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AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE ESCARIZ

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Ficha de trabalho - Português - REVISÃO

Coerência textual

1. Observa os conjuntos de palavras.

a. o que provei ontem bolo fizeste

b. e casa trabalho fiquei o em fiz

1.1. Explica por que razão não podem ser considerados segmentos textuais.

1.2. Ordena-os de modo a que adquiram coesão.

2. Nas frases abaixo apresentadas, existem falhas ao nível da coesão frásica. Para cada uma delas

indica o motivo da falha, selecionando-o da lista abaixo.

1. Falta do(s) complemento(s) exigido(s) pelo verbo


2. Erro de concordância em género
3. Erro de concordância em número
4. Falha na regência verbal
5. Falha na ordenação sintática
6. Erro de concordância do verbo com o sujeito

a. Os jovens nem sempre tem predisposição para a leitura.

b. A Amélia acercou-se à estante e tirou um livro.

c. Estavam muito cansados porque tinham dormido pouco eles.

d. A responsabilidade e o empenho são qualidades reconhecida.

e. Naquele momento, o homem comparou-se neles.

f. O bombeiro salvou.

g. Comprei o quarto e o quinto número da revista de que me falaste.

h. O José, a mãe e a irmã são simpáticas.

i. De manhã, visto rapidamente e saio cedo para a escola.

2.1. Corrige as falhas em cada uma das frases, de modo a torná-las coesas.

3. Todas as frases abaixo contêm erros de concordância do verbo com o sujeito composto. Corrige-as,

tornando-as coesas.

a. A Isabel e tu representarás os papéis principais na peça.

b. A minha amiga Inês e o Joaquim vem cá esta tarde.

c. Tanto uma como outra ficou satisfeita com o presente.

d. O grilo e a cigarra cantava alegremente.


e. Os amigos e os primos, ninguém chamavam por ele.

f. Eu e eles comeram no restaurante.

4. Completa as frases, fazendo a concordância do verbo entre parênteses com o sujeito, de modo a

manter a coesão frásica dos enunciados. Conjuga os verbos de todas as frases no presente do
indicativo.

a. António Lobo Antunes e Manuel Alegre _______ (ser) grandes escritores contemporâneos.

b. A música, o desporto, o escutismo, nada o ___________ (entusiasmar).

c. Hoje _______ (vir) cá a casa a Joana e o Miguel.

d. Comer regradamente e praticar desporto ________ (fazer) bem à saúde.

e. Nem a Júlia nem a irmã ________ (saber) falar corretamente francês.

f. Tu e o Raul ________ (gostar) de ler.

g. Ou o Pedro ou a Marta _______ (ir) acompanhar-me na viagem.

h. O meu pai e eu __________ (falar) pelos cotovelos.

i. Nem um nem outro aluno _____________ (conseguir) resolver o exercício.

j. O gato e o leão _____________ (ter) as unhas afiadas.

k. Tanto a Mariana como a sua amiga ______________ (adorar) gelado de limão.

l. As flores, as andorinhas, o céu, tudo _____________ (anunciar) a primavera.

m. Sempre que há um recital, um ou outro poema de Miguel Torga ________ (ser) lido.

5. O uso dos conectores/articuladores do discurso contribui para a coesão textual.

5.1. Lê o texto abaixo e, tendo em atenção as relações estabelecidas entre os elementos linguísticos,
indicadas entre parênteses, completa os espaços com conectores apropriados, de modo a tornar o
texto coeso e a assegurar a sua coerência.
O Português é um misto de sonhador e de homem de ação,…….... (alternativa), melhor, é um
sonhador ativo a que não falta certo fundo prático e realista. A atividade portuguesa não tem
raízes na vontade fria, ……….….. (oposição) alimenta-se da imaginação, do sonho, …….....…..
(causa) o Português é mais idealista, emotivo e imaginativo do que homem de reflexão.
5 Compartilha com o Espanhol o desprezo fidalgo pelo interesse mesquinho, pelo utilitarismo
puro…….. (adição) pelo conforto, …….......... (comparação) o gosto paradoxal pela ostentação de
riqueza e pelo luxo. …………..(oposição) não tem, como aquele, um forte ideal abstrato, nem
acentuada tendência mística. O Português é, sobretudo, profundamente humano, sensível,
amoroso e bondoso, sem ser fraco. Não gosta de fazer sofrer e evita conflitos, ………...…..
10 (oposição), ferido no seu orgulho, pode ser violento e cruel. A religiosidade apresenta o mesmo
fundo humano peculiar ao Português. Não tem o carácter abstrato, místico ou trágico próprio da
espanhola, ……….. (oposição) possui uma forte crença no milagre e nas soluções milagrosas.
Há no Português uma enorme capacidade de adaptação a todas as coisas, ideias e seres, sem
que isso implique a perda de carácter. Foi esta faceta que lhe permitiu manter sempre a atitude
15 de tolerância e que imprimiu à colonização portuguesa um carácter especial inconfundível:
assimilação por adaptação.
DIAS, Jorge, 1995. O essencial sobre os elementos fundamentais da cultura portuguesa.
Col. Essencial. Lisboa: I N-CM (texto adaptado)

6. Com os pares de frases apresentados, forma frases complexas, estabelecendo a relação de

subordinação indicada.

a. Choveu. Arrefeceu. (Subordinada adverbial temporal)

b. Os alunos estudaram. Os alunos tiveram bom aproveitamento. (Subordinada adverbial


consecutiva)

c. O cão engasgou-se. O cão comeu depressa. (Subordinada adverbial causal)

d. Os alunos estavam inspirados. Ninguém conseguiu escrever um conto completo.

(Subordinada adverbial concessiva)

7. Uma vez que estamos no hemisfério norte, a frase que se segue não pode ser considerada coesa:

Estava muitíssimo frio, mas era dezembro.

7.1. Explica porquê.

8. Lê o excerto:

“Vi nesse mesmo dia a velha que morava nas vizinhanças: perguntei-lhe se alguma vez a afligira o não
saber como era feita a sua alma. Ela nem sequer compreendeu a minha pergunta: nunca na vida dela
tinha refletido um único momento sobre um único dos pontos que atormentavam o brâmane.”
VOLTAIRE, “História de um bom brâmane”, in Ficções, n.º 6, 2002 (trad. José Lima)

8.1. Procede ao levantamento de todos os elementos que retomam em termos anafóricos o referente
“a velha”.

8.2. Relê as frases, substituindo todas as anáforas pelo respetivo referente.

8.2.1. Conclui acerca da pertinência da utilização das cadeias anafóricas.

9. Atenta no texto:

“Naquele dia, os alunos chegaram com grande vontade de trabalhar e o professor pediu aos alunos que
se preparassem para um exercício de escrita. Os alunos apreciaram a ideia. Logo em seguida, os alunos
deram início à redação do texto e, no final, alguns dos alunos leram os seus trabalhos. Todos os alunos
foram felicitados pelo empenho com que se dedicaram à atividade. Os alunos sentiram-se orgulhosos.”
9.1. Sublinha as repetições que prejudicam a qualidade do texto.

9.2. Reescreve o texto, substituindo o referente repetido por anáforas.


9.3. Transforma as duas primeiras frases do texto, servindo-te da correferência não anafórica.

10. Demonstra a existência da catáfora na frase e no texto que se seguem:

a. Ele sempre foi muito estudioso, aquele aluno.

b. Ela era muito bonita quando a conheci, com o suave nariz afilado e o lábio superior mais curto da
divindade de camafeu, humanizada por uma covinha que lhe despontava na face sempre que se dizia
qualquer coisa com os atributos externos do humor, sem a sua qualidade intrínseca. Pois a querida
senhora era providencialmente desprovida de humor (…).
WARTHON, Edith, “O pelicano”, in Ficções, n.º 6, 2002 (trad. Diana Almeida)

10.1. Refere o valor expressivo do seu uso em cada um dos casos.

11. Destaca a expressividade do recurso à elipse como mecanismo de coesão nos exemplos que se
seguem:

a. – Preciso de rever a matéria para o teste.

– Eu também.

b. A Vanda escolheu a colega de carteira para fazer o trabalho e começaram a prepará-lo de imediato.

12. Procede à leitura atenta do texto.

Outros temperos
Já valeram ouro noutros tempos. Havia até quem deixasse em testamento quantidades
avulsas de especiarias, no século XVI. Na altura dos Descobrimentos, portugueses e espanhóis
fizeram do comércio de especiarias prioridade. As poucas que existiam na Europa – canela,
gengibre, noz-moscada, pimenta – eram vendidas a preços elevadíssimos e em pequenas
5 quantidades nas margens do Mediterrâneo.
Com a conquista de Constantinopla pelos turcos, em 1453, e o bloqueio das rotas comerciais
terrestres, Portugal apostou numa rota alternativa: a descoberta do caminho marítimo para a
Índia foi confiada a Vasco da Gama, que largou de Sines com uma pequena armada a 8 de
julho de 1497. No regresso, em 1499, trouxe pimenta e gengibre de Malabar, canela do Ceilão,
10 noz-moscada e cravinho da Indonésia – que passaram a ser vendidos a preços muito
competitivos. A pimenta comprada a dois cruzados o quintal em Cochim era vendida a 20 ou 30
cruzados na Europa. Nem venezianos nem árabes conseguiam competir, tornando-se muito
lucrativo para os portugueses.
DELIMBEUF, Katya, in Única, n.° 1756, (Expresso) 24 de junho de 2006 (texto adaptado)

12.1. Indica o processo que, a nível lexical, garante a coesão do texto.

BOM TRABALHO!

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