NEEJA
LÍNGUA PORTUGUESA
ENSINO FUNDAMENTAL
MÓDULO 03
4
APRESENTAÇÃO
A você, estudante:
ATENÇÃO:
5
I – CONTEÚDOS
II – OBJETIVOS
6
1 INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
TEXTO I
A LUA NO CINEMA
A lua foi ao cinema,
passava um filme engraçado,
a história de uma estrela
que não tinha namorado.
Não tinha porque era apenas
uma estrela bem pequena,
dessas que, quando apagam,
ninguém vai dizer, que pena!
Era uma estrela sozinha,
ninguém olhava pra ela,
e toda a luz que ela tinha
cabia numa janela.
A lua ficou tão triste
com aquela história de amor,
que até hoje a lua insiste:
– Amanheça, por favor!
2 SUBSTANTIVO
Biformes e Uniformes
9
2.2.2 Flexão de Número
Trata-se do singular e plural dos substantivos.
Singular – refere-se a um ser ou grupo de seres.
Ex.: animal, chefe, pão, boiada.
Plural – indica mais de um ser ou grupo de seres.
Ex.: animais, chefes, pães, boiadas.
TEXTO II
DEZ AJUDANTES
Certa vez, entrei na casinha de uma pobre mulher. Reparei que dentro
do casebre estava tudo limpinho, bonito. As crianças estavam limpas, vestidas
com asseio, o almoço pronto na mesa, e nem uma migalha à vista, tudo
luzindo.
Perguntei-lhe:
- Como é que a senhora consegue fazer tudo nesta casa?
- E não haveria de conseguir? Pois se eu tenho dez ajudantes. Eles trabalham
o dia inteiro, ajudam-se uns aos outros...
- Mas que ajudantes são esses?
- Aqui estão eles!
Riu a boa mulher, e mostrou-me os dez dedos das suas mãos.
Adaptação Tatiana Belinsky Gouveia
3 ADJETIVOS
Gênero Número
Masculino: rei pálidO. Singular: rei pálido.
Feminino: rainha pálidA. Plural: reis pálidoS.
11
REFERENTE AO TEXTO ABAIXO, RESPONDA A QUESTÃO 9 DA PÁGINA 14.
TEXTO III
12
4 ORTOGRAFIA
4.1 EMPREGO DO S E DO Z?
Veja, abaixo, mais palavras que são escritas com S, mas têm som de Z.
Após ditongo:
Coisa, lousa, maisena, ousar, causa, mausoléu, náusea.
Em títulos de nobreza:
Marquês, marquesa, baronesa, duquesa, princesa, consulesa.
Em adjetivos pátrios:
Português, portuguesa, francês, francesa, inglês, inglesa.
Nos sufixos oso e osa, tranformadores de substantivos em
adjetivo:
Sabor - saboroso, óleo - oleoso, estudo - estudioso, preguiça - preguiçoso,
perigo - perigoso, atenção - atenciosa, caridade - caridosa, cobiça - cobiçosa,
misericórdia - misericordiosa, minúcia - minuciosa.
No sufixo isa, transformador substantivo masculino em feminino:
Profeta - profetisa, poeta - poetisa, sacerdote - sacerdotisa, papa - papisa.
13
Observe as palavras dos quadros abaixo para compreender o uso do S
e Z nos diminutivos dos substantivos.
Quadro A Quadro B
Lápis – Lapisinho Manhã – Manhãzinha
Simples – Simplesinho Mãe – Mãezinha
País – Paisinho Pai – Paizinho
Pires – Piresinho Nariz – Narizinho
Ônibus - Onibusinho Chafariz – Chafarizinho
14
5.1 DISCURSO DIRETO
"-- Por que veio tão tarde? perguntou-lhe Sofia, logo que apareceu à porta do
jardim, em Santa Teresa.
-- Depois do almoço, que acabou às duas horas, estive arranjando uns papéis.
Mas não é tão tarde assim, continuou Rubião, vendo o relógio; são quatro
horas e meia.
-- Sempre é tarde para os amigos, replicou Sofia, em ar de censura."
(Machado de Assis, Quincas Borba, cap. XXXIV)
Discurso indireto:
Mariana disse que não se casará com aquele velhote.
15
6 EXERCÍCIOS
1. Nos versos “Não tinha porque era apenas / uma estrela bem pequena”
da segunda estrofe do poema, o uso da palavra “porque” introduz
A. a causa de não ter namorado.
B. uma oposição a um filme engraçado.
C. a consequência de uma história de amor.
D. uma comparação do tamanho da estrela com a intensidade da luz.
2. Este poema
A. explica o nascimento do cinema.
B. faz a propaganda de um filme engraçado.
C. apresenta as características de uma lua solitária.
D. conta a história de uma estrela que não tinha namorado.
A. amor:_____________________________________________________
B. rapidez:___________________________________________________
C. círculo:____________________________________________________
D. Deus: ____________________________________________________
E. saudade:__________________________________________________
F. chuva:____________________________________________________
G. criancinhas:________________________________________________
H. cartão-postal:_______________________________________________
I. pescaria:__________________________________________________
J. telefones:__________________________________________________
K. fusíveis:___________________________________________________
L. rei: _______________________________________________________
16
INTERPRETE O TEXTO: “DEZ AJUDANTES” QUE ENCONTRA-SE NA PÁGINA
07 E RESOLVA OS EXERCÍCIOS 5, 6, 7.
7. A casa era
( ) grande. ( ) enorme. ( ) minúscula.
17
Qual o adjetivo pátrio referente ao substantivo em destaque?
_______________________________________________________________
18
I. “Ainda um grito de vida e voltar para ________ tudo é belo.”
15. Leia o texto abaixo, e marque a opção que indica a melhor alteração
do discurso indireto em discurso direto:
“A fúria de Alexandre chegara ao auge, e ele disse que arrombaria a porta,
que jamais o prenderiam ali."
(A ARMADILHA, Murilo Rubião).
A. Arrombarei a porta, jamais me prenderão aqui.
B. Arrombaria a porta, jamais me prenderiam aqui.
C. Arrombarei a porta se me prenderem aqui.
19
17. Leia a tirinha
18. Texto:
─ O senhor não tem medo de nada, presidente?
─ Nada.
─ Nem barata?
Pausa de segundos ─ Digo a verdade, ou minto para parecer mais humano?
[...]
Não. Melhor ser curto e sincero.
─ Nem barata.
(Veríssimo, L.F. Ortopterofobia. In: COMÉDIA DA VIDA PÚBLICA. Porto Alegre: L&PM, 1995. p.237).
Assinale a alternativa que melhor reproduz a primeira fala do diálogo.
A. Alguém perguntou se o presidente não tinha medo de barata.
B. Alguém perguntou se o senhor não tinha medo de nada, presidente.
C. Perguntaram ao presidente se o senhor não tinha medo de barata.
D. Perguntaram a alguém se o senhor, presidente, não tinha medo de nada.
E. Alguém perguntou ao presidente se ele não tinha medo de nada.
20
7 PROPOSTA DE REDAÇÃO: MEMÓRIAS LITERÁRIAS
Tristeza! É o que sinto quando abro meus olhos e vejo a mais terrível
escuridão, que não cessa. O único remédio é fechá-los e deixar-me levar pelas
lembranças.
Lembro-me como se fosse ontem: bem cedinho, o sol não havia nem
acordado ainda, eu já estava na estrada da minha cidade Santa Branca que
nem asfaltada era, pura terra, com uma brochura e alguns lápis dentro de uma
sacolinha de arroz – pois nossa vida era difícil e papai só ganhava o suficiente
para não morrermos de fome e frio. Enquanto caminhava, a poeira batia em
meus olhos e os fazia ficar cheios d’água.
Eu ia cantarolando que nem um sabiá até chegar à escola Barão de
Santa Branca, hoje bem conhecida na cidade e antigamente a única. Recordo-
me de que lá havia um muro para meninos e meninas não ficarem misturados.
Bobagem! Ai de nós se tentássemos olhar para elas... A régua cantava na
palma de nossas mãos, parecia que os professores sentiam prazer em fazer
isso, eram rígidos demais.
Assim que saíamos da escola, eu e meus amigos íamos nadar atrás da
fábrica de trigo, que hoje não existe mais – nem a fábrica, nem as águas
limpas. Depois íamos jogar bola atrás do mercado municipal, onde hoje é o
posto de saúde. Ficávamos parecendo tatus, a terra grudava nas roupas e na
pele molhada. Depois disso dávamos mais um pulo na cachoeira, pois se
chegássemos assim em casa a vara de amora era o presente para nossas
pernas.
O mais engraçado era ver d. Dolores dirigindo. Se surgia uma nuvem de
poeira, podíamos ter a certeza de que era ela com seu Chevrolet. Afinal, era a
única mulher de Santa Branca que dirigia.
Não posso me esquecer dos cortejos: a cidade inteira seguindo um
caixão, sem saber quem estava dentro. Havia uma banda que tocava para o
defunto e ele tinha direito até a foto. Dá para acreditar nisso? Mamãe me dizia
21
para não dar risadas nem ir ver o rosto do morto, principalmente se fosse gente
ruim, senão ele poderia voltar para assombrar. O sino da delegacia tocava
pontualmente às 21 horas para todos se recolherem, era uma época bem
perigosa. De noite a cidade era iluminada por lampião de querosene – isso a
deixava mais sombria.
Foi minha melhor época, mas hoje sou velho, e a cegueira tomou conta
dos meus olhos.
Tenho saudade do colorido que hoje só vejo em minha mente através
das lembranças do passado. Escuridão é o que eu vejo, mas jamais sairá de
mim a magia de recordar.
(Texto baseado na entrevista feita com o sr.Sarkis Ramos Alwan, 41 anos.)
4. O texto foi construído a partir de coleta de dados. Qual foi o recurso usado
para isso?
_______________________________________________________________
9.Qual detalhe mais lhe chamou a atenção sobre o que foi contado?
_______________________________________________________________
22
Mas o que são Memórias Literárias?
23