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ANÁLISE DE
OPORTUNIDADES
NACIONAIS E
INTERNACIONAIS
Conceituar criatividade.
Descrever o processo criativo.
Analisar formas de potencializar a criatividade.
Introdução
Para conceituar a criatividade, deve-se considerar que se trata de uma
noção multidisciplinar, já que está presente em diversas áreas de conhe-
cimento. Embora muitas pessoas acreditem que a criatividade nasce com
o indivíduo e que somente algumas terão esse dom aflorado, algumas
teorias apontam a criatividade como potencial ao indivíduo. Isso significa
que pode ser desenvolvida conforme os estímulos pelos quais o indivíduo,
sozinho ou em coletivo, possa passar.
A ideia de criatividade está associada à noção geral de inovação,
pois esta depende diretamente de pensamentos e comportamentos
criativos. Encontrar novas formas de pensar e fazer é desafiar aquilo
que já está posto e que vem sendo feito da mesma forma há bastante
tempo. O criativo desafia o pensamento comum, buscando novas formas
de construir caminhos alternativos para soluções diferenciadas e, em
muitos casos, mais efetivas do que a anterior. O estímulo à criatividade
deve ser contínuo e estar presente desde a infância. O imaginário infantil
tem muito a contribuir para a quebra do engessamento em que muitos
adultos acabam caindo.
Neste capítulo, você vai estudar alguns conceitos de criatividade e
como funciona o processo criativo, além de conferir meios para poten-
cializar a criatividade.
2 Processo criativo
1 Conceito de criatividade
Conforme ao livro Criatividade e inovação, da Pearson Education do Bra-
sil (MONTEIRO JÚNIOR, 2011), a criatividade pode ser desenvolvida. Na
perspectiva individual, é associada a um dom que poucas pessoas teriam,
como artistas, gênios, inventores. Nessa noção, ideias surgiriam do nada,
sem ajuda de outros, e seriam rapidamente postas em prática. Entretanto, a
análise de invenções ou inovações relevantes destaca que alguns elementos
foram fundamentais no processo criativo: curiosidade, capacidade de ver as
coisas sob um ângulo inusitado, perseverança, autoconfiança, humildade
para perceber os próprios limites e pedir ajuda, capacidade de perceber que
uma ideia nova pode ser útil. Diante da dificuldade e raridade de encontrar
tais características em uma só pessoa, compreende-se que a criatividade,
quando encontra as condições de arregimentação desses elementos, pode ser
desenvolvida (MONTEIRO JÚNIOR, 2011).
No âmbito organizacional, é fundamental que se crie um ambiente em que
a criatividade possa ser estimulada. Isso porque ela está relacionada à capa-
cidade de resolver problemas e de ter ideias que geram resultados. Por conta
dessa característica, além disso, associa-se à inovação constante. Podemos
encontrar soluções para demandas conflitantes com a criatividade. Por isso,
os gestores devem estimulá-la nas organizações. Desafios dos mais variados
tipos estão cotidianamente presentes, e ideias criativas podem contorná-los.
Desse modo, os devaneios e a coragem de buscar outros caminhos permitem a
identificação de novas ideias e resoluções de problemas. Nesse processo, deve-
-se desenvolver o potencial criativo continuamente, inclusive com formações
para aprimorá-lo (DI NIZO, 2009).
Para conceituar a criatividade, há um amplo leque de definições possíveis
e que não se limitam. Alguns autores destacam o novo, o original e o útil
como centrais para a criatividade. Já outros vão ver em atitudes, processos e
ambientes os fatores centrais para a sua ocorrência. A perspectiva sistêmica
da criatividade considera aspectos como sujeito, domínio (cultura) e campo
(instância social que organiza a cultura). Algumas teorias são centradas no
indivíduo, e outras, em um fenômeno sistêmico composto por pessoa, produto,
processo e ambiente (MONTEIRO JÚNIOR, 2011).
Di Nizo (2009) alerta que a criatividade não é apenas aquilo que se faz ao
acaso. Especialmente em um ambiente competitivo, em que se busca fazer
mais com menos, a criatividade deve dar-se pela busca do que for singular-
mente eficaz, não recorrendo às velhas formas que deram certo no passado.
Os saltos qualitativos de criatividade são considerados para o sucesso na
Processo criativo 3
Confira no link a seguir uma matéria sobre o tema com a especialista Sofia Esteves.
https://qrgo.page.link/zGBp7
2 Processo criativo
Não há uma fórmula específica e única para que a criatividade ocorra. En-
tretanto, a literatura que discorre sobre o tema aponta algumas sistemáticas
que podem estar presentes em um processo criativo. Essas identificações
não limitam os caminhos possíveis para que a criatividade ocorra. Tanto em
uma perspectiva individual quanto em uma perspectiva coletiva, há diversas
possibilidades que podem ser engendradas nesse processo.
Graham Wallas, em 1926, elaborou o que se classifica como primeiro
modelo do pensamento criativo, composto pelas etapas a seguir (MONTEIRO
JÚNIOR, 2011).
4 Processo criativo
https://qrgo.page.link/mreBR
10 Processo criativo
BESEMER, S. P.; O’QUIN, K. Confirming the three-factor criative product analysis matrix
model in an american sample. Criative Research Journal, v. 12, n. 4, 1999.
DI NIZO, R. Foco e criatividade: fazer mais com menos. São Paulo: Summus, 2009.
ESTEVES, S. Criatividade é a nova produtividade no trabalho? Especialista explica.
Exame, 13 jan. 2020. Caderno Carreira. Disponível em: https://exame.abril.com.br/car-
reira/criatividade-e-a-nova-produtividade-no-trabalho-especialista-explica/. Acesso
em: 17 fev. 2020.
MIRSHAWKA, V.; MIRSHAWKA JUNIOR, V. Qualidade da criatividade. São Paulo: DVS, 2003.
MONTEIRO JÚNIOR, J. G. (org.). Criatividade e inovação. São Paulo: Pearson Prentice
Hall, 2011.
Processo criativo 11
Leitura recomendada
MORADORES de Paraisópolis (SP) usam a criatividade para aproveitar espaços. [S. l.: s. n.],
2013. 1 vídeo (15 min). Publicado pelo canal Jornal da Record. Disponível em: https://
www.youtube.com/watch?v=g4fWtjKkNqg. Acesso em: 17 fev. 2020.
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