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A 1ª República

Crise económica e financeira


1- Insuficiente produção agrícola e industrial;

2- défice da balança comercial, sendo as importações superiores às exportações;

3- falência de bancos e empresas e desemprego;

4- aumento da dívida pública, contraída sobretudo para a construção de estradas e vias


férreas;

5- desvalorização da moeda;

6- inflação, não acompanhando os salários a subida do custo de vida;

7- aumento de impostos;

8- a “questão dos adiantamentos” à família real – empréstimos para custear as despesas da


família real com caçadas e banquetes.

Dificuldades de ordem social:

1- Manifestações e greves.

Dificuldades de ordem política:

1- Ultimato Inglês, sendo o rei considerado cobarde e traidor por ter cedido aos interesses da
Inglaterra;

2- a revolta de 31 de Janeiro de 1891 - primeira tentativa de implantação da república;

3- a ditadura de João Franco, que perseguiu os opositores à monarquia.

- Regicídio, 1 de fevereiro de 1908, o rei D. Carlos e o príncipe herdeiro D. Luís Filipe foram
assassinados em Lisboa.

- A implantação de República deu-se no dia 5 de outubro de 1910, sendo proclamada da janela


da Câmara Municipal de Lisboa por José Relvas.

- A família real exilou-se em Inglaterra.

- Após a implantação da República, forma-se um governo provisório liderado por Teófilo Braga.

1
- Aprovação da Constituição Republicana de 1911 – poder legislativo sobrepõe-se ao poder
executivo;

- Nova bandeira – republicana;

- novo Hino – A Portuguesa;

- nova moeda – o escudo.

Caricaturas da 1ª República

Afonso Costa foi, na qualidade de ministro da justiça, autor


Mais uma caricatura de Afonso Costa, um dos principais
da lei de Separação da Igreja e do Estado.
membros do Governo republicano, considerado como diabo.
Nesta caricatura surge coroado pelo diabo e a ser
O documento que o ministro Afonso Costa traz na mão fala
ameaçado pelo Papa (sob forma de uma serpente)
em “separação”, referindo-se lei de Separação da Igreja e do
enquanto estrangula dois membros do clero.
Estado.

Medidas da 1.ª República

- Laicização do estado:

- Afonso Costa na qualidade de ministro da justiça foi autor da lei de Separação da Igreja do
Estado – laicização do Estado -:
1- proibiu o ensino religioso nas escolas;
2- expulsou as ordens religiosas;
3- nacionalizou as propriedades da igreja;
4- tornou obrigatório o registo civil para os nascimentos, casamentos e óbitos;
5- extinguiu os feriados religiosos;
6- legalizou o divórcio;
7- proibiu o uso de vestes religiosas fora da igreja;
8- concedeu a liberdade de culto a todas as igrejas.

Desta forma, Afonso Costa procurou diminuir a influência que a igreja tinha na sociedade
portuguesa.

2
- Medidas educativas:

Os governos republicanos tomaram várias medidas importantes na área da educação tais


como:

1- obrigatoriedade e gratuitidade do ensino primário dos 7 aos 10 anos;


2- aumento do número de escolas primárias e criação de jardins-de-infância;
3- criação de escolas normais para uma melhor formação dos professores;
4- desenvolvimento do ensino técnico agrícola, industrial e comercial;
5- fundação das universidades de Lisboa e do Porto;
6- Criação do Ministério da Instrução Pública;
7- Abriram-se museus e bibliotecas.
8- Fundaram as escolas normais para uma melhor formação de professores.

Apesar das várias medidas tomadas para diminuir a taxa de analfabetismo, esta continuou
elevada, não se registando uma diminuição significativa.

- Medidas sociais:

Principais medidas na legislação laboral:

1- redução do horário semanal de trabalho (48h);


2- um dia de descanso semanal;
3- direito à greve;
4- proteção na doença e na velhice.

A participação de Portugal na 1.ª Guerra Mundial provocou uma grande contestação na


sociedade portuguesa.

Instabilidade governativa da 1.ª República e o seu declínio

Bernardino Machado (Presidente da República) dança


o vira enquanto a oposição não o vira abaixo do poder.

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O povo não viu com bons olhos algumas das medidas anticlericais dos governantes
republicanos.

A participação de Portugal na 1.ª Guerra Mundial não teve o apoio de largos setores da
população portuguesa, devido aos elevados custos que acarretava e ao elevado número de
mortos e feridos, provocando a contestação social. Para esta contestação contribuiu também
o agravamento da situação económico-financeira, a carestia de vida e a falta de géneros
alimentícios.

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O Partido Republicano Português dividiu-se em diversos partidos rivais o que contribuiu para
a instabilidade política

A 1ª República caraterizou-se por uma grande instabilidade política, pois devido à falta de
apoio parlamentar, para implementarem os seus programas políticos, os governos eram
derrubados com frequência. Em 16 anos Portugal teve 45 governos e 8 presidentes da
República, cenas de pancadaria no parlamento, golpes militares, momentos de insegurança
pública com roubos, assaltos, agressões físicas, ataques bombistas e assassinatos. No
documento temos uma caricatura da instabilidade política, significando o bailado político a
sucessão de governos.

Toda esta situação agravou o clima de


descontentamento social, fazendo acreditar
que só um governo forte, só uma ditadura
poderia solucionar esta situação. Neste
contexto, a 28 de Maio de 1926, ocorreu
uma revolta em Braga chefiada pelo general
Gomes da Costa, levando à queda da
República e à instauração de uma ditadura
militar.

BOM ESTUDO! A professora de História: Paula Pinto

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