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QUALIDADE DO AMBIENTE INTERNO
Níveis de filtragem
DEZEMBRO 20, 2017
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Níveis de filtragem

A filtragem do ar tem sido cada vez mais importante para os sistemas de


condicionamento de ar. Preocupações com a poluição de grandes cidades, causando
doenças e afetando processos de produção, provocam a busca por uma melhor qualidade
do ar nos ambientes climatizados.

Conforme o IAQ Guide, publicado em 2009 pela ASHRAE, a baixa qualidade do ar


interfere diretamente no desempenho dos trabalhadores em edifícios comerciais. A
economia em custos com assistência à saúde, absenteísmo e perda de produtividade
pode chegar a dezenas de bilhões de dólares anualmente nos EUA (EPA 1989; Fisk
2000; Mendell et al. 2002).

A Norma Brasileira ABNT NBR 16401-3:2008 diz que “a filtragem do ar tem como função
reduzir a concentração no ambiente dos poluentes trazidos do ar exterior e os
gerados internamente, os quais são transportados pelo ar recirculado, evitando sua
acumulação no sistema. ”

Os filtros comumente utilizados visam a retenção do material particulado em


suspensão no ar. Neste aspecto, a classificação de filtros tem um papel importante
para a padronização e comparação entre os diferentes fabricantes.

Classificação de filtros

Método atual

Até o filtro G4, o método de ensaio para definir a eficiência é o gravimétrico,


muito semelhante ao método descrito na norma ASHRAE Std 52.2 para filtros grossos.
A partir do filtro M5, a classificação se dá pela eficiência média (eficiência
inicial e final após a carga de pó sintético) para partículas de 0,4 µm. A partir
do filtro M5 e para F7 em diante, também apresenta uma eficiência mínima com filtro
descarregado eletrostaticamente (quarta coluna da tabela 1).

Filtragem do ar: uma nova era está surgindo

Normas e tabelas

A classificação utilizada pela norma ABNT NBR 16101 – 2012 utiliza como base a
Norma EN 779:2012 que traz a tabela 1 com os critérios de classificação:

A filtragem do ar tem sido cada vez mais importante para os sistemas de


condicionamento de ar. Preocupações com a poluição de grandes cidades, causando
doenças e afetando processos de produção, provocam a busca por uma melhor qualidade
do ar nos ambientes climatizados.

Conforme o IAQ Guide, publicado em 2009 pela ASHRAE, a baixa qualidade do ar


interfere diretamente no desempenho dos trabalhadores em edifícios comerciais. A
economia em custos com assistência à saúde, absenteísmo e perda de produtividade
pode chegar a dezenas de bilhões de dólares anualmente nos EUA (EPA 1989; Fisk
2000; Mendell et al. 2002).

A Norma Brasileira ABNT NBR 16401-3:2008 diz que “a filtragem do ar tem como função
reduzir a concentração no ambiente dos poluentes trazidos do ar exterior e os
gerados internamente, os quais são transportados pelo ar recirculado, evitando sua
acumulação no sistema. ”

Os filtros comumente utilizados visam a retenção do material particulado em


suspensão no ar. Neste aspecto, a classificação de filtros tem um papel importante
para a padronização e comparação entre os diferentes fabricantes.

Classificação de filtros

Método atual

Até o filtro G4, o método de ensaio para definir a eficiência é o gravimétrico,


muito semelhante ao método descrito na norma ASHRAE Std 52.2 para filtros grossos.
A partir do filtro M5, a classificação se dá pela eficiência média (eficiência
inicial e final após a carga de pó sintético) para partículas de 0,4 µm. A partir
do filtro M5 e para F7 em diante, também apresenta uma eficiência mínima com filtro
descarregado eletrostaticamente (quarta coluna da tabela 1).

Normas e tabelas

A classificação utilizada pela norma ABNT NBR 16101 – 2012 utiliza como base a
Norma EN 779:2012 que traz a tabela 1 com os critérios de classificação:

Tabela 1. Critérios de classificação segundo a norma ABNT NBR 16101 – 2012Para


filtros de maior eficiência, os chamados absolutos, a norma utilizada é a EN
1822:2009 que traz os critérios apresentados na tabela 2:

Tabela 2. Critérios de classificação para filtros absolutos segundo a Norma EN


1822:2009

Esta eficiência é definida para o tamanho de partícula de maior penetração (chamado


MPPS Most Penetrating Particle Size).

Esta norma também já foi descontinuada e foi substituída pela ISO 24963-1 sendo que
no Brasil já foi publicada também como NBR ISO 24963-1 que segue o mesmo critério,
e inclui mais 7 níveis de classificação.

ISO Standard 16890-1:2016

A Norma EN 779 está em processo de substituição pela Norma ISO 16890 que muda a
forma de testes de eficiência em filtros. O método da Norma NBR 16101 utiliza
partículas de 0,4 µm para o teste, enquanto a ISO prevê a utilização de três
grupos: PM10 – partículas de 0,3 µm a 10 µm, PM2,5 – partículas de 0,3 µm a 2,5 µm,
e PM1 – partículas de 0,3 µm a 1,0 µm.

Material Particulado (MP) – é uma mistura complexa de sólidos com diâmetro


reduzido, cujos componentes apresentam características físicas e químicas diversas.
Em geral o material particulado é classificado de acordo com o diâmetro das
partículas, devido à relação existente entre diâmetro e possibilidade de penetração
no trato respiratório.
Fontes – as fontes principais de material particulado são a queima de combustíveis
fósseis, queima de biomassa vegetal, emissões de amônia na agricultura e emissões
decorrentes de obras e pavimentação de vias.
Efeitos – estudos indicam que os efeitos do material particulado sobre a saúde
incluem: câncer respiratório, arteriosclerose, inflamação de pulmão, agravamento de
sintomas de asma, aumento de internações hospitalares, podendo levar à morte.
O procedimento de teste começa com a medição da curva de eficiência para partículas
entre 0,3 µm e 10 µm. Em seguida, o filtro é descarregado eletrostaticamente quando
exposto à uma atmosfera de vapor de isopropanol para eliminar o mecanismo
eletrostático. Depois, realiza-se um novo ensaio nestas mesmas condições. A
eficiência a ser considerada para o filtro será a média entre as duas medidas. Com
estas eficiências médias para cada tamanho de partícula é feito um cálculo
considerando a concentração de massa de material particulado que fica retido para
os grupos PM1, PM2,5 e PM10. O resultado é expresso em % da concentração em massa
do material particulado da faixa específica expresso em µg/m3 de ar.

Exemplos de partículas de interesse em cada nível:

Conclusão

A ISO 16890 traz uma nomenclatura mais adequada às aplicações reais sendo que a
Organização Mundial de Saúde já utiliza a nomenclatura de material particulado (PM)
e possui diversos estudos e informativos com essa referência.

Na Europa ambas as normas são válidas atualmente, sendo que a ISO 16890 entrará
definitivamente em vigor (tornando a EN 779:2012 inválida) em julho de 2018. No
Brasil será necessária uma adequação da regulamentação vigente, visto que a maioria
dos fornecedores de filtros são multinacionais e devem se adaptar adequadamente às
mudanças.

Alex Agibert Depetris, engenheiro na Somar Engenharia e membro da ASHRAE Chapter


Brasil

A Coleção Fundamentos é coordenada pelo Professor Doutor Alberto Hernandez Neto,


docente da Engenharia Mecânica da POLI-USP e membro do Conselho Editorial da
revista Abrava + Climatização & Refrigeração.

Referências:

ABNT NBR 16401-1:2008 – Instalações de ar-condicionado – Sistemas centrais e


unitários. Parte 1: Projetos das instalações

ASHRAE Stardard 52.2:2012 – Method of Testing General Ventilation Air-Cleaning


Devices for Removal Efficiency by Particle Size

DIN EN 779:2012 – Particulate air filters for general ventilation – Determination


of the filtration performance

DIN EN 1822:2009 – High efficiency air filters (EPA, HEPA and ULPA) – Part 1:
Classification, performance testing, marking

http://www.tranebelgium.com/files/product-doc/364/fr/Norme-ISO-16890.pdf

Air Filter Performance: New Method for Testing, Paolo Tronville, Ph.D.; Richard
Rivers, ASHRAE Journal, vol. 58, no. 5, May 2016

ISO 16890-1 – Air filters for general ventilation– Part 1: Technical


specifications, requirements and classification system based upon particulate
matter efficiency (ePM)

http://www.mma.gov.br/cidades-sustentaveis/qualidde-do-ar/poluentes-atmosf
%C3%A9ricos

Tags:filtragem
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