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Dinheiro
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Nota: Para outros significados, veja Dinheiro (desambiguação).
O dinheiro é na sua aparência mais imediata o meio usado na troca de bens,
podendo fazê-lo na forma de moedas (pedaços de metal amoedados
e cunhados, isto é, marcados por desenhos, letras e números), notas
(cédulas de papel, igualmente desenhadas e escritas), ou, como atualmente,
sinais elétricos carregados de informação, chamados bits. Vê-se assim como
dinheiro e moeda se confundem; sendo que as moedas - quando mais físicas
são - mais obscurecem que esclarecem o que este é realmente. Isso porque o
que o dinheiro é essencialmente é um signo. E um signo representativo de
valores, que é a informação que este signo carrega. Estes valores
representados no dinheiro são os das coisas (bens e serviços) que se
desprendem dos homens nos impessoais mercados, mas também e
principalmente os valores dos compromissos, dívidas e créditos, que os
homens estabelecem entre si desde sempre, ou desde muito antes
dos mercados.

Índice

• 1Dinheiro nas economias monetárias


• 2História passada do dinheiro
o 2.1Origem e evolução do dinheiro
o 2.2Dinheiro nas Comunidades antigas (5000 a.C. a VIII
a.C.)
o 2.3Dinheiro nos Impérios axiais (VIII a.C. a VI d.C)
o 2.4Do ouro ao dinheiro de papel (VI d.C. a XVI d.C.)
o 2.5Do dinheiro de papel ou moeda fiduciária
• 3Dinheiro e economia hoje
• 4Cultura
• 5Ver também
• 6Referências
• 7Bibliografia
• 8Ligações externas
Dinheiro nas economias monetárias
John Maynard Keynes

As economias modernas, capitalistas, são essencialmente monetárias;[1] isso


significa dizer que o conjunto das relações sociais é mediado pelo dinheiro. O
dinheiro não apenas media compras de bens e serviços, mas media a
obtenção de trabalho, as decisões das famílias de gastar ou poupar, e as
importantes decisões empresariais - de produzir, investir, ou especular. As
decisões empresariais como um todo visam obter mais dinheiro do que o
dinheiro inicial. Decisões de produzir implicam utilizar a capacidade produtiva
existente, de investir implicam em aumentar essa capacidade, o que só é feito
se e quando há elevadas expectativas de ganho. Os capitalistas investem o
dinheiro que têm, ou mesmo tomam dinheiro emprestado dos bancos ou o
conseguem junto a acionistas, se as expectativas de retorno pagam com sobra
os juros dos bancos e os dividendos dos acionistas. Mas eles podem também
usar o dinheiro de que dispõem (e o que conseguem obter com bancos
e acionistas) para aplicar financeiramente eles próprios. Ou seja, não
necessariamente o dinheiro tem de ser gasto por eles. Assim sendo, ao
contrário do que pensam alguns economistas desde Jean Baptiste Say, o
dinheiro não serve apenas para facilitar as trocas, e aquele não gasto na troca
por bens de consumo das famílias não será automaticamente usado pelos
capitalistas na compra de bens de investimento. Economistas
como Marx, Keynes, Kalecki, Schumpeter, entre outros heterodoxos,
chamaram a atenção quanto a isso - que o dinheiro pode se ausentar da
produção e assim gerar crises, pois o dinheiro não gasto equivale a máquinas e
equipamentos parados e mão de obra desempregada.
Sendo o dinheiro um signo de valor que serve para exprimir os preços das
coisas, ele próprio não necessita ser uma coisa. Ou seja, não é dinheiro
apenas o que é uma mercadoria produto do trabalho e sujeita a escassez como
as outras, ainda que isso tenha acontecido em alguns momentos da história
(ver adiante). Não é regra que o dinheiro seja aquela mercadoria que no
confronto com as demais torna-se a mais aceita por razões de praticidade. Os
economistas que pensam o dinheiro como mercadoria derivam suas teorias de
um idílico estado primitivo de escambo. Para estes economistas ser mercadoria
garante ao dinheiro ter estabilidade - essencial em algo que serve de medida.
Os economistas que pensam o dinheiro como signo também dão importância
para a estabilidade de seu valor, mas esse valor é de saída estipulado pelos
governantes que o administram, e eles o fazem controlando as taxas básicas
de juros que funcionam como preço do dinheiro, ou quão mais caro ou barato é
consegui-lo. Esses economistas são filiados mais ou menos diretamente à
escola da moeda como oriunda do Estado de Knapp.[2]

O dinheiro é um grande símbolo de poder.

Os Estados nacionais têm nas moedas nacionais a sua mais


importante instituição. Garantir que a moeda que produzem seja a que
efetivamente os cidadãos usam como dinheiro é fundamental para sua
credibilidade política. Usar a moeda como dinheiro implica usá-la como meio de
troca (compra e venda de bens e serviços), como reserva de valor (poupança e
aplicações financeiras) e, fundamentalmente, como unidade de conta
(expressão dos preços, definidora de valores nos contratos, signo generalizado
de registro de débitos e créditos). Moedas fracas podem perder uma ou mais
destas funções para uma moeda estrangeira. Só um governo enfraquecido
permite o enfraquecimento de sua moeda e corre sério risco de deixar de ser
governo, e ainda pode colocar em risco a nação que governa. Isso aconteceu,
por exemplo, no período de entre guerras na Alemanha quando a derrota
na Primeira Guerra Mundial e o peso das reparações de guerra, fora o pano de
fundo sócio-cultural, ameaçava a sustentação política da nação como um todo
e levou a moeda nacional a uma desvalorização brutal junto à hiperinflação.
Contudo, estão equivocados os economistas que julgam que para manter o
valor estável da moeda nacional, e os preços sobre controle, devem ser
impostas aos governo rígidas regras que os impeçam de emitir dinheiro
demais. Os governos emitem dinheiro, na forma de suas moedas (de papel ou
eletrônicas), toda vez que fazem um gasto e creditam algum valor nas contas
comerciais de algum cidadão ou empresa. Contra esse crédito é realizado um
débito na conta do governo no seu Banco Central. O financiamento dos gastos
do governo nunca é um problema - em território nacional -, como acreditam os
que desconhecem que o dinheiro é uma criatura do Estado. Isso não significa
que não seja absolutamente relevante que a sociedade controle como, quando
e onde gastam seus governos, o que podem e devem fazer por meio das
discussões orçamentárias (onde se define, por exemplo, se mais ou menos
recursos devem ir para educação ou propaganda). Contudo, o controle
quantitativo do total dos gastos dos governos, com vistas a garantir finanças
públicas ditas "equilibradas", parte em geral da má compreensão de que os
governos gastam a partir do que arrecadam de seus cidadãos e empresas na
forma de impostos.[3]
Robin herói medieval

Impostos são essenciais para distribuir a renda entre os cidadãos mas não o
são para financiar os gastos dos governos.[4] De fato, os Estados ao longo da
história, tornaram a sua moeda hegemônica justamente por definirem que seus
impostos deveriam ser obrigatoriamente pagos nelas.[5] Ou seja, a parte da
riqueza ou do produto do trabalho dos cidadãos que os Estados reivindicam
para si se são exigidos nesse signo, a moeda estatal, em vez de bois ou trigo
(como nos filmes de Robin Hood) as pessoas precisam da moeda do Estado, o
que acaba por torná-la a mais aceita para cumprir as funções de dinheiro.
Se por alguma limitação auto-imposta a emissão pura e simples de moeda para
financiar o gasto público não for possível, os governos podem recorrer a
uma quase-moeda, os títulos de dívida pública. Tanto moeda quanto títulos são
signos de dívida, quem os carrega tem consigo um documento que vale um
pagamento em bens e serviços. Se a moeda é a forma mais líquida do
dinheiro, como salienta Keynes, os títulos públicos - que podem ser resgatados
por dinheiro sempre que o governo quiser - garante a
estes liquidez semelhante à daquele, com a vantagem de que mantê-los rende
juros. Por isso, estes títulos sempre terão compradores no mercado. "Forças de
mercado", ou mais explicitamente, pressões políticas de certos grupos de
interesses, podem pressionar estes juros para cima, mas um governo soberano
e voltado às demandas sociais em primeiro plano, deve e pode contê-las.
Se a moeda nacional cumpre, em condições normais, o papel de dinheiro no
território da nação, o papel de dinheiro mundial será disputado pelas nações
mais ricas e poderosas. Ou seja, os países mais ricos - aqueles que produzem
bens e serviços mais sofisticados e valiosos podendo concorrer em melhores
condições que os outros - e mais poderosos - aqueles que têm poder político,
cultural e bélico para subjugar outros - têm também as moedas mais
desejadas, mais usadas nas compras e vendas e na denominação dos
contratos ao nível global. A depender das circunstâncias de época os países
cooperam e concorrem entre si de diferentes maneiras, sustentadas por
diferentes acordos monetários globais. Estes acordos definem normas para a
troca de moedas, câmbio, para as aplicações financeiras e movimentação de
capitais entre países. No século XIX a Inglaterra impôs o seu padrão-ouro ao
mundo; no pós segunda guerra os acordos de Breton
Woods garantiram câmbio fixo entre as moedas e algum controle sobre bancos
em suas operações nacionais e globais. Em 1971 os Estados
Unidos abandonaram unilateralmente com estes acordos; dos anos 80 em
diante, o dólar se mantêm como dinheiro mundial ainda que à custa de muita
instabilidade.

História passada do dinheiro

Livro onde o dinheiro aparece com uma "fábula compartilhada" que sustenta sociedades.

A história do dinheiro está absolutamente ligada à história das primeiras


comunidades humanas e à sua necessidade de construir, como chama Yuval
Harari, "fábulas compartilhadas". Em seu livro Sapiens, Harari defende o
mesmo que outros tantos historiadores e antropólogos (Graeber os elenca em
seu livro acima citado): que o dinheiro é antes de qualquer coisa uma ideia,
uma instituição social que toma diferentes formas em diferentes momentos da
história humana.
Se sabemos que o mercado e o Estado são também instituições que convivem
entre si ainda que disputem ao longo dos séculos e milênios a primazia sobre a
outra, sabemos que o dinheiro não precisa ser procurado na história como uma
criatura exclusiva do mercado - o que faz muitos economistas a apelarem para
a fábula do escambo como sendo sua origem. Nesta indivíduos soltos do
tempo e no espaço só se relacionariam entre si pelos produtos do seu trabalho,
e a comparação de todos as coisas que trocassem entre si faria com que uma
delas assumisse naturalmente o papel de dinheiro. Trata-se pois de uma
compreensão de dinheiro como mercadoria, pois este surgiria do fato de que
algumas delas apresentariam características físicas (como durabilidade e
divisibilidade) que as tornariam mais procuradas do que as outras para as
representarem e avaliarem seu valor.
Sociedades muito antigas, em torno de 5000 anos, conforme a minuciosa
pesquisa de David Graeber em seu Debt: the first 5000 years, criaram meios de
registrar seus acordos e compromissos que envolviam dívidas e créditos (ou
cessão antecipada ou postergada de bens e serviços) fossem acordos entre os
membros de uma mesma comunidade (de mesmo status ou de status
diferentes), fossem com membros de outras comunidades, e mesmo com seres
imaginários. Estes compromissos se davam dentro de grupos familiares -
sendo os principais, o casamento, o nascimento e a morte - ou envolviam toda
a comunidade - como expedições e guerras.
Origem e evolução do dinheiro
As primeira formas de moeda foram registros das dívidas uma vez feitos num
objeto qualquer - esculpido numa pedra ou num pedaço de madeira -, circulava
entre os membros da comunidade, sendo trocado diversas vezes por bens
equivalentes antes que fosse resgatado pela dupla original de credor-devedor.
Isso significa que qualquer coisas aceita como passível de representar outras
poderia ser moeda-dinheiro. Ao mesmo tempo, fora das comunidades cujas
relações se davam entre conhecidos, onde as penalidades pelo mau
comportamento - não pagamento de uma dívida que faria determinado registro
perder seu valor - viriam de uma forma ou de outra, é aceitável que coisas com
valor em si mesmo - como as mercadorias ouro e prata, feitas para serem
comercializadas - pudessem ser preferidas como dinheiro. Isso porque no caso
de pessoas e grupos sociais que não convivessem de perto, ou que não
tivessem relações reiteradas no tempo, o que é mais comum no comércio, o
valor intrínseco desses metais funciona como um seguro - uma vez que não se
consiga trocá-lo pelo que está escrito nele, sempre se pode derretê-lo.

Escambo - onde o dinheiro surgiria naturalmente da troca de coisas com coisas.

Assim é que, segundo Graeber, "o dinheiro é quase sempre algo que paira
entre uma mercadoria e um símbolo de dívida",[6] sendo portanto estas duas
dimensões, as duas faces da mesma moeda. Ainda assim, pelas ponderações
históricas e geográficas que apresenta, Graeber, apoiado em extensa
bibliografia, mostra que a face dinheiro-crédito/título de dívida predominou no
tempo e no espaço sobre a face dinheiro-mercadoria. Onde as relações
envolviam laços fortes de camaradagem e vizinhança, ou mesmo
uma exploração direta mas que não retirava o explorado (servilizado ou
escravizado) de seu contexto comunitário, o dinheiro de crédito preponderava -
mesmo convivendo com o dinheiro mercadoria na troca com párias dentro da
comunidade (pessoas consideradas inferiores e mau pagadores) ou
comunidades estranhas (o que inclui o enfrentamento do risco devido a baixa
confiança).
Se a origem do dinheiro pouco tem a ver com a "fábula do escambo" - onde
quem pescasse mais peixe do que o necessário para si e seu grupo trocava
este excesso com o de outra pessoa que tivesse plantado e colhido mais milho
ou o que fosse - ela também não pode ser reduzida ao "mito da dívida
primordial" - onde somos eternos devedores do deus que nos deu a vida, e
assim respeitamos a autoridade de quem define o que vai ser a moeda e qual o
seu valor, como será o Estado adiante na história.

Na Pedra da Roseta há indicações do dinheiro como mero registro pois que o faraó "anulou os
débitos que numerosos egípcios e o restante do reino tinham com relação à coroa".

Longe desses modelos idealizados encontramos indícios do dinheiro


mercadoria mais ligado ao comércio e iniciativas privadas e do dinheiro signo
mais ligado ao poder central (dos "pagé" das tribos, passando pelos
administradores dos templos egípcios, aos Bancos Centrais na atualidade)
coexistindo ao longo da história. Se se tem a impressão de que o dinheiro foi
desde sempre mercadoria (antes dos metais, o gado ou o sal, por exemplo) é
porque os metais brilharam excessivamente no passado da humanidade. Ou
seja, o dinheiro amoedado em metais como cobre, prata ou ouro, é mais fácil
de encontrar que os registros de operações de débito e crédito em frágeis
pergaminhos. Contudo, descobertas como a Pedra da Roseta conseguiram
mostrar como o dinheiro aparece, e desaparece, num simples num édito
faraônico que ordena a anulação de certas dívidas. Isso não significa que a
pesquisa sobre o dinheiro como notação tenha por base apenas esses
comprovantes materiais; pelo contrário, os principais elementos para essa
pesquisa são as palavras, os hábitos e costumes que duraram milênios (como
a escravização por dívida ou seus impedimentos, bem como os impedimentos
ou estímulos à prostituição), os documentos que provam as revoltas quando
das crises de dívidas que super expropriavam as famílias e as festas quando
ocorria o contrário, os grandes perdões onde se "quebravam as tábuas" onde
eram registradas.
Dinheiro nas Comunidades antigas (5000 a.C. a VIII a.C.)
As primeiras formas de dinheiro nasceram dentro das comunidades mais que
em suas franjas (onde uma comunidade se relaciona com outra) e por isso
eram mais ligadas aos registros de dívida que a algo comercializado. As provas
mais cabais remetem à civilização Suméria em torno de 3500 a.C. A prata
física era utilizada, mas como unidade a qual se conferia um equivalente em
produto (um "siclo de prata equivalia a um bushel de cevada",[7] seu valor não
emergia de transações comerciais entre os sumérios todos em livres mercados,
mas da necessidade da burocracia (sacerdotes, oficias, administradores de
templos e palácios) de "rastrear os recursos e transferir itens entre
departamentos".[8] Essa prata não era cunhada e sequer circulava muito, sendo
a maioria das transações meramente registradas, e canceladas, com todo tipo
de bens.

Bíblia fala sobre o Jubileu - perdão generalizado de dívidas.

Um registro importante das formas antigas de dinheiro são as revoltas quando


do acúmulo de dívidas e as festas quando de seu cancelamento. As revoltas se
seguiam o elevado endividamento forçava à escravidão "excessiva" (quando
um grupo familiar perdia muitos membros e por muito tempo impedindo a sua
reprodução material). A destruição dos registros das dívidas eram comum nas
civilizações antigas como ainda ocorre com frequência nos nossos dias,
apenas no passado era feita de modo mais ritual, em grandes festas onde se
"quebravam as tábuas", ou se queimavam os papiros e pergaminhos. [9] Entre
documentos históricos onde se encontram referências as cerimônias de perdão
de dívidas está a Bíblia, que vai além pois refere-se também à sua
institucionalização - ou estipulação de regras de como, quando ou onde deveria
ocorrer. É o caso da Lei do Jubileu, citada em Deuteronômio e Levítico, que
mencionam que a cada 7 anos todas as dívidas deveriam ser canceladas, e a
cada 50 propriedades deveriam ser devolvidas, bem como pessoas deveriam
ser libertadas.
Embora seja arriscado dividir a história como se em cada fase reinassem
incólumes tais ou tais formas de vida, relações de produção e valores culturais,
ainda assim uma divisão um tanto grosseira pode ajudar a ver como o dinheiro
mudou de forma e de conteúdo. No geral, nas sociedades sem mercado e
Estado desenvolvidos, o dinheiro era, como tudo mais, muito ligado à
pessoalidade (e aos status das pessoas dentro de uma comunidade) e não a
impessoalidade (e a coisificação das próprias pessoas) como nas sociedades
modernas. O dinheiro-dívida frequentemente marcava o que não podia ser
pago com coisas, e por isso mantinha as pessoas ligadas por laços
inquebráveis, sendo por isso chamadas dívidas de sangue.Pode-se dizer que o
dinheiro antigo marcava relações de inequivalência entre pessoas, enquanto o
dinheiro moderno marca a relação de equivalência entre coisas.
Também pode ajudar a pensar a história passada do dinheiro a partir de um
ponto de ruptura crucial com o passado comunal, que foi a centralização
do poder nos grandes impérios que se organizaram militarmente, e que se
expandiram graças a dinâmica entre militarização, escravização e taxação que
tinha na moeda cunhada seu principal dispositivo operacional. Estes impérios,
que dão as bases para a civilização moderna no Oriente e no Ocidente, são os
da Lídia (Grécia), da Índia e da China.
Dinheiro nos Impérios axiais (VIII a.C. a VI d.C)
Entre os anos de 800 a.C e 600 a.C teve lugar em três diferentes regiões do
globo - nos territórios mais ou menos correspondentes às atuais Grécia, Índia e
China - fenômenos comuns ainda que com distintas causas e consequências),
são eles: fratura política seguida de caos social, emergência de novas
ideias/religiões de base mais popular, exércitos profissionais e cunhagem de
moeda por governos centralizados. Há pistas na história [8] de que tudo isso
esteve relacionado às crises devido ao super endividamento das populações
com os segmentos proprietários que foram concentrando terras e forçando a
uma cada vez maior servidão por dívida. Sem condições de sobrevivência, de
acesso à terra e aos familiares para a trabalharem, indivíduos saiam das
comunidades e se organizavam militarmente, abandonando de vez os laços
que estavam a perder de sangue e posição. O poder das famílias aristocráticas
proprietárias será confrontado por um novo movimento que adentrará ao
Estado, fazendo uso do poder dos exércitos organizados e da moeda cunhada.
A facilitação do acesso à moeda possibilitará à população a quitação de dívidas
sem perdas de membros e terras. A cunhagem punha fim assim a servidão por
dívida, viabilizava o campesinato, o exército do Império, e mesmo alguma
participação popular no poder. Tudo isso, por sua vez, às custas da
escravização dos vencidos pelo Império militar.[8]
Antigo denário Romano.

As moedas cunhadas, com brasões dos governantes e símbolos numéricos,


passaram a circular muito mais que no passado pois os governos exigiam que
elas fossem utilizadas nos pagamentos de impostos (como ocorre também nos
nossos dias, dando aos governos o poder de senhoriagem, ou de produtor
monopolista da moeda que todos precisam usar). Que sua importância tivesse
a ver com ser essa moeda de ouro ou a prata (metais raros e valiosos) não é o
mais provável, pois primeiro essa monetização das trocas tem de "pegar" (ser
aceita por todos) para então a demanda por metais crescer. O mais provável é
que primeiro venha o exército gastando os soldos (pagamento dos soldados)
recebidos pelo Estado por onde que que ande a conquistar/invadir; depois vem
a aceitação dessa moeda estatal por parte daqueles que estão sendo
subjugados a pagarem impostos e a fazerem-no nesta moeda; aí então vem a
necessidade de material físico para a cunhagem, que serão os metais obtidos
graças a escravização dos invadidos.[10]
Pesquisadores como Karl Polanyi, Mitchell Innes, Michael Hudson, entre
outros, destacam essa proximidade entre escravismo, militarismo e moeda
estatal, como estando por trás do fortalecimento de uma economia mercantil e
impessoal no Mediterrâneo, China e Índia - uma vez que a demanda
generalizada por esta moeda cujo curso foi forçado pelo poder (bélico inclusive)
do Estado fazia com que as pessoas se envolvessem cada vez mais em
transações monetárias. Se, por um lado, isso trouxe um novo vigor à vida
econômica, trouxe novamente, ainda que de forma diferente, as crises devidos
ao acúmulo de dívidas que, não perdoadas, implicavam perda de condições
objetivas de vida. Sendo assim, as revoltas terão lugar novamente e cada um
dos grandes Impérios perecerá cada um ao seu modo. No caso europeu, o fim
do Império Romano será também o fim da moeda estatal, ainda que ela
continuasse a circular por séculos.
Do ouro ao dinheiro de papel (VI d.C. a XVI d.C.)
Falando exclusivamente da Europa - berço da civilização moderna Ocidental e
do Capitalismo como modo de produção que transformará o dinheiro em capital
- pode-se dizer que o dinheiro amoedado de um governo forte central
desapareceu durante toda a Idade Média. De fato, mesmo que moedas de ouro
e prata romanas ainda circulassem, não eram usadas no cotidiano nem das
populações citadinas (bastante diminuídas nesse período) nem das numerosas
populações rurais; e mesmo nas transações mais robustas do comércio de
curta distância e longa distância o ouro, prata e cobre utilizados valiam como
tais e não pelo brasão que ostentavam. Assim, do mesmo modo como o poder
esfacelou-se no mundo feudal, as moedas circulantes eram inúmeras e, na
prática, foram subjugadas novamente pelo dinheiro de crédito que servia muito
bem às comunidades reduzidas, mais uma vez, aos seus laços de proximidade
e consanguinidade.

O ouro encanta e confunde.

A decomposição feudal foi lenta e se deu principalmente: pela transformação


do trabalho obrigado dos servos nas terras de domínio dos senhores em
prestações pagas em gêneros ou dinheiro, o que estimulou a retomada do
cálculo pessoal e a luta pelo trabalho livre e propriedades camponesa; e pela
retomada do comércio, reativação das feiras, do artesanato no âmbito
das corporações citadinas, e da vida urbana em geral[11]. O dinheiro ligado ao
comércio, e a uma mercadoria em particular, volta à cena. Mas esta retomada
do comércio ocorre numa sociedade em revolução interna, tendo lugar algo
como um capitalismo mercantil que dribla as proibições morais, religiosas e
legais (que proibiam a chamada usura, ou cobrança de juros dos endividados)
que sempre rondaram o dinheiro e ele passa a ser negócio como nunca antes.
Nesse caso, certificados em papel de depósitos de itens de comércio nos
portos (como cargas de especiarias ou escravos), de jóias e bens de luxo em
lojas de penhores, de quantidades de ouro e prata em casas que os
seguravam, passaram a ser aceitos/negociados em bancas de trocas que
deram origem aos bancos. Além disso, essa mobilização de diversos tipo de
moedas privadas acontece ao mesmo tempo que o renascimento dos Estados.
Desta vez, pequenos (se comparados a dimensão territorial dos antigos
impérios) estados nacionais se formam quase simultaneamente na Europa,
menos ligados a etnias, castas e exércitos e mais ligados a classes e seus
negócios (exércitos ficam mas sob mando dos poderes/burocracias do Estado).
A moeda estatal passa a ser novamente central. Um governante (rei ou
presidente) não pode precisar de um dinheiro que não emita, não pode dever a
um banqueiro privado qualquer, mas ao seu próprio (o Banco Central Holandês
e o Inglês nascem já no século XVII).
Os Estados modernos passaram a cunhar novamente moeda em metal - em
ouro as de maior valor, em prata e cobre as de valores menores - mas
rapidamente passaram a emitir papel-moeda que, a depender da época,
sequer necessitavam de assegurar um lastro em metal (como o fez a Suécia no
em 1660). O importante era produzir a moeda nacional como instituição
fundamental da nação. Essa moeda, desde então, carrega acima de tudo um
nome, e as moedas privadas (bancárias) devem ser nomeadas pelo mesmo, e
reguladas pela autoridade central.
A partir do século XVII, o dinheiro que já havia existido como registros
regulados por regras sociais há 5000 anos, volta a se parecer menos como o
material de que é feito e mais as regras que o criam, o fazem circular, o
associam a diferentes formas de contratos, apostas e outras operações
internas e externas aos países, e por fim as regras cambiais que dizem
respeito as trocas das moedas nacionais entre si.
Do dinheiro de papel ou moeda fiduciária
Na passagem do dinheiro-mercadoria ao dinheiro-dívida de papel, houve muito
tumulto público, e discussão teórica, sobre a insegurança para a reprodução da
vida econômica graças aos poderes que bancos, públicos e privados,
ganhavam com isso.

Primeiro bilhete de banco, emitido pelo Banco do Brasil em 1810.

Os temores quanto aos poderes dos criadores de moeda por vezes faziam com
que economistas, políticos e cidadãos defendessem a manutenção de lastro ou
conversibilidade entre as notas de papel e os metais. Os economistas
mantiveram embates vigorosos desde o século XV, entre Bulionistas e
Antibulonionistas, Metalistas e Chartalistas, Currency School e Banking
School, até chegar ao século XX com os debates
entre Monetaristas e Institucionalistas.[12] Em geral, todas elas têm a ver com as
desconfianças em torno dos poderes da moeda fiduciária - todo papel ou título
público cuja aceitabilidade se dá apenas por fidúcia, credibilidade, e não por
ser conversível a algum metal (ouro, prata) com valor intrínseco.

Bitcoin, a primeira cripto moeda

É fato que governos e bancos podem abusar de seus poderes de criação de


moeda fiduciária, e, pior, podem produzi-la em excesso justamente quando não
é o caso - como os bancos nas fases de prosperidade a fim de lucrar mais, o
que os fazem dar créditos a negócios insólitos ou mesmo dirigir recursos novos
a riqueza já existentes, criando as famosas bolhas -; ou quando os governos
fazem o oposto e reduzem o gasto/produção de moeda nas fases de baixa da
economia, o que só reforça esse movimento levando a crise e ao desemprego.
Mas a melhor gestão da moeda não é conseguida atrelando-a a um bem
escasso qualquer - seja o ouro, escasso por natureza, seja o Bitcoin, escasso
por planejamento de seus criadores.
De fato, é impossível retirar do dinheiro sua dimensão política. E com o
dinheiro de papel (e o eletrônico depois dele) isso fica mais evidente. Se em
determinados períodos da história, um ou mais países mantiveram relações de
paridade e conversibilidade com algum metal (como durante vários períodos da
história européia e em particular durante a vigência do padrão Libra-ouro na
Inglaterra do final do século XIX e início do XX), isso se deveu a um
estratagema para se manter a confiança necessária na moeda, e, por tabela,
no Estado. Estratagema esse que previa também a sua suspensão, caso
necessário (como também ocorrera na Inglaterra com a Lei de Restrição
Bancária de 1797, quando as trocas de notas por ouro foram proibidas por
mais de 20 anos). Mas mesmo que a conversibilidade em ouro seja apenas um
artifício usado numa ou outra época (o foi novamente no padrão Dólar-ouro no
pós segunda -guerra), ela imprimiu uma marca no imaginário popular que,
ainda hoje, cidadãos desconfiados dos super poderes do Estado e/ou bancos e
todo o sistema financeiro, pleiteiam-no como necessário e suficiente para os
regular.
Essa atitude é não só compreensível quanto necessária, o problema é que a
crença em algo natural que se imponha aos embates político-econômicos pode
eximir os cidadãos de uma ação política mais pertinente de controle desses
poderes.[13][14] Como dizia Lerner, a adoção da conversibilidade, só faz com que
o Estado se ausente da prerrogativa de regular a moeda.[15] Do mesmo modo, a
crença em regras draconianas de controle do gasto público é algo popular, uma
vez que parece às populações um meio de controle de políticos e governos
auto-interessados, quando o ideal seria controlá-los nos embates
orçamentários, pela definição do que deverão ser os gastos e pelo controle de
sua realização.
Em resumo, ao longo de sua longa história o dinheiro foi se tornando cada vez
mais o que era em sua essência, algo virtual. Ou seja, o dinheiro vai se
estabelecendo historicamente como aquilo que sempre foi, uma ideia
ou significado abstrato que é incorporado num significante concreto (as
moedas do que quer que seja). Pode-se dizer assim que o dinheiro é uma
ideia. Uma ideia abstrata que se concretiza pelas regras que a fazem operar
entre os humanos. Mas acima de tudo, o que essa ideia carrega são os
compromissos concretos assumidos entre os humanos no tempo. Assim, como
dizia Keynes[16] na sua Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda, o
dinheiro é elo entre o presente e o futuro, e isso não apenas porque simboliza
apostas privadas sobre valorização futura deste ou daquele ativo ou itens de
riqueza, mas porque compromete os homens a produzi-los.

Dinheiro e economia hoje


Atualmente, as novas tecnologias de transmissão dos pagamentos em meio
eletrônico tornaram os significantes físicos do dinheiro desnecessários. Fica
cada vez mais evidente que dinheiro é representante da riqueza criada ou por
criar (daí crédito e dívida) e nesse sentido ele não tem nada a ver com algo que
se entesoura, como as moedas ou mesmo muitas das cripto-moedas que se
tornaram ativos especulativos. Afinal, algo que se entesoura e contra o que
se especula (se fazem apostas) é um ativo financeiro.

Wall Street Bubles - Keppler 1901

A complexidade em entender o que é, e o que pode ser, o dinheiro na


atualidade deriva em grande parte da complexidade do sistema financeiro
atual. Os mercados de futuros que tornam bens materiais objetos de apostas,
elas mesmas tornadas papeis negociados, segurados, e nos quais são
baseados outros papeis, os derivativos em geral baseados em ações, créditos,
operações sem qualquer materialidade, foi o que levou a dimensão virtual do
dinheiro às alturas. O potencial crítico desse sistema é (como sempre foi no
passado) o endividamento excessivo. Mas não o dos Estados, como em
propagandeiam os interesses dominantes sempre que não sejam eles os
beneficiados pelas emissões públicas. Esta dívida, cujo passivo são os ativos
das pessoas e empresas, é bem vinda, e tem, na prática, nos anos finais do
século passado e neste, salvado a economia mundial. O endividamento que
preocupa é o dos mais frágeis cujo efeito é a perda de bens reais, sejam eles
cidadãos, sejam países (vide o caso da Grécia na crise do Euro).
À complexidade atinente ao sistema financeiro, pode-se acrescentar a
complexidade de uma economia-mundo bastante integrada, ainda que uma
integração marcada pela desigualdade, para explicar porque é tão difícil
entender hoje o dinheiro. Nesse ambiente, é curioso como alguns países têm
vivenciado a transformação de créditos de telefone em moeda. [17]
No que diz respeito à teoria econômica o renascimento das teses
de Keynes, Lerner, Minsky e outros pelos autores da chamada Teoria
Monetária Moderna, Warren Mosler, Randall Wray, Bill Mitchell, Sthephanie
Kelton , tem trazido novo fôlego às discussões, particularmente por explicarem
como o discurso neoliberal fundado na necessidade de diminuir o Estado, entre
outras coisas criminalizando a dívida pública e insistindo nas antigas teses
da Teoria Quantitativa da Moeda do excesso de dinheiro em circulação como
causa da inflação, não encontra mais sustentação desde a crise de 2008. No
Brasil, duas publicações recentes merecem destaque: o livro de André Lara
Rezende "Juros, moeda e ortodoxia - Teorias monetárias e controvérsias
políticas" e o livro de Enzo Gerioni, David Deccache, Julia Ozzimolo, Daniel
Conceição, e Fabiano Dalto, "Teoria monetária moderna: A chave para uma
economia a serviço das pessoas".

Cultura

“ ”
Dinheiro compra tudo, até amor verdadeiro!

O dinheiro influencia a arte de diversas formas.


No cinema, alguns filmes de bancos, sistema financeiro, crises bancárias,
como por exemplo:

• Le Capital, Costa-Gavras
• The big Short, Allan McKay
Na música, podem-se destacar alguns exemplos:

• 1406 pela banda Mamonas Assassinas


• Money pela banda Pink Floyd
• Money, Money, Money pela banda ABBA
• Money por Michael Jackson
• Money (That's What I Want) canção de Barrett
Strong

Ver também
• Banco central
• Cofre
• Criação monetária
• Dinheiro de emergência
• Economia
• Economia solidária
• Educação financeira
• Moeda
• Moeda privada
• Nota
• Notafilia
• Numismática
• Sistema bancário livre
• Sistema financeiro
• Teoria de Jacques Attali sobre a atitude perante o
dinheiro ao longo da história

Referências
1. ↑ KEYNES, John Maynard (1930). Teatise on money. New
York: Harcourt, Brace and company.
2. ↑ KNAPP, Georg Friedrich (2003). The State Theory of
Money. San Diego: Simon Publications
3. ↑ GERIONI et all, Enzo (2016). Teoria monetária moderna:
A chave para uma economia a serviço das pessoas. Rio
de Janiero: Nova Civilização.
4. ↑ GRAEBER, David (2016). Dívida - os primeiros 5000
anos. São Paulo: Tres estrelas
5. ↑ KELTON, Stephane (2020). The Deficit Myth: Modern
Monetary Theory and the Birth of the People's Economy.
New York: Public Affairs
6. ↑ GRAEBER, David (2016). D'vida - os primeiros 5000
anos. São Paulo: Tres estrelas. p. 100
7. ↑ GRAEBER, David (2016). Dívida - os 5000 primeiros
anos. São Paulo: Tres Estrelas. p. 55
8. ↑ Ir para:a b c GRAEBER, David (2016). Dívida - os primeiros
5000 anos. São Paulo: Três Estrelas. p. 55
9. ↑ FINLEY, Moses (1960). Slavery in Classical Antiquity:
Views and Controverses. Cambridge: W.Heffer and Sons.
10. ↑ INGHAM, Geoffrey (2004). The Nature of Money.
Cambridge: Polity Press
11. ↑ BEAUD, Michael (1987). História do capitalismo de 1500
a nossos dias. São Paulo: Brasileinse
12. ↑ SAYAD, João (2915). Dinheiro, dinheiro: Inflação,
desemprego, crises financeiras e bancos. [S.l.]: Portfolio-
Penguin Verifique data em: |ano= (ajuda)
13. ↑ DOWBOR, Ladislau (2017). A Era do Capital
Improdutivo (PDF). São Paulo: Autonomia Literária
14. ↑ VAROUFAKIS, Yanis (2016). O Minotauro global – A
verdadeira origem da crise financeira e o futuro da
economia. São Paulo: Autonomia Literária
15. ↑ LERNER, Jaime. «Money as a creature of the
state». American Economic Review, 37.: 312-317 line feed
character character in |jornal= at position 26
(ajuda); Verifique data em: |acessodata= (ajuda);
16. ↑ KEYNES, John Maynard (1996). Teoria Geral do
Emprego, do Juro e da Moeda (PDF). Rio de Janeiro: Nova
Cultural
17. ↑ VICKERY, Matthew (17 outubro de 2017). «O 'país'
africano que caminha para ser o primeiro do mundo a
abolir o dinheiro». Consultado em 22 junho de 2021

Bibliografia
• Barracho, Carlos. Lições de psicologia
Económica. Instituto Piaget. Lisboa. 2001
• DOWBOR, Ladislau (2017). A Era do Capital
Improdutivo (PDF). São Paulo: Autonomia
Literária
• FINLEY, Moses (1960). Slavery in Classical
Antiquity: Views and Controverses. Cambridge:
W.Heffer and Sons.
• GRAEBER, David (2016). Dívida - os primeiros
5000 anos. São Paulo: Três Estrelas.
• HARARI, Yuval (2011). Sapiens: Uma Breve
História da Humanidade. São Paulo: L&PM.
• KEYNES, John Maynard (1930). Teatise on
money. New York: Harcourt, Brace and company.
• KEYNES, John (1996). Teoria Geral do Emprego,
do Juro e da Moeda. São Paulo: Nova
Cultural. [1]
• KELTON,, Stephane (2020). The Deficit Myth:
Modern Monetary Theory and the Birth of the
People's Economy. New York: Public Affairs. 272
página
• KNAPP, Georg Friedrich (2003). The State
Theory of Money. San Diego: Simon Publications.
• POLANYI, Karl (1971). Trade and Market in the
Early Empires. Gateway.
• RESENDE, André Lara Juros (2017). Juros,
moeda e ortodoxia - Teorias monetárias e
controvérsias. São Paulo: Companhia das Letras.
• VAROUFAKIS, Yanis (2016). O Minotauro global
– A verdadeira origem da crise financeira e o
futuro da economia. São Paulo: Autonomia
Literária.

Ligações externas

O Commons possui imagens e outros ficheiros sobre Dinheiro

O Wikiquote possui citações de ou sobre: Dinheiro

O Wikcionário tem o verbete dinheiro.

• Instituto de Finanças Funcionais para o


Desenvolvimento - https://iffdbrasil.org/

• A História do Dinheiro pelo Banco Central do


Brasil
• Linguistic and Commodity Exchangesby Elmer G.
Wiens. Examines the structural differences
between barter and monetary commodity
exchanges and oral and written linguistic
exchanges.
• Pecúnia Libertária, vídeo explicativo sobre a
liberdade trazida pela moeda, na Fonft

[Esconder]
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ologia• Economia matemática

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