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Índice

Introdução...................................................................................................................................2

Trabalho, calor e energia interna.................................................................................................3

Entropia.......................................................................................................................................5

Entalpia........................................................................................................................................7

Energia livre de Gibbs..................................................................................................................9

Conclusão...................................................................................................................................11

Referencias Bibliográficas:.........................................................................................................12

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Introdução

A termoquímica, também chamada de termodinâmica química, é o ramo da


físico-química que estuda as quantidades de calor (energia) absorvidas ou
liberadas em reações químicas, assim como as transformações físicas, tais como
a fusão e a ebulição, baseando-se em princípios da termodinâmica.

A termoquímica genericamente é relacionada com a troca de energia


acompanhando transformações, tais como misturas, transições de fases, reações
químicas, além de calcular grandezas como a capacidade térmica, o calor de
combustão, o calor de formação, a entalpia e a energia livre.

Este trabalho tem como objetivo apresentar conceitos sobre entalpia, entropia,
trabalho, calor, energia interna. Como a segunda lei da termodinâmica nos ajuda
a determinar se um processo será ou não espontâneo e como usar da energia livre
de Gibbs para prever se uma reação será espontânea no sentido direto ou no
inverso.

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Trabalho, calor e energia interna
A troca e a transformação de energia são fenômenos que ocorrem
constantemente na natureza. Basta esfregarmos as nossas mãos para
percebermos o aumento da temperatura delas. Nesse caso, temos uma
transformação da energia mecânica em calor. Esse é só um dos muitos exemplos
que ocorrem frequentemente ao nosso redor.

A termodinâmica trata do estudo da relação entre o calor e o trabalho, ou, de


uma maneira mais prática, o estudo de métodos para a transformação e energia
térmica em energia de movimento.

A primeira lei da termodinâmica, que é o princípio da conservação da energia


aplicada a sistemas termodinâmicos.

A segunda lei da termodinâmica, que nos mostra as limitações impostas pela


natureza quando se transforma calor em trabalho.

Para entendê-las, é preciso inicialmente compreender duas grandezas físicas


importantes: o trabalho e a energia interna.

Imagine que você tem alguns livros que precisam ser guardados em uma estante.
Para tal tarefa, você precisa aplicar uma força nos livros. Será necessário
deslocá-los e guardá-los na estante. Na física, quando temos força e um
consequente deslocamento, dizemos que houve a realização de trabalho. Na
termodinâmica, o trabalho tem um papel fundamental, pois ele pode ser
considerado como o objetivo final da construção de uma máquina térmica. Nas
antigas maquinas a vapor, por exemplo, gerava-se calor com a queima de
combustível, como o carvão. O resultado final era o movimento, ou seja, a
realização de trabalho.

O trabalho é numericamente igual à área entre a curva do gráfico e o eixo do


volume.

U é a energia interna.

R é a constante dos gases perfeitos (um valor dado).

T é a temperatura.

A primeira lei da termodinâmica


a primeira lei da termodinâmica é o princípio da conservação de energia
aplicado a sistemas termodinâmicos. O princípio da conservação da energia
baseia-se no fato de que a energia não é criada e nem destruída, mas sim
transformada. À primeira lei da termodinâmica, é definida da seguinte forma.

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Q = τ + Δ U.

Segunda Lei da Termodinâmica


Na natureza, encontramos a energia em diversas formas: energia nuclear,
elétrica, mecânica, solar dentre outras, e é possível transformá-las integralmente
em calor. Quando lixa uma mesa, através do atrito, você transforma
integralmente o trabalho em calor com muita facilidade.

É importante saber calcular o rendimento destas máquinas. Para uma máquina


térmica, o rendimento é determinado pela seguinte relação:

η = τ/Q1

Uma imposição da segunda lei da termodinâmica é que nenhuma máquina


térmica tem rendimento de 100%, por isso vale a seguinte condição:

0≤η<1

Calor
É o termo associado à transferência de energia térmica de um sistema a outro - ou entre
partes de um mesmo sistema - exclusivamente em virtude da diferença de temperaturas
entre eles. Designa também a quantidade de energia térmica transferida em tal processo.
Calor não é uma propriedade dos sistemas termodinâmicos, e por tal não é correto
afirmar que um corpo possui mais calor que outro, e tampouco é correto afirmar que um
corpo "possui" calor.
Os corpos (ou sistemas) possuem energia interna, essa composta por duas parcelas, a
energia térmica e a energia potencial (energia química). Os conceitos de energia interna
ou mesmo de energia térmica não devem jamais ser confundidos com o conceito de
calor; que implica sempre energia térmica em trânsito ou transferida devido a uma
diferença de temperaturas.

Energia interna
Em Termodinâmica a energia interna U de um sistema corresponde à soma de todas as
energias cinéticas - o que se traduz assumido o referencial adequado à definição por
energia térmica - e das energias potenciais - com destaque para a energia potencial
elétrica - associadas às partículas que compõem um dado sistema termodinâmico.
A energia atrelada à radiação térmica confinada também integra a energia interna, e sua
contribuição inclui-se usualmente na parcela de energia térmica. O tratamento rigoroso
da radiação térmica usualmente requer, contudo, conhecimentos mínimos oriundos da
física quântica. Em caso de sistemas fora do âmbito da física clássica deve-se incluir
também como integrante da energia interna, em acordo com o princípio da equivalência
massa energia, uma parcela de energia associada à massa deste sistema (E=mC²).

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Para sistemas clássicos esta parcela, e em vários casos também a anterior, podem
entretanto ser perfeitamente suprimidas uma vez que, nestes casos, a lei da conservação
de energia em seu sentido mais abrangente degenera-se em duas leis distintas, as leis
clássicas da conservação da energia e a da conservação da massa; e em sistemas
constituídos por partículas fundamentais pressupostas perfeitamente neutras não espera-
se a existência de radiação térmica (essa fazendo-se contudo presente, nos casos reais
assim modelados, em escala desprezível).

Entropia
A entropia (do grego εντροπία, entropía), unidade [J/K] (joules por kelvin), é
uma grandeza termodinâmica que mensura o grau de irreversibilidade de um
sistema, encontrando-se geralmente associada ao que se denomina por
"desordem" (não em senso comum) [Nota 1]de um sistema termodinâmico. Em
acordo com a segunda lei da termodinâmica, trabalho pode ser completamente
convertido em calor, e por tal em energia térmica, mas energia térmica não pode
ser completamente convertida em trabalho. Com a entropia procura-se mensurar
a parcela de energia que não pode mais ser transformada em trabalho em
transformações termodinâmicas à dada temperatura.

A parcela de energia interna de um sistema em seu equilíbrio termodinâmico


que não pode mais ser convertida em trabalho à temperatura de equilíbrio pode
ser determinada pelo produto da entropia S pela temperatura absoluta T do
sistema no respetivo estado, encontrando-se disponível à execução de trabalho
por tal apenas a parcela F = U – TS da energia interna U em consideração. A
parcela de energia interna F que pode ser convertida em trabalho, assim como a
entropia, é uma função de estado do sistema, e por tal dá origem a um potencial
termodinâmico: a energia livre de Helmholtz do sistema em consideração.

A entropia não é uma grandeza que busca mensurar a energia ou a matéria total
encerrada pelas fronteiras do sistema termodinâmico, mas sim como esta
matéria e esta energia encontram-se armazenadas e distribuídas no sistema
definido por tais fronteiras. Assim, embora uma grandeza bem distinta das
grandezas massa, energia interna e quantidade de matéria, a entropia de um
sistema encontra-se certamente relacionada às grandezas citadas, sendo, da
mesma forma que as anteriores, uma propriedade do sistema. A fim de definir-se
um sistema simples especificam-se a energia interna U, a massa m -
especificamente a quantidade de matéria N e a natureza das partículas que
integram o sistema - e o seu volume V, e ao fazê-lo determina-se também, de
forma automática, o valor da entropia S do sistema - uma grandeza escalar - no
estado final a ser atingido uma vez dado tempo suficiente para que todos os

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processos necessários aconteçam. Assim a entropia S nos estados de equilíbrio
termodinâmico é uma função das grandezas antes citadas: S = S (U, V, N).

Ver-se-á que os processos que levam o sistema do estado inicial logo após ter
sido isolado até o estado de final - o estado de equilíbrio termodinâmico -
ocorrem sempre de forma a provocarem aumentos - ou no limite a manutenção -
do valor da entropia do sistema. Não ocorrem processos que impliquem a
diminuição da entropia total de um sistema isolado. A entropia é, pois, uma
função de estado que obedece a um princípio de maximização, o "princípio da
máxima entropia": a entropia em um estado de equilíbrio termodinâmico -
satisfeitas as restrições impostas ao sistema - é sempre a máxima possível.

A entropia é uma função de estado cujo valor sempre cresce durante processos
naturais em sistemas isolados; e quando escrita em função das grandezas
extensivas energia interna U, volume V e número de elementos N - no caso dos
sistemas termodinâmicos mais simples - a entropia S = S (U, V, N) é, assim como as
respetivas Transformadas de Legendre, uma equação fundamental para o
sistema termodinâmico em questão. É, então, possível, a partir desta e de todo o
formalismo termodinâmico, obter-se qualquer informação física relevante para o
sistema em estudo.

Se expressa em função de uma ou mais grandezas que não as citadas - cônjugas


a si - a expressão para a entropia S reduz-se a uma mera equação de estado. As
equações de estado, embora relacionem valores de grandezas termodinâmicas
nos estados de equilíbrio, não retêm em si, individualmente, todas as
informações acerca do sistema. É necessário o conhecimento de todas as
equações de estado para recuperar-se a completeza acerca das informações -
para a partir delas se estabelecer uma equação fundamental - e via transformada
de Legendre, se estabelecer qualquer das demais equações fundamentais - se
desejada.

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Entalpia
Entalpia é a quantidade de energia contida em uma determinada substância que
sofre reação. Ela calcula o calor de um sistema. Mais usado na termodinâmica,
baseada em propriedades como pressão e temperatura, esta tenta demonstrar o
total de energia interna que um sistema contém. Sua variação está na diferença
entre a entalpia dos produtos e a dos reagentes, sendo assim, o calor de uma
reação corresponde ao calor liberado ou absorvido em uma reação. No Sistema
Internacional de Unidades, sua unidade de medida é o J/mol ou Joule por mol.
Esta norma física foi definida por Josiah Willard Gibbs, sua fórmula é a mais
usada atualmente para mostrar o conteúdo calorífico de uma substância. Em
uma transformação de um dado sistema, a pressão constante, a entalpia pode ser
compreendida como transformação exotérmica ou transformação endotérmica.

Transformação exotérmica
Transformação associada a liberação de calor para o meio ambiente.

Transformação endotérmica
Transformação associada a absorção (retirada) de calor para o meio ambiente.

Exemplos de reações exotérmicas


-Combustão (queima) do gás butano, C4H10

C4H10(g) + 13/2 O2(g) => 4 CO2(g) + 5H20(g) + calor

-Combustão do etanol, C2H60:

C2H60(l) + 3O2(g) => 2 CO2(g) + 3 H2O(g) + calor

Exemplos de reações endotérmicas


-Decomposição da água em seus elementos:

H20(l) + calor => H2(g) + 1/2 O2(g)

-Fotossíntese:

6 CO2(g) + 6 H20(l) + calor => C6H12O6(aq) + 6 O2(g)

Entalpia e variação de Entalpia

O calor, como sabemos, é uma forma de energia e, segundo a Lei da


Conservação da Energia, ela não pode ser criada e nem destruída, pode apenas
ser transformada de uma forma para outra. Cada substância armazena certo
conteúdo de calor, que será alterado quando a substância sofrer uma
transformação. A liberação de calor pela reação exotérmica significa que o
conteúdo total de calor dos produtos á menor que o

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dos reagentes. Inversamente, a absorção de calor por uma reação endotérmicas
ignifica que o conteúdo total de calor armazenado nos produtos é maior que o
dos reagentes. A energia armazenada nas substâncias (reagentes ou produtos)
dá-se o nome de conteúdo de calor ou entalpia. Esta é usualmente representada
pela letra H.

Numa reação, a diferença entre as entalpias dos produtos e dos reagentes


corresponde à variação de entalpia, ∆H.

∆H = Hp – Hr

Hp é a Entalpia dos produtos e Hr é a Entalpia dos reagentes.

Lei de Hess
Em 1849, o químico Germain Henri Hess, efetuando inúmeras medidas dos
calores de reação, verificou que:

O calor liberado ou absorvido numa reação química depende apenas dos estados
intermediários pelos quais a reação passa.

Esta é a lei da atividade dos calores de reação ou lei de Hess. De acordo com
essa lei é possível calcular a variação de entalpia de uma reação através da soma
algébrica de equações químicas que possuam conhecidos.

Exemplos:

Ⅰ. C(graf) + O2(g) → CO2(g) ∆H = -393kJ

Ⅱ. H2(g) + 1/2 O2(g) → H2O(ℓ) ∆H = -285,5kJ

Ⅲ. CH4(g) + 2O2(g) → CO2(g) + 2H2O(ℓ) ∆H = -890kJ

É possível determinar a variação de entalpia da reação de formação do metano, CH4,


reação essa que não permite medidas calorimétricas precisas de seu calor de reação por
ser lenta e apresentar reações secundárias.

Energia de ligação
É a energia fornecida para romper 1 mol de ligações entre dois átomos e um
sistema gasoso, a 25ºC e 1 atm.

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Tipos de calores
A variação da entalpia recebe uma denominação particular da natureza da
reação:

Calor de combustão ou entalpia de combustão: É ∆H associado à reação de


combustão, no estado padrão, de um mol de uma substância.

Calor de dissolução ou entalpia de dissolução: É o ∆H associado a 1 molde


uma substância em água suficiente para preparar um solução diluída.

Calor de neutralização ou entalpia de neutralização: É o ∆H da reação de


neutralização de 1 equivalente-grama de um ácido por 1 equivalente de uma
base, ambos na forma de soluções aquosas diluídas.

Energia livre de Gibbs


A totalidade de energia associada a um sistema é mensurada não pela energia
interna do sistema - parcela que avalia apenas a totalidade das energias
diretamente atreladas aos componentes integrantes do sistema - mas sim pela
entalpia do sistema, grandeza que considera não apenas as energias associadas
aos componentes do sistema como também as energias indiretamente atreladas
ao sistema em virtude das relações que este estabelece com sua vizinhança -
parcela última reconhecível como a energia passível de ser recebida da
vizinhança mediante a execução de trabalho dadas as variações de volume do
sistema frente à pressão imposta pela vizinhança. Dada a segunda lei da
termodinâmica, da energia total atrelada ao sistema, uma parcela desta,
especificamente uma parcela da energia interna do sistema - por encontrar-se
associada à entropia do sistema - nunca é passível de ser transformada em
trabalho; tal parcela é segundo a termodinâmica determinável pelo produto entre
a temperatura T e a entropia S do sistema. Decorre que a totalidade de energia
atrelada a um sistema efetivamente disponível para a realização de trabalho útil -
definida como a energia livre de Gibbs - é calculável pela diferença entre a
energia total associada ao sistema - sua entalpia - e a parcela de energia
indisponível à realização de trabalho dada sua associação com a entropia do
sistema. A energia livre de Gibbs G é matematicamente pois definida como:

G = H - TS = U + PV – TS

Se um dado sistema termodinâmico evolui de um estado inicial "i" para outro


estado final "f" através de transformações isotérmicas e isobáricas reversíveis -
situação em que por definição não há variação de entropia do sistema mais
reservatórios (térmico ou bárico) de forma que a soma U-TS para o sistema (e
não apenas o produto TS em si) se conserva em presença de calor entre sistema
e vizinhanças - a variação da energia livre de Gibbs (∆G = Gƒ – Gi) é igual à

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totalidade de trabalho realizado pelo sistema no processo menos a parcela de
trabalho realizada pelo sistema sobre sua vizinhança em virtude da variação de
seu volume frente à pressão P imposta pelo ambiente, ou seja, corresponde ao
trabalho efetivamente "útil" realizado pelo sistema no processo. A variação da
energia livre de Gibbs neste caso iguala-se à variação de entalpia experimentada
pelo sistema durante as transformações - reversíveis - que conectam os dois
estados.

Conforme definida, a energia livre de Gibbs é útil na análise de transformações


experimentadas por sistemas quando estes encontram-se em contato com um
reservatório térmico - o que garante a manutenção da temperatura nas
transformações - e em contato com um reservatório mecânico - o que garante a
manutenção da pressão ao longo das transformações. Ressalva-se, contudo, que
para todos os fins práticos e talvez teóricos - de forma similar ao que se verifica
para a entalpia, energia interna e demais potenciais termodinâmicos - de
considerável relevância têm-se não os valores absolutos das referidas energias,
mas sim as variações destas energias. Ao passo que as determinações dos
respectivos valores absolutos são experimentalmente extremamente
complicados - e por tal raramente feitos - as determinações das variações nestas
energias são, contudo experimentalmente bem acessíveis.

A energia de Gibbs pode ser um fator determinante no cálculo de outras


grandezas, como a voltagem de uma célula eletroquímica e a constante de
equilíbrio de uma reação reversível.

A energia livre foi inicialmente proposta na década de 1870 pelo físico e


matemático Willard Gibbs.

Espontaniedade
Na química, um processo espontâneo é aquele que ocorre sem a adição de
energia externa. Um processo espontâneo pode acontecer rapidamente ou
lentamente, porque a espontaneidade do processo não está relacionada à sua
cinética ou velocidade de reação. Um exemplo clássico é o processo do carbono
na forma de diamante transformando-se em grafite, o que pode ser escrito como
a seguinte reação:

C(s,diamante)→C(s,grafite)

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Conclusão

Este trabalho tem como meio de aprendizagem na a área da Termoquímica,


porem especificamente nos temas de entalpia, entropia, trabalho; calor; energia
interna, espontaneidade das reações, energia livre de Gibbs. Sendo um breve
resumo com as principais ideias e conceitos de temas que contem uma vasta
quantidade de informação.

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Referencias Bibliográficas:
 https://educacao.uol.com.br/disciplinas/fisica/termodinamica-1-calor-trabalho-e-
rendimento.htm
 https://pt.wikipedia.org/wiki/Termoqu%C3%ADmica#Calor_e_calorimetria
 https://pt.wikipedia.org/wiki/Calor
 https://pt.wikipedia.org/wiki/Energia_interna
 https://pt.wikipedia.org/wiki/Entropia
 https://pt.wikipedia.org/wiki/Entalpia
 https://pt.wikipedia.org/wiki/Energia_livre_de_Gibbs

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