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FACULDADE INTERNACIONAL SIGNORELLI-FISIG

PÓS- GRADUAÇÃO EM BIBLIOTECONOMIA

CURSO DE BIBLIOTECONOMIA

TCC

CIENCIA DA INFORMAÇÃO NO BRASIL

METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTICO

NEUZA APARECIDA GOMES SOARES

PONTE NOVA

2016
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Resumo

Discute-se a natureza da ciência da informação como uma ciência social. Para


tanto, identifica-se como se deu a inserção da ciência da informação nas
ciências sócias, percebendo com quais ramos desta ela travou dialogo em
diferentes momentos. A seguir, discute as relações entre a Ciência da
Informação e as Ciências da Comunicação, a partir dos conceitos de
representação documentaria, mediação e comunicação cientificam. Analisam os
percursos de construção e consolidação, a historia, a natureza interdisciplinar e
os objetos de estudo de cada campo do conhecimento. Identifica-se a
aproximação entre as disciplinas sob as perspectivas da relação histórica, da
relação local (na França). Da relação institucional, da relação comparativa, da
relação intermediada pela cultura, da relação intermediada pela Linguística, e da
relação com as tecnologias de produção e reprodução da informação, e, da
relação indisciplinar. Aponta o caráter comunicacional da Ciência da Informação
e o caráter informacional das Ciências da Comunicação.

Palavras-chave

Ciência da Informação- epistemologia; Biblioteconomia- epistemologia; Ciências


da Comunicação- epistemologia; representação documentaria; mediação;
comunicação cientifica.
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Sumario

Pa
gina

1ª Seção do Desenvolvimento....................................................................... 03

Introduçao..................................................................................................... 04

Revisão Bobliografica................................................................................... 05

2º Seção do Desenvolvimento..................................................................... 06

Problema Investigado.................................................................................. 07

Metodologia................................................................................................. 08

Referencias Bibliograficas.......................................................................... 09
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1º Seção do Desenvolvimento- Fundamentação Teórica

Serão abordados no regencial teórico conceitos da área de Gestão de Pessoas


com base nas obras de alguns autores, dando ênfase ao processo de
recrutamento e seleção de pessoas, pois é necessária uma melhor
compreensão dos conceitos para a obtenção de um processo eficaz e visando
aumentar a eficiência e o desempenho de pessoal, pois ela possibilita aos
gestores traçar estratégias, valorizar ao máximo o talento das pessoas, favorece
na busca pela vantagem competitiva, melhorar a qualidade de vida do
trabalhador e ajuda a alcançar as metas e os objetivos da empresa e dos
indivíduos que nela trabalha. As pessoas passaram a ser o fator determinante
para o sucesso empresarial. Antes, eram considerados apenas recursos
organizacionais, hoje já podemos dizer são os parceiros e colaboradores do
negocio da empresa, é através delas que se alcançam os resultados planejados
e assim surge a oportunidade de conquistar novos mercados. Chiavenato (1999)
define a gestão de pessoas como a “função que permite a colaboração das
pessoas, empregados, funcionários, recursos humanos, ou qualquer
denominação utilizada, para alcançar os objetivos organizacionais e individuais”.
Já Gil (2001, p.17) caracteriza como uma “função gerencial que visa a
cooperação das pessoas que atuam nas organizações para alcance dos
objetivos tanto organizacionais quanto individuais”. Dutra (2002, p.17) relata
também que a gestão de pessoas “é caracterizada como um conjunto de
políticas e praticas que permitem a conciliação de expectativas entre a
organização e as pessoas para que ambas possam realiza-los ao longo do
tempo”. As mudanças ocorrem a todo o momento e a área de gestão de
pessoas também passa por esse processo de transformação e inovação. O
departamento que antes era conhecido como Recursos Humanos tinham os
seus funcionários como apenas agentes passivos do processo produtivo. Já nos
dias atuais a área desenvolve novos papeis, seu principal foco é visualizar as
pessoas como seus parceiros, valorizando as suas habilidades, conhecimento e
a sua capacidade intelectual. Diante dessa visão pode-se observar que a Gestão
de pessoas é uma área que pode ser aplicável a qualquer organização e que
possui um grande valor para as empresas, é o caminho para se alcançar o
sucesso e rumo a excelência e competitividade.

Introdução

Há uma discussão potencial que precisa ser inserida nos estudos desenvolvidos
no campo da ciência da informação realizados no Brasil. Ela diz respeito a noção
de Metodologia da Pesquisa. Essa potencialidade não significa ausência de
debate, ao contrario, como pode ser exemplificado a partir da existência de
trabalhos com a profundidade dos apresentados por Gonzáles de Gómez
(1999/2000). Contudo, é perceptível que esse debate deve passar por um maior
alargamento buscando um alcance mais amplo do que ate aqui obtido.
Constata-se que o tema vem sendo de objeto de interesse tanto da Associação
Nacional de Pesquisa e Pós Graduação em Ciência da Informação, quanto da
Associação brasileira de Ensino em Ciência da Informação e, cotidianamente,
esta nas preocupações tanto dos docentes dos programas de pós-graduação
em Ciência da Informação, ou seja, Arquivologia, Biblioteconomia, Gestão da
Informação, por Bibl.: R. Eletr. Biblioteconomia. Ci. Inf., Florianópolis, n. 16, 2º
sem.2003. Contudo, nos distintos níveis de atuação acadêmica que organizam o
ensino deste amplo campo, não parece estar tão evidente o que constitui a
razão de ser da pesquisa, ou seja, para recuperarmos a formula Durkheimiana,
de quais coisas ou de quais fatos parte-se, na Ciência da Informação, para
identificar fenômenos carentes de investigação e constitui objetos para deles
extrair novas respostas para as necessidades coletivas. Se for possível
considerarmos aceita a ideia de que a Ciência da Informação é uma das varias
Ciências Sócias, como se vê na argumentação de Carvalho (1999), apoiado em
Foskett, a quem cita na pagina 56 de seu texto, pode-se perguntar quais são os
fatos sociais que produzem os fenômenos geradores de objetos de pesquisa
que ocupariam os estudiosos do campo. Esta é uma pergunta fundamental,
capaz de apontar a reflexão para a identificação de metodologias de pesquisa a
serem ensinadas, assimiladas, transformadas e empregadas tanto nos estudos
de graduação quanto na execução das investigações inerentes ao que fazer na
pós-graduação strico sensu. Evidentemente, a discussão comporta vários
enfoques, além do acima referido. Um segundo enfoque, então, tem relação com
a tipologia da pesquisa e aqui cabe uma presença mais imediata em nossa
discussão dos metodologistas, como sistematizadores e divulgadores das
múltiplas possibilidades metodológicas que se encontram evidenciadas nos
relatórios e em artigos de pesquisa cientifica, devido ao seu caráter sistêmico e
Inter-relacionado entre suas variáveis de estudo, deve estimular os estudantes,
a fim de que busquem motivações para encontrar respostas as suas
indagações, respaldadas e sistematizadas em procedimentos metodológicos
pertinentes. A metodologia é a aplicação de procedimentos e técnicas que
devem ser observadas para construção do conhecimento, com o proposito de
comprovar sua validade e utilidade nos diversos âmbitos da sociedade.

Revisão Bibliográfica 5

A revisão do termo “informação”, a partir de uma abordagem terminológica, tem


o intuito de identificar traços que auxiliem na melhor delimitação do campo da
Ciência da Informação. A compreensão das características indenitárias da
Ciência da Informação é uma necessidade conjuntural, observada no contexto
da pós-modernidade em que a área busca consolidar-se. O uso da orientação
da Teoria Comunicativa da Terminologia, que considera o aspecto pragmático e
social dos termos, foi importante recurso para evidenciar como as diferentes
perspectivas do termo “informação” corroboram a construção de uma visão
temática da área da Ciência da Informação.
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2º seção de O Desenvolvimento

Há diferentes abordagens para as origens da Ciência da Informação. Para


Meadows (1999), por exemplo, a Ciência da Informação, assim como a
Documentação, deve suas origens ao desenvolvimento cientifico do
Século XX que teve seu surgimento muito ligado a ciência em seu sentido
lato, considerada como uma decorrência da institucionalização das
ciências. Para Le Coadic (2004), parte do contexto histórico pós Segunda
Guerra, observando que a ciência da Informação, no âmbito das Ciências
Sociais, volta-se a um problema social concreto, a recuperação da
informação. O autor destaca a demanda social como elemento propulsor
do caráter interdisciplinar da área. Ao lado dessas abordagens do
problema, outras se desenvolveram, identificando diferentes origens do
campo. Enquanto na Europa, principalmente continental, houve a aceitação
do termo Documentação, desencadeando a criação de centros de
Documentação, congressos, institutos e a formalização profissionais
especialistas, a Inglaterra e os Estados Unidos optaram por utilizar uma
terminologia ligada a palavra informação, dando origem aos estudos da
Ciência da Informação (ORTEGA, 2009a). Além disso, enquanto a
Documentação se desenvolvia na Europa, nos EUA a Biblioteconomia
desenvolveu-se enfatizando, de um lado, seu caráter especializado,
influenciado pelo breve contato com a Documentação e, de outro, seu
caráter generalista, a partir do qual a biblioteca era vista como uma
instituição social organizada e definida segundo os parâmetros da Escola
de Chicago (SIQUEIRA, 2010). No entanto, o fim do socialista, o
esgotamento do financiamento para pesquisas e a constatação da
ambiguidade do termo “informatika” no Ocidente, acabaram por fornecer a
substituição dessa designação pelo termo Ciência da Informação
(RADAMÈS, 2005).
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Problema Investigado – Metodologia Cientifica em Ciência da Informação

A questão principal que agora se coloca é o que, deve ser tratado e como se
pode fazê-lo nos cursos de pós-graduação em Ciência da Informação, ou aquele
que esta no livro de Goldhor (1973) e também não se pode ser somente a aula
magistral, expositiva, ate porque nestas três ultimas décadas houve mais de
uma onda de intensa atualização de todas as tecnologias as quais modificaram
vários modos de realizar a atividade de pesquisa cientifica de âmbito social.
Houve também o surgimento de um grande numero de novos problemas que
adensaram, substantivamente, os fatos sociais que constituem os blocos
temáticos da Ciência da Informação. De outro lado há, em termos didáticos e
pedagógicos, algumas considerações que se deve ter em conta quando se fala
em ensino e aprendizagem da ciência e da informação cientifica no ensino
superior. Numa abordagem mais que fundamental MARQUES (1997) chama a
atenção para o fato de que a pesquisa começa com a escrita que, por sua vez,
exige a leitura. Isso quer dizer que a educação cientifica e a formação cientifica
em Ciência da Informação dependem da qualidade garantida pela educação
básica ofertada aos alunos dos cursos que fazem parte do campo. Essa relação
direta com a infraestrutura de informação e comunicação que se ofertou a
professores e alunos, com o tempo que se destinou para o uso competente
dessa infraestrutura e com a competência que adquiriram para assimilar,
transformar e aplicar as potencialidades de absorção dos novos desafios
colocados pelas necessidades coletivas. Além disso, se esboça uma consciência
no campo da Ciência da Informação, de que ocorre um processo dinâmico de
mão dupla na relação professor e aluno que se desenvolvem com o ensino e
pesquisa o qual é rico para ambos e para o próprio crescimento da ciência no
país (FREIRE e GARCIA, 2002). Nisso, tem se outras considerações para
resgatar nesta discussão, e ambas dizem respeito aos dilemas e problemas do
ensino de conteúdos que cabem em rótulos disciplinares diversos: Pratica de
Pesquisa, Metodologia da Pesquisa, Metodologia Cientifica, etc... Os conceitos
que procura apresentar, as estratégias que pretende desenvolver, os objetivos
que deseja alcançar são de excelência qualitativa, contudo constituem conteúdo
e forma de um curso muito mais amplo e também introdutório, que instrui a
formação de metodologistas. Em tudo mais, parece estar desejando resgatar a
ausência no ensino médio brasileiro de formação de conteúdos sociológicos e
fisiológicos, fruto de uma politica governamental que impede a apresentação
destes conhecimentos naquele nível. Neste aspecto, o autor, como todos os
demais docentes, em quase todos os campos, é um experimentador de
possibilidades que se move na proporção em que co-move suas turmas.
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Metodologia

A metodologia é a aplicação de procedimentos e técnicas que devem ser


observadas para construção do conhecimento, com o proposito de comprovar
sua validade e utilidade nos diversos âmbitos da sociedade. Etimologicamente, o
termo ciência provem do verbo em latim Scire, que significa aprender, conhecer.
Essa definição etimológica, entretanto, não é suficiente para diferenciar ciência
de outras atividades também envolvidas com o aprendizado e o conhecimento.
Ciência é todo um conjunto de atitudes e de atividades racionais, dirigida ao
sistemático conhecimento com o objetivo limitado, capaz de ser submetido à
verificação. “Lakatos e Marconi (2000, p.80) acrescentam que além de ser” uma
sistematização de conhecimento”, ciência é “ um conjunto de proporções
logicamente correlacionadas sobre o comportamento de certos fenômenos que
se deseja estudar”. Questionar, entretanto, não é resmungar, falar mal,
desvalorizar, mas articular discurso com consistência logica e ser capaz de
convencer. Conforme Demo (2000), poderíamos propor que somente é cientifico
o que for discutível. Esse Procedimento metodológico articula dois horizontes
interconectados: o da formalização logica e o da pratica. Dito de outra maneira,
conhecimento cientifico precisa satisfazer a critérios de qualidade formal e
politica. Costumeiramente, segundo Demo (2000) , aplicamos os critérios
formais, porque classicamente mais reconhecidos e aparentemente menos
problemáticos. Entretendo, assim procedendo, não nos desfazemos dos critérios
políticos. Apenas os reprimimos ou argutamente os ocultamos. Podemos arrolar
critérios de cientificidade normalmente citados, como senso comum, sabedoria,
ideologia. Conforme Demo (2000) podem arrolar critérios de cientificidade
normalmente citados na literatura cientifica.
Referencias Bibliográficas 9

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