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O silêncio de Deus
poemas
Edição do autor
2009 – José Carlos Mendes Brandão
ISBN 978-85-909921-0-3
A árvore e a cruz – 17
A carroça do caos – 18
A companheira de viagem – 19
A cor das palavras – 20
Prelúdio – 21
A forma do eterno – 22
A iluminação no espelho da tarde – 23
A menina cega – 24
A morte do artista – 25
A música do silêncio - 26
A noite dos violinos – 27
A paisagem do eterno – 28
A respiração de Deus – 29
A rosa – 30
A rosa eterna – 31
A serpente e o menino – 32
A tarde única – 33
A túnica de Deus – 34
A velha da maçã – 35
A velhice do poeta – 36
A viagem do eterno – 37
Os cavalos cantarão – 38
As mãos do oleiro – 39
Caim – 40
Cézanne – 41
Conhecimento da noite – 42
Contemplação – 43
Deus dorme – 44
Diante do umbral – 45
Exercícios de admiração – 46
Goethe – 46
Antônio Machado – 46
Manoel de Barros – 46
Beckett – 47
Rosalía de Castro – 47
Ungaretti – 47
Juan Ramón Jimenez – 48
E agora, José? – 48
Cecília Meireles – 48
João Cabral – 48
Exílio – 49
Êxtase em Ouro Preto – 50
Il Poverelo – 51
Inutensílios – 52
Vigília – 53
Lavra – 54
Merecimento – 55
Dois poemas esquecidos
Monte Branco – 56
Pureza – 56
Nascimento – 57
Natal em Bagdá – 58
O abismo de Deus – 59
O afogado – 60
O Aleijadinho – 61
O arado de Deus – 62
O cavalo cego – 63
O deserto – 64
O jardim do fim do mundo – 65
O monumento – 66
O oleiro e a argila – 67
O outro Lázaro – 68
O pranto de Ulisses – 69
O quadro – 70
Os mortos – 71
A moeda do silêncio – 72
Os sortilégios do mistério – 73
Os violinos – 74
Deserto – 74
Quase – 74
O figo – 74
O velho – 75
Os violinos – 75
O êxtase – 75
O silêncio – 75
O teu silêncio – 76
Motivo – 76
A papoula – 76
O carneiro – 77
A cigarra – 77
O altar na gruta – 77
Sono – 77
Páscoa na Iugoslávia – 78
Pedras na água – 79
Identidade – 79
O girassol – 79
As estrelas – 79
Loucura – 79
Poesia mínima – 80
Poética nos dentes – 80
Justificativa – 80
Mistério – 80
O silêncio – 81
O arco-íris – 81
Tchibum – 81
Iluminação – 82
Dilúvio – 82
Antipregão – 82
O êxtase do poeta – 82
Comunhão – 83
Pintassilgo – 83
Condição – 83
Centro – 84
As crianças – 84
Epitáfio do timoneiro Gracchus – 84
O olho – 84
João 1,19 – 85
Carícia – 85
Pétalas ao vento – 86
Abandono – 86
O ideal – 86
O arame farpado – 86
Sem perdão – 87
Retorno – 87
Eclipse – 87
Os pinheiros – 88
Delírio – 88
As águas – 88
Infinito – 88
Êxtase – 89
O orvalho – 89
O êxtase do enforcado – 89
Inverno – 90
Aniversário – 90
O azul de Deus – 90
Poema da necessidade – 91
Poemas breves – 92
Alba – 92
As flores de pedra – 92
Alvorada – 92
Epitáfio – 93
Deus – 93
Estrangeiros – 93
O absoluto – 93
Maturidade – 94
A língua seca – 94
O sal nas pétalas – 94
Fidelidade – 95
Oferta – 95
Os jacintos – 95
Roca – 95
Poética essencial – 96
Portinari – 97
O estranho matou os pássaros – 98
Réquiem para W. H. Auden – 99
Senhor, a noite é nossa – 100
Tempo pascal – 101
Testamento – 102
Unidade – 103
Imanência e transcendência na
poesia do mestre Brandão
olhos
no caminho
uma flor
na água
um pássaro
sobre a mesa
11
tiga de enamorados, numa dimensão outra, inefável,
candidamente erótica, magia absoluta:
12
Dura mão abateu-se sobre nós.
Feriu-nos, castrou-nos.
E somos pobres como o olhar de um animal acuado.
Um piolho
Mil piolhos me roem
O cérebro. Em frangalhos
Serei eu mesmo, o que escreve
Ou o que vive o estupor?
13
a fogueira à beira do lago,
os nossos corpos unidos,
a nossa alma que se eleva.
Ou:
14
já então estranho aos mortais comuns:
Quando me levantei,
era mais um estranho na terra.
15
A árvore e a cruz
17
A carroça do caos
18
A companheira de viagem
19
A cor das palavras
20
Prelúdio
21
A forma do eterno
22
A iluminação no espelho da tarde
23
A menina cega
24
A morte do artista
25
A música do silêncio
26
A noite dos violinos
27
A paisagem do eterno
28
A respiração de Deus
29
A rosa
30
A rosa eterna
31
A serpente e o menino
32
A tarde única
Eu caminhava na praia,
A areia cantava sob os meus pés,
As ondas se desmanchavam com suavidade,
O mar azul bailava sob o céu azul.
33
A túnica de Deus
34
A velha da maçã
35
A velhice do poeta
36
A viagem do eterno
37
Os cavalos cantarão
38
As mãos do oleiro
“Como a argila nas mãos do oleiro,
assim sereis vós nas minhas mãos.”
Jr 18, 6
39
Caim
40
Cézanne
Imóvel no horizonte.
A maçã é a fruta que se oferece
Para ser pintada,
É um corpo perfeito e é um alimento.
41
Conhecimento da noite
42
Contemplação
43
Deus dorme
44
Diante do umbral
45
Exercícios de admiração
Goethe
Antonio Machado
Manoel de Barros
O rio engole a palavra
e espera a rosa
se mirar em suas águas.
46
Beckett
Rosalía de Castro
Ungaretti
Na harpa da palavra,
com os dedos em chamas,
vou tangendo o universo.
47
Juan Ramón Jimenez
E agora, José?
A rosa agoniza
na palma da mão.
Mas você não morre, José.
Cecília Meireles
João Cabral
A cabra resiste
comendo pedra.
48
Exílio
49
Êxtase em Ouro Preto
50
Il Poverello
51
Inutensílios
52
Vigília
53
Lavra
54
Merecimento
55
Dois poemas esquecidos
Monte Branco
Pureza
56
Nascimento
57
Natal em Bagdá
58
O abismo de Deus
59
O afogado
60
O Aleijadinho
61
O arado de Deus
62
O cavalo cego
63
O deserto
64
O jardim do fim do mundo
65
O monumento
E sangro no abismo.
Adivinho nos olhos do falcão
Como é longa a eternidade.
66
O oleiro e a argila
67
O outro Lázaro
68
O pranto de Ulisses
69
O quadro
Acendemos as tochas
E nas paredes os quadros gemiam.
Uma aranha e um escorpião passeavam
Entre as sombras das molduras.
Um abismo de trevas
Se formava nos olhos assustados
De um menino sorrindo
Um sorriso estranho.
Os lábios gelados
– Quem pintou o gemido?
70
Os mortos
71
A moeda do silêncio
A luz negra,
A chave enferrujada
E a pátina no chão do deserto.
72
Os sortilégios do mistério
73
Os violinos
Deserto
Penetro no deserto
em busca da aurora
que engendro.
Quase
No escuro da pedra
o silêncio de Deus.
Quase entrei em êxtase.
O figo
O figo estourou.
O sol tocava a flauta
do vento.
74
O velho
Os violinos
Os violinos florescem
na primavera.
O êxtase
O silêncio
da rosa.
Abismo.
75
O teu silêncio
O teu silêncio
pousa em mim
com todas as estrelas.
Motivo
Eu faço poesia
porque vou morrer.
A papoula
76
O carneiro
O carneiro me olha
com a eternidade
nos olhos azuis.
A cigarra
O altar na gruta
Sono
77
Páscoa na Iugoslávia
78
Pedras na água
Identidade
O girassol
O poema é um girassol –
claridade para todos os lados.
As estrelas
Loucura
O poeta enlouqueceu
e nunca mais interrompeu seu canto.
79
Poesia mínima
Justificativa
Mistério
Por que as almas correm
para o mar?
80
O silêncio
O silêncio cai
sobre as pétalas da rosa
como o olhar de Deus.
O arco-íris
O arco-íris
atrás das grades
chora sobre a cidade.
Tchibum
Um beija-flor mergulha
de repente – tchibum! –
por meus olhos a dentro.
81
Iluminação
Dilúvio
Espero um dilúvio
para inundar a minha garganta
seca de Deus.
Antipregão
O êxtase do poeta
O poema é natural.
A árvore, sobrenatural.
82
Comunhão
Pintassilgo
Na minha janela
canta o mesmo pintassilgo
há cinquenta anos.
Condição
83
Centro
As crianças
O olho
84
João 1, 19
Carícia
Acaricio a eternidade
como um cavalo
que vou montar.
85
Pétalas ao vento
Abandono
Ideal
O círculo perfeito
do pássaro
no abismo.
O arame farpado
O arame farpado
entre o olhar e o nevoeiro
estrangula a paisagem.
86
Sem perdão
Retorno
Ainda retornarei
à mínima desordem
do mar.
Eclipse
87
Os pinheiros
Os pinheiros cantam
com o mar na língua
verde de ostras.
Delírio
O lago reflete
o incêndio de um lírio.
As águas
As águas do rio
são pedras ainda líquidas.
Infinito
A estrela
grita.
88
Êxtase
Arranquei os olhos
para a rosa.
Arranquei o coração
para a noite.
Entro em êxtase
com a rosa da noite.
O orvalho
O êxtase do enforcado
89
A libélua
Aniversário
O azul de Deus
90
Poema da necessidade
91
Poemas breves
Alba
As flores de pedra
Alvorada
92
Epitáfio
Deus
Abismo.
Estrangeiros
O absoluto
Nada acontece
do lado de fora do poema.
93
Maturidade
A língua seca
94
Fidelidade
Oferta
Os jacintos
Roca
95
Poética essencial
96
Portinari
97
O estranho matou os pássaros
98
Réquiem para W. H. Auden
99
Senhor, a noite é nossa
100
Tempo pascal
101
Testamento
102
Unidade
103
Orelhas do livro:
J. C. M. Brandão
J. C. M. Brandão publicou os livros de poesia O Emparedado,
2000.