Você está na página 1de 146

Cartilha

O Bê-a-bá
da
Psicologia
Como o Psicólogo pode ajudar de A à Z.

Psicóloga Organizadora: Wilyane Vieira


Direitos Autorais © O Bê-a-bá da Psicologia: Como
o Psicólogo pode ajudar, de A à Z. Ano 2020.

Todos os direitos reservados. Material para uso pessoal.

Proibida a reprodução total ou parcial desta obra, de


qualquer forma ou meio eletrônico e mecânico, sem a
autorização explícita da organizadora e autores (as),
exceto em citações breves com uma indicação da
fonte. (Lei nº 9.610, de 19.02.1998).

Psicóloga Organizadora:
Wilyane Vieira (CRP 03/17559)

Diagramação: Vitali Design Criações


Instagram: @vitalidesign.criações
WhatsApp: (41) 9.9662-6376

Crédito de Imagens:
Freepik/Canva
AUTORES (AS)
Aline Araújo de Queiroz
Amanda Barreto de Oliveira
Ana Almeida
Bárbara Schmitt
Carla M. Borges Fraile
Carmen Maria da Penha Silva
Cristiane Lee
Edileuza Lopes
Iramara Nogueira
Elen Piccinini
Kaite Anne Barroso Prado
Gina Marina Vieira
Gleice Sathie Koshikene Margarida Limias Pereira
Marklene Amorim dos Santos
Michela Manenti Machado
Miriam Pereira
Priscilla Freitas Filgueira
Sergio Stepan Kahvedjian
Wilyane Vieira
A - ANSIEDADE 08
De A  Z
B - BULIMIA 14
C - COMPULSÕES 19
D - DEPRESSÃO 25 G - GRAVIDEZ 43
E - ESTRESSE 30 H - HOMOAFETIVIDADE 49
F - FRUSTRAÇÃO 38 I - INSEGURANÇA 55
J - JOVENS 62
L - LUTO 68
M - MATERNIDADE 73
N - NOIVAS 79

O - ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL 84
P - PAIS 90
Q - QUIMIOTERAPIA 96
R - RELACIONAMENTOS 102
S - SEXUALIDADE 108
T - TRANSTORNOS 113
U - UNIVERSITÁRIOS 119
V - VIOLÊNCIA 125
X - XENOFÔBIA 131
Z - ZELO NA MATERNIDADE 138
Oi, leitor (a)!
É com muita alegria e satisfação que venho compartilhar com você nossa
Cartilha: O Bê-a-Bá da Psicologia, a qual foi preparada com muito carinho
por profissionais da Psicologia, de diferentes lugares do Brasil, com o
objetivo de mostrar de uma maneira leve como nós Psicólogos podemos
ajudar as pessoas em diferentes demandas e situações.

É muito comum que ainda existam algumas dúvidas sobre como o trabalho
do Psicólogo pode ajudar as pessoas. E por conta disso, muitas vezes as
pessoas acabam não buscando ajuda de um profissional por achar que a
sua questão não é motivo para que um Psicólogo possa ajudá-la. Ainda
existe uma crença na sociedade como um todo, de que a Psicologia serve
apenas para o tratamento de doenças mentais. Mas, a verdade é que a
Psicologia pode ajudar em muitos dos desafios que enfrentamos na nossa
vida cotidiana, para além de problemas relacionados à transtornos. Buscar
ajuda de um Psicólogo, é também um cuidado com a sua saúde mental. Nós
Psicólogos nos esforçamos para usar nossos conhecimentos e aprendizados
05
para ajudar pessoas na melhoria de suas vidas nos mais diferentes
aspectos.

Em alguns momentos, as pessoas deixam de buscar ajuda pelo


desconhecimento do que de fato é, o trabalho do Psicólogo. E por conta
desse desconhecimento, surgiu a ideia de trazer essa cartilha. Para
mostrar diferentes momentos em que nós Psicólogos podemos atuar e
ajudar as pessoas. Seria difícil listar todas as demandas que podem surgir
na vida das pessoas, mas buscamos aqui destacar algumas, o que não
significa que não possam existir outras situações que te levem a buscar
ajuda de um Psicólogo.

Portanto, seja bem-vindo (a) à nossa cartilha, espero que esta possa te
esclarecer muitas dúvidas em relação a como um Psicólogo pode te ajudar.

Boa leitura!
Wilyane Vieira.

06
Wilyane Vieira
CRP 03/17559

Psicóloga,  formada pela Faculdade de


Tecnologia e Ciências (FTC-Feira de Santana).
Formação como Analista de Desenvolvimento
Humano e Organizacional. Atuação na área de
Psicologia Organizacional e do trabalho.
Fundadora e diretora do NEEP - Núcleo
Especializado em Psicologia. Empreendedora
digital, onde trabalha ensinando Psicólogas a
terem um negócio digital lucrativo e autêntico
na Psicologia, com foco na diversificação de
produtos e serviços.

wilyanevieira.psi@gmail.com

Contatos @wilyanevieira.psi

07
O Bê - a - bá da Psicologia

ANSIEDADE

Margarida Limias Pereira

08
O Bê - a - bá da Psicologia

De acordo com uma pesquisa feita pela


Organização Mundial de Saúde (OMS), o Brasil é o
país com maior número de pessoas com
Transtorno de Ansiedade, a cada dez pessoas uma
desenvolveu a doença.

Então, como identificar um Transtorno de


Ansiedade?
O Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG) é
um estudo comprovado pela ciência e a doença
pode surgir por diversos fatores alguns são
genéticos, ou seja, um familiar que apresentou a
doença, causou impacto nos membros da família e
isso foi passando de geração a geração, outros
são fatores comportamentais: o jeito que a pessoa
encara os desafios da vida, nos relacionamentos,
no ambiente em que vive e trabalha.

A ansiedade pode gerar sensações muito próximas


das apresentadas pela emoção do medo, com a

09
O Bê - a - bá da Psicologia

diferença que este é real. Isso acontece em todo animal por mais primitivo que
seja. Somos seres humanos e também trazemos essa reação de medo.

Quando estamos diante de uma situação difícil e sentimos medo ficamos


vulneráveis. Vamos imaginar que uma pessoa está sozinha, tarde da noite
numa rua escura, um lugar que não conhece, sente-se desprotegido,
involuntariamente experimenta o medo, com sintomas que são muito próximos
dos quais a ansiedade apresenta. Essas sensações em algumas regiões do
cérebro ativam hormônios que soltam uma descarga de adrenalina (hormônio
liberado pelas glândulas que ficam sobre os rins, glândulas suprarrenais) que
vão se manifestar no físico e liberam sinais que aparecem como um alerta.

As indicações desagradáveis da manifestação da ansiedade, dor ou aperto no


peito, o coração acelera os batimentos cardíacos, contraem-se os vasos
sanguíneos para rapidamente levar o sangue aos pulmões, excesso de açúcar
no sangue (glicose ou hiperglicemia), a respiração fica ofegante, as mãos
ficam frias, trêmulas e suam muito, sensação de fraqueza parece que vai
desmaiar, a boca fica seca, sente náuseas, dores na barriga, as pupilas se
dilatam aumentando a visão, os músculos se contraem.

10
O Bê - a - bá da Psicologia

O medo é uma emoção natural, a ansiedade são sintomas emocionais, alguns


físicos e também comportamentais. Essa inquietação causa medo excessivo de
algo que ainda não aconteceu. Quando ocorre o quadro de ansiedade e vem o
medo em excesso os sintomas mexem com o humor, produz um momento de
grande sofrimento, mal-estar físico e psicológico.

A ansiedade é um sintoma comum que desde a infância experimentamos, quem


não se sentiu ansioso antes de ir à uma festa pela primeira vez, ou, ao passeio
da escola, para fazer uma viagem ou, antes de uma prova, ansioso para dar o
primeiro beijo, todas essas sensações são naturais e positivas. 

Mas essas sensações deixam de ser naturais se passam a ser algo que causa
sofrimento, interferindo no ambiente de trabalho, no relacionamento familiar e
com amigos que acabam impedindo a pessoa de ter uma vida normal,
manifestando-se com frequência e sem um motivo aparente. Diante destes
sintomas deverá pensar em buscar ajuda profissional de um médico psiquiatra
ou, psicólogo. O psiquiatra ajudará no diagnóstico da doença, se for
necessário passará medicação e encaminhará para o psicólogo que fará o
acompanhamento psicológico com as devidas técnicas.

11
O Bê - a - bá da Psicologia

CLIQUE AQUI

12
Margarida Limias Pereira
CRP 06/146510

Psicóloga e psicopedagoga. Atuação na área de


Psicologia em clínica.

@psicologa.margarida_pereira

Contatos psicologamargaridapereira@gmail.com

13
O Bê - a - bá da Psicologia

BULIMIA

Marklene Amorim dos Santos

14
O Bê - a - bá da Psicologia

O Manual de Diagnóstico e Estatístico de


Transtornos Mentais, 5º edição (DSM – V), e a
Classificação Internacional das Doenças, 10º
edição (CID-10), ressaltam duas entidades
nosológicas principais: a Anorexia Nervosa (AN) e
a Bulimia Nervosa (BN). Embora classificados
separadamente, os dois transtornos acham-se
intimamente relacionados por apresentarem
psicopatologia comum: a preocupação excessiva
com o peso e o medo de engordar, fazendo com
que os pacientes se apropriem de métodos e
dietas rigorosas com a finalidade de alcançarem o
corpo ideal. Porém, vamos discorrer sobre a
Bulimia Nervosa.

A Bulimia Nervosa é um transtorno alimentar que


é caracterizada por um ciclo de compulsão
alimentar e comportamento compensatório, nos
quais a pessoa ingere grandes quantidades de

15
O Bê - a - bá da Psicologia

alimentos em um curto período de tempo com sensação de perda de controle.


É muito comum utilizar a provocação de vômitos, laxantes e diuréticos, além
de esforços para controlar o peso com exercícios físicos exaustivos, jejuns e
dietas restritivas, que são usados para compensar o comportamento
compulsivo anterior.

Geralmente, a Bulimia nervosa ocorre em adolescentes que, valorizam muito a


forma do corpo e o peso, frequentemente, possuem uma percepção física
distorcida de si, principalmente quando estão insatisfeitos com os corpos além
da dificuldade em identificar as emoções. Apresentam baixa autoestima, nível
elevado de ansiedade, sentimento de culpa, vergonha, depressão, baixa
tolerância à frustração e um prejuízo no controle dos impulsos. Porém, o
aspecto comportamental indica que eles se apresentam mais extrovertidos,
com caráter histérico, vida sexual ativa e, muitas vezes, dependentes de álcool
e/ou drogas.

O tratamento de pacientes com transtornos alimentares constitui-se em um


grande desafio para os profissionais da área da saúde em geral, pois requerem
a atenção de uma equipe multiprofissional, essas síndromes psicossomáticas

16
O Bê - a - bá da Psicologia

multifatoriais dificilmente podem ser tratadas por um profissional


isoladamente.

CLIQUE AQUI

17
Marklene Amorim dos
Santos
CRP 04/57698

Psicóloga, formada pela Universidade do


Triângulo Mineiro (UNITRI - Uberlândia/MG).
Especializando em Psicologia Hospitalar pelo
Instituto Cultus. Atuando como Psicóloga
Clínica on-line. Graduando Enfermagem pela
faculdade (FATRA - Uberlândia/MG).

(34) 9.9832-8385
@psimark
Contatos markpsico1@gmail.com
18
O Bê - a - bá da Psicologia

COMPULSÕES

Elen Piccinini

19
O Bê - a - bá da Psicologia

Você já se perguntou por que as compulsões


acontecem? Qual seria a função delas em nossa
vida e por que na atualidade elas parecem tão
corriqueiras?

Há várias maneiras de olhar para esse transtorno


na psicologia e principalmente olhar para o
sofrimento que essas compulsões trazem. As
abordagens psicológicas veem a compulsão como
um desvio ou patologia que pode ser ocasionada
pela parte biológica, psíquica ou social.

A compulsão é caracterizada pelos excessos


cometidos pelo indivíduo em determinados
momentos. Há quem tenha compulsão por:
comida, jogos, drogas, compras, livros, esportes,
trabalho, bebida, sexo, cigarro, séries de TV,
netflix, remédios, internet, fotoshop, relaciona-
mentos, etc.

20
O Bê - a - bá da Psicologia

É importante entender o porquê dessa busca por “consumir” algo


desenfreadamente. Geralmente quando uma pessoa entra em compulsão, ela
está buscando sair de um estado de desconforto para um prazer imediato.
Dependendo do tipo de compulsão a pessoa terá prejuízos para a sua saúde
mental, física e até mesmo comprometer suas finanças.

Nos últimos anos as compulsões parecem ter se tornado comum, até porque a
maioria das pessoas pouco param para refletir e analisar sobre seus próprios
comportamentos. Muitas pessoas só identificam o poder nocivo das
compulsões quando não aguentam mais conviver com os resultados negativos
que elas trazem.

Há vários fatores desencadeantes que podem contribuir para o surgimento de


uma compulsão, dentre elas a ideia de controle, de exploração, falta de
autonomia, privação da liberdade. Fatores relacionados ao trabalho como a
produtividade, o servir constante e a descartabilidade geram tensões e temor,
atrelado a isso a sensação de tédio gerada pela rotina e o fazer repetitivo.

Outro ponto a ser avaliado é o comportamento social, vivemos em grupo e

21
O Bê - a - bá da Psicologia

muitas vezes os grupos estimulam o consumo excessivo de comida, bebida,


jogos, etc e acabamos nos adaptando e incorporando esses comportamentos a
nossa rotina para nos sentirmos aceitos e não sermos rejeitados.

A toda hora surge um convite social para o consumo sem freios e um desejo
insaciável de ter ou consumir cada vez mais. E com isso vamos nos perdendo
daquilo que realmente somos e do que queremos para nossa vida.

O mundo moderno muitas vezes traz para a pessoa uma sensação de asfixia
pela velocidade em que as coisas acontecem, tudo é acelerado e tudo muda o
tempo todo, fazendo com que tenhamos que nos adaptar às mudanças
constantemente, gerando sensações de incerteza e medo o que está por vir
pela frente. E para lidar com esses medos, busca-se um prazer, uma
compensação que anestesie a inquietação interna.

Analisar e entender o contexto onde a pessoa está inserida e quais são os


gatilhos que disparam as compulsões é fundamental para diminuir o
sofrimento psíquico e instaurar novos padrões comportamentais que tragam
alívio emocional e leveza para o dia a dia.

22
O Bê - a - bá da Psicologia

CLIQUE AQUI

23
Elen Piccinini
CRP 08/23188

Psicóloga, Treinadora de Inteligência Emocional


Sistêmica. Autora do livro Poemas Terapêuticos
e coautora do livro Mulheres Extraordinárias.

www.elenpiccinini.com
Elen Piccinini @elenpiccinini/
Contatos /elenpiccinini
24
O Bê - a - bá da Psicologia

DEPRESSÃO

Carmen Maria da Penha Silva

25
O Bê - a - bá da Psicologia

Depressão é uma doença que se tornou comum,


porém séria. Podendo afetar qualquer indivíduo
independentemente da idade e do sexo, crianças,
adolescentes, adultos e idosos. Afetando-o na
forma de sentir, pensar e também agir.

A depressão geralmente é causada devido a


alguma perda. Alguns estudos científicos indicam
que suas causas podem ser:

Genéticas: Se alguém da família principalmen-


te pai e mãe sofrem de depressão, existe a
possibilidade de algum dos filhos virem a
sofrer também com a depressão.

Bioquímicas Cerebrais: Existem evidências


científicas que a deficiência de algumas
substâncias cerebrais podem causar a
depressão.

26
O Bê - a - bá da Psicologia

Eventos Estressores: Trabalhar sobre pressão constante, doenças, perdas


sequenciais: familiar, amigo, emprego, animal de estimação ou separação
conjugal.

Fatores Ambientais: Exposição contínua à violência, exposição abusiva de


drogas ilícitas, negligência, abusos etc.

Vários são os sintomas da depressão, dentre eles podemos citar: tristeza com
ou sem choro e também sem motivo aparente, autodesvalorização, sentimento
de culpa, vazio inexplicável, as pessoas depressivas veem o mundo sem cor,
avaliam a si e o futuro de forma negativa, sentem falta de energia, sentem-se
muito cansadas, apáticas, sentem sonolência ou insônia, queixam-se de falta
de memória, de vontade, de iniciativa, alterações no apetite podendo ser para
mais ou para menos, redução ou falta de interesse sexual dentre outros.

Contudo, cabe esclarecer que os sintomas variam de pessoa para pessoa, e


que cada uma dessas pessoas podem desenvolver alguns sintomas e outras
não. Ou ainda, alguns sintomas podem ser mais persistentes numa pessoa do
que em outra.

27
O Bê - a - bá da Psicologia

Importante é a busca por profissionais de saúde capacitados psicólogos e


psiquiatras. A depressão tratada corretamente, pode devolver a pessoa o bem-
estar, a alegria de viver, levando-a buscar e lutar por seus sonhos, encarando
a vida com muito mais prazer.

CLIQUE AQUI

28
Carmen Maria da
Penha Silva
CRP 05/50149

Psicóloga. Formada pelo Centro Universitário


Celso Lisboa (RJ/RJ). Pós-graduada em
Psicopedagogia Clínica (Universidade Estácio de
Sá). Pós-graduada em Arteterapia em Saúde e
Educação (Instituto A Vez do Mestre). Formação
em Gestalt Terapia. Atuação na Abordagem
Gestaltica.

(21) 9.7699-4262
carmen.psy.psico@gmail.com
Contatos carmenpsicopedagoga@yahoo.com.br
29
O Bê - a - bá da Psicologia

ESTRESSE

Gina Marina Vieira

30
O Bê - a - bá da Psicologia

Você já se sentiu empolgado com algo novo e


positivo em sua vida, a exemplo de formatura,
casamento, uma viagem muito desejada, e ao invés
de se sentir bem, sentiu sensações ruins no corpo?
Como: insônia, inquietação, diarreia passageira,
coração e respiração acelerados, entre outros.
Parece bem contraditório não é mesmo? O natural
seria ao estarmos diante de uma experiência
agradável nos sentíssemos totalmente alegres e
relaxados. Isso tem explicação: toda situação
nova, inesperada ou desafiadora, reflete em nosso
cérebro modificações químicas para fazer como
que possamos nos proteger de possíveis perigos.
Essa resposta automática do nosso corpo diante
das situações ameaçadoras é o que chamamos de
estresse.

Esse processo é algo que ocorre de maneira


natural. Ou seja, o estresse é uma resposta natural

31
O Bê - a - bá da Psicologia

e automática do corpo, que nos prepara para agirmos de forma rápida, com o
intuito de proteger a nossa integridade mental e física. O que começa a ficar
preocupante e pode nos adoecer, é esse estado de alerta se tornar algo
constante, intenso e algumas vezes sem causas reais; levando nosso
organismo a experienciar esses sintomas de forma intensa e repetitiva,
levando-o a exaustão e distúrbios.

Há indivíduos que se estressam com mais facilidade, apresentam uma


mudança de humor e comportamento repentinos. Isso tem relação como cada
um interpreta as situações que enfrentam no dia a dia. A interpretação da
realidade influencia na causa e na forma como irá vivenciar o estresse na vida.
Temos forte tendência a interpretar os fatos a partir de pensamentos
negativos que consideramos verdades absolutas, mas isso não significa que
todos os nossos pensamentos são realistas. Vamos entender melhor!

O estresse tem dois tipos distintos de causa. E se divide em Estresse real e


Estresse imaginário.

32
O Bê - a - bá da Psicologia

Você está passeando tranquilo na floresta quando de


repente vê um leão a sua frente. O que acontece dentro
CAUSA de você nesta situação, é que seu cérebro ao receber
dos olhos a imagem do leão o identifica como ameaça e

REAL para se proteger aumenta significantemente a


produção de substâncias cerebrais que irão estimular a
fugir ou lutar, neste caso, é claro, fugir.

Pare um pouquinho a leitura e escreva aqui abaixo, qual situação real você já
passou e que alterou seu corpo trazendo desconforto.

SITUAÇÃO REAL

O QUE PENSEI?

O QUE SENTI?

O QUE FIZ?

33
O Bê - a - bá da Psicologia

Agora, vamos pensar em outra situação, com

CAUSA IMAGINÁRIA:
Você chega ao seu local de trabalho, em mais um dia comum; seu chefe passa
algumas obrigações que deverão ser cumpridas naquele dia e depois ele diz:

- Ao final do expediente, vá a minha sala, preciso conversar com você!

Se você é ansioso, nossa! Essa frase destrói seu dia, porque vai ficar
pensando: O que fiz? Onde eu errei? Qual reclamação ele vai fazer? Será que
vou ser demitido (a)? E quando chega ao final do expediente e vai tremendo a
sala do chefe, ele fala que nem lembrava o que tinha pra te falar.

Pare novamente um pouquinho a leitura e tente lembrar qual a última vez que
esteve irritado/inquieto? A causa foi real ou imaginária? Agora escolha uma
situação ansiosa que percebeu que a causa foi imaginária e registre abaixo:

34
O Bê - a - bá da Psicologia

SITUAÇÃO REAL

O QUE PENSEI?

O QUE SENTI?

O QUE FIZ?

Este exercício irá ajudá-lo a perceber como está sua


interpretação dos fatos e se está vivenciando um quadro
de estresse normal ou patológico.

35
O Bê - a - bá da Psicologia

CLIQUE AQUI

36
Gina Marina Vieira
CRP 03/14546

Educadora, escritora, consultora em Saúde Mental,


palestrante, empreendedora. Proprietária da Cognus
Desenvolvimento Humano, atuando na prevenção e combate
ao adoecimento psíquico em Empresas e Escolas com
projetos, Treinamentos, Palestras e Workshops (Projeto
Escolas das Emoções – Alegria onde te perdi? Estamos com
você, etc.) Especialista em Consultoria (UESC) e
Neuropsicologia (FTC), Psicologia Positiva na prática
(NAPPEM). Atendimento Clínico on-line. Adolescentes,
Jovens, adultos. Autora e coautora: Psicologia Positiva na
Prática (livro e e-book); Saúde Emocional na Escola;
Contando histórias Infantis – Saúde Emocional Através de
Histórias Infantis; Um Olhar sobre a saúde emocional do
professor.

www.cognusdh.com.br Av. do Cinquentenário, nº


349 - 7º and./sala 704 -
@gmarinapsi Edf. Dejanira Maria Cruz.

Contatos
Itabuna/Ba
/cognusdh

ginamarina@cognusdh.com.br
37
O Bê - a - bá da Psicologia

FRUSTRAÇÃO

Carla M. Borges Fraile

38
O Bê - a - bá da Psicologia

Como você lida com a frustração? Quantas vezes


você já deixou de fazer algo por medo de se
frustrar?

A ideia que construímos da frustração é na maioria


das vezes danosa. Ela está geralmente relacionada
sobre a forma de algum prejuízo, como se tivesse
que ser evitada a qualquer custo.

Mas, antes de tudo, vamos para a definição. A


frustração é um estado emocional que ocorre
quando um desejo ou uma necessidade não são
realizados, ou em outras palavras, é aquela
emoção desconfortável que é despertada quando
nossa expectativa não é suprida como
gostaríamos.

Por vezes nos deixamos levar por esse sentimento


tão intensamente ao ponto de nos paralisar,

39
O Bê - a - bá da Psicologia

deixando até de fazer algo que gostaríamos, por medo, medo de se frustrar. E
o que acontece? Nos frustramos mesmo assim, por nem ter tentado.

E a grande questão é que não existe uma fórmula para se evitar a frustração.
Infelizmente ou felizmente, não dá para termos tudo o que queremos a todo
tempo, muitas pessoas tem essa grande dificuldade em lidar com essa
sensação de impotência que é gerada pela frustração.

Então o que podemos fazer é trabalhar nossas questões para que as nossas
frustrações não nos paralisem, encarando ela como uma oportunidade de
crescimento pessoal.

Como já dito, a frustração é inevitável à vida humana, não temos o controle


sobre ela, e devemos trabalhar para aceitarmos esta realidade. Entretanto,
temos que ficar atentos quando as frustrações estiverem ocupando um grande
espaço em nossa vida, ao ponto de causar danos a nossa saúde mental e
física. E lembre-se: você não está sozinho! Talvez possa ser o momento de
procurar uma ajuda profissional, tornando sua jornada menos angustiante,
auxiliando neste processo de ressignificação, ou seja, para que você consiga

40
O Bê - a - bá da Psicologia

através dessa ajuda, dar um passo para trás voltando a caminhar com um
novo olhar e aprendizados diante das lições que a vida traz.

CLIQUE AQUI

41
Carla M. Borges Fraile
CRP 06/133501

Psicóloga. Formada pela Universidade Paulista


(Unip). Atuação na área clínica desde 2017.

(19) 9.9275-8683

Contatos
@psicologacarlafraile
carlafrailepsi@gmail.com
42
O Bê - a - bá da Psicologia

GRAVIDEZ

Amanda Barreto de Oliveira

43
O Bê - a - bá da Psicologia

Para qualquer mulher a gravidez é sinônimo de


mudança, gerar um filho mexe com a mulher de
diversas formas, são as alterações do corpo e na
rotina da vida pessoal e profissional. Diante de
tantas mudanças ter o apoio de um psicólogo faz
toda diferença.

Nesse período muitos fatores de risco podem


comprometer a relação de mãe e filho, tais como
vivências traumáticas na infância, violência
doméstica, depressão e gravidez na adolescência.
Compreender e buscar meios para se sentir mais
confortável e ter uma gestação mais tranquila é
uma forma de buscar o equilíbrio de situações que
dificilmente se teria controle para lidar sozinha.

Mas como um psicólogo pode


ajudá-la nessa fase?

44
O Bê - a - bá da Psicologia

A gravidez causa muitas alterações hormonais que afetam diretamente nosso


emocional, são momentos onde a ansiedade se intensifica mais que o comum,
surgem alguns medo como: “não vou ser uma boa mãe”, “não vou conseguir
criar vínculos um com o bebê”, “insegurança sobre o futuro” e outras questões
que se manifestam após nascimento, principalmente por causa demanda que o
bebê exige, onde culturalmente as necessidades da mãe são deixadas de lado
e o bebê passa a ser o foco, o que gera muito cansaço físico e mental.

Durante a gravidez a mulher precisa expressar seus medos e suas ansiedades


e obter informações acerca das mudanças que irá atravessar, assim como o
pré-natal obstétrico é importante, o pré-natal psicológico é essencial.

O psicólogo vai ajudá-la a:

Fortalecer laços afetivos com o filho;

Trabalhar a autoestima da gestante que também é importante para o


desenvolvimento do bebê;

45
O Bê - a - bá da Psicologia

Desmistificar os sentimentos e percepções em relação a gravidez como


uma forma de preparar a mulher para a chegada do bebê, além de
esclarecer que a maternidade real é diferente daquilo que costumamos ver
na televisão;

Ter consciência materna e preparo psicológico para todas as mudanças


internas e externas;

Ter apoio em relação às inseguranças que surgirem.

Busque ajuda, você não precisa passar por tudo isso sozinha.

46
O Bê - a - bá da Psicologia

CLIQUE AQUI

47
Amanda Barreto de
Oliveira
CRP 06/164558

Psicóloga formada pela Universidade Nove de


Julho.

(11) 9.4965-3583
psiamandabarreto@gmail.com
Contatos @Psiamandabarreto
48
O Bê - a - bá da Psicologia

HOMO
AFETIVIDADE

Cristiane Lee

49
O Bê - a - bá da Psicologia

Homoafetividade é o nome dado a relação afetiva


entre pessoas do mesmo sexo.

Pode existir um vínculo amoroso, onde duas


pessoas do mesmo sexo se encontram e
desenvolvem um grande amor uma com a outra e
por esse motivo resolvem iniciar um convívio
familiar. Esse convívio familiar é como tantos
outros. Não difere por serem pessoas do mesmo
sexo. As obrigações, deveres e comprometimento
que são as mesmas de uma família formada por
um parceiro de sexos diferentes (homem e
mulher).

De acordo com a Comissão Especial LGBTQI+ do


CRP 01/ DF, representada por Felipe de Baére, a
família homotransparental (não se usa mais o
termo “família homossexual”) é aquela família em
cuja composição existe ao menos uma pessoa que

50
O Bê - a - bá da Psicologia

vivencie a orientação homossexual e/ou identidade de gênero trans.

Infelizmente ainda existe muita discriminação com relação essas pessoas,


incluindo atos de violência física que muitas vezes pode levar a morte.

Ao psicólogo cabe amenizar todo sofrimento psíquico que a sociedade pode


trazer devido ao preconceito que muitos ainda têm com relação a gênero.

Acolher esse cliente com o que ele trouxer, não necessariamente será a
questão de gênero.

“Um dos marcos na luta dos direitos das pessoas LGBTI, ocorre em 2004,
quando é lançado o “Brasil Sem Homofobia – Programa de Combate à
Violência e à Discriminação contra GLTB e de Promoção da Cidadania
Homossexual”, O Programa de Combate à Violência e à Discriminação contra
GLTB (Gays, Lésbicas, Transgêneros e Bissexuais) e de Promoção da Cidadania
de Homossexuais “Brasil sem Homofobia”, é uma das bases fundamentais para
ampliação e fortalecimento do exercício da cidadania no Brasil. Um verdadeiro
marco histórico na luta pelo direito à dignidade e pelo respeito à diferença.

51
O Bê - a - bá da Psicologia

É o reflexo da consolidação de avanços políticos, sociais e legais tão


duramente conquistados. O Governo Federal, ao tomar a iniciativa de elaborar
o Programa, reconhece a trajetória de milhares de brasileiros e brasileiras que
desde os anos 80 vêm se dedicando à luta pela garantia dos direitos humanos
de homossexuais.” (CENTRO DE REFERÊNCIA TÉCNICA EM PSICOLOGIA E
POLÍTICAS PÚBLICAS, CFP, Brasília, 2019).

Vale destacar que o exercício profissional de psicologia é orientado por


princípios éticos e políticos, tais como não discriminação, igualdade, respeito à
autonomia das pessoas e coletividades e reconhecimento da diversidade
social, em termos de cultura, moralidade, crenças religiosas e ideologias
políticas.

52
O Bê - a - bá da Psicologia

CLIQUE AQUI

53
Cristiane Lee
CRP 05/45872

Psicóloga. Pós-graduada em Saúde Mental e Assistência


Social. Pós-graduanda em Neurociências com ênfase em
reabilitação. Especialista em Terapia Sistêmica de casal e
família. Participou de vários cursos, workshops e de aprimo-
ramento pessoal e profissional entre eles: Treinamento em
Clínica com Crianças, Neurociência e Gestalt Terapia com
crianças e adolescentes e Psicologia Positiva. Organiza e
ministra diversos cursos, workshops, oficinas e palestras.
Atendimento Clínico em consultório particular e online.
Supervisiona Psicólogos Clínicos e promove estudo de casos
para os mesmos.
Missão: Ajudar famílias, casais e outros relacionamentos
a se tornarem mais assertivos e felizes.

(21) 9.9884-1966

@cristianeleepsic

Contatos /cristianeleepsic

psicotera.vida@gmail.com
54
O Bê - a - bá da Psicologia

INSEGURANÇA

Sergio Stepan Kahvedjian

55
O Bê - a - bá da Psicologia

Alguma coisa aconteceu… Nossas Emoções,


vamos conversar a respeito?

Muitas vezes, vemos o sentimento de


INSEGURANÇA emocional como o contrário de
sermos uma pessoa segura e protegida…

O sentimento de insegurança faz parte da nossa


cultura emocional e tem sua importância para o
desenvolvimento da nossa personalidade,
podendo ser vivida como uma emoção positiva ou
negativa, dependendo de como lidamos com ela.

Quando é POSITIVA: para nosso bem-estar, é


importante termos cautela, cuidado em novas
situações, e nesse momento estarmos inseguros,
é um alerta, leva a novas ações e ajuda fortalecer
nossa autoestima e a nos protegermos buscando
novos caminhos e aprendizados.

56
O Bê - a - bá da Psicologia

Quando é NEGATIVA: nos dias atuais, o mundo moderno valoriza o sucesso a


todo custo, trazendo muita insegurança e causando medos exagerados, como
por exemplo, medo de ser rejeitado, medo que as coisas não deem certo, medo
de ficar só...alimentando a dependência emocional e a baixa estima.

A insegurança está relacionada ao sentimento de confiança que vivenciamos


durante nossa história familiar e social. Nossa saúde emocional é colorida pelo
equilíbrio da balança CONFIANÇA X INSEGURANÇA.

Dar atenção, vivenciar e conhecer nossas inseguranças fortalece nosso


sentimento de confiança para vivermos os relacionamentos e conflitos naturais
do dia a dia.

Quando a insegurança atrapalha?


Como todos nossos sentimentos e emoções, a frequência e intensidade com
que nos sentimos inseguros podem prejudicar nosso bem-estar e saúde
emocional. Dúvidas, incertezas, indecisões de como se comportar e relacionar
são importantes para a construção de seus valores e fortalecimento da
autoconfiança. Quando a insegurança desencadeia um estado de estresse e

57
O Bê - a - bá da Psicologia

ansiedade, este sentimento é nocivo e prejudica nosso bem-estar e saúde


emocional, nos paralisando e impedindo de fazer tarefas importantes. Nesses
momentos, apresentamos um sentimento de mal-estar geral, falta de
confiança e comportamento de retração social (isolamento), timidez e
paranoia ou encorajamos comportamentos compensatórios, tais como
arrogância, agressividade e bullying.

Alguns sentimentos não são frutos só de traumas e doenças, fatores sociais,


culturais, religiosos e biológicos contribuem para o que chamamos de
DOENÇAS INVISÍVEIS que acometem nossa alma.

Para o seu bem-estar e saúde mental, cuidar das emoções e sentimentos é


necessário para a prevenção e tratamento das doenças invisíveis. Neste
momento, o profissional de Psicologia (psicólogo (a) e terapeuta) ajuda a
entender os conflitos internos – valores e crenças pessoais – e adequar os
comportamentos e ações de forma mais equilibrada que diminuem o
sofrimento e angústia no dia a dia.

58
O Bê - a - bá da Psicologia

O (a) psicólogo (a) encaminha o tratamento, focando o autoconhecimento –


suas emoções e comportamentos apreendidos durante a história de vida –
para a realização de seus projetos pessoais e fortalecimento emocional nas
relações interpessoais.

Todos têm e terão conflitos internos e externos, com a ajuda de um


profissional de Psicologia, temos a oportunidade de conhecer e criarmos novos
cenários para atuarmos de maneira mais saudável, para nós e nossos
relacionamentos.

59
O Bê - a - bá da Psicologia

CLIQUE AQUI

60
Sergio Stepan Kahvedjian
CRP 06/37062-0

Psicólogo, formado pela Pontifícia Universidade


Católica de São Paulo (PUC/SP). Atua como
Psicoterapeuta Clínico, atendendo adultos e
jovens. Coordenador de Projetos da ASSBRAS
(Associação Brasileira de Ações Sociais).
Psicólogo do Projeto Saúde na Comunidade, com
o objetivo de orientar e prevenção para a saúde
sócio emocional de populações vulnerá- veis

(11) 9.9853-5867
sergiostepan.psi@gmail.com
Contatos /sergiostepan
61
O Bê - a - bá da Psicologia

JOVENS

Miriam Pereira

62
O Bê - a - bá da Psicologia

Algumas das características próprias da


adolescência são: a necessidade de autoafirma-
ção; necessidade de aceitação, especialmente por
um grupo; a pressão referente aos estudos e a
profissão, a um papel social, à conquista de espaço
na sociedade. Também é um tempo de muitas
descobertas, inclusive sexuais; mudanças físicas,
mentais e emocionais.

Algumas das ameaças mais sérias às quais nossos


jovens estão sujeitos atualmente são:

Redes sociais: de acordo com a pesquisadora


americana Jean Twenge, que estuda o
comportamento de adolescentes há pelo
menos 25 anos, desde 2005 observou-se que
eles dormem menos, passam mais tempo
online, estão mais infelizes e houve aumento
significativo dos suicídios.

63
O Bê - a - bá da Psicologia

Bullying e sua forma virtual, que é um comportamento sistemático de


intimidação.

Automutilação: às vezes a dor emocional, a angústia e outras emoções e


sentimentos são tão fortes que a dor física causada por este
comportamento causa “alívio”. Outras vezes, há uma necessidade de se
sentir vivo, etc.

Suicídio: recentemente outro personagem, Jonathan Galindo, “assombrou”


crianças e adolescentes, entre outras coisas, incitando-os ao
comportamento suicida, que é o limite ao que o ser humano chega na
tentativa de acabar com o sofrimento que o assola, muitas vezes, ceifando
sua vida, nos casos trágicos.

A mãe é uma peça chave (ou quem exerce este papel) e pode-se compará-la à
rainha do tabuleiro de xadrez, pois dentro de uma família, desde o início da
vida, costuma ser uma das peças de maior influência, para o bem e para o mal,
sobretudo na adolescência. De qualquer forma, é importante lembrar que os
pais devem exercer sua autoridade.

64
O Bê - a - bá da Psicologia

Simplificando, diria sobre a autoridade:

Infância: os pais/responsáveis “ditam” as regras;


Adolescência: pais/responsáveis explicam as regras;
Adultos: criam regras.

Limites: são extremamente importantes, pois passam a mensagem de amor,


segurança, proteção dos filhos, de que nos importamos com eles. Ao contrário
da permissividade e indiferença, que passam a mensagem de que não são
importantes.

Temos cada vez mais filhos de pais ausentes dentro de casa, cada um em seu
próprio mundo, e é muitas vezes onde os filhos “se perdem”. Em
consequência, muitas vezes os adolescentes buscam formas de “chamar
atenção”, com comportamentos diversos e nem sempre bem-vindos. Diante
desses comportamentos, há pelo menos três alternativas possíveis:

Dar atenção: seja de forma positiva ou negativa, tende a perpetuar o


comportamento.

65
O Bê - a - bá da Psicologia

Indiferença: ao que é possível ignorar, tende extinguir o comportamento.

Indiferença: também pode acentuar um comportamento caso o adolescente


nunca receba atenção.

CLIQUE AQUI

66
Miriam Pereira
CRP 12/08425

Psicóloga, formada pela Universidade do Vale


do Itajaí (UNIVALI). Atua na área clínica desde
2009. Formação em EMDR (Dessensibilização e
Reprocessamento através de Movimentos
Oculares); Coaching Psychology e Psicologia do
Esporte e Preparação Mental. Atualmente
coordena a campanha Janeiro Branco Balneário
Camboriú.

(47) 9.8406-9211
@miriampereiraoficial
Contatos /saudebemestarequalidadedevida
67
O Bê - a - bá da Psicologia

LUTO

Michela Manenti Machado

68
O Bê - a - bá da Psicologia

É uma experiência natural, vivenciada frente à


perda de alguém significativo, que vem
acompanhada de diversas emoções, se trata de
uma reorganização interna para aprender a viver
sem este alguém.

A forma de lidar com a morte e com o luto sofre


influências da cultura e das crenças, do momento
em que a pessoa vivencia a perda e as
circunstâncias em que a morte ocorreu, levando a
diferentes reações. A forma de expressá-las é
subjetiva, não existe certo ou errado, ou um tempo
determinado para acontecer, não existe uma
medida para o sofrimento.

Apesar de vivermos várias perdas ao longo da vida:


emprego, saída de casa, relacionamento, oportuni-
dades, saída dos filhos de casa, etc. Nada se
compara à perda de alguém significativo, esta se

69
O Bê - a - bá da Psicologia

sente também no corpo e de forma profunda.

O apoio coletivo que ocorre no velório, enterro, e nos primeiros dias após a
perda, podem auxiliar no início do processo de luto. Para poder seguir em
frente é necessário passar pela dor, dar espaço para manifestação das
emoções, deixar o choro brotar, o pesar, a angústia, a solidão, a raiva e os
questionamentos, é importante validar o que é sentido, dividir com alguém que
ouça de maneira solidária e verdadeira. Dar o tempo de despedir, sem apressar
ou interromper o processo por pressão externa; aceitar e prosseguir – sem
nunca esquecer.

Deve respeitar a prontidão para cada nova etapa, não é urgente doar objetos e
roupas, reordenar os cômodos da casa, mudar os móveis de lugar ou mudar de
endereço. É possível ir aos poucos retomando as atividades e rotinas,
buscando novas motivações e sentido de vida.

O psicólogo pode ajudar neste processo adaptativo da perda, tanto para


fortalecimento e autoconhecimento, como para tratamento de quadros em que
ocorrem grandes barreiras para retomar a rotina pessoal, familiar e
profissional.

70
O Bê - a - bá da Psicologia

No áudio a seguir tem algumas atividades que podem contribuir nessa


adaptação.

CLIQUE AQUI

71
Michela Manenti Machado
CRP 12/01905

Psicóloga, graduação pela Universidade do Vale


do Itajaí - UNIVALI. Psicoterapeuta EMDR e
Brainspotting. Atua nas áreas Clínica e da Saúde
Coletiva nas quais auxilia pessoas a alcançarem
qualidade de vida e transformação através da
superação de traumas.

(47) 9.9669-0130
@psicologamichelam
Contatos psicologamichela@gmail.com
72
O Bê - a - bá da Psicologia

MATERNI
DADE

Ana Almeida

73
O Bê - a - bá da Psicologia

De palpites e boas intenções a vida materna está


repleta. Ora não pode dar colo, ora precisa dar colo
e não pode deixar a criança no berço. Ora tem que
amamentar exclusivamente com leite materno, ora
“desmama essa menina porque ela já está muito
grande”. Ora tem que voltar a trabalhar logo pelo
financeiro, ora “coitada da criança, tão bebê e já vai
para escola”.

Não é fácil nascer uma mãe, tanta cobrança, tanta


responsabilidade e tanto amor e medo de errar, que
vira uma salada mista, um caos na cabeça da
recém-mãe. Além de todo esse cenário, acontece
naturalmente uma perda de identidade para que ela
possa se dedicar o tanto que a bebê precisa e são
nesses dois pontos que a psicologia pode contribuir
para uma maternidade mais leve:

Como ter clareza sobre as decisões e comporta-

74
O Bê - a - bá da Psicologia

mentos maternos para atingir os objetivos que essa mamãe deseja.

Como passar pelo processo de recuperar a identidade da mulher que estava


ali antes de se tornar mamãe.

No primeiro caso, as decisões são tão importantes e existe uma cobrança e


julgamento tão intenso sobre o maternar, que as mamães podem acabar se
sentindo inseguras para educar a sua criança. Neste caso, a psicologia pode
ajudar por meio de grupos de mães e pais, palestras, workshops, materiais
escritos, visuais como vídeos ou auditivos como um podcast, terapia individual
focada na mãe ou por meio de cursos, além de diversas outras possibilidades. O
processo consistirá em identificar e entender os valores que essa mamãe, em
parceria com o papai ou outra mamãe, caso ela tenha uma outra pessoa para
contribuir na educação, deseja ensinar a criança e quais outros tipos de
resultado ela espera na relação de longo prazo dessa família.

Se o caso for recuperação de identidade, um processo mais indicado além de


todas as opções citadas, é o processo terapêutico individual aliado a grupos
conduzidos por psicólogas (os) e o foco, em geral, será trabalhar o autocuidado

75
O Bê - a - bá da Psicologia

identificação de fontes de prazer além da maternidade, maior contato social,


desenvolvimento de novos projetos no trabalho, nos estudos e em áreas
diversas além da maternidade. Também podem ser trabalhadas habilidades
comunicativas para que essa mãe saiba falar sobre suas necessidades com a
sua rede de apoio a fim de conseguir oportunidades de praticar outras
atividades além do maternar e ser beneficiada por elas. Junto a isso, também
pode ser necessário um suporte para que essa mãe diferencie esse ato de
recuperação de identidade de uma renúncia da maternidade, pois não são
processos eliminatórios, a mãe pode se cuidar, recuperar sua identidade de
mulher, sair com as amigas, voltar a estudar, fazer o que ela gosta e isso de
forma alguma vai significar que ela não está fazendo o seu papel de mãe ou
alterar o vínculo com a criança.

Por fim, aqui foram citadas duas possibilidades de a psicologia contribuir com
a maternidade, mas existem diversas formas de possibilitar essa contribuição.
A forma de condução de um processo terapêutico citado aqui também é
apenas uma, de muitas possibilidades, sempre será avaliada entre psicóloga
(o) e cliente.

76
O Bê - a - bá da Psicologia

CLIQUE AQUI

77
Ana Almeida
CRP 08/25944

Psicóloga clínica com atendimento às mamães.


Idealizadora do Clube do livro para psis. Mentora
de psicólogas (os) iniciantes na psicologia
digital. Autora dos e-books “Estilos de educar” e
“Segredos da aprendizagem”. Nas redes sociais
traz conteúdos sobre psicologia aplicada à
comportamentos maternos e paternos e para
profissionais que atendem esse público.

(43) 9.9161-1365
@anaalmeidapsi
Contatos psic.ana.almeida@outlook.com
78
O Bê - a - bá da Psicologia

NOIVAS

Aline Araújo de Queiroz

79
O Bê - a - bá da Psicologia

Talvez você conheça alguém que está passando


pelo noivado nesse momento ou quem sabe você é
uma noiva. Então, essas informações são
importantes para você.

É comum ouvirmos as noivas queixarem-se de


muitas preocupações, seja com os preparativos do
casamento ou com questões internas, algumas
chegam a apresentar alteração de humor,
nervosismo, estresse, insônia, aumento ou redução
do apetite, entre outros.

Entenda como o profissional de psicologia pode


ajudar nesse caso. O psicólogo a partir do contexto
da nubente, traçará um plano de trabalho que vise a
superação das demandas levantadas. É sempre bom
lembrar que cada noiva vive a experiência à sua
maneira, ou seja, o sentido de “estar noiva” é único
e pessoal, ele acarreta significados singulares,

80
O Bê - a - bá da Psicologia

sonhos, expectativas, ideais, fantasias, incertezas, medos e até níveis variados


de estresse. É mais do que um status de passagem entre um estado e outro, é
uma prévia das importantes mudanças que afetarão a identidade pessoal e
social da nubente. Possivelmente a noiva terá novo endereço, assinará o
sobrenome do marido, além da aquisição de novos papéis, novas
responsabilidade e rotinas. Assim como acontece com toda mudança, aspectos
de ansiedade e insegurança são comuns em processos transitórios e o modo
como é vivenciado tais momentos é crucial para a superação destes conflitos.

As nossas emoções influenciam as nossas ações, o modo como percebemos e


vivemos cada momento, elas têm o poder de nos paralisar ou de nos fazer agir.
Reconhecer e cuidar desses sentimentos, torna essa jornada mais leve,
positiva e até mais assertiva e menos impulsiva. Isso mesmo! Quando uma
pessoa está emocionalmente equilibrada, ela se torna mais produtiva e
consciente de suas escolhas, isso porque as suas funções cognitivas como
atenção, memória, capacidade de tomada de decisão, entre outras habilidades,
não se tornam refém do estresse vivido pelo desequilíbrio.

No áudio a seguir vou trazer para você alguns pontos que precisam ser consi-

81
O Bê - a - bá da Psicologia

derados nessa fase, além de dicas práticas de autoconhecimento e gestão das


emoções.

CLIQUE AQUI

82
Aline Araújo de Queiroz
CRP 20/08859

É psicóloga, neuropsicóloga e musicista, exerce


a psicologia clínica desde 2014 e atualmente
dedica-se aos relacionamentos afetivos,
maternidade, paternidade e conflitos familiares.
É pós-graduanda em musicoterapia e faz
formação em psicanálise, terapia familiar e de
casal e constelação familiar sistêmica.

(92) 9.9603-6970
@aline10psi
Contatos aline10psi@gmail.com
83
O Bê - a - bá da Psicologia

ORIENTAÇÃO
PROFISSIONAL

Priscilla Freitas Filgueira

84
O Bê - a - bá da Psicologia

O que é Orientação Profissional e de Carreira?


Para começar as duas são distintas, se parecem em
alguns aspectos, mas tem algumas diferenças. A
Orientação Profissional é direcionada a
adolescentes e jovens que estão saindo do Ensino
Médio ou que estão prestes a ingressar na
faculdade e ainda não sabem o que querem cursar,
ou seja, qual curso irão fazer. Já a Orientação de
Carreira ou reorientação é para pessoas que já
estão no mercado de trabalho, mas que estão
insatisfeitos com a profissão, ou pessoas que estão
na graduação e gostariam de fazer um
planejamento de Carreira.

Como a Orientação Profissional pode me ajudar?


Existem diferentes métodos, bem como testes
vocacionais, dentro da área de estudo e atuação da
orientação profissional na Psicologia. No entanto, a

85
O Bê - a - bá da Psicologia

orientação de um (a) profissional de Psicologia, que estudou durante anos


para auxiliar pessoas nesse processo, é incomparável e insubstituível. Além
disso, ao ser acompanhado por um (a) psicólogo (a), você terá um
atendimento personalizado, que considerará a sua personalidade, as suas
características individuais, possíveis dificuldades e questões psicológicas e
emocionais que precisam ser levadas em consideração.

E sobre Orientação de Carreira?


A Orientação de Carreira tem o objetivo de desenvolver no profissional a
coragem para mudar e correr riscos, tendo em vista a sua insatisfação na atual
atividade/profissão. Nesse processo também se desenvolve novas habilidades
e competências para assumir a nova carreira, bem como traz a reflexão sobre
em qual local ele vai querer atuar se é empresas, siderúrgicas, abrir negócio
próprio... E assim traçar essa transição de carreira com planejamentos. O
papel do Psicólogo nesse processo é analisar junto com o cliente o que se
adequa ao seu perfil considerando seus valores e princípios, realizar junto com
o cliente um estudo de mercado das áreas que ele tem mais afinidade e
também de motivá-lo.

86
O Bê - a - bá da Psicologia

Qual a importância do planejamento de Carreira para


estudantes universitários?
Esse planejamento é importante porque ao planejar a carreira, o acadêmico
tem a possibilidade de antecipar reflexivamente uma série de questões que
poderão fazer muita diferença em sua trajetória de formação e qualificação,
bem como estabelecer objetivos e metas condizentes com seus interesses e
seus valores. Ao refletir sobre aquilo que deseja para seu futuro profissional,
poderá estabelecer, por sua vez, estratégias adequadas para obter sucesso em
seus planos.

87
O Bê - a - bá da Psicologia

CLIQUE AQUI

88
Priscilla Freitas Filgueira
CRP 23/1401

Psicóloga, formada pelo Centro Universitário


Luterano de Palmas (CEULP/ULBRA).
Especialista em Avaliação Psicológica (IPOG/
Palmas). Atuação na área de Psicologia
Organizacional e Gestão de Pessoas. Atuação na
Assistência Social no Centro de Referência de
Assistência Social (CRAS). Atualmente trabalha
como Psicóloga Clínica, com Orientação
Profissional e de Carreira e com prestação de
serviço no Tribunal de Justiça, realizando
Avaliações Psicológicas Multidisciplinares.

(63) 9.99218-9794
@priscillafilgueirapsicologa
Contatos priscilla.psicologa1401@gmail.com
89
O Bê - a - bá da Psicologia

PAIS

Edileuza Lopes

90
O Bê - a - bá da Psicologia

Quando se fala em Psicologia infantil é fundamental


falar sobre a participação dos pais durante o
desenvolvimento da criança, este é um tema rico e
complexo que há muito a ser abordado. A
participação dos pais vai além da presença física e
provisão financeira, requer compromisso com a
paternidade e maternidade é importante construir
vínculo, observar e conhecer a criança, respeitá-la
como sujeito.

Embora a criança não entenda as atitudes, deve


passar por situações de satisfação e sofrimento,
para que descubra que tipo de ações podem
satisfazer a ela e ao adulto. A criança deve
desenvolver o autoconceito, pois já se vê separada
das pessoas e, já entende que o adulto “vai e volta”,
que os objetos vão continuar no mesmo lugar, ainda
que ela não os veja, é necessário ver a si mesmo
como algo contínuo no tempo e espaço.

91
O Bê - a - bá da Psicologia

A atuação dos pais é também educativa, a forma com que os pais são ativos ou
não pode gerar consequências no comportamento infantil, mesmo que não
seja a intenção.

São os pais os responsáveis por legitimar conhecimentos e valores adquiridos


pelas crianças no seu processo de desenvolvimento civil. Exercem, portanto,
importante mediação na relação da criança com o mundo. A partir dos dois
anos a criança torna-se mais independente e autoconfiante, porém é
egocêntrica, cabe nesse momento o adulto ensinar a criança a “perceber” a
outra, por exemplo, em atividades cooperativas. Ensinar a dividir, que não deve
levar o brinquedo do amigo para devolver depois, que os brinquedos da creche
ela deve brincar somente lá. Evidente que para a criança ela deve levar o
brinquedo com ela, cabe aos cuidadores estabelecer a cooperação da criança;
ter uma conversa para colocar limite, chamar atenção não vai fazer com que
seu filho deixe de amar você. Quando você deixa de chamar a atenção da
criança por algo errado que ele fez, além de subestimar a inteligência da
criança, você está dando uma falsa sensação que ela pode fazer ou ter o que
quiser, podendo levar a criança a ter frustrações maiores, quando se deparar
com não.

92
O Bê - a - bá da Psicologia

Os pais devem lidar com o medo da reprovação dos filhos. É fundamental


colocar limites, pois isso é um ato de amor. Se isso não acontecer agora, mais
difícil vai ser na adolescência. Se você tiver dificuldades, não hesite em pedir
ajuda, de um terapeuta é melhor que aprenda a pôr limites na infância do que
contribuir para que a criança quando adulta tenha uma vida disfuncional.

A família e os primeiros cuidadores são fundamentais para todo ser humano,


porque são eles os primeiros contatos com a vida em sociedade, e é através
dela que a criança exteriorizará as emoções e aprenderá sobre a vida.
Portanto, é indispensável que os pais estejam preparados emocionalmente
para criar seus filhos com capacidade para reconhecer e identificar as próprias
emoções e sentimentos, pois desde a gestação todas as experiências vividas
por eles, farão para sempre parte deles. O cuidado e o carinho dos pais devem
acontecer desde a concepção, durante o parto e no nascimento, bem como,
crescer gradativamente durante a infância e adolescência, estreitando os laços
entre pais e filhos.

93
O Bê - a - bá da Psicologia

CLIQUE AQUI

94
Edileuza Lopes
CRP 06/155695

Sou uma entusiasta da Psicologia e através da minha profissão no trabalho com


palestras, E-book, cursos presenciais e on-line, Mentoria, treinamentos,
atendimentos clínico presencial e online, workshop, tenho procurado Empoderar
mulheres e impactar a vida das pessoas. Acredito em um mundo justo com
oportunidades iguais e trabalho diariamente por isso. Sou a favor das
tecnologias, mas defendo o uso digital consciente. Desde 2014, pesquiso o
impacto das tecnologias no comportamento humano, principalmente no
desenvolvimento infantil. Por isso me empenho em orientar a população sobre o
uso consciente das tecnologias (educativo/preventivo) e ofereço suporte no uso
abusivo (tratamento, cursos). Atuo em diversas áreas dentro da psicologia. As
minhas atuações envolvem a Psicologia voltada a mulher, aliás, eu tenho um
sonho. O sonho de ver as mulheres “julgadas” por sua personalidade, não pelo
seu gênero ou cor de sua pele. Para isso venho produzindo um trabalho que
traga reconhecimento como instituição de excelência no atendimento de nossos
clientes, na prestação de serviços em psicologia, na empatia e valorização do
ser humano. Por tanto, buscamos de forma constante o aprimoramento técnico-
científico dos nossos profissionais, tanto em psicologia e análise do
comportamento e atualização de técnicas.

www.psicoedileuza.com.br
psicoedileuza11@gmail.com
Contatos (11) 9.9525-0696 @psicologa.edileuza
95
O Bê - a - bá da Psicologia

QUIMIOTERAPIA

Elen Piccinini

96
O Bê - a - bá da Psicologia

Quando se fala em quimioterapia automaticamente


associamos ao câncer. A palavra câncer tem um
significado muito profundo na vida de uma pessoa
que recebe esse diagnóstico, tanto que uma das
maiores dificuldades das pessoas que são
diagnosticadas com câncer é falar o nome da
doença. Talvez o nome câncer ainda carregue
consigo uma construção cultural de uma doença
incurável que representa a finitude da vida.

Na atualidade há muitos recursos terapêuticos para


lutar contra a doença e sair vencedor no final do
processo. O tratamento para essa doença é extenso
e não acaba logo que se extrai o tumor, muitas
pessoas por não terem se preparado psciologica-
mente acabam se frustrando com a morosidade e
limitações emergentes.

Não é fácil receber um diagnóstico de câncer, por

97
O Bê - a - bá da Psicologia

mais forte que a pessoa seja, há um sentimento de injustiça, uma inquietação,


uma ansiedade que corrói ao ter que refletir sobre a fragilidade da vida. Muitas
pessoas não conseguem entender ou ainda ter ampla consciência sobre o que
é a doença quando lhe é dado o diagnóstico e somente no setting do
tratamento com a quimioterapia e no momento da infusão é que a pessoa se
confronta com seu estado real.

Para amenizar a dor emocional, muitos buscam ajuda psicológica para falar
sobre suas inquietações e sofrimentos que surgem durante o processo,
enquanto outros por acreditarem que são resistentes se negam a falar sobre
suas angústias.

No momento da quimioterapia as pessoas acessam suas fragilidades e sentem


a necessidade de amparo e proteção, afinal a partir deste tipo de tratamento
ela terá que entrar em contato com os efeitos colaterais físicos como dor de
estômago, ânsia, diarreia, cansaço, dor nas costas, queda de cabelo, aumento
do peso corporal ou emagrecimento, etc.

Para lidar com os desconfortos desse processo é fundamental se responsabili-

98
O Bê - a - bá da Psicologia

zar e assumir um compromisso com o tratamento e contar com o apoio de uma


equipe multidisciplinar para que as demandas sejam atendidas e os resultados
sejam positivos.

Como o tratamento é longo, não é incomum que o paciente entre em contato


com todas as emoções vivenciadas desde o início da descoberta da doença,
por isso o suporte psicológico é fundamental para o enfrentamento das perdas
que acontecerão durante o processo.

Fatores relacionados a autoestima, autonomia, liberdade, trabalho, valor


pessoal, adequação da rotina, desenvolvimento de novas habilidades e
capacidades de enfrentamento são questões que podem ser trabalhadas com a
psicoterapia.

Além do suporte médico é fundamental que a pessoa possa contar com o


apoio familiar no que diz respeito a atenção, prestatividade, conforto e
adequação a nova rotina.

Desenvolver a espiritualidade também contribui no processo de enfrentamento

99
O Bê - a - bá da Psicologia

e aceitação da realidade, além de solidificar forças e trazer inspiração para


construir um novo estilo de vida.

CLIQUE AQUI

100
Elen Piccinini
CRP 08/23188

Psicóloga, Treinadora de Inteligência Emocional


Sistêmica. Autora do livro Poemas Terapêuticos
e coautora do livro Mulheres Extraordinárias.

www.elenpiccinini.com
Elen Piccinini @elenpiccinini/
Contatos /elenpiccinini
101
O Bê - a - bá da Psicologia

RELACIONA
MENTOS

Bárbara Schmitt

102
O Bê - a - bá da Psicologia

Seja bem-vindo (a) ao incrível mundo de se


relacionar!

Que é importante se relacionar todos já sabemos,


mas verdadeiramente você sabe o por que nos
relacionamos? Por que algumas pessoas “buscam”
repetidamente, um mesmo perfil abusivo de
companheiro (a), amigo (a) e não conseguem sair
deste ciclo vicioso? São tantas perguntas, não é?

Vamos começar pelo início, onde o “Era uma vez”


possuía a sua magia. Imaginemos o dia do nosso
nascimento, uma criança tão vulnerável e indefesa
sendo posta neste mundão tão desafiador. Junto
com este nascimento, nasce também, uma mãe e
um pai. Talvez você que está lendo possa pensar,
“A minha vida está longe de ser um conto de fadas”
e eu lhe respondo “Nenhuma é, não existe família
perfeita”, até porque o significado de perfeição é

103
O Bê - a - bá da Psicologia

diferente para cada um de nós. Mas convido você a seguir o pensamento


comigo.

Às vezes podemos pensar “Eu não pedi para nascer, eu não quero ser isso ou
aquilo que depositaram em mim”. Antes mesmo de nascermos já carregamos
as expectativas das pessoas que farão parte da nossa história e muitas vezes
estas expectativas não serão as nossas escolhas, e “está tudo bem”. Só
precisamos identificar o que é nosso e o que foi posto em nós, sendo assim
passaremos a aprender a gerenciar este misto de emoções.

Os anos vão passando, a adolescência chega e com ela todos os conflitos que
são naturais da idade. Não somos mais crianças e nem somos adultos ainda.
Que momento difícil, não é? As emoções afloram e parece que tudo que nos
acontece, vai ser o fim do mundo. E realmente naquele momento é. Passamos
a ter como preocupação predominante a aceitação pelos grupos. Quando
sentimos que estamos deslocados, isso se torna devastador. Por que será que
é tão importante sermos aceitos, principalmente nesta fase? Penso que
justamente, por ser o momento em que buscamos a nossa individualidade,
estamos em busca de quais são os nossos desejos e vontades e precisamos

104
O Bê - a - bá da Psicologia

nos identificar com alguém. A busca pelo “igual” se dá através das amizades e
por isso a angústia por ter o mesmo tênis, a mesma calça e por aí vai.
Conseguiu recuperar um pouquinho, todo aquele sentimento vivido na
adolescência?

Bom, já passamos pela adolescência e suas turbulências e chegamos na vida


adulta. Como você está se sentindo agora que chegou na “melhor fase das
nossas vidas”! Não é o que dizemos quando desejamos a maior idade? Ficamos
ansiosos para sermos independentes. Como você se sente hoje? Vimos que na
fase anterior buscamos a identificação com “o outro” e agora? Algumas
pessoas passam a vida toda em busca de quem elas realmente são e muitas
vezes, por não obterem uma resposta, se apoiam em relacionamentos que
podem ser bem destrutivos. Quer saber quem você é? Busque se conhecer, a
resposta está dentro de você! Escolher com quem nos relacionamos é saber
quem somos e para onde queremos ir.

Convido você a continuar comigo nesta viagem para dentro de você, rumo as
nossas relações adultas, através do áudio que gravei para você! Nele trago as
dificuldades de se relacionar e dicas que irão lhe auxiliar.

105
O Bê - a - bá da Psicologia

CLIQUE AQUI

106
Bárbara Schmitt
CRP 07/27197

Psicóloga Clínica de Orientação Psicanalítica. Olá, seja bem-


vindo! Muitos problemas ocorrem por não compreendermos
nossos sentimentos e emoções. A dor emocional é um
sentimento incômodo de origem psicológica que pode gerar
tristezas, depressão e outras sensações desconfortáveis.
Assim como cuidamos do nosso corpo diariamente,
precisamos tomar medidas que garantam nosso bem-estar
emocional e mental. Meu trabalho é desenvolvido, por meio
da abordagem psicanalítica, através de uma escuta sensível,
auxiliando no enfrentamento de situações de dificuldades
emocionais e autoconhecimento. A melhor forma de tratar
uma ferida psicológica é procurando alguém que entenda
como descobrir as causas das dores e ajude na melhor
maneira de lidar com elas. Você não precisa enfrentar
sozinho! Reserve um momento para você. Você é prioridade!

(51) 9.9272-3328
@psicologabarbaraschmitt
Contatos barbaraschmittm@hotmail.com
107
O Bê - a - bá da Psicologia

SEXUALIDADE

Iramara Nogueira

108
O Bê - a - bá da Psicologia

É importante compreender que sexualidade é bem


diferente de sexo, no senso comum, muitas vezes
são considerados como sinônimos, mas na
realidade um não precisa vir acompanhado do
outro, pois o sexo é relativo as características do
homem e da mulher, e a sexualidade é uma
característica geral experimentada por todo ser
humano e não necessita de uma relação intensa
com o sexo.

A sexualidade é tudo aquilo que impulsiona a vida, é


a energia que move o ser humano para buscar suas
realizações, seu amor, seu prazer e seus sonhos. É
a forma de se relacionar com o mundo, com o outro
e consigo mesmo. A sexualidade é a energia que
influencia diretamente na vida do ser humano em
todos os aspectos, isto é, como se relaciona com as
pessoas, como se sente, se comunica, gesticula,
fala, age, toca, olha, se envolve com suas emoções,

109
O Bê - a - bá da Psicologia

seus afetos, seus sentimentos, seu prazer, seu carinho, seu desejo e tudo que
lhe dá prazer ou desprazer também está relacionado a sexualidade. Portanto, a
sexualidade é uma necessidade biológica e psicológica que impacta todo
campo da saúde física e mental. Considera-se três fatores importantes da
sexualidade que são: necessidade, prazer e desejo. A necessidade é biológica,
o prazer é físico e mental e o desejo refere-se a imaginação e a fantasia.

A forma como se relaciona com outras pessoas e consigo mesmo demonstra


que a sua sexualidade está voltada para a vontade de viver, de amar, de seguir
em frente ou não. Portanto, o termo “sexualidade” nos remete a um universo
onde tudo é relativo e pessoal, por ser o traço mais íntimo do ser humano se
manifesta diferentemente em cada indivíduo de acordo com a sua realidade e
as experiências vivenciadas.

Por ser uma abordagem ampla há várias concepções e crenças sobre


sexualidade, mas seja qual for a visão sobre o assunto, é interessante que se
possa manter uma relação de compreensão e aceitação de sua própria
sexualidade.

110
O Bê - a - bá da Psicologia

Ao pensar sobre a sua vida sexual, suas emoções, seus sentimentos ou


qualquer outro afeto, os quais de alguma forma estão causando inquietação
não hesite em procurar ajuda psicológica para maior compreensão de si e da
sua sexualidade.

CLIQUE AQUI

111
Iramara Nogueira
CRP 05/61371

Psicóloga, graduação e licenciatura em


Psicologia pela Sociedade Unificada de Ensino
Augusto Motta (Unisuam/RJ). Atuação na área
de Psicologia Clínica. Pós Graduação em
Psicopedagogia. Psicóloga Voluntária junto à
SEVIT (Secretaria de Estado de Vitimados do
Rio de Janeiro/RJ), atendimento as vítimas da
COVID-19.

(21) 9.7650-4924
@psi_iramaranogueira
Contatos psi.iramaranogueira@gmail.com
112
O Bê - a - bá da Psicologia

TRANSTORNOS

Gleice Sathie Koshikene

113
O Bê - a - bá da Psicologia

Atualmente, problemas relacionados à saúde


mental têm se tornado cada vez mais comuns em
todo o mundo, somente no Brasil estima-se que 23
milhões de pessoas sofram com algum tipo de
transtorno mental. Segundo o relatório (2019) da
OMS (Organização Mundial da Saúde), o Brasil é o
país mais ansioso do mundo, com 9,3% da
população sofrendo de ansiedade, e o quinto em
números de casos de depressão, atingindo 5,8% da
população. Esses dados alarmantes apontam para a
necessidade de darmos a devida atenção à saúde
mental não só cuidando dela da mesma maneira
que cuidamos da nossa saúde física, mas também
abrindo espaço para se falar sobre saúde
emocional.

Neste texto vamos abordar a ausência de saúde sob


a perspectiva dos transtornos psicológicos, um
tema que ainda envolve muitos tabus, falta de
conhecimento e preconceitos.

114
O Bê - a - bá da Psicologia

Transtorno mental ou psicológico (doença mental, distúrbio psicológico, entre


outras nomenclaturas) são condições de saúde caracterizadas por alterações
relevantes no humor (emoções), nos comportamentos e nos pensamentos,
podendo também afetar as funções cognitivas e desencadear manifestações
psicossomáticas (sintomas físicos e/ou problemas orgânicos).

Essas alterações interferem significativamente na vida da pessoa acometida


pelo transtorno podendo causar prejuízos em vários aspectos, por exemplo na
execução das atividades do dia a dia, no relacionamento com outras pessoas,
no desempenho no trabalho ou estudo, na habilidade de lidar com problemas e
na capacidade de sentir prazer.

Os transtornos mentais se apresentam de várias formas. Alguns são leves e


interferem de maneira limitada na vida cotidiana, outros são graves,
incapacitantes, e o paciente necessita de cuidados especiais. Alguns casos
podem durar uma fase, enquanto outros podem durar por toda vida.

Qualquer pessoa em algum momento da vida pode manifestar sinais de


sofrimento psíquico e desenvolve um transtorno mental independentemente de

115
O Bê - a - bá da Psicologia

idade, sexo, status social, situação financeira, etnia, religião e orientação


sexual, uma vez que todo ser humano passa por eventos estressores que
geram desequilíbrio (traumas, perdas, problemas, conflitos, decepções e
frustrações).

Isso não quer dizer que toda vez que você passar por uma situação difícil vá
adoecer, mas essas situações podem funcionar como um gatilho para o
surgimento de algum transtorno mental, dependendo da intensidade do
sofrimento e das suas condições emocionais e psicológicas.

Além do evento estressor e das características de personalidade, outros


determinantes contribuem para o surgimento do transtorno mental, a história
de vida, os valores, a rede de apoio, o meio em que a pessoa está inserida e
suas condições de vida atuais. Fatores biológicos também são determinantes
no desencadeamento do transtorno (carga genética, alterações no
funcionamento do cérebro e algumas doenças orgânicas). Portanto, podemos
afirmar que os transtornos mentais não têm uma causa específica, mas são
resultado de uma combinação de fatores: psicológicos, biológicos e
socioculturais.

116
O Bê - a - bá da Psicologia

Caso desconfie que você, ou uma pessoa próxima, possa estar sofrendo com
algum tipo de transtorno mental, procure um psicólogo ou um psiquiatra,
somente um profissional de saúde especializado poderá realizar o diagnóstico
e propor o tratamento adequado.

CLIQUE AQUI

117
Gleice Sathie Koshikene
CRP 06/64963

Psicóloga, graduada pela Faculdade de


Psicologia da Universidade Presbiteriana
Mackenzie. Especialista em Psicologia Clínica
pela PUC-SP. Realizou pesquisa na área de
psicossomática e se especializou em
psicopatologia. Atua como Psicóloga Clínica há
19 anos atendendo crianças, adolescentes e
adultos segundo o enfoque psicanalítico.

(11) 9.8261-5678
@gleicesathie.psi
Contatos gleicesathie.psi@gmail.com
118
O Bê - a - bá da Psicologia

UNIVERSITÁRIOS

Kaite Anne Barroso Prado

119
O Bê - a - bá da Psicologia

A universidade é um momento especial, é um


acontecimento significativo na vida de muitos, esse
período coincide com um período do
desenvolvimento marcado por mudanças
importantes, é um momento estratégico no ciclo
vital que pode representar o início da trajetória
profissional de sucesso, estabilidade financeira e
crescimento pessoal.

Todas as pessoas são dotadas de emoções, como:


medo, angústia, raiva, tristeza, amor, alegria que
estão acopladas aos nossos sonhos, expectativas,
obrigações. Há sempre o desejo de conciliar tudo
isso com todas as responsabilidades atuais e às
vezes parece impossível, pois pouco a pouco a
intensidade do nosso descontentamento aumenta,
causando-nos prejuízos em algum campo da nossa
vida.

Nesse momento há impacto social e acadêmico na

120
O Bê - a - bá da Psicologia

vida do universitário, como por exemplo novas rotinas de sono, de


alimentação, novas demandas de organização de tempo, estratégias de
estudos, novos grupos de amigos, além de ampliar anseios e desejos. Essa
vida extremamente ativa e agitada impacta na saúde física e mental. Alguns
conseguem se adaptar facilmente à nova rotina, porém, essas mudanças são
fatores que influenciam negativamente na qualidade de vida para outros,
causando sofrimento psicológico que são manifestados de diversas formas,
tais como: evasão acadêmica, dificuldade de aprendizagem, estresse,
ansiedade, raiva, frustração, dependência química, depressão, desânimo,
procrastinação, sentimento de culpa, relacionamentos interpessoais
conflituosos e insatisfatórios, vínculos de amizades instáveis e prejudiciais,
bem como o próprio isolamento, o distanciamento familiar, entre outros.

O processo psicoterapêutico permite organizar todas essas emoções por meio


do autoconhecimento, da auto aceitação e compreensão dos motivos que
levam você a tomar determinadas decisões ou a repetir comportamentos. A
saúde mental é responsável pelos resultados daquilo que você vive, certo? Se
existe uma ou mais áreas da vida que não vão bem, é bem provável que
existam fatores internos que precisam ser repensados.

121
O Bê - a - bá da Psicologia

Ao contrário que muitos pensam a psicoterapia não é apenas para quem está
em sofrimento emocional, muitos acreditam que é sinônimo de fraqueza ou
que só é indicada para pessoas com graves transtornos mentais, na verdade, a
psicoterapia é para quem busca o autoconhecimento para entender melhor
quem é, e como lida com os próprios sentimentos.

E você universitário, já parou para avaliar como anda a sua saúde mental e
como está sua qualidade de vida? Talvez seja hora de buscar o
autoconhecimento por meio da psicoterapia.

122
O Bê - a - bá da Psicologia

CLIQUE AQUI

123
Kaite Anne Barroso Prado
CRP 20/01983

Psicóloga, formada pela Universidade Luterana


do Brasil (Ulbra-Canoas-RS), Especializada em
Psicologia Clínica e Saúde Mental: álcool e
outras drogas. Com 20 anos de atuação na área
da psicologia clínica infantojuvenil, avaliação
psicológica e orientação profissional.

(92) 9.8196-3939
@psicologa.kaiteprado
Contatos kaite.prado@gmail.com
124
O Bê - a - bá da Psicologia

VIOLÊNCIA

Michela Manenti Machado

125
O Bê - a - bá da Psicologia

A violência está presente desde os mais antigos


relatos sobre a humanidade, foi um meio de
dominar e conquistar povos, vencer guerras, foi
usada como forma de repreender e punir. Na
sociedade atual, pode-se encontrar as seguintes
violências: violência urbana, violência institucional,
discriminação, adoção ilegal, bullying, ciberbullying,
exposição de nudez sem consentimento (sexting),
aliciamento sexual, pornografia infantil, tortura,
trabalho infantil, trabalho escravo, violência
familiar, violência entre parceiros íntimos.

Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde)


violência é o uso de força física ou poder, em
ameaça ou na prática, contra si próprio, contra
outra pessoa ou grupo que resulte ou possa
resultar em sofrimento, morte, dano psicológico,
prejuízo no desenvolvimento ou algum tipo de
privação.

126
O Bê - a - bá da Psicologia

Considerando a forma como acontece, os principais tipos de violência são:

Física – são considerados desde empurrões até agressões que causem


ferimentos no corpo ou morte.

Psicológica – humilhações, chantagem, insulto, isolamento (não poder ter


contato com a família ou amigos), ridicularização, impedir de sair ou usar
determinadas roupas.

Moral – acusar de algo que não fez, xingar na presença de amigos, inventar
coisas sobre a pessoa para outros.

Sexual – forçar a presenciar ou participar de relação sexual não desejada,


por coação, ameaça ou uso da força; assim como impedir de fazer uso de
métodos contraceptivos, obrigar a casar, engravidar, abortar ou se
prostituir.

Financeira e patrimonial – destruir ou manter em posse os documentos


pessoais, instrumentos de trabalho, queimar ou rasgar fotos e objetos
pessoais, controlar os gastos e obrigar a prestar contas e destruir os bens.

127
O Bê - a - bá da Psicologia

O agressor está na rede de relacionamentos, pode ser: marido ou esposa, pai


ou mãe, padrasto ou madrasta, irmã ou irmão, sogro ou sogra, professor ou
professora e mesmo os colegas da escola ou vizinhos.

Tanto quem pratica quanto quem sofre violência pode ter a oportunidade de
superar estas situações e viver de forma saudável e com maior equilíbrio
emocional. O psicólogo é um dos profissionais que pode auxiliar nessas
situações, procure apoio e tratamento, já existem serviços em todos os
municípios para essa finalidade.

128
O Bê - a - bá da Psicologia

CLIQUE AQUI

129
Michela Manenti Machado
CRP 12/01905

Psicóloga, graduação pela Universidade do Vale


do Itajaí - UNIVALI. Psicoterapeuta EMDR e
Brainspotting. Atua nas áreas Clínica e da
Saúde Coletiva nas quais auxilia pessoas a
alcançarem qualidade de vida e transformação
através da superação de traumas.

(47) 9.9669-0130
@psicologamichelam
Contatos psicologamichela@gmail.com
130
O Bê - a - bá da Psicologia

XENOFOBIA

Elen Piccinini

131
O Bê - a - bá da Psicologia

Você sabe o que é xenofobia?

Aparentemente parece uma coisa estranha, mas


certamente você já acessou este conhecimento no
seu dia a dia.

Xenofobia é um conjunto de intenções populares


que buscam justificar as leis e ações de
intolerância, ódio e até violência física ou psíquica
contra imigrantes, e podemos encontrá-la em todos
os países.

Há quem esboce nojo, raiva, humilhe e trate de


forma hostil uma pessoa pelo simples fato dela ter
nascido em uma outra cultura e estar vivendo fora
do seu país de origem.

A xenofobia e o racismo são construções culturais


que se originam em posturas cotidianas e que

132
O Bê - a - bá da Psicologia

muitas vezes são transmitidos de forma transgeracional, no seio familiar,


exaltando que a sua "raça ou nacionalidade" é melhor do que as outras.

No mundo globalizado no qual vivemos, as pessoas viajam para os mais


diversos lugares do mundo podendo optar por morar fora do seu país de
origem, seja em busca de mais segurança pessoal ou financeira, ou
simplesmente por simpatizar com o clima ou a beleza de outro lugar.

O fato é que em uma nação, nem todas as pessoas acabam enxergando o


estrangeiro com um regime de igualdade, acabam por esquecer os princípios
de humanidade, principalmente se o país em que vivem estiver passando por
algum tipo de crise econômica interna.

Se o país estiver vivenciando maus bocados, as pessoas xenofóbicas tendem a


se sentir injustiçadas, acreditando que estão perdendo oportunidades de
trabalho para os imigrantes.

Outras questões como o aumento da criminalidade e do desemprego também


são gatilhos que disparam comportamentos xenofóbicos pois muitas pessoas

133
O Bê - a - bá da Psicologia

acreditam que a origem de todos os percalços sociais estão associados ao


aumento da imigração.

Os imigrantes por outro lado sofrem com a discriminação, violência e o


preconceito na própria pele. E por se sentirem intrusos, mesmo que vitimados
acabam se silenciando e não relatando os maus tratos sofridos tanto os físicos
quanto os psicológicos, desenvolvendo baixa estima e diminuição da
autoconfiança.

Os comportamentos de passividade e a imparcialidade desses imigrantes


acabam por permitir que a violação da dignidade humana continue
instaurando um processo de naturalização da violação e dos maus tratos
contra os estrangeiros.

Somente quando a pessoa busca entender e ter clareza sobre quais são os
seus direitos ela consegue ter voz e resgatar seu poder pessoal e bancar as
consequências dos seus feitos.

Sem denúncias não há comprovações estatísticas da necessidade dessas

134
O Bê - a - bá da Psicologia

pessoas, só quando se torna público esse tipo de violação é que as políticas


públicas podem desenvolver projetos e corrigir erros culturais e olhares que
colocam barreiras quanto a igualdade entre os seres humanos.

O psicólogo pode ajudar de várias maneiras desde a comunicação para que ela
seja assertiva e tenha resultados expressivos no manejo com as pessoas e
saiba reivindicar seus direitos, bem como ajudar a melhorar a autoconfiança,
autoestima, aprender a gerenciar suas emoções como a raiva, discordância,
sentimento de impotência, frustração, etc.

Socialmente o psicólogo pode ajudar com Psicoeducação conscientizando as


pessoas e a sociedade sobre a história de cada povo, hábitos e costumes e
trazer à tona os impactos que a exclusão pode gerar na vida de um
estrangeiro.

135
O Bê - a - bá da Psicologia

CLIQUE AQUI

136
Elen Piccinini
CRP 08/23188

Psicóloga, Treinadora de Inteligência Emocional


Sistêmica. Autora do livro Poemas Terapêuticos
e coautora do livro Mulheres Extraordinárias.

www.elenpiccinini.com
Elen Piccinini @elenpiccinini/
Contatos /elenpiccinini
137
O Bê - a - bá da Psicologia

ZELO NA
MATERNIDADE

Aline Araújo de Queiroz

138
O Bê - a - bá da Psicologia

Você se considera uma pessoa zelosa?

As mães em geral costumam ser a figura que


dispensa maior cuidado e proteção na vida da
criança, são elas que na maioria das vezes perdem
o sono para cuidar dos pequenos quando ficam
enfermos e quando são recém-nascidos chegam a
acordar durante a noite para ver se estão
respirando. Lembro do dia em que meu primeiro
filho estava sendo picado por um mosquito, meu
ódio sobre aquele inseto foi algo que nunca
esqueci, senti como uma fera predadora atacando o
meu filho precioso a quem eu desejava que nunca
sofresse qualquer mal. Talvez você conheça
alguém, ou seja, a pessoa que faz de tudo para
proteger um filho.

O significado de filho é particular e está ligado às


expectativas dos pais e a história do nascimento da

139
O Bê - a - bá da Psicologia

criança. O psicólogo é o profissional mais indicado para ajudar a família a


entender os aspectos emocionais positivos e negativos que estão por trás do
zelo, desde o excesso de cuidados, como ocorre com a limpeza exagerada, até
o desleixo. Quando o zelo está além ou aquém das necessidades da criança,
ela tem seu desenvolvimento prejudicado.

Na falta de zelo a criança não é atendida em suas necessidades de afeto,


alimentação, atenção, higiene e segurança, ela vive o abandono emocional e se
torna órfã de pais presentes, experimentando assim, a sensação de
desamparo. O resultado da escassez de cuidado poderá levar a criança a
desenvolver baixa autoestima, depressão, medo, insegurança, desconfiança,
sentimento de culpa, agressividade entre outros. Por outro lado, o zelo
demasiado é o cuidado que sufoca, que impede a criança de aprender com os
próprios erros e desenvolver autonomia, refletindo em vários aspectos da vida
da criança, tais como:

Fisicamente: vulnerável a alergias, a baixa de anticorpos deixa a criança


mais suscetível a doenças, além de ter mais chance de quedas devido a
carência de atividades psicomotoras como pular, saltar e escalar.

140
O Bê - a - bá da Psicologia

Cognição: provável dificuldade na aquisição da leitura/escrita e na


resolução de problemas, criança pouco investigativa, curiosa e criativa.

Afetivamente: fragilidade emocional, baixa tolerância à frustração, pouca


autonomia, insegurança, medos, depressão e maior risco de suicídio.

Socialmente: criança tímida, passiva, com dificuldade de expor e defender


suas ideias ou excessivamente confiante, autoritária, não se submete a
regras.

Cada caso é único e somente o psicólogo poderá definir o tratamento mais


adequado. No áudio a seguir você receberá dicas e informações extras.

141
O Bê - a - bá da Psicologia

CLIQUE AQUI

142
Aline Araújo de Queiroz
CRP 20/08859

É psicóloga, neuropsicóloga e musicista, exerce


a psicologia clínica desde 2014 e atualmente
dedica-se aos relacionamentos afetivos,
maternidade, paternidade e conflitos familiares.
É pós-graduanda em musicoterapia e faz
formação em psicanálise, terapia familiar e de
casal e constelação familiar sistêmica.

(92) 9.9603-6970
@aline10psi
Contatos aline10psi@gmail.com
143
MENSAGEM FINAL

Espero que esta Cartilha tenha sido útil e possa ter esclarecido para você
sobre as diversas formas que um Psicólogo pode te ajudar, em diferentes
demandas e contextos.

Em nome de todos os autores, gostaria de deixar aqui nosso agradecimento


especial ao Psicólogo Bruno Rodrigues, idealizador do curso Marketing para
Psicólogos, por ter nos permitido esse encontro e por incentivar a construção
de materiais como esse, para que possamos levar a Psicologia ao alcance de
cada vez mais pessoas.

E por fim, eu gostaria de agradecer à todos os alunos, que tiveram dedicação,


disponibilidade e paciência, para aqui compartilhar suas experiências. Juntos
somos mais fortes!

144
E você leitor (a), caso tenha interesse ou sinta necessidade de buscar ajuda de
um Psicólogo, aqui nesta cartilha, você tem acesso a profissionais incríveis e
que estão à disposição para te acolher e te ajudar da melhor maneira possível.
Sinta-se à vontade para entrar em contato com cada um deles e entender
como podem te auxiliar nesse processo.

Um grande abraço a todos!


Wilyane Vieira

145
Buscar ajuda de um
Psicólogo, é também
um cuidado
COM A SUA SAÚDE
MENTAL.

Você também pode gostar