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INSTRUMENTOSDE MENOR POTENCIAL OFENSIVO

INTRODUÇÃO

A natureza dos conflitos globais e nacionais mudou. As guerras estão sendo


travadas em cidades, o que requer novas doutrinas de combate e tecnologias
seletivas capazes de atuar em objetivos definidos sem expor a população civil. A
violência urbana coloca a aplicação da lei em risco e requer treinamento e materiais
adequados para agir de maneira eficaz e humana, apoiada pelo uso de tecnologia
não letal.
As mudanças culturais têm exigido muito trabalho das autoridades de
segurança em termos de atualização constante e busca de novos conceitos e
métodos de trabalho. Essas mudanças conceituais incluem a crescente busca por
formas de obedecer às leis que respeitem a integridade física das pessoas e
causem menos dor e sofrimento aos infratores. Leis nacionais e internacionais
regulamentam o uso da força para direcionar as ações de policiais e padronizam
para reduzir a taxa de mortalidade de medidas de segurança pública.
O objetivo deste artigo é apresentar os Instrumentos de Menor Potencial
Ofensivo, que compreendem o conjunto de técnicas, instrumentos, equipamentos,
armas e munições que são especificamente concebidos para reduzir a probabilidade
de causar morte ou lesão permanente: enfraquece ou incapacita temporariamente
pessoas.

2. CONCEITOS

2.1 Instrumentos com menor potencial ofensivo (IMPO)


Os instrumentos com menor potencial ofensivo são instrumentos
especialmente concebidos para pessoas com baixa probabilidade de morte ou
lesões permanentes, para acomodar, debilitar ou incapacitar temporariamente
pessoas.
2.2 Técnicas com menor potencial de ataque (Te MPO)
Série de procedimentos utilizados em intervenções que requerem o uso da
força, através da utilização de instrumentos com menor potencial de ataque, com o
intuito de salvar vidas e minimizar danos humanos integridade.
2.3 Dispositivos com menor potencial de ataque (EMPO)
Qualquer dispositivo ou produto, para uso individual (PPE) ou coletivo (EPC),
tem como objetivo reduzir riscos à integridade física ou à vida dos agentes de
segurança pública.
2.4. Armas / munições com menor potencial ofensivo (AMPO / Mu MPO)
São especialmente concebidas e / ou utilizadas para conter, enfraquecer ou
incapacitar temporariamente, salvar vidas e minimizar danos à sua integridade.
2.5 Armas de baixa letalidade
"Armas especialmente desenvolvidas e utilizadas para incapacitar /
enfraquecer pessoas ou materiais e ao mesmo tempo minimizar a morte, lesões
corporais permanentes, danos materiais indesejáveis e danos ambientais". (Allen
Holmes - Subsecretário de Estado da Defesa dos Estados Unidos, na Segunda
Conferência de Defesa Não-Letal na Virgínia, 1996).

6. USO TÁTICO IMPO

Pode ser usado para obter efeitos incapacitantes ou debilitantes /disruptivos.


Os efeitos incapacitantes interrompem a habilidade operacional / de combate do
autor,
causando confusão mental, reações corporais involuntárias, distúrbios musculares.
Os exemplos são o uso de pistolas de liberação de eletrodo energizado
(Taser ou Spark) e o uso de produtos químicos OC (Pepper) ou CS (gás
lacrimogêneo) em uma concentração eficiente. Os efeitos debilitantes /
perturbadores baseiam-se principalmente na dor, desconforto ou inquietação que
reduzem a capacidade de lutar/ trabalhar do atacante. Temos como exemplos o uso
de Agentes Químicos OC (Pimenta) ou CS (Gás Tear) em munições com
concentração perturbadora e impacto controlado.

AGENTES QUÍMICOS

Os conflitos sociais ao longo da história levaram o homem a desenvolver


gradualmente novas armas para atingir seus objetivos. Assim nasceu em o uso de
agentes químicos como armas de combate que, segundo documentos históricos,
datam de 31 a.C, onde em ainda eram usados de forma rudimentar, os agentes
foram aprimorados até os dias atuais. Novas substâncias foram descobertas como
armas poderosas, de forma que em algumas situações foram preponderantes para a
vitória.
O uso de agentes químicos como armas menos letais tornou-se
imprescindível diante da demanda social pelo respeito aos direitos humanos,
agentes químicos também se tornaram muito importantes como recursos táticos
dentro da técnica do uso seletivo da força, de modo que seu uso também proíbe o
uso de arma de fogo, quando a agressão para pará-la requer uma reação parte de
parte da polícia.

Definição

Toda substância que, por sua atividade química, produza, quando empregada
para fins militares: um efeito tóxico, fumígeno ou incendiário. Tóxico: Substância
nociva ao organismo e que produz alterações físicas e/ou psíquicas diversas,
podendo causar sérias modificações de comportamento, além de, comumente, gerar
dependência. (Novo Aurélio, O Dicionário da Língua Portuguesa, Século XXI – Ed.
Nova Fronteira). Fumígeno: Que produza fumaça.
Incendiário: Que provoque incêndios em materiais inflamáveis.

CLASSIFICAÇÕES DOS AGENTES QUÍMICOS:

 Quanto ao seu Estado Físico Sólido, líquido ou gasoso.


 Quanto à sua Classificação Básica:
 TÓXICOS: GASES, compreendendo todos aqueles empregados contra
pessoal;
 FUMÍGENOS: os que por queima, hidrólise ou condensação, produzam
fumaça
ou neblina;
 INCENDIÁRIOS: aqueles que gerando altas temperaturas, provocam
incêndios em materiais combustíveis.
Quanto ao seu Emprego Tático De acordo com o destino, ou a finalidade à qual se
prendem, podendo ser:
 CAUSADORES DE BAIXAS: os que, por seus efeitos sobre o organismo
humano, produzem a morte ou incapacitação prolongada do oponente;
 INQUIETANTES: agentes de efeitos leves e temporários, porém
desagradáveis,
que diminuem a capacidade combativa/operativa do oponente;
 INCAPACITANTES: agem sobre as funções psíquicas do homem,
ocasionando confusão mental e desordem muscular;
 FUMÍGENOS: podendo ser de Cobertura ou Sinalização;
 INCENDIÁRIOS: aqueles que produzem fogo.

Quanto à sua Ação Fisiológica:

 SUFOCANTES: Irritam e inflamam o Sistema Respiratório; VESICANTES:


agem principalmente sobre a pele, causando a necrose do protoplasma das
células;
 NEUROTÓXICOS: inibidores de colinesterases, agem sobre o Sistema
Nervoso;
 HEMATÓXICOS: agem sobre o sangue;
 VOMITIVOS: chamados pelos alemães de “Maskenbrecker”, atuam sobre o
nariz, garganta e sistema nervoso, causando tosse espasmódica, espirros,
náuseas e
vômitos, acompanhado de debilidades físicas e mentais, que pode durar até
três horas;
 LACRIMOGÊNEOS: agentes que atacam os olhos e as vias aéreas
superiores,
causando lacrimejamento abundante e grande desconforto;
 PSICOQUÍMICOS: os que agem sobre as funções físicas e mentais do
combatente, causando grande confusão mental, perda do equilíbrio e da
coordenação motora.

PROPRIEDADES DOS AGENTES QUÍMICOS:


Concentrações: Eficiente: quando atinge o objetivo proposto. Letal: quando causa
a morte do combatente. Inquietante: quando causa a incapacitação temporária do
oponente.
Dosagens: Letal Média: quando ocorre o óbito em 50% do pessoal exposto.
Média de incapacitação: quando ocorre a incapacitação temporária em pelo
menos 50% do pessoal exposto.

CARACTERÍSTICAS DOS AGENTES QUÍMICOS:


 Toxidez Capacidade relativa dos agentes químicos de agirem sobre o
organismo e produzirem inquietação ou morte.
 Efeito Acumulativo
Diz respeito à incapacidade do organismo em absorver e eliminar um
determinado agente químico. Quando a dose de um agente químico num organismo
for superior a sua quantidade de absorção e eliminação, os efeitos se produzirão em
um ritmo superior ao de desintoxicação e tornar-se-ão acumulativos.
 Persistência
É o tempo em que um agente permanece em concentração eficiente, no
ponto
em que foi lançado.
A Persistência varia de acordo com as propriedades físicas e químicas do
agente, que por sua vez encontram-se na dependência de fatores comuns, tais
como: o método de dispersão, a quantidade de agente lançado, a temperatura do ar,
a velocidade do vento, a vegetação, a natureza do solo e a topografia do terreno.

MÉTODOS DE DISPERSÃO DO AGENTE QUÍMICO:


POR COMBUSTÃO:
As granadas de emissão lacrimogêneas: GL301, GL302, GL 303, GL309,
GL310, GL300/T, GL300/TH:
POR ESPARGIMENTO:
Os tubos espargidos, dos grupos Aerossol CS e OC, Espuma OC e Gel OC:
POR EXPLOSÃO:
As granadas explosivas: GL30, GL 305, GL307, GL308, GL700, GB70,
GB705, GB707, GB708, GA100, GM100, GM101 e GM102
 NOVAS TECNOLOGIAS DE EMISSÃO DE CS E OC
Granadas Aerossol OC e CS, Rápida dispersão (0,3 segundos) – GL 120
 Granada lacrimogênea de emissão instantânea GL311 CS e GL312 OC

PRINCIPAIS AGENTES QUÍMICOS LACRIMOGÊNEOS


CLOROACETOFENONA
Foi muito utilizado na Primeira Guerra Mundial e logo depois passou a ser
usado para treinamentos e operações de Controle de Distúrbio Civis. Foi proibido o
uso nos Estados Unidos em 1960. No Brasil deixou de ser fabricado pela empresa
CONDOR Não Letais em 1985 e em 199 foi proibida sua utilização pelo Exército
Brasileiro. Além dos efeitos lacrimogêneos causava efeitos nauseantes e vomitivos
quando em maior exposição.

CS ORTOCLOROBENZILMALONONITRILO

Gás lacrimogêneo (do latim lacrima = lágrima) é um nome genérico dado a


vários tipos de substâncias irritantes da pele, olhos (pode causar cegueira
temporária) e vias respiratórias, tais como o brometo debenzilo, ou o gás CS (o
clorobenzili de nomalono nitrilo). O uso crescente do gás lacrimogêneo pela polícia e
exército como arma de "controle de multidões" deve-se ao fato de, supostamente
capaz de remover multidões.
Os primeiros estudos clínicos mostraram que o gás causava irritação e mal
estar e em concentração controlada era incapaz de deixar marcas ou causar óbitos.
Por isso era chamado de arma "não letal". Porém, em crianças de colo o efeito pode
ser consideravelmente perigoso. Sua fórmula varia. Pode ser, por exemplo, cloro
acetona (CH3–CO–CH2–Cl), bromo acetona (CH3– CO–CH2–Br) ou acroleína
(CH2=CH–COH). O CS é mais forte que o CN, porém desvanece mais rápido.
Símbolo: CS. Histórico: A sigla CS identifica o agente químico empregado no
controle de tumultos em maior evidência nos últimos anos.
É formado pelas iniciais de dois cientistas, B.B. Carson e R.W. Stoughton,
que o sintetizaram pela primeira vez em 1928. Por sua eficácia, substituiu com
vantagem, os demais agentes lacrimogêneos (tais como o CN e o Bromoacetato de
Etila). Desde 1959 é o agente padrão para controle de distúrbios do Exército
Americano, que o empregou com sucesso, nas operações de combate no Vietnã (o
CS foi largamente empregado pelos soldados americanos nos túneis utilizados como
esconderijos pelos norte vietnamitas, a fim de dificultar sua reocupação pelo
inimigo). Odor: Lembra a pimenta.
Produto da hidrólise: Há um mito que diz que a reação o transformava em ácido
clorídrico, porém, falso. Ação sobre o organismo: Dosagem letal média – 25.000
mg/min m3 Dosagem média de incapacitação – 1020 mg/min m3
Ação sobre os olhos: 1 à 5 mg min/m3.
Efeitos Fisiológicos: Os efeitos do CS são fisiologicamente marcantes, mesmo em
baixas concentrações. Seus efeitos inquietantes são sentidos imediatamente e
perduram por até 10 minutos, após o indivíduo exposto ter sido conduzido para local
descontaminado.
Durante esse período, a capacidade combativa do oponente é diminuída
sensivelmente em virtude do grande desconforto físico causado pela exposição ao
agente, que se traduz em contração involuntária das pálpebras, lacrimejamento
abundante, corrimento nasal e ardência nas partes úmidas do corpo, além ainda de
náuseas, vômitos, tonturas e torpor, quando de exposições severas.
Atenção: Pelos efeitos ora descritos, conclui-se que o agente não deve ser
utilizado nas proximidades de hospitais, escolas ou asilos. Insolúvel em água e
solúvel em cloro metileno.
Período de descontaminação: até 10 minutos.
Proteção: Uniforme Militar Completo (Gandola Manga Longa), Máscara contra
gases, capuz e luvas táticas.

MEDIDAS DE DESCONTAMINAÇÃO PESSOAL


(Gás Lacrimogêneo):
Dermal: Voltar-se contra o vento (funcionará como um descontaminante
mecânico, retirando as partículas que estiverem sobre a epiderme);
Lavar a área afetada com água corrente em abundância e se possível, com o
auxílio de um sabão neutro; Polvilhar nas áreas afetadas materiais absorventes, tais
como talcos e farinhas (medida indicada somente para agentes lacrimogêneos no
estado líquido);
Aplicar nas áreas afetadas, uma solução de bicarbonato de sódio, na seguinte
proporção: três colheres de chá de bicarbonato de sódio para um litro de água;
Aplicar nas áreas afetadas pomadas suavizantes, a base de Caladrina (Caladryl).
Sendo que este tipo de medida produz efeitos meramente paliativos, pois irá
somente amenizar, de maneira temporária, a sensação de ardência na pele úmida;
Aplicar nas áreas afetadas, pomadas anestésicas, à base de prilocaína e/ou
Lidocaína (este método, a exemplo do anterior, não pode ser considerado na
verdade como um descontaminante, pois somente anestesiará as áreas afetadas);
Procurar auxílio médico (caso nenhuma das medidas apresentadas acima
diminuam ou aliviem os efeitos causados pela exposição excessiva ao agente
químico, a vítima deverá ser conduzida de imediato a um serviço de atendimento
médico especializado).
Ocular: Voltar-se contra o vento (a aeração promove a descontaminação: o
vento contra os olhos funcionará como um descontaminante mecânico, retirando as
partículas que estiverem sobre a superfície do globo ocular); Lavar os olhos com
água corrente em abundância (a água se encarregará de retirar mecanicamente, as
partículas de agente que porventura se encontrem sobre a superfície ocular,
trazendo alívio aos olhos);
Aplicar nos olhos, compressas com uma solução de ácido bórico (água
boricada), Bol. Geral PM 198/89 (além de descontaminante, esta medida tem
também, um caráter antisséptico, sendo talvez, a mais recomendada para a
descontaminação ocular); Instilar nos olhos, colírios anestésicos, à base de lidocaína
e/ou prilocaína (não possui ação descontaminante, sendo, entretanto, bastante
eficiente contra as dores nos olhos causadas pela exposição excessiva.
É um agente perigoso de baixo grau que, em casos raros, pode causar a
morte. A American Civil Liberteis Union afirma ter documentado 0 mortes pelo uso
de spray de pimenta.
O Journal of Investigative and Visual Science publicou um estudo que
concluiu que a simples exposição do olho é inofensiva, mas a exposição repetida
pode causar alterações na córnea sensibilidade. Mas não há risco para os seus
olhos. Símbolo: OK.
Antecedentes: O uso de spray de pimenta para controlar multidões e conter
criminosos começou a se espalhar nos Estados Unidos na década de 1980 depois
que o FBI o endossou, e o uso desse tipo de arma foi recomendado como uma
alternativa eficiente e não letal. Esta recomendação do é baseada em um estudo do
Agente Thomas Ward, diretor da divisão de treinamento de armas de fogo do para a
cidade de Quântico, Virgínia. Após a publicação deste estudo em 1989, o uso de
spray de pimenta tornou-se tão difundido que agora é usado por delegacias de
polícia dos Estados Unidos na década de 1990 e pela polícia em diferentes países.
Foi alegado que o policial Ward recebeu US $ 57.000 da Luckey Police Products,
fabricante do spray de pimenta CapStun.
No julgamento de 1996, o agente se confessou culpado e foi condenado a ,30
meses de prisão a dois meses de prisão. Apenas coceira intensa e desconforto nos
olhos, expondo a vítima a intervenções policiais. No entanto, estudos independentes
de organizações de direitos humanos mostram que o spray de pimenta pode matar.
No geral, mortes não estão diretamente relacionadas ao uso de gás, pois são
causadas por sufocação e problemas cardíacos, que são agravados quando a vítima
confinada em um espaço estreito com pouco fluxo de ar após a contaminação
produtos de hidrólise: desconhecido.
Efeitos no corpo: Gás Pimenta é um agente inflamatório faz com que os olhos
fechem imediatamente. A magnitude dos efeitos depende do número de tiros
disparados, mas a duração média da ação é de cerca de 0 minutos, com efeitos
leves durando horas. Dose letal média - desconhecida.
Dose incapacitante média - desconhecida. Insolúvel em água fria e parcialmente
solúvel em água quente, mas livremente solúvel em éter, benzeno, clorofórmio e
álcool.
Proteção: Uniforme militar completo (gôndola de braço longo), máscara de gás,
capuz e luvas táticas.

MEDIDAS DE DESCONTAMINAÇÃO PESSOAL (AGENTE PIMENTA):

Dermal: Voltar-se contra o vento (a aeração promove a descontaminação: o


vento contra o rosto e demais partes do corpo afetadas pela exposição ao agente,
funcionará como um descontaminante mecânico, retirando as partículas que
estiverem sobre a epiderme); Polvilhar nas áreas afetadas materiais absorventes,
tais como talcos e farinhas (medida indicada somente para quando o Agente
Pimenta estiver no estado líquido); Aplicar nas áreas afetadas compressas com
álcool (a Capsaícina poderá ser dissolvida, bastando para isso limpar as áreas
afetadas, com um pano macio ou algodão esterilizado, embebidos em álcool;
Atenção: o emprego da água não é indicado como um método eficiente de
descontaminação, haja vista ela potencializar os efeitos agressivos da Capsaícina);
Aplicar nas áreas afetadas, pomadas anestésicas, à base de prilocaína e/ou
lidocaína (este método, não pode ser considerado na verdade, como um
descontaminante, pois somente aliviará a sensação de queimação, provocada pelo
Agente Pimenta); Procurar auxílio médico (caso nenhuma das medidas
apresentadas acima diminuam ou aliviem os efeitos causados pela exposição
excessiva ao agente químico, somente a aplicação de um anti-inflamatório e um
anestésico, como Voltarem e Lisador trarão alívio à vítima).
Ocular: Voltar-se contra o vento (a aeração promove a descontaminação e o
vento contra os olhos funcionará como um descontaminante mecânico, retirando as
partículas que estiverem sobre a superfície ocular);
Lavar os olhos com água corrente (à temperatura ambiente) em abundância
(medida indicada somente para aplicação imediata, logo após a exposição ao
agente);
Aplicar nos olhos, compressas com água boricada (além de descontaminante,
esta medida tem também um caráter antisséptico, sendo talvez, a mais
recomendada para a descontaminação ocular); Instilar nos olhos, colírios
anestésicos, à base de lidocaína e/ou Prilocaín, e procurar auxílio médico (caso
nenhuma das medidas apresentadas acima diminuam ou aliviem os efeitos
causados pela exposição excessiva ao agente químico, a vítima deverá ser
conduzida de imediato a um serviço de atendimento médico especializado, a fim de
que as partículas possam ser retiradas por um oftalmologista).
Pulmonar: Retirar-se do ambiente contaminado (respirar ar puro) Aplicar Oxigênio
(a 100%) umidificado, além de outros processos de ventilação com o auxílio de
bronco dilatadores (medida a ser administrada por pessoal especializado, em face
da exigência de equipamento e treinamento adequados);
Procurar auxílio médico (caso nenhuma das medidas apresentadas acima
diminuam ou aliviem os efeitos causados pela exposição excessiva ao agente
químico, a vítima deverá ser conduzida de imediato a um serviço de atendimento
médico especializado). Intestinal: Não ingerir líquidos, principalmente água (tal
conduta só potencializaria os efeitos da Capsaícina sobre as mucosas) e procurar
auxílio médico imediato, a fim de proceder à lavagem estomacal.

NÍVEIS DE CONTAMINAÇÃO
Quando um agente da lei emprega qualquer tipo de munição não letal é
importante que, identifique os três níveis de contaminação, uma vez que cada nível
afetará o indivíduo de maneira diferente. Três níveis de contaminação Nível 1 –
contato físico direto com o agente químico; Nível 2 – contato indireto (pessoa ou
material contaminado); Nível 3 – contaminação de área. Todos agentes da lei
designados para operar com agentes químicos não letais devem ser expostos ao CS
e OC no nível 1 de contaminação e que participe anualmente de cursos de
reciclagem em níveis 2 e 3 de contaminação, como forma de se manter atualizado e
constante qualificação técnica.

GRANADAS EXPLOSIVAS

Foram desenvolvidas para serem utilizadas em operações de controle de


distúrbios e combate à criminalidade, somente em ambientes externos. Devem ser
lançadas para explodir à uma distância mínima de 10 metros dos
infratores da lei, pois podem causar lesões a curta distância. Seu tempo de retardo é
de 2,5 segundos.
GL30 – Granada Efeito Moral - Possui grande efeito atordoante provocado
pela detonação da carga explosiva, associado a uma nuvem de um pó branco de
efeito moral, sem agressividade química.
GL305 – Granada Lacrimogênea - Possui grande efeito atordoante provocado
pela detonação da carga explosiva, associado ao efeito do agente lacrimogêneo.
GL307 –
Granada Luz e Som - Possui grande efeito atordoante provocado pela
detonação da carga explosiva associado à luminosidade intensa que ofusca a visão
dos agressores por alguns segundos, permitindo uma eficiente ação policial.
GL308 – Granada Pimenta - Possui grande efeito atordoante provocado pela
detonação da carga explosiva, associado ao efeito do agente pimenta.
GL700 – SEVEN BANG Granada de Explosão Múltipla - Possui efeito
atordoante provocado pela detonação das sete cargas explosivas.
Instruções de uso Combinado com dardos (modo de desativação); Após o
término da rodada, se uma das flechas errar o alvo, coloca a frente do cartucho em
contato com o inimigo (modo de desativação). Por contato pelas conexões frontais,
sem cartucho (modo de defesa), componentes e funções munições: cartucho com
duas setas impulsionadas pela ação do gás (N2), não tóxico, não inflamável, não
explosivo, não poluente e não poluente, com larguras nominais de 6 m ou 8 m
Ativação do sistema: Realiza-se por meio do botão ON / OFF (duas mãos). Sistema
de ejeção de cartucho: A munição disparada é trocada automaticamente após
pressionar o botão de ejeção para acelerar o turno. Sistema Neutralizador: Torna o
dispositivo inoperante.

INTERRUPTOR DE NEUTRALIZAÇÃO

Memória interna do Spark: Armazenamento de 1000 gravações com data de


gravação, hora e duração de cada gravação. Com a milésima gravação, são
excluídos os registros de dados 1000. Porta de dados: Mini USB integrado na caixa
do dispositivo. Por meio de um módulo externo, permite o acesso aos dados
armazenados na memória interna do Spark em relação à sua ativação. Display: 0,95
OLED mostrando data, hora, carga da bateria e temperatura interna
Faixa de temperatura operacional: 10 ° C a 50 ° C (temperatura ambiente)
Número de série do dispositivo: gravação mecânica na placa de identificação de
metal
(marca externa visível) ; Gravado na memória digital do dispositivo e no chip de
rádio
IREF codificado por frequência (proporção cruzada) que permite rastreabilidade da
munição mesmo se a etiqueta de identificação for adulterada ou adulterada após o
disparo. Número de série do cartucho, marcação externa e chip codificado por RF
para rastreabilidade (referência cruzada).

TASER
Arma que emite “ondas T” (forma de onda semelhante à onda cerebral), com
ação direta sobre o sistema nervoso sensorial e motor do oponente, para paralisá-lo,

reduzindo ao máximo qualquer possibilidade de dano físico. E como conseqüência


de sua ação. Ele permite ao operador do controle total sobre o tempo de ativação e
o tempo de ativação do é continuamente estendido sem interrupção ou para
instantaneamente. A arma dispara dardos com alcance de até 10,6 metros, através
de um cartucho movido a nitrogênio, uma substância não poluente, não tóxica, não
inflamável, não poluente e não explosiva. Por questões de segurança, a arma possui
fechadura ambidestra e cada cartucho possui uma fechadura protetora. Para fins de
registro e rastreamento, a pistola e cada cartucho têm um número de série
específico.
Para efeito de controle, pela autoridade fiscalizadora a arma de fogo
armazena, em memória digital interna, a data e horas dos últimos 585 disparos, e o
cartucho, por sua vez, contém uma quantidade deliberadamente indeterminada em
seu interior, "confete de identificação" com o mesmo número de série do cartucho,
de forma que uma vez queimado, libere os respectivos confetes no local do tiro.

QUESTÕES

1). Todo agente de segurança pública deverá preencher um relatório individual todas
as vezes que disparar arma de fogo e(ou) fizer uso de instrumentos de menor
potencial ofensivo, ocasionando lesões ou mortes. Esse relatório deverá conter
Alternativas:

A). Circunstâncias e, opcionalmente, as justificativas que levaram ao uso da força ou


de arma de fogo por parte do agente de segurança pública.
B). Medidas adotadas antes de efetuar os disparos e(ou) usar instrumentos de
menor potencial ofensivo, ou as razões pelas quais elas não puderam ser
contempladas.
C). Tipo de arma e de munição usados, sem necessidade de especificar quantidade
de disparos efetuados, distância e pessoa contra a qual foi disparada a arma.
D). Instrumentos de menor potencial ofensivo utilizados, sem necessidade de
especificar a frequência, a distância e a pessoa contra a qual foi utilizado o
instrumento.
E). Número de mortos atingidos pelos instrumentos de menor potencial ofensivo
utilizados pelo agente de segurança pública, sendo desnecessário relatar a
existência de feridos.

2) Sobre o conteúdo apresentado na disciplina “Biossegurança no trabalho


prisional”, marque a alternativa INCORRETA:
a) Os riscos químicos são as diversas substâncias, compostos ou produtos que
possam penetrar no organismo pela via respiratória, nas formas de poeiras, fumos,
névoas, neblinas, gases ou vapores, ou que, pela natureza da atividade de
exposição, possam ter contato ou ser absorvido pelo organismo através da pele ou
por ingestão.

b) Os riscos físicos: representam um intercâmbio brusco de energia entre o


organismo e o ambiente, em quantidade superior àquela que o organismo é capaz
de suportar, podendo acarretar uma doença profissional.

c) Os riscos biológicos compreendem os micro-organismos que podem contaminar o

trabalhador e são, basicamente: as bactérias, os fungos, os bacilos, os parasitas, os


protozoários e os vírus. Muitas atividades profissionais favorecem o contato com tais
riscos.

d) São exemplos de riscos físicos: temperaturas extremas, como frio e calor; ruído;
vibrações; pressões anormais; e umidade.

e) Não são exemplos de riscos físicos: temperaturas extremas, como frio e calor;
ruído; vibrações; pressões anormais; e umidade.

3). Quando a legislação discorre sobre Equipamentos de Menor Potencial Ofensivo,


podemos inserir neste grupo os Equipamentos de Proteção.

Escolha uma:

() Certo
() Errado

4). Armas de Menor Potencial Ofensivo são aquelas projetadas e/ou empregadas,
especificamente, com a finalidade de conter, desabilitar ou incapacitar.

() certo
() errado

5). Segundo o Decreto–Lei, Nº 09–A, de 09/03/1982, a Polícia Militar, dentre os vários tipos
de policiamento, se utiliza do policiamento geral, urbano e rural; do policiamento de rádio
patrulha terrestre e aérea; além do policiamento de trânsito, para cumprir suas obrigações de
polícia ostensiva e da preservação da ordem pública.

 Errado

 Certo

6). Marque a alternativa CORRETA:

a) Os Agentes de Segurança Pública deverão disparar armas de fogo contra


pessoas, independente dos casos de legítima defesa própria ou de terceiro contra
perigo iminente de morte ou lesão grave.

b) É legitimo e deverá ser usada armas de fogo contra pessoa em fuga que esteja
desarmada ou que, mesmo na posse de algum tipo de arma, não represente risco
imediato de morte ou de lesão grave aos agentes de segurança pública ou terceiros.

c) A responsabilidade direta pelo uso de força será do autor. Ela é individual e recai
sobre o agente que a empregou.

d) Os superiores hierárquicos nunca serão responsabilizados quando deixarem de


adotar as medidas disponíveis para impedir, fazer cessar ou comunicar o excesso
de força praticado por agentes sob suas ordens.

e) Qualquer agente que suspeite que outro agente esteja fazendo o uso da violência
e uso excessivo/desnecessário de força deve proteger e adotar todas as medidas
cabíveis para acobertar tal ato.

7). Segundo a Portaria Interministerial nº 4.226 de 31 de dezembro de 2010, que


define alguns princípios, marque a alternativa INCORRETA.

a) Princípio da Necessidade: Determinado nível de força só pode ser empregado


quando níveis de menor intensidade não forem suficientes para atingir os objetivos
legais pretendidos.
b) Princípio da Legalidade: Os agentes de segurança pública só poderão utilizar a
força para a consecução de um objetivo legal e nos estritos limites da lei.

c) Princípio da Conveniência: A força não poderá ser empregada quando, em função


do contexto, possa ocasionar danos de maior relevância do que os objetivos legais
pretendidos.

d) Princípio da Moderação: O emprego da força pelos agentes de segurança pública


deve sempre ser progressivo e descomedido.

e) Princípio da Proporcionalidade: O nível da força utilizado deve sempre ser


compatível com a gravidade da ameaça representada pela ação do opositor e com
os objetivos pretendidos pelo agente de segurança pública.

8). Quanto ao uso da força pelos Agentes de Segurança Pública, analise as


alternativas abaixo: I - Definição de força: Intervenção coercitiva imposta à pessoa
ou grupo de pessoas por parte do agente de segurança pública com a finalidade de
preservar a ordem pública e a lei. Observação: Nem todas as ocorrências são
resolvidas por meio da verbalização ou negociação. Dessa forma, é imperioso
estudar a legislação, a doutrina e os manuais de táticas e técnicas que tratam do
assunto.
II - Nível do Uso da Força: Intensidade da força escolhida pelo agente de segurança
pública em resposta a uma ameaça real ou potencial. III - Uso Diferenciado da
Força: Seleção apropriada do nível de uso da força em resposta a uma
ameaça real ou potencial visando limitar o recurso a meios que possam causar
ferimentos ou mortes. Está CORRETO o que se afirmar APENAS em:
a) I, III

b) II, III

c) Todas as alternativas são falsas

d) Todas as alternativas são verdadeiras

e) I, II

9). Sobre os Instrumentos de Menor Potencial Ofensivo, assinale a alternativa


INCORRETA:

a) Conjunto de armas, munições e equipamentos desenvolvidos com a finalidade de


preservar vidas e minimizar danos causados à integridade das pessoas.

b) Conjunto de procedimentos empregados em intervenções que demandem o uso


da força através do uso de instrumentos de menor potencial ofensivo, com intenção
de preservar vidas e minimizar danos à integridade das pessoas.
c) São munições projetadas e empregadas, especificamente, para: conter, debilitar
ou incapacitar temporariamente pessoas, preservar vidas e minimizar danos à
integridade das pessoas envolvidas.

d) Foram desenvolvidos com o intuito de neutralizar sem causar morte.

e) Conjunto de armas, munições e equipamentos desenvolvidos com a finalidade de


exaurir vidas e causar danos à integridade das pessoas.

10). No que se refere às Munições Químicas Debilitantes e Inquietantes (Agentes


Químicos), considere as alternativas abaixo:
I - Munições que produzem efeito incapacitante, fumígeno ou incendiário, quando
empregado intencionalmente para esse fim.
II - Fabricadas para defesa pessoal e para controle de distúrbios.
III - Eficientes na incapacitação de pessoas através da ação dos agentes químicos
ativos.
IV - Munições que produzem efeito letal (causa a morte), fumígeno ou incendiário,
quando empregado intencionalmente para esse fim.
Está CORRETO o que se afirmar APENAS em:

a) I, II, IV
b) I, II, III
c) Todas as alternativas estão corretas
d) I, III, IV
e) Todas as alternativas estão incorretas

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