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TESTE

- LER OS ARTIGOS DA FEIRA DE ATIVIDADES. EX: QUAL A


IMPORTÂNCIA EM ADOTAR ESTRATÉGIAS PARA A REALIZAÇÃO DE
ATIVIDADES? (TER UMA IDEIA DO TIPO DE ATIVIDADE, SE É COM
PUZZLES, SE É EXPERENCIAL; COMO É POSSÍVEL EXPLORAR AS CIÊNCIAS
DESDE TENRA IDADE);

FEIRA DE 2006 e 2013


Atividades desenvolvidas: sob a forma de jogos, modelos anatómicos, puzzles,
problemas matemáticos, experiências e dramatizações, integradas em domínios das
ciências físicas e naturais.
Abordaram-se conceitos como a reprodução das plantas, hereditariedade,
combinações matemáticas, estados físicos da água, camuflagem, entre muitos outros.
Estas feiras de atividades permitiram construir conhecimento em várias áreas,
simultaneamente. Constatou-se que, um evento desta natureza cria condições
propícias para promover, de forma integrada e holística, o conhecimento em ciências,
a capacidade de expressão e comunicação e, também, o desenvolvimento da formação
pessoal e social.
A educação em ciências deve iniciar-se desde muito cedo, com o intuito de formar
cidadãos, para que estes sejam capazes de lidar, de forma eficiente, com os desafios e
as necessidades da sociedade atual.
A educação em ciências pode refletir-se em diferentes contextos: educação formal
(ensino tradicional); educação não formal (feiras de atividades, museus, centro de
ciência viva, biblioteca, parques); educação informal (convivência com a família,
amigos).
Os contextos de educação não formal detêm um enorme potencial a ser explorado,
principalmente no que diz respeito à motivação da criança para a aprendizagem,
valorizando as suas experiências anteriores, no desenvolvimento da criatividade e,
sobretudo, no despertar do interesse pelas ciências.
As visitas a contextos de educação não formais, como as Feiras de atividades em
ciências, estimulam as crianças para aprenderem mais sobre ciência. Estes contextos
revelam-se como espaços interativos onde as crianças em idade pré-escolar podem
brincar, explorar e, consequentemente, participar ativamente no seu próprio processo
de aprendizagem.
É necessário sensibilizar a comunidade para a importância da educação em ciências
desde os primeiros anos de vida, uma vez que não existem limites para a criatividade.

FEIRA DE 2016
Desenvolveram-se atividades experimentais, orientadas para a exploração das fases
do ciclo de vida da rã e visualizou-se uma dramatização intitulada A Ria Encantada,
dirigida ao estudo do ecossistema Ria Formosa.
Foram desenvolvidas dramatizações, jogos lúdico-didáticos, quebra-cabeças e
atividades de exploração e construção.
É importante que a escola incorpore a atividade de visita a espaços de divulgação
científica no seu plano anual, não somente como atividade complementar espaço de
lazer, mas como parte do processo de ensino e aprendizagem.
Esta feira foi contextualizada como educação não-formal, proporcionando situações
de aprendizagem com significado e desafiadoras para as crianças envolvidas,
despertando-lhes as suas curiosidades naturais e o seu desejo inato de saber.

- SLIDES DAS AULAS TEÓRICAS: A IMPORTÂNCIAS DAS CIÊNCIAS;


ARTIGO GERDE ET AL 2013 (é em inglês, piadaaaaa) – QUAIS OS ASPETOS A
CONSIDERAR NO MÉTODO CIENTÍFICO;

 CONHECIMENTO CIENTÍFICO
 MÉTODO CIENTÍFICO
 CICLO INVESTIGATIVO
 METODOLOGIA CTSA

- As crianças têm de ser estimuladas a aprender ciências e isso ocorre graças ao nosso
papel de intervenção, ao nosso papel como guia.

- A literatura é considerada como parte da “base” para dar a conhecer a ciência às


crianças, uma vez que os livros desencadeiam vontade em saber mais. Contudo, os
livros não são os únicos que transmitem aprendizagens. Atividades no exterior, como
uma simples ida ao parque, ajudam na compreensão do meio envolvente através das
experiências pessoais (ex: conhecerem as diversas folhas existentes).
- As crianças estão, constantemente, interessadas em descobrir o mundo natural e como
este funciona. Assim, devem ter oportunidade, desde os primeiros anos, de explorar e
começar a compreender o nosso complexo maravilhoso mundo.

- A aprendizagem das ciências nesta faixa etária promove a formação de cidadãos


ativos, proporciona diversas oportunidades para desenvolverem competências
associadas à linguagem, artes e matemática e, dá, também, aso à entrada noutros
domínios científicos presentes nas orientações curriculares.

- É crucial o desenvolvimento científico literato para enfrentar um mundo em constante


mudança.

- O conhecimento e a compreensão dos conceitos científicos e dos processos serão


necessários para as tomadas de decisão pessoais, para a participação nas questões
cívicas e culturais e para serem adultos economicamente produtivos.

- CONHECIMENTO CIENTÍFICO

Para que exista conhecimento científico é necessário, primeiramente, explorar o mundo,


ou seja, observá-lo, para que a criança compare, brinque, descubra; seguidamente, vêm
as explicações das observações, para que, posteriormente, as crianças, após a recolha
dos dados, proponham explicações e testem as propostas, com o intuito de construírem
conhecimento científico significativo. Podemos, então, concluir que para existir
conhecimento científico são necessários dois fatores/características fundamentais:
observação e explicação.

O conhecimento científico abarca 5 conteúdos: os factos (originados das atividades


exploratórias em ciências), os conceitos, os princípios, os modelos e as teorias
(desenvolvidos a partir das atividades explicativas ou interpretativas).
Podemos, então, afirmar que o principal objetivo da educação em ciências é promover a
compreensão da natureza e dos fenómenos, com base no conhecimento científico.
MÉTODO CIENTÍFICO

- CICLO INVESTIGATIVO (PASSOS ESSENCIAIS)

1º Fazer perguntas simples (questões às quais queremos obter respostas);

2º Planear investigações (delinear);

3º Usar ferramentas e técnicas para recolher dados (inquéritos,


experimentações, atividades, entrevistas);

4º Organizar e interpretar os dados recolhidos;


5º Coordenar as evidências observadas com o conhecimento científico na
construção de explicações (confrontar os resultados com a conhecimento literato);

6º Comunicar as investigações, observações e explicações aos outros.

Nota: É designado de ciclo uma vez que, chegando ao final, novas questões se fazem,
dando rumo a novas investigações.

- MODELO CIÊNCIAS, TECNOLOGIA, SOCIEDADE E AMBIENTE (CTSA)

Problemas em CTSA são entre o Homem e o meio ambiente.

Existe um modelo de desenvolvimento das competências CTSA: pesquisar, resolver,


criar, partilhar e atuar.

- SLIDES IBSE; LER O ARTIGO IBSE 3 (é em inglês);


 IBSE

IBSE - EDUCAÇAO EM CIÊNCIAS BASEADA NA INVESTIGAÇÃO

É um processo que se centra no aluno, para que este construa a sua própria
aprendizagem. Existirá, assim, um conhecimento significativo, dado que a criança
aprende e desenvolve-se através das suas experiências.

O papel do educador neste processo é apenas o de mediador, onde incentiva, encoraja,


oferece e direciona a criança no ato de descobrir e explorar novos conteúdos. De forma
exemplar, o educador deve: conduzir as crianças à reflexão e discussão; dirigir as
crianças ao encontro das soluções das suas próprias dúvidas; assumir uma atitude
provocadora para com as crianças para destas receber uma atitude crítica perante todo o
conhecimento; auxiliar as crianças a registarem aquilo que observam.

Esta metodologia abrange quatro níveis:

1º Questionamento por confirmação – é aplicado no início da metodologia quando se


pretendem desenvolver competências de observação, experimentais e analíticas. O
professor está envolvido nas questões, nos procedimentos e nas soluções.

2º Questionamento estruturado – o professor ajuda nas questões, guiando o aluno.


Neste nível também o professor está envolvido nas questões e nos procedimentos. Já
não está envolvido nas soluções.

3º Questionamento conduzido – o professor coopera na formulação de questões e


estratégias. Apenas está envolvido nas questões.

4º Questionamento livre – os alunos devem ser capazes de delinear e conduzir as


investigações. Neste nível o docente já não está envolvido em nada, pois neste momento
a criança já consegue ser capaz de construir, autonomamente, a sua aprendizagem.

- SLIDES AULA PROJETO DE ASTRONOMIA: ARTIGO 1, 6 E 7;

Para um projeto de investigação em educação em ciências existe SEMPRE, questões de


investigação. Neste caso, e para lhe darmos resposta necessitamos de explorar conceitos
e, posteriormente, pesquisar conceções/dados.
Após estar estabelecido qual a pesquisa de dados/conceções que será feita, define-se as
ferramentas e técnicas para a recolha desses mesmo dados. Por exemplo, pode ser
através da representação/desenho, ou até mesmo a partir de um questionário.

De seguida, organizam-se e interpretam-se os dados recolhidos. Atenção que estes


devem ser organizados e tratados segundo as mesmas faixas etárias. As tarefas, neste
exemplo, são:
Posteriormente, é necessário coordenar as evidências com o conhecimento científico,
isto é, confrontar os pré-conceitos da criança com o real. Para tal, assumimos, nós,
agora, o papel, intervindo didaticamente, ou seja, arranjando estratégias, para que as
crianças possuam o conhecimento científico correto, literato.
Sucintamente:

1º Colocar as questões às quais queremos obter respostas;


O que sabemos acerca da forma dos astros e dos movimentos dos astros?

Será que quando representamos os astros ou o movimento destes, demonstramos


o que sabemos?

2º Delinear a investigação

Objetivos: conhecer a forma, o movimento e a relação dos astros

3º Uso de ferramentas e técnicas para recolher dados (inquéritos, experimentações,


atividades, entrevistas)

Desenhos e questionários

4º Organização e interpretação dos dados

Relativamente aos desenhos, deve existir então a recolha de dados, que


proporcionará o encontro de padrões e posteriormente para a sua organização, serão
construídas categorias.

Quanto aos questionários, as respostas devem ser todas colocadas numa folha de
cálculo, posteriormente deve ser construído um gráfico ou uma tabela para uma melhor
interpretação e leitura dos dados.

5º Os resultados coincidem com o que já existe na literatura?

6º Comunicação das investigações (foi encontrada a resposta à questão inicial? Aqui


surgem novas questões para dar início a outro ciclo)
- SLIDES PROJETO CRIATIVIDADE E RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS.
EX: COMO PODEMOS EXPLORAR A CRIATIVIDADE; PARÂMETROS DA
CRIATIVIDADE;

- O que é a criatividade?

Esta é constituída por dois “C’s”. O Big-C, que tem a capacidade de gerar ideias novas
que contribuem para a evolução num domínio intelectual. Contudo, é importante frisar
que nem toda a gente possui este constituinte da criatividade, pois este apropria-se da
criação de novas coisas. Exemplo: Saramago, Einstein, Michelangelo. Todavia, existe,
também, o Mini-C, que é caracterizado pela capacidade de ter ideias novas, que
contribuem para a mudança, com vista a atingir objetivos promotores de
aperfeiçoamento. Este é comum a todos, ou seja, qualquer indivíduo compreende o
Mini-C.

Sucintamente, a criatividade é, nada mais, nada menos, do que, a fluência em ter


ideias/facilidade, originalidade de ideias, sensibilidade para identificar elementos em
falta.

- Fases do processo criativo

1º Gerativa/Produtiva (tem haver com a concessão, com o facto de se gerar algo) –


Consiste na procura, mental, de respostas, para um determinado problema, ou seja,
baseia-se no pensamento divergente, uma vez que procura inúmeras respostas para o
problema em questão.

2º Exploratória Avaliativa (decisão de qual a opção mais viável/decisão de qual a


resposta melhor) – Avalia as múltiplas opções e seleciona a melhor. Baseia-se no
pensamento convergente.

- Criatividade em contexto social

Mais concretamente: Brainstorming = Tempestade de ideias

Consiste numa técnica desenvolvida para explorar a potencialidade criativa, não só de


um indivíduo, mas, também, de um grupo. Quanto mais partilha de ideias existirem
mais vantagens, em termos de criatividade individual, existirão.
- Como ensinar a ser criativo

Através da resolução de problemas – as crianças são encorajadas a procurar soluções


para um determinado problema. Esta tarefa deve ser dinâmica onde as crianças devem
ter oportunidade de descobrir da forma que quiserem a solução, sem que o professor a
exponha oralmente de forma direta. Deste modo é desenvolvida a flexibilidade
cognitiva, a memória funcional e o controlo da inibição nas crianças.

Mas, também, através do Tools of Mind Curriculum – são ferramentas da mente que
ampliam as capacidades mentais, permitindo resolver problemas do quotidiano, ou seja,
criar soluções para resolver problemas do mundo moderno.

Em suma, as 3 principais funções executivas mentais a melhorar, envolvidas na


resolução criativa de problemas são:

- Flexibilidade cognitiva – desenvolvimento de competências mentais, com o


intuito da criança não encontrar, apenas, uma solução, mas sim várias.

- Memória funcional (prática) – quanto mais experienciar, melhor prestação terá.

- Controle de inibição – expor as próprias ideias, pensamentos, opiniões, sem ter


medo e receio acerca dos julgamentos que poderão ser feitos.

- Avaliação da criatividade – Testes TTCT de Torrance – Testes de


pensamento criativo de Torrance

Parâmetros a avaliar:

- Fluência/abundância;

- Flexibilidade/diversidade;

- Capacidade de abstração/separação do todo;

- Resistência à inibição;

- Capacidade criativa;
- Elaboração/complexidade;

- Originalidade

O grande objetivo da criatividade é:

ENSINAR COMO PENSAR, E NÃO O QUE PENSAR.

- SLIDES CIÊNCIA E MATEMÁTICA;

Educação formal – ensino tradicional; aprendizagem dirigida; na escola, onde existe um


currículo; é representada pela imagem do Educador/Professor

Educação não-formal – aprendizagem não dirigida; museus, bibliotecas, parques,


centro de ciência viva

Educação informal – aprendizagem não dirigida; partilha de conhecimento na


convivência social; é representada pela família, pelos amigos.

Todas estas “Educações” têm o mesmo objetivo: desenvolver. Contudo, estas diferem
na personagem principal, bem como no espaço onde se desenrola.

A matemática é integrada nas ciências naturais da seguinte forma:

- Ensino Pré-Escolar – Expressão e comunicação (Geometria e Medida)

- 1º CEB – Geometria e Medida (Localização e orientação no espaço; figuras


geométricas; medida)

- Processo investigativo/formativo

1º Definição da temática;

2º Recolha de dados;

3º Apresentação e interpretação dos dados;

4º Atividade lúdica
- VER OS 2 ÚLTIMOS ARTIGOS, ESPECIALMENTE O DE JOAQUIM SÁ;

- LER O ARTIGO GRUPOS COM SÓLIDOS GEOMÉTRICOS.

Qual a importância de adotar estratégias para o ensino das ciências mesmo


que não seja no âmbito da educação formal? Apresentação da Feira de Atividades
e das estratégias que foram adotadas

A educação formal não deve, nem pode, em momento algum ser o único meio
para trabalhar a área das ciências na educação pré-escolar, deve antes, trabalhar
paralelamente com a educação não-formal e a informal para, posteriormente, atingir a
plenitude da aprendizagem e, sobretudo, para cativar o gosto pela área.

As motivações, as preferências e as dificuldades das crianças devem ser o ponto


de partida para qualquer que seja o contexto de aprendizagem e, para isso, devem ser
adotadas as estratégias didáticas necessárias. Foi neste sentido, que surgiram as Feiras
de Atividades em ciências, na Universidade do Algarve, que pretendiam acima de tudo
envolver de forma ativa e direta as crianças, como também, os seus educadores titulares.

Este evento, de cariz não-formal, colocou à disposição das crianças condições


estimulantes para alcançar os resultados esperados, como por exemplo: estimulação da
criatividade e curiosidade; compreensão de fenómenos naturais; desenvolvimento do
espírito investigativo; construção de cidadãos ativos e críticos; desenvolvimento do
gosto pelas ciências; entre outros. Para a promoção destes resultados, a Feira de
Atividades, recorreu a algumas estratégias na hora de partilhar conhecimentos
científicos, de forma a simplificar conteúdos que aparentemente são complexos, como
por exemplo a reprodução de plantas e a hereditariedade. Alguns dos exemplos das
estratégias que foram utilizadas são: jogos lúdicos tanto de grupo como individuais,
dramatizações, atividades de construções, quebra-cabeças, entre outros. É de salientar
que, todos estes recursos apresentavam materiais com dimensões adaptadas para
facilitar a autónoma manipulação das crianças. Uma outra estratégia, que evidencia a
real aprendizagem, foi o recurso ao desenho e ao reconto, onde as crianças quando
retornaram ao seu jardim de infância fizeram representações das atividades que
desenvolveram na Feira de Atividades.

Deste modo, é possível concluir que a Feira de Atividades, dispôs às crianças


uma brilhante oportunidade de novos conhecimentos científicos, através de uma
constante exploração dinâmica e ativa.

Qual a importância da abordagem das ciências nas crianças?

A ideia de que todas as crianças têm um desejo inato em tocar, explorar, provar e
experimentar está, atualmente, completamente errado, passando meramente por ser um
preconceito. Nem todas as crianças são curiosas e esponjas de conhecimento, existindo
inúmeros casos de crianças com medo de explorar o desconhecido, com receio em tocar
e por vezes até de observar. É deste modo que é essencial guiar e estimular o
conhecimento das ciências nas crianças, valorizando o cariz experimental, seja através
da observação, como também da audição, do paladar, do olfato e do tato.

É através deste confronto com a área das ciências, desde tenra idade, que as
crianças são recetoras de um pleno desenvolvimento cognitivo, de uma integração
absoluta no mundo social e ambiental e, acima de tudo, são preparadas para aquela que
é a realidade futura, que exige cidadãos ativos, autónomos, conscientes e críticos.
- QUAL A IMPORTÂNCIA EM ADOTAR ESTRATÉGIAS PARA A REALIZAÇÃO
DE ATIVIDADES?

A educação formal não deve, e, aliás, nem pode, ser a única a trabalhar a área das
ciências na educação pré-escolar. Deve sim, cooperar com a educação não formal e com
a educação informal para atingir a finalidade que pretende e, ainda, cativar o gosto pela
área.

São as motivações, as preferências e as dificuldades, das crianças, que devem ser o


ponto de partida para a adoção de estratégias didáticas, seja em que contexto for
(formal, não formal, informal).

Os contextos de educação não formal detêm um enorme potencial a ser explorado,


principalmente no que diz respeito à motivação da criança para a aprendizagem, à
valorização das suas experiências anteriores, ao desenvolvimento da criatividade e,
sobretudo, quanto ao despertar do interesse pelas ciências. As visitas a contextos de
educação não formal, como as Feiras de atividades em ciências, estimulam as crianças
para aprenderem mais sobre ciência. Estes contextos revelam-se como espaços
interativos onde as crianças em idade pré-escolar podem brincar, explorar e,
consequentemente, participar ativamente no seu próprio processo de aprendizagem.
Aqui as crianças podem desenvolver atividades como: dramatizações, jogos, modelos
anatómicos, puzzles, experiências, problemas matemáticos, entre outros exemplos.

Este evento, de cariz não-formal, coloca à disposição das crianças condições


estimulantes para alcançar os resultados esperados, como por exemplo: estimulação da
criatividade e curiosidade; compreensão de fenómenos naturais; desenvolvimento do
espírito investigativo; construção de cidadãos ativos e críticos; desenvolvimento do
gosto pelas ciências; entre outros.

- COMO É POSSÍVEL EXPLORAR AS CIÊNCIAS DESDE TENRA IDADE?

A ideia, errada, que temos acerca de todas as crianças quererem tocar, explorar, provar e
experimentar, está, cada vez mais, desatualizada. Nem todas as crianças tem esse desejo
inato, algumas têm receio de explorar, de tocar, e até de observar, por vezes. É deste
modo que é essencial guiar e estimular o conhecimento das ciências nas crianças,
valorizando o cariz experimental, seja através da observação, como também da audição,
do paladar, do olfato e do tato.

Explorar as ciências desde tenra idade, tem vindo, com o passar do tempo, a ganhar
mais importância. Sabemos que, desde muito cedo, a criança se interessa pela
descoberta do mundo natural e como este funciona. Por isso, a criança deve ter
oportunidade de explorar e começar a compreender o mundo complexo e maravilhoso
em que vive.

A literatura, no que diz respeito à exploração das ciências, tem constituído um papel
primordial, dado que, através dos livros, são desencadeados interesses e vontades para
saber mais acerca de algo. Contudo, não são só os livros que permitem a exploração das
ciências. Atividades no exterior, como uma simples ida ao parque, ajudam na
compreensão do meio envolvente, através das experiências pessoais (ex: conhecerem as
diversas folhas existentes).

É através deste confronto com a área das ciências, desde tenra idade, que as crianças são
recetoras de um pleno desenvolvimento cognitivo, de uma integração absoluta no
mundo social e ambiental e, acima de tudo, são preparadas para aquela que é a realidade
futura, que exige cidadãos ativos, autónomos, conscientes e críticos.

- QUAL A IMPORTÂNCIA DAS CIÊNCIAS?

A educação em ciências promove a formação de cidadãos ativos, para que estes sejam
capazes de lidar, de forma eficiente, com os desafios e as necessidades da sociedade
atual; proporciona, ainda, diversas oportunidades, para que se desenvolvam
competências associadas à linguagem, artes e matemática e, dá, também, aso à entrada
noutros domínios científicos presentes nas orientações curriculares.

- QUAIS OS ASPETOS A CONSIDERAR NO MÉTODO CIENTÍFICO?

1. Observar (formular perguntas)


2. Fazer previsões (hipóteses, inferências)
3. Investigar (delinear experiências)
4. Recolher dados (colaborar, registar, medir)
5. Interpretar de dados (classificar/ordenar, comparar, procurar padrões)
6. Comunicar (partilhar informação)

- MODELO CTSA

É uma metodologia que surge dum problema real, geralmente entre o Homem e a
Natureza. Procura resolver e investigar um determinado problema, dando-lhe
explicações e soluções. Exemplo visto na aula: Quantidade de comida desperdiçada
num refeitório de JI. A ciência procura antes responder a questões do género: Porque é
que as estrelas brilham?

- IBSE - EDUCAÇAO EM CIÊNCIAS BASEADA NA INVESTIGAÇÃO

É um processo que se centra no aluno, para que este construa a sua própria
aprendizagem. Existirá, assim, um conhecimento significativo, dado que a criança
aprende e desenvolve-se através das suas experiências.

O papel do educador neste processo é apenas o de mediador, onde incentiva, encoraja,


oferece e direciona a criança no ato de descobrir e explorar novos conteúdos. De forma
exemplar, o educador deve: conduzir as crianças à reflexão e discussão; dirigir as
crianças ao encontro das soluções das suas próprias dúvidas; assumir uma atitude
provocadora para com as crianças para destas receber uma atitude crítica perante todo o
conhecimento; auxiliar as crianças a registarem aquilo que observam.
Esta metodologia abrange quatro níveis:

1º Questionamento por confirmação – é aplicado no início da metodologia quando se


pretendem desenvolver competências de observação, experimentais e analíticas. O
professor está envolvido nas questões, nos procedimentos e nas soluções.

2º Questionamento estruturado – o professor ajuda nas questões, guiando o aluno.


Neste nível também o professor está envolvido nas questões e nos procedimentos. Já
não está envolvido nas soluções.

3º Questionamento conduzido – o professor coopera na formulação de questões e


estratégias. Apenas está envolvido nas questões.
4º Questionamento livre – os alunos devem ser capazes de delinear e conduzir as
investigações. Neste nível o docente já não está envolvido em nada, pois neste momento
a criança já consegue ser capaz de construir, autonomamente, a sua aprendizagem.

- COMO PODEMOS EXPLORAR A CRIATIVIDADE?

A criatividade é constituída por dois “C’s”. O Big-C, que tem a capacidade de gerar
ideias novas que contribuem para a evolução num domínio intelectual. Contudo, é
importante frisar que nem toda a gente possui este constituinte da criatividade, pois este
apropria-se da criação de novas coisas. Exemplo: Saramago, Einstein, Michelangelo.
Há, também, o Mini-C, que é caracterizado pela capacidade de ter ideias novas, que
contribuem para a mudança, com vista a atingir objetivos promotores de
aperfeiçoamento. Este é comum a todos, ou seja, qualquer indivíduo compreende o
Mini-C.

Sucintamente, a criatividade é, nada mais, nada menos, do que, a fluência em ter


ideias/facilidade, originalidade de ideias, sensibilidade para identificar elementos em
falta.

Podemos então explorar a criatividade através da resolução de problemas, no qual as


crianças são encorajadas a procurar soluções para um determinado problema. Esta tarefa
deve ser dinâmica onde as crianças devem ter oportunidade de descobrir da forma que
quiserem a solução, sem que o professor a exponha oralmente de forma direta. Deste
modo é desenvolvida a flexibilidade cognitiva, a memória funcional e o controlo da
inibição nas crianças. Também a criatividade pode ser explorada através do Tools of
Mind Curriculum que são ferramentas da mente que ampliam as capacidades mentais,
permitindo resolver problemas do quotidiano, ou seja, criar soluções para resolver
problemas do mundo moderno.

- PARÂMETROS A AVALIAR NA CRIATIVIDADE

- Fluência/abundância;

- Flexibilidade/diversidade;
- Capacidade de abstração/separação do todo;

- Resistência à inibição;

- Capacidade criativa;

- Elaboração/complexidade;

- Originalidade

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