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CHEGA DE
ATRITO!
OS LUBRIFICANTES
ESTÃO AÍ PARA ISSO.
ITENS DE PRIMEIRA NECESSIDADE EM
QUALQUER MÁQUINA, OS LUBRIFICANTES SÃO
EXTREMAMENTE NECESSÁRIOS EM QUASE
TODOS OS PROCESSOS PRODUTIVOS. ELE
PODE SER CONSIDERADO COMO O SANGUE
DOS MAQUINÁRIOS INDUSTRIAIS E DOS
COMPONENTES VEICULARES, MARÍTIMOS
E AÉREOS, GARANTINDO UM PERFEITO
FUNCIONAMENTO E AUMENTANDO A VIDA
ÚTIL DOS EQUIPAMENTOS.
Por definição, o lubrificante é qualquer substância colocada entre duas superfícies móveis
ou uma fixa e outra móvel, formando uma película protetora que tem por função principal
reduzir o atrito e o desgaste dos componentes.
Mas não é apenas isso, o lubrificante auxilia no controle da temperatura, na vedação dos
componentes em máquinas e motores, ajuda na limpeza das peças e remoção de impurezas,
protege contra a corrosão decorrente dos processos de oxidação e, em alguns casos,
ele é o agente de transmissão de força e movimento.
Mas isso não aconteceu do dia para a noite. São décadas e até séculos de desenvolvimento
e evolução até chegarmos às modernas formulações de lubrificantes.
Por volta de 2500 a.C., os egípcios utilizavam troncos de árvores para reduzir o atrito entre
os trenós e o solo, estes trenós eram responsáveis pelo carregamento de grandes pedras
utilizadas na construção das monumentais pirâmides. Há indícios comprovados, por meio de
análises, que nesta mesma época surgiram os primeiros vestígios dos lubrificantes constituídos
de sebo de boi e carneiro.
Alguns anos depois, os gregos começaram a usar o mesmo produto derivado de gordura
animal para lubrificar as rodas das bigas que eram usadas como transporte.
Por volta do século VIII, os noruegueses, mais propriamente os vikings, grandes
navegadores, começaram a utilizar óleo derivado de baleia para lubrificar os eixos
dos lemes e as articulações das velas. Somente no século XVII, surgiram os primeiros
lubrificantes derivados do petróleo, decorrentes das necessidades de ter um
lubrificante melhor que os derivados de gordura animal para lubrificação de novos
maquinários e engenhocas que surgiram com o desenvolvimento da civilização.
Porém, somente com a revolução industrial, por volta do século XVIII, que
o lubrificante mineral derivado do petróleo começou a ser utilizado numa escala maior.
Com o passar dos anos, as tecnologias e os novos maquinários forçaram os cientistas
e engenheiros químicos a desenvolverem lubrificantes que atendessem, de forma mais eficaz,
aos processos industriais garantindo um melhor desempenho dos maquinários.
Desta forma, o lubrificante se dividiu, tendo bases e aditivações diferenciadas com diversas
especificações. Assim, o lubrificante passou a ser um produto mais nobre, tendo formas
de aplicações corretas.
Ao longo dos anos, os fabricantes de lubrificantes tiveram que desenvolver novas fórmulas para atender à
solicitação dos modernos motores projetados e pelas montadoras e pelos fabricantes de maquinários industriais
Os óleos lubrificantes possuem diferentes classificações, e todas elas referentes à sua origem:
•Ó
leos vegetais: obtidos por meio da extração de sementes, como algodão, milho, soja,
girassol, arroz, babaçu, oiticica, mamona, entre outros.
•Ó
leos minerais: extraídos do refino do petróleo. Eles podem ser classificados em óleos
naftênicos ou em óleos parafínicos, conforme a sua estrutura molecular.
• Ó leos sintéticos: produzidos industrialmente por meio de substâncias inorgânicas
e orgânicas, como glicerinas, silicones, resinas e ésteres, entre outras.
•Ó
leos animais: obtidos de animais, como a capivara, o bacalhau, o cachalote e a baleia.
Os lubrificantes sintéticos (produzidos em laboratório com processos de
transformação das indústrias petroquímicas) e semissintéticos (compostos pela
mistura entre óleos minerais e sintéticos) oferecem resistência maior que os óleos
minerais, podendo ficar mais tempo nos motores ou maquinários, ampliando assim
o intervalo de tempo entre as manutenções referentes à troca.
A lubrificação é um dos principais itens de manutenção de máquinas industriais
e automotivas e deve, portanto, ser entendida e praticada para garantir um real
aumento da vida útil dos componentes.
Os lubrificantes podem ser:
O lubrificante e os automóveis
O óleo lubrificante para o motor é de grande importância para o veículo. Veja aqui quais são
os fatores que o tornam importante.
Ficar atento ao estado de conservação dos componentes básicos do veículo é prezar pela
longa vida útil dele. Por isso, é importante utilizar produtos de boa qualidade e assegurar que
serão utilizados nos lugares corretos.
Pensando nisso, vale lembrar seus clientes que a troca de óleo é um dos mais importantes
procedimentos para garantir o desempenho do veículo. Isso porque a lubrificação adequada
atenua o atrito entre as peças dentro do motor.
Assim, é necessário seguir sempre as recomendações do fabricante. Além disso
é importante observar a viscosidade (SAE) e o desempenho (API, ACEA ou ILSAC) do produto.
Lembrando sempre que o uso de um óleo lubrificante de qualidade e a troca de óleo
realizada nos períodos indicados pelo fabricante são alguns dos principais aspectos a serem
considerados no planejamento da manutenção preventiva do veículo.
Tudo começa nas refinarias com a extração do óleo cru por intermédio do refino do petróleo
Infográfico demonstrando o
processo de refinação do petróleo
e seus derivados. O óleo utilizado
para a fabricação dos lubrificantes
é um dos primeiros produtos
extraídos do petróleo, quando
o óleo cru ainda está próximo
de 300 oC a 350 oC
O óleo mineral pode ser dividido em três categorias, que são:
Naftnênico - o óleo mineral naftênico é ótimo para ser usado em ambientes
de baixas temperaturas. No entanto, ele não é compatível com alguns tipos
de materiais, como os óleos lubrificantes sintéticos e o elastômero.
Parafínico - o óleo mineral parafínico é recomendado para ambientes que
apresentam uma temperatura razoavelmente alta. Ele possui uma longa vida útil,
o que significa que a sua oxidação é bastante lenta. Sua composição não é muito sensível
a modificações de viscosidade e de temperatura e sua densidade é relativamente baixa.
Por conta disso, a sua utilização não é indicada para ambientes de baixas temperaturas, pois
o resultado pode acabar sendo a sedimentação.
Misto - o óleo mineral misto é aquele que é formado pela mistura dos lubrificantes parafínicos
e naftênicos, ou seja, ele acaba possuindo características de ambos.
Óleo semissintético - é criado à base de óleos minerais básicos com uma mistura bem
limitada de óleos sintéticos. Este não é o melhor óleo lubrificante do mercado, mas busca
reunir as melhores propriedades encontradas tanto no óleo mineral quanto no sintético.
O óleo semissintético tem um desempenho melhor e é considerado superior aos óleos
de categoria mineral. Como parte da sua fórmula sintética, este tipo de óleo já possui uma
durabilidade mais longa e tem preço intermediário no mercado.
Exemplo de informações
contidas na embalagem
de um lubrificante. Neste
produto, o fabricante incluiu
a classificação ACEA e API,
o grau de viscosidade SAE,
além de outras informações
comerciais da marca
ACEA: as diferentes aplicações dos óleos de motor são descritas por letras
com a classificação europeia ACEA (Association des Constructeurs Européens
d’Automobiles, traduzido do francês, Associação dos Construtores Europeus
de Automóveis).
A: para motores a gasolina de veículos ligeiros.
B: para motores a diesel de veículos ligeiros e comerciais.
C: para veículos ligeiros com filtros de partículas diesel.
E: para motores a diesel de veículos pesados.
API: as classes API (American Petroleum Institute) informam sobre as características
e aplicações de óleos para motores. A API, em conjunto com a ASTM (American Society Testing
Materials), elaborou as os níveis de desempenho que os óleos lubrificantes devem atender.
As classificações API mais atuais são SM para motores a gasolina e CI-4 para motores a diesel
de veículos pesados. Atualmente, os veículos ligeiros a diesel ainda não estão classificados
com a norma API.
SAE - a sigla SAE significa Sociedade dos Engenheiros Automotivos, dos Estados Unidos
(Society of Automotive Engineers). A classificação SAE define a viscosidade dos óleos.
No Brasil, as montadoras e produtoras de lubrificantes adotam as classificações API
e SAE em sua maioria, assim vamos detalhar com maior profundidade apenas estas duas
classificações, API e SAE.
Classificação API
A classificação API (American Petroleum Institute) significa o grau de severidade
que o óleo pode trabalhar. É basicamente a classificação de qual é a tecnologia utilizada
no desenvolvimento do óleo. Isto é, ao longo dos anos, as indústrias de óleo foram aprimorando
suas misturas e atualizando as fórmulas utilizadas no mercado para fazer uma composição
de maior qualidade.
A sigla API categoriza o nível de desenvolvimento do óleo lubrificante, baseando-se
nos graus de severidade das condições de operação existentes e medindo o nível
de desempenho e a aditivação do óleo.
Desenvolvida pelo Instituto Americano, é a mais tradicional e indica a especificação
de desempenho. O código API divide os óleos em três categorias:
• Óleos lubrificantes para motores a combustão interna, que utilizam velas para gerar
a combustão, devem ser lubrificados pelos óleos API “S” – letra inicial da palavra Sparkiling
(centelhamento em inglês) –, característica de um motor a combustão ciclo Otto que necessita
de uma vela para realizar a combustão, seja ele alimentado por gasolina, GNV e/ou etanol.
• Óleos lubrificantes para motores a diesel utilizam a sigla API “C”. Este “C” vem da palavra
Commercial, comercial traduzido do inglês.
• Óleos lubrificantes para engrenagens são os API GL, letras que indicam Gear Lubricant
(lubrificante de engrenagens, do inglês).
A classificação API é representada por duas letras. A primeira letra está relacionada
ao tipo de motor e, consequentemente, ao combustível utilizado ou à aplicação,
no caso dos lubrificantes para engrenagens.
A segunda letra demonstra o nível de desempenho e proteção do lubrificante e a sua
eficiência nos requisitos de limpeza do motor e durabilidade dos seus componentes.
Quanto mais avançada a letra seguindo o alfabeto, melhor é o desempenho do óleo
lubrificante para a limpeza e proteção de uma determinada geração de motores.
Para carros de passeio, por exemplo, temos os níveis API SL, SJ, SH, SG, e assim por diante,
até o mais recente que é o API SN.
Por outro lado, qualquer óleo abaixo da classificação API SJ é considerado obsoleto para
os motores modernos.
Sendo assim, um óleo API SN é melhor que um API SL, que é melhor que um API SJ, e assim
sucessivamente.
Um veículo cujo motor exige um óleo com determinada classificação API não pode receber
um lubrificante de categoria inferior. Ou seja, um veículo que pede um óleo de API SM não
pode receber um óleo SL, por exemplo.
Esta classificação é de fácil entendimento, já que a evolução
Ano de
das letras significa a evolução da qualidade dos óleos. Sigla
Classificação
Por isso, quando é recomendado no manual do proprietário
AS 1920
um óleo com classificação SJ, por exemplo, poderá ser usado
um óleo SL, porém o contrário não é adequado. SB 1930
SC 1951
A tabela vai seguindo o alfabeto e demonstra a
classificação de A a N. Sendo a categoria ‘A’ a mais antiga, SD 1967
e a ‘N’ a que oferece os mais recentes recursos tecnológicos. SE 1971
Classificação SAE
Como já vimos, SAE é a sigla para a Society of Automotive Engineers, instituição responsável
por padronizar e classificar a viscosidade dos óleos lubrificantes automotivos. A viscosidade
SAE é representada por letras e números.
Mas, antes de apresentar a classificação estabelecida pela SAE, é interessante entender
o que é a viscosidade de um líquido.
Viscosidade é a resistência ao escoamento de um líquido. Exemplo: qual líquido é mais
viscoso, o mel ou a água? O mel, porque escorre com mais dificuldade ou mais lentamente.
Popularmente, dizemos que o mel é mais “grosso” que a água.
Viscosidade do óleo lubrificante
A viscosidade é a principal característica a ser considerada durante a escolha do
melhor óleo lubrificante para um automóvel. A viscosidade do óleo precisa estar
adequada às temperaturas ambientais corretas. Portanto, se o óleo estiver muito
grosso quando o motor estiver frio, não haverá movimentação do óleo pelo motor.
E se ele estiver muito fino quando o motor esquentar, não dará a proteção correta
para as partes funcionais do motor.
Sendo assim, os óleos com maior viscosidade precisam de mais força para serem distribuídos
e chegam de forma mais lenta até o motor.
Já os óleos lubrificantes com baixa viscosidade, tornam a partida a frio mais fácil para
o motor, apresentando menor resistência aos elementos móveis e consumindo menos energia.
Isto também significa uma maior economia de combustível, além de diminuir a necessidade
de pequenas manutenções.
O óleo deve ser viscoso suficiente para promover uma boa lubrificação e proteção
do motor e não pode ser tão grosso a ponto de criar resistência na hora que o motor começar
a funcionar.
A viscosidade também irá determinar a grossura do óleo no momento que o motor estiver
quente ou frio. Isto é, dependendo da temperatura que o motor estiver, a viscosidade do óleo
será mais alta ou mais baixa.
Multiviscosidade
A indústria petroquímica vem se atualizando e encontrando novas tecnologias
na criação dos óleos lubrificantes. Conforme esses avanços acontecem, a qualidade
dos óleos lubrificantes torna-se cada vez mais superior, com vida útil mais longa,
quase sem formação de borra e com menos desperdício.
Um dos fatores principais dessa melhoria nos óleos automobilísticos foi a criação
de óleos multiviscosos, que permitem que o óleo opere de uma forma específica, dependendo
da temperatura do motor e em cada momento.
Vamos utilizar como exemplo um óleo 5W-30. Esta sigla parece complicada de entender,
mas, no entanto, é muito simples: o número que estiver antes do ‘W’, neste caso o 5, representa
a viscosidade que o óleo tem no momento em que o motor se encontra em temperatura
ambiente, ou seja, quando estiver frio.
Normalmente, os óleos possuem uma viscosidade mais baixa quando está frio, isso permite
que ele circule mais facilmente pelo motor no momento da partida, que é um momento que
o óleo precisa circular novamente entre as peças do motor.
A baixa viscosidade quando o motor está frio é considerada boa. Imagine qual óleo circula
melhor pelo motor logo na primeira vez que estiver ligando o carro de manhã, aquele óleo
mais grosso e pesado ou um óleo mais fino e leve?
Já o número que estiver na
sequência representa a viscosidade do
óleo no momento em que o motor já
estiver em sua temperatura mais alta,
isto é, quando você estiver rodando
com o carro. No momento que o
motor já está quente, a viscosidade
nesse exemplo será de ‘30’, o que vai
oferecer um óleo mais viscoso e
pesado.
A multivicosidade é ótima para
os motores, porque um óleo muito
fino e fluido queimaria muito rápido,
devido à alta temperatura do motor,
Simulação do grau de viscosidade de diferentes tipos de
e não conseguiria fazer a lubrificação
óleos multiviscosos. O número antes da letra W indica
correta. a viscosidade quando o óleo está frio, e o número após
a letra W é a viscosidade após o motor funcionar e a
temperatura do óleo se elevar
Como saber qual óleo é o mais viscoso?
Para saber qual é o óleo mais viscoso não tem segredo: quanto mais alto for
o número apresentado na embalagem.
É importante lembrar apenas que o número que estiver do lado esquerdo do ‘W’
representa a viscosidade no momento em que o motor está frio, e o número do lado
direito do ‘W’ representa a viscosidade quando o motor estiver quente.
Classificação SAE
Quanto maior este número, mais viscoso é o lubrificante, e são divididos em três categorias:
Óleo de verão: são óleos que trabalhem em altas temperaturas, sem o rompimento de sua
película lubrificante, pois quanto mais quente o óleo, menos viscoso ele se apresenta. Os óleos
de grau de verão têm sua viscosidade medida em altas temperaturas. Os testes dos óleos de
grau de verão verificam a operabilidade do lubrificante em altas temperaturas, ou seja, a sua
capacidade de oferecer proteção em regimes extremos. As classificações usadas são SAE 20,
30, 40, 50, 60.
Óleo de inverno: são óleos que possibilitam uma fácil e rápida movimentação das peças
móveis do motor e do próprio óleo, mesmo em condições de frio rigoroso ou na partida a frio
do motor. Essa viscosidade é medida a baixas temperaturas e tem a letra W (de inverno em
inglês winter) acompanhando o número de classificação. Os mais conhecidos são os SAE 0W,
5W, 10W, 15W, 20W, 25W.
Óleo multiviscoso (inverno e verão): atendem a estas duas exigências. Desta
forma, um óleo multigrau SAE 20W40 se comporta em baixa temperatura como
um óleo 20W, reduzindo o desgaste na partida do motor ainda frio, e em alta
temperatura se comporta como um óleo SAE 40, tendo uma ampla faixa de utilização.
As classificações usadas são SAE 5W-30, 20W-40, 20W-50, 15W-50.
A troca do óleo
O lubrificante é um item de
substituição obrigatória. Isso significa
que, após determinado tempo ou se
o veículo rodar uma quilometragem
específica, a troca de óleo do motor
do carro deve ser feita. É que esse
produto vai perdendo suas propriedades
ao longo de seus inúmeros ciclos
de trabalho.
Por isso, a troca de óleo do motor
é essencial para o carro. Apesar
de ser um procedimento simples,
pode pegar muitos motoristas
A troca do óleo faz parte das rotinas de manutenção desprevenidos e acarretar em um
preventiva do carro
prejuízo imenso.
Como já vimos, o óleo protege internamente as peças do motor, reduz o atrito entre
as partes móveis (que são metálicas), evita a formação de ferrugem, o acúmulo de sujeira
e ajuda no resfriamento.
Um óleo velho não é capaz de cumprir todas essas funções. A não observação
das instruções sobre frequência ou especificações do lubrificante pode gerar sérios
problemas, como formação de borra, perda de potência e até fundir o motor.
A periodicidade da troca de óleo do motor e a especificação do lubrificante são
prescritas pelo fabricante do veículo e informada no manual do proprietário.
Quando trocar?
Troca de óleo do motor é realizada de
acordo com quilometragem ou tempo de
utilização do veículo.
A primeira coisa é saber quando a troca
de óleo do motor deve ser feita, informação
que está no manual do carro. A maioria das
montadoras orienta que a troca seja feita
obedecendo os dois critérios. Em alguns
modelos de veículos, lê-se no manual do
proprietário:
“Troque o óleo a cada 5.000 km ou seis
meses, o que ocorrer primeiro, se o veículo
for dirigido em condições de uso severo.” Sempre que trocar o óleo do motor, substitua também
o filtro de óleo. Os resíduos e o óleo antigo do filtro
Isso significa que quando o veículo usado até então podem contaminar o óleo novo
rodar aproximadamente 5.000 km desde
a última substituição, faça a troca de óleo do motor. Se ainda não alcançou 5.000 km, mas já
faz seis meses, é hora de trocar também. Simultaneamente, deve-se substituir o filtro de óleo,
pois ele acumula resíduos que podem contaminar o lubrificante novo.
É bom esclarecer que esse intervalo de tempo e quilometragem não se aplica a todos os
modelos. A recomendação para fazer a troca de óleo do motor pode ocorrer em quilometragens
menores (a cada 4.000 km, por exemplo) ou maiores (a cada 10.000 km).
A troca de óleo por máquinas a vácuo é mais rápida, mas deve ter
um cuidado adicional para que não haja volume residual de óleo
velho no fundo do cárter. Isso pode contaminar o óleo novo
No entanto, alguns especialistas alegam que o sistema a vácuo pode não remover
totalmente o óleo antigo, já que o cárter tem desníveis em seu interior, deixando uma
quantidade residual de óleo usado, o que contaminaria o lubrificante novo. Assim, a
recomendação é sempre fazer a drenagem por sangria, pois o escoamento do óleo
é completo, isso em razão da localização do bujão de dreno no cárter e formato do
reservatório.
Porém, o reparador precisa ter paciência e esperar que ocorra o gotejamento de
todo o lubrificante pelo dreno do cárter.
Outro risco da utilização do sistema a vácuo é se o óleo do motor estiver velho, com
formação de borra e houver resíduos sólidos acumulados no cárter. Eles podem ser sugados
do cárter para o interior do motor. Desta forma, a sujeira, que antes desceria com o óleo para o
cárter ou ficaria no reservatório, será depositada no motor, podendo causar danos e prejuízos,
como entupimentos no sistema de lubrificação.
Mas calma. A troca por drenagem pelo bujão também oferece riscos e exige cuidados.
Ao remover o bujão, o profissional deve ter
cuidado para não danificar a rosca do bocal,
usando a ferramenta adequada para sua
remoção.
Outro cuidado é não permitir a entrada de
nenhum contaminante, como fiapos de pano ou
estopa no ato da limpeza do bocal, além de ter
a paciência de esperar que o óleo antigo escoe
totalmente.
Na recolocação do bujão do cárter, não o
apertar em demasia, mas também não o deixar
frouxo, além de checar se não existe vazamento O bujão de sangria do cárter pode ser um
de óleo por má instalação ou danos ao bujão ponto de vazamento se o serviço não for
bem executado. Cuidado na reinstalação do
nem ao seu alojamento no cárter. bujão em seu alojamento, e muita atenção na
aplicação do torque ao reapertar o bujão.
Independentemente do método escolhido
Nem muito nem pouco aperto
pelo proprietário, é fundamental escolher
um estabelecimento confiável e com
profissionais treinados e habilitados.
Curiosidade
Quanto tempo um carro poderia rodar sem nenhuma lubrificação?
a) Até dois minutos
b) Pelo menos cinco minutos
c) De oito a dez minutos
d) Pouco mais de quinze minutos
e) Uma hora e trinta minutos
Se você respondeu letra “D” acertou. Um grupo de malucos pegou um veículo
Mercedes-Benz C180 ano 1994, drenou todo o óleo do cárter, levou o carro para a pista
e começou a rodar com ele, esperando o momento em que o motor travasse ou alguma peça
saísse voando pelos ares.
O Mercedes-Benz C180, que já havia rodado mais de 320 mil km ao longo de sua
vida, era um motor de quatro cilindros de 1,8 litro e 16 válvulas. Primeiro, eles deram
umas voltas, fizeram algumas manobras com o carro e depois removeram todo o óleo
do cárter (próximo de 4,5 litros).
Sem óleo, mais do que se desgastar, as peças do motor esquentam demais e se
dilatam para além de suas especificações recomendadas. Inicialmente, com o tempo
passando, o motor passa a apresentar funcionamento áspero e barulhento. Depois
de quase 14 minutos com o motor funcionando sem óleo, isto fica bem perceptível, e o motor
dá até algumas travadas.
Minutos depois, o esperado acontece: uma explosão no motor do carro, uma nuvem
de fumaça e uma peça de metal sai voando: era um pino de pistão, o que significa que foi um
dos conjuntos de biela e pistão que não resistiu à dilatação excessiva.
Não trocar o óleo no intervalo correto ou utilizar lubrificante fora das especificações pode causar borra no
motor e sérios danos ao veículo, inclusive perda do motor. Na primeira foto, um motor sem manutenção e
com acúmulo de borra. Na segunda foto, o motor limpo e com a manutenção realizada periodicamente