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Ambiental e Saúde do
Trabalhador
Vigilância Sanitária
Revisão Textual:
Prof. Ms. Luciano Vieira Francisco
Unidade Vigilância Sanitária
Thinkstock/Getty Images
• Vigilância Sanitária
• Vigilância epidemiológica
• Vigilância em Saúde do Trabalhador
• Vigilância em Saúde Ambiental
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Unidade: Vigilância Sanitária
Contextualização
Para iniciarmos esta Unidade nada melhor do que conseguir visualizar a aplicação prática
dos conhecimentos que serão aqui discutidos. Para tanto, lançaremos mão de uma ação diária
vivida pela maioria das pessoas, “o nosso almoço de todos os dias”.
Quantos de nós diariamente alimentam-se fora de casa? E o que a vigilância sanitária têm a
ver como isso?
Assista ao vídeo disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=435xb8DoUxw> e reflita
acerca da importância da atuação da vigilância sanitária.
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Vigilância Sanitária
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) foi criada pela Lei n.º 9.782, de 26 de
janeiro de 1999, em se definiu o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária.
É fundamental que você entenda que o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária compreende
o conjunto de ações que são executadas por instituições da administração pública direta e
indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. Esses exercem atividades de
regulação, normatização, controle e fiscalização na área de vigilância sanitária (BRASIL,1999).
Assim, a Anvisa é considerada uma autarquia que se caracteriza por independência
administrativa, financeira e estabilidade de seus dirigentes no período de mandato (BRASIL,
2012a, 2012b).
O campo de atuação da Anvisa compreende todos os setores relacionados a produtos e
serviços que possam afetar a saúde da população brasileira, abrangendo tanto a regulação
sanitária quanto a econômica, além de coordenar o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária
(Snvs), esse que atua de forma integrada a órgãos públicos relacionados direta ou indiretamente
ao setor saúde (BRASIL, 2012a, 2012b).
A estrutura administrativa encontra-se assim determinada:
Figura 1.
No Brasil o direito à saúde é regulamentado na Constituição Federal desde 1988 por meio
do Sistema Único de Saúde (SUS) e uma de suas competências é a prevenção de doenças e a
promoção de saúde que é desenvolvida pelo Snvs (BRASIL, 2014).
Assim, o Snvs é um instrumento disponibilizado ao SUS para alcançar seu objetivo, que é a
prevenção de doença e a promoção da saúde. Esse sistema engloba os três níveis de governo
que estão assim distribuídos:
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Unidade: Vigilância Sanitária
Figura 2.
Fonte: <http://s.anvisa.gov.br/wps/s/r/1X9>.
Para melhor compreensão dessa estrutura, apresentaremos a função de cada unidade que
compõe a estrutura do Snvs.
Nível federal
Anvisa: além da função regulatória é responsável pela coordenação do Snvs e fomenta
a realização de estudos e pesquisas no âmbito de suas atribuições, elaborando resoluções de
proteção à saúde com validade para todo o território nacional (BRASIL, 2012a, 2012b).
Instituto Nacional de Controle (Incqs): vinculado administrativamente à Fundação
Oswaldo Cruz (Fiocruz) e tecnicamente à Anvisa. É uma unidade da Fiocruz que tem como
função atuar no controle de qualidade de produtos, insumos, ambientes e serviços sujeitos à
ação da vigilância sanitária. Age em cooperação direta com a Anvisa, secretárias estaduais e
municipais de saúde (FIOCRUZ, 2008).
Nível estadual
Centro de Vigilância Sanitária: regula e executa as ações conforme as necessidades e
realidade do Estado.
Laboratório Central (Lacen): os laboratórios de referência estadual são os laboratórios
centrais de saúde pública, vinculados às secretarias estaduais de saúde, com área geográfica
de abrangência estadual. Estão organizados em sub-redes por agravos ou programas de forma
hierarquizada por grau de complexidade.
Nível municipal
Serviços da Coordenação de Vigilância em Saúde (VISA/Covisa): regula e executa
as ações de acordo com as peculiaridades do município.
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Como você pode observar, existe uma estrutura instituída em todo território nacional com
a finalidade de prevenir doenças e promover a saúde, contudo, há quem possa se questionar:
“e como são organizadas as atividades nessas estruturas?” “De que forma são divididas as
atividades?” “O que as norteia?”
As diretrizes para o desenvolvimento de ações que visam a vigilância em saúde estão baseadas
nos princípios expressos na Constituição Federal, na Constituição de cada Estado e nas Leis
Orgânicas da Saúde, com as seguintes normas:
• O município é o responsável pelos recursos, serviços e ações de saúde; atendimento
individual e coletivo adequado à realidade de cada região;
• Deve ser garantida a participação da sociedade por meio de conferências, conselhos,
sindicatos e Organizações Não Governamentais (ONG) de saúde;
• Trabalho conjunto entre e dentro das instituições que se relacionam com a área de saúde;
• Divulgação para garantir o acesso da informação à população;
• Privacidade da enfermidade do cidadão, desde que não afete a saúde pública.
Assim, a vigilância em saúde é composta por ações que, juntas, trabalham a fim de promover
a saúde social, as quais:
Desta forma, a vigilância sanitária desenvolve sua função por meio de ações normativas e
fiscalizatórias sobre os serviços prestados, produtos e insumos terapêuticos de interesse à saúde;
de permanente avaliação da necessidade de prevenção do risco e da possibilidade de interação
constante com a sociedade, em termos de promoção da saúde, da ética e dos direitos de cidadania.
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Unidade: Vigilância Sanitária
Assim, é de fundamental importância que você tenha conhecimento sobre o Código Sanitário
de seu Município. A estruturação do Código Sanitário dos Municípios é constituída tendo como
base à sua construção os princípios expressos na Constituição Federal, na Constituição do
seu Estado, nas Leis Orgânicas da Saúde – especificamente as Leis Federais n.º 8.080, de 19
de setembro de 1990 e n.º 8.142, de 28 de dezembro de 1990 –, no Código de Defesa do
Consumidor – Lei Federal n.º 8.078, de 11 de setembro de 1990 –, no Código de Saúde de seu
Estado e na Lei Orgânica de seu Município.
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• Garantir condições de segurança sanitária na produção, comercialização e consumo de
bens e serviços de interesse à saúde;
• Assegurar e promover a participação da comunidade nas ações de saúde (BRASIL, 1999).
As atividades da Sevisa foram definidas por meio da Portaria CVS n.º 4/11, que determinou
como seu campo de atuação e procedimentos administrativos:
• Padronizar, regulamentar e disciplinar os procedimentos administrativos referentes ao
cadastramento e licenciamento dos estabelecimentos e equipamentos de assistência e de
interesse à saúde, bem como os procedimentos administrativos referentes ao termo de
responsabilidade técnica, quando for o caso;
• Compatibilizar as atividades econômicas que estão sujeitas ao cadastramento e/ou
licenciamento pelos órgãos de vigilância sanitária com a “Classificação Nacional de
Atividades Econômica (Cnae-Fiscal)”, elaborada originalmente pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (Ibge);
• Definir o Cadastro Estadual de Vigilância Sanitária (Cevs); e
• Facilitar o intercâmbio de informações com outros órgãos governamentais;
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Unidade: Vigilância Sanitária
Nesse contexto em que pudemos ver a complexa estrutura e ferramentas disponíveis para
o controle e contínua vigilância sanitária é de fundamental importância que todo gestor tenha
clareza de que a:
Vigilância sanitária constitui-se de uma luta diária na busca pelo equilíbrio e adaptação do
homem à natureza bem como, pelo aproveitamento dos recursos naturais, proteção contra os
riscos decorrentes de produção e segurança de bens e serviços, alcançando assim a qualidade
de vida (BRASIL, 2000).
Vigilância epidemiológica
A Lei n.º 8.080/90 define como vigilância epidemiológica:
O conjunto de ações que proporciona o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer
mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva, com a
finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos.
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Para coordenar o desenvolvimento das atividades previstas a Divisão de Vigilância
Epidemiológica está estruturada da seguinte forma:
• Grupo de Doenças Transmitidas por Animais e Meio Ambiente;
• Grupo de Imunização e Doenças Imunopreviníveis;
• Grupo de Doenças Sexualmente Transmissíveis e as de Transmissão Vertical;
• Grupo de Doenças Crônicas e de Doenças Não Transmissíveis (BRASIL, 1990).
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Unidade: Vigilância Sanitária
Material Complementar
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Referências
______. Lei n.º 8.080/90, dispõe sobre as condições para promoção, proteção e recuperação da
saúde, a organização e o financiamento dos serviços correspondentes e dá outras providências.
Diário Oficial da União. Brasília, DF, 19 set. 1990.
______. Lei n.º 9.782/99, define o sistema nacional de vigilância sanitária, cria a Agência
Nacional de Vigilância Sanitária e dá outras providências. Diário Oficial da União. Brasília,
DF, 26 jan. 1999.
______. Retificação da Portaria CVS n.º 4, de 21 mar. 2011. Diário Oficial da União. Brasília,
DF, 31 mar. 2011. Disponível em: http://www.cvs.saude.sp.gov.br/zip/E_PT-CVS-4_210311%20
-%20RET%20170113.pdf.
______. Vigilância sanitária no Brasil. Brasília, DF, 29 jan. 2014. Disponível em: http://s.
anvisa.gov.br/wps/s/r/1X9.
______. Centro de Vigilância Sanitária. Decreto Estadual n.º 44.954, de 6 jun. 2000 –
sistema estadual de vigilância sanitária. 2000. Disponível em: http://www.cvs.saude.sp.gov.br/
apresentacao.asp?te_codigo=36.
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Anotações
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