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PLANO DE AULA 1 :

Caso Concreto
JOSÉ MANUEL, proprietário de imóvel no Município do Rio de Janeiro, recebeu informações
de seu contador dando conta de que é necessário dirigir-se à Secretaria Municipal de Fazenda
para ser devidamente intimado do lançamento do IPTU, mesmo após a emissão do carnê pelo
órgão municipal. Diante disso pergunta-se:  assiste razão ao contador? A atividade
administrativa de lançamento é discricionária ou vinculada?
R= Não, súmula 397, STJ - o Contribuinte do IPTU é Notificado do Lançamento pelo
Envio do Carnê ao seu Endereço. A atividade é vinculada. Art. 142. Compete
privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito tributário pelo
lançamento, assim entendido o procedimento administrativo tendente a verificar a
ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria tributável,
calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo caso, propor
a aplicação da penalidade cabível.
Parágrafo único. A atividade administrativa de lançamento é vinculada e obrigatória, sob
pena de responsabilidade funcional.
 
Questão objetiva 
 
A alíquota do ITR, em 1995, era de 1,5%; em 1996, de 2%; e em 1997, de 1%. Durante o ano
de 1997, o Fisco Federal, verificando que Joaquim de Souza não pagara o ITR de 1995,
efetuou o lançamento à alíquota de 2% e promoveu a notificação. Joaquim entende que a
alíquota aplicável é de 1%. Na verdade:
( ) a. Joaquim está com o entendimento correto, pois 1% era a alíquota do exercício em que
ocorreram o lançamento e a notificação;
( ) b. o entendimento do Fisco é correto, pois, no caso, deve prevalecer a alíquota maior;
( ) c. a alíquota aplicável é a de 1%, por conseqüência do princípio in dubio pro reo;
( X ) d. a alíquota correta é a da data da ocorrência do fato gerador, ou seja, 1,5%;
( ) e. a alíquota correta é a de 1,5%, por representar a média das três alíquotas, em face do
princípio da razoabilidade.
 
PLANO DE AULA 2 : Estrutura do Conteúdo

CASO CONCRETO:

Diante de ato de autoridade pública supostamente eivado de ilegalidade, CREMILDO BULGAR


impetra Mandado de Segurança com pedido de liminar para suspender a exigibilidade do
crédito tributário referente ao imposto de renda, que monta em R$ 20.000,00. Deferida a
liminar, o Juízo de Primeiro Grau leva 3 anos para julgar o mérito, e, ao fazê-lo, denega a
segurança. O contribuinte, então, interpõe Apelação, acreditando que, ao ser recebida no duplo
efeito, esta preservará os efeitos da liminar. A Fazenda, por sua vez, ajuíza a competente
execução fiscal para a satisfação do seu crédito, que a esta altura já alcança R$ 24.000,00, por
estar acrescido de juros de mora e devidamente corrigido monetariamente. Na execução, o
contribuinte alega que a mesma deve ser extinta em face da existência de mandado de
segurança ainda não transitado em julgado. Pergunta-se:

a) Nas condições apresentadas, a Execução Fiscal deve ser extinta sem resolução de
mérito?
R= Não, porque o efeito suspensivo acabou.
b) Quais os efeitos da sentença denegatória da segurança?
R= efeitos declaratórios ex tunc .
c) No caso em tela é cabível a incidência de juros e correção monetária?
R= Sim, segundo jurisprudências ela entende que multas não , mas juros e
correção sim.
Questão objetiva: 
O depósito do montante integral, previsto no art. 151, II do Código Tributário Nacional é:
a) concedido pelo Julgador desde que o interessado preencha os requisitos legais;
b) condição de procedibilidade para o processamento da Ação Anulatória de Lançamento;
X (c) direito subjetivo da parte concedido por lei;
d) causa de suspensão da exigibilidade do crédito tributário desde que, concomitantemente
seja deferida liminar.

PLANO DE AULA 3 :
Aplicação Prática Teórica
CASO CONCRETO:

WX SERVIÇOS MÉDICOS LTDA. recebeu, em 25/07/2008, auto de infração lavrado pela


Delegacia da Receita Federal do Brasil em São Paulo exigindo-lhe diferenças do imposto de
renda (IRPJ) em razão de receitas omitidas durante os 4 (quatro) trimestres de 2005. Segundo
o contador da empresa, o crédito tributário objeto do recente lançamento de ofício poderá ser
objeto de compensação com valores da COFINS, recolhidos indevidamente pela pessoa
jurídica ao longo do ano de 2007, reconhecidos através de medida liminar nos autos de
mandado de segurança ainda pendente de decisão final. Diante desses fatos, responda:
a) O crédito tributário neste caso concreto pode ser extinto pela compensação?

R= Não, art. 170 CTN, a compensação inicial não poderá ser realizada antes do tramite
julgado da referida ação, súmula 212 do STJ, “A compensação de créditos tributários
não pode ser deferida em ação cautelar ou por medida liminar cautelar ou antecipatória”.

b) Agiu corretamente o juízo em ter deferido a liminar mencionada no caso concreto? Resposta
fundamentada.

R= O juiz não agiu corretamente, a não pode ser possível a compensação antes do
transito e julgado, súmula 212 do STJ “A compensação de créditos tributários não pode
ser deferida em ação cautelar ou por medida liminar cautelar ou antecipatória”.

Questões objetivas: 
 
1- João realizou pagamento a maior do IPVA relativo ao fato gerador ocorrido em 2007.
Tendo consultado o valor do imposto em relação ao fato gerador ocorrido em 2008, o
contribuinte identificou que o valor pago a maior em 2007 é suficiente para quitar o
tributo devido em 2008. Diante disso, pretende requerer a seu Estado a utilização do
excesso pago em 2007 para liquidar o imposto de 2008. Considerando que inexiste lei
específica disciplinando a matéria no Estado, marque a alternativa correta:
 
X (a)    João deverá proceder ao pagamento do IPVA/2008 e requerer a restituição do
IPVA/2007 pago a maior.
(b)   João poderá compensar o IPVA/2007 com o IPVA devido em 2008.
(c)    O pedido de compensação deverá ficar sobrestado até que sobrevenha lei estadual
específica.
(d)   O pedido de compensação será indeferido porque o IPVA/2007 pago a maior só pode ser
utilizado na compensação de débitos de exercícios anteriores.
 
PLANO DE AULA 4 :Erutura do Conteúdo
Aplicação Prática Teórica
CASO CONCRETO:
Em 10/05/2001, a fiscalização estadual lavrou auto de infração e notificou a empresa
COMÉRCIO DE BRINQUEDOS EDUCATIVOS ABC LTDA. para recolher ICMS relativo a fatos
geradores ocorridos no período de 20/06/1999 a 31/12/1999.  A notificada impugnou, sem
sucesso, a autuação e recorreu tempestivamente ao Conselho de Contribuintes, em
20/06/2001. Em face da sobrecarga de processos na 2 a. Instância administrativa, o recurso
restou paralisado, sem qualquer despacho nem petição das partes, até 20/09/2001, vindo a ser
julgado, também desfavoravelmente ao contribuinte, em 10/10/2001.  Publicada a decisão (e o
aresto unânime) em 15/10/2001, foi a sociedade dela notificada, esgotando-se o prazo para
pagar o débito em 22/10/2001. 
Não advindo pagamento nem pedido de parcelamento, foi o crédito tributário inscrito em dívida
ativa, em 22/11/2007, vindo, contudo, a execução fiscal a ser ajuizada somente em
29/11/2007.  Citada, a executada ofereceu bens suficientes à penhora e, efetuada esta, ajuizou
embargos à execução, alegando haver ocorrido a decadência e, ad argumentandum, a
prescrição.
Pergunta-se:  
a )Procede a alegação de decadência?  Se positivo, quando ocorreu? 

R= Não tem decadência, porque segundo o art.173, CTN o prazo decadencial é de cinco
anos.

b) Procede a alegação de prescrição?  Se positivo, em que data teria ocorrido?

R= Sim, 22/10/2001 que começa a contar os cinco anos, esta prescrito em 22/10/2006.

c)Quais as causas de suspensão e as de interrupção do prazo prescricional da ação de


cobrança do crédito tributário?  (Mencione os dispositivos legais)

R= art. 151, CTN. Suspendem a exigibilidade do crédito tributário:


I - moratória;
II - o depósito do seu montante integral;
III - as reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo
tributário administrativo;
IV - a concessão de medida liminar em mandado de segurança.
V - a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies de
ação judicial; (Incluído pela Lcp nº 104, de 10.1.2001).
VI - o parcelamento. (Incluído pela Lcp nº 104, de 10.1.2001).

d)o prazo prescricional dessa ação, o que se extingue: o direito de ação ou o próprio crédito
tributário?

R= Art. 174. A ação para a cobrança do crédito tributário prescreve em cinco anos,
contados da data da sua constituição definitiva.
Parágrafo único. A prescrição se interrompe:
I - pelo despacho do juiz que ordenar a citação em execução fiscal; (Redação dada
pela Lcp nº 118, de 2005).
II - pelo protesto judicial;
III - por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor;
IV - por qualquer ato inequívoco ainda que extrajudicial, que importe em
reconhecimento do débito pelo devedor.
Se extingue o direito de ação e o credito tributário art.156,caput,CTN.
 

 e) A  prescrição pode ser reconhecida de ofício pelo juízo?


Respostas fundamentadas.

R= Sim, art.219,§ 5º, CPC, O juiz pronunciará, de ofício, a prescrição. (Redação dada pela
Lei nº 11.280, de 2006);
lei da 6.830/1980 art.40, O Juiz suspenderá o curso da execução, enquanto não for
localizado o devedor ou encontrados bens sobre os quais possa recair a penhora, e,
nesses casos, não correrá o prazo de prescrição.
§ 1º - Suspenso o curso da execução, será aberta vista dos autos ao representante
judicial da Fazenda Pública.

§ 2º - Decorrido o prazo máximo de 1 (um) ano, sem que seja localizado o devedor ou
encontrados bens penhoráveis, o Juiz ordenará o arquivamento dos autos.
§ 3º - Encontrados que sejam, a qualquer tempo, o devedor ou os bens, serão
desarquivados os autos para prosseguimento da execução.

  § 4o Se da decisão que ordenar o arquivamento tiver decorrido o prazo prescricional, o


juiz, depois de ouvida a Fazenda Pública, poderá, de ofício, reconhecer a prescrição
intercorrente e decretá-la de imediato. (Incluído pela Lei nº 11.051, de 2004).

Questões objetivas: 
 
1-A ação para cobrança do crédito tributário está sujeita a prazo:

a.) Decadencial de 5 (cinco anos), contados do primeiro dia do exercício civil seguinte àquele
em que o lançamento poderia ser efetuado;
b.) Prescricional de 180 (cento e oitenta) dias, contados da inscrição do crédito tributário na
divida ativa;
c.) Prescricional de 20 (vinte) anos, contados do vencimento do prazo para pagamento;
X d). Prescricional de 5 (cinco) anos, contados da data da sua constituição definitiva.
 
PLANO DE AULA 5 :
Aplicação Prática Teórica
CASO CONCRETO:
Em 1999, determinado Município concedeu isenção do ISSQN, por 10 (dez) anos, para as
empresas prestadoras de serviços que viessem se instalar naquele território, gerando, em cada
uma delas 25 (vinte e cinco) empregos diretos.
Várias dessas empresas, atraídas por esse incentivo fiscal, lá se instalaram. E no ano de 2002,
surgiu uma outra norma jurídica revogando  essa isenção do ISSQN.
Responda:
a) Este caso concreto refere-se a qual espécie de isenção?

R= Isenção Onerosa

b) Deve esta isenção ser revogada? Qual (is) princípio(s) deve(m) ser observado(s)?

R= Poder pode porém não vale para essa, todos que estão antes da lei , vai ser
respeitado, a lei pode ser revogada mas não vai valer para essas pessoas que foi dado a
isenção , principio da segurança jurídica.

c) É possível o ajuizamento de alguma ação para evitar a revogação da isenção mencionada


no caso concreto? Caso positivo, qual (is)?
 
R= Mandado de Segurança

Questões objetivas: 
 
1. O taxista João recebeu do fisco estadual  uma  correspondência  na  qual  lhe  foi
informado que, mesmo tendo ocorrido o fato  gerador do IPVA, ele não precisaria pagar
o tributo, uma vez que fora aprovada uma lei, pela respectiva assembleia legislativa, que
excluía o crédito tributário dos taxistas, relativamente  ao  IPVA.
Nessa  situação hipotética,  pode-se dizer  que a citada lei estabeleceu  uma.
(A) remissão.
(B) transação.
X(C) isenção.
(D) anistia.
 
PLANO DE AULA 6 :
Aplicação Prática Teórica
CASO CONCRETO
Em dificuldade para saldar seus débitos, inclusive tributários, a sociedade comercial Irmãos
Tavares & Cia. Ltda., decidiu cerrar suas portas sumariamente, deixando de dar baixa regular
em seus registros e obrigações comerciais e fiscais. Tomando conhecimento do fato, fiscais da
Receita Federal verificaram não ter sido recolhido o Imposto de Renda dos dois últimos
exercícios, tendo em conseqüência procedido ao lançamento. Notificada regularmente a
empresa, na pessoa de seu sócio-gerente, deixou de defender-se administrativamente,
correndo o processo administrativo-fiscal à revelia e culminando com a inscrição do crédito
tributário em dívida ativa e imediato ajuizamento da execução fiscal. Alertado por seu ex-
contador, o sócio-gerente aliena vários bens sociais. Pergunta-se:
a) São válidos esses atos de alienação? Em que circunstâncias?
R= É valida se tivermos diante de duas circustancias ,primeira ele alienou mas
deixou bem suficiente , segunda ele alienou antes da inscrição na divida ativa
art. 185, CTN, presunção de fraude
b) Poderão ser executados bens do sócio-gerente? Em qualquer hipótese?
R= Não, sumula 430 STJ ,sumula 435 STJ
c) E bens dos demais sócios não gerentes?
        Justifique as respostas com base na legislação e na jurisprudência.
R= Não justifica pegar os bens de outros sócios , súmula 430 STJ
 
QUESTAO OBJETIVA

Marque a opção incorreta:


( ) a. No exercício da fiscalização tributária, devem ser respeitados o sigilo profissional e o
bancário.
( ) b. O contribuinte tem o dever de conservar seus livros e documentos comerciais e fiscais
pelo prazo da prescrição da ação de cobrança dos créditos tributários.
( ) c. O Fisco é obrigado a guardar sigilo sobre as informações que os contribuintes lhe
prestam.
(X) d. O exercício da fiscalização tributária é o mais amplo possível, implicando o
atendimento de todas as exigências de apresentação de qualquer documento e
informação, sem exceção.

PLANO DE AULA 7 : a
 
Estrutura do Conteúdo
CASO CONCRETO
A Prefeitura Municipal de Belo Horizonte, objetivando incrementar a recuperação de sua dívida
ativa, realiza a emissão de duplicatas relativamente aos débitos de IPTU inscritos em nome do
contribuinte Imobiliária Irmãos Guimarães S/A, e desconta os títulos na agência local do Banco
do Brasil. Este estabelecimento bancário, sub-rogado, vencido o prazo para pagamento
amigável e notificado pela Prefeitura à empresa contribuinte, promove o protesto das duplicatas
no cartório competente da Comarca, que dá ciência ao devedor, assinando-lhe prazo para
quitar os títulos. Pergunta-se:
a) Que medida judicial pode a empresa tomar, nessas circunstâncias emergenciais, para
defesa imediata de seus interesses?
R=–O INSTRUMENTO PROCESSUAL ADEQUADO PARA COBRA-LO É A EXECUÇÃO
FISCAL (LEI 6.830/80). SEGUNDO A DOUTRINA, A INSTITUTO DA NOVAÇÃO QUE
PERMITIRIA SUBSTITUIR O CREDITO TRIBUTÁRIO POR OUTRO DE NATUREZA
DIVERSA, CREDITO POR OBRIGAÇÃO COMERCIAL IN CASU, É INAPLICÁVEL AO
DIREITO TRIBUTÁRIO BRASILEIRO. A EMISSÃO DE DUPLICATA DE CRÉDITO
TRIBUTÁRIO É, ASSIM, INCABÍVEL E, PORTANTO, NULA, COMO TAMBÉM SEU
PROTESTO. A EMPRESA DEVEDORA PODE NESSAS CIRCUNSTANCIAS INGRESSAR
COM COM AÇÃO CAUTELAR DE SUSTAÇÃO DE PROTESTO, COM PEDIDO DE
LIMINAR, CPC ART. 798 PARA OBSTAR O ATO DE PROTESTO.
b) Se tivesse optado pela emissão de certidão de inscrição em Dívida Ativa, poderia a
Prefeitura requerer a falência da empresa comercial?
(Respostas fundamentadas)
R=– A FAZENDA PÚBLICA CREDORA PRIVILEGIADA NÃO TEM INTERESSE
PROCESSUAL EM REQUERER A FALÊNCIA DE SEUS DEVEDORES COMO DEFINIDO NO
ART. 187 DO CTN E DOS ARTS. 29 E 38 DA LEI 6.830/80. A LEI DE FALÊNCIAS 11.101/05,
EM SEU ART. 97, NÃO INCLUI A FAZENDA PÚBLICA DENTRE AQUELES QUE PODEM
REQUERER A QUEBRA.

QUESTÃO OBJETIVA
Determinado contribuinte, devedor de tributo, obtém parcelamento e vem efetuado o
pagamento conforme deferido.  Apesar disso, sofre processo de execução fiscal para a
cobrança do referido tributo.  Nos embargos de devedor, o executado poderá alegar:
(  ) a. a carência da execução fiscal, em face da novação da dívida, que teria perdido a
natureza tributária pelo parcelamento.
(  ) b. a improcedência da execução fiscal, por iliquidez do título exeqüendo, em face de parte
da dívida já estar paga.
( ) c. o reconhecimento do direito apenas parcial à execução fiscal, por parte do Fisco, em face
da existência de saldo devedor do parcelamento.
( X ) d. a carência da execução fiscal, em face da suspensão da exigibilidade do crédito
tributário.

PLANO DE AULA 8 : rutura do Conteúdo

Aplicação Prática Teórica


CASO CONCRETO

Irmãos Souza & Cia. Ltda., grande atacadista de gêneros  alimentícios, foi autuada em
novembro/2008 pela fiscalização do ICMS, por recolhimentos insuficientes do imposto durante
os anos de 2005 e 2006, tendo o auto de infração totalizado créditos tributários (principal,
multas, juros e atualização monetária) no valor de R$ 5 milhões.  Impugnado tempestivamente,
o lançamento veio a ser mantido, em fevereiro/2009, pela Junta de Revisão Fiscal. Dessa
decisão, recorre voluntariamente a  empresa para o Conselho de Contribuintes, deixando
contudo de efetuar depósito de 30% da quantia em discussão, bem assim de, alternativamente,
oferecer fiança bancária, conforme prevê a legislação de regência, para “garantia de instância”.
O processo administrativo fiscal é encaminhado ao Presidente do Conselho de Contribuintes,
que detém o juízo preliminar de admissibilidade do recurso; que se vier a ser admitido, será
distribuído a uma das Câmaras, a qual poderá rever a decisão vestibular de admissibilidade.
Como deve o Presidente do Conselho de contribuintes prodecer? Deve exigir o mencionado
depósito prévio administrativo? Responda de acordo com o entendimento atual do Supremo
Tribunal Federal.

R= O presidente do conselho de contribuintes deve admitir o recurso e remeter a uma


das câmaras para julgamento.
É ilegítima a exigência de depósito ou arrolamento como condição para recorrer. Tal
exigência foi considerada inconstitucional pelo STF em março /2007 na ADI 1976 de
relatoria do então Ministro Joaquim Barbosa, que entendeu que a exigência constitui
obstáculo sério (e intransponível para consideráveis parcelas da população) ao exercício
do direito de petição, além de caracterizar ofensa ao principio do contraditório, ambos
previstos na CF.
Ademais, a exigência converte-se, na prática, em suspensão do direito de recorrer,
constituindo nítida violação ao principio da proporcionalidade.
 
QUESTÃO OBJETIVA

Pessoa física, contribuinte do Imposto sobre a Renda, apresenta sua declaração anual
de ajuste, entendendo fazer jus à restituição de R$ 10.000,00. Processada a declaração
pela Secretaria da Receita Federal durante quase três anos, é finalmente intimado o
contribuinte, por via postal, de que suas deduções foram glosadas, ocasionando a
expedição de notificação de lançamento do imposto pela autoridade administrativa, com
penalidades e acréscimos legais, por entender o Fisco que as despesas eram
indedutíveis, sendo, conseqüentemente, indeferida sua restituição. O contribuinte, dois
dias depois de haver recebido a intimação pelo Correio, busca assistência profissional
de um advogado. Indique a providência INCORRETA e que não seria tomada pelo
advogado:

(  ) a. Aguardar a inscrição do crédito tributário em dívida da União e o ajuizamento da


execução para, garantido o Juízo, opor embargos de devedor
(  ) b. Solicitar à autoridade administrativa que calcule o alegado débito do cliente. Em
seqüência, propor ação anulatória do ato declarativo da dívida precedida do depósito do
montante integral do alegado crédito da Fazenda Pública, com penalidades, acréscimos legais
e demais encargos, tal como calculados pela autoridade administrativa, a fim de elidir sua
inscrição em Dívida Ativa da União e o ajuizamento da execução fiscal, ficando a exigibilidade
do crédito tributário suspensa pelo depósito.
( X )  c. Impugnar a exigência representada pela notificação de lançamento, 60 (sessenta)
dias depois da data em que tiver sido feita a intimação da exigência ao cliente, isto é, da
data de recebimento, pelo cliente, da intimação por via postal
(  )  d. Depois de examinar os fatos e a legislação aplicável, dar parecer escrito ao cliente no
sentido de que efetivamente não fazia jus à restituição que pleiteou, sendo, portanto,
procedentes a glosa das despesas e o lançamento; informar ao cliente, ainda, que o seu débito
poderá ser pago à vista, ou ser parcelado, havendo nessas duas hipóteses possibilidade de
redução da multa até o fim do prazo de impugnação

CASO 9
CASO CONCRETO:
Adão Alves e Joana Lima, co-proprietários de certo imóvel, ao receberem carnê para
pagamento parcelado do imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana (IPTU), foram
surpreendidos com a cobrança de taxa de remoção de lixo, tributo regularmente instituído pelo
município do Vale Verde, onde se localiza o bem imóvel.
Ocorre que Adão Alves e Joana Lima consideram a cobrança da mencionada taxa
inconstitucional, pois não tem por objeto serviço público divisível e não é destinada a
contribuintes determinados.
Ao se dirigirem à secretaria de fazenda municipal, foram impedidos de efetuar os pagamentos
devidos a título de IPTU sob o argumento de que o Estado somente receberia as importâncias
relativas ao IPTU se houvesse o pagamento concomitante da referida taxa de remoção de lixo.
Considerando a situação hipotética acima apresentada e na condição de procurador de Adão
Alves e Joana Lima, identifique a peça processual que entende cabível para a defesa dos
interesses dos dois contribuintes, abordando todos os aspectos de direito processual
pertinentes e examinando, necessariamente, os seguintes itens: possibilidade jurídica do
pedido; pedido e causa de pedir; legitimidade ad causam ativa e passiva; pressupostos
processuais; competência do juízo.

 R= Ação de Consignação em Pagamento, artigo 156, VIII, c/c art.164, CTN. Esse tipo de
ação é para qualquer divida inclusive tributaria, mora accipiendi, (a demora de receber
uma divida, ou seja, mora do credor).

QUESTÃO OBJETIVA:
Em relação à ação anulatória de dívida fiscal inscrita, pode-se afirmar que:
( ) a. para a sua propositura, é indispensável o depósito do valor integral da dívida;
( x ) b. poderá ser proposta com o depósito do valor integral da dívida, hipótese em que
suspenderá a exigibilidade do débito;
( ) c. não poderá ser proposta após ajuizamento da execução fiscal;
( ) d. tem âmbito restrito à discussão sobre a validade formal do ato de inscrição da dívida.

CASO 11
CASO CONCRETO
Já nos idos dos anos 50, se verificavam estímulos que demonstravam o interesse de alguns
países, no estudo de possibilidades de integração econômica. E, de fato, dessa época para cá
vários blocos econômicos foram criados. É o que a doutrina passou a chamar de Nova Ordem
Econômica Internacional. Verifica-se então que o fenômeno da globalização é inevitável,
surgindo o que hoje já é chamado de direito comunitário. Atualmente, existem diversos grupos
econômicos, dentre eles o MERCOSUL (Tratado de Assunção, de 26 de março de 1991), do
qual o Brasil participa e a União Européia, integrada pela sua grande maioria de países
europeus. Numa reunião realizada em Roma (jan de 2005), o Brasil estreitou os laços com a
União Européia com objetivo de estimular o comércio entre o MERCOSUL e a União Européia,
o que aquece o mercado internacional de uma maneira geral, sobretudo a economia brasileira.
Nesse sentido, no que se refere à globalização, pergunta-se:
a) Qual a distinção entre processo de integração econômica e processo unilateral de
abertura econômica?
R= O processo de integração econômica é um acordo internacional que precisa
ser ratificado pelos Estados signatários, para poder fazer nascer um novo bloco
econômico, como é o caso do MERCOSUL e união Européia, o processo de
abertura econômica depende do próprio país, não precisa celebrar acordo
internacional basta que esse país tenha a iniciativa de abrir sua economia.

b) Segundo a doutrina, quais as fases do processo de integração econômica?


  R= Área de livre comercio; união aduaneira; criação do mercado comum; união
econômica; integração econômica total.

QUESTAO OBJETIVA
Consoante a Constituição Federal, assinale a opção correta em relação ao imposto sobre
importação de produtos estrangeiros:
a) ( X ) Pode ser cobrado no mesmo exercício financeiro em que foi instituído.
b) ( ) A sua instituição pode ser realizada por meio de decreto.
c) ( ) A majoração de suas alíquotas somente poderá ser realizada por lei ordinária.
d) ( ) O contribuinte é a empresa estrangeira que vendeu o produto.
 
CASO 12

CASO CONCRETO
A empresa Oceania, com sede no Estado do Espírito Santo e beneficiária de sistema tributário
mais favorável, realiza importação de mercadorias em favor da empresa Polaroid do Brasil
Ltda., com sede no Estado de São Paulo.  A empresa importadora promoveu o desembaraço
das mercadorias no Porto de Santos-SP, remetendo a mercadoria para a sede da empresa
Polaroid, e recolheu o ICMS em favor do Estado do Espírito Santo. O Fisco paulista lavrou auto
de infração contra a empresa Polaroid exigindo o ICMS devido.  Inconformada, a empresa
ingressa com ação anulatória ao argumento que o ICMS foi corretamente recolhido pelo
importador.  O Estado de São Paulo alega que o ICMS é devido ao estado onde a mercadoria é
desembaraçada, pouco importando a sede do importador.  Pergunta-se:  no caso em tela a
qual Estado é devido o ICMS? Resposta  fundamentada.
R= Ao Estado de São Paulo, conforme o art. 155,§2º. IX alínea “a” CRFB/88
 
QUESTÃO OBJETIVA
No último mês de julho, Sernambetiba Indústria de Lâmpadas Ltda., empresa com sede no
município do Rio de Janeiro, auferiu receita de vendas das mercadorias que produziu no total
de R$ 500.000,00. No mesmo mês de julho/2007, recebeu em seu estabelecimento matérias-
primas e novas máquinas para a produção de lâmpadas, ambas tributadas pelo IPI e pelo
ICMS na etapa anterior. A energia elétrica consumida pela empresa no mês de julho de 2007
alcançou o valor de R$ 18.000,00.
Em face da situação hipotética acima e considerando que a concessionária de energia elétrica
seja isenta do ICMS, assinale a opção correta.
( X )  a. Não poderá haver compensação do ICMS sobre a energia elétrica consumida, mas
poderá haver creditamento do IPI e do ICMS sobre as matérias-primas adquiridas;
(  )  b. O IPI e o ICMS decorrentes da aquisição de novas máquinas poderão ser integralmente
compensados e de uma só vez na apuração dos mesmos tributos devidos em relação aos fatos
geradores ocorridos naquele mês de julho.
(  )  c. Poderá haver compensação do ICMS sobre a energia elétrica consumida e apenas do
IPI sobre as matérias-primas adquiridas.
(  )  d. Não poderá haver compensação do IPI nem do ICMS sobre as aquisições de matérias-
primas, mas o ICMS decorrente da aquisição das novas máquinas poderá ser compensado à
razão de 1/48 por mês.

CASO 13

CASO CONCRETO
O BANCO DO BRASIL S/A promove ação anulatória perante o Município de Goiânia para obter
a declaração de nulidade de auto de infração, lavrado pelo não recolhimento do ISSQN, sobre
serviços bancários não incluídos na lista anexa a Lei 116/03. Como fundamento de sua
pretensão invoca a impossibilidade de aplicação de analogia para exigir pagamento de tributo
não previsto na lei, consoante previsão do art. 108, § 1º, CTN. O Município de Goiânia, em
sede de contestação, resiste à pretensão autoral sob a justificativa de que o caso é de
aplicação extensiva da lei e não de analogia. Com quem está a razão? Resposta
fundamentada.

R= A doutrina entende que NÃO, porque fere o principio da estrita legitimidade, art.150,
I,CRFB/88, porém a jurisprudência Aceita interpretação extensiva.

QUESTÃO OBJETIVA
Com relação à competência para estabelecer normas gerais de direito tributário, julgue os
seguintes itens:
I - A lei complementar tributária pode fixar alíquotas específicas para tributos da competência
estadual ou municipal.
II - A lei complementar tributária deve versar apenas sobre normas gerais tributárias,
consideradas estas como normas-quadro, versando sobre princípios, diretrizes e balizas
normativas, dentro das quais o ente tributante deverá exercer sua competência tributária,
definindo os elementos essenciais da hipótese de incidência, respeitando o princípio federativo
e seu corolário: a autonomia financeira e tributária dos entes integrantes da República
Federativa do Brasil.
III - As obrigações acessórias em relação a tributos de competência de estados e municípios
podem ser especificadas em lei complementar tributária federal.
IV - Na hipótese de ser revogada a lista de serviços anexa à lei complementar tributária
nacional do ISSQN (imposto sobre serviços de qualquer natureza), não poderão os municípios
cobrar o referido imposto em seus territórios.
Estão certos apenas os itens:
(  ) a. I e II;
(  ) b. I e III;
(  )  c. II e III;
(X) d. II e  IV

CASO 14

CASO CONCRETO
João Manuel saiu de casa em uma comum noite de sábado com a finalidade de comprar um
maço de cigarros no botequim da esquina. Sua esposa, Maria, estranhou a situação, mas não
questionou a vontade do marido. O  seu estranhamento somente se manifestou horas mais
tarde ao não ver o  marido retornar. Dirigiu-se ao bar e não o encontrou. Disseram-lhe, contudo
que ele havia entrado em um veículo, onde se podia ver a  figura de uma loura. Buscou ajuda
dos filhos para encontrar João Manuel. Nenhum sucesso. Com o passar dos anos, decidiram
pedir a partilha dos bens e, assim, a decretação da morte presumida de João, nos termos da lei
civil. Seguindo-se o rito processual, é decretada a morte presumida e realizada a sucessão
provisória. Alguns meses após esta última decisão, João Manuel regressa de sua longa lua-de-
mel com a loura e requer a devolução de seu patrimônio - o que é imediatamente deferido pelo
juízo competente.
Indaga-se:
a) Há incidência do ITCMD na sucessão provisória?
R= Sim é legitima, sumula 331 STF, “É legítima a incidência do imposto de transmissão
causa mortis no inventário por morte presumida”,
b) Há incidência do ITCMD na devolução do patrimônio a João Manuel?
R= Não, mas dependendo do Estado se houver previsão em lei, Art.118, CTN.

QUESTÃO OBJETIVA
Assinale a opção correta no que se refere aos impostos de competência dos municípios:
A (     ) Um município que institui lei estabelecendo alíquotas progressivas para o IPTU em
razão do valor do imóvel e, também, alíquotas diversas de acordo com o uso do imóvel,
contraria dispositivo constitucional que, tendo como parâmetro o uso do bem imóvel, veda o
estabelecimento de alíquotas diversas para o IPTU.
B ( X ) Considere-se um ato de compra e venda de bem imóvel localizado no DF, sendo o
comprador domiciliado em Goiânia – GO e o vendedor, em Imperatriz – MA.  Nesse caso, será
devido ao DF o imposto sobre transmissão inter vivos, a qualquer título, de bem imóvel.
C (     ) Compete à lei ordinária fixar as alíquotas mínimas do ISS, e à lei complementar, fixar as
alíquotas máximas.
D (     ) Considere-se que certo município edite lei excluindo o ISS sobre exportações de
sérvios para países da América Latina.  Nesse caso, a lei municipal contraria o texto
constitucional, pois apenas a Constituição Federal pode dispor acerca da exclusão da
incidência do ISS sobre a exportação de serviços.
 
 
 CASO 15

CASO CONCRETO
Determinado proprietário de veículo automotor (VECTRA-GT) ajuíza ação anulatória de
lançamento do IPVA, tendo como argumentos o texto do artigo 146, inciso III da CRFB/88, e a
ausência de dispositivos no Código Tributário Nacional acerca do IPVA. Entende o proprietário
do veículo automotor que os Estados não podem inovar a ordem jurídica na ausência de Lei
Complementar sobre o tributo em exame, já que a tributação não teria suporte constitucional.
A liminar pleiteada foi indeferida.
O Estado do Rio de Janeiro apresenta contestação, defendendo a tributação em comento, já
que a ausência da Lei Complementar geral não impossibilita a cobrança do IPVA.
Decida a questão, declinando os fundamentos jurídicos pertinentes.
R= Se não tem lei geral os Estados tem competência para a cobrança de IPVA, se houver
permanecer a lei complementar geral, art.24,§3º da CRBF/88, art.34 do ADCT.

QUESTÃO OBJETIVA
Com base em contrato, locatário de imóvel assumiu a responsabilidade pelo pagamento dos
encargos referentes à locação. Por mais de um ano o administrador indicado pelo proprietário
recebeu os valores correspondentes ao aluguel, quotas de condomínio e tributos, fazendo
pressupor o recolhimento regular dos tributos. Em certo momento, porém, verificou-se que o
IPTU deixou de ser recolhido ao fisco municipal. De posse da intimação do município, o
proprietário exigiu que o locatário efetuasse o pagamento do imposto em atraso. Nesse caso, o
locatário:
a)(  ) pode recusar-se a pagar o tributo, alegando que a obrigação de pagar compete ao
administrador do imóvel, na qualidade de responsável por substituição;
b)( X ) pode recusar-se a pagar o tributo, alegando que a responsabilidade pelo pagamento do
tributo remanesce com o proprietário, apesar do contrato;
c)(  ) está obrigado a pagar o tributo, tendo em vista que a responsabilidade assumida por
contrato lhe transfere a responsabilidade pelo pagamento;
d) (  ) está obrigado ao pagamento do tributo, tendo em vista o princípio geral do direito das
obrigações, segundo o qual quem paga mal, paga duas vezes.
 

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