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JUNHO 2020

www.sabo.com.br

CHEGA DE
ATRITO!
OS LUBRIFICANTES
ESTÃO AÍ PARA ISSO.
ITENS DE PRIMEIRA NECESSIDADE EM
QUALQUER MÁQUINA, OS LUBRIFICANTES SÃO
EXTREMAMENTE NECESSÁRIOS EM QUASE
TODOS OS PROCESSOS PRODUTIVOS. ELE
PODE SER CONSIDERADO COMO O SANGUE
DOS MAQUINÁRIOS INDUSTRIAIS E DOS
COMPONENTES VEICULARES, MARÍTIMOS
E AÉREOS, GARANTINDO UM PERFEITO
FUNCIONAMENTO E AUMENTANDO A VIDA
ÚTIL DOS EQUIPAMENTOS.

Por definição, o lubrificante é qualquer substância colocada entre duas superfícies móveis
ou uma fixa e outra móvel, formando uma película protetora que tem por função principal
reduzir o atrito e o desgaste dos componentes.
Mas não é apenas isso, o lubrificante auxilia no controle da temperatura, na vedação dos
componentes em máquinas e motores, ajuda na limpeza das peças e remoção de impurezas,
protege contra a corrosão decorrente dos processos de oxidação e, em alguns casos,
ele é o agente de transmissão de força e movimento.
Mas isso não aconteceu do dia para a noite. São décadas e até séculos de desenvolvimento
e evolução até chegarmos às modernas formulações de lubrificantes.
Por volta de 2500 a.C., os egípcios utilizavam troncos de árvores para reduzir o atrito entre
os trenós e o solo, estes trenós eram responsáveis pelo carregamento de grandes pedras
utilizadas na construção das monumentais pirâmides. Há indícios comprovados, por meio de
análises, que nesta mesma época surgiram os primeiros vestígios dos lubrificantes constituídos
de sebo de boi e carneiro.
Alguns anos depois, os gregos começaram a usar o mesmo produto derivado de gordura
animal para lubrificar as rodas das bigas que eram usadas como transporte.
Por volta do século VIII, os noruegueses, mais propriamente os vikings, grandes
navegadores, começaram a utilizar óleo derivado de baleia para lubrificar os eixos
dos lemes e as articulações das velas. Somente no século XVII, surgiram os primeiros
lubrificantes derivados do petróleo, decorrentes das necessidades de ter um
lubrificante melhor que os derivados de gordura animal para lubrificação de novos
maquinários e engenhocas que surgiram com o desenvolvimento da civilização.
Porém, somente com a revolução industrial, por volta do século XVIII, que
o lubrificante mineral derivado do petróleo começou a ser utilizado numa escala maior.
Com o passar dos anos, as tecnologias e os novos maquinários forçaram os cientistas
e engenheiros químicos a desenvolverem lubrificantes que atendessem, de forma mais eficaz,
aos processos industriais garantindo um melhor desempenho dos maquinários.
Desta forma, o lubrificante se dividiu, tendo bases e aditivações diferenciadas com diversas
especificações. Assim, o lubrificante passou a ser um produto mais nobre, tendo formas
de aplicações corretas.

Ao longo dos anos, os fabricantes de lubrificantes tiveram que desenvolver novas fórmulas para atender à
solicitação dos modernos motores projetados e pelas montadoras e pelos fabricantes de maquinários industriais

Os óleos lubrificantes possuem diferentes classificações, e todas elas referentes à sua origem:
•Ó
 leos vegetais: obtidos por meio da extração de sementes, como algodão, milho, soja,
girassol, arroz, babaçu, oiticica, mamona, entre outros.
•Ó
 leos minerais: extraídos do refino do petróleo. Eles podem ser classificados em óleos
naftênicos ou em óleos parafínicos, conforme a sua estrutura molecular.
• Ó leos sintéticos: produzidos industrialmente por meio de substâncias inorgânicas
e orgânicas, como glicerinas, silicones, resinas e ésteres, entre outras.
•Ó
 leos animais: obtidos de animais, como a capivara, o bacalhau, o cachalote e a baleia.
Os lubrificantes sintéticos (produzidos em laboratório com processos de
transformação das indústrias petroquímicas) e semissintéticos (compostos pela
mistura entre óleos minerais e sintéticos) oferecem resistência maior que os óleos
minerais, podendo ficar mais tempo nos motores ou maquinários, ampliando assim
o intervalo de tempo entre as manutenções referentes à troca.
A lubrificação é um dos principais itens de manutenção de máquinas industriais
e automotivas e deve, portanto, ser entendida e praticada para garantir um real
aumento da vida útil dos componentes.
Os lubrificantes podem ser:

Sólidos Pastosos Líquidos


(grafite) (graxas) (óleos lubrificantes)

O lubrificante e os automóveis
O óleo lubrificante para o motor é de grande importância para o veículo. Veja aqui quais são
os fatores que o tornam importante.
Ficar atento ao estado de conservação dos componentes básicos do veículo é prezar pela
longa vida útil dele. Por isso, é importante utilizar produtos de boa qualidade e assegurar que
serão utilizados nos lugares corretos.
Pensando nisso, vale lembrar seus clientes que a troca de óleo é um dos mais importantes
procedimentos para garantir o desempenho do veículo. Isso porque a lubrificação adequada
atenua o atrito entre as peças dentro do motor.
Assim, é necessário seguir sempre as recomendações do fabricante. Além disso
é importante observar a viscosidade (SAE) e o desempenho (API, ACEA ou ILSAC) do produto.
Lembrando sempre que o uso de um óleo lubrificante de qualidade e a troca de óleo
realizada nos períodos indicados pelo fabricante são alguns dos principais aspectos a serem
considerados no planejamento da manutenção preventiva do veículo.
Tudo começa nas refinarias com a extração do óleo cru por intermédio do refino do petróleo

Como é produzido um lubrificante


O óleo lubrificante pode ser formulado somente com óleos básicos (óleo mineral puro)
ou agregados e aditivos. Inicialmente, a lubrificação era feita com óleo mineral puro até
a descoberta do aditivo.
ATENÇÃO: não confunda. Quando se fala em aditivo, a primeira ideia são os produtos
comercializados em postos de serviços e utilizados diretamente nos combustíveis (álcool,
gasolina e diesel). Não é isso!
O aditivo a que nos referimos é aquele adicionado na formulação do óleo lubrificante
O tratamento percentual recomendado pelos fornecedores dos aditivos às empresas
fabricantes de lubrificantes varia entre menos de 1% até 28% da composição do produto final.
O óleo básico é o principal componente do lubrificante e tem alta influência na performance
do mesmo. As características do óleo básico utilizado no lubrificante são provenientes, entre
outros, de dois importantes fatores:
1) Escolha do óleo-base (produto cru).
2) Processo de refinação.
Os óleos básicos podem ser divididos por suas características em duas categorias:
os parafínicos e os naftênicos.
Os parafínicos predominam na formulação dos óleos lubrificantes devido à sua maior
estabilidade à oxidação.
Tipos de óleos
Usar o lubrificante com as especificações corretas para o motor aumenta
a durabilidade do motor e reduz o consumo de combustível, motivos básicos pelos
quais é muito importante se atentar à utilização do óleo indicado pelo fabricante
Óleo mineral - um óleo mineral é um lubrificante proveniente do petróleo cru
que é devidamente aprimorado nas refinarias. Ele é produzido por uma mistura
de hidrocarbonetos e é bastante usado como lubrificante com boa viscosidade.
Apesar de ser o óleo mais em conta no mercado, ele é composto por moléculas não
uniformes, e essa composição acaba trazendo alguns prejuízos a longo prazo para as peças
do motor. O óleo mineral é um óleo que não é bom naturalmente e precisa de alguns aditivos
sintéticos para ter a sua qualidade melhorada. Os aditivos que são misturados no óleo mineral
são aditivos de curta validade, e isso faz com este tipo tenha uma validade (intervalo de troca)
mais curta.

Infográfico demonstrando o
processo de refinação do petróleo
e seus derivados. O óleo utilizado
para a fabricação dos lubrificantes
é um dos primeiros produtos
extraídos do petróleo, quando
o óleo cru ainda está próximo
de 300 oC a 350 oC
O óleo mineral pode ser dividido em três categorias, que são:
Naftnênico - o óleo mineral naftênico é ótimo para ser usado em ambientes
de baixas temperaturas. No entanto, ele não é compatível com alguns tipos
de materiais, como os óleos lubrificantes sintéticos e o elastômero.
Parafínico - o óleo mineral parafínico é recomendado para ambientes que
apresentam uma temperatura razoavelmente alta. Ele possui uma longa vida útil,
o que significa que a sua oxidação é bastante lenta. Sua composição não é muito sensível
a modificações de viscosidade e de temperatura e sua densidade é relativamente baixa.
Por conta disso, a sua utilização não é indicada para ambientes de baixas temperaturas, pois
o resultado pode acabar sendo a sedimentação.
Misto - o óleo mineral misto é aquele que é formado pela mistura dos lubrificantes parafínicos
e naftênicos, ou seja, ele acaba possuindo características de ambos.

Óleo semissintético - é criado à base de óleos minerais básicos com uma mistura bem
limitada de óleos sintéticos. Este não é o melhor óleo lubrificante do mercado, mas busca
reunir as melhores propriedades encontradas tanto no óleo mineral quanto no sintético.
O óleo semissintético tem um desempenho melhor e é considerado superior aos óleos
de categoria mineral. Como parte da sua fórmula sintética, este tipo de óleo já possui uma
durabilidade mais longa e tem preço intermediário no mercado.

Óleo sintético – seu desenvolvimento e sua produção ocorrem em laboratórios com


base de petróleo e outros componentes químicos, assim como os demais. Porém, o petróleo
e os componentes que compõem a fórmula passam por vários testes e modificações até que
cheguem ao resultado para a lubrificação ideal do motor.
É graças aos aditivos químicos que são misturados inicialmente com o petróleo que
o óleo sintético se torna mais uniforme e tem uma durabilidade maior que os outros (mineral
e semissintético).
Com uma composição química mais uniforme, o óleo sintético é a opção mais indicada
de óleo lubrificante para o motor. Apesar de ser um óleo mais caro, ele lubrifica melhor o motor
do veículo, dura mais tempo, impede formação de borra e é bem mais resistente à oxidação.
Os principais aditivos adicionados ao
óleo lubrificante são:
•D
 etergentes e dispersantes: servem
para limpeza.
• Antioxidantes: evitam a oxidação do
óleo, além da formação de borras
e vernizes.
• Antiespumantes: evitam a formação de
bolhas e espumas.
• Antiferrugem e corrosão: evita a perda
Cada fabricante adiciona um pacote de aditivos à
de material das partes metálicas do motor.
fórmula de seus produtos para dar mais estabilidade
e melhor desempenho. O que estas fórmulas contêm?
Este é um segredo guardado a sete chaves
Organismos internacionais
de classificação de lubrificantes
As três principais entidades de classificação dos óleos lubrificantes no mundo
são a ACEA (Europa), API e SAE (ambas nos Estados Unidos e demais países fora
da Europa).

Exemplo de informações
contidas na embalagem
de um lubrificante. Neste
produto, o fabricante incluiu
a classificação ACEA e API,
o grau de viscosidade SAE,
além de outras informações
comerciais da marca
ACEA: as diferentes aplicações dos óleos de motor são descritas por letras
com a classificação europeia ACEA (Association des Constructeurs Européens
d’Automobiles, traduzido do francês, Associação dos Construtores Europeus
de Automóveis).
A: para motores a gasolina de veículos ligeiros.
B: para motores a diesel de veículos ligeiros e comerciais.
C: para veículos ligeiros com filtros de partículas diesel.
E: para motores a diesel de veículos pesados.
API: as classes API (American Petroleum Institute) informam sobre as características
e aplicações de óleos para motores. A API, em conjunto com a ASTM (American Society Testing
Materials), elaborou as os níveis de desempenho que os óleos lubrificantes devem atender.
As classificações API mais atuais são SM para motores a gasolina e CI-4 para motores a diesel
de veículos pesados. Atualmente, os veículos ligeiros a diesel ainda não estão classificados
com a norma API.
SAE - a sigla SAE significa Sociedade dos Engenheiros Automotivos, dos Estados Unidos
(Society of Automotive Engineers). A classificação SAE define a viscosidade dos óleos.
No Brasil, as montadoras e produtoras de lubrificantes adotam as classificações API
e SAE em sua maioria, assim vamos detalhar com maior profundidade apenas estas duas
classificações, API e SAE.

Classificação API
A classificação API (American Petroleum Institute) significa o grau de severidade
que o óleo pode trabalhar. É basicamente a classificação de qual é a tecnologia utilizada
no desenvolvimento do óleo. Isto é, ao longo dos anos, as indústrias de óleo foram aprimorando
suas misturas e atualizando as fórmulas utilizadas no mercado para fazer uma composição
de maior qualidade.
A sigla API categoriza o nível de desenvolvimento do óleo lubrificante, baseando-se
nos graus de severidade das condições de operação existentes e medindo o nível
de desempenho e a aditivação do óleo.
Desenvolvida pelo Instituto Americano, é a mais tradicional e indica a especificação
de desempenho. O código API divide os óleos em três categorias:
• Óleos lubrificantes para motores a combustão interna, que utilizam velas para gerar
a combustão, devem ser lubrificados pelos óleos API “S” – letra inicial da palavra Sparkiling
(centelhamento em inglês) –, característica de um motor a combustão ciclo Otto que necessita
de uma vela para realizar a combustão, seja ele alimentado por gasolina, GNV e/ou etanol.
• Óleos lubrificantes para motores a diesel utilizam a sigla API “C”. Este “C” vem da palavra
Commercial, comercial traduzido do inglês.
• Óleos lubrificantes para engrenagens são os API GL, letras que indicam Gear Lubricant
(lubrificante de engrenagens, do inglês).
A classificação API é representada por duas letras. A primeira letra está relacionada
ao tipo de motor e, consequentemente, ao combustível utilizado ou à aplicação,
no caso dos lubrificantes para engrenagens.
A segunda letra demonstra o nível de desempenho e proteção do lubrificante e a sua
eficiência nos requisitos de limpeza do motor e durabilidade dos seus componentes.
Quanto mais avançada a letra seguindo o alfabeto, melhor é o desempenho do óleo
lubrificante para a limpeza e proteção de uma determinada geração de motores.
Para carros de passeio, por exemplo, temos os níveis API SL, SJ, SH, SG, e assim por diante,
até o mais recente que é o API SN.
Por outro lado, qualquer óleo abaixo da classificação API SJ é considerado obsoleto para
os motores modernos.
Sendo assim, um óleo API SN é melhor que um API SL, que é melhor que um API SJ, e assim
sucessivamente.
Um veículo cujo motor exige um óleo com determinada classificação API não pode receber
um lubrificante de categoria inferior. Ou seja, um veículo que pede um óleo de API SM não
pode receber um óleo SL, por exemplo.
Esta classificação é de fácil entendimento, já que a evolução
Ano de
das letras significa a evolução da qualidade dos óleos. Sigla
Classificação
Por isso, quando é recomendado no manual do proprietário
AS 1920
um óleo com classificação SJ, por exemplo, poderá ser usado
um óleo SL, porém o contrário não é adequado. SB 1930
SC 1951
A tabela vai seguindo o alfabeto e demonstra a
classificação de A a N. Sendo a categoria ‘A’ a mais antiga, SD 1967
e a ‘N’ a que oferece os mais recentes recursos tecnológicos. SE 1971

Sempre que você estiver na dúvida entre qual lubrificante SF 1979


usar no veículo, consulte o manual do fabricante; na falta SG 1988
deste, procure escolher o que possui a categoria mais alta. SH 1993
Por exemplo, se estiver em dúvida entre um óleo categoria SJ 1996
SJ e outro SM, escolha o que tiver entre as últimas letras no
SL 2001
alfabeto, que neste caso seria o óleo de categoria SM. As
SM 2004
últimas letras do alfabeto normalmente indicam uma melhor
qualidade do óleo. SN 2011

Classificação SAE
Como já vimos, SAE é a sigla para a Society of Automotive Engineers, instituição responsável
por padronizar e classificar a viscosidade dos óleos lubrificantes automotivos. A viscosidade
SAE é representada por letras e números.
Mas, antes de apresentar a classificação estabelecida pela SAE, é interessante entender
o que é a viscosidade de um líquido.
Viscosidade é a resistência ao escoamento de um líquido. Exemplo: qual líquido é mais
viscoso, o mel ou a água? O mel, porque escorre com mais dificuldade ou mais lentamente.
Popularmente, dizemos que o mel é mais “grosso” que a água.
Viscosidade do óleo lubrificante
A viscosidade é a principal característica a ser considerada durante a escolha do
melhor óleo lubrificante para um automóvel. A viscosidade do óleo precisa estar
adequada às temperaturas ambientais corretas. Portanto, se o óleo estiver muito
grosso quando o motor estiver frio, não haverá movimentação do óleo pelo motor.
E se ele estiver muito fino quando o motor esquentar, não dará a proteção correta
para as partes funcionais do motor.
Sendo assim, os óleos com maior viscosidade precisam de mais força para serem distribuídos
e chegam de forma mais lenta até o motor.

Lubrificantes devem ter boa


viscosidade para fluir por entre todas
as partes móveis, mas não devem
ser muito finos, de forma que a
película protetora gerada escorra
rapidamente. Um sutil equilíbrio

Já os óleos lubrificantes com baixa viscosidade, tornam a partida a frio mais fácil para
o motor, apresentando menor resistência aos elementos móveis e consumindo menos energia.
Isto também significa uma maior economia de combustível, além de diminuir a necessidade
de pequenas manutenções.
O óleo deve ser viscoso suficiente para promover uma boa lubrificação e proteção
do motor e não pode ser tão grosso a ponto de criar resistência na hora que o motor começar
a funcionar.
A viscosidade também irá determinar a grossura do óleo no momento que o motor estiver
quente ou frio. Isto é, dependendo da temperatura que o motor estiver, a viscosidade do óleo
será mais alta ou mais baixa.
Multiviscosidade
A indústria petroquímica vem se atualizando e encontrando novas tecnologias
na criação dos óleos lubrificantes. Conforme esses avanços acontecem, a qualidade
dos óleos lubrificantes torna-se cada vez mais superior, com vida útil mais longa,
quase sem formação de borra e com menos desperdício.
Um dos fatores principais dessa melhoria nos óleos automobilísticos foi a criação
de óleos multiviscosos, que permitem que o óleo opere de uma forma específica, dependendo
da temperatura do motor e em cada momento.
Vamos utilizar como exemplo um óleo 5W-30. Esta sigla parece complicada de entender,
mas, no entanto, é muito simples: o número que estiver antes do ‘W’, neste caso o 5, representa
a viscosidade que o óleo tem no momento em que o motor se encontra em temperatura
ambiente, ou seja, quando estiver frio.
Normalmente, os óleos possuem uma viscosidade mais baixa quando está frio, isso permite
que ele circule mais facilmente pelo motor no momento da partida, que é um momento que
o óleo precisa circular novamente entre as peças do motor.
A baixa viscosidade quando o motor está frio é considerada boa. Imagine qual óleo circula
melhor pelo motor logo na primeira vez que estiver ligando o carro de manhã, aquele óleo
mais grosso e pesado ou um óleo mais fino e leve?
Já o número que estiver na
sequência representa a viscosidade do
óleo no momento em que o motor já
estiver em sua temperatura mais alta,
isto é, quando você estiver rodando
com o carro. No momento que o
motor já está quente, a viscosidade
nesse exemplo será de ‘30’, o que vai
oferecer um óleo mais viscoso e
pesado.
A multivicosidade é ótima para
os motores, porque um óleo muito
fino e fluido queimaria muito rápido,
devido à alta temperatura do motor,
Simulação do grau de viscosidade de diferentes tipos de
e não conseguiria fazer a lubrificação
óleos multiviscosos. O número antes da letra W indica
correta. a viscosidade quando o óleo está frio, e o número após
a letra W é a viscosidade após o motor funcionar e a
temperatura do óleo se elevar
Como saber qual óleo é o mais viscoso?
Para saber qual é o óleo mais viscoso não tem segredo: quanto mais alto for
o número apresentado na embalagem.
É importante lembrar apenas que o número que estiver do lado esquerdo do ‘W’
representa a viscosidade no momento em que o motor está frio, e o número do lado
direito do ‘W’ representa a viscosidade quando o motor estiver quente.

Classificação SAE

Sigla Exemplo O que é

SAE – só com 1 número SAE 20 É um óleo que tem a


mesma viscosidade com o
motor quente ou frio. São
chamados de monoviscosos.
O número depois da sigla
SAE indica a viscosidade.

SAE - com 2 números SAE 10W30 É um óleo que tem uma


viscosidade com o motor
quente e outra viscosidade
com o motor frio. São
chamados de multiviscosos.
O primeiro número indica a
viscosidade na partida com
o motor frio. Quanto mais
baixo esse número, menor
a viscosidade. O segundo
número é a viscosidade do
óleo com o motor quente.

Quanto maior este número, mais viscoso é o lubrificante, e são divididos em três categorias:
Óleo de verão: são óleos que trabalhem em altas temperaturas, sem o rompimento de sua
película lubrificante, pois quanto mais quente o óleo, menos viscoso ele se apresenta. Os óleos
de grau de verão têm sua viscosidade medida em altas temperaturas. Os testes dos óleos de
grau de verão verificam a operabilidade do lubrificante em altas temperaturas, ou seja, a sua
capacidade de oferecer proteção em regimes extremos. As classificações usadas são SAE 20,
30, 40, 50, 60.
Óleo de inverno: são óleos que possibilitam uma fácil e rápida movimentação das peças
móveis do motor e do próprio óleo, mesmo em condições de frio rigoroso ou na partida a frio
do motor. Essa viscosidade é medida a baixas temperaturas e tem a letra W (de inverno em
inglês winter) acompanhando o número de classificação. Os mais conhecidos são os SAE 0W,
5W, 10W, 15W, 20W, 25W.
Óleo multiviscoso (inverno e verão): atendem a estas duas exigências. Desta
forma, um óleo multigrau SAE 20W40 se comporta em baixa temperatura como
um óleo 20W, reduzindo o desgaste na partida do motor ainda frio, e em alta
temperatura se comporta como um óleo SAE 40, tendo uma ampla faixa de utilização.
As classificações usadas são SAE 5W-30, 20W-40, 20W-50, 15W-50.

Como escolher o óleo com a viscosidade certa para o


motor do meu veículo?
Bom, para não cometer erros na
hora de comprar o óleo para o seu
motor, procure pelas informações
ideais no manual do seu veículo.
Cada carro, caminhão, máquina ou
equipamento é testado diversas vezes
até que se defina qual é o óleo ideal
para a lubrificação do motor e qual
será o melhor custo-benefício para
o veículo.
Escolher o óleo certo para o seu
veículo é a melhor maneira de ter o
melhor desempenho que o seu motor
pode oferecer. Qual o óleo certo para o seu carro? O melhor é seguir
as informações do manual do proprietário

A troca do óleo
O lubrificante é um item de
substituição obrigatória. Isso significa
que, após determinado tempo ou se
o veículo rodar uma quilometragem
específica, a troca de óleo do motor
do carro deve ser feita. É que esse
produto vai perdendo suas propriedades
ao longo de seus inúmeros ciclos
de trabalho.
Por isso, a troca de óleo do motor
é essencial para o carro. Apesar
de ser um procedimento simples,
pode pegar muitos motoristas
A troca do óleo faz parte das rotinas de manutenção desprevenidos e acarretar em um
preventiva do carro
prejuízo imenso.
Como já vimos, o óleo protege internamente as peças do motor, reduz o atrito entre
as partes móveis (que são metálicas), evita a formação de ferrugem, o acúmulo de sujeira
e ajuda no resfriamento.
Um óleo velho não é capaz de cumprir todas essas funções. A não observação
das instruções sobre frequência ou especificações do lubrificante pode gerar sérios
problemas, como formação de borra, perda de potência e até fundir o motor.
A periodicidade da troca de óleo do motor e a especificação do lubrificante são
prescritas pelo fabricante do veículo e informada no manual do proprietário.

Quando trocar?
Troca de óleo do motor é realizada de
acordo com quilometragem ou tempo de
utilização do veículo.
A primeira coisa é saber quando a troca
de óleo do motor deve ser feita, informação
que está no manual do carro. A maioria das
montadoras orienta que a troca seja feita
obedecendo os dois critérios. Em alguns
modelos de veículos, lê-se no manual do
proprietário:
“Troque o óleo a cada 5.000 km ou seis
meses, o que ocorrer primeiro, se o veículo
for dirigido em condições de uso severo.” Sempre que trocar o óleo do motor, substitua também
o filtro de óleo. Os resíduos e o óleo antigo do filtro
Isso significa que quando o veículo usado até então podem contaminar o óleo novo
rodar aproximadamente 5.000 km desde
a última substituição, faça a troca de óleo do motor. Se ainda não alcançou 5.000 km, mas já
faz seis meses, é hora de trocar também. Simultaneamente, deve-se substituir o filtro de óleo,
pois ele acumula resíduos que podem contaminar o lubrificante novo.
É bom esclarecer que esse intervalo de tempo e quilometragem não se aplica a todos os
modelos. A recomendação para fazer a troca de óleo do motor pode ocorrer em quilometragens
menores (a cada 4.000 km, por exemplo) ou maiores (a cada 10.000 km).

O que é uso severo ou uso leve?


Quando ocorre uso severo do carro, o óleo deve ser trocado em intervalos menores. E,
ao contrário do que muitos imaginam, esse tipo de utilização é corriqueira, principalmente em
grandes cidades.
Essa é a condição dos veículos que enfrentam o trânsito pesado das grandes cidades, com
o “anda e para” do tráfego ou deslocamento por distâncias curtas. Outra condição de uso
severo são as estradas de terra, por propiciar maior contaminação do óleo.
Um exemplo de uso leve seriam os veículos de frotas de transporte, que rodam em estradas
e por longas distâncias. Nessa condição de uso, o motor funciona em temperatura adequada,
e a lubrificação ocorre de forma a que o óleo circule pelo motor com maior eficiência. Para
eles, a periodicidade é maior. Se o veículo não for dirigido em condições severas, troque o óleo
a cada 10.000 km ou 12 meses, o que ocorrer primeiro.
Em outros manuais, ainda pode haver a denominação do tipo de óleo, que é
mineral, semissintético ou sintético. Se não houver, é porque aquele lubrificante só
está disponível em uma base.
Por fim, uma recomendação: uma vez escolhido o óleo lubrificante, seja fiel a ele.
Evite mudar de marca, de tipo ou de qualidade. A mistura de óleos diferentes pode
levar a reações inesperadas e perigosas para o motor.
ATENÇÃO: geralmente, o fabricante do veículo indica, no manual do proprietário, um óleo
lubrificante com sua própria marca. Porém, quem produz o fluido não é a montadora, e sim
alguma empresa petrolífera. Trata-se de um acordo comercial, que rege o fornecimento de
fluidos com características específicas.
Assim, vale destacar que, ao fazer a troca de óleo do motor, o proprietário do veículo não
precisa usar necessariamente um produto com a chancela da montadora. Um produto de outro
fabricante, mas com a mesma base (sintética ou mineral) e índices idênticos de viscosidade
(SAE) e aditivação (API), cumpre sua função com igual eficiência, sempre considerando que
se deve dar preferência às marcas confiáveis e bem reputadas.
Também vale lembrar que o tipo de óleo varia de acordo com as características dos veículos
e de seus motores. A destinação do produto também é descrita na embalagem:
PCMO (Passenger Car Motor Oil) - lubrificantes para carros de passeio.
MCO (Motorcycle Oil) - motocicletas utilizam este tipo de fluido.
HDMO (Heavy Duty Motor Oil) – usado em veículos pesados.

Fique atento às falsas informações


Os critérios para troca do óleo são apenas dois:
• Tempo ou quilometragem de utilização.
• Nível do lubrificante no motor.
Se o motorista chegar desinformado ao posto
de abastecimento ou centro de serviço, e a pessoa
que atendê-lo iniciar uma argumentação sobre as
condições do lubrificante que está no motor do veículo,
desconfie.
Se ouvir comentários, como “o óleo está pretinho”
ou “a viscosidade não está boa”, dê meia-volta
e procure outro profissional. O óleo realmente fica mais
A vareta do nível de óleo é o único instrumento
escuro depois que passa a lubrificar o motor, mas isso confiável para verificar o óleo. Qualquer outro
não significa que ele está deteriorado a ponto de exigir teste com o lubrificante é pura especulação
sua substituição.
Tranquilize seu cliente quanto ao fato de o lubrificante estar preto. A cor é um sinal de que o
produto está cumprindo corretamente sua função, que é a de remover as impurezas do motor
e deixá-las dispersas no lubrificante.
De certa forma, quando ele apresenta essa coloração, quer dizer que ele está sujo.
Mas é importante reforçar de que a sujeira deve estar no óleo ou no filtro, e não
na parede do cárter ou canais do motor.
Já no aspecto de viscosidade, não é possível verificar a qualidade apenas pelo
aspecto visual ou com o famoso acessório digital (esfregando o óleo entre os dedos).
Para mensurar a viscosidade, é necessário o uso de aparelhos sofisticados, só
encontrados em laboratórios.
Durante o uso habitual do veículo, é normal que o nível de lubrificante diminua com
o tempo. Isso acontece, pois, no momento da lubrificação do pistão, uma parte do volume do
óleo é “queimada” com o combustível. Além disso, com a alta temperatura, ocorre uma perda
por evaporação.
A tecnologia atual oferece motores com encaixes mais justos entre as peças, reduzindo
as brechas por onde o óleo costumava passar. Caso o veículo seja um modelo antigo, as regras
mudam um pouco. Além de mais desgastados, os motores mais velhos têm menos tecnologia,
e pode ocorrer que o nível de óleo diminua e deva ser completado.
Os motores modernos raramente necessitam completar o óleo. Já em modelos mais
antigos, isso pode ser feito, mas sempre devemos completar até que o nível esteja adequado
e com exatamente o mesmo óleo, pois não se deve misturar. A combinação de óleos diferentes
pode levar à formação de borra. Por isso, o melhor é não arriscar.

Como verificar o nível do óleo lubrificante


A condição correta é com o motor frio e em um lugar plano. Com o motor quente, o óleo
está circulando e pode indicar um nível baixo, o que não é real.
Alguns manuais de veículos estabelecem um procedimento um pouco diferente para
verificação do nível de óleo. Estes manuais pedem para ligar o veículo por um certo tempo,
deixar o motor funcionando até o ventilador acionar e depois desligar o motor por um tempo.
Esse procedimento varia de acordo com o fabricante e está no manual do proprietário.
O padrão mais comum nos manuais
é deixar o motor funcionando cerca
de 5 a 10 minutos até a ventoinha
do sistema de arrefecimento ser
acionada; depois deixar o carro
parado por mais 5 a 10 minutos, até
que o motor esfrie.
De qualquer forma, ambos os
procedimentos indicam que a troca
ou adição de óleo com o motor
quente é muito arriscado, pois existe
o choque térmico entre o óleo quente
e o óleo frio, podendo até trincar
o motor.
Nunca limpe a vareta do nível do óleo com estopa, algodão
ou panos que soltem fiapos. Dê preferência a flanelas ou
papel absorvente
Para conferir o nível, siga o seguinte procedimento:
• Retire a vareta de medição de dentro do cárter e limpe-a com uma flanela. Nunca
limpe com estopa ou qualquer outro pano que solte fiapos.
• Insira-a novamente para medir o nível e retire-a novamente.
• Examine a faixa que a linha do óleo alcançou.
• Há um mínimo e um máximo indicados, e qualquer nível entre os dois é suficiente. O óleo
nunca deve estar nem abaixo nem acima desse intervalo.
• Se houver mudança repentina ou constante no nível, é melhor fazer uma avaliação sobre
vazamentos por um profissional da reparação automotiva.
A falta de lubrificação pode causar graves danos ao motor e, consequentemente, gerar
grandes prejuízos. Uma das funções do lubrificante é refrigerar o motor. As peças internas,
como pistões, por exemplo, são refrigeradas por jatos de óleo. Sem o fluido, tanto a lubrificação
quanto a refrigeração ficam seriamente afetadas.
Caso o nível atinja níveis perigosamente baixos, seja por negligência de manutenção
ou por um repentino vazamento de óleo no motor, o motorista será alertado por uma luz
indicadora no painel. Se essa luz acender, é preciso parar o veículo e desligá-lo imediatamente.
Se o condutor insistir em manter o automóvel em circulação, há grandes chances de
o motor fundir.
Ultrapassar o nível máximo também pode resultar em danos. Nesse caso, o que pode
ocorrer é passagem de óleo para a câmara de combustão. Isso gerará queima excessiva do
lubrificante, o que, consequentemente, acentua bastante a carbonização do motor. E esse
processo pode até reduzir a vida útil do catalisador.
Uma dica: a Petrobras Distribuidora desaconselha o uso de funil para colocar o lubrificante
novo no motor. Como esse acessório é de uso comum, ele pode ser um fator contaminante,
pois pode ter resíduos de fluidos com outras especificações. Segundo técnicos da empresa,
a embalagem do óleo é desenvolvida de modo a permitir que o produto seja despejado com
precisão, sem necessidade do auxílio do funil.

Dúvidas, mitos e verdades

Caso precise completar o óleo, posso utilizar marcas de lubrificantes


diferentes?
Sim, você pode usar marcas diferentes para completar o óleo, desde que a especificação
de viscosidade (20W40, 10W30 ou qualquer outro) e o tipo de óleo (semissintético, mineral
ou sintético) sejam os mesmos. Mas isso não é o ideal, já que cada marca de óleo possui a sua
tecnologia de fabricação, e a mistura de dois óleos pode não ter bons resultados.

Motores com maior quilometragem devem usar óleo mais viscoso?


Isso não é uma regra. Embora haja muitas sugestões nesse sentido, é fundamental
acompanhar o consumo do lubrificante. Se o motor não estiver queimando óleo em excesso,
não precisa aumentar a viscosidade.
Lembre-se: todos os motores, inclusive os novos, queimam uma pequena
quantidade de lubrificante. As montadoras descrevem no manual do proprietário
a quantidade que pode ser consumida ao longo de determinada quilometragem.
Se está dentro da especificação, não há porque mexer na especificação do óleo.
Porém, se o consumo ultrapassar essa tolerância, não existe problema em usar um
óleo mais viscoso ou próprio para motores de alta quilometragem, desde que essa
queima não seja demasiada. Se o nível baixar muito e a queima de óleo for excessiva,
essa pode ser um indicativo de folga ou trinca, e a solução pode ser a retífica do motor.

Carros antigos devem usar lubrificantes específicos?


Veículos antigos, geralmente produzidos até a década de 80, já não encontram mais
lubrificantes com a especificação exata indicada pelo manual do proprietário. É que esses
produtos foram substituídos por similares mais modernos e acabaram saindo de linha. Nesse
caso, não há problema algum em usar lubrificante com aditivação superior. No entanto,
a viscosidade tem que ser mantida.
Carros antigos não devem utilizar produtos com viscosidade menor que a prescrita na
hora de realizar a troca de óleo do motor. Se for utilizado um lubrificante menos viscoso, a
tendência é de ocorrer uma queima de óleo muito grande. Isso porque os motores da época
tinham folgas bem maiores que os atuais, além de estarem desgastados. Um lubrificante
menos viscoso poderá escorrer entre as folgas existentes nas peças e ser queimado durante
a combustão.

O que é melhor: troca de óleo a vácuo


ou troca de óleo por sangria?
A troca de óleo do motor por sangria, processo
tradicional e mais usual nos lubricentros, oficinas
mecânicas e postos de serviços, é feita com
a retirada do bujão do cárter, por onde acontece
o escoamento do lubrificante antigo.
Já no sistema a vácuo, a troca é feita
com a utilização de uma máquina específica.
Uma mangueira com um bico de aspiração
é introduzida no lugar da vareta do nível do óleo,
e a máquina extrai o lubrificante existente
no cárter.
Trocar o óleo do motor pelo método tradicional
A maior vantagem da sangria pelo bujão do cárter é mais
da troca de óleo a demorado, mas é mais seguro
vácuo é a redução
do tempo do procedimento. Isso porque, nesse caso, o lubrificante
velho é rapidamente retirado por meio de sucção, enquanto
no método convencional ele escorre pela ação da gravidade.

A troca de óleo por máquinas a vácuo é mais rápida, mas deve ter
um cuidado adicional para que não haja volume residual de óleo
velho no fundo do cárter. Isso pode contaminar o óleo novo
No entanto, alguns especialistas alegam que o sistema a vácuo pode não remover
totalmente o óleo antigo, já que o cárter tem desníveis em seu interior, deixando uma
quantidade residual de óleo usado, o que contaminaria o lubrificante novo. Assim, a
recomendação é sempre fazer a drenagem por sangria, pois o escoamento do óleo
é completo, isso em razão da localização do bujão de dreno no cárter e formato do
reservatório.
Porém, o reparador precisa ter paciência e esperar que ocorra o gotejamento de
todo o lubrificante pelo dreno do cárter.
Outro risco da utilização do sistema a vácuo é se o óleo do motor estiver velho, com
formação de borra e houver resíduos sólidos acumulados no cárter. Eles podem ser sugados
do cárter para o interior do motor. Desta forma, a sujeira, que antes desceria com o óleo para o
cárter ou ficaria no reservatório, será depositada no motor, podendo causar danos e prejuízos,
como entupimentos no sistema de lubrificação.
Mas calma. A troca por drenagem pelo bujão também oferece riscos e exige cuidados.
Ao remover o bujão, o profissional deve ter
cuidado para não danificar a rosca do bocal,
usando a ferramenta adequada para sua
remoção.
Outro cuidado é não permitir a entrada de
nenhum contaminante, como fiapos de pano ou
estopa no ato da limpeza do bocal, além de ter
a paciência de esperar que o óleo antigo escoe
totalmente.
Na recolocação do bujão do cárter, não o
apertar em demasia, mas também não o deixar
frouxo, além de checar se não existe vazamento O bujão de sangria do cárter pode ser um
de óleo por má instalação ou danos ao bujão ponto de vazamento se o serviço não for
bem executado. Cuidado na reinstalação do
nem ao seu alojamento no cárter. bujão em seu alojamento, e muita atenção na
aplicação do torque ao reapertar o bujão.
Independentemente do método escolhido
Nem muito nem pouco aperto
pelo proprietário, é fundamental escolher
um estabelecimento confiável e com
profissionais treinados e habilitados.

O lubrificante pode danificar produtos de borracha ou outros materiais?


Normalmente, isso não deve acontecer. Se forem utilizadas as peças corretas na aplicação
e os lubrificantes recomendados para aquele motor, não haverá incompatibilidade entre ambos.
O problema é usar um componente com aplicação errada com um óleo de qualidade
inferior ou fora das especificações do fabricante do veículo. Exemplo disso é a combinação de
um óleo mineral naftênico, que em geral é usado quando necessitamos produzir lubrificantes
para baixas temperaturas, e sua incompatibilidade com materiais sintéticos e elastômeros.
Os componentes de borracha, em especial os da SABÓ, são desenvolvidos com tecnologia
e matérias-primas de excelente qualidade, além de um estudo aprofundado sobre a reação
entre os componentes de materiais distintos.
Porém, um lubrificante de má qualidade ou tecnologia ultrapassada pode reagir
de forma danosa com um retentor ou junta de ótima qualidade e vice-versa, ou
seja, um produto com borracha de má qualidade poderá deteriorar um lubrificante
de boa procedência e qualidade. Assim, é importante trabalhar com marcas sólidas
e de qualidade. Um bom lubrificante e a aplicação SABÓ correta nunca irão causar
este problema.

Consequências graves de andar sem óleo de motor


Como todo cuidado é necessário, e a manutenção preventiva é o único caminho para
evitar dores de cabeça, saiba que, no limite extremo causado pela falta de óleo, o motor pode
literalmente explodir. Peças podem danificar até mesmo o capô do veículo.
Como esse líquido consegue remover o calor gerado pela fricção de peças, protege
superfícies contra qualquer tipo de objeto que atrapalhe o funcionamento do motor e, ainda,
ajuda a eliminar limalhas, sujeira e carbonização, a ausência de óleo deixa o motor indefeso de
ações que sempre aparecem quando o carro está ligado.
Na função de resfriar as partes internas, o óleo garante que nada dilate a ponto de sair das
medidas de fábrica. Essas dimensões e folgas garantem o funcionamento correto de bielas,
tuchos, engrenagens e outros componentes.
A dilatação é o que causa um barulho áspero e alto dentro do motor. O que surge depois
disso é, provavelmente, uma fumaça, que vai dar o sinal de que tudo foi detonado embaixo do
capô do carro. Ao ouvir um som desses, chame o guincho e não continue rodando.
Se o carro rodar com óleo abaixo do nível, estragos também ocorrerão. A reparação talvez
seja menor, com a necessidade de troca de bronzinas, juntas e tuchos de válvulas, entre outras
partes.
Vale novamente bater na tecla da manutenção, porque ela sai mais em conta que qualquer
dano que afete diretamente o motor.

Curiosidade
Quanto tempo um carro poderia rodar sem nenhuma lubrificação?
a) Até dois minutos
b) Pelo menos cinco minutos
c) De oito a dez minutos
d) Pouco mais de quinze minutos
e) Uma hora e trinta minutos
Se você respondeu letra “D” acertou. Um grupo de malucos pegou um veículo
Mercedes-Benz C180 ano 1994, drenou todo o óleo do cárter, levou o carro para a pista
e começou a rodar com ele, esperando o momento em que o motor travasse ou alguma peça
saísse voando pelos ares.
O Mercedes-Benz C180, que já havia rodado mais de 320 mil km ao longo de sua
vida, era um motor de quatro cilindros de 1,8 litro e 16 válvulas. Primeiro, eles deram
umas voltas, fizeram algumas manobras com o carro e depois removeram todo o óleo
do cárter (próximo de 4,5 litros).
Sem óleo, mais do que se desgastar, as peças do motor esquentam demais e se
dilatam para além de suas especificações recomendadas. Inicialmente, com o tempo
passando, o motor passa a apresentar funcionamento áspero e barulhento. Depois
de quase 14 minutos com o motor funcionando sem óleo, isto fica bem perceptível, e o motor
dá até algumas travadas.
Minutos depois, o esperado acontece: uma explosão no motor do carro, uma nuvem
de fumaça e uma peça de metal sai voando: era um pino de pistão, o que significa que foi um
dos conjuntos de biela e pistão que não resistiu à dilatação excessiva.

Em aproximadamente 17 minutos de Detalhe do rombo aberto no cárter, após


funcionamento, o motor totalmente sem óleo do a explosão e quebra das peças com
Mercedes-Benz literalmente explodiu travamento do motor

Quase 17 minutos até o travamento e a parada total do motor.


Pena que este e-book não tem música, pois poderia tocar tranquilamente a música dos
dançarinos/carregadores de caixão do “Meme do Caixão” que está rodando na internet.
Curioso, mas não recomendamos repetir a experiência.
Cuidados necessários
Garantir o bom funcionamento do carro e um motor em dia exige cuidados básicos.
Ficar atento ao prazo de troca de óleo é um deles.
A vareta indicadora do nível do fluido deve ser verificada regularmente,
principalmente antes de viagens longas.
O reservatório do óleo do motor (também
chamado de cárter) está localizado embaixo
do veículo, e, mesmo que o carro possua
protetor, ele pode ficar amassado.
Buracos grandes e lombadas podem
causar essa situação. Se isso ocorrer, o nível
é afetado e pode causar uma lubrificação
insuficiente. A única forma de corrigir esse
defeito é desamassar o cárter ou substituí-lo.
No painel, há também um indicador
de que o óleo está no ponto certo ou não.
Uma luz no painel alerta sobre problemas Essa luz acende durante a partida e precisa
com a lubrificação do motor. Se esta luz apagar rapidamente. Se ela permanecer
acender e não apagar rapidamente, oriente acesa, significa que algo está errado e é hora
seu cliente a parar o veículo imediatamente
de procurar um mecânico de confiança.
O vazamento de óleo é um problema
bastante comum na vida de quem tem algum veículo para transporte. No entanto, ele não
deve ser deixado de lado, pois pode provocar complicações bem mais graves ao longo
do tempo.
Por isso, é essencial sempre orientar seu cliente a verificar o nível de óleo do automóve
e levá-lo para a oficina quando encontrar qualquer gotinha da substância no chão da garagem.
Resolver esse problema enquanto ele ainda é pequeno é melhor para todo mundo.

O que pode causar o vazamento de óleo?


• Óleo em excesso.
• Defeitos e rachaduras nas peças.
• As carcaças ou tampas também podem provocar o vazamento se estiverem danificadas.
• O bujão do cárter pode estar solto ou com a rosca danificada (parafuso por onde se troca
o óleo).
• Os retentores, e disso a gente entende bem, também permitem o vazamento de óleo se
danificados ou montados de forma incorreta.
• Mangueiras ou o radiador de óleo, quando houver, podem gerar vazamentos, mais comuns
em motos.
• Filtro inadequado, danificado ou mal encaixado.
Problemas causados pela falta de lubrificação de motores
• Consumo excessivo de óleo.
• Desgaste excessivo de peças.
• Formação de depósitos.
• Alteração na pressão do óleo.
• Dificuldade na partida.
• Corrosão química devido à formação de ácidos.
• Oxidação do lubrificante e formação de borra.

Não trocar o óleo no intervalo correto ou utilizar lubrificante fora das especificações pode causar borra no
motor e sérios danos ao veículo, inclusive perda do motor. Na primeira foto, um motor sem manutenção e
com acúmulo de borra. Na segunda foto, o motor limpo e com a manutenção realizada periodicamente

Descarte do óleo usado


Por fim, não descarte o óleo usado em
qualquer lugar. Por lei, os lubrificantes usados
devem ser enviados a coletores autorizados
pela Agência Nacional de Petróleo (ANP). É que
esses produtos são tóxicos e podem provocar
sérios ao meio ambiente. Se tiverem destinação
correta, poderão até mesmo ser parcialmente
reaproveitados durante o processo de refino de
novos fluidos.
A cada troca de óleo lubrificante, é necessário
sempre armazená-lo em um local adequado. O óleo usado recolhido pela oficina não pode
O recipiente em que será armazenado o óleo ser descartado. Ele deve ser armazenado e
recolhido por empresas de reciclagem. Caso
usado deve ser resistente e durável, evitando
isso não seja feito, a multa dos órgãos de
contaminações ao meio ambiente, e devidamente fiscalização ambiental pode ser “bem salgada”
identificado.
É importante também manter esse recipiente de óleo usado distante de fontes de
calor excessivo, pois as altas temperaturas contribuem para a combustão do material
armazenado. Mantê-lo em um lugar seco e arejado evita que ocorra intoxicação
e contaminação com água.

O óleo lubrificante e a missão das empresas de reparação


Depois de todas essas informações, você já pode orientar melhor seus clientes
sobre a importância do lubrificante para o bom funcionamento do motor, como escolher
o lubrificante certo para o veículo e o fazer em caso de vazamento de óleo.
Agora é só não descuidar nos serviços de reparação em sua oficina e continuar usando
sempre juntas, retentores e sistemas de vedação SABÓ.
Temos a mais completa linha de produtos para reparação em sistemas de vedação
e condução, com inovação, tecnologia e a qualidade que só quem é líder de mercado
fornecendo peças originais para as maiores montadoras do mundo pode oferecer também
para a reposição.
Nossas juntas e retentores são projetadas para suportar o contato com o óleo lubrificante,
a pressão e o aquecimento gerado pelo funcionamento do motor, mantendo as mesmas
caraterísticas de vedação e sem sofrer deformações.
Nos retentores, utilizamos borrachas sintéticas, de quatro tipos diferentes: nitrílica (NBR),
poliacrílica (ACM), silicone (MVQ), fluorelastômero (FPM – também conhecido como Viton).
Além das borrachas sintéticas, outros materiais podem ser aplicados nos sistemas de
vedação, como o “PTFE” (Poly Tetra Fluor Etileno), o popular “Teflon”. Atualmente, os retentores
têm uma nova concepção de trabalho: os sistemas integrados de vedação que proporcionam
ao aplicador maior rapidez e eficiência nas reparações dos motores.
O material de PTFE pode suportar até 300 °C de temperatura positiva e 260 °C
de temperatura negativa, muito mais que qualquer outro elastômero.
Já a junta do cabeçote é o desafio máximo em vedação estática. Ela deve vedar fluidos
e gases diversos, em condições distintas e que variam a cada instante. A junta de cabeçote
é extremamente exigida pelo motor.
Os componentes do motor (bloco, camisa e cabeçote) sofrem diferentes dilatações e, com
isso, diferentes movimentações; a movimentação relativa entre o bloco e o cabeçote durante
o funcionamento do motor também causa esforços irregularmente distribuídos.
Aqui na Sabó projetamos e produzimos diversos tipos de juntas, como:
•J
 untas Não Amianto/Carbono/Metálicas - utilizadas em cabeçotes, coletores
de admissão e escape, cárter e outras aplicações.
•J
 untas de Cortiça Emborrachada - utilizadas em tampas de válvulas, distribuição,
por exemplo.
•J
 untas de Borracha Moldada – comumente utilizadas em cárter e tampas
de válvulas.
•J
 untas de Papel e Papelão Hidráulico – muito utilizadas em bomba d’água, bomba
de óleo, carburador, diferencial, bomba de gasolina e na vedação de componentes
da transmissão, entre outros.
A junta de cabeçote é exigida ao máximo e submetida a condições extremas, como:
Dentro do motor, ela suporta de 60 a 130 kgf/cm2 e temperaturas que podem alcançar, no
pico, até 1.500 oC e ainda é resistente à corrosão – uma exigência dos motores a álcool.
Em contato com o sistema de lubrificação, a junta sofre pressões de 4 a 6 Kgf/cm2, podendo
atingir mais de 10 Kgf/cm2 nas partidas do motor em condições de frio severo e temperaturas
entre 80 oC e 150 oC.
Durante as condições geradas pelo sistema de arrefecimento do veículo, a junta do cabeçote
equilibra pressões de 1,0 a 1,5 Kgf/cm2 e temperaturas de 80 oC a 110 oC (sistema pressurizado),
além da ação de aditivos.
www.sabo.com.br

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