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Sistemas Colorimétricos
Densitometria e Colorimetria – Sistemas Colorimétricos
© SENAI-SP, 2005
Sumário
Introdução à colorimetria 6
Sistemas colorimétricos 26
Bibliografia 73
Introdução à Colorimetria
Cor
Podemos definir cor como “uma sensação subjetiva causada pela luz e percebida pelo
cérebro humano através dos olhos”.
Luz
Nossa real percepção de cor está intimamente vinculada à força e às variações da luz
incidente.
O Sol emite energia, e uma das formas de energia emitida por ele tem um campo
elétrico que se manifesta na forma de ondas, através de uma grande distribuição
de energia.
As ondas podem ser medidas e registradas de acordo com seu comprimento de onda,
que varia das ondas de rádio, que tem milhares de quilômetros, aos raios gama (γ),
cujos comprimentos de onda são da ordem de 10-13 m.
ou
“Luz é a parte visível (que provoca sensação visual num observador normal) da
energia, que possui campo elétrico e que se manifesta através de ondas”.
A maioria das pessoas sabe que se a luz do Sol passar através de um prisma, cria-se
uma distribuição de cor como um arco-íris. Esse fenômeno foi descoberto por Isaac
Newton, que também descobriu a gravitação universal. Newton, apoiado em pesquisas
anteriores, afirmou: “O prisma não muda a cor da luz branca; decompõe-na em suas
partes constitutivas simples, as quais, combinando-se de novo, produzem novamente o
branco inicial”.
Quando o sistema visual detecta um comprimento de onda na faixa de 700 nm, temos
a sensação da cor “vermelha”. Quando o sistema visual detecta um comprimento de
onda na faixa de 500 a 600 nm, temos a sensação da cor “verde” e quando o sistema
visual detecta um comprimento de onda na faixa de 400 a 500 nm, temos a sensação
da cor “azul violeta”. Quando medições aproximadamente iguais de todos os
comprimentos de onda são emitidas, tem-se a luz “branca”.
Figura 4 – Espectro visível obtido pela passagem da luz branca através de um prisma
(Catálogo da Minolta).
Os Iluminantes
Os iluminantes que devem ser utilizados no controle de cores foram padronizados pela
CIE (Commission Internationale de L’Eclairage – Comissão Internacional de
Iluminação) e assim foram determinados: Iluminante A (luz incandescente), Iluminante
C (luz incandescente próxima à luz do dia), Iluminante D (luz-padrão para o dia) e
Iluminante F (luz fluorescente).
• Temperatura de cor
Como já foi dito, a percepção de cor está intimamente vinculada à força e às variações
da luz incidente. A cor do iluminante é medida em kelvin (K). Quando um objeto, como
um pedaço de metal, é aquecido a elevada temperatura, ele emite luz, variando de
vermelho, passando por laranja, amarelo e branco, e eventualmente emite a luz azul –
se nenhuma mudança química ou física ocorrer no objeto. A cor da luz emitida por uma
lâmpada pode assim ser descrita e medida por sua temperatura de cor. A luz da vela
Figura 5 – Temperatura de cor: a luz branca contém uma mistura de todas as cores do
espectro. A temperatura de cor da luz branca, em Kelvin, descreve a tendência de cor
do iluminante (Catálogo AGFA).
• Iluminante A
É uma fonte de luz incandescente de tungstênio halógeno em tubo de quartzo. Produz
luz pelo aquecimento elétrico do filamento (de tungstênio), gerando um brilho intenso.
Opera com uma temperatura de cor que pode variar em torno de 2.854 K. Seu
espectro emite pouquíssima luz azul violeta e muita luz vermelha. É a luz utilizada em
residências.
• Iluminante C
Também é uma fonte baseada nas mesmas características do iluminante A, porém
com um filtro diferente. Possui uma temperatura de cor de 6.770 K, ou seja, produz
qualidade de cor que se aproxima da luz do dia. Seu espectro revela uma luz “branca”
um pouco azulada. O iluminante C não é muito utilizado na prática, por causa de seus
filtros requererem um preenchimento periódico.
• Iluminante D
São fontes de luz de descarga elétrica para representar os padrões de luz do dia. São
encontradas com diversas temperaturas de cor, como 5.500 K, 6.500 K e 7.500 K.
Seus espectros apresentam um branco levemente azulado. O iluminante-padrão que
deve ser utilizado para análise de impressos em cabine de luz é o D50 (= 5.000 K),
pois é o iluminante que tem menor tendência à determinada cor, o que auxilia o
impressor na visualização da cor impressa como ela realmente é, sem a interferência
do iluminante.
• Iluminante F
É uma fonte de luz fluorescente branca fria. Opera com temperatura de cor de 4.400 K
que produz um “branco” com baixo teor de vermelho.
Os bastonetes são ativados somente em luz obscura – ambiente escuro; quase não
têm influência sob condições normais de visualização.
Então, como elo entre retina e cérebro está o nervo óptico, que conduz a imagem
invertida para o cérebro, que desfaz a inversão.
Na análise visual de uma cor, além de a cor ser percebida de maneira diferente por
cada ser humano, em função de suas características próprias e individuais, outras
interferências podem prejudicar e tornar a análise visual mais subjetiva ainda, como a
influência da cor circundante e o cansaço visual.
Fenômenos da Visualização
A maior parte da luz que atinge os olhos é proveniente da luz branca. É emitida pelo
Sol ou por uma lâmpada, e é reemitida pelo objeto para dentro de nossos olhos.
Quando a luz incide sobre um objeto, sua superfície absorve certa faixa de
comprimentos de onda da luz (fenômeno denominado absorção), enquanto outros
comprimentos de onda da luz incidente serão reemitidos pelo objeto (fenômeno
denominado reflexão). A luz refletida contém uma diferente mistura de comprimentos
de onda da luz. É essa mistura de comprimentos de onda que o objeto reemite que dá
a ele sua cor. Há ainda outro fenômeno denominado transmissão, que é quando
ocorre a passagem da luz refletida pelo objeto por outro objeto, só que este
transparente, portanto sem modificação da luz que está sendo refletida. Como
resultado à percepção de cor, depende-se muito do modo pelo qual determinado objeto
ameniza as ondas de luz que incidem sobre ele.
A luz branca é composta por três cores primárias (indecomponíveis): azul-violeta, verde
e vermelho, as quais são consideradas cores primárias da luz branca, pois são
monocromáticas e, se forem sobrepostas umas às outras, originam a luz branca. Se
uma luz branca for incidida sobre um objeto vermelho, a única luz que sempre será
refletida e, portanto, visualizada por nós, será a luz vermelha, pois o material corante
da superfície do objeto absorverá as luzes azul-violeta e verde provenientes da luz
branca. Como resultado, enxerga-se a luz vermelha, que é a luz reemitida.
Figura 9 – Síntese aditiva de cores. A tela de um monitor trabalha pela ativação de três
tipos de fósforos. Assim, emitem luz azul-violeta, verde e vermelha. Se forem
acionados simultaneamente os três tipos de fósforos, a cor branca é obtida. (Catálogo
AGFA)
Na impressão, as três cores primárias são cyan, amarelo e magenta. Essas tintas
absorvem ou subtraem, da luz incidente, parte das cores que compõem a luz branca e
reemitem outras cores.
Essas cores são consideradas cores primárias, porque, quando de sua sobreposição,
com variação de proporção, todas as outras cores são formadas na impressão; assim,
elas estabelecem a formação da gama de cores reproduzíveis na impressão.
Assim, sempre que se tem reflexão de azul-violeta e verde, nossos olhos enxergarão a
cor cyan, pois, como já dissemos, o olho humano enxerga apenas as reflexões de luz e
não as absorções. O olho humano não enxerga o vermelho da luz incidente que foi
absorvido, subtraído pelo pigmento cyan.
Assim, sempre que se tem reflexão de luzes vermelho e verde, nossos olhos
enxergarão a cor amarelo, pois, observando novamente que o olho humano enxerga
apenas as reflexões de luz e não as absorções, o olho humano não enxerga o azul-
violeta da luz incidente que foi absorvido, subtraído pelo pigmento amarelo.
Assim, sempre que se tem reflexão de luzes vermelho e azul-violeta, nossos olhos
enxergarão a cor magenta, pois, como já dissemos, o olho humano enxerga apenas as
reflexões de luz e não as absorções. O olho humano não enxerga o verde da luz
incidente que foi absorvido, subtraído pelo pigmento magenta.
Voltando à síntese subtrativa de cores, quando ocorrer a sobreposição das três cores
primárias − cyan, amarelo e magenta −, cada uma delas absorverá ou subtrairá
determinada luz primária proveniente da luz branca incidente:
Isso resultará na absorção total da luz branca, ou seja, resultará no preto. E o que
ocorre na realidade?
Ou seja, o pigmento cyan não consegue absorver todo o vermelho da luz incidente,
como também não consegue refletir todo o azul-violeta e todo o verde da luz branca
incidente. A mesma coisa ocorre com os pigmentos amarelo e magenta.
A garantia de um preto mais preciso (com maior contraste), ou seja, menos impuro do
que o preto obtido pela sobreposição de três cores que, como já sabemos, não são
puras e não originam um preto puro. O menor tempo de secagem: uma única tinta
(preta) seca mais rápido do que as três tintas sobrepostas.
Este sistema era preciso para descrever numericamente as cores e foi amplamente
utilizado para auxiliá-lo nas aulas que ministrava sobre cores. O sistema de ordenação
de cores Munsell ganhou aceitação internacional e serviu como base para o
desenvolvimento de outros sistemas de classificação das cores
Em 1905 ele lançou o livro “A color notation” e em 1915 o “Atlas of Munsell Color
System”. Em 1917 ele fundou a Munsell Color Company que passou a ser uma
Fundação (Munsell Color Foundation) com a função de promover os avanços na
ciência das cores. Hoje, no existe um laboratório (Munsell Color Science Laboratory)
dentro da Rochester Institute of Technology.
Munsell baseou seu sistema no conceito das três dimensões necessárias para
descrever completamente as cores: tom, saturação e luminosidade.
Munsell elaborou um sistema na forma de círculo composto por todas as cores, onde:
Todas as cores dispostas no Sistema Munsell têm um código que representa a sua
posição numérica dentro deste sistema de ordenação de cores.. Assim, quando
queremos classificar uma determinada cor de uma amostra desejada, realizamos uma
análise comparativa com as paletas de cores do Sistema Munsell. Quando acharmos
aquela mesma cor que desejamos na paleta, saberemos o tom, a luminosidade e a
saturação da cor de nossa amostra.
Munsell para montar seu sistema elaborou um circulo onde posicionou as cinco cores
básicas (principais) disponíveis em sua época:
Vermelho (R = red);
amarelo (Y = yellow);
verde (G= green);
azul (B= blue) e
púrpura (P= purple).
Depois ele intercalou entre estas cores principais as cinco cores intermediárias
formadas pela mistura das cores básicas:
YR (yellow red);
GY (green yellow);
BG (blue Green)
PB (purple blue) e
RP (red purple).
Este círculo de cores agora possuía uma sequência com 10 tons diferentes. Cada uma
destas sequências de cores foi subdividida em 10 graduações que correspondiam a
diferentes subtons, indicadas por um número de 1 a 10 antecedendo o nome do tom
mais próximo. O número 5 indica sempre um tom principal.
Uma escala de luminosidade da cor indica os diferentes níveis de gris foi posicionada
no centro do circulo. Nesta escala ao preto foi determinado o valor 0 e ao branco o
valor 10.
Para indicar a saturação, que significa o grau de pureza da cor, Munsell estabeleceu
uma escala progressiva (partindo da escala de luminosidade) com saturação baixa que
vai lentamente ficando com maior saturação quanto mais se distancia do eixo den
luminosidade.
A razão consiste em que, a uma altura média da zona de valor de “claridade”, todas as
cores devem atravessar um maior número de níveis de saturação, entre o tom puro e o
cinza neutro correspondente, uma vez que a cor muito clara ou muito escura difere do
branco ou do preto.
muito baixo. Isso significa dizer que é impossível obter um azul ou violeta saturado que
tenha um valor elevado.
O sistema Munsell completo pode ser representado por sólido de cores ou árvore de
cores (Munsell´s tree). Nesse sistema, cada cor é indicado por uma letra e três
números. Assim, por exemplo um tom vermelho (principal), com um valor médio na
escala de luminosidade e 7 níveis em pureza (distante do gris neutro) seria
representado da seguinte maneira: 5R5/7.
Exercícios de Aplicação
1. Defina colorimetria.
2. O que é cor?
3. Quais são as estruturas presentes no olho humano? Qual a função de cada
uma delas?
4. Que tipo de anomalias pode ocorrer no olho humano?
5. Quais são as limitações do olho humano?
6. O que concluiu Newton em sua experiência?
7. O que é espectro eletromagnético?
8. Defina luz.
9. Em que faixa de comprimento de onda o olho humano consegue enxergar?
10. Esboce, em gráficos, os iluminantes: A, D65 e D50. Indique qual o iluminante
padronizado para ser utilizado na área gráfica e justifique.
11. O que é necessário para ver a cor? (Responda fazendo um esboço do processo
de visualização.)
12. Faça um esboço da síntese aditiva e da subtrativa.
13. Por que é necessário usar tinta preta em um trabalho de sobreposição de
cores?
14. Defina:
Transmissão: ____________________________________________________
Absorção: _______________________________________________________
Reemissão: ______________________________________________________
15. Defina:
Cor primária: _____________________________________________________
Cor secundária: __________________________________________________
Cor complementar: ________________________________________________
16. Se os pigmentos fossem 100% puros (saturados), teríamos, como resultado da
sobreposição de cyan, amarelo e magenta, o preto. Explique esse processo de
“formação” do preto por sobreposição utilizando o diagrama de blocos.
17. Em que foi baseado o sistema Munsell de descrição de cores?
18. Segundo Munsell, responda:
O que é tom e como ocorre sua variação no espaço de cor?
O que é saturação e como ocorre sua variação no espaço de cor?
O que é luminosidade e como ocorre sua variação no espaço de cor?
19. Qual é a cor do objeto representado pelo gráfico:
% Reemissão
% Reemissão
λ (nm) λ (nm)
% Reemissão
% Reemissão
λ (nm) λ (nm)
% Reemissão
% Reemissão
Sistemas Colorimétricos
A grande diferença em relação ao Sistema Munsell é que nesse sistema as cores são
medidas por colorímetros, e esses aparelhos fornecem valores numéricos dos atributos
da cor:
Aí então surgiram estudos para analisar como funciona o olho humano, que tipo de
estruturas de nosso sistema óptico captam as cores e até que ponto poderia se
construir equipamentos com o mesmo princípio.
Nota-se, desde esse primeiro contato entre sensação de cor e números de cor, que a
preocupação é quantificar o que se enxerga, capacitar o sistema a aprovar como cores
iguais apenas o que visualmente se aprova como cores iguais.
Junto ao ponto de luz dessa fonte, outro ponto de luz foi formado por combinação de
luzes vermelha, verde e azul-violeta, de modo que ambos os pontos de luz pudessem
ser vistos, simultaneamente, pelo observador. Essas luzes (vermelha, verde e azul-
violeta) são chamadas de luzes primárias (formadoras da luz branca, por
sobreposição).
projetada pode ser descrita pela quantidade de luzes emitidas pelas três luzes
primárias até se igualarem.
Esses valores primários foram descritos de maneira que todas as cores do espectro
(cada comprimento de onda) pudessem ser igualadas com quantidades positivas das
três primárias.
Valores cromáticos X, Y e Z
Os valores tristímulos X, Y e Z podem ser utilizados para definir a cor, mas os
resultados não são facilmente obtidos. Por causa disso, a CIE definiu um espaço de
cores, em 1931, denominado Diagrama de Cromaticidade, ou espaço x,y,Y. Esse
diagrama trabalha em duas dimensões, x e y, ou seja, neste espaço de cores o Y é a
coordenada tridimensional denominada luminosidade, a qual representará a
tridimensionalidade da cor, sendo determinada por meio de medição no colorímetro.
A figura 10 mostra que o tom (ou Hue) é representado por todos os pontos ao redor do
perímetro do Diagrama de Cromaticidade. A saturação ou Chroma é representada por
curvas que partem da parte central (área branca neutra), em direção ao perímetro do
diagrama, atingindo valores de aumento de saturação maiores a medida que se
aproximam do perímetro, o tom puro corresponde a 100% de saturação.
Equipamentos
Para a perfeita utilização do Diagrama de Cromaticidade, ou do sistema CIE 1931, faz-
se necessária a utilização de um colorímetro. O colorímetro é um equipamento que
utiliza filtros coloridos para medir a reflectância da amostra expressando de maneira
numérica (Rx, Ry e Rz) as leituras dos filtros vermelho, verde e de azul-violeta.
Nesse caso, as reflexões de Vr, Vd e Azv (Rx, Ry e Rz) devem ser convertidas em
valores tristímulos X, Y e Z por intermédio de fórmulas específicas para cada
iluminante.
A partir dos cálculos dos valores tristímulos, calculamos as coordenadas de cor (x, y)
que servirá como localizador desta cor no Diagrama de Cromaticidade. A partir do
ponto localizado nas cartas do diagrama determinamos o tom da cor (em nanômetros)
e a sua saturação (em %). A luminosidade da cor Y será fornecida pela leitura efetuada
com o filtro verde do colorimetro.
Exercícios de Aplicação
1. Rx = 0,70
Ry = 33,0
Rz = 99,8
2. Rx = 13,4
Ry = 12,9
Rz = 2,6
3. Rx = 10,6
Ry = 8,5
Rz = 4,0
4. Rx = 65,9
Ry = 46,6
Rz = 31,2
5. Rx = 11,9
Ry = 14,4
Rz = 36,7
6. Rx = 31,0
Ry = 16,0
Rz = 12,8
7. Rx = 86,0
Ry = 71,4
Rz = 12,1
8. Rx = 18,1
Ry = 26,7
Rz = 17,2
Observação:
• Utilize as fórmulas:
x= X y= Y
X+Y+Z X+Y+Z
Sistema com Uniform Chromaticity Scale, ou com escala uniforme de cores, aprovado
pela CIE.
É importante observar que se trata de elipses e não de círculos, e que seu tamanho é
variável. Assim, o sistema CIE não representava um espaço de cores com variações
proporcionais de cores.
W1 W
∆W
A
W2 ∆E
∆W
∆U2 + ∆V2
√∆
N
V1 ∆V V2
U2 M ∆V V
∆U ∆U B
U1
N ∆U2 + ∆V2
√∆
A respeito dos cálculos que envolvem o sistema CIE 1964, as novas coordenadas U, V,
W são definidas em função dos valores triestímulos X, Y, Z, mediante as seguintes
relações:
W = 25 Y1/3 – 17
U = 13 W (u – uo)
V = 13 W (v – vo)
Para dar uma ideia melhor sobre ângulo de visualização, fixando uma distância-padrão
de 50 cm entre observador e objeto, para um ângulo de 2o temos o correspondente a
um diâmetro de observação correspondente a 1,7 cm.
Quadro de exemplo
Padrão Europa Amostra Como fazer?
Norma ISO de Cyan
Rx 6,33 Medição em colorímetro Reflexão de Vm
Ry 21,85 Elrepho Reflexão de Vd
Rz 61,37 Reflexão de AzV
X X = (0,782 x Rx) + (0,198 x Rz) Valores Tristímulos
Y Y = Ry (p/ iluminante C)
Z Z = 1,181 . Rz
u u= 4.X Coordenadas do
X + 15.Y + 3 . Z Sistema CIE 1964
v v= 6.Y
X + 15.Y + 3 . Z
W 52,9 W = 25.Y1/3 –
17
U -54,5 U = 13 .W . (u- uo)
V -50,9 V = 13 .W . (v – vo)
Dados: Tolerância para Cyan Europa
uo = 0,20088 (NORMA ISO) = ± 3,0
vo = 0,30729
-3 Padrão +3
Exercícios de Aplicação
Determine a diferença entre as cores (∆E) e se as cores pertencem à Escala Europa.
Observação: efetuar os cálculos com aproximação de 3 casas decimais.
1) Cor: AMARELO
Padrão
2) Cor: AMARELO
vo = 0,30729 uo = 0,20088
Padrão
3) Cor: AZUL-VIOLETA
vo = 0,30729 uo = 0,20088
Padrão
4) Cor: CYAN
vo = 0,30729 uo = 0,20088
Padrão
5) Cor: MAGENTA
vo = 0,30729 uo = 0,20088
Padrão
6) Cor: VERMELHO
vo = 0,30729 uo = 0,20088
Padrão
7) Cor: VERDE
vo = 0,30729 uo = 0,20088
Padrão
8) Cor: AZUL-VIOLETA
vo = 0,30729 uo = 0,20088
Padrão
U V W TOLERÂNCIA
AM 19,1 70,9 89,7 ±2,3
MG 112,0 –12,7 47,4 ±5,0
CY –54,5 –50,9 52,9 ±3,0
VM 139,8 21,8 46,4 ±7,3
VD –69,1 28,1 46,7 ±5,3
AZV –3,6 –35,4 48,1 ±8,0
A tolerância é o limite permitido para que a amostra seja considerada igual ao padrão
Europa.
Raízes Cúbicas
RAIZ CÚBICA
RAIZ CÚBICA
RAIZ CÚBICA
RAIZ CÚBICA
NÚMEROS
NÚMEROS
NÚMEROS
NÚMEROS
1 1,000 28 3,036 55 3,802 82 4,344
2 1,259 29 3,072 56 3,825 83 4,362
3 1,442 30 3,107 57 3,848 84 4,379
4 1,587 31 3,141 58 3,870 85 4,396
5 1,709 32 3,174 59 3,892 86 4,414
6 1,817 33 3,207 60 3,914 87 4,431
7 1,912 34 3,239 61 3,936 88 4,447
8 2,000 35 3,271 62 3,957 89 4,464
9 2,080 36 3,301 63 3,979 90 4,481
10 2,154 37 3,332 64 4,000 91 4,497
11 2,223 38 3,361 65 4,020 92 4,514
12 2,286 39 3,391 66 4,041 93 4,530
13 2,351 40 3,419 67 4,061 94 4,546
14 2,410 41 3,448 68 4,081 95 4,562
15 2,466 42 3,476 69 4,101 96 4,578
16 2,519 43 3,503 70 4,121 97 4,594
17 2,571 44 3,530 71 4,140 98 4,610
18 2,620 45 3,556 72 4,160 99 4,626
19 2,668 46 3,583 73 4,179 100 4,641
20 2,714 47 3,608 74 4,198 101 4,657
21 2,758 48 3,634 75 4,217 102 4,672
22 2,802 49 3,659 76 4,235 103 4,687
23 2,843 50 3,684 77 4,254 104 4,702
24 2,884 51 3,708 78 4,272 105 4,717
25 2,924 52 3,732 79 4,290 106 4,732
26 2,962 53 3,756 80 4,308 107 4,747
27 3,000 54 3,779 81 4,326 108 4,762
RAIZ CÚBICA
RAIZ CÚBICA
RAIZ CÚBICA
RAIZ CÚBICA
NÚMEROS
NÚMEROS
NÚMEROS
NÚMEROS
109 4,776 132 5,091 155 5,371 178 5,625
110 4,791 133 5,104 156 5,383 179 5,635
111 4,805 134 5,117 157 5,394 180 5,646
112 4,820 135 5,129 158 5,406 181 5,656
113 4,834 136 5,142 159 5,417 182 5,667
114 4,848 137 5,155 160 5,428 183 5,677
115 4,862 138 5,167 161 5,440 184 5,687
116 4,876 139 5,180 162 5,451 185 5,698
117 4,890 140 5,192 163 5,462 186 5,708
118 4,904 141 5,204 164 5,473 187 5,718
119 4,918 142 5,217 165 5,484 188 5,728
120 4,932 143 5,229 166 5,495 189 5,728
121 4,946 144 5,241 167 5,506 190 5,748
122 4,959 145 5,253 168 5,517 191 5,758
123 4,973 146 5,265 169 5,528 192 5,768
124 4,986 147 5,277 170 5,539 193 5,778
125 5,000 148 5,289 171 5,550 194 5,788
126 5,013 149 5,301 172 5,561 195 5,798
127 5,026 150 5,313 173 5,572 196 5,808
128 5,039 151 5,325 174 5,582 197 5,818
129 5,052 152 5,336 175 5,593 198 5,828
130 5,065 153 5,348 176 5,604 199 5,838
131 5,078 154 5,360 177 5,614 200 5,848
Esse espaço cromático baseia-se na teoria das cores oponentes. Segundo essa teoria,
uma cor não pode ser esverdeada e avermelhada ao mesmo tempo, tampouco
azulada e amarelada simultaneamente. Como resultado, valores singulares devem ser
usados para descrever os atributos em termos de posicionamento da cor em relação a
vermelho/verde e amarelo/azul-violeta.
L = 116 (Y/Yn)1/3 – 16
a = 500 [(X/Xn) 1/3 – (Y/Yn) 1/3]
b = 200 [(Y/Yn) 1/3 – (Z/Zn) 1/3]
Diferença de cor (∆
∆ CIE Lab)
Os valores mais utilizados para a avaliação numérica da cor são valores de diferença
de cor, estabelecidos sempre a partir de um padrão conhecido (aprovado).
O objetivo do sistema CIE Lab é não somente definir numericamente a cor, mas
também comparar a cor entre dois objetos.
Uma vez conhecidas as diferenças de luminosidade ∆L, no eixo a ∆a, e no eixo b ∆b, a
diferença total entre as cores (amostra e padrão) ou a distância entre elas no espaço
Lab pode ser determinada por um único valor, conhecido como ∆E. Portanto, ∆E
representa a diferença total entre duas cores, nas três dimensões da cor.
Vamos comparar a cor da flor C com a cor da flor A. Separadamente, cada uma
poderia ser classificada como uma flor “amarela”. Mas, quando posicionadas lado a
lado (em um impresso, por exemplo), qual é a diferença de cor entre elas? Em que
essas cores diferem?
Figura 19– Espaço Lab – 1º quadrante: valores das flores A e C plotados no espaço
Lab (Catálogo X-Rite).
• No eixo b, a diferença entre elas é de – 5,25, o que indica que a flor C é menos
amarela do que a flor A.
Diferença de cor entre as flores B e A
∆L = +11,1 ∆a = – 6,1 ∆b = – 5,25
2 2 2 1/2
∆E = [(∆L) + (∆a) + (∆b) ]
∆E = [(+11,1)2 + (–6,1) 2 + (–5,25)2] 1/2
∆E = 13,71
Tolerância de Cor
Os cálculos CIE Lab representam uma das primeiras formas de análise de cor em um
espaço cromático uniforme.
Uma unidade de diferença de cor para o verde é similar a uma unidade de diferença de
cor para o vermelho e para o azul, e assim para todas as cores.
Os valores Lab são calculados a partir dos valores triestímulos (X, Y, Z), os quais são
referências básicas de todos os modelos matemáticos de cores. A cor-padrão está
localizada no centro do espaço cromático CIE Lab, imediatamente após sua medição.
O próprio sistema estabelece e traça ao redor da cor-padrão uma caixa tridimensional,
envolvendo o ponto localizado no espaço da cor-padrão. As dimensões são
estabelecidas pelo usuário do sistema, quando é estabelecido o valor de tolerância.
Pode-
Pode-se definir tolerâncias individuais para L, a e b.
v5615
®
Aceitabilidade Visual
A aceitabilidade visual tem forma de elipse, portanto existem algumas regiões do
espaço cromático Lab (cuja tolerância assume forma retangular tridimensional) que
podem causar problemas no resultado final.
Uma tolerância retangular ao redor da elipse (sendo o ponto central representado pela
cor-padrão) pode resultar em bons números, ou seja, o sistema considera amostras
iguais ao padrão, pois caíram dentro do retângulo, e, no entanto, representam cores
inaceitáveis como iguais quanto à tolerância visual.
L
+b
-a +a
-b
QA-Master
Limites L*a*b*
v5615
®
L
+b
-a +a
-b
QA-Master
Limites L*a*b*
v5615
®
Sistema LCh
80,77º
Tolerância de Cor
Os cálculos de tolerância de cor são derivados de valores Lab. Portanto,
matematicamente ocorre a conversão do sistema, de coordenada retangular para um
sistema de coordenada cilíndrica polar.
O valor h, expresso em graus (°), deve ser transformado em um vetor (valor radial),
calculado a partir do eixo até o posicionamento da cor no espaço. ∆H é o cálculo da
diferença de tom entre duas cores.
Figura 26 – Variação de C e de H
(Catálogo X-Rite).
Exercícios de Aplicação
Faça a análise dos relatórios propostos, segundo as perguntas a seguir.
Laranja 45°
Bibliografia
• AGFA. The Secrets of Color Management – Digital Color Prepress, USA. Agfa.
v. 5, 1997.
• Minolta Co., Ltd. Precise Color Communication – Color Control from feeling to
instrumentation, USA, Minolta,1994.