Você está na página 1de 3

Formulário de conceituação de caso para terapia do esquema

Informações gerais:

Nome do terapeuta: Rachel. W.

Nome do paciente: Annete G.

Idade: 26

Estado civil: solteira

Filhos (idades): nenhum

Profissão: recepcionista

Grau de instrução: ensino médio completo

Origem étnica: caucasiano

Esquemas relevantes:

1. Privação emocional (de cuidados, empatia e proteção)


2. Auto-sacrifício
3. Desconfiança/ abuso
4. Defectividade/ vergonha
5. Autocontrole/ autodisciplina insuficientes

Problemas atuais

Problema 1: depressão

Relações com o esquema: privação emocional, defectividade, auto-sacrifício

Problema 2: abuso de álcool

Relações com o esquema: resposta de enfrentamento para privação emocional, desconfiança/


abuso, defectividade

Problema 3: problemas de relacionamento – namora homens inadequados, tem dificuldades


de estabelecer intimidade

Relações com o esquema: privação emocional, desconfiança/ abuso, defectividade, auto-


sacrifício

Problema 4: problemas profissionais – não termina tarefas, muda de emprego com frequência

Relações com o esquema: autocontrole/ autodisciplina insuficientes, arrogo/ grandiosidade


Ativadores do esquema (Especificar M ou F, se estiver limitado a homens ou mulheres)

1. Escolher namorado (M)


2. Tentar se aproximar de um namorado (M)
3. Sentir-se só
4. Pensar sobre seus problemas e sua necessidade de terapia
5. Solicitar a si que faça algo tedioso, rotineiro ou desinteressante.

Gravidade dos problemas, respostas de enfrentamento e modos; risco de descompensação

Esquemas são moderadamente fortes. Respostas de enfrentamento e modos são muito fortes.
Sem ideação suicida. Baixo risco de descompensação.

Fatores temperamentais/ biológicos possíveis

Nenhum

Origens no desenvolvimento

1. Mãe era desamparada e carente. Nenhum dos pais satisfazia as necessidades


emocionais de Annette quando criança.
2. O pai era raivoso e explosivo. Annette foi colocada no papel de proteger sua mãe de
seu pai.
3. Annette não tinha limites ou disciplina quando criança. Poderia fazer e ter o que
quisesse.
4. Membros da família nunca compartilhavam sentimentos ou discutiam seus problemas.

Memórias ou imagens de infância importantes

O pai era muito raivoso. Annette e sua mãe eram assustadas. A mãe se voltada a ela para pedir
ajuda, mas não lhe oferecia qualquer apoio, empatia ou proteção.

Distorções cognitivas importantes

1. Ninguém jamais vai conseguir cuidar de minhas necessidades. Tenho que ser forte
todo o tempo.
2. Existe alguma coisa fundamental errada comigo por ter tantos problemas emocionais
e ser tão carente.
3. A maioria dos homens é imprevisível, raivosa e explosiva.
4. Eu devo poder fazer e ter o que eu quiser.
5. Não devo ser obrigada a cumprir tarefas, atividades ou ter relacionamentos que sejam
tediosos e desinteressantes.

Comportamentos de resignação

1. Não pede a outros que a cuidem ou a protejam.


2. Cuida da mãe e pouco pede em retorno.
3. Não fala de sentimentos de vulnerabilidade com outras pessoas.

Comportamentos de evitação

1. Abusa de álcool para bloquear sentimentos dolorosos.


2. Busca estimulação e novidades para evitar emoções.
3. Tenta evitar concentrar-se em pensamentos e sentimentos dolorosos.
4. Evita relacionamentos íntimos com homens.
Comportamentos de hipercompensação

Age de forma dura e controlada, mesmo quando se sente vulnerável e carente.

Modos de esquema relevantes (além do adulto saudável)

1. Annette durona (protetor desligado)


2. Annettezinha (criança solitária e assustada)
3. “Annette mimada”

Relação terapêutica (impacto em esquemas e modos no comportamento durante sessões;


reações pessoais e/ou contratransferência)

Annette age de forma dura grande parte do tempo da sessão. Reluta em admitir apego forte,
carência ou vulnerabilidade em relação a mim, ainda que pareça envolvida e conectada. Tenta
evitar exercícios com imagens mentais e não gosta de falar de emoções ou eventos dolorosos.
Com frequência, não cumpre tarefas escritas porque diz que são tediosas e a incomodam.
Apesar desses problemas, vejo Annette envolver-se no trabalho e acho que temos relação
terapêutica muito boa. Fico um pouco frustrado com sua falta de disciplina e preocupação com
outros no modo “Annette Mimada”.

Você também pode gostar