Objetivos de aprendizagem
Níveis de dopagem
Transístor polarizado
Um transístor não polarizado pode ser visto como dois díodos, um de costa
para o outro, como mostrado na Figura 2b.
Elétrons do emissor
O coletor tem esse nome porque coleta ou captura a maior parte dos
elétrons da base.
Por quê? Por duas razões: a base é fracamente dopada e muito estreita.
Uma dopagem fraca significa que os elétrons livres têm um tempo de vida
maior na região da base. A região da base muito estreita significa que os
elétrons livres têm uma distância curta para chegar ao coletor. Por essas duas
razões, quase todos os elétrons injetados pelo emissor passam da base para o
coletor.
Apenas um pouco de elétrons livres se recombinarão com as lacunas na
base fracamente dopada. Depois como elétrons de valência, eles circularão pelo
resistor da base para o lado positivo da fonte VBB.
Elétrons no coletor
A maioria dos elétrons livres vai para o coletor, conforme mostra a Figura
5. Uma vez dentro do coletor, eles são atraídos pela fonte de tensão VCC. Por
isso, os elétrons livres circulam através do coletor e de RC até alcançarem o
terminal positivo da fonte de tensão do coletor.
Correntes no transístor
Figura 6 – As três correntes no transístor. (a) Fluxo convencional; (b) fluxo de elétrons
Como o emissor é uma fonte de elétrons, ele tem a maior corrente. Como
quase todos os elétrons circulam para o coletor, a corrente no coletor é
aproximadamente igual à corrente no emissor, ela é quase igual à corrente do
emissor.
Lembre-se da lei das correntes de Kirchhoff. Ela afirma que a soma de todas as
correntes que entram num nó ou junção é igual à soma das correntes que saem
desse nó ou junção. Quando aplicada num transístor, a lei das correntes de
Kirchhoff fornece-nos esta importante relação:
I E =I C + I B (1)
IB≪IC
IC
β CC = (2)
IB
CONEXÃO EC
Existem três modos utilizados para conectar um transístor: em EC (emissor
comum), CC (coletor comum) ou BC (base comum). Neste capítulo, vamos nos
concentrar na conexão EC já que é a mais utilizada.
EMISSOR COMUM
Subscrito duplo
Subscritos simples
VEC = VC – VE
VBC = VC – VB
VBE = VB – VE
Visto que VE é zero neste circuito nesta conexão EC (Figura 7a), a tensão
fica simplificada:
VEC = VC
VBC = VC – VB
VBE = VB
CURVA DA BASE
V BB+ V BE
I B= (3)
RB
Exemplo
V BB+ V BE 1.3 V
I B= = =13 μA
RB 100 KΩ
CURVAS DO COLETOR
Por exemplo, suponhamos que você varie VBB até obter IB = 10 μA. Com
esse valor de corrente da base fixo, podemos agora variar e medir IC e VEC.
Traçando os dados, obtemos o gráfico mostrado na Figura 9a. (Obs.: Este gráfico
é do transístor 2N3904, muito usado como transístor de baixa potência. Com
outros transístores, os números podem variar, porém a forma da curva será
similar.)
Quando VEC for zero, o díodo coletor não estará reversamente polarizado.
É por isso que o gráfico mostra uma corrente no coletor de zero quando VEC é
zero. Quando VEC aumentar a partir de zero, a corrente no coletor aumentará
verticalmente. Quando VEC é de alguns décimos de Volt, a corrente no coletor
fica quase constante e igual a 1 mA.
A lei das tensões de Kirchhoff afirma que a soma das tensões numa malha
fechada é igual a zero. Quando aplicada no circuito do coletor da Figura 9, a lei
das tensões de Kirchhoff fornece esta importante fórmula derivada:
V EC =V CC −I C ∗RC ( 4)
1. O transístor da Figura tem βcc = 300. Calcule IB, IC, VEC e PD.