (FERRO et al., (2014).

Para Campos Filho (1999), o modelo indirecto tem duas vantagens que são:

1. A utilização de dois balanços (do início e do final do período), a demonstração de


resultados e outras informações adicionais que podem ser fornecidas pela contabilidade;

2. Mostra a composição da diferença entre o lucro contábil com o fluxo de caixa


operacional líquido.

O desempenho da empresa em gerar receitas financeiras suficiente para pagar suas despesas,
investimentos e pró-labore dos accionistas é apresentado de forma clara no fluxo de
caixa indirecto. Contudo, em relação aos métodos apresentados, deve-se ser observada as
necessidades de adequação da empresa (Ross & Jaffe, 2002).

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Conclusão

Como vimos anteriormente, o fluxo de caixa é construído a partir das informações relativas a
todos os dispêndios e entradas de caixa já conhecidos e dos projectados. Para a elaboração do
fluxo de caixa, a empresa precisa dispor internamente de informações organizadas que
permitam a visualização das contas a receber, contas a pagar e de todos os desembolsos
geradores dos custos fixos.

A forma de obtenção e organização dessas informações auxiliares passa pela utilização de


ferramentas de gestão, cuja forma dependerá do tipo da empresa, do seu porte e da
disponibilidade financeira. O fluxo de caixa é um grande sistema de informações para o qual
convergem os dados financeiros gerados em diversas áreas da empresa. A maior dificuldade
para se ter um fluxo de caixa realmente eficaz é gerenciar adequadamente este sistema de
informações. Neste sentido, uma projecção adequada a realidade do negócio, em que os
problemas possam ser detectados antecipadamente, muito pode se fazer para eliminar
definitivamente a falta de recursos, como também aplicar os excessos.

Portanto, a elaboração de fluxo de caixa é de grande valia para a gestão administrativa e


financeira da entidade uma vez que se pode ter uma visão mais clara dos ingressos e
desembolsos de caixa, o que possibilitará melhorias na gestão financeira e administrativa.
Desta forma a empresa, além de ganhos na produtividade, terá ganhos financeiros, assim,
aumentando sua a rentabilidade.

Contudo, conclui-se que não existe um modelo de fluxo de caixa melhor que o outro, tudo
depende da necessidade de informação do usuário. Ressalta-se que apesar de sua validade o
fluxo de caixa apresenta limitações em oferecer informações que diz respeito ao lucro e aos
custos dos produtos da empresa.

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Referências Bibliográficas

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FREZATTI, Fábio. Gestão do Fluxo de Caixa Diário. São Paulo: Atlas, 1997.

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Paulo: Makron, Books, 2000.

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