Ambiental e Saúde do
Trabalhador
Saúde do Trabalhador
Revisão Textual:
Prof. Ms. Claudio Brites
Unidade Saúde do Trabalhador
Thinkstock/Getty Images
Nesta unidade, trabalharemos os seguintes tópicos:
• Saúde do Trabalhador
• Constituição Federal de 1988
• De que Forma Alcançar a Atenção Integral?
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Unidade: Saúde do Trabalhador
Contextualização
Para iniciarmos esta unidade, convidamos você a conhecer uma pouco sobre
a nossa temática, saúde do trabalhador. Para tanto, assista a entrevista do
Coordenador da Saúde do Trabalhador do Ministério da Saúde, Carlos Vaz. Nela,
ele destaca pontos importantes sobre a Política Nacional de Saúde do Trabalhador.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=dcR5JmwZ-Po
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Saúde do Trabalhador
A Saúde do Trabalhador se constitui hoje como uma área da Saúde Pública, seu objeto de
estudo e intervenção são as relações entre o trabalho e a saúde. Como um componente da
Saúde Pública, está integrada aos princípios do SUS e tem como objetivo a:
Diferente do que alguns podem imaginar, o termo trabalhador não é empregado apenas
para os que possuem empregos formais; trabalhadores são todos os homens e as mulheres
que exercem atividades, nos setores formais ou informais, para o sustento próprio e/ou de
dependentes (BRASIL,2001).
Assim, estão incluídos nesse grupo: todos os que trabalham ou trabalharam como empregados
assalariados; trabalhadores domésticos, avulsos, agrícolas e autônomos; servidores públicos;
trabalhadores cooperativados; e empregadores (proprietários de micro e pequenas unidades de
produção). Nesse cenário, destaca-se: aqueles que exercem atividades não remuneradas (que
auxiliam a um membro da família que possui atividade econômica, por exemplo), aprendizes,
estagiários e os que estão afastados definitivamente ou temporariamente do trabalho (por
doença, aposentadoria ou desemprego) também são trabalhadores (BRASIL,2001).
O primeiro marco legal está descrito na Constituição, conforme podemos verificar a seguir:
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Unidade: Saúde do Trabalhador
Art. 200 – Ao SUS compete, além de outras atribuições, nos termos da lei:
Inciso II – executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as de
saúde do trabalhador;
Inciso VIII – colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do
trabalho. (BRASIL,1988)
Além disso, em 1990, surge outra lei que corrobora para melhor definir as diretrizes necessárias
para a organização das ações de saúde do trabalhador, a Lei Orgânica:
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Assim, os CERESTS são considerados polos irradiadores estratégicos nas ações de
matriciamento da RENAST no SUS.
Em 2013, foi criada a Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora que alinha-
se com o conjunto de políticas de saúde no âmbito do SUS, considerando a transversalidade
das ações de saúde do trabalhador com o trabalho como um dos determinantes do processo
saúde-doença.
A Política observará os seguintes princípios e diretrizes:
I – Universalidade;
II – Integralidade;
IV – Descentralização;
V – Hierarquização;
VI – Equidade; e
VII – Precaução.
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Fonte: BRASIL. Diário Oficial da União. Portaria No 1.823, de 23 de Agosto de 2012 Institui a Política Nacional de Saúde do
Trabalhador e da Trabalhadora. Publicada no DOU Nº 1.823 seção 01, de 24/08/2012
Para alcançar a atenção integral ao trabalhador, é necessária a busca contínua por informações que
possibilitem o conhecimento desse cenário, para que, dessa forma, as ações possam ser planejadas
de forma a atender às reais necessidades nas três esferas do governo: federal, estadual e municipal.
Fonte: BRASIL. Diário Oficial da União. PORTARIA Nº 1.823, DE 23 DE AGOSTO DE 2012 Institui a Política Nacional de Saúde do
Trabalhador e da Trabalhadora. Publicada no DOU Nº 1.823 seção 01, de 24/08/2012
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Assim, para o alcance da atenção integral na saúde do trabalhador, é necessário ter a
clareza de que nosso olhar deve ir além do processo laboral, uma vez que as condições de vida
e familiares poderão ter reflexos na saúde desse trabalhador e no desenvolvimento de suas
atividades laborais. É necessário, portanto, ampliar o olhar para além do processo laboral e
considerar os reflexos do trabalho e das condições de vida dos indivíduos e de suas famílias.
Dessa forma, os equipamentos de atenção e de vigilância em saúde deverão articular-se para
favorecer o mapeamento da situação e a tomada de decisão. Para isso, é necessário que os
equipamentos tenham:
• Integração;
• Articulação;
• Transversalidade;
• Transdisciplinaridade;
• Interdisciplinaridade;
• Resolutividade;
• Responsabilização;
• Acolhimento;
• Integralidade
Assim. o Programa Nacional de Saúde do Trabalhador define no Cap. II, art. 8, como objetivos:
• Fortalecer VST e a integração com os demais componentes da Vigilância em Saúde;
• Promover a saúde e ambientes e processos de trabalho saudáveis;
• Garantir a integralidade na atenção à saúde do trabalhador;
• Conceber que a relação entre saúde e trabalho deve ser identificada em todos os pontos e
todas as instâncias da rede de atenção.
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Dessa forma, foram instituídos os CERESTs com a função de prover retaguarda técnica
especializada em saúde do trabalhador para o conjunto de ações e serviços da rede SUS.
Essa retaguarda deve ser organizada segundo o método de apoio matricial às equipes
de referência das diversas instâncias da rede de atenção, promoção e vigilância em saúde,
garantindo funções de: suporte técnico, educação permanente, assessoria ou coordenação de
projetos de assistência, promoção e vigilância à saúde dos trabalhadores no âmbito da sua área
de abrangência; além de atuar como articulador e organizador das ações intra e intersetoriais de
saúde do trabalhador (BRASIL, 2012).
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Material Complementar
Leituras interessantes para enriquecer o seu conhecimento sobre o assunto desta unidade:
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Unidade: Saúde do Trabalhador
Referências
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Anotações
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