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Copyright © 2016 Betânia Vicente

Revisão: Sabryne Matos


Arte da Capa: Joice S. Dias
Diagramação: Veveta Miranda

Está é uma obra de ficção. Qualquer semelhança com


nomes, lugares e acontecimentos reais é mera
coincidência.
Todos os direitos reservados. São proibidos o
armazenamento e/ou a reprodução de qualquer parte dessa
obra, através de quaisquer meios – tangível ou intangível
– sem o consentimento escrito da autora. 
A violação dos direitos autorais é crime estabelecido na
lei nº 9.610/98 e punido pelo artigo 184 do Código Penal.

Criado no Brasil.
O Delegado

Betânia Vicente
Agradecimentos

Gostaria de agradecer primeiramente a Deus, por


me ter dado a dádiva de escrever.
Minha família que não sabia que eu estava
escrevendo e ficaram surpresos quando contei. As minhas
leitoras lindas e maravilhosas que sempre mandam
comentários lindos e ao mesmo tempo muito engraçados.
Aos grupos de WhatsApp do qual eu participo, não sei o
que eu faria sem vocês que sempre estão me ajudando em
muito, ao meu grupo “Romances da Be”, eu amo vocês
meninas :)
As minhas amigas autoras que amei conhecer
todas pessoalmente na Bienal de São Paulo e outras no
Tardes Sensuais (edição Rio de Janeiro). As bloqueiras e
as resenhistas dos Facebook, WhatsApp, Telegram
também agradeço de coração. Aos grupos do Facebook do
qual eu participo e que amo.
Um carinho e agradecimento as minhas amigas
autora Veveta Miranda que fez a diagramação do delegado
tanto pro fisico quanto pra Amazon :) você sabe que amei
tudo mesmo, ficou perfeito e para a autora Dammy Costa
que fez a capa da Samantha, que ficou maravilhosa, linda
demais estou apaixonada, também a autora Joyce S Dias
que fez a capa do Delegado achei linda também.
A mais nova autora Ana que sempre está me
ajudando com os livros e fez book trailer do delegado, no
laço do cowboy. Outra amiga também a Joy, chamo ela de
Jô mesmo, a conheci no grupo da diva Jo Magrini, ela foi
a primeira pessoa que viu a sinopse do delegado.
A Cris lindaa, entramos em parceria para fazer
brindes e marcadores com pingentes.
Esse livro dedico a todos que amaram e se
deliciaram com o nosso delegado delicia, ao blog Livros
do Coração que tenho um enorme carinho sempre estão
falando de mim, rs. Beijos no coração de vocês <3.

Betânia Vicente
Capítulo 1
Eu nunca me imaginei exercendo outra profissão
que não fosse essa que me encontrava executando neste
momento. Ser um delegado não era fácil, ainda mais no
país em que vivemos. A corrupção neste setor era grande,
não que eu fosse um santo porque eu, com certeza não era,
mas entrar nessa onda era algo que eu nunca iria fazer.
Para mim seria como se quebrar um voto que eu fiz
quando me formei policial. Fora que eu não jogaria fora
os anos de treinamento, depois estudando cada vez mais
para por fim passar no concurso. Foi uma luta muito
difícil, batalhei para conseguir chegar aonde me encontro
hoje.
Eu estava na delegacia, sentado, ouvindo o que o
bandido estava dizendo e sempre era mesma coisa: “eu
sou inocente.”, “não mereço estar aqui”.
Bom, dei graças a Deus que consegui liberar ele
direto para cela quando eu comecei a ouvir uma discussão
bem alta. Como eu sou curioso, levantei para ver o que
estava acontecendo e quando eu saí da minha sala, eu dei
de cara com uma bela mulher, que estava indo em direção
à sala do meu amigo investigador, Davi.
Ela parecia ser diferente de todas as mulheres que
eu conheci. Linda, não, mais do que isso, maravilhosa.
Observar seu andar com aqueles sapatos de salto agulha
me deixou com um tesão louco, nunca passei por esse tipo
de situação, a única coisa que vinha na minha cabeça eram
imagens de nós dois na cama e eu mandando ver nela.
Deveria ficar envergonhado com os pensamentos
que eu estava tendo com ela, mas não, me deixou com
mais vontade de catar aquela mulher e levar até a minha
sala, encostar ela sobre e minha mesa e descobrir o
paraíso nos seus braços.
Em vez de voltar para minha sala, fui direto para
a sala do Davi e ouvi a mulher linda dizendo:
— Puta que pariu, Davi, para de querer me
controlar.
— Não vem não, Antonella, você sabe muito bem
que eu tenho que cuidar de você. – respondeu Davi que
estava a ponto de gritar, pela expressão em seu rosto.
— Davi, eu sou de maior e vacinada, e não quero
ninguém no meu pé querendo me controlar. – ela
respondeu, alterada.
Eita, essa mulher era bem nervosa, e eu adorei
isso nela. Ela parecia ser espontânea, estava gritando a
quatro ventos com meu amigo sem perceber que estava
dentro de uma delegacia.
Fiquei ali ouvindo tudo e observando como
aquela tigresa batia de frente com o Davi, pela expressão
dele, ele estava a ponto de voar no pescoço da mulher e
isso eu não poderia permitir. Davi não faria nenhum mal
algum a ela.
— Antonella, não vem que eu não vou deixar você
ir naquele lugar! – respondeu Davi.
Que lugar era aquele que a tigresa estava
querendo ir, outra coisa, será que ele estava namorando e
não me falou nada?
— Davi, vou falar pela última vez, eu sou maior
de idade. – ela respondeu irritada.
E eu reparei que ela era ainda mais linda de perto
que de longe. Vi alguns homens olhando para ela com ar
de riso. Reparei que eles deveriam conhecê-la, ou então
estavam mesmo com pena do Davi. O que quer que ele
tenha aprontado, estava ouvindo poucas e boas. Outra
coisa que eu fiquei reparando foi que ela era uma bela
mulher e ninguém estava olhando para ela como eu estava
olhando.
Se bem que era bom mesmo não olharem, porque
ela era minha. Esse sentimento de posse deveria estar me
deixando com medo ou no mínimo preocupado, mas não
foi isso que senti. Eu me senti com vontade de ir até ela,
pegá-la nos meus braços e atacar aquela boca atrevida.
— Antonella, o que você foi fazer naquele lugar?
– Davi perguntou, e eu fiquei ali, curioso, querendo saber
em que lugar ela estava.
— Eu estava me divertindo, como qualquer
mulher normal estaria fazendo, caso certo ogro filho da
puta, não, eu não posso xingar a nossa mãe. – ela falou
irritada.
Então quer dizer que eles dois eram irmãos, por
que eu não notei antes? Eles eram até parecidos, se bem
que a minha tigresa era maravilhosa. Era melhor eu acabar
com a discussão antes que as coisas ficassem piores.
— Atrapalho? – eu perguntei, vendo o Davi se
levantar todo nervoso e a minha tigresa virou o rosto para
olhar quem estava interrompendo seu papo.
— Me desculpa, Diogo. – respondeu meu amigo.
— Não tem problema, está tudo ok por aqui? – eu
perguntei curioso, falando para o Davi sem olhar para ele,
porque meu olhar estava todo naquela maravilha de Deus.
— Me desculpe por estar gritando aqui na
delegacia, senhor. – ela me disse e só o som dessa voz me
deixou com mais vontade de pegá-la e fazer com ela todos
os pensamentos que eu estava tendo, mas é claro que eu
não podia nem estar pensando essas coisas, quanto mais
realizar.
— Prazer, Diogo Venturini Nogueira. – eu me
apresentei para minha tigresa. Reparei que ela ficou
corada.
— Prazer, Antonella Hauffenn. Sou irmã do idiota
ali do lado. – ela me respondeu brincando e ouvi um
gemido de desgosto.
— Antonella, o Diogo é o delegado. – falou Davi,
olhando para nós dois.
— Me desculpa, doutor. Posso te chamar assim,
ou de outra forma? – ela me perguntou olhando para mim.
A minha vontade foi de responder assim: pode me
chamar de cachorrão, safadão, do que quiser, gostosa.
— Doutor Diogo. – ela me chamou, tirando-me
dos meus pensamentos impuros.
— Me desculpe, pode me chamar de Diogo
mesmo. – eu respondi.
— Pode me chamar de Antonella. Bom, me
desculpa eu ter que sair, mas eu tenho que voltar para o
local onde estava.
— Me desculpa, que lugar seria esse? – eu
perguntei curioso, e ela abriu um belo sorriso e me disse:
— Ah, eu estava num clube de strip-tease. – ela
respondeu me dando uma piscada de olho e me deixando
perplexo com a ousadia dela.
Eu não sabia se dava risada pela forma como ela
disse isso ou se eu dava umas palmadas nela por estar
frequentando lugares desse tipo.
Ela foi embora rebolando, e eu fiquei duro só de
ver esse balanço, não era vulgar, era sensual.
— Essa minha irmã me deixa doido. – confessou
Davi para mim, e eu, olhando para ele respondi sorrindo:
— A mim também.
— Diogo, pode esquecer minha irmã, ela não faz
o seu tipo. – comentou Davi.
— Ah, Davi, ela faz meu tipo, e você não faz
ideia de como ela faz. – eu respondi olhando para ele e
sentindo o perfume dela ainda no ar, esse cheiro era
maravilhoso.
Imagine então no corpo dessa mulher. Logo, logo
eu vou sentir, ou eu não me chamo Diogo Venturini
Nogueira, mais conhecido como o delegado. Essa mulher
seria minha, ela podia ainda não saber, mas ela foi feita só
para mim, sob medida.
Capítulo 2
Antonella

Sabe aquele momento em que você se


olha no espelho e diz assim: hoje você está
arrasando, pois é, esse era o meu dia. Nesse exato
momento, eu estava me maquiando para ir num
clube strip-tease. Eu nunca tinha ido, mas a
minha melhor amiga, Raquel, estava louca para
ir.
Dizem que a casa de show vive cheia, até
imagino, um monte de mulheres loucas para dar
para os caras. Aí vocês devem me perguntar: o
que você vai fazer lá? Simples, eu quero curtir a
minha vida. Eu trabalho como escritora de
romances. Eu escrevo livros bem picantes, sabe?
Daqueles de deixar qualquer um doido.
E foi o que aconteceu quando o meu
irmão descobriu que eu estava escrevendo, era
para ser segredo, mas não teve como. Até hoje eu
não sei como ele descobriu. Mas pensando bem
agora, eu desconfio que a Raquel tenha contado
para o meu irmão? Na verdade eu não sei e nem
quero saber, porque se eu descobrir que a Raquel
contou para o meu irmão, eu não sei do que eu
sou capaz de fazer. Mas levando outra hipótese,
se ela contou, ela deve ter sido coagida. Se bem
que eu conheço aqueles dois, acho que tem
atração no ar aí. Bom, eles que são grandes que
se entendam.
Eu me olhava no espelho e estava muito
feliz com o que via, estava usando um vestido
preto com decote em V, bem justo no corpo.
Quando eu o vi na vitrine de um shopping, me
apaixonei, literalmente. Era lindo.
Voltando ao meu assunto favorito, eu era
uma pessoa, como se diz, com um corpo
avantajado. Eu sempre tive um pouco de
complexo, afinal eu era uma criança magrinha,
mas depois, na adolescência, comecei a engodar e
acabei virando motivo de risada de todos. Aquilo
sim era humilhação.
O toque do meu telefone me tirou dos
meus devaneios e quando fui ver, era a foto da
minha amiga que estava aparecendo no visor.
— Oi, Raquel.
— Oi Nella, está pronta?
— Claro que sim, hoje vamos nos acabar.
– comaçamos a rir.
— Com certeza, Nella. Vamos ver aqueles
homens todos sem camisas, puta merda, aquilo
vai ser muito bom.
— Eu também acho. – eu dei risada.
Raquel era o oposto de mim, ela era
linda, magra, morena de olhos verdes. E eu, bom,
como vocês já sabem, era uma mulher bem
grande. Ela sempre chamou atenção por sua
beleza, sempre ficando com os caras mais gatos.
E com certeza ainda vou querer saber se algum
dia ela ficou com o toupeira do Davi.
— Nella, estou virando na sua rua, desce
já pra gente curtir.
— Pode deixar. – eu falei e desliguei o
celular.
Verifiquei mais uma vez se estava tudo
certo com a minha roupa e, ao ver que estava
tudo ok, corri para pegar a minha bolsa, onde eu
coloquei os documentos que achei que iam ser
necessários caso acontecesse algo de errado lá
dentro do local de diversão.
Eu devia estar doida em ficar imaginando
essas coisas, mas como meu trabalho era
basicamente imaginar, isso já era normal. Minha
imaginação sempre correu solta.
Saí do meu apartamento, fechei a porta e
fui direto para o elevador.
Eu adorava a minha casa, morar sozinha
tinha a suas vantagens, porque eu podia fazer o
que eu quisesse, quer dizer, mais ou menos, se a
besta humana do meu irmão não aparecesse.
Ainda não caiu a ficha dele que eu já era bem
crescida e morava sozinha.
Vim morar em São Paulo quando fiz vinte
anos, e o meu irmão queria porque queria que eu
morasse com ele. É ruim hein. Ele já me torrava a
paciência morando em casas separadas, imagina
morando debaixo do mesmo teto.
Desci do elevador e fui ao encontro de
Raquel, que estava belíssima.
— Uau, olha só a autora Antonella, como
está linda. – ela me falou fazendo gracejo.
— Olha como está a minha revisora,
alguém vai enfartar ao ver como você está
vestida. – eu respondi, e vi os olhos dela
brilharem ao perceber de quem eu estava me
referindo.
— Sim, mas ele não me quer não. Ele
gosta daquela loira aguada dele. – ela me falou
em tom triste.
— Bom, não fica assim não Raquel, ele
não te merece. – eu respondi.
— É verdade. Vamos esquecer, afinal
vamos lá para fazer laboratório de pesquisa. – ela
me respondeu piscando o olho, me deixando com
vontade de rir da cara dela mais ainda.
Essa Raquel era doida e isso era o que eu
mais amava nela, essas loucuras. Assim que nos
conhecemos, não nos demos muito bem, mas
com o passar do tempo, fomos nos conhecendo
melhor e logo sentimos aquela ligação, parecia
que nos conhecíamos há um bom tempo, e foi
muito bom mesmo. Estamos nessa amizade de
irmã até hoje.
Entrei no carro da Raquel que era bem
confortável, um Fox na cor vermelha. Sei que
tem gente que acha ele muito visado, mas fazer o
quê? Ele era lindo.
O meu carro estava em manutenção. E
não fazia muita diferença, porque eu não o usava
muito, só quando precisavam de mim lá na
editora. Ah, não falei ainda, eu estou querendo
ter a minha própria editora e se Deus quiser ainda
vou realizar esse sonho meu.
Fomos conversando, brincando e rindo.
Quando chegamos no local, era top. Sabe aqueles
de deixar o queixo caído. O local se chamava
Sedution. Não preciso nem dizer como esse nome
era justo para o local né. Bom, Raquel
estacionou, saímos do carro e veio até mesmo
manobrista, aqui era puro luxo, estava ansiosa
para ver se lá dentro era como aqui fora.
Para tudo meninas, o que era aquilo? Eu
quase engasguei com a performance dos caras
rebolando.
— Puta que pariu Raquel, estamos no
paraíso. – eu comentei com ela.
— Sim, Nella, bota paraíso nisso. – ela
me respondeu dando risada.
— Obrigada por ter me trazido pra cá. –
eu respondi.
No começo eu não queria vir, mas agora,
eu estava adorando. Seguimos para nossa mesa,
que ficava bem perto do palco, e de lá eu
conseguia ver os dançarinos. E tinha cada um,
que meu Deus. Papai do céu foi mais que
generoso com alguns deles.
— Nella, que delícia aqui, não? – Raquel
me perguntou bem assanhada, olhando para os
caras. Ela estava certa mesmo, tinha mais é que se
divertir.
— Sim, e como. – eu mal acabei de
responder e veio aquele garçom bem sexy, sem
camisa, mostrando todo peitoral. Oh, meu pai.
— Aceitam algo meninas? – nos
perguntou o tal garçom sexy.
— Sim, aceitamos. – eu respondi e passei
os nossos pedidos, e, enquanto aguardávamos,
ficamos lá assistindo, de camarote praticamente,
eles dançando ao som de Shania Twain com a
música Man! I Feel Like A Woman.
Que da hora ver aqueles caras dançando
essas músicas. Adorava ouvir Shania Twain.
Nossas bebidas chegaram e aí sim
começamos a nos divertir, quando demos por
nós, estávamos dançando junto com os
dançarinos. Eu mesma não sabia como tínhamos
chegado lá, só sabia que eu estava dançando com
um gostosão. Estava tão distraída e estava quase
pegando fogo por aquele homem que estava me
segurando com bastante força, estava a ponto de
implorar para ser beijada. E isso eu sabia que não
podia, era uma das regras da casa, mas estava
doida para quebrá-las.
Reparei que Raquel ficou pálida e de
repente eu parei de dançar. Foi quando eu vi o
meu irmão entrando. Eu quase briguei com a
Raquel, quase mesmo, se não percebesse pela
palidez no rosto dela que ela não tinha
comentado nada.
Pedi licença ao cara gostosão com quem
eu estava dançando, desci do palco e dei de cara
com o cara de pau do meu irmão.
— O que você está fazendo aqui Davi? –
eu perguntei com toda calma que parecia não
estar em mim.
— Eu fiquei sabendo que vocês estavam
aqui. – ele me falou assim do nada.
— Davi, já falei, deixa a gente em paz. –
eu pedi, como se aquilo fosse adiantar.
— Não Antonella, vocês vão embora
daqui. – ele falou todo calmo.
— Mas eu não vou. – eu respondi num
tom bem alto.
— Antonella, não me faça te pegar no
colo e te jogar sobre os ombros. – ele me
ameaçou. Coitado, ele mesmo não sabia com
quem ele estava lidando.
— Quero ver você conseguir me pegar,
seu idiota. Pode tirar daqui a sua tropa que você
fez questão de trazer para cá. – eu falei olhando
para os lados.
— Eu não vou tirar coisíssima nenhuma.
– ele me falou.
— Como é que é? – eu respondi alterada.
— Eu vim aqui por causa do dono
Antonella, aí para minha surpresa, encontro você
e Raquel dançando como se fossem duas cadelas
no cio. – ele me falou, chamando de cadela a
mim e a minha amiga, e isso não ficaria assim
não.
Fui até mais perto dele, o peguei pelo
braço e dei um aperto bem forte fazendo ele
quase gemer de dor. Eu sei os pontos fracos dele,
sou agradecida por ele ter me ensinado a lutar,
mesmo eu sendo fortinha.
— Caramba, Nella, desculpa. – ele me
falou.
— Nunca mais repita isso, porque eu não
sei do que eu sou capaz de fazer com você. – eu
respondi em tom mordaz.
— Eu já pedi desculpas Antonella. Outra
coisa, já falei pra você que não quero que entre
nesses locais. – peraí, ele deve ser doido.
— Não começa Davi, vai embora, vai. –
eu pedi.
— Eu vou, e vocês vão comigo, pode vir
pra cá dona Raquel. – ele falou olhando para
mim e chamando a Raquel.
— A gente não vai. – eu respondi.
— Ok, então eu vou fechar o
estabelecimento. – ele me falou e depois foi
embora deixando nós duas pasmas.
— Nella, seu irmão é um idiota. – ela me
falou e eu concordei com ela.
Capítulo 3
— Não acredito que ele esteve aqui. – eu
respondi em tom de lamento.
— Nella, você está vendo que todos estão
olhando pra nós como se a culpa fosse nossa. – Raquel me
falou e eu concordei.
— Uma coisa eu digo, eu vou matar o Davi dentro
da delegacia, e vai ser agora, quem é ele pra querer tratar
a gente assim, como se fôssemos crianças. – eu reclamei.
— Nella, vamos embora. – Raquel me pediu.
— Raquel, você acha mesmo que ele estava
falando sério? – eu perguntei pra ela. Foi então que tive
uma ideia, ele não seria capaz de fazer o que eu estava
pensando né? Perguntei para mim mesma. — Raquel,
vamos até o banheiro. – eu comentei com ela vendo que
todos estavam distraídos com o novo show.
— O que vamos fazer lá, Nella? – ela me
perguntou. — Ok, sem comentários bestas. – Raquel
completou ao observar a expressão no meu rosto.
Fomos direto para o banheiro, fechei a porta de lá
e olhei para ver se tinha alguma mulher, fui até a pia do
banheiro e tirei da bolsa tudo que tinha dentro dela e
toquei em tudo como se fosse algo diferente.
— Achei. – eu gritei.
— O que é isso, Nella? – Raquel perguntou
curiosa.
— O filho da mãe do meu irmão colocou um
rastreador na minha bolsa. Agora sim eu vou fazer
picadinho dele.
— Nella, ele está doido agora? – perguntou
Raquel.
— Se ele não está, ele vai ficar, porque eu vou
infernizar a vida dele, e vai ser agora, você vem comigo?
— Claro que sim, como você vai pra delegacia?
— Ah, verdade. Vamos. Eu vou caçar agora,
senhor Davi. – eu respondi e saímos com um último olhar
lá para o palco e fomos embora.
Raquel entregou a chave para o manobrista, e,
enquanto ficamos aguardando o carro chegar, peguei um
espelhinho, me arrumei toda, retoquei a maquiagem e de
lá seguimos direto para a delegacia.
— Vai entrar? – eu perguntei já sabendo a
resposta.
— Melhor não. – ela me respondeu, eu já
imaginava.
— Já venho. – eu falei e saí do carro.
Fui em direção ao prédio e passei por todos que
estavam ali. Eu já os conhecia e eles sabiam que quando
eu estava ali, se tratava do Davi, por isso me
cumprimentaram rindo e dizendo:
— Antonella, querida, o que veio fazer aqui nessa
madrugada. – perguntou um dos rapazes. Leandro, um
amigo em comum.
— Esganar o Davi, por acaso ele está aqui? – eu
perguntei num tom doce.
— Sim, está na sala dele, quer que eu veja se ele
pode te atender? – Leandro respondeu.
— Não mesmo, se você avisar eu esgano os dois,
e você sabe disso, não? – eu praticamente gritei com ele.
— Calma, Antonella. – respondeu num tom de
risada.
Saí de lá bufando e comecei a gritar chamando o
Davi de filho da puta para baixo. Pedi até perdão para
Deus nessa hora, por estar xingando a nossa mãe, que era
uma santa por nos aguentar. Mas Davi ia pagar caro, ah, se
ia.
Cheguei na sala dele gritando, abri a porta com
tudo e reparei que ele tomou um belo de um susto, fazendo
ele se sentar rápido.
— Antonella, o que você está fazendo aqui? – ele
me perguntou. Sério mesmo que ele está me perguntando
isso?
— Davi, eu quero saber que porcaria é está que
você colocou na minha bolsa? – eu perguntei já
começando a me estressar.
— Do que você está falando, Antonella?
— Não se faça de besta comigo não, Davi. – eu
respondi alterada.
— Mas não estou me fazendo, e outra coisa,
minha irmã, você está dentro de uma delegacia. – ele me
falou, agora com a voz alterada.
— Davi, para de colocar rastreador em mim,
senão eu vou me casar, vou fugir, sei lá. Me deixa em paz.
— Antonella, é para sua segurança. – ele me
respondeu calmo.
— Segurança minha? Pelo amor de Deus Davi,
isso está demais.
— Antonella, você não sabe como são os homens
lá fora.
— Davi, meu filho, você acha que eu não sei o
que é homem não?
— Não quero ouvir.
— Puta que pariu, Davi, para de querer me
controlar. – eu falei para ele, vendo que ele estava todo
calmo.
— Não vem não, Antonella, você sabe muito bem
que eu tenho que cuidar de você.
— Davi, eu sou de maior e vacinada, e não quero
ninguém no meu pé querendo me controlar. – agora sim
estava a ponto de explodir.
— Antonella, não vem que eu não vou deixar você
ir naquele lugar!
— Davi, vou falar pela última vez, eu sou maior
de idade. – eu disse a última vez antes que eu voasse no
pescoço dele.
— Antonella, o que você foi fazer naquele lugar?
– Davi me perguntou.
— Eu estava me divertindo, como qualquer
mulher normal estaria fazendo, caso certo ogro filho da
puta, não, eu não posso xingar a nossa mãe. –respondi.
— Atrapalho? – ouvi uma voz rouca. Puta que
pariu, essa voz me deixou toda excitada.
— Me desculpa, Diogo. – respondeu Davi, meio
sem graça.
E eu estava curiosa querendo saber de quem era
aquela voz maravilhosa. Me virei e pensei: vou falar
palavrão de novo, puta que pariu, esse homem era um
tesão mesmo.
— Não tem problema, está tudo ok aqui? –
perguntou o dono da voz sexy.
— Me desculpe por estar gritando aqui na
delegacia, senhor. – eu me desculpei já excitada só de
ouvir a voz dele.
— Prazer, Diogo Venturini Nogueira. – ele se
apresentou, estendendo a mão para me cumprimentar.
— Prazer, Antonella Hauffenn, sou irmã do idiota
ali do lado. – eu respondi brincando para disfarçar a
excitação e ouvi o gemido de Davi.
— Antonella, o Diogo é o delegado. – respondeu
Davi, olhando para nós dois.
— Me desculpa doutor, posso te chamar assim, ou
de outra forma? – eu perguntei. Nossa, que delegado é
esse meu pai? Pela roupa que ele estava usando, ele era
bem musculoso e sexy pra caralho. Observei que o
delegado gostosão estava distraído e o chamei de novo.
— Doutor Diogo. – hum, me ocorreu um pensamento
pecaminoso, nós dois na cama, ulalá, esse homem deve
ser bom de cama.
— Me desculpa, pode me chamar de Diogo
mesmo. – ele me respondeu.
— Pode me chamar de Antonella. Bom, me
desculpa ter que sair, mas eu tenho que voltar para o local
que eu estava. – eu fiz de propósito para provocar meu
irmão, mesmo não voltando para a casa de strip-tease,
isso deixaria o Davi com a pulga atrás da orelha.
— Me desculpa, que lugar seria esse? – ele me
perguntou curioso, e, como eu gosto de provocar o Davi,
abri um sorriso sexy e respondi olhando para aquele belo
espécime.
— Ah, eu estava num clube de strip-tease. – eu
simplesmente respondi isso e fui embora, deixando os
dois, é claro, surpresos. Voltei para o carro.
— Como foi? – Raquel me perguntou. Estava com
as ideias meio derretidas por causa daquele homem.
— Davi é besta. Vamos ver se agora ele me deixa
em paz. – eu respondi e contei para ela do tal delegado.
— Nella, você gostou dele?
— Raquel, que mulher não iria gostar desse
homem!
— Hum, Nella está amando. – Raquel fez um
gesto com os dedos desenhando um coração.
— Besta. – eu respondi dando risada.
— Minha casa ou a sua. – Raquel me perguntou.
— Sua casa Raquel, vamos pedir pizza?
— Vamos, e a sua dieta?
— Nesse momento, esquecida. – eu respondi
dando risada.
Eu quero emagrecer por causa de saúde e não de
estética, se bem que eu estava muito bem do jeito que
estava. Me amo assim desse jeito.
— Então para minha casa, e me conta mais, como
é esse tal delegado?
— Simplesmente a coisa mais gostosa que já vi. –
eu respondi ainda me lembrando do meu delegado.
Capítulo 4
Acordar de pau duro não dava certo.
Principalmente quando uma certa tigresa gostosa não
estava por perto para que eu pudesse me saciar. Eu não
conseguia parar de pensar nela, entrando daquele jeito
como estava, com aquele vestido preto de rendas
deixando ela mais gostosa do que já era. O que ela estaria
usando debaixo daquele vestido, espero que uma calcinha.
Eu iria ficar puto se descobrisse que a minha gostosa
tigresa estava andando com aquele vestido, sexy do
caralho, e ainda por cima sem calcinha.
Será que ela ficou com aqueles stripers da porra?
Espero que não, eu não iria aguentar. Peraí, que
pensamentos eram esses que eu estava tendo por ela?
Sendo que a gente nem se conhecia direito. Eu estava
louco de ciúme e tudo bem, não tinha vergonha ou medo
de admitir, eu não queria mais ela perto de homem algum,
e agora estava decidido, eu ia ficar com a minha tigresa.
Levantei da minha cama e fui direto para o
chuveiro. Mais uma noite sem dormir, esse plantão
noturno sempre acabava comigo. Eu não sabia por que
aqueles filhos da puta aprontavam tanto na madrugada, em
vez de ficar em casa com a família. Não entendia por que
eles faziam o que faziam, bebiam como se fosse o último
dia de suas vidas, pegavam o carro para sair e curtir a
vida e batiam os carros, atropelavam etc.
Essa noite foi triste para mim, eu não conseguia
parar de pensar em que mundo vivemos. As pessoas em
vez de beber e ficar em casa ou mesmo pedir um táxi, o
que faziam? Iam buscar aventura, e as aventuras nunca
terminavam bem, sempre com uma tragédia.
Eu terminei de tomar meu banho e fui atrás de uma
roupa para usar. Eu sou o típico homem que detesta usar
social. Peguei uma camiseta preta e uma calça jeans, me
troquei logo porque eu teria que pegar esse plantão e o
que eu mais queria era ficar em casa. Dei um último olhar
na minha cama e saí. Antes de pegar meu revólver, fechei
a casa e fui direto para o meu carro.
Ainda tinha um pouco de trânsito, outra coisa que
eu odiava era pegar engarrafamento. Eu estava chato pra
cacete, mas poxa, eu só queria dormir um pouco mais,
custa muito pedir isso.
Eu não podia reclamar muito porque o salário até
que era bom, eu não era rico, mas eu tinha uma boa
situação financeira, que me ajudava muito. E ainda
morando sozinho, quase não gastava nada.
Cheguei na delegacia e fui direto para a máquina
de café. Ah, eu não contei uma coisa, eu sou muito viciado
em café, e olha que eu nem fumava, mas sei lá, acho que
de tanto que eu estava trabalhando à noite, era normal eu
ter que me viciar em uma coisa.
Fui direto para a minha sala, só que antes eu
lembrei que tinha que falar com Davi. A gente sempre se
deu bem, graças a Deus. Uma das características
principais de Davi era a lealdade, e isso era uma das
qualidades que eu mais admirava nele.
Quando estava para abrir a porta, ela se abriu
rápido, nem dando tempo de me recuperar, só senti uma
coisa quente caindo sobre mim e minha tigresa, que eu
logo amparei em meus braços evitando que ela caísse.
— Oh, me desculpa, Diogo, eu não vi que você
estava abrindo a porta. – ela falou corando, e eu fiquei
todo feliz.
Fazia dias que a tinha visto pela primeira vez e
depois eu não a vi mais. Tentei perguntar para o Davi, mas
ele era esquivo sobre Antonella.
— Não tem problema. E você, está bem? – eu
perguntei, segurando-a bem perto de mim.
— Eu estou bem, vim conversar com o Davi, mas
vi que ele está ocupado, então estava indo embora. – ela
me falou e, claro, que eu querendo mais contato com ela,
tive uma ideia.
— Enquanto o Davi está ocupado, você não quer
ir à minha sala? – eu sugeri rápido e com medo de ouvir
um não.
— Claro, mas antes é melhor você me soltar. – ela
me pediu.
— Me desculpa, você está machucada? – eu
perguntei não querendo soltá-la.
— Fica tranquilo, claro que não, e outra coisa,
não me parece que você machucaria uma mulher. – ela
falou, e eu fiquei feliz que ela pensasse desse jeito.
— Que bom que eu não pareço com um assassino.
– eu brinquei com ela.
— Não, você não. – ela me falou e fiquei curioso,
como ela sabia identificar os assassinos?
— Vamos lá, eu vou aproveitar e trocar a camisa.
– eu pedi e reparei que ela ficou mais corada.
Entramos na minha sala, e eu mostrei a cadeira
para ela se sentar.
— Pode ficar à vontade, Antonella, aqui tem mais
café.
— Obrigada, e me desculpa por ter derrubado
café na sua camisa.
— Não se preocupe, só vou mesmo me trocar. –
eu respondi e fui até o armário pegar uma camisa,
aproveitei que ela estava de costas para mim e troquei
rápido a minha camisa colocando a outra e ouvi um
suspiro. — Me desculpa, Antonella, não queria te
constranger.
— A mim? Claro que não, mas posso dizer que
você tem um belo corpo por sinal. – ela falou ainda sem
graça e não parando de encarar meu peito.
— Obrigado, eu tento malhar, mas é difícil. – eu
respondi.
— Acho que você não precisa.
— Obrigado de novo, mas preciso, eu estou
ficando velho.
— Velho aonde, Diogo? A sua mulher que deveria
ficar de olho em você. – ela brincou, e agora quem ficou
corado fui eu, nunca fui elogiado pelo meu físico.
— Se eu tivesse uma esposa, ela não precisaria
ficar com ciúmes. – eu respondi e reparei pela expressão
da minha tigresa que ela ficou feliz em saber que eu era
solteiro.
— Me desculpa, eu não queria me intrometer. –
ela respondeu sem graça.
— Imagina, minha vida é um livro aberto. – eu
falei, vendo ela se sentar.
Hoje ela estava com uma calça jeans e uma bata,
que a deixava ainda mais linda.
— Sério? É bom saber. – ela me falou rindo e
agora sim eu fiquei curioso.
— Fica à vontade. – eu provoquei e vi seus os
olhos brilharem.
— Diogo, melhor não, vai que a sua namorada
aparece por aqui.
— Que eu saiba não tenho nenhuma namorada,
então fica tranquila, pode perguntar o que quiser?
— Acho que não. – percebi que ela se esquivou
da minha provocação.
— Então pode deixar que é a minha vez de fazer
perguntas, Antonella. –percebi que ela ficou surpresa com
o que eu disse.
— Pode perguntar, eu sou um livro aberto. –
Antonella me respondeu.
— Ok, minha pergunta é esta: você está sendo
fodida por alguém? – eu perguntei de supetão, pegando-a
de surpresa com a minha pergunta.
— Nossa, você é bem direto nas perguntas hein! –
ela me respondeu ficando sem graça.
— Me conta Antonella, alguém está te fodendo? –
eu perguntei mais uma vez, me levantando e indo em
direção a ela, reparei que sua respiração acelerou
enquanto eu me aproximava.
— Por que você quer saber? – Antonella me
perguntou, ao mesmo tempo curiosa e apreensiva.
— Porque, Antonella, você vai ser minha. – eu
respondi de surpresa, ela pareceu furiosa. Se levantou e
veio em minha direção.
— Quem você acha que é? – ela me perguntou,
irritada.
— Sou o homem que vai te foder com muito
carinho e muito tesão.
— Você é louco?
— Sou, sou louco por você, mulher. – eu
confessei, ela deu um passo para trás e a puxei para os
meus braços a agarrando. — Você me pertence tigresa.
— Eu não pertenço a ninguém, nem a você! –
Antonella exclamou. — Me solta, Diogo.
— Eu não quero. – falei aproximando o meu rosto
de seu.
— Me solta, Diogo. – ela sussurrou para mim.
— Fala olhando pra mim, olha nos meus olhos e
diga se você está sendo comida por alguém. – eu
perguntei.
— Eu não vou te responder Diogo.
— Então eu não vou te soltar.
— Me solta, Diogo. – ela me pediu mais uma vez.
— Não, Antonella, até você me responder! –
puxei ela para os meus braços e a abracei com mais força
fazendo-a ofegar.
— Ok, ok. Eu estou solteira. – Antonella me
respondeu, finamente.
Sem que ela esperasse, ataquei a sua boca com
fúria e desejo. No começo, ela tentou me empurrar, mas
aos poucos ela foi se entregando e quando percebemos,
estávamos nos beijando como se estivéssemos com fome
um do outro.
Capítulo 5
Estávamos tão entregues a esse beijo, que se o
mundo pudesse acabar agora, eu não perceberia, porque a
melhor coisa do mundo era ter a minha tigresa nos meus
braços. O cheiro dela era maravilhoso, um cheiro suave
de lavanda.
Suas mãos levantaram a minha camisa, fazendo
desnudar meu peito e, enquanto ainda nos beijávamos com
paixão, minha tigresa passou as unhas dela no meu peito
subindo pelos meus ombros, e então fincou as unhas nas
minhas costas com um prazer fora do normal, fazendo eu
me afastar da sua boca para gemer de tesão. Essa mulher
sabia dar prazer a um homem, e eu estava mais que
contente por ser esse felizardo.
Minhas mãos foram até a sua bata e fui abrindo
botão por botão, o desejo crescendo tão intenso que minha
vontade era de fodê-la com tanta força que ela sentiria dor
na hora que sentasse na cadeira. Toquei a sua pele,
acariciando devagar, era macia, gostosa de tocar. Fui até o
fecho do sutiã e quando estava a ponto de soltar, bateram
na minha porta fazendo a gente se afastar com rapidez. Eu
verifiquei se alguém tinha entrado ali e nos visto, e
esperava que não. Fui até a porta e reparei que ela estava
trancada, eu nem me lembrava de ter trancado.
— Diogo, o que a gente fez? – ela me perguntou
assustada.
— Fizemos o que queríamos fazer desde o
momento em que nos vimos pela primeira vez.
— Não acho certo, e se alguém entrasse aqui e
nos pegasse. – ela me falou chateada e frustrada se
arrumando, com certeza ela também queria que tivéssemos
concluído o que começamos.
— Tigresa, você agora é minha.
— Sua? Eu não sou de ninguém e já te disse isso.
— Você é minha, Antonella, só minha. – eu falei
em um tom sério a fazendo ir para trás novamente.
— Não sou não. – respondeu fazendo birra.
— Vamos, para com isso, você sabia que eu
queria você.
— Não mesmo.
— Bom, Antonella, nem adianta ficar com essa
cara, de agora em diante você me pertence.
— Como é que é? – ela quase gritou.
— Isso mesmo que você ouviu. – eu respondi e
cheguei perto dela não dando tempo para ela fugir de mim,
agarrei os seus cabelos com um pouco de força, mas é
claro, sem machucá-la, eu cortaria a minha própria mão se
a machucasse fisicamente. — Me diga o que você sentiu?
— Me solta, Diogo, está me machucando. – ela
gemeu, mas em vez de dor era de prazer.
— Você sabe que eu não estou te machucando,
tigresa. Agora me responde, o que você sentiu? – eu pedi
mais uma vez.
— Eu não senti nada. – filha da mãe, teve
coragem de dizer que não sentiu nada.
— Não mesmo tigresa? E se eu, agora mesmo, te
empurrasse contra essa porta e arrancasse esse sutiã seu?
Pegaria esses seios deliciosos e mamaria neles até matar
a minha fome.
— Não, Diogo, por favor, meu irmão vai entrar
daqui a pouco.
— Não se preocupe, Antonella, eu nunca deixaria
ninguém te ver nua, a única pessoa que vai te ver nua
daqui pra frente sou eu.
— Você é mandão. – ela falou frustrada.
— Só com você, tigresa. – eu respondi tentando
ter controle das minhas emoções, mas com ela desse jeito,
nos meus braços não dava certo, ou melhor, com certeza
dava muito certo.
— É melhor eu ir, Diogo, não sei se reparou, mas
estamos na delegacia.
— Eu reparei sim, mas só deixo você ir embora
se me disser o que sentiu nos meus braços tigresa.
— Tá bom, eu me senti desejada e confusa. – ela
resmungou.
— Ah, mas isso você é, nos meus braços. E sei
que está chateada.
— Ah tá, você se acha mesmo né. – ela tentou se
soltar dos meus braços, e com um deles eu a segurei e
com o outro fui com a minha mão no sexo dela e só toquei
de leve, ouvi seu gemido.
— Vai tigresa, me fala, eu sou o único homem que
te pegou desse jeito, com vontade mesmo, eu sei que você
está frustrada, eu sinto sua boceta mesmo com jeans, está
doidinha para ser tocada.
— Está louco. – ela me respondeu gemendo
quando eu abri as pernas dela com as minhas e fiz o
movimento forte, fazendo com que ela gritasse de tesão ao
sentir meu pau encostar na sua boceta.
— Estou louco por você tigresa, louco querendo
tirar essa sua calça jeans e te foder bem gostoso.
— Não faz isso comigo. – Antonella me implorou.
— Eu faço, porque como eu te disse, você é
minha, só minha. Agora me fala: eu sou sua! – eu pedi bem
no seu ouvido com a voz rouca de tesão fazendo-a
estremecer.
— Diogo, eu não posso, me solta, por favor. – ela
me pediu.
Com isso, eu a liberei devagar, percebendo que
seu rosto estava bem vermelho e seus olhos brilhando com
fogo e frustração.
— Tudo bem, tigresa. Mas saiba que quando eu te
pegar, não vai ter ninguém para nos atrapalhar e você vai
dizer que é minha. – eu fiz essa promessa a ela.
— Eu tenho que ir. – ela falou rápido querendo
fugir.
— Não fuja de mim, Antonella.
— Eu ainda não sei o que pensar nesse momento,
eu estou confusa, preciso de um tempo pra pensar.
— Você vai ter, mas ouça bem uma coisa, tigresa,
eu não vou desistir você, nunca.
— Me responde uma coisa, Diogo?
— Pode perguntar, tigresa, como eu já disse, eu
sou um livro aberto.
— Você reparou que eu sou uma mulher gordinha?
– ela me perguntou como se aquilo fosse me afastar, e,
engano dela, isso nunca iria acontecer.
— Sim e daí? – eu respondi indo até ela de novo,
só que desta vez ela não se afastou — Eu sei que você é
gordinha, gostei de você desse jeito, como é, não tenha
medo pensando que eu quero curtir. Não, eu gostei de
você e quero algo sério mesmo, mas é claro, se você
quiser.
— Vocês homens nos olham como se fôssemos um
nada. – ela me respondeu triste.
— Mas eu não, tigresa. Sei que as coisas estão
acontecendo muito rápido, é melhor você ir pra casa e
pensar no que aconteceu, e não se arrependa, tigresa,
porque eu não estou nem um pouco arrependido, por mim
fazia você minha nessa mesa.
— Quem sabe um dia. – ela falou e, com um beijo
rápido que mal deu tempo de sentir o seu sabor, ela foi
embora, mas no ar ficou seu perfume de lavanda.
Estava distraído quando eu ouvi o barulho do meu
celular tocando e reparei que era uma mensagem dizendo:

Você sabe deixar uma mulher maluca. Só pra constar, eu


vou pensar em tudo o que aconteceu e que você me disse,
aqui está meu contato, é só gravar bjss da sua tigresa,
Antonella.

Não sabia como essa mulher tinha conseguido


meu número, provavelmente com Davi. Uma coisa era
certa, essa mulher seria minha, para sempre. Respondi
também com uma mensagem rápida para ela dizendo o que
eu penso e perguntei como ela foi embora.

Só com você tigresa, eu também vou pensar em cada


detalhe da sua pele macia e perfeita. Pode deixar, estou
salvando seu número, vai com cuidado para casa, bjs do
seu Delegado.

Mandei a mensagem e esperei pela sua resposta,


que não veio. Era melhor assim, vai que ela estivesse
dirigindo, não queria que nada de mal acontecesse a
minha tigresa. E, com um último olhar no celular, voltei
para o meu trabalho. Olhei para as papeladas que tinha
que assinar e alguns relatórios que teria que redigir. Meus
pensamentos ainda estavam na minha tigresa, mas ela
acabou tendo que ser esquecida quando alguém bateu na
porta. Ordenei que entrasse, e naquela hora eu esqueci a
minha vida particular e assumi minha outra vida, que era
lidar com o crime, foquei totalmente no meu trabalho.
Assim foi durante a noite toda, sempre algum
problema para ser resolvido ou tendo uma ocorrência. Fui
comer algo e encontrei com Davi, que estava no mundo da
lua. O que será que estava acontecendo com ele. Bom, é
melhor eu nem me intrometer.
Mandei uma imagem de boa noite e várias
carinhas de emotion de beijinhos. Terminei de comer e fui
direto para a minha sala deixando o Davi em seus
pensamentos profundos. Mais algumas horas se passaram
e quando já estava quase no final do meu plantão, tive uma
ideia.
Capítulo 6
Depois daquela noite em que eu conheci o
gostosão do delegado, não conseguia parar de pensar nele.
Sentia até um leve tremor só de pensar naquelas mãos em
mim. Esse homem era um perigo para minha sanidade, era
melhor eu nem chegar perto dele, se bem que, qual homem
iria querer ficar com uma mulher gordinha como eu? Sei
que eu não deveria ficar me menosprezando, mas a
sociedade onde vivemos é cheia de preconceitos, com
certeza muitas mulheres já passaram por isso. Eu sei que
eu já, e muitas vezes.
Antes de eu ser famosa, gostava de ouvir a música
da Claudinha Leite, aquela música chamada famosa. Antes
era assim, eu ia ao shopping e entrava numa loja, todo
mundo me olhava de cima a baixo, e vice e versa, como se
dissessem: "o que essa gorda está fazendo aqui, será que é
para comprar roupa para ela?". Pois é, eu sempre passei
por situações em que às vezes eu queria jogar tudo para o
alto e fazer loucuras.
Uma coisa que eu nunca comentei com os meus
pais foi que tentei me matar. De várias formas diferentes.
Vou resumir: primeiro, eu sabia que era gordinha e queria
emagrecer, então eu comecei a induzir vômitos, é claro
que, se meus pais soubessem disso, eles realmente teriam
me matado. Mas eu fui fraca, comecei a comer e a
vomitar, jogando toda comida para fora. Cheguei ao ponto
em que comecei a emagrecer e as meninas que se diziam
minhas “amigas” me parabenizaram. Eu queria ser
modelo, então elas diziam: "para ser modelo você tem que
ser magra Antonella".
Bom, enfim eu consegui as amigas que tanto
queria, mas no final acabou com a minha saúde. Acabei
desmaiando na sala de aula e quando eu voltei a mim,
encontrei meu irmão do meu lado, furioso e brigando com
todos ao ficar sabendo o que eu tinha aprontado.
— O que você fez Nella? – ele me perguntou
angustiado, passando as mãos pelo cabelo tentando se
controlar, mas eu percebia na expressão dele que ele
estava em choque, no mínimo.
Davi nunca deve ter imaginado que a sua
irmãzinha tinha feito isso por causa de influência. Sabia
que estava errada em fazer isso, só que não dava mais, eu
queria ser famosa, modelo, e para isso eu faria qualquer
coisa.
— Eu queria ser magra. – eu respondi com
dificuldade, eu me sentia fraca.
— Você é linda desse jeito minha irmã. – Davi me
disse.
Sempre foi assim, ele sempre me dizia que eu era
linda, mas eu não me achava.
O médico entrou, me examinou, e me disse que
dentro de umas horas eu poderia ir embora. Davi voltou a
tocar no assunto, mas eu sempre me desviava. Para mim,
eu estava certa e faria qualquer coisa para ser magra, e
quando eu digo qualquer coisa, era qualquer coisa mesmo,
inclusive loucuras como essas. Mas antes eu tive que
implorar para o Davi não contar para os meus pais.
Nessa época eu estava com quinze anos e era
muito influenciável por tudo e por todos. Meu irmão
chegou a ir à escola para tomar satisfação com as minhas
amigas, o que no final acabou não sendo nada bom. Elas
ficaram sem falar comigo durante um bom tempo, afinal
meu irmão tinha feito um escândalo tão grande que os pais
das meninas, ao saberem o que tinha acontecido, levaram-
nas aos médicos.
Mas eu sempre quis emagrecer e me sentir bonita,
então comecei a fazer o jeito certo, com academia e
dietas, afinal eu queria ser modelo. Eu estava
emagrecendo e cheguei a ir numa agência de modelos e
eles disseram que eu tinha o perfil certo. Pensei: eu sou
uma pessoa de muita sorte, eu tinha o rosto perfeito e o
corpo perfeito. Naquele mesmo dia fiz um teste do qual eu
passei com louvor. Corri para minha casa e falei com os
meus pais o que tinha acontecido comigo, é claro que eles
ficaram felizes, afinal a filhinha deles iria se tornar uma
grande modelo.
Assim foi passando o tempo, e eu comecei a
emagrecer mais rápido, minha família começou a notar
que eu andava pálida, me perguntavam o que eu tinha, é
claro que menti, e como menti. Eu comia com eles e
quando eu ficava sozinha, ia para o banheiro e induzia o
vômito.
Eu acabei ficando doida com coisas para
emagrecer, achava que estava gorda, mesmo já estando
bem magra.
Enfim, a história da minha adolescência foi assim,
eu fiquei bem ruim, voltei a passar mal de novo e dessa
vez eu acordei num hospital depois de cinco dias
internada. Eu estava tão fora de mim que tive que ser
mantida amarrada.
— Onde eu estou? – eu perguntei, vendo que tinha
uma enfermeira do meu lado.
— Que bom que a senhorita acordou. – a
enfermeira me falou toda contente.
Eu ali sem saber de nada, tentando lembrar o que
tinha acontecido e mais nada. Tudo para mim estava em
branco, era como se minha mente tivesse apagado tudo o
que tinha me acontecido. Reparei que a enfermeira abriu a
porta e saiu, logo em seguida entrou meu irmão pálido.
— Oi Davi, o que eu estou fazendo aqui? – eu
perguntei ansiosa.
— Me diga você, Antonella. O que está
acontecendo?
— Eu não sei, só sei que eu estou numa maca
amarrada como uma louca e, com certeza, eu estou dentro
do hospital, ou não? – eu respondi irônica.
— Bom Nella, por que você está tentando se
matar? – ele me perguntou com os olhos tristes.
— Peraí, me matar não. – eu respondi rápido.
— Sim, se matar. Poxa Nella, a gente te encontra
desmaiada no seu quarto, e você me diz: me matar não? –
ele disse nervoso. Eu nunca tinha visto meu irmão ficar
daquele jeito, eu devo ter feito algo bem sério mesmo.
— Cadê nossos pais, Davi? – eu perguntei
ansiosa querendo saber deles, afinal, já pensou se eles me
vissem no estado em que me encontrava no hospital.
— Eles estão viajando, aconteceu um imprevisto
na fazenda e a mamãe foi com o nosso pai. – ele me falou.
Como assim, minha mãe não estava em casa?
— Nossos pais não sabem que eu estou internada
aqui não, né?
— Não Nella, mas eu deveria contar! – ele me
falou sério. Eu sabia que ele estava certo, mas eu não
queria que a minha mãe descobrisse o que acabei fazendo.
— É melhor eles não saberem mesmo. – eu
respondi chateada. Eu estava louca para ver a minha mãe.
— Nella, você não pode continuar assim. – ele
falou carinhoso — Eu estava pensando e tenho uma
proposta para te fazer?
— Do que se trata. – eu perguntei.
Davi ficou ali me olhando sério, eu tinha várias
perguntas para fazer. Uma delas era há quanto tempo que
eu estava internada? Mas isso teria que ficar para mais
tarde.
Observei a enfermeira entrar novamente no
quarto, ela me desamarrou e me aplicou medicação na
veia e foi explicando para quê o medicamento servia e o
que tinha acontecido comigo. Eu, que sou meio leiga, não
entendi nada, mais ou menos alguma coisa de ter ficado
desnutrida e aquilo era um tipo de vitamina. Ela foi
embora, enquanto fiquei ali esperando a boa vontade do
Davi.
— Vai, Davi, estou esperando. – eu disse
impaciente.
— Bom, primeiro, você vai se tratar com um
psicólogo. – ele me falou e dei um grito.
— Como é que é?! – eu perguntei.
— Foi o que você entendeu Nella, você vai se
tratar com um psicólogo. – Davi me falou calmamente. Ele
devia estar doido achando que eu ia me tratar com
psicólogo.
— Nem pensar Davi. – eu falei com veemência.
— Nella, ou você vai por bem ou por mal, decida.
– meu irmão foi mais grosso, idiota.
— Davi, eu estou bem. Por que eu preciso ir ao
psicólogo? Não estou louca. – aí eu gritei mesmo com ele.
Me levantei muito rápido da cama e só não caí
porque Davi me segurou. Desatei a chorar que nem uma
criança.
— Nella, não fica assim eu estou preocupado. –
ele falou quando me viu chorando.
— Eu tenho medo, Davi. – chorei mais ainda.
— Medo do que Nella? – ele me abraçou com
mais força.
— Medo de engordar. – eu falei num sussurro.
— Nella, você é uma menina linda. Tem que se
aceitar desse jeito. E se quer emagrecer, emagreça, mas
com saúde e não por ficar sem comer nada.
— Eu sei que você está certo. – eu suspirei
concordando.
— Sim, eu estou certo. – Davi me falou e logo em
seguida entrou o médico e me falou a mesma coisa que a
enfermeira, e me avisou que eu ia ficar mais um dia e se
os exames voltassem normais, no dia seguinte eu estaria
em casa. Nem eu mesma sabia que tinha feito exames, mas
do jeito que eu estava, vamos dizer, dopada, era normal
mesmo eu ficar confusa.
No dia seguinte, com os exames prontos e com
resultados satisfatórios, quero dizer, mais ou menos com
anemia, eu tinha que tomar vitaminas, começar a me
alimentar etc.
Como todo mundo sabia o que eu tinha
aprontando, o que eu deveria fazer era me alimentar mais
e tomar todas as vitaminas. O que me ajudou muito
também foi começar a o tratamento com um psicólogo, que
no final acabou vindo a ser meu melhor amigo, Michael.
Ele era um tremendo gato, sim, muito gato, mas só tinha
um problema, quero dizer, para nós mulheres, Michael era
gay. Olha que nem parecia. Bom, agora chega de pensar
besteira.
Os meses foram passando, eu fui ficando uma
pessoa muito melhor. E foi isso que aconteceu, eu mudei
muito. O tratamento que eu fazia deu resultados e, no final,
eu estava bem diferente. Não era aquela menina
influenciada por todos e que fazia qualquer loucura para
emagrecer, sem pensar nas consequências dos meus atos.
Os anos também se passaram e nem lembrava que algo
tinha ocorrido comigo, tive alguns relacionamentos, uns
deram certo e outros não.
Quando eu estava já com dezoito anos, meus pais
decidiram ir morar na fazenda, afinal eles não precisavam
mais trabalhar, e me chamaram para ir, mas eu fui firme
com eles e acabei indo morar com o Davi, que começou a
me vigiar como se fosse um gavião. Me deixou até bem
nervosa, puta merda, ele vigiava todos os meus passos,
me controlando assim: “Nella, onde você estava?” ou
“Nella, que horas você vai chegar em casa?”.
Davi me deixou doida com esses controles dele,
e, para me distrair, eu entrava na internet e me distraía
com as redes sociais. Um dia eu estava lendo um livro que
me chamou atenção e pensei: por que não escrever?
É claro que no início era estranho eu ficar ali
olhando para a tela do notebook em branco, mas as ideias
foram surgindo e do nada, quando eu fui ver, estava com o
livro pronto. Eu resolvi postar num blog, é claro que com
autorização das administradoras, e por fim, nas redes
sociais.
Eu comecei a receber elogios muitos incentivos,
algumas pessoas chegavam a me perguntar por que eu não
o publicava. E foi assim que eu conheci a Raquel, no
início a gente até se estranhou, mas no final, nos tornamos
mais que amigas, somos irmãs.
Ela trabalhava na editora e, depois de algum
tempo juntas, conseguimos comprar as partes da editora e
ficamos sócias.
Raquel cresceu em uma comunidade bem barra
pesada, onde ela convivia com ladrões e traficantes de
drogas. Ela com certeza não teve uma vida fácil, eu que o
diga. Seus pesadelos com o passado sempre apareciam
quando ela ficava estressada ou quando via uma
reportagem sobre abuso. Eu também reparei que a Raquel
parece sentir algo pelo Davi. Ela sempre fica muito
nervosa quando está perto do meu irmão, e ele por sua
vez, faz de tudo para disfarçar que ela o afeta também.
Não sei não esses dois, todo mundo via que se gostavam,
mas do jeito que eles dois eram cabeças-duras, iam ficar
nesse chove não molha por muito tempo. Mas vamos
voltar à atualidade da minha vida, que realmente daria um
livro, e vamos esquecer um pouco a paixão entre esses
dois.
Meu livro foi lançado e de repente eu estava entre
as autoras mais rentáveis da editora. Aquilo foi um
prêmio e uma surpresa muito grande para mim. E de lá
para cá, eu estou assim: sempre escrevendo e publicando.
Acabei fazendo sucesso, modéstia à parte.
Capítulo 7
Sempre que acabava um livro, eu sentia aquela
emoção, sabe. De dizer: trabalho concluído.
Olhei para o meu notebook e a tela estava
marcando fim no texto. Agora pronto, era só enviar para
Raquel e esperar pela revisão e edição e tudo estaria
pronto. Mais um trabalho estava concluído.
Me levantei da minha cadeira e vi que meu celular
tinha algumas mensagens de amigos e uma dos meus pais,
que eu respondi na mesma hora e com o maior prazer,
afinal eu estava morrendo de saudade deles, fazia mais de
um mês que não ia na fazenda vê-los.
Respondi a todos, e até o Davi, que estava
querendo falar comigo e pediu para eu ir à delegacia na
hora da janta dele. O que eu não entendi foi o que ele
queria que eu fizesse na delegacia, sendo que ele tinha
praticamente me proibido de ir até lá. Claro que fiquei
puta da vida, mas o que ele usou como desculpa foi que
sempre tinha muitos prisioneiros, e que alguns deles
poderiam tentar a fuga e acabar me fazendo de refém,
afinal, o que seria mais divertido para os bandidos do que
mexer com a família dos policiais?
E falando em policiais, meu pai do céu, que
homem era aquele todo musculoso. Mesmo com a camisa
dava pra ver o quanto ele era gostoso, aliás, gostoso era
pouco, era pura delícia. Minha vontade era de ir até ele,
puxar aquela camisa para fora do jeans e passar as minhas
unhas naquela pele, sentir os gominhos do seu abdômen.
Meu pai eterno, esse homem era puro pecado. Só de
imaginar ele se despedindo para mim daquele jeito. Ui,
sinto até um tremor mesmo.
Fui direto para a cozinha e lá fiz um lanche, afinal
eu tinha que manter a minha forma, brincadeirinha. Eu
acabei voltando a ficar gordinha, mas agora estava
saudável, e tinha sempre acompanhamento médico. Por
enquanto estava sem o tratamento com o psicólogo, depois
que me mudei para São Paulo, estava difícil achar um
médico que eu gostasse. Mas sempre estava em contato
com meu amigo Michael. Ele me ajudava em tudo nas
minhas crises, e foi duro, mas depois de tanto tempo, eu
era outra pessoa, totalmente saudável.
Olhei para o relógio e tomei um susto daqueles,
como as horas passaram rápido. Fui direto para o
chuveiro e escolhi uma bata e uma calça jeans, passei meu
perfume favorito, é claro, vai que eu encontro aquele
delegado gostosão. Ai como eu queria ouvir aquela voz
sexy dele. Hum, era puro tesão mesmo.
Fiz uma maquiagem de leve, afinal eu não queria
fazer feio. Deixei meus cabelos soltos que caíam em
cascata pelas minhas costas. Fui até a minha cama, peguei
a minha bolsa e saí apressada. Cheguei lá fora, abri a
porta do meu carro, entrei e segui para a delegacia.
A noite estava gostosa e a maioria das pessoas
estava nas ruas, os bares estavam lotados, e ver as
pessoas tomando cerveja fez minha boca se encher de
água, afinal eu não era de ferro não.
Estacionei o meu carro ali perto da delegacia,
mas é claro, sem ser escondido, porque sempre poderia
ter um engraçadinho da vida querendo roubar meu bebê.
Entrei na delegacia e dei de cara com as mesmas
pessoas de novo, dessa vez bem calma e é claro que eles
estranharam, afinal sempre que apareço por lá é para
mandar o Davi para o inferno, quer dizer, modo de falar.
Não se assustem, não são vocês que têm um maníaco por
controle que nem meu irmão na cola. Se vocês quiserem,
meninas, dou ele de presente, afinal vocês devem gostar
né? Um homem alto, forte e de cabelos loiros e olhos
verdes, para completar o pacote, um controlador muito
possessivo.
Cheguei na sala do Davi, sempre brincando e
cumprimentando a todos pelo caminho. Aquilo era
perfeito para mim, eu ficava tão feliz em ver como
cuidavam do Davi, e agora do meu delegado.
Quando abri a porta, percebi que o Davi estava
concentrado e nem reparou que eu entrei na sala dele.
— Não acredito que você está tão concentrado
Davi. – eu falei, fazendo Davi se endireitar assustado.
Pensem numa pessoa que caiu na risada, fui eu, e
como dei risada dele.
— Nella, puta merda, que susto você me deu. –
ele colocou a mão no coração, meio dramático não?
— O que houve, Davi? Você não queria nem que
eu pusesse meus pés aqui. Por que mandou mensagem
querendo que eu viesse aqui?
— Que exagero, Nella.
— Exagero nada. Vai me falar o que quer?
Fiquei ali observando a decoração da sala dele.
Que decoração! Pelo amor de Deus, essa parede
precisava de uma pintura nova e alguns quadros, essas
cadeiras então, com certeza já tinham visto dias melhores,
o estofado todo rasgado e a mesa toda bagunçada, peraí,
na realidade essa delegacia inteira precisava de tudo
novo.
Peguei meu celular e entrei nos grupos sobre
livros, dei muita risada com as imagens que eu recebi no
PV. Recebi um olhar mortal de Davi, eu hein, homem
chato. As imagens não paravam de chegar, ainda mais do
Michael, que era um safado, pena que era gay. Poxa, tanta
mulher no mundo para tão poucos homens, e ele vai e se
torna gay. Mundo injusto, viu!
Depois de um tempo ali sentada, eu não me
aguentei e resolvi sair para tomar uma água, café,
qualquer coisa. Só não queria ficar no silêncio e na
mesma sala que o ranzinza do Davi, que toda hora que eu
dava uma risada, me olhava com aquela cara de poucos
amigos.
Na hora em que abri a porta, eu só senti um jato
quente respingar um pouco em mim e na outra pessoa, que
me segurou forte. Jesus amado! Não, o delegado gostosão
que estava me segurando, e que braços, tão fortes e
musculosos. Será que se eu fingir um desmaio, ele me
carrega?
— Oh, me desculpa, Diogo, eu não vi que você
estava abrindo a porta. – eu falei ficando vermelha com os
tipos de imagens que estavam surgindo, e posso dizer uma
coisa, não eram nada inocentes. Eu devia ter falado com a
voz mais firme e ter me afastado, mas eu estava
completamente em choque por causa dessa beleza ainda
me segurando.
— Não tem problema. E você, está bem? – ele me
perguntou e achei tão fofo isso de ele me perguntar as
coisas, que por pouco eu não dei um beijo nele. Ele iria
me achar uma oferecida se eu tentasse algo desse jeito.
— Eu estou bem, vim conversar com o Davi, mas
vi que ele está ocupado, então estava indo embora. – eu
falei.
— Enquanto o Davi não termina o que ele tem que
terminar, você não quer ir à minha sala? – ele me
convidou e eu logo aceitei.
— Claro, mas antes é melhor você me soltar. – eu
brinquei ao vê-lo segurando as minhas mãos.
— Me desculpa, espero que eu não esteja
machucada? – Diogo me olhou preocupado.
— Fica tranquilo, claro que não, e outra coisa,
não me parece que você machucaria uma mulher. –
respondi com sinceridade.
— Que bom que eu não pareço com um assassino.
– Diogo brincou dando um belo de um sorriso.
— Não, você não. – brinquei também, era tão
ficar assim perto dele.
Fomos até a sua sala e ele me ofereceu café assim
que entramos.
— Pode ficar à vontade, Antonella, aqui tem mais
café. – ele falou me mostrando a mesinha que tinha ali no
canto da sala dele.
— Obrigada, e me desculpa por ter derrubado
café nela. – eu pedi sem graça e senti meu rosto ficando
quente.
— Não se preocupa, só preciso me trocar. – ele
me falou indo até o armário e pegando uma camisa.
Enquanto ele achou que eu não estava observando, só
fiquei ali salivando, como se fosse comê-lo. E só esse
pensamento já me fez gemer um pouco mais alto sem
querer.
— Me desculpa, Antonella, não queria te
constranger. – ele me falou ao se virar. Nossa, esse
homem era perfeito.
— A mim? Claro que não, mas posso dizer que
você tem um belo corpo por sinal. – eu respondi como se
estivesse enfeitiçada.
— Obrigado, eu tento malhar, mas é difícil. –
peraí, esse homem malhava? Oh, meu pai, se ele quiser
malhar comigo não tem problema, eu ajudo ele.
— Acho que você não precisa. – soltei sem
querer passando a língua no canto da minha boca.
— Obrigado de novo, mas preciso, eu estou
ficando velho. – para tudo, ele disse velho? Esse homem
estava louco.
— Velho onde, Diogo? A sua mulher que deveria
ficar de olho em você. – sem querer eu soltei e acabei
deixando ele corado.
Achei isso uma graça, homem corar, isso era bem
interessante. E ao mesmo tempo fiquei com uma ponta de
ciúme ao me dar conta de que ele poderia ser casado, se
bem que ele não usava aliança. Mas tem alguns homens
que não usavam mesmo.
— Se eu tivesse, ela não precisaria ficar com
ciúmes. – ele me respondeu, e fiquei surpresa. Sério que
ele era solteiro? Quase fiz uma dancinha de felicidade, só
não gritei porque não pegaria bem.
— Me desculpa, eu não queria me intrometer. – eu
falei um pouco sem graça.
Por mais que eu quisesse ficar sabendo mais
sobre a vida íntima dele, não era certo. Isso era o que um
anjinho falava no meu ombro, e no outro era o diabinho
me dizendo: vai lá, boba, pergunta, você quer pegar ele de
jeito, vai fundo.
— Imagina, minha vida é um livro aberto. – ele
me respondeu, e acabei sentando e ouvindo o diabinho,
mandei o anjinho voltar para o céu. Era melhor mesmo
atender o diabinho e fazer perguntas que estavam me
deixando curiosa.
— Sério? É bom saber. – eu soltei uma risada e
comemorei deixando ele sem entender.
— Fique à vontade. – o delegado incentivou me
deixando feliz.
— Diogo, melhor não, vai que a sua namorada
apareça por aqui.
— Que eu saiba não tenho nenhuma namorada,
então fica tranquila, pode perguntar o que quiser?
— Acho que não. – eu ponderei, me esquivando.
— Então pode deixar que é a minha vez de fazer
perguntas, Antonella? – o delegado me pegou de surpresa.
— Pode perguntar, eu sou um livro aberto. – eu
provoquei repetindo a resposta dele.
— Ok, minha pergunta é esta: você está sendo
fodida por alguém? – nossa, que pergunta mais sem noção.
Acho que não ouvi direito não, estou surda.
— Nossa, você é bem direto nas perguntas hein! –
eu respondi, agora sem graça.
— Me conta Antonella, alguém está te fodendo? –
ele veio em minha direção, me deixando ofegante só com
o seu caminhar de predador.
— Por que você quer saber? – eu perguntei
curiosa.
— Porque, Antonella, você vai ser minha. – peraí,
como é que é? Ele achava que era meu dono? Levantei
rápido e fui em direção a ele com fúria.
— Quem você acha que é? – eu perguntei, agora
zangada. Nenhum homem iria mandar em mim.
— Sou o homem que vai te foder com muito
carinho e muito tesão. – ele me falou. Nossa, agora sim eu
quase gozei, só por causa dessa frase de puro desejo cru.
— Você é louco? – eu perguntei, e a minha mente
foi invadida por imagens dele nu, me pegando e tomando,
o que não era bom, ou melhor, era muito bom mesmo.
— Sou, sou louco por você mulher. – ele me
confessou — Você me pertence tigresa.
— Eu não pertenço a ninguém, nem a você! –
gritei — Me solta, Diogo! – pedi quando ele me segurou.
— Eu não quero. – ele me falou sério. E eu fiquei
ali, querendo me soltar e ao mesmo tempo me agarrar nele
mais um pouco.
— Me solta, Diogo. – sussurrei.
— Fala olhando pra mim, olha nos meus olhos e
diga. Você está sendo comida por alguém?
— Eu não vou te responder Diogo. – eu disse
rápido querendo e ao mesmo tempo não querendo me
soltar.
— Então eu não vou te soltar. – puta merda,
homem mandão, gostoso pra caraio.
— Me solta, Diogo. – pedi uma última vez,
sentindo-o me puxando mais ainda para aqueles braços
maravilhosos.
— Não, Antonella, até você me responder! – ele
me puxou com firmeza, me fazendo ofegar.
— Ok, ok. Eu estou solteira. – eu me rendi ao seu
calor.
Minha boca foi atacada com fúria e desejo. Eu
tentei empurrá-lo, mas não consegui, era mais forte do que
eu agora. Nella, você quer mesmo sair desses braços e
parar de sentir essa boca te comendo como se fosse uma
fruta suculenta? Me perguntei.
O beijo foi aumentando e aumentando, esse
homem sabia beijar, e eu era apenas uma aluna e ele era o
meu professor, e que professor. Minhas mãos levantaram a
sua camisa, fazendo desnudar aquele abdômen perfeito e
aquele peito musculoso, me fazendo desejar sentir cada
músculo. Passei as minhas unhas nas costas dele o fazendo
gemer e aquilo me fez sentir poderosa demais.
Senti as mãos dele passando no meu corpo,
levantando a minha bata e abrindo botão por botão. Senti
as mãos dele no fecho do sutiã e quando estava a ponto de
implorar para ele arrancar do meu corpo o sutiã e a minha
roupa, ouvi alguém batendo na porta, fazendo a gente se
afastar com rapidez. Olhei rápido para ver se alguém tinha
entrado ali e nos visto, mas não havia ninguém na sala.
Diogo foi até a porta verificar e senti minhas pernas
ficarem um pouco fracas.
— Diogo, o que a gente fez? – eu perguntei
assustada.
— Fizemos o que queríamos fazer desde o
momento em que nos vimos pela primeira vez.
— Não acho certo, e se alguém entrasse aqui e
nos pegasse? – eu perguntei chateada e frustrada. Comecei
a me arrumar um pouco chateada, eu queria mesmo era
que Diogo terminasse o que tinha começado.
— Tigresa, você agora é minha. – de novo não,
esse homem se acha meu dono.
— Sua? Eu não sou de ninguém e já te disse isso.
– eu respondi cansada.
— Você é minha, Antonella, só minha. – ele falou
me fazendo ir para trás.
— Não sou não. – eu respondi. Sei que estou
parecendo criança, mas poxa, esse homem era cabeça-
dura.
— Vamos, para com isso, você sabe que eu queria
você. – Diogo me falou.
— Não mesmo. – eu respondi com firmeza.
— Bom, Antonella, nem adianta ficar com essa
cara, de agora em diante você me pertence.
— Como é que é? – eu quase gritei.
Capítulo 8
Eu não queria me entregar assim tão rápido,
sempre fui independente. Não gostava da ideia de
pertencer a um homem e nem de ser controlada. Mas
Diogo era diferente, o que eu senti por ele foi tão intenso
e tão forte que eu não tive escolha a não ser me entregar.
Claro que eu não iria deixar tão fácil para ele, mas eu não
tinha mais como negar, eu era dele. E só de pensar
naquele homem gostoso, me dominando e algemando. Ou
então colocar ele deitado e com aquele peito musculoso
nu para eu fazer o que quisesse. Oh, pai, só de imaginar
essas coisas eu já estava salivando.
Eu não fazia ideia de como havia chegado em
casa depois do que me aconteceu dentro da sala daquele
cafajeste gostoso, porque só de lembrar o que a gente fez,
me fez sentir um bendito calor novamente dentro de mim.
Como se quisesse ser saciado, e era o que eu queria
naquele exato momento, enquanto eu me encontrava dentro
do banheiro tomando um banho gelado parecendo uma
adolescente, depois de apenas uma troca de mensagens
com ele.
Esse homem me enlouquecia, eu não conseguia
pensar direito perto dele. Mas então eu me perguntei: por
que você está fugindo Antonella? Pelo amor de Deus,
você fugindo daquele espetáculo de homem, e que homem.
Ouvi o barulho do meu celular tocando e saí
correndo, afinal poderia ser a Raquel. Mas confesso que
bem que eu queria mesmo que fosse o tal do bonitão.
Pronto, lá estava eu de novo, com pensamento do Diogo
em minha mente e nos meus lábios. Esse nome saindo de
mim pareceu ser tão íntimo, aff.
Quando peguei o celular, fiquei frustrada ao
perceber que não era o Diogo e atendi:
— Alô? – eu falei ao verificar no visor do celular
que era Raquel.
— Nossa, que alô mais murcho. O que aconteceu,
Nella? Você e o Davi brigaram de novo? – ela me
perguntou toda brava, já querendo me defender. E era isso
que eu gostava na Raquel, ela toda durona por fora, mas
era um amor por dentro.
— Calma mamãe. – eu provoquei.
— Nella, eu estou calma. Agora me conta o que
aquele ogro do seu irmão fez com você, por favor?
— Se ele tivesse feito algo o que você faria,
Raquel?
— Simplesmente eu chutaria as bolas dele. –
Raquel falou, e dei uma risada.
— Você, chutando as bolas do meu irmão, sério?
– eu provoquei de novo.
Lembra quando eu contei meninas, sobre o lance
desses dois? Pois é, acho que eles andaram ficando, só
pode.
— Por quê? Você acha que eu não faria isso?
— Sinceramente? Não Raquel, você não tem
coragem, vai. – eu comentei com ela.
— Bem que seu irmão poderia ser menos cabeça-
dura né, Nella?
— Quem, Davi? É ruim, ele entra naquela imagem
do macho alfa intragável e me faz lembrar de uma pessoa.
– puta merda, eu não deveria ter comentado nada.
— De quem, Nella? – ela perguntou, mas eu não
respondi — Pelo seu silêncio, é do tal delegado gostosão.
– a filha da mãe me provocou. E só de ouvir a Raquel o
chamando de gostosão, me faz ver que ele deveria ter um
desfile de mulheres na delegacia pensando o mesmo que
ela.
— Sem elogios, Raquel. – eu pedi.
— Foi tão ruim assim? Porque se ele te maltratou,
eu vou lá e em vez de dar um chute nas bolas do seu
irmão, dou nas dele, assim ele fica sem trepar durante um
bom tempo.
— Eita, quero morrer sendo sua amiga. Fica
tranquila, minha santa protetora das gordinhas indefesas. –
ironizei.
— Vai tirando uma com a minha cara. – ela me
falou. — Tudo bem, não quer comentar nada, ok, eu
respeito, pois, quando quiser, vou estar aqui de ouvidos e
braços abertos.
— Eu sei que sim, Raquel. Você e o Davi são as
pessoas em quem eu mais confio, também tem o Michael,
do qual eu sinto uma falta danada.
— Eu também, Nella. – ela me falou soltando um
suspiro de tristeza.
— O que houve, e esse suspiro?
— Suspiro daquele tipo: ele é um gato, tinha que
ser gay. – ela me falou em tom chateada. Essa Raquel era
doida mesmo.
— Sim, ele é. – dei uma risada.
— Que pena, quem sabe eu não faço ele mudar de
time? – ela deu uma gargalhada gostosa.
— Realmente, menina, você não tem jeito mesmo.
Agora mudando de assunto, me ligou por quê? – perguntei
para ela.
— Bom, Nella, eu estava pensando sobre a capa
do seu livro.
— Como você quer que eu mude a capa?
Assim ficamos conversando, e acabei tremendo
de frio e voltei para o meu quarto, afinal, tinha que me
trocar né. Quando terminamos de decidir sobre a capa do
meu livro, me bateu uma fome, eu mal tinha comido e
voltei para a cozinha trajando meu pijama, se é que eu
poderia chamar disso.
Fiz um lanche bem leve e fui assistir a um filme,
quero dizer, tentar né, porque não tinha nada de
interessante na TV. Estava zapeando os canais quando
minha campainha tocou, eu olhei no relógio e reparei que
já era de madrugada, e as pessoas que viriam na minha
casa sem o porteiro me ligar eram Raquel e o Davi. Fui
rápido atender a porta, qual foi a minha surpresa, quando
vi quem estava parado ali? O dito cujo que eu não queria
pensar.
— O que você está fazendo aqui? Como... – sem
dar tempo de eu perguntar sobre como ele entrou no
condomínio, eu fui novamente prensada na parede e só
ouvi ele me dizer:
— Reivindicando o que é meu!
Com isso ele voltou a me beijar e passar aquelas
mãos poderosas, no meu corpo todo. Beijou-me com tanta
vontade que acabei ficando mole só de sentir a boca dele
em mim. Suas mãos foram até as minhas pernas as
levantando e prendendo no seu quadril, fazendo um
encaixe perfeito. Quando consegui desgrudar meus lábios.
— Vai embora, Diogo? Eu preciso pensar – eu
pedi.
— Tem certeza, minha tigresa?
Puta merda, ele pressionou de novo aquele pau
maravilhoso fazendo a minha boceta gotejar de desejo por
ele. Só disse uma coisa para ela: traidora.
— Tenho. – respondi com um leve gemido que
não deu tempo de segurar.
— Tem mesmo? – filho da mãe, sabia que eu
estava me derretendo nos seus braços como se fosse um
chocolate em contato com o calor.
— Sim, tenho. – voltei a responder, sentindo as
mãos dele indo através do meu pijama e enfiando uma das
mãos entre nós, ele afastou a minha calcinha de lado e
passou os dedos no meu clitóris.
— Acho que temos uma boceta que está doidinha
para sentir um pau bem gostoso dentro dela. – ele me
falou em tom rouco.
— Com certeza ela não está! – eu exclamei. Ainda
estava confusa sobre o que eu estava sentindo pelo meu
delegado.
— Está sim.
Ele penetrou minha boceta com o dedo e começou
a me provocar bem devagar, entrando e saindo, fazendo
meu corpo entrar em combustão com um prazer intenso.
Era maravilhoso sentir isso, só que eu não podia, eu
queria me afastar dele, mas Diogo não deixava, as
sensações que estava sentindo não eram de Deus.
— Diogo, vai embora? Por favor. – eu voltei a
implorar.
— Quer mesmo que eu vá embora, tigresa? – ele
me enfiou mais dois dedos e, puta merda, ele sabia fazer
bem aquilo.
— Sim, eu quero. – respondi com um gemido
longo, e quando os dedos do Diogo saíram de dentro de
mim, senti um pesar enorme. Ele cravou os olhos nos
meus, me encarando e falou:
— Antonella, como eu te disse, você é minha.
— Não posso Diogo! – eu falei agora em tom de
angústia.
— Por que não? Você não gosta de mim? – ele me
perguntou em tom sofrido, e eu suspirei, eu estava
gostando dele, muito.
— Claro que eu gosto de você! Nunca senti essa
fome por homem nenhum do jeito que sinto por você. – eu
confessei sem olhar direito para ele.
— Você não gosta de mim como um homem para
amar? – ele me perguntou fazendo um carinho no meu
rosto.
— Gosto sim. Tenho medo, Diogo. – eu respondi
com fervor.
— Medo do que tigresa? – ele me abraçou
novamente, e senti aquele perfume maravilhoso de novo.
Uma paz e segurança que fazia tempo que eu não sentia me
envolveram.
— Medo de você enjoar de mim. – eu respondi
com a cabeça deitada no ombro dele.
— Nunca tigresa, vamos enfrentar qualquer
dúvida que você tenha, e como já te disse, quero que seja
minha, tigresa. – ele me falou com tanto fervor, que não
tinha como duvidar de que a gente iria enfrentar todos os
meus dilemas.
Ficamos um bom tempo ali, nós dois abraçados
como se ele estivesse dando seu amor para mim, será?
Depois de algum tempo eu falei:
— Como descobriu onde eu morava?
— Fácil, esqueceu que eu sou o delegado? – ele
me falou em tom de autoridade fazendo-me derreter de
novo.
— Isso não tem como esquecer. – eu sussurrei no
ouvido dele e disse: — Essa voz me deixa acesa.
Com essa resposta que eu dei para ele, tomei
coragem e peguei a sua mão encostando no meu sexo e
continuei a dizer:
— Ela está bem quente... – nem tive tempo de
concluir, ele me pegou no colo e me colocou no sofá, tirou
meu pijama e quando viu a minha calcinha, ele estourou e
disse:
— Enquanto sua bocetinha não sente meu pau, vou
dar um banho de língua para acalmar o fogo dela.
Ele caiu de boca e me fez ver estrelas. Outra
coisa para anotar na lista, ele sabia como usar a língua.
Capítulo 9
Essa mulher seria a minha morte. Mesmo depois
de trocarmos mensagens, eu não conseguia pensar em
outra coisa. Mal consegui trabalhar direito. Passei as
mãos pelos meus cabelos em um gesto nervoso. Afinal,
nunca imaginei ficar sem controle da situação, e olha que
já passei por cada uma. Olhei para os lados e ainda estava
sentindo o perfume dela, como se fosse uma corda que
fosse me puxando, será que isso era amor?
Eu não entendia muito disso, mas eu entendia que
essa mulher me deixava louco para sentir ela nos braços,
beijar novamente aquela boca deliciosa. Senti meu pau
endurecer mais ainda, eu queria muito sentir o gosto da
sua boceta, sentir meu pau todo dentro dela e fazê-la
minha.
Era melhor eu parar de pensar nessas coisas,
porque a situação não estava ficando nada fácil, só de eu
olhar para baixo, vi que meu pau estava ereto e dolorido.
Peguei o celular com vontade de ligar para ela e
pelo menos ouvir a sua voz, sabia que estava sendo
exagerado, afinal tinha que dar um pouco de espaço para
que ela pudesse pensar, mas fazer o quê? Essa mulher me
conquistou com tudo.
O final do meu expediente estava chegando e eu
fiquei andando de um lado para o outro com os
pensamentos só nela quando tive uma ideia, de ir atrás
dela, mas como eu iria à casa dela?
— Pensa Diogo, vamos homem, não deve ser
difícil eu conseguir o endereço daquela tigresa. – pensei
um pouco e fui até a parte dos registros do RH da
delegacia, parei em frente a uma sala e bati na porta, ouvi
uma voz me falando para eu entrar e dei de cara com o
meu amigo Renan.
— Ora, ora, quem vem ao meu humilde local de
trabalho? – Renan me perguntou com ironia.
— Larga de ser chato Renan, a gente se viu outro
dia, vai. – eu falei.
— Então me conta o que você veio fazer aqui?
— Quero te pedir um favor pessoal, mas ninguém
pode ficar sabendo, e quando digo ninguém é ninguém
mesmo. – eu afirmei.
— Beleza, como está misterioso. – ele me falou.
— Eu quero que você olhe os arquivos do Davi! –
pedi vendo o olhar de surpresa, afinal ele nunca imaginou
que eu pediria isso.
— Diogo, a gente é amigo e tudo, mas o Davi está
envolvido em algo que devo ficar em alerta. – ele me
perguntou preocupado. Davi era um ótimo policial e sua
fama em prender as pessoas já era bem conhecida, se ele
estivesse envolvido em algo de errado deixaria muitas
pessoas tristes, com certeza.
— Não é nada disso, pode ficar despreocupado. –
eu o tranquilizei.
— Ufa, então ok, mas tira essa curiosidade. Por
que quer ver a ficha do Davi?
— Então o que eu te contar não sai dessa sala, ok?
— Tudo bem, me fala qual é o grande mistério.
— Renan, eu quero pegar o endereço da casa da
Antonella?
— Como assim meu, você está querendo o
endereço dela?
— É porque eu estou a fim dela. – eu falei e vi
que ele ficou bem espantado, afinal estava sem pegar
nenhuma mulher fazia um tempo.
— Você está brincando cara, aquela deusa gostosa
da Antonella é muita areia para o seu caminhãozinho. –
ele brincou comigo e não gostei da forma como ele a
chamou de gostosa, não que ela não fosse. Ela era tudo
isso e mais um pouco, mas só eu que poderia chamá-la
assim, mais ninguém.
— Renan, se você não quiser perder o amigo
aqui, pode parar de chamá-la uma gostosa. – eu falei em
tom bem sério, daqueles que eu usava para intimidar os
presos em geral.
— Calminha aí amigo, não vai mais acontecer.
Vou conseguir o endereço pra você, só um momento. – ele
me falou e foi para outra sala. Eu fiquei mexido ao ver
como uma simples palavra de um outro homem achando
ela gostosa me incomodou, a ponto de quase começar uma
briga por causa dessa mulher.
Olhei para ver se Renan estava voltando e me
sentei ali na cadeira dele, me sentindo cansado da vida
que eu estava levando. Eu não queria parar de trabalhar
como delegado, isso não, eu nunca deixaria de ser um
policial. Mas sim da minha solteirice. Pensei no que ela
estaria fazendo, será que essa hora estaria dormindo, ou
ainda acordada. Será que estaria pensando em mim?
Olhei de novo o celular e lá tinha umas imagens
no whatsapp de boa noite e mandando beijo e a foto da
minha tigresa, salvei desse jeito o número. Olhei a hora e
reparei que eram três da manha, e a última vez que ela
esteve online foi a hora em que ela tinha me enviado as
mensagens, uma da manhã. Porra, que noite.
Me levantei e fiquei andando de um lado para o
outro esperando o Renan vir logo. Olhei no relógio e,
vendo que os minutos estavam passando, eu já estava
ficando sem paciência com a demora dele, estava já a
ponto de entrar lá na sala de arquivos quando ele
finalmente retornou.
— Caramba, Renan, que demora foi essa? – eu
exclamei nervoso passando as mãos pelo meu cabelo.
— Estava procurando o endereço da irmã do
Davi. – ele me falou.
— Me dá o endereço então. – eu pedi, ele me
entregou e eu falei rápido já querendo me despedir —
Fico te devendo uma.
— Pode deixar que eu vou cobrar.
— Obrigado de novo, Renan. – agradeci e saí da
sala.
Eu voltei para minha sala novamente e peguei a
minha arma e meu casaco e saí, dei uma passada na sala
do Davi e vi que ele ainda se encontrava compenetrado
nos documentos.
— Davi, com licença. – eu falei, fazendo Davi
levantar a cabeça rápido.
— Oi Diogo, algum problema?
— Não, só queria te pedir um favor?
— Claro, do que se trata. – ele me perguntou
curioso.
— Eu preciso sair um pouco mais cedo hoje. – eu
pedi.
— Claro, algum problema? – ele me perguntou.
— Não é nada, só que eu preciso ver uma amiga.
– eu respondi rápido, querendo fugir desse assunto.
— E essa menina, eu conheço? – ele me perguntou
desconfiado.
— Não Davi, você não a conhece ainda. – eu
respondi.
— Então tá bom, eu vou querer conhecê-la.
— Ok, fui, qualquer coisa me chama no celular.
— Pode deixar, eu te chamo.
Saí praticamente correndo e, vou dizer, dei uma
de corredor profissional. Desci correndo nas escadas sem
querer usar o elevador, fui direto para o estacionamento e
segui rápido para a casa da minha tigresa. Cheguei bem
rápido à casa dela. Era tudo muito bem organizado, ela
morava num condomínio fechado e eu tive que me
identificar na portaria, foi bem complicado conseguir que
o porteiro me liberasse sem que eu fosse anunciado, mas
depois de uma gorjeta dizendo que queria fazer uma
surpresa para minha garota, ele finalmente me liberou.
Cheguei no portão da sua casa, era bonita, mas
simples, observei que a luz ainda estava acesa, isso me
alegrou, tive certeza de que ela estaria acordada. Fui até a
porta dela e toquei a campainha, fiquei aguardando ela vir
me atender, e quando ela abriu a porta, eu pensei: Porra,
morri e fui para o céu.
— O que você está fazendo aqui? Como... –
Antonella me perguntou, e sem dar chance da minha
tigresa me barrar, eu entrei na casa e a puxei para os meus
braços, a prensei na parede e respondi o que ela me
perguntou:
— Reivindicando o que é meu!
Ataquei a sua boca com vontade, os lábios dela
estavam pedindo para serem beijados. Sua pele era tão
macia, segurei firme as suas pernas puxando e as
encaixando no meu quadril. Só de sentir novamente a
boceta dela em meu pau, quase gemi de satisfação.
— Vai embora, Diogo? – ela pediu, mesmo sem
querer que eu fosse embora.
— Tem certeza, minha tigresa. – eu pressionei
mais a minha ereção na sua boceta, fazendo-a ficar doida
comigo.
— Tenho. – ela me respondeu gemendo no meu
ouvido.
— Tem mesmo? – eu provoquei mais um pouco
fazendo os olhos dela escurecerem de prazer.
— Sim, tenho. – a safada continuou querendo que
eu fosse embora.
Queria fazê-la sentir um prazer fora do normal.
Passei a mão pelo seu corpo por cima do tecido do seu
pijama a deixando mais excitada. Sem deixar tempo de ela
me empurrar, eu enfiei um dos meus dedos e passei no seu
clitóris fazendo-a arfar só de sentir meu toque.
— Acho que temos uma boceta que está doidinha
para sentir um pau bem gostoso dentro dela. – só de
imaginar o meu pau dentro dela senti meu pau inchar mais
ainda de desejo por ela.
— Com certeza ela não está! – a minha tigresa
ainda teve coragem de negar, seu mel estava escorrendo
pelos meus dedos e ela ficava negando.
— Está sim. – comecei a movimentar meus dedos
dentro dela e senti seu corpo estremecer com o desejo.
— Diogo vai embora? – ela pede mais uma vez,
mas eu tinha certeza de que ela não queria que eu fosse.
— Quer mesmo que eu vá, tigresa? – perguntei
querendo entender o que se passava na sua cabeça.
— Sim, eu quero. – Antonella ainda queria que eu
fosse embora. Essa mulher ainda me deixaria doido por
ela.
— Antonella, como eu te disse, você é minha. –
falei com firmeza para mostrar a ela que nada e ninguém
iria me afastar.
— Não posso Diogo! – ela falou mais uma vez e
eu não entendia por que não podemos ficar juntos.
— Por que não? Você não gosta de mim? –
perguntei magoado. Se ela me falasse que não gostava de
mim, eu iria embora e nunca mais a procuraria, mesmo
que isso me matasse.
— Claro gosto de você! Nunca senti essa fome
por homem nenhum do jeito que sinto por você. – ela me
confessou como se fosse um segredo que estava guardado
a sete chaves.
— Você não gosta de mim como um homem para
amar? – perguntei curioso, a vontade de tocá-la era tão
grande, mas tive medo de ouvir sua resposta.
— Gosto sim, tenho medo, Diogo. – ela me
respondeu e eu fiquei aliviado.
— Medo do que, tigresa? – Cheguei mais perto e
a abracei sentindo meu lado protetor aflorar, querendo
afastar qualquer medo que ela estivesse sentindo.
— Medo de você enjoar de mim. – ela me falou
triste e encostou a cabeça em meu peito. Seu perfume era
inebriante, ela tinha um cheiro bom de flores e sabonete.
— Nunca tigresa, vamos enfrentar qualquer
dúvida que você tenha e como já te disse, quero que você
seja minha, tigresa. – eu respondi com fervor olhando
para ela. Ficamos abraçados em silêncio por um bom
tempo até ela me perguntar.
— Como descobriu onde eu morava?
— Fácil, esqueceu que eu sou o delegado? – eu
respondi usando o meu tom autoritário e percebi que a
minha tigresa ficou toda derretida.
— Isso não tem como esquecer. – ela sussurrou
em meu ouvido fazendo meu pau despertar novamente, e
continuou — Essa voz me deixa acesa.
Ela falou com a voz rouca, seus olhos
escurecendo de desejo, pegou minha mão e colocou na sua
boceta.
— Ela está bem quente... – antes que ela pudesse
continuar, a peguei no colo, caminhando até o sofá onde eu
a deitei. Sem tirar meus olhos dela, fui tirando o seu
pijama e quando vejo aquela calcinha sexy, só consigo
pensar em como vai ser bom sentir seu gosto.
— Enquanto essa bocetinha não sente meu pau,
vou dar um banho de língua para acalmar o fogo dela.
Me ajoelhei entre suas pernas e caí de boca em
sua boceta, que eu estava louco para experimentar. Lambi
e suguei devagar ouvindo os gemidos da minha tigresa
aumentando. Meu pau já estava duro feito pedra e a
vontade de estar dentro dela era quase incontrolável.
— Ah, meu Deus, que gostoso. – ela arfou e
gemeu ao sentir a minha boca naquela bocetinha depilada.
Ah, que delícia cheirar ela, ver como estava cheia de mel,
louca para ser lambida e chupada.
— Está gostoso amor? – eu perguntei e lambi
novamente, fazendo-a se remexer em cima do sofá.
— Sim, está Diogo, continua desse jeito, me
come. – ela me pediu desesperada.
— Com o maior prazer, tigresa. – abri com um
dos dedos o lábio da boceta e enfiei o dedo de novo
enquanto continuava a chupar e sugar o seu clitóris.
Aumentei o ritmo dos meus dedos e a penetrei mais fundo
olhando para Antonella, que arqueava seu corpo de tanto
prazer.
Capítulo 10
Eu não queria que Diogo parasse, meu corpo
estava completamente entregue e o prazer vinha como
ondas me fazendo arquear e estremecer. Seus dedos
estavam me deixando louca e ele me penetrava cada vez
mais fundo fazendo meus gemidos ficarem cada vez mais
altos. Eu nunca tinha feito ou recebido sexo oral antes,
sempre tive nojo, não que os caras fossem sujos, mas
nunca tive vontade de fazer essas coisas do jeito que eu
tenho com o Diogo, se ele me pedisse faria com maior
prazer.
Ele parou de me chupar e me beijou de forma
apaixonada, me fazendo sentir meu gosto ainda na sua
boca. Claro que não era virgem, já tive outros
relacionamentos, mas a forma como o Diogo fazia amor
comigo era diferente, e com meus outros namorados era só
sexo e com ele eu senti uma conexão tão intensa e forte,
será que já era amor?
— Diogo, me faz sua. – eu pedi. Ele levantou a
cabeça e abriu um sorriso tão lindo que me deixou sem
fôlego.
— Com o maior prazer, minha tigresa. – ele falou
me puxando para os seus braços, e eu indiquei onde era o
quarto. O Diogo me deitou na cama e ficou me olhando
como se estivesse me venerando, eu me sentia linda e
bela.
— Diogo, não me olha desse jeito. – eu pedi sem
graça ao ver a forma como não parava de me olhar.
— De que jeito? – ele me perguntou confuso.
— Como eu fosse um presente, sei lá. – respondi
sem graça.
— Mas você é meu presente, minha tigresa. – ele
me falou.
— Assim eu fico sem jeito, Diogo. – eu respondi.
— Mas não é pra ficar, meu amor. – ele me falou
a palavra amor, e meus olhos se encheram de lágrimas. —
Não chora, você é meu amor.
Diogo se levantou da minha cama e achei que ele
fosse me abandonar ali sozinha, mas não, ele tirou a
camiseta dele e eu mais uma vez fico olhando para aquele
peito musculoso que me deixou enfeitiçada. Só de me
imaginar lambendo aquele peito, acabei soltando um
gemido baixinho.
— Tem alguém aqui que está gemendo bem
gostoso. – ele me provocou, esse pilantra.
— Quem será? – eu brinquei, levantando da cama
sem sair dela, fui engatinhando até chegar perto dele e
quando cheguei mais perto seu olhar está brilhando de
desejo, fascinado com o que eu fiz.
— Eu também não sei tigresa, só sei que você
pode fazer esse mesmo movimento de novo sempre. – ele
me falou.
— Esse daqui? – eu comentei fazendo o mesmo
caminho indo e voltando como se fosse uma gata.
— É, esse mesmo. – ele me falou com a voz
rouca.
Me levantei e fiquei de joelhos no colchão, de
frente para ele. Abri o cinto da sua calça e tirei devagar
jogando no chão. Sem tirar os olhos dos dele, abri o fecho
da calça e fui deslizando o zíper.
— Tigresa, tem certeza que é isso que você quer?
– ele me perguntou e segurou as minhas mãos me olhando
bem de perto.
— Sim, eu tenho certeza. – eu respondi.
— Graças a Deus. – ele falou sorrindo e me
puxou de novo para os seus braços me fazendo sorrir. E
fiquei pensando que se ele me puxasse assim para os seus
braços, eu nunca mais ia querer me separar dele.
— Por que esse sorriso? – ele me perguntou
curioso.
— Sempre que a gente conversa, você me puxa
para os seus braços, e eu adoro isso, não quero mais sair
daqui.
— Você nunca vai sair, tigresa, nunca.
Ele segurou meu rosto me beijando intensamente e
nos deitamos na cama. Ele foi tirando o meu pijama e me
deixando completamente nua, me fazendo sentir um leve ar
fresco, fazendo meus seios ficarem rígidos e pensei: será
que estava frio e eu nem percebi com o fogo que eu estava
sentindo do Diogo? Era bom demais, que nem percebi que
tinha caído a temperatura.
— Me faça sua. – eu pedi mais uma vez.
— Você já é minha, tigresa. – Diogo me falou.
Começou a acariciar meu rosto de forma suave e
foi descendo pelo meu pescoço, fazendo minha pele
arrepiar. E continuou passeando os dedos pelo meu corpo,
sempre fazendo carinho. Quando chegou nos meus seios,
ele tocou com os dedos e logo em seguida colocou a sua
boca.
No começo era mesmo só um toque, mas depois
foi passando a língua e mordendo de leve. Um
formigamento de desejo começou vir em meu corpo como
se ele tivesse vida. Meus gemidos aumentaram e comecei
a chamar seu nome implorando por mais.
— Isso tigresa, geme meu nome. – Diogo falou,
fazendo carinho em minha barriga e nessa hora senti
vergonha de ficar ali exposta a ele. — O que houve amor?
— Tenho vergonha! – eu comentei sem graça.
— Vergonha do que, tigresa? – ele perguntou e
continuou — Você nunca deve ter medo de mostrar seu
corpo para mim, e também vou logo avisando, eu sou
muito ciumento com o que é meu. – ele me avisou.
— Hum, homem ciumento então. – eu brinquei
com ele e acabei levando um pequeno tapa nas nádegas e
em vez de ficar chocada, fiquei excitada, mais ainda, com
a forma que ele fez.
— Você gostou né, gostosa. Desse tapinha que te
dei. – ele falou me deixando mais excitada.
— Claro que não. – eu me fiz de desentendida.
— Ah, não? Me deixa ver então como está minha
bocetinha. – Diogo falou bem sensual.
— Ela não é sua. – eu provoquei.
— Ah, não? É o que vamos ver. – ele me ameaçou
e quando tocou novamente, estava tão excitada que a
minha excitação começa a escorrer. — Hum, alguém aqui
está bem molhadinha.
Diogo passou de novo os dedos e logo colocou a
língua me deixando quase a ponto de gozar de novo e
gritei querendo ser possuída.
— Ah, você vai ser bem comida, minha tigresa.
Tão bem comida que vai ter lembrança desta noite.
— Você é muito presunçoso não? – eu provoquei,
mesmo sabendo que seria impossível mesmo esquecer.
Ao ver como eu estava na cama, exposta e
relaxada só para ele e que em vez de ter vergonha de
como antes, estava à vontade, Diogo levantou da cama e
tirou a calça junto com a cueca boxer. E só esse gesto tão
tranquilo e seu olhar de desejo para mim, eu fiquei
excitada e imaginando aquele pau tão grande dentro de
mim, me tomando.
— A tigresa está louquinha para chupar né? – o
safado me perguntou.
— Eu não respondo. – provoquei. Vê-lo se
masturbando me deixou fascinada e doida para ser eu a
pegar naquele pau.
— Mentirosa. – ele falou brincando, como se
lesse meu pensamento.
— Não sou não. – eu respondi sorrindo maliciosa.
— Vou te mostrar então. – ele me ameaçou. Hum,
adorei o modo dele de falar.
Diogo veio até mim, ainda se masturbando, e ver
aquela cena me deixou completamente enfeitiçada.
Cheguei a passar a língua entre nos meus lábios ao ver a
forma como ele fazia os movimentos sem tirar os olhos de
mim. Aquilo sim era ser sensual, esse homem era muito
gostoso, demais e eu não via a hora de me aproveitar dele.
— Hum, alguém está com fome. – ele me
provocou novamente.
— Ah, com certeza eu estou, e muita fome. – eu
respondi.
Diogo se deitou junto comigo e passou a mão em
meu corpo, e foi beijando cada canto da minha pele,
sempre me dizendo que eu era linda e maravilhosa.
Aquilo me deixou em paz comigo mesma e me fez criar
uma coragem que nem eu mesmo acreditei.
Sem ele esperar, eu subi em cima dele e sentei
sob o seu quadril, fui beijando a sua boca de leve, mas ele
fez questão de me beijar com tanta força que acabei
ficando com o lábio inchado. Passei as mãos pelo seu
peito sentindo novamente o poder que emanava dele. Fui
descendo, e da mesma forma que ele me deu prazer, eu
comecei a dar a ele.
— Nossa, gostosa, me morde, eu quero sentir
esses seus dentes em mim. – ele gemeu excitado.
— Assim? – eu mordi a barriga dele tirando um
gemido alto, fui descendo e mordendo. Passei pelo pau
dele sem chegar perto e quando olhei, Diogo me olhava
sem acreditar no que eu estava fazendo, não dando
atenção para ele.
— Tigresa, me deixa sentir sua boca no meu
amigo aqui. – ele me implorou.
— Não, ainda não. – eu respondi querendo
torturar ele.
— Vai tigresa, não vê que ele está louquinho para
ser chupado. – ele me pediu.
— Não ainda, ele não está pronto. – eu o
provoquei de propósito.
— Tem certeza que ele não está, tigresa? – ele
falou pegando na minha mão e levando para o pau dele
sentindo o pênis dele ficar mais duro, e Diogo começou a
gemer mais ainda, balbuciando coisas desconexas.
— Absoluta. – eu respondi com firmeza, tirando a
minha mão do pau dele, querendo torturar um pouco mais
o meu delegado.
— Vem aqui tigresa, senta no meu pau, senta. – ele
me pediu em um tom rouco de prazer.
— Não quero não. – eu respondi brincando com
ele, mas ele me puxou rápido para os seus braços
fazendo-me ficar por cima dele.
— Ah, você quer. – ele falou, agora apertando
minha bunda e puxando meu corpo fazendo o seu pau
pressionar a minha bocetinha, me deixando doida.
— Não quero. – eu provoquei.
— Quer sim. – ele falou, e mais uma vez puxou
meu corpo levantando o quadril para que seu pau
pressionasse exatamente no meu clitóris. Agora sou eu
quem vai terminar com essa tortura.
Comecei a mover meu corpo pra cima e pra baixo
como se o pau dele estivesse dentro de mim e comecei a
cavalgar como se fosse uma amazona em cima do seu
cavalo, arrancado gemidos do Diogo, que foi me forçando
mais e mais, indo rápido e quando dei por mim, Diogo me
virou rápido me fazendo ficar por baixo dele.
— Agora sim, quem vai comandar essa operação
vai ser eu, chega de brincar tigresa.
— Então me come, delegado, com vontade. – eu
pedi gemendo.
— Com o maior prazer.
Diogo abriu totalmente as minhas pernas e me
penetrou com tudo, me fazendo engasgar com a velocidade
da paixão que nos pegou de surpresa.
— Ai, meu Deus, que gostoso. – eu gemi ao sentir
Diogo se movimentando, ora devagar ora rápido. E então
ele aumentou o ritmo das estocadas e começou a meter
mais rápido me fazendo gritar, pedindo mais e mais.
— Isso, toma gostosa, seu pau. – ele tirava e
metia de novo me fazendo ver estrelas com tanto prazer.
— Isso, mete meu delegado. – eu implorei.
Diogo se retirou de mim e me virou, me
colocando de joelhos e começou a me penetrar por trás,
puxando meus cabelos de lado e vindo até meu pescoço
me fazendo gritar, ao sentir os dentes dele raspando na
minha pele.
— Ah, tigresa, não fica me provocando. – ele
falou metendo com força, me fazendo ver estrelas.
— Delegado, que gostoso. – eu provoquei no auge
da excitação.
— Tigresa, assim desse jeito? – ele tirou e meteu
ainda mais fundo, com tanta força e tão fundo que eu achei
que ele tivesse chegado ao meu útero com a força que ele
meteu.
— Sim, assim. – eu pedi descontrolada, e ele foi
aumentando mais ainda o ritmo, fazendo meu sexo apertar
o pau dele o fazendo gemer.
— Está a ponto de gozar, tigresa? – ele perguntou
me fazendo carinho.
— Sim, delegado. – eu gemi.
— Um dia eu vou te algemar nesta cama. – Diogo
falou, e quando dei por mim, comecei a gemer que nem
uma cadela no cio, pegando ele de surpresa. E ele segurou
minha cintura puxando meu corpo contra o dele com força
até que nós dois gozamos juntos. Um prazer tão intenso
que nós tivemos que ficar nessa posição um bom tempo
até a nossa respiração normalizar.
— Nossa. – eu respondi cansada.
— Gostou? – ele me perguntou fazendo carinho e
beijando minhas costas.
— Sim, demais. – gemi novamente.
— A gatinha está querendo ser comida
novamente? – Diogo me perguntou.
— Sim, só que agora, sou eu que fico por cima. –
eu respondi sendo rapidamente colocada em cima dele, e
mais uma vez ele me penetrou com força. Agora sim eu
sabia o que era amor, estava fazendo com o Diogo. E
assim fomos até o dia amanhecer e quando acordei, ele
não se encontrava mais ao meu lado, mas lá tinha uma
mensagem dizendo:

Essa noite foi muito especial para mim e eu quero


repetir com você. Topa, minha tigresa?
Amei a nossa noite, não vejo a hora de repetir toda
noite com você.
Ah, antes que eu me esqueça...
Eu te amo minha tigresa.

Eu dei um sorriso bobo ao ler a mensagem. Ver


que ele tinha se declarado para mim e ter dito que me
amava, do mesmo jeito que eu já o amava. Eu comecei a
gritar de felicidade.
Ele me ama, Diogo me ama. Mando uma
mensagem para ele dizendo:

Diogo, é claro que eu topo, vou adorar repetir a dose


com você.
Eu te amo também. Meu delegado.

Mandei a mensagem para ele ainda sorrindo, toda


feliz, e fiquei aguardando, ouvi a porta se abrindo do meu
quarto e vi o Diogo aparecer, corri para os braços dele
me jogando no seu colo, ele me pegou e me beijou
apaixonadamente.
Diogo me levou de volta para cama e começamos
a fazer tudo de novo, repetindo a noite perfeita que
tivemos. Mais uma coisa para anotar na lista, o meu
delegado sabia muito bem como fazer amor, e como sabia.
Capítulo 11
Antonella
O tempo que passávamos juntos era maravilhoso,
o único problema era meu irmão, que ainda não sabia
sobre o nosso relacionamento. Diogo, ou melhor dizendo,
meu delegado, era gostoso pra caramba, ficava com água
na boca só de ver como esse homem era perfeito.
— Nossa, tem alguém que está me comendo com
os olhos. – Diogo brincou.
— Quem será que fica te comendo com os olhos?
– eu ironizei virando os olhos.
— Uma certa safadinha que nesse momento fica
me tentando. – Ele me falou olhando pro meu corpo.
— E o que exatamente essa pessoa está fazendo
que está te tentando?
— Ela, nesse exato momento, está deixando cair o
lençol e fica me mostrando um par de seios que estou
louco pra sentir em minha boca novamente. – Ele brincou
chegando mais perto, e eu, para provocar, tirei o lençol
todo e fiquei totalmente exposta para ele.
— Você está bem delegado? – provoquei vendo
que ele estava ficando ofegante e não tirava os olhos de
cima de mim.
— Não, eu estou muito mal. – Diogo me
respondeu tirando novamente a roupa, ficando nu e me
fazendo ficar aguada só de imaginar sentir o pênis dele em
minha boca de novo, era um gosto que eu não conseguia
ficar enjoada.
— Acho melhor você se trocar delegado.
— Você só pode estar brincando, né? – ele me
perguntou irritado.
— Eu? Claro que não, delegado. Você tem que
prender uns bandidos por aí. – Eu continuei provocando,
passando as mãos pelos meus seios, massageando como
se fossem as mãos dele em mim.
— Tigresa, isso não vai dar certo. – Ele chiou
bem baixinho.
— O que não vai dar certo, delegado? – me fiz de
desentendida.
— Você ficar se tocando tigresa. – Ele disse em
tom rouco de prazer, e começou a se masturbar.
Minha boca se encheu de água mais uma vez e
fiquei salivando, querendo aquele mastro dentro da minha
boca e depois dentro de mim.
— Tigresa... está com uma cara de tarada pro meu
lado.
Com isso Diogo veio se chegando mais e eu fiquei
ali, na expectativa de ele me pegar com vontade e me
foder como nunca.
— Vem aqui, meu delegado. – Chamei bem
sedutora, fazendo ele me olhar com surpresa. Seus olhos
mudando de cor e se transformando num tom mais escuro.
— Eu vou, minha tigresa provocadora, ainda
quero você deitada de bruços em minha mesa... – e como
ele é um filho da mãe, parou bem na hora em que eu
estava quase gozando só com as suas palavras.
— Continua Diogo. – Eu pedi já imaginando o que
ele queria falar.
— O que você quer que eu diga, minha tigresa? –
ele me provocou chegando mais perto e a minha
respiração falhou só em sentir ele perto de mim. Será que
ele sempre me deixaria assim, sem fôlego.
— Que me quer na sua mesa pra me comer. – Eu
respondi dando um sorriso.
— Que coisa feia tigresa, comer não, foder. Do
jeito que estou querendo fazer desde o momento em que
senti você me observando com esses olhos maravilhosos.
— Ai, Diogo, eu amo tanto você. – Eu confessei,
sentindo as mãos dele passeando pelas minhas pernas, de
um jeito tão carinhoso e ao mesmo tempo tão possessivo.
Me senti amada, dominada, era como se o delegado fosse
um dom, será?
— Sinta, minha tigresa, meu amor. Sinta meu
toque em você.
Ele afastou mais as minhas pernas, me deixando
totalmente exposta e aberta. Eu já estava quase
implorando para ele me fazer sua, mas não fiz. O que me
deixou com mais tesão foi ver ele se ajoelhar entre minhas
pernas, e colocou a mão sobre um dos meus seios,
tocando de leve no bico, torcendo ele como se fosse
beliscar. Eu dei um gemido só de sentir esse prazer fora
do normal. Diogo nem tinha me penetrado com aquele pau
maravilhoso, e eu já estava aqui, à beira de um orgasmo
só com um simples toque no meu seio.
— Nossa ,tigresa, está toda acesa aqui.
Com a outra mão, ele foi até o meio das minhas
pernas, passando bem de leve, fazendo meu corpo
estremecer de tanto tesão. Ele estava me torturando, só
pode. Eu não imaginava que ficaria desse jeito por causa
de um homem, com um simples toque ele deixava a minha
pele arrepiada, minha boceta com um fogo, que parecia
que iria me queimar se eu não fosse comida logo.
— Diogo, isso é tortura? – eu falei quase
chorando, implorando para ser saciada.
— Não, amor, é só prazer que eu quero te dar.
Prazer, ele disse, mas o meu corpo já estava tão
no limite que eu acho que se sentisse mais prazer,
acabaria morrendo. Meio dramático, não?
A mão dele passeou pela minha vagina e com um
dos dedos me penetrou. Com a outra mão, ele afastou os
meus lábios vaginais e apertou meu clitóris me fazendo
dar um pulo. Quase gozei com a sensação maravilhosa que
estava sentindo, de ser tocada e ser olhada com carinho,
admiração e respeito. Eu já estava completamente
apaixonada, e em vez de assustada, eu estava muito feliz
de enfim ter encontrado um amor, de ter encontrado o meu
delegado.
Capítulo 12
Já falei que o maior perigo que vivo na minha
profissão era ser amigo do Davi? Pois é, eu não queria
nem ver a cara dele quando descobrisse que minha tigresa
e eu estávamos juntos.
Eu olhava para ela deitada do meu lado
descansando, e ficava ali admirando seu rosto tranquilo
depois de mais uma noite de amor que tivemos. Já
estávamos juntos a mais de um mês e eu não fazia ideia de
como o Davi ainda não tinha desconfiado de nós.
Neste fim de semana, estava para arrumar um
almoço para contar para ele. Corria o risco de perder meu
amigo, mas eu preferia isso a perder a minha tigresa.
Depois da nossa primeira noite de amor, foi como se não
conseguíssemos mais ficar separados, começamos a ficar
juntos sempre que podíamos.
Me lembrei que no outro dia Davi nos viu juntos e
fez uma cara de poucos amigos. Nossa, ele parecia muito
puto na hora, mas não falou nada enquanto estávamos lá.
Depois que saímos, eu pensei que ele iria me questionar,
mas que nada, ele nem tocou no assunto. Achei estranho
ele não tocar no assunto. E no dia seguinte cheguei mais
cedo na delegacia e fui direto pra minha sala, entrei e logo
em seguida Davi veio ao meu encontro.
Percebi que ele estava pensativo com algo e
cheguei até a perguntar para ele o que estava acontecendo.
— O que foi Davi? – perguntei, enquanto
colocava a minha mochila dentro do armário.
— Nada. Por quê? – ele me perguntou distraído.
— Você está estranho desde que me viu com a sua
irmã. – soltei. Dependendo do que ele falasse, a gente
trataria na mesma hora e não no almoço, na frente da
minha tigresa.
— Há quanto tempo que você está com a minha
irmã? – Davi me perguntou num tom calmo que eu até
estranhei, mas Davi andava mesmo meio estranho.
— Estamos juntos há quase dois meses mais ou
menos. – soltei querendo ver a reação dele.
— Por que não me contou que estava namorando a
minha irmã? – Davi me questionou. Será que o Davi não
sabia mesmo por que não falamos nada?
— Davi, sério mesmo que está me fazendo essa
pergunta? – perguntei chocado.
— Claro né, Diogo, afinal não é sempre que
descubro que meu melhor amigo está com a minha irmã.
— Você está certo, mas Davi, você nunca deixava
que eu ficasse perto de sua irmã?
— Mesmo eu não deixando, você ficou perto dela,
não?
— Sim, fomos aos poucos nos aproximando e no
final acabou que estamos juntos até hoje.
— Tenho mais uma pergunta para você? – Davi
me olhou e ficou em silêncio. Eu tive até medo de
perguntar do que se tratava. Me sentei na minha cadeira de
frente para o Davi, esperando algum movimento dele.
— Você contou para minha irmã que tanto você
quanto eu gostamos de relacionamentos, como se diz, mais
pesados.
— Aonde você quer chegar com essa história,
Davi? – perguntei já querendo saber aonde iria levar essa
história.
— Sei que tanto você quanto eu gostamos de fazer
sexo com um pouco de brutalidade.
— Eu sei aonde que você quer chegar, Davi.
Nunca quis fazer sexo como BDSM. – comentei — Sua
irmã é uma mulher muito especial, por isso nunca quis
fazer com ela o que eu fazia com as outras. – confessei, e
era realidade. Eu nunca deixaria um homem encostar na
minha mulher, nunca mesmo. Só de ter esses tipos de
pensamento quase enlouqueço.
— Diogo, por isso eu não queria você perto da
minha irmã. – Davi me confessou olhando na minha cara,
eu deveria imaginar.
— Eu entendo, Davi, só que você deveria saber
que eu nunca faria mal para sua irmã, nunca mesmo.
— Eu sei, Diogo, mas fazer o que? Para mim você
é como irmão, não queria que fizesse ela sofrer.
— Fica tranquilo Davi, eu nunca vou magoar sua
irmã. Agora eu te pergunto, posso namorar a sua irmã?
— Fazer o que né, vocês já estão namorando. E
espero que faça ela feliz, senão eu te... – ele fez uma
ameaça com o dedo passando no pescoço, dizendo que ia
me matar. Meio dramático não.
— Pode deixar, Davi. Agora mudando de assunto,
o que está te afligindo? – disse querendo mudar de
assunto, Davi andava muito estranho.
— Não é nada não, Diogo. – ele disse
desconversando.
— Não é o que parece. Me fala logo Davi, o que
está acontecendo? – questionei com firmeza.
— Raquel. – ele soltou um suspiro nervoso e
passou as mãos pelo cabelo como se quisesse arrancar ele
fora.
— Raquel, a amiga da Antonella? – eu perguntei
num tom surpreso, nunca soube que ele tinha uma queda
pela amiga da minha tigresa. Não que ela fosse uma
mulher feia, que nada, só que não fazia meu tipo.
— Sim, Raquel. Desde que a Nella nos
apresentou eu não consigo tirar ela da minha cabeça, essa
mulher sempre mexeu comigo de uma forma inexplicável.
— Você está apaixonado por ela?
— Será que eu estou mesmo? Não tenho certeza,
só sei que ela me enfeitiçou de tal forma que meu pau só
acorda quando ela está perto.
— Eita, meu caro amigo. Coisa séria o que está
acontecendo com você?
— Eu que o diga, antes que você me pergunte se
eu já fiquei com outras mulheres, claro que sim, só que na
hora H, eu não consigo fazer nada. Aquela casa que a
gente costumava frequentar? Não fui mais, tudo por causa
da Raquel, ela me estragou para outras mulheres.
— Nossa, você gostava de frequentar aquela casa,
mais do que eu. E tinha umas submissas que você mal
podia ver, que estava querendo.
— Pois é né, para você ver como a situação fugiu
do meu controle. Não consigo mais fazer nada com elas,
só tenho olhos para aquela mulher. Talvez você tenha
razão e eu esteja completamente apaixonando por ela.
— O que ela sente por você, Davi? – perguntei
preocupado, eu nunca tinha visto Davi daquele jeito.
— Sinceramente, eu ainda não sei, só sei que
quando nos olhamos, seus olhos ficam nublados. Atração
a gente tem, ou como se diz, química perfeita, explosiva, o
que seja. E quando ela chega perto de mim e sinto aquele
perfume, me deixa tão excitado que tenho medo de fazer
uma besteira e acabar com a nossa amizade. – ele me
confessou, nunca imaginei ouvir uma coisa dessas do
Davi, ele não estava percebendo ou não tinha a mínima
ideia que já estava apaixonado pela Raquel.
— Meu amigo, você está frito. – falei sorrindo.
— Pois é, acho que sim. Bom, vamos mudar de
assunto, quero te perguntar sobre uma coisa. – ele
suspirou olhando para mim.
— Depende, se for sobre a sua irmã pode
esquecer. – brinquei com ele.
— Não, é outra coisa que está me deixando
preocupado.
— O que anda acontecendo? – perguntei
preocupado.
— Tenho reparado que alguns dos nossos
policiais andam muito bem de vida.
— Como assim, Davi? – questionei e me ajeitei
na cadeira me inclinando para frente para poder escutar
melhor.
— Você sabe muito bem que a gente não ganha tão
bem para ter um carro esportivo no valor de mais de cem
mil, ou até mesmo para andar com acessórios caros e
roupas que acabaram de sair da loja gritando grife, grife.
– ele me falou pensativo.
— O que você acha? – eu perguntei meio
cauteloso. Ele tinha razão, nós ganhávamos muito pouco
para ter um carro esportivo ou mesmo roupas e acessórios
de grife.
— Acho que alguém, ou ganhou na loteria, ou
ficou rico, ou pior ainda, alguém aqui está mexendo com
coisa errada.
— Peraí Davi, você acha que algum dos nossos
amigos aqui está aceitando propina? – perguntei chocado.
— Acho sim, só que não posso dizer cem por
cento, mas vou investigar.
— Bom, isso é uma coisa séria, meu amigo. –
comentei preocupado. Todos ali eram leais a nossa
profissão, eu não me imaginaria tendo problemas com
qualquer um deles ou mesmo com algum amigo.
— Então, eu vi. Eu tinha que te falar porque,
como delegado, tenho que te passar que vou investigar
sozinho essa história.
— Tem certeza que você quer fazer isso Davi?
Porque se a pessoa em questão estiver mexendo com coisa
ilícita, isso pode ser perigoso.
— Por isso eu quero te pedir um favor.
— Do que se trata esse favor?
— Se algo me acontecer, eu quero que cuide da
minha irmã. – Davi me pediu preocupado. Entendia o
temor dele, afinal a partir do momento em que vamos
investigar um policial, corremos risco de sermos mortos.
— Davi, você sabe que eu vou cuidar da sua irmã,
mas uma coisa eu te digo, você não está sozinho nessa.
— Diogo, você sabe muito bem que eu sou
investigador daqui da delegacia.
— Por isso, e outra, você é meu amigo fiel e
vamos descobrir o que for sobre o possível corrupto e por
sinal, quem é ele?
— Ninguém mais e ninguém menos que Roberto
dos Santos! – ele soltou. Fiquei chocado ao saber quem
era, afinal Roberto era um dos meus melhores homens
daqui, como eu não percebi que tinha algo de errado com
ele?
— Você tem certeza disso?
— Olha Diogo, confesso que eu também não
queria acreditar, afinal de contas ele é um ótimo policial,
nunca tivemos problemas com ele. Mas ele anda muito
estranho, não brinca mais com ninguém, está sempre muito
estressado e perde a paciência rápido com todos. Fora o
que eu te falei sobre o dinheiro.
— Bom, então que fique entre a gente essa
história, eu não quero ninguém nessa investigação.
— Pode deixar, ninguém vai saber. – ele me
garantiu — E como vamos fazer essa investigação?
— Simples, vamos seguir o Roberto. – respondi.
— Esse é um assunto muito sério Davi, quero total
discrição. Se ele de alguma forma desconfiar que esteja
sendo investigado, pode querer encobrir seus rastros e aí
nunca saberemos se ele está mesmo metido com alguma
parada errada. Ou pior, pode querer fazer algo contra nós.
— Fica em paz, Diogo, ninguém vai saber, isso
fica entre a gente.
— Tudo bem então. Vamos pensar em alguma
forma de começar a investigar o nosso amigo sem levantar
suspeita.
— Bom, me deixa voltar para a minha sala, senão
o pessoal começa a desconfiar que esteja acontecendo
algo.
— Ok, vai lá então, vou ligar para sua irmã, e
mais uma vez obrigado por me deixar namorar ela.
— Fazer o que Diogo, eu não queria. Porque você
é meu amigo e gosto de você como irmão, não quero que
nenhum dos dois se magoe, eu amo muito minha irmã,
Diogo, e com certeza você não vai querer que eu bata em
você. – Davi ameaçou mais uma vez e depois saiu, me
deixando ali querendo dar risada da cara dele.
Seria uma situação muito complicada se Roberto
estivesse mesmo sujo. Ele era um amigo e essa história
me deixou realmente muito inquieto. Eu ia ajudar Davi nas
investigações e esperava que não encontrasse nada que o
incriminasse. Mas eu faria o que eu tivesse que fazer se
encontrássemos alguma prova, esse era meu dever e eu
não deixaria que uma amizade me impedisse de cumprir
com as minhas obrigações.
Capítulo 13
Um Policial Bom Ou Amigo Corrupto?
Desde pequeno, sempre fui comparado com ele,
passei a vida inteira escutando: “Diogo Nogueira é uma
criança estudiosa e você não, por que você não é como o
Diogo, ele é um menino comportado”. Aquilo me deixava
louco, desde criança era a mesma ladainha. Vocês não
devem estar entendo nada, pois então eu vou contar:
Minha mãe sempre foi amiga da mãe do Diogo,
então era normal a gente sempre estar juntos, no início
éramos amigos, dois meninos que brincavam e
aprontavam juntos, mas, com o passar do tempo, eu
comecei a perceber as coisas. O Diogo, o menino de ouro,
era perfeito, eu não, afinal eu era a ovelha negra, sempre
me metia em encrenca. Ele era perfeito demais, certinho
demais. O cara não tinha um defeito, minha mãe sempre
fazia questão de jogar na minha cara o quanto Diogo era
um bom menino e eu não. Isso começou a me incomodar
bastante, ela me falava coisas que me magoavam, eu era
só uma criança. Mas enfim, o tempo passou e realmente
ela viu que o filhinho dela, afinal de contas, era mesmo o
rebelde sem causa, como ela gostava de citar muito.
Meu celular tocou e antes de atender olhei no
visor para ver quem estava me ligando, era o Falcão.
Esperei mais um pouco temendo o que estava por vir, não
sabia como estava seu estado de espírito naquele
momento. Tomei coragem e atendi respirando bem fundo.
— Roberto.
— Seu filho da puta, que merda foi essa que me
contaram, é verdade?
Puta que pariu, bando de filhos da puta,
fofoqueiros, ficam querendo me derrubar, mas eu não vou
deixar.
— Sim, é verdade. – respondi ouvindo um grito
saindo junto com a palavra maldição.
— Como descobriram isso, Roberto?
— Ainda não sei, mas estão me vigiando. –
aquele filho da puta do Davi ia me pagar.
— Eu falei para você ser mais discreto, porra! E
pelo que meus informantes estão me passando, você não
anda sendo nada discreto.
— Não foi minha intenção, senhor. Não imaginei
que estavam de olho em mim. – me justifiquei, mesmo não
adiantando nada, é claro.
— Roberto, é melhor mesmo você consertar essa
merda, não quero a polícia em cima de mim.
— Pode deixar, senhor, vou ser mais discreto
novamente.
— Acho bom mesmo, Roberto, tenho muitos
planos pro seu futuro, não quero ter que fazer algo que eu
possa vir a me arrepender, estamos entendidos?
— Sim, estamos. E obrigado, pai. – agradeci
desligando com um suspiro de alívio. Dando graça a Deus
que não foi nada mais sério. Como filho de traficante, eu
tinha que dar bom exemplo lá dentro.
Minha mãe nunca soube que meu pai tinha entrado
em contato comigo. Sempre que podíamos, nos víamos.
Quando eu fiz dezoito anos, eu fui apresentado à família
do meu pai, que era bem diferente da família atual, isso
dizendo o mínimo. Lá eu conheci o dinheiro, era bom
viver no luxo. Minha mãe não sabia das minhas escapadas
até a casa do meu pai, sempre dizia que ia para casa do
Diogo. O santo Diogo, pensei com ironia, ele vai me
pagar. Sempre fui melhor e sempre vou ser.
Olhei para o meu carro antes de entrar e alisar o
volante, observando o painel, o estofado de couro, o
câmbio feito de madeira de lei. Isso tinha sido uma
conquista e tanto, foi um dos primeiros “presentes” que
ganhei do meu pai me por ter conseguido uma informação
importante para ele. E assim começou o meu “trabalho”
paralelo. Eu conseguia qualquer informação de que o
quartel precisasse e passava para eles.
— Você é meu bebê. – falei ainda alisando o
volante e apertando um pouco as mãos nele. Liguei e saí a
toda velocidade.
Desde que passei para a academia de polícia que
eu tentava ser melhor em tudo, era um esforço perdido
sempre tentando provar que eu podia ser melhor que
Diogo, mas depois que ele foi promovido a delegado, eu
sabia que nada do que eu fizesse ia adiantar. E nesse
momento eu já estava mais envolvido com o quartel do
meu pai e com os seus negócios, seria bom ter conseguido
a promoção e ser um delegado também, mas o cargo era
muito visado e ficaria muito mais difícil ajudar a
organização com tanta gente em cima de mim, me
observando.
Eu tinha sido muito bonzinho com o Davi, não
esperava que ele fosse esperto o bastante para desconfiar
de mim e agora ele estava na minha cola. Esse idiota
estava querendo me pegar, e eu não daria a chance para
que ele conseguisse me derrubar. Lutei muito para estar
dentro da polícia, quando desisti de buscar a posição de
delegado, era para eu ser o braço direito do Diogo, mas o
filho da puta escolheu o irmão daquela vadia. Uma vadia
sim, eu sabia bem como aquela vagabunda era. Ninguém
sabia, mas eu já tinha encontrado ela algumas vezes no
clube de BDSM. Uma cachorra, ela e aquela gostosa da
amiga dela.
Sempre tive o maior tesão pela Raquel, ela nunca
me notou, sempre que nos encontrávamos, ela ficava toda
derretida e sentada com aquele babaca do Davi, nunca
gostei muito da aproximação deles dois.
— Ah, Raquel, um dia você vai ver que sou seu
homem de verdade. – prometi para mim e dei um sorriso
de satisfação.
Cheguei em casa, meu refúgio. Aqui era tudo do
bom e do melhor, no meu serviço eles nem imaginavam
que vivia no luxo graças ao dinheiro do tráfico.
Meu sonho era trazer Raquel para minha casa e
foder ela de todas as maneiras possíveis, sem limites. Só
de pensar nela, meu pau se manifestou e ficou todo alegre.
Precisava de uma puta. Peguei meu celular e liguei para o
bordel de um amigo, ele sempre me mandava umas
prostitutas. Afinal, eu como policial tinha minhas
vantagens, sabia que ele na verdade era um cafetão, e para
ele não ser denunciado e para meu próprio prazer, é claro,
sempre ligava para pedir uns favores, e ele, em
agradecimento, me mandava as melhores prostitutas da
casa.
— Adriano falando.
— Sou eu. – simples, curto e grosso.
— No que eu posso ajudar amigo? – Adriano,
idiota, ainda me perguntava o que eu queria.
— Você sabe.
— A de sempre? – ele perguntou. A de sempre era
parecida com minha Raquel, claro que linda só a minha
linda mesmo, mas ela dava para o gasto.
— Sim. – respondi.
— Já estou enviando, amigo. – agradeci e
desliguei o celular.
Fui até o bar, peguei um uísque e coloquei uma
dose dupla com uma pedra de gelo, e esperei a puta
gostosa chegar. Enquanto tomava meu drink, lembrei como
comecei a fazer os serviços sujos. Desde o início, quando
nos conhecemos, meu pai me treinou e incentivou a entrar
para a polícia, ele queria ter alguém confiável lá dentro e
quem seria mais perfeito que seu próprio filho.
Sempre que algum “funcionário” do meu pai era
preso, eu dava um jeito de chegar até os amigos dele e
apagava os registros, e quando não tinha jeito, eu
simplesmente apagava o cara, com maior prazer, simples
e rápido, problema resolvido. Ninguém poderia saber
quem era o meu pai, nunca. Todos o conheciam como
Falcão, só eu sabia a verdadeira identidade dele, mas
nunca o trairia.
Perdido em meus pensamentos, acabei distraído e
só saí do transe quando ouvi a campainha tocar no meu
apartamento, sem saber quem era, peguei a minha arma
somente por precaução, cheguei até a porta e dei uma
olhada no olho mágico, a minha puta tinha chagado.
Coloquei a arma novamente em cima da mesinha e
destranquei a porta, puxei a vadia para os meus braços
sem muita cerimônia.
— Olá gostosão. – ela me provocou.
Tasquei logo um beijo daqueles, que machucou os
seus lábios. Essa puta estava do jeito que eu gostava.
Desde o momento em que a vi, logo pensei na minha
mulher, Raquel. Soltei ela e me sentei no sofá me
afastando, fiquei ali esperando ela vir ao meu encontro,
ela começou a fazer um strip-tease me deixando louco,
naquele momento eu esqueci que era uma vadia e pensei
que era a Raquel fazendo para mim.
A Raquel passou a língua pelos seus lábios,
fazendo-me desejar sendo eu a morder esses lábios. Foi
tirando a roupa lentamente me fazendo ficar duro. Abri o
zíper da minha calça libertando meu pau e comecei a me
masturbar. Fiz um gesto para ela com o meu dedo
deixando bem claro o que eu queria, ela veio, se ajoelhou
e colocou a boca mais perto dele, me olhando nos olhos.
Segurei seu cabelo e empurrei a sua cabeça com força a
fazendo engolir meu pau com vontade, dei um grito e disse
para ela:
— Chupa assim, puta, com mais força. – eu gritei
novamente.
Essa sim era uma profissional do jeito que eu
gostava.
Tirei rápido meu pau de dentro da sua boca e bati
no seu rosto dizendo:
— Você quer esse pau dentro da sua boceta né,
puta.
— Sim... – ela gemeu com vontade.
Segurei seu cabelo com força e a virei de quatro.
Só me afastei o suficiente para pegar e colocar a
camisinha, e sem me preocupar se ela estava pronta ou
não, a penetrei com tudo metendo meu pau bem fundo
fazendo a puta gritar de dor. Sempre fui bom no que eu
fazia, mas eu não dava carinho para puta, a única que
merecia meu carinho era a minha menina. Logo voltei a
meter com vontade, fazendo-a quase chorar. Meu prazer
era esse, só de receber porque dar eu só dava pau dentro
dela.
Fiquei quase com dó dela, só para compensar o
boquete que ela me fez, levei uma das mãos até o clitóris
dela, toquei com vontade e ela retesou, a dor que estava
sentindo mudou e ela começou a gemer alto como a puta
que ela era. Fui bonzinho e deixei que ela gozasse,
gemendo alto e gritando meu nome, e, sem dar descanso,
tirei meu pau de dentro da sua boceta e enfiei de uma vez
no ânus dela metendo com mais vontade. Voltei a pensar
na minha Raquel e quando dei por mim, gozei chamando o
nome dela. Soquei mais umas três vezes dentro dela e
parei me retirando e sentando novamente no sofá tirando a
camisinha.
— Vem aqui putinha, chupa seu macho. – A
chamei.
Ela se endireitou e, sem reclamar, chupou de novo
e de novo, até me deixar esgotado. Sem tirar minha roupa,
puxei seu corpo para cima do meu e a coloquei sentada
em cima de mim, penetrei novamente e a fodi até deixá-la
mole e exausta.
Quando terminamos, tirei-a de cima de mim e
disse:
— Pode ir puta, acabamos por aqui. – falei para
ela e, vendo que ela estava surpresa, continuei a dizer —
Quero ficar só, como sempre você fez um bom trabalho.
— Obrigada, senhor. – ela agradeceu, se vestiu e
foi embora.
Olhei para o relógio e vi que já passava da meia-
noite. Precisava de um banho para tirar o cheiro dessa
puta de mim. Segui direto para o chuveiro e, enquanto
tomava banho, pensava não só no Diogo, que ia me pagar,
mas na sua namorada, que ia pagar caro também por ter
um irmão intrometido.
Saí do banheiro e fui direto para minha cama,
tentando descobrir como ficaram sabendo que eu estava
pedindo favores extras para saber de um carregamento de
droga. No mínimo aquele boca-grande do Paulo devia ter
falado algo. E eu não ia deixar pra depois, precisava tirar
essa história.
Peguei meu celular e digitei o número dele,
esperei atender e quando ouvi a voz dele fui logo dizendo:
— Paulo, seu filho da puta, você contou alguma
coisa para alguém sobre nossos negócios?
— Peraí, Roberto, não sei do que está falando?
— Paulo, você não andou comentando com
ninguém né, sobre o que a gente anda fazendo?
— Tá maluco Roberto, eu tenho amor a minha
vida. Não quero que o Falcão acabe com a minha raça
— Bom mesmo, Paulo, porque se eu descobrir
que foi você, acabo com a sua vida em dois tempos.
— Estou dizendo que não fui eu, cara.
— Então quem foi?
— Não sei Roberto, mas vou ficar de olho.
— Só os olhos não, eu quero também os ouvidos,
preciso descobrir quem andou abrindo a porra da boca.
— Eu vou investigar, a carga deu certo?
— Deu nada, alguém descobriu sobre o
carregamento e ainda não sei como, conseguiram fazer
uma apreensão.
— Puta merda, você sabe quem deve estar na
frente dessa investigação?
— Quem você acha que deve ter sido escalado?
— O Davi, só pode.
— Pois é, eu preciso saber o que o Davi sabe.
— Pode deixar. – terminamos de nos falar e
desliguei o celular.
O Davi se achava muito esperto, mas ele não
perdia por esperar. Diogo e ele teriam que me pagar bem
caro, por se meterem onde não foram chamados. Me
levantei e coloquei uma boxer para dormir. Voltei
novamente para minha cama e dormi.
Capítulo 14
Sabe aquele momento em que você está sonhando
aquele sonho bem gostoso e chega uma pessoa e te acorda
com um beijo bem de leve, mas que vem acompanhado de
uma língua sem vergonha? Acordei com o Diogo passando
as mãos nas minhas coxas e as afastando, uma das mãos
escorregou pela minha perna e senti seus dedos entrando
com tudo em mim, fazendo-me arfar com a invasão tão
repentina.
— Ah, Diogo, o que você está fazendo? – falei
gemendo.
— Oi gostosa, você está tão sexy assim desse
jeito, que meu pau não aguenta de vontade de entrar em
você com bastante força.
Esse palavreado dele sempre me deixava com
muito tesão, senti o prazer escorrendo entre os seus dedos
e afastei um pouco mais as pernas arqueando meu corpo.
— Meu delegado, como sempre tão delicado. –
falei debochando e ele deu uma risada.
— Sempre, minha tigresa, sempre sou delicado
com você.
Ele retirou os dedos de dentro de mim e se
afastou, observei ele tirar a camiseta, rápido, logo em
seguida a calça dele foi para o chão junto com a sua
cueca. Fiquei ali admirando o pau dele todo ereto. Minha
boca encheu de água com a vontade de prová-lo. Fui
engatinhando até a ponta da cama e passei as minhas unhas
sobre o peito dele fazendo uma leve carícia. Diogo
estremeceu todo quando sentiu as minhas unhas em sua
pele.
— Ah, minha tigresa, andou afiando as garras
novamente. – ouvi o gemido dele.
— Só para você, meu delegado, que afio as
minhas garras. Não gosta?
Sem que eu esperasse, ele me derrubou na cama
com força, me fazendo dar um gritinho de surpresa e
deitou em cima de mim. Eu senti seu pau encostando no
meu sexo e ele fez o movimento de vai e vem se
esfregando no meu corpo, isso me deixa gemendo que nem
uma cadela no cio.
— Eu amo essas mãos em meu corpo, minha
tigresa, só você que me toca desse jeito e fico todo aceso.
— É bom mesmo, senhor delegado, eu não quero
ser presa por bater em qualquer vagabunda que chegar
perto de você? – ameacei.
— Nossa, eu não sabia desse seu lado? – o filho
da mãe deu risada de mim.
— Fica dando risada. – eu apertei os olhos e
ameacei mais uma vez.
— O que você vai fazer, tigresa? – Diogo me
olhou curioso.
— Se eu te pegar olhando, ou mesmo tocando uma
puta, eu vou cortar seu pau fora.
— Então quer dizer que meu pau está sendo
ameaçado? Cuidado, senhorita, a senhora está
desacatando um delegado. – ele brincou.
— Bom saber que desacato o senhor, porque isso
é uma simples ameaça, você vai ver se concretizar no
momento que eu vir que alguma vagabunda está perto de
você.
— Ah, tigresa, só você que eu deixo chegar perto
de mim desse jeito.
Dei um longo beijo nele, fazendo acender a
paixão que estava querendo explodir e se fundir em mim.
Suas mãos começaram a passear pelo meu corpo,
deixando minha pele arrepiada. Abri as minhas pernas
para acomodá-lo mais em mim. Sua boca desceu pelo meu
pescoço beijando e mordiscando minha pele, e foi direto
nos meus seios que já estavam sensíveis. Ora ele beijava
ou mordendo de leve meus mamilos, deixando eles
supersensíveis. Passei minhas unhas pelas suas costas,
não muito forte, mas o suficiente para marcar a sua pele e
ele gemeu contra a minha pele.
— Puta merda tigresa, agora vou ficar com as
costas toda marcada. –grunhiu.
Aproveitei um momento de distração dele e
consegui virá-lo, me fazendo ficar em cima dele, sentada
no seu quadril. O olhar dele era de pura satisfação e
desejo em me ver ali.
— Está gostando da visão? – o provoquei.
— Nossa, demais amor. – ele tentou me puxar
para virar de costas, mas eu não deixei. Fiz sinal com o
dedo que não, deixando ele frustrado. Ele sabia que ele
gostava de estar sempre no comando, mas hoje não seria
assim não.
— Hoje quem comanda aqui, meu caro delegado,
é a sua tigresa.
Percebi que ficou surpreso ao ver que dessa vez
eu estava assumindo o controle.
— Sem problemas, tigresa. Eu sou todo seu. – ele
brincou e senti ali a verdade em suas palavras.
Saí de cima dele e o ouvi praguejar querendo que
eu voltasse para a cama. Fui até o banheiro e peguei um
óleo de massagem. Vi isso num vídeo erótico, ou melhor
dizendo, pornô mesmo, em que o cara fazia massagem na
mulher e vice e versa, mas a finalização era um sexo
muito bom por sinal. Eu fiquei até excitada só de me
imaginar fazendo isso no delegado.
Escondi o óleo atrás de mim e retornei para a
cama. Diogo era um homem bem sensual, tudo nele era
perfeito, e ele nem tinha ideia de como eu ficava excitada
só de lembrar as coisas que já fizemos baseado nos meus
livros. E eu tinha que dizer, escrever era uma coisa
maravilhosa, agora praticar, era incrível. Dei um sorriso
só de pensar.
— Eu devo me preocupar com esse sorriso de
loba querendo me comer, tigresa? – ele brincou tocando o
seu pau bem de leve, me fazendo quase cruzar as minhas
pernas em sinal de excitação. Senti meu prazer escorrendo
pelas minhas coxas.
— Meu delegado, a noite é uma criança. –
respondi passando a língua nos meus lábios, fazendo meu
delegado gemer novamente.
— Ah, minha tigresa, eu quero essa língua
pequena no meu pau, lambendo como se fosse um pirulito
bem gostoso.
— Posso pensar um pouco? – brinquei com ele,
eu amava chupar aquele pau.
— Sem provocação, tigresa.
Sem responder ao comentário, subi novamente na
cama e mostrei o óleo que estava escondendo dele.
— O que a tigresa está querendo fazer? –
perguntou, surpreso.
— Ah, meu delegado, como você mesmo disse
outro dia, que gostaria de receber uma massagem bem
gostosa, e como eu sou muito boazinha, vou fazer uma em
você.
Sem que ele pudesse responder, derramei o
líquido no peito dele, o fazendo estremecer com o contato.
— Está com frio, delegado?
— Estou, tigresa, você não quer me aquecer não?
– ele falou me provocando.
— Será que se eu fizer uma massagem bem
gostosa você esquenta? – entrei na brincadeira.
— Com certeza, tigresa... – comecei a passar as
minhas mãos pelo peito dele, que por sinal eu amava
demais ver aqueles gominhos e o peitoral todo definido.
Coloquei minha boca nos mamilos dele e fiz do mesmo
jeito que ele fazia em mim.
— Puta merda tigresa. – ele tentou me virar, mas
eu não deixei.
— Não gostou? – perguntei olhando para ele.
— Estou quase gozando, amor, só de sentir seu
toque em mim.
— Nem pensar, se gozar vai ser na minha boca.
Ele xingou e eu desci mais um pouco e passei o
óleo nas suas pernas, em um movimento bem de leve.
Quando cheguei no seu pau, minhas mãos tocaram nele, e
Diogo quase pulou da cama. Seu pau estava tão duro, e
vendo que ele estava perdendo o controle da situação, caí
de boca o fazendo urrar de prazer, gritando e me dizendo
o quanto eu era gostosa. Amava minha boca no pau dele
fazendo um belo boquete.
Tirei a minha boca do pau dele e passei meus
seios, fazendo uma espanhola e agradeci aos vídeos que a
Raquel me mandou. Pelo que pude perceber, o Diogo
estava amando tudo, e isso me deixava muito satisfeita.
Fiz uma bela espanhola para ele, Diogo estava tão
vermelho de tesão que a qualquer momento ele iria
explodir. Eu já sentia o seu gosto delicioso na minha boca.
Parei de novo o que eu estava fazendo e sentei novamente
em cima dele.
— Gostou?
— Aonde você aprendeu isso, dona Antonella? –
perguntou como se estivesse em choque. Peguei o pau dele
e coloquei na entrada da minha bocetinha e deixei meu
corpo descer no seu pau, recebendo ele todo, o fazendo
gemer alto enquanto eu gritava.
— Isso está tão bom, Diogo.
— Está sim, minha tigresa, e vai ficar melhor
ainda. – Ele me virou e ficou com seu corpo por cima do
meu.
— Gostei mais da minha parte. – debochei da
cara dele.
— Ah é, vamos ver quem sabe dar mais prazer.
Ele tirou quase todo o seu pau de dentro de mim
me deixando um vazio fora do comum e, quando ele
voltou a me penetrar com força e vontade, gritei de prazer
arqueando meu corpo cravando minhas unhas nos seus
braços.
— Assim você gosta né, minha safada?
— Sim, eu amo do jeito que você me come.
Sem esperar, ele me virou novamente me
deixando de quatro e me penetrou, metendo com força, me
fazendo gemer e gritar sem controle. Ele puxou meus
cabelos sem muita força para não me machucar e com a
mão livre ele tocou meus mamilos, me fazendo ficar quase
sentada, sentindo seu pau ainda mais fundo dentro de mim.
— Isso gostosa, geme para o seu macho.
— Diogo, que delícia. – eu amava o jeito bruto
que ele me fodia e o jeito que falávamos na cama, bem
sujo.
— Assim né, delícia? Vou te comer tão gostoso
que amanhã você vai estar bem dolorida, essa vai ser sua
punição pela tortura que me fez passar, sua gostosa. –
prometeu, e me deixou mais acesa.
— Mete com força, Diogo. – implorei, estava
quase gozando.
— Pode deixar, minha tigresa.
Ele fez o que prometeu e me fodeu bem forte.
Quanto mais ele entrava em mim, sentia aquela mágica de
um homem e uma mulher se unindo, aquilo não era sexo
não, era amor, profundo amor.
Senti Diogo passando o dedo no meu clitóris, e
não resisti, o orgasmo veio forte me fazendo gritar alto.
Tão intenso que eu perdi as forças e meu corpo desabou
na cama. Diogo, ainda atrás de mim, meteu mais duas
vezes e gozou. Ouvi o seu grito de satisfação e ele saiu de
cima de mim, me puxando novamente para os seus braços,
era uma das partes que eu mais gostava, quando a gente
terminava de fazer amor, era daquele jeito, nos braços
dele.
— Eu te amo tigresa. – ele me confessou.
— Também te amo, meu delegado. – aconchegada
a ele, dormi abraçada ao meu amor, minha vida, ao meu
delegado.
Capítulo 15
Fazia uns dias desde que o meu delegado me
atacou no nosso quarto, e posso dizer que foi uma delícia.
Todos os dias eram como se estivéssemos numa lua de
mel e não juntos há algum tempo. O sentimento que
tínhamos um pelo outro só crescia mais e mais e nunca nos
cansávamos um do outro.
Diogo me confessou que Davi soube sobre nós. É
claro que eu estava preocupada com a reação dele, mas
graças ao bom Deus, Davi reagiu bem. Eu confiava no que
o Diogo tinha me dito e não queria nem pensar no que
teria acontecido se ele não tivesse reagido tão bem.
Apesar de um idiota, Davi era muito amigo de Diogo, e eu
não queria pensar que eu pudesse estragar a amizade dos
dois.
Eu estava em frente ao meu notebook pensando e
de repente tive uma ideia que faria os leitores se
apaixonarem. Estava distraída escrevendo e senti uma
presença. Eu nem precisava me virar para saber que era
meu delegado ali na porta, me olhando como se eu
estivesse nua e não com uma camisola. Diogo veio em
minha direção como se fosse um tigre, em passos lentos
como se farejasse sua presa, em vez de me deixar
assustada, fiquei toda excitada. Será que eu estava ficando
louca?
— Tigresa, você está tão sexy nessa maldita
camisola, e usando esses óculos do inferno. – ele rosnou
para mim, fazendo-me revirar os olhos e rir dele. Era
sempre assim, o jeito que ele falava me deixava
malditamente excitada.
— Gostou, meu delegado? – o provoquei
passando a língua entre meus lábios fazendo o olhar dele
escurecer.
— Você sabe que sim, meu amor, amo mais ainda
essa sua maldita língua dos infernos passando no meu pau
como se fosse um belo de um sorvete. – Diogo falou baixo
vindo ao meu encontro, me deixando toda excitada.
Minhas pernas se abriram como se tivessem recebido
ordens só com o olhar faminto do Diogo.
— Eu amo passar a minha língua em todo seu
corpo, minhas unhas arranhando seu belo peito. – ronronei
como uma tigresa, o observei pegando meu notebook,
colocando no chão com cuidado.
— Amo ver você nessa camisola, mas amo mais
ainda tirar ela de você. – Diogo falou e me puxou para
ficar de frente a ele.
— Nem pensar Diogo, essa camisola eu gosto. –
exclamei tentando ficar séria. Claro que o Diogo não
estava nem aí para o que eu falava.
— Você sabe, minha tigresa, amo todas as suas
camisolas, essa aí que está vestindo então me deixa com
muito tesão, meu pau está doidinho para entrar em você.
Ele começou a se tocar e me deixou com água na
boca, como sempre, eu ficava doida para chupá-lo. Eu ali,
com as pernas escancaradas, o fazendo ver minha
minicalcinha. Não é porque era gordinha que eu não
gostava de usar. Era uma mulher como qualquer outra,
gostava de usar lingerie sexy, pelo meu delegado e por
mim mesma.
Fiz como ele, comecei a me tocar bem de leve,
olhei para o Diogo e vi que seus olhos escureceram mais
ainda vendo como eu estava me tocando, querendo dar
prazer não só para mim, mas para ele também.
— Ah, amor, que linda cena, você se tocando e se
dando prazer, estou mais excitado que nunca. Tira uma
dessas mãos mágicas da sua boceta e coloca nesses seus
seios que sou louco, toca nele como se fosse a minha mão.
Fiz como ele me pediu, é claro que não era a
mesma coisa, o que eu mais queria mesmo era que fosse a
mão dele e não a minha. Mas ver os seus olhos
escurecerem de desejo me deixava bem quente.
— Fica com esses pensamentos em mente amor? –
falou e piscou para mim.
— Que pensamentos? – me fiz de desentendida
piscando os olhos. Mas não deixando de me tocar, ficando
cada vez mais excitada.
— Que está presente em seu rosto meu amor. – ele
me falou com carinho passando as mãos dele em meu
rosto.
Parei de me tocar e, com a minha mão, mesmo
estando com o meu prazer, passei em seu rosto. A forma
como Diogo me amava, me deixava maravilhada, seu
rosto estava com uma barba que me deixava louca. Nunca
me imaginei sendo fixada por um homem de barba, mas
aqui estou, doidinha pelo meu delegado barbudo.
— Já falei que amo você de barba? – perguntei.
— Não me lembro, que tal refrescar a minha
memória?
— Com o maior prazer, meu delegado. –
respondi.
Puxei meu delegado e o virei ficando em cima
dele. Mas do jeito que estávamos não era muito
confortável. Diogo me puxou junto com ele, me fazendo
dar uma risada. Mesmo me pegando com um pouco de
força, Diogo nunca me machucaria.
— Está confortável desse jeito?
Eu ainda estava sentada em cima dele e pensei em
como as coisas seriam bem diferentes se eu não tivesse
conhecido ele na delegacia, quando meu irmão tinha
praticamente me expulsado de um clube de strip. Parecia
bobagem, mas eu achava que tudo isso era como se eu
estivesse numa fantasia ou numa história de amor.
— O que minha tigresa pensa tanto?
— Estava pensando em como seria a minha vida
se eu não tivesse encontrado você naquela noite na
delegacia, quando fui brigar com o Davi. – comentei
dando risada.
— É verdade gostosa, mas acho que a gente iria
acabar se encontrando de uma forma ou de outra.
— Será? – perguntei meio descrente.
— Eu tenho certeza, amor. – ele me falou com
tanta convicção, fiquei mexida.
Ele começou a tocar as minhas pernas, me fazendo
ficar arrepiada, levantando a minha camisola, toda
rendada.
— Eu amo ver você com essas camisolas. – ele
gemeu quando comecei a rebolar me esfregando nele.
— Sim, eu sei. – respondi com malícia.
— Que tal eu te foder agora? – Diogo perguntou
com um sorriso safado.
— Pensei que você tivesse desistido. – pisquei o
olho dando uma risada
— Nunca vou desistir de você, amor. – com essa
promessa, Diogo me levou ao paraíso.

Alguns dias depois...

A vida tem sido maravilhosa. Meu amor pelo


Diogo aumentava cada vez mais, tinha vezes que achava
que eu não merecia esse amor, mas tinha vezes que dava
graça a Deus por ter um homem do meu lado, meu amor.
Claro que, como todo casal, a gente brigava, mas
logo em seguida fazíamos as pazes, cheios de amor e
ternura. O sexo entre nós ficou espetacular, era como se
meu corpo soubesse que ele tinha um dono. Acontecia o
mesmo com o Diogo, era sempre assim com ele também,
bastava um toque e ele ficava todo duro. Uma vez
estávamos conversando e ele me disse que desde aquela
bendita noite em que nos conhecemos que o corpo dele
era meu.
Estava olhando para o meu guarda-roupa, vendo
com qual roupa deveria ir à delegacia, para ver meu
delegado. Eu gostava muito de calça legging, mas não
achava apropriado para ir até uma delegacia. Pensei no
que seria bom usar. Quanta indecisão poxa, será que eu
era normal por ter esses tipos de pensamentos do que não
saber usar?
Abri a gaveta e encontrei uma saia social preta e
pensei que ela ficaria perfeita com um sapatinho de salto,
daqueles bem finos, sorri ao ter uma ideia. Hum, senhor
delegado me aguarde. Peguei uma lingerie bem sexy para
ele ver que tinha uma mulher que adorava ele. Deixei
meus cabelos bem escovados e soltos. Me olhei no
espelho e vi ali uma mulher que estava doida de saudades
do seu homem.
Fazia dois dias que não nos víamos, ele estava em
uma investigação com o meu irmão, e vou dizer uma
coisa, namorar um policial era excitante e ao mesmo
tempo uma droga, ele estava sempre trabalhando e com
pouco tempo para nós. Diogo estava chateado de a gente
não se ver, e eu louca de saudades também.
Peguei minha bolsa e resolvi ir logo para lá, meu
delegado ia amar me ver lá. Fechei a casa toda e segui
direto para o meu carro. Não sabia qual seria a reação
dele quando me visse na delegacia, mas não via a hora de
encontrá-lo e beijá-lo. Pensei em tantas coisas que queria
fazer com ele.
O caminho até a delegacia foi bem tranquilo e
rápido. Estacionei o meu carro perto do carro do Diogo.
Peguei a minha bolsa e fui direto para dentro da
delegacia. O pessoal estava mesmo distraído, nem
perceberam que eu estava passando por ali. Achei até
ótimo, assim eles não ficariam fazendo gracinhas. Subi
direto, indo para sala do Diogo, abri a porta bem devagar,
e ele estava tão concentrado que nem percebeu que eu
estava ali. Fechei a porta atrás de mim passando a chave e
fui em direção a ele, quando levantou a cabeça e me viu
ali, sua boca abriu num sorriso bem sexy.
— Ora, ora, quem está aqui, se não a minha
tigresa?
— Ora, ora, se não é meu delegado, que por sinal
está um arraso nessa roupa. – o provoquei.
— Me conta minha bela, o que está fazendo aqui?
Dei a volta na mesa me aproximando devagar, ele
se afastou um pouco da mesa com a cadeira e me sentei
em seu colo, logo senti o pau dele endurecer.
— Pensei que você estaria com saudades de mim,
pelo que estou sentindo, o meu outro amor está mais que
feliz em me ver.
— Minha tigresa, com certeza a gente estava
morrendo de saudades, e essa bocetinha sua, está
meladinha?
Antes que eu pudesse responder, Diogo passou as
mãos pelas minhas pernas, fazendo-me dar um gemido e
arfar de tesão, parecia que tinha sido um mês e não uns
dois dias atrás.
— Vejo que a minha menina está gulosa hoje. –
Diogo comentou rouco.
Ele começou a acariciar meu clitóris, e as suas
mãos trabalhando em me tocar estavam me deixando
maluca, querendo sentir ele dentro de mim.
— Sempre, amor. Quero sentir seus dedos dentro
de mim, por favor? – eu implorei.
As mãos dele pareciam mágicas, meu pai eterno!
A forma como ele me tocava, me deixava acesa com um
simples toque. Diogo afastou mais um pouco as minhas
pernas e foi chegando até a minha calcinha, que já se
encontrava encharcada. Diogo percebeu como eu estava e
gemeu bem baixinho no meu ouvido, raspando a barba no
meu rosto, fazendo carinho, aquilo era uma delícia.
— Desse jeito amor? – Diogo enfiou com tudo o
dedo dentro de mim fazendo-me arquear o corpo, jogando
a cabeça para trás, caramba, esse homem devia ter sido
prostituto, não era possível.
— Sim, com mais força amor. – pedi.
Ele começou a me estocar com bastante vontade,
já estava gemendo e quase gritando, quando o Diogo
tampou a minha boca com um beijo, querendo me calar
com o orgasmo que estava se construindo. Puta merda, eu
não iria aguentar mais, foi quando Diogo enfiou dois
dedos dentro de mim e com o polegar pressionou no meu
clitóris, dando um leve aperto que me fez explodir num
orgasmo que me deixou mole, mole.
— Nossa, tigresa, amo você se entregar dessa
forma para mim. – Diogo confessou fascinado pela minha
demonstração.
— Também te amo, ao ver a forma como você
também se entrega. – confessei piscando o olho.
Naquele momento, o mundo ali parou, eu sentada
no colo do meu delegado, só percebi que o encanto foi
quebrado quando ouvimos a maçaneta da porta mexer. Saí,
a contragosto, do colo dele e fui para o banheiro, enquanto
ele se ajeitava, nem deu tempo de eu fazer um belo
boquete nele. Aff, quem era aquele estraga-prazer?
Enquanto estava no banheiro, me arrumando por
causa do orgasmo que tinha tido, Diogo abriu a porta.
Ouvi uma voz conhecida e logo me toquei que o estraga-
prazer era ninguém mais e ninguém menos que meu irmão,
Davi. Tentei não ficar nervosa, afinal, Davi sabia do meu
relacionamento com o Diogo e estava bem com tudo isso.
Saí do banheiro ao ver que estava pronta e fui
direto até meu irmão, que, ao me ver, se fez de surpreso e
logo imaginou o que a gente deveria estar fazendo e logo
fechou a cara.
— Por favor, Diogo, você tem que corromper
minha irmã justamente aqui? – Davi olhou para o Diogo
nervoso e tive um ataque de riso.
— Eu estava aqui quietinho, Davi, sua irmã veio
aqui para me provocar, se é que me entende. – Diogo se
defendeu e me olhou piscando o olho.
— Pode parar os dois, por favor. – ele falou
tampando o ouvido com as duas mãos.
— Larga de ser criança, Davi? – reclamei.
— Criança, Nella? Por favor, você é minha
irmãzinha. – ele resmungou.
— Não sou mais, meu irmão, eu cresci. – o
provoquei.
— Percebe-se. – ele falou entre os dentes.
Abracei meu irmão, no mínimo devia com ciúmes,
mas continuei provocando.
— Calma, Davi, você sempre será meu
irmãozinho.
— Eu sei, Nella, mas poxa, tinham que fazer isso
aqui?
— Onde mais seria, Davi? Sendo que o Diogo
nem foi me ver mais. – fiz cara de tristeza.
— Sei, me poupem vocês dois. – Davi nos falou
olhando para nós com descrença.
— Bom, o papo está bom, mas estou querendo
jantar, será que os dois homens da minha vida topam
jantar?
— Eu topo, amor. – Diogo confirmou e me olhou
querendo dar risada da cara do Davi.
— Também topo, Nella, espero vocês lá fora. –
Davi avisou e me soltou seguindo para a porta, mas antes
de sair, nos disse — Estou de olho em vocês.
Com isso ele saiu e nos deixou sozinhos. Diogo
veio até onde eu estava e me puxou novamente para os
seus braços, me abraçando com força e passando uma de
suas mãos por debaixo da minha saia, enquanto me
beijava com furor.
— Diogo, melhor parar. – eu protestei mesmo
querendo sentir a mão dele em tudo que era canto.
— Você não gosta da sensação de sentir que
podem nos pegar a qualquer momento?
— Amor, eu gosto sim, só não quero que vejam o
que a gente está fazendo.
— Eu não sou nem um pouco doido de deixar
verem nem o começo dessa bunda deliciosa.
— Nem de deixar verem esses seus braços
musculosos. – respondi passando as minhas mãos neles.
— Vamos amor, senão seu irmão vai querer me
fuzilar, por eu estar te segurando.
— Vamos, eu estou louca para comer chocolate de
sobremesa. – eu pisquei para o Diogo, que gemeu
baixinho.
— Tigresa, isso é tortura, como eu vou duro para
o restaurante?
— Não se preocupa, se você se comportar, eu dou
uma batidinha no meu amiguinho. – eu brinquei apertando
o pau dele de leve.
— Ah, amor, isso, provoca mesmo, porque
quando chegarmos em casa vou te foder tanto que você
não vai conseguir sentar direito amanhã.
— Promete? – brinquei e ao mesmo tempo já
aguardando ansiosamente que fôssemos para casa, para o
Diogo cumprir logo a promessa dele.
Capítulo 16
Saímos da sala do Diogo para irmos até o
restaurante. Eu tinha a estranha sensação de que estava
sendo observada e aquilo estava me incomodando, virei
rápido para ver quem era, mas não havia ninguém. A porta
de uma sala se encontrava aberta e a sala estava escura,
mesmo assim tinha a impressão que alguém estava me
olhando.
— Algum problema, amor? – Diogo me
perguntou, olhando para mim.
— Tive a impressão de estar sendo observada. –
respondi.
— Deve ter sido impressão sua, amor. – ele me
abraçou e fomos encontrar Davi.
Chegamos ao estacionamento, vimos que o Davi
estava andando de um lado e para o outro e nos olhamos
sem entender nada, cheguei mais perto e disse:
— Davi, meu irmão, algum problema? – ele me
olhou pensativo como se não soubesse o que dizer.
— Nada não, Nella, coisas da minha cabeça.
— Tem certeza que não quer conversar?
— Sim, eu tenho. É melhor a gente ir jantar
porque eu estou com fome. – Davi desconversou e
seguimos direto para o restaurante ali perto.
Chegamos lá e o ambiente era acolhedor e muito
bom. Já tinha vindo aqui com o meu irmão, ele sempre
pedia a mesma coisa: batata frita com bife, uma delícia.
— Nella, o de sempre? – Davi me perguntou e
reparei que o Diogo ficou surpreso ao saber que eu vinha
aqui sempre.
— Sim, o de sempre. – respondi e continuei a
olhar para o meu delegado e comentei — Eu sempre
venho aqui com o Davi.
— Ah tá, amor, eu estranhei, mas não imaginava
que o Davi vinha com você? – ele respondeu me olhando
e perguntou para o Davi — Por que você nunca me
convidou para almoçar com você quando trazia a
Antonella, senhor Davi?
— Não tínhamos oportunidade, e outra, você
sempre tinha assuntos para resolver ou mesmo saía em
almoço com a sua mãe. – Davi respondeu.
— Bom, agora podemos vir sempre que
pudermos, amor. – eu comentei com o Diogo.
— Sempre que der, amor. – ele piscou o olho para
mim e pensei: meu safado.
Enquanto esperávamos a comida chegar, fiquei
conversando algumas coisas sobre os livros com eles, o
Davi se mostrou pouco interessado, mas meu delegado
não, ele vivia fazendo perguntas para mim sobre o tal
personagem, ou mesmo a questão do enredo, meu homem
era maravilhoso.
— Nella, quando você vai lançar o seu livro?
— Ainda não sei, Davi, tenho que ver com a
Raquel, ela que está vendo isso.
— Sei. – ele simplesmente falou, isso que era
estranho nesse meu irmão.
A comida chegou e começamos a comer,
conversando e brincando, nem vimos a hora passar, só
percebi porque o Diogo comentou que já estava na hora
de voltar para o plantão.
— Eu vou para casa. – avisei para ele.
— Tá bom amor, te encontro em casa, melhor
dormir um pouco, tigresa. – ele me falou bem baixinho.
— Pode deixar, vou usar uma camisola bem sexy.
– provoquei baixinho, fazendo o Diogo gemer.
— Isso foi golpe baixo, amor. – ele gemeu me
dando um beijo, pegando a minha mão e colocando em
cima do pau dele.
— Ele está bem acordado já. – sussurrei.
— Sempre para você, amor. – Diogo comentou
dando um sorriso daqueles de molhar a calcinha.
— Os dois aí, já chega dessa melação, né? Por
favor. – Davi grunhiu e revirou os olhos para cima como
se pedisse paciência.
— Calma aí, Davi, já vou liberar o Diogo para
você. – pisquei brincando.
— Enquanto os namorados se despedem aí, vou lá
fora fazer uma ligação. – sem esperar a nossa resposta,
Davi saiu e nos deixou sozinhos na mesa.
— Amor, estou louca de vontade de te chupar bem
gostoso. – comentei acariciando com gosto o pau do
Diogo.
No restaurante em que estávamos, as mesas
tinham toalhas grandes e ninguém sabia o que estava
ocorrendo debaixo das toalhas.
— Ah, tigresa, não faz isso comigo não. – Diogo
quase implorou.
Me sentia tão poderosa ao ver o poder que eu
tinha sobre o Diogo, era maravilhoso ver que um simples
toque e ele ficava em ponto de bala, fiquei maravilhada.
— Eu faço. Posso te contar um segredo Diogo? –
eu perguntei baixo puxando o zíper da calça do delegado e
colocando a mão por dentro, fazendo o Diogo gemer alto.
— Shiiii.
— Tigresa, olha onde estamos, seu irmão daqui a
pouco vai voltar e vai ter me tirar daqui de dentro com um
revólver para me afastar de você.
— Nossa, amor, você não gosta do meu toque? –
eu sussurrei.
— Não é isso, delícia, eu só não quero ter que
arrancar você daqui e te levar a um banheiro próximo, e te
foder até que no dia seguinte você ao caminhar sinta tanta
dor que vai se lembrar do que fizemos.
— Você promete, delegado, que vai fazer isso. –
dei uma piscada pra ele.
— Tigresa, você vai ser a minha morte, é isso que
eu digo.
— Uma morte bem gostosa a gente teria, igual
quando você me fez gozar que nem uma louca na sua sala
agora há pouco.
— Agora chega, tigresa, você com a mão no meu
pau acariciando e falando coisas safadas no meu ouvido,
estou quase explodindo de tesão. – Diogo me falou em
tom rouco e sabia que estava provocando ele do jeito que
ele me provocou.
— Sabe, meu livro é mais ou menos assim, de um
delegado que adora foder sua namorada escritora de
romances eróticos.
— Putinha. – ele grunhiu e eu dei uma risada
suave ao ver que ele tinha chegado ao limite dele.
— Sabe como amo você me chamar de putinha,
quer dizer que está quase gozando e fico excitadérrima.
— Ah, minha putinha, você vai me pagar muito
caro, na hora em que eu te pegar, vou te foder tanto, mas
tanto.
— Você sabe que vou amar isso, meu delegado. –
respondi risonha e tirei minha mão do pau dele, fazendo
novamente ele gemer. Ajeitei o seu pau dentro da calça e
fechei o zíper, mas era impossível não reparar o volume.
— Vamos embora antes que eu faça alguma
loucura e acabaremos presos por atentado ao pudor. –
Diogo respondeu e chamou o garçom que nos trouxe a
conta. Diogo pagou e quando estávamos saindo, eu
respondi ao comentário dele.
— Seria ótimo, já pensou, poderíamos transar
dentro de uma cela. – eu pisquei e fui de encontro ao Davi
deixando o delegado de boca aberta.
— O que o Diogo tem para estar espantado? –
Davi me perguntou curioso.
— Realmente você quer saber?
— Ah, Nella, por favor? Eu não quero saber de
nada não.
— Então por que pergunta se sabe que não vai
querer ouvir a resposta. – brinquei com ele.
Voltamos para a delegacia e Davi se despediu
antes de entrar.
— Bom, Nella, vou entrar, a gente se fala mais
tarde no zap. – Davi comentou e me deu um beijo. Diogo
me levou até o estacionamento, mas antes que eu pudesse
entrar no carro, ele me empurrou contra o carro
pressionando meu corpo com o seu.
— Ah, minha gostosa, você ama me provocar né?
– Diogo rosnou no meu ouvido e chupou o lóbulo da
minha orelha me deixando anestesiada.
— Amo deixar você duro por mim. – provoquei.
— Ah, meu amor, para isso você não precisa me
dizer ou fazer nada, só de sentir o perfume que vem de
você quando está excitada já me deixa duro. Quando estou
sozinho na minha sala, me imagino te fodendo em cima da
minha mesa ou então, melhor ainda, te fodendo de costas,
você deitada com a barriga para baixo e eu abrindo essas
belas pernas e te comendo até dizer chega.
Santo Deus, será que só eu estava com calor?
Sentia minha pele pegando fogo, querendo fazer todas as
coisas loucas que ele ali estava me propondo.
— Está gostando né, gostosa? Pensa em como
seria gostoso eu fazer as loucuras com você em cima da
mesa, na cadeira, no chão, contra a parede ou mesmo na
porta, quero fazer vários tipos de posições que ainda não
fizemos. – ele mordeu a ponta da minha orelha e
completou com a voz rouca — E pode ter certeza que nós
faremos.
— Humm. – eu fiquei ali de boca aberta, meu
delegado estava bem safado e a culpa era minha por tê-lo
deixado tão excitado, merecia aquilo.
Diogo olhou para os lados e afastou as minhas
pernas, depois foi subindo com uma das mãos pelas
minhas coxas e foi até a minha boceta, que já estava
encharcada de tanto prazer. Estava com tanto tesão que
aquilo iria acabar comigo.
— A minha putinha está toda excitada querendo
meu pau. – ele disse acariciando por cima da minha
calcinha encharcada, sentia que mais um pouco e eu
acabaria ali gozando em frente à delegacia.
— Você sabe que fico louca de tesão. – gemi ao
sentir o dedo do Diogo raspando na minha boceta e, sem
que eu esperasse, ele enfiou um dedo dentro de mim me
fazendo gritar com a invasão.
Capítulo 17
— Shiii. – ele tampou a minha boca com a outra
mão e continuou a me torturar — Minha tigresa, você não
quer que ninguém venha aqui e veja o que está
acontecendo, não é? – ele me perguntou e fiz sinal que não
com a cabeça. Porque nessa altura do campeonato não
sabia mais nem quem eu era.
Ele continuou trabalhando dentro de mim com
vigor, fazendo-me gemer novamente, coloquei minha boca
na dele para conter meus impulsos e o beijei
apaixonadamente cravando as unhas nos seus ombros.
Diogo tirava um dedo de mim e entrava de novo
com dois, eu sabia que não aguentaria mais tempo. O
movimento de vai e vem que ele estava fazendo quase me
fez chegar a um orgasmo, e quando ele tirou os dedos
dentro de mim e chupou, eu fiquei ali de boca aberta
vendo que ele não iria me deixar gozar.
— Diogo, por favor? – implorei passando as
minhas mãos em seu peito e esfreguei meu corpo no seu,
sentindo que seu pau estava como uma rocha de prazer.
— Tigresa, agora você está sentindo como é bom
provocar um homem e não dar a ele o que ele quer. Você
ama me provocar do mesmo modo que amo provocar
você, somos provocadores um do outro.
— Diogo, você está se vingando de mim? – agora
sim eu estava puta da vida, excitada pra caralho, e ele ali
rindo de mim, me fazendo provar do meu próprio veneno.
— Um pouco, amor. Agora vai pra casa e fica me
esperando, e toma um banho, ou melhor, me espera assim
desse jeito, toda melada, que quando chegar em casa vou
fazer você gritar de prazer.
— Diogo, você me paga. Ah, se me paga. – eu
jurei ameaçando — Vou fazer você se arrepender de ter
me provocado.
— Que isso meu amor, nós dois sabemos que
você ama dormir excitada, e que enquanto está dormindo,
eu me aproveito de você te comendo com a minha boca na
sua boceta, e ela me implorando para ser preenchida com
meu pau.
— Ah, delegado, provoca mesmo, me excita
mesmo. Vou acabar com você e depois que eu terminar eu
não vou dar minha bocetinha para você comer não?
— Ah, não? Tigresa, você não consegue ficar sem
sexo e muito menos eu. –ele me falou, e eu tive que
concordar com ele.
— Isso é verdade, mas não se preocupa, eu tenho
um novo companheiro de cabeceira me esperando. – o
provoquei.
— Posso saber quem é o filho da puta que você
está querendo levar para nossa cama? – ele me perguntou
puto e ficando louco.
— Eu ainda não te apresentei? – fiz questão de
continuar provocando, para que ele não me provocasse
mais.
— Você vai me apresentar pessoalmente, e vou
matar ele por chegar perto do que é meu. Você é minha,
sua boceta, seus seios, seu cuzinho e todo seu corpo é meu
e de mais ninguém?
Aquilo sim me dava um prazer imenso. Ver como
o Diogo era possessivo comigo me deixou louca de
vontade de ser fodida por ele.
— Sabe, ele se chama delegado Júnior. –
comentei querendo dar risada da cara de espanto dele.
— Como é que é? – ele disse em tom baixo e
furioso, no mínimo imaginando quem era esse delegado
Júnior.
— Calma aí, delegado furioso, eu me apaixonei
por ele hoje de manhã e foi amor à primeira vista. –
respondi e fiquei ainda mais chocada ao ver que ele
estava a ponto de explodir.
— Tigresa, como disse agora há pouco, seu corpo
é meu, tudo em você é meu. Nenhum homem vai tocar e
muito menos chegar perto do que é meu. – ele rosnou.
Eita, era melhor eu esclarecer, se bem que eu
amei a forma como o Diogo ficou todo enciumado e
possessivo.
— Você não precisa se preocupar, meu delegado
gostoso? – o acalmei.
— Ah, não, você está querendo me apresentar um
homem que conheceu e acha que vamos fazer ménage?
Não senhora, eu não divido o que é meu com outro homem
e se fosse outra mulher que eu conhecesse e ela me
tocasse do mesmo modo que você faz?
Diogo fez virar o feitiço contra o feiticeiro,
mataria qualquer mulher que chegasse perto dele.
— Diogo, eu mato qualquer cadela que chegar
perto do que é meu. – eu respondi tentando me acalmar.
— Está vendo, amor, você é tão possessiva
quanto eu. – ele me falou, e era verdade, eu me
transformava numa fera.
— Sim, concordo com tudo, mas tem um porém,
ele não é um homem de carne e osso. – comentei com ele
o deixando surpreso.
— Ah, não?
— Não, Diogo, estava te provocando. Saí hoje
com a Raquel e fomos a umas lojas de Sex Shop. – falei
baixinho para ninguém me ouvir.
— Porra amor, não me provoca assim desse jeito,
agora como vou trabalhar com essa pequena informação?
— Simples, amor, pensa que quando chegar em
casa, ele vai estar te esperando. – dei uma pequena risada.
— O que você comprou assim tão maravilhoso? –
ele me perguntou curioso.
Me aproximei mais e o puxei para perto de mim
encostando nossos corpos, nós dois gememos ao ver que o
pau dele estava prontinho para me foder, seria só abrir o
zíper da calça e colocar o seu pau dentro de mim.
— Minha putinha, estou louco para te foder agora
mesmo, sei que é isso que está passando pela sua mente,
mas não podemos e você sabe disso.
— Sim, eu sei, mas não custa nada sonhar né?
— Claro que não, amor. Não custa nada. – ele me
deu um beijo rápido — E aí, me responde, o que comprou
na loja?
— Comprei um vibrador e umas coisinhas a mais.
– comentei bem baixinho e as mãos do delegado me
apertaram mais ainda, me fazendo tremer.
— Puta merda, tigresa, você não comprou isso
não né? – Diogo me perguntou rouco.
— Comprei sim, não gostou da ideia? – perguntei
curiosa.
— Ah, tigresa, amei tanto que se você não entrar
nesse maldito carro agora, vou esquecer que estamos ao
lado de uma delegacia e te foder agora mesmo. – Diogo
rosnou.
Ele se afasta para que eu pudesse abrir a porta do
carro e quando sentei no banco, ele afastou novamente as
minhas pernas e deu um rasgo na minha calcinha, me
pegando de surpresa. Fiquei observando enquanto ele
colocava a minha calcinha no seu rosto, cheirava e até
lambia. Deveria achar nojento, mas tudo que ele fazia só
me deixava mais excitada.
— Putinha, vai para casa e me espera. – ele falou
rouco de tesão.
— Diogo, e a minha calcinha? – perguntei
curiosa.
— Não se preocupa, vou levá-la comigo, porque
tenho que me distrair com alguma coisa e quero que seja
algo seu, e que por sinal o cheiro está delicioso. – Diogo
comentou e me deixou um pouco surpresa.
— Caramba, amor, estou surpresa. – respondi
ainda sem palavras.
— Eu sei que está, agora seja uma boa garota e
vai para casa, sim? – ele me pediu e deu um belo beijo,
daquele que molha a calcinha. Só tinha um porém, não
estava usando nenhuma.
— Vou ficar te esperando, delegado. – comentei,
mas a minha voz saiu rouca.
— É bom mesmo, tigresa. Até daqui a pouco,
amor. – Diogo fechou a porta, mas antes de eu ligar o
carro, ele bateu na janela e me falou — Tigresa, quando
chegar em casa você me liga para eu saber se chegou bem.
— Sim, pode deixar, delegado. – pisquei o olho
para ele e mandei um beijo.
Liguei o carro e fui embora, olhei no retrovisor e
vi que o delegado ainda estava ali plantado no
estacionamento, no mínimo me vendo ir embora. Assim
que cheguei em casa, deixei a minha bolsa na mesa e fiz
um lanche. Tomei uma coca-cola e segui para o meu
quarto, lá me troquei e coloquei uma camisola bem
sensual também, agora vermelha, de renda. Sabia que o
Diogo iria amar. Me deitei na cama, pegando meu telefone
e liguei para ele.
— Delegado Nogueira. – nossa, ele respondendo
em tom profissional me deixou doida de tesão.
— Diogo, algum problema? – ao ver que ele não
tinha reconhecido meu número, reparei que tinha ligado
para o escritório dele e não para o celular.
— Não, tigresa, estava com o pensamento longe. –
respondeu rouco.
— Então esse tom de voz rouco quer dizer que
estava sonhando com qual das nossas fantasias? –
perguntei excitada.
— Daquela vez que te acordei, gostosa.
— Amei aquela noite, amo todas as vezes que
fazemos amor.
— Eu também, tigresa. Você chegou bem em casa?
— Sim, eu cheguei bem, querendo você do meu
lado.
— Daqui a algumas horas vamos estar juntos. –
Diogo prometeu, e olhei para o celular vendo as horas. A
noite seria bem longa.
— É melhor mesmo, delegado.
— Sim, vou estar te fodendo nessa cama.
— Promessas, promessas. – provoquei.
— Vou cumprir, minha tigresa.
— Então, Diogo, mudando de assunto, você
percebeu como o Davi está meio estranho?
— Sim, eu ia comentar com você, mas como ele
foi junto com a gente no restaurante.
— Falando nisso, quem sabe da próxima vez
vamos ver se achamos com cabine?
— Cabine, como assim? – perguntou confuso.
— Sim, estava fazendo uma pesquisa para o meu
próximo livro.
— Tá, amor, mas como eu me encaixo nisso? –
percebi que ele ainda estava confuso.
— É simples, no meu livro vai ter uma cena
erótica quase daquele jeito que a gente fez no restaurante
agora há pouco.
— Nella, amore, melhor nem lembrarmos aquela
cena, que fico todo duro novamente.
— Estou toda excitada, delegado, com aquela
demonstração que fizemos aí do lado de fora da
delegacia.
— Maldade, amor. – ele respondeu frustrado.
— Bom, vamos voltar a falar do meu irmão,
Diogo.
— Amor, eu sei que ele anda meio estranho. Você
sabia que ele está a fim da Raquel?
— Da Raquel, tem certeza? – Perguntei surpresa.
Sabia que a Raquel era a fim dele, mas não sabia que meu
irmão estava a fim da minha amiga.
— Sim, ele está muito a fim dela, eu reparei
aquele dia que nos encontramos que os dois mal estavam
se olhando.
— É verdade mesmo, Diogo. – comentei
pensando nas vezes em que eles dois ficaram perto um do
outro e a Raquel se afastava dele, eu sabia bem o motivo
dela para ter esse tipo de reação.
— Então, ele me confessou alguns dias atrás que
não sabe como proceder.
— Eu também não sei, Diogo. – suspirei. Queria
que minha amiga encontrasse um verdadeiro amor, e se ele
for meu irmão, vou amar tê-la como cunhada.
— Bom, sei que estão mexidos, vamos ver no que
vai dar. – respondeu.
— Vamos sim, é melhor te deixar trabalhar, amor.
A gente se vê daqui a pouco.
— Não quero trabalhar, mas é melhor, você me
distrai muito. – ele confessou.
— Você também, me distrai muito meu delegado,
um beijo bem gostoso.
— Pode deixar que eu vou cobrar com certeza
esse beijo, sua gostosa.
Nos despedimos e tive uma nova ideia para o
livro. Levantei da cama e fui buscar o notebook e comecei
a escrever antes que eu esquecesse.
Capítulo 18
Fazia mais ou menos dois dias que eu não via
minha tigresa, estava louco para ficar com ela, foder ela.
Meu pau estava tão dolorido de tesão, que achava que
estava com o pior caso de bolas azuis. Queria largar tudo
e ir até a sua casa rasgar a maldita camisola, que não
sabia a cor, que ela estava usando para me deixar bem
duro. Só de lembrar como já tinha fodido ela deitada de
lado e sem ela perceber.
Abri as pernas dela e a toquei sentindo seu prazer
molhando meus dedos, me deu uma louca vontade de
chupar aquela bocetinha carnuda que ela tinha.
Mas não fiz, ela estava dormindo, porém seu
corpo estava consciente que o dono dele estava ali para
pegar o que era dele de fato. Puxei-a para os meus braços
e ela veio de bom grado e deu um suspiro de felicidade,
acho que mesmo dormindo ela sabia que eu estava ali, ou
então estava sonhando comigo.
Coloquei uma de suas pernas em cima do meu
quadril e enfiei um dedo dentro dela, que se contorceu
toda, mas continuou a dormir. Pensei que estava até
acordada, mas não, ela estava dormindo profundamente.
Estoquei mais um dedo dentro dela, que começou a
ondular como se estivesse tendo um sonho erótico comigo.
Com a outra mão eu passava nos seus seios apertando
levemente seus mamilos até deixar ele duro. A minha
tigresa começou a gemer.
Sem aguentar, tirava e entrava com dois dedos
dentro dela, até que ela começou a se mexer no ritmo dos
meus dedos, não sei como ela não acordava, e eu todo
aceso que estava. Tirei meus dedos de dentro dela, ouvi
um gemido de frustração e enfiei três dedos, sentido os
espasmos da bocetinha dela, que estava chupando eles
mais para dentro. Porra, não ia aguentar isso, peguei meu
pau e introduzi bem devagar, ouvindo mais gemidos, agora
de alegria. Ela achava que estava sonhando, isso me
deixava doido.
Comecei a estocar devagar e fui aumentando a
velocidade dos movimentos, sabia que iria deixar ela
marcada, mas não estava nem aí. Com uma das mãos na
perna dela para dar um impulso, e com a outra tocava no
clitóris. Sabia que, naquele momento sim, minha tigresa
estava acordada.
— Ah, Diogo, que delícia, mete assim. – ela
gemeu.
— Está gostando né, putinha, seu homem te
comendo desse jeito.
— Sim, por favor, me coma. – ela pediu me
deixando doido, tirava meu pau dela e voltava com força
total a deixando languida.
— Vou te comer, minha putinha gostosa. – eu
falava no seu ouvido, deixando ela mais acesa.
Metia com tudo, sabia que deveria estar
machucando ela, mas os gemidos que dava e o palavreado
dela quase me fizeram gozar. Saí de dentro dela, fazendo
Nella choramingar, a virei de quatro, levantei a bunda
dela e coloquei para dentro meu pau e voltei a meter com
força na minha tigresa, que gemeu com a súbita mudança.
— Delícia, mete com mais força. – ela pediu
gemendo.
— Está gostando né, putinha? Aqui vai. – saí de
dentro dela e meti com mais vigor, a fazendo levantar o
corpo para se ajustar a mim.
— Sim, estou amando ter seu pau dentro de mim.
– ela me falou.
Observei a mão dela passando por debaixo dela e
senti os seus dedos tocarem no meu pau e logo a ouvi
gemer mais e mais enquanto se tocava. Aquilo foi me
deixando fora de controle, o sexo entre nós era
espetacular. Senti a boceta dela apertando meu pau e
percebi que a minha tigresa já estava para gozar e disse:
— Goza para mim, minha tigresa.
Com isso ouvi o grito dela, logo depois eu estava
socando até não aguentar mais e dei um grito quando eu
cheguei no meu orgasmo.
Minha lembrança desse dia maravilhoso foi
apagada quando eu ouvi a voz da minha mulher.
— Diogo, algum problema?
— Não, tigresa, estava com o pensamento longe. –
respondi rouco.
— Então esse tom de voz rouco quer dizer que
estava sonhando com qual das nossas fantasias. – ela me
perguntou e senti pelo tom que já estava excitada.
— Daquela vez que te acordei, gostosa.
— Amei aquela noite, amo todas as vezes que
fazemos amor.
— Eu também, tigresa. Você chegou bem em casa?
— Sim, eu cheguei bem, querendo você do meu
lado.
— Daqui a algumas horas vamos estar juntos. – eu
falei olhando para o meu relógio de pulso.
— É melhor mesmo, delegado.
— Sim, vou estar te fodendo nessa cama.
— Promessas, promessas. – ela provocou.
— Vou cumprir, minha tigresa.
— Então, Diogo, mudando de assunto, você
percebeu como o Davi está meio estranho?
— Sim, eu ia comentar com você, mas como ele
foi junto com a gente no restaurante.
— Falando nisso, quem sabe da próxima vez
vamos ver se achamos com cabine?
— Cabine, como assim? – perguntei confuso.
— Sim, estava fazendo uma pesquisa para o meu
próximo livro.
— Tá, amor, mas como eu me encaixo nisso? –
perguntei ainda não entendendo aonde ela queria chegar.
— É simples, no meu livro vai ter uma cena
erótica quase daquele jeito que a gente fez no restaurante
agora há pouco.
Ai meu Deus, gemi só com o pensamento que a
minha tigresa estava lembrando.
— Nella, amore, melhor nem lembrarmos aquela
cena, que fico todo duro novamente.
— Estou toda excitada, delegado, com aquela
demonstração que fizemos aí do lado de fora da
delegacia.
— Maldade, amor. – eu repondi frustrado.
— Bom, vamos voltar a falar do meu irmão,
Diogo.
— Amor, eu sei que ele anda meio estranho. Você
sabia que ele está a fim da Raquel?
— Da Raquel, tem certeza? – ela perguntou
surpresa.
— Sim, ele está muito a fim dela, eu reparei
aquele dia que nos encontramos que os dois mal estavam
se olhando.
— É verdade mesmo, Diogo? – ela me perguntou.
— Então, ele me confessou alguns dias atrás que
não sabe como proceder.
— Eu também não sei, Diogo. – ela suspirou.
— Bom, sei que estão mexidos, vamos ver no que
vai dar. – respondi.
— Vamos sim, é melhor te deixar trabalhar, amor.
A gente se vê daqui a pouco.
— Não quero, mas é melhor, você me distrai
muito. – confessei com um sorriso bobo.
— Você também, meu delegado, um beijo bem
gostoso.
— Pode deixar que eu vou cobrar com certeza
esse beijo, sua gostosa.
Nos despedimos e eu fiquei olhando para o meu
telefone com vontade de sair e largar tudo, ir direto para a
minha casa. Mas não podia largar o meu trabalho, afinal
eu era o delegado.
As horas foram passando lentamente e não via a
hora de ir para a minha casa e, quando estava para sair,
Roberto veio me cumprimentando.
— Ora, ora, se não é meu amigo, o delegado? –
me questionou num tom de ironia.
— Como vai, Roberto, de plantão hoje pela
manhã?
— Sim, me transferiram para a manhã não sei por
quê?
Claro que eu não diria que os superiores estavam
de olho nele, me pediram, é claro que em sigilo, para pôr
ele no turno da manhã, porque assim seria mais fácil ficar
de olho nele e assim atrapalhar os seus planos com a
máfia.
— Também não sei, Roberto, estou tão surpreso
quanto você?
— Bom, Diogo, bom sono para você.
— Obrigado, Roberto, vou dormir bem hoje. –
respondi, pensando na minha tigresa me esperando.
— Posso te fazer uma pergunta, Diogo?
— Claro que sim, do que se trata?
— Eu vi aquela moça com você, é a irmã do
Davi?
— Sim, é ela. – respondi a contragosto, não
querendo comentar sobre a minha vida com a minha
mulher.
— Nossa, o Davi já sabe? – ele me perguntou e
pensei em como o Davi costumava ser muito ciumento
com a tigresa.
— Fazer o quê? Ele teve que aceitar. – com isso
me despedi dele e fui embora.
Eu lembrei que precisava de roupas e antes de ir
para a casa da minha tigresa, passei na minha casa
rapidamente, só para pegar algumas roupas. Fui tão rápido
que em menos de 20 minutos já estava na porta da sua
casa. Entrei e fui direto para o quarto, e a encontro
dormindo com aquela maldita camisola, gemi. Essa
mulher gostava mesmo de me torturar. Tirei a minha roupa
e fiquei só de cueca, deitei do lado dela e a abracei.
Queria muito acordá-la, mas estava tão cansado que só de
sentir o cheiro dela contra mim, foi como um bálsamo e
acabei adormecendo nos braços daquela tigresa.

Horas mais tarde...

Estava tendo um sonho erótico onde a tigresa me


chupava com uma vontade doida, logo estava me mexendo
querendo sentir aqueles dentes raspando no meu pau,
aquela maldita língua me chupando como pirulito.
Acordei com uma dor que parecia que iria explodir, foi
quando eu vi que a Antonella estava ajoelhada em cima da
cama com seus cabelos magníficos soltos em cima de mim
e fazendo maravilhas no meu pau.
— Puta merda, amor, que gostoso.
— Está gostando né, delegado gostosão? – ela me
provocou quando tirou a boca do meu pau.
— Sim, amo essa boca, esses seios, essa boceta
ao redor dele querendo estrangular. Ah, isso, com força,
estou quase lá.
A Antonella chupava, lambia e acariciava as
minhas bolas. Tão gostoso que eu quase não conseguia me
controlar, e quando eu já estava quase gozando, a filha da
mãe tirou a boca do meu pau sorrindo de um jeito
malicioso.
— Ah, não, amor, vai até o final. – eu pedi já
rouco de tesão.
— Não se preocupa não, amor. – ela falou vindo
até mim, colocando seus seios para fora, se tocando e
massageando eles com força, quase gozei vendo aquela
cena.
— Vem aqui amor, senta no meu pau e me cavalga
como uma amazona, me dá seus seios maravilhosos e me
deixa chupar bem gostoso enquanto você me fode.
Não precisou pedir duas vezes, a tigresa montou
em cima de mim e como estávamos excitados, gememos
bem alto ao sentir o contato de nossas peles se tocando.
Ela começou a cavalgar bem devagar e foi aumentando o
ritmo, seus seios pulando com o movimento, e eu
aproveitei e segurei com força e comecei a chupar, com
uma das mãos no seio e a outra na cintura dela, dando
força para ela terminar. Quando chegamos ao orgasmo, a
Antonella caiu deitada em cima de mim e não sei como,
acabamos dormindo novamente, só que agora com ela
deitada em cima do meu peito.
Capítulo 19
Bônus Davi

Nunca me imaginei apaixonado por uma mulher


do jeito como estou pela amiga da minha irmã. Não sei o
que acontece, ela me enlouquece com aquele olhar
dizendo: me foda. E eu aqui em casa, tentando me conter e
não ir lá dar uma sacudida nela, por ser tão teimosa.
Desde a primeira vez que minha irmã nos apresentou, eu
fiquei louco, maluco por ela. Sabia que era errado, ela e a
Nella eram melhoras amigas, e eu aqui, me comportando
como um adolescente que vê a primeira menina e fica se
masturbando.
Já não sei quantas vezes eu bati uma só pensando
naquela boca, ou mesmo, querendo ver como deveria ser
aquela bocetinha querendo estrangular meu pau. Só de ter
esses tipos de pensamentos, já estava duro novamente.
Sempre ficava desse jeito só de ouvir a voz dela, ver o
corpo, que por sinal me deixava em ponto de bala sempre.
Resolvi tomar um banho e decidi curtir a minha
folga para ir numa casa de BDSM chamada: Os Desejos
Proibidos. Tomei um bom banho imaginando se a Raquel
era do tipo submissa. Ah, como gostaria de saber seus
segredos mais ocultos. Terminei de tomar um banho e me
troquei, peguei a carteira e as chaves e fui direto para
casa.
Nessa casa só entrava com convite de sócio, aqui
vinham muitas pessoas, a maioria entrava por uma
garagem e saía já dentro do clube, era só passar o cartão
de identificação e entravam. Passei o meu cartão e entrei,
lá dentro era uma casa antiga, quase uma mansão, onde
tinha vários quartos. Estava olhando qual eu queria,
quando eu vi uma cabeleira conhecida. Não acredito que
a Raquel gostava de vir nesses lugares, pensei. Fiquei
puto ao ver que tinha um cara perto dela. Sem saber como
agir, na realidade sabia sim, fui atrás dela e a puxei pelo
braço com força, quando olhei para ela, vi que ela estava
linda, com uma roupa de dominadora e, ao ver que era eu,
ela entrou em choque e ficou toda ruborizada, com
vergonha.
— O que você está fazendo aqui, Raquel? –
questionei encantado de vê-la vestida desse jeito, e meu
pau levantou em saudação para a dona dele.
— Eu que te pergunto. O que você está fazendo
aqui, Davi? – ela perguntou constrangida, e o cara, que
estava lá nos olhando confuso, perguntou para ela:
— Raquel, te espero lá dentro conforme
combinamos? – antes que ela possa responder, eu
respondi completamente estou louco. Quem aquele filho
da puta pensava que era para chamar minha mulher pelo
nome.
— Não, ela não vai. – respondi em tom seco.
Ela me olhou surpresa e ao mesmo tempo, sua
expressão mudou me deixando louco.
— Pode me esperar lá. – ela falou para o cara.
Ele seguiu para um corredor e Raquel me olhou querendo
me comer vivo ali.
— Quem você pensa que é para falar desse jeito
comigo? – ela explodiu.
Puxei-a para um dos corredores desertos e a
joguei contra a parede, imprensando o corpo dela com o
meu, nos fazendo gemer com esse contato. Ela soltou a
respiração entreabrindo os lábios bem perto de mim, me
deixando maluco.
— Você é minha Raquel. – respondi passando
meus lábios pelo seu pescoço, sentindo sua pulsação
acelerando, e ela ficou ofegante. Senti suas mãos em meus
cabelos puxando com força, me deixando excitado pra
caralho.
— Não sou, e não tenho dono. – ela gemeu quando
chupei seu pescoço, com certeza deixando uma bela marca
nele.
— Eu sou seu dono, minha feiticeira. – avisei
puxando uma das pernas dela sobre a minha cintura, a
fazendo sentir como meu pau estava duro por causa dela.
— Davi, me solta. – ela pediu baixinho e gemeu
quando pressionei meu corpo me esfregando nela.
— Está gostando né, feiticeira? Vou fazer você
gozar muito com meu pau, minha língua e meus dedos. –
gemi ao ver que ela se mexeu.
— Davi, não podemos. – ela arfou me puxando
mais ainda.
— Sim, devemos, gostosa. Estou louco para te
comer assim desse jeito. – provoquei.
— Me solta, Davi. – ela me pediu, mas as suas
mãos ainda me seguravam.
— Não, gostosa, nem pensar. – eu falei e a levei
direto para um quarto vago, abri a porta e entrei com a
Raquel.
— Sai daqui, Davi. Me deixa em paz. – ela pediu
mais uma vez.
Olhei pelo quarto sem responder nada. Vi uma
cadeira no canto e sentei com ela no meu colo, fazendo as
pernas dela ficarem abertas. Sabia que ela estava se
entregando, esse desejo que estávamos sentindo um pelo
outro era forte demais para ficarmos só nos amassos. Abri
rápido o zíper da sua calça e enfiei a minha mão, afastei
sua calcinha e toquei o seu clitóris, e ela gemeu mais
ainda.
— Está gostando né, minha putinha gostosa? –
enfiei um dedo na sua bocetinha, fazendo ela se contorcer.
— Sim, continua Davi, está tão gostoso. – ela me
pediu gemendo baixo.
Coloquei mais dois dedos dentro dela, essa
mulher era muito gostosa, soquei mais ainda até sentir a
boceta chupar meus dedos mais para dentro.
— Porra, Raquel, essa sua bocetinha está
engolindo meus dedos. Nossa, caralho. Isso, chupa e
engole meus dedos como se fosse meu pau que estivesse
dentro de você, feiticeira. – rosnei com desejo.
— Mais forte Davi, mais forte. – ela me implorou
e eu fui com tudo. Tinha medo até de machucá-la com a
fome que estava me dando.
— Tudo que você quiser, minha feiticeira. –
acelerei o ritmo com tudo e seus olhos fixaram nos meus,
seus olhos escureceram e ela estava perto, dava para
sentir e pedi — Goza agora, minha feiticeira.
Com esse pedido, ela gozou lindamente. Continuei
socando com os dedos dentro dela até ver que ela tinha
parado completamente de gozar. Seu corpo se acalmou e
ela me olhou. Seu olhar ainda era de desejo, mas ao
mesmo tempo de medo. Ao ver como se encontrava, ela
tirou meus dedos de dentro dela.
— Não pode acontecer nada entre a gente, Davi. –
ela falou e vi que seus olhos estavam cheios de água.
— Raquel, me desculpa, não queria te machucar?
– me desculpei vendo que ela estava chorando.
— Não, Davi, você não me machucou, só não
podemos voltar repetir o que aconteceu. – ela me falou
triste.
— Por que não, Raquel? Para com isso, eu gosto
de você, estou completamente de quatro por você. – eu
confessei.
Ela saiu de cima de mim e ficou de pé arrumando
a calça indo em direção à porta, mas antes de sair ela me
falou com a voz baixa sem olhar para mim.
— Melhor a gente esquecer o que aconteceu e
ficarmos como amigos que somos.
Com isso, ela saiu sem ao menos me dar chance
de responder, e quando fui atrás dela, pensei que ela
estivesse voltando para o quarto do cara, mas a observei
indo embora para fora do local.
Saí também indo fui direto para o carro e segui de
volta para casa. Chegando lá fui para o meu quarto, onde
deitei na minha cama e pensei em tudo o que aconteceu
entre mim e a Raquel, e uma das coisas que percebi foi
que ela queria ficar comigo. Mas alguma coisa que vi nela
me deixou pensativo, ela tinha algum segredo e eu iria
descobrir.
Capítulo 20
Bônus Raquel

Cresci numa comunidade, onde tinha ladrão e


traficante de drogas por tudo que era lado, nunca pensei
que chegaria onde estou. Graças a minha mãe, ela sempre
foi minha rainha, minha guerreira, sempre me incentivando
a aproveitar todas as oportunidades e nunca me conformar
com o meio em que vivíamos. Como não tínhamos
dinheiro para pagar os cursos de inglês e outras coisas,
aproveitei todos os programas que tínhamos na
comunidade e fiz todos os cursos que eram oferecidos.
Consegui um emprego quando fiz dezesseis anos,
trabalhava muito duro, mas nunca parei de estudar. Me
formei em letras e aos poucos fui entrando para o mundo
dos livros. Minha casa tinha um monte de livros que eram
doados em bibliotecas. Sempre lia, estudava, e quando
surgiu uma oportunidade, comecei a trabalhar numa
editora como revisora, e lá conheci a Nella. Nós não nos
demos bem logo de cara, mas com o tempo acabamos
ficando melhores amigas e, juntas, conseguimos comprar
as partes da editora e ficamos sócias. Até que em uma
noite, quando estava voltando para casa, eu fui violentada.
Sempre tive medo de chegar perto de homens e fiz
anos de terapia, até que um dia eu estava lendo sobre
BDSM num site e fui a um clube para conhecer. É claro
que quando conheci foi bem assustador. Tinha mágoa,
raiva e usava o chicote para descontar nos homens o que
fizeram em mim. Sabia que eles gostavam de sentir dor,
usei isso a meu favor. Toda vez que um cara implorava
para bater nele, eu fazia com todo sangue, mas depois,
quando ia embora para a minha casa, e ficava sozinha, eu
chorava.
Fiz defesa pessoal, aprendi a me defender e nunca
mais deixei um homem chegar tão perto de mim a ponto de
me machucar. E então eu conheci o Davi. Ele era um
homem perfeito, meu príncipe encantado. Ele conseguiu
me fazer baixar a guarda, e eu fiquei completamente
apaixonada por ele, mas sabia que nunca seria possível.
Sempre ouvia que a culpa era minha, afinal eu
pedi para ser violentada. Me deixava mal ouvir isso, tive
que sair da comunidade com a minha mãe e aluguei uma
casa na cidade. Ficamos tristes, mas cada vez que alguma
mulher lá me olhava com recriminação, ficava arrasada.
Sofri muito com o preconceito.
A casa em que fomos morar era linda e
aconchegante, mas não era a mesma coisa. Aos poucos o
tempo foi passando e chegamos a nos acostumar com a
casa e com o novo bairro, nunca mais aparecemos na
comunidade.
Cheguei em casa ainda muito abalada por tudo o
que tinha acontecido no clube de BDSM. Davi apareceu
com aquele jeito possessivo e me deixou completamente
sem reação, tive que me entregar. Fui fraca.
Tudo que eu queria era ouvir a voz de uma amiga,
mas olhei para o relógio e vi que era de madrugada ainda
e eu não tinha conseguido dormir. Peguei o celular e,
quando vi que Nella estava online, liguei para ela.
— Oi amiga, como está?
— Estou bem, Nella. Fazendo o que acordada
essa hora?
— Estava sem sono, Diogo está dormindo e fiquei
escrevendo um novo romance.
— Que bom amiga, sobre o que desta vez? –
perguntei curiosa.
— Ah, estou escrevendo sobre uma garota que se
apaixona pelo irmão da amiga dela.
Senti isso como se Antonella estivesse jogando
verde para colher maduro, mas não tinha certeza se ela
sabia ou desconfiava de alguma coisa sobre mim. Que eu
era apaixonada por aquele gostosão do irmão dela, com
certeza eu era. Uma vez eu o vi sem camisa e fiquei louca,
tive um tesão enorme, que quando cheguei em casa, tive
que me tocar para ver se gozava. E só de me lembrar
daquele corpo com barriga de tanquinho gozei que nem
uma louca.
— Raquel, amiga, acordaaaa. – ela gritou e eu
levei um tremendo de um susto.
— Quer me matar do coração, mulher? – gemi
com o coração acelerado e percebi que meus pensamentos
me levaram para longe novamente.
— Você não escutou o que eu estava te dizendo. –
ela acusou.
Era verdade, não podia ficar pensando no irmão
da minha melhor amiga.
Nella sabia o que tinha acontecido comigo, contei
para ela o que me ocorreu na comunidade. Me senti na
obrigação de contar quando ela dormiu na minha casa e
presenciou um pesadelo daqueles horríveis que eu tinha.
Minha mãe que sempre vinha em meu socorro, me
abraçava quando eu chorava, mas ela não podia, ela
estava viajando com algumas amigas que ela tinha feito na
igreja. Eu estava sozinha e com a Nella, que me amparou
e ajudou do jeito que eu precisava. Quando ela me
abraçou, não vi recriminação, nada. Só vi amor,
compreensão e, pela primeira vez, consegui contar para
alguém o que tinha acontecido. E por isso sempre
agradeceria a Nella, por ser o que era, uma amiga irmã.
— Desculpa, estava com o pensamento longe,
amiga.
— Está desculpada. E você, por que está
acordada ainda?
— Ai menina, sei lá, não consigo pregar o olho. –
eu lamentei.
— Então que tal a gente almoçar juntas amanhã, é
claro, se der. – ela me pediu com carinho.
— Claro que sim, amiga, vamos, só me dizer a
hora e o local que a gente vai lá.
— Então tá, faz um chá para ver se consegue
dormir.
— Vou sim amiga, e você também aproveita para
dormir, os livros não vão fugir. – brinquei.
— Claro que não vão fugir, é verdade, vou dormir
um pouco, beijos. – a gente se despediu e fiquei ali
deitada sem saber o que fazer da minha vida.
Saí da minha cama e fui direto para a sala,
coloquei um filme para assistir e acabei dormindo no
sofá. No meio da noite, me peguei tendo um pesadelo, no
qual o Davi descobria que eu tinha sido violentada e me
desprezava, e quando acordei chorando vi que já tinha
amanhecido. Sequei meus olhos e tentei não pensar no
sonho. Sabia que, como policial, o Davi não me criticaria,
mas não queria que ele soubesse o que me aconteceu,
nunca.
Fui tomar um banho quente para tirar a tensão do
corpo e logo em seguida me troquei e fui para a editora.
Eu sabia que estava com a cara péssima, por isso
coloquei óculos escuros, para esconder que não tinha
dormido nada. Pedi para minha secretária, Anne, para
pedir um café forte e aspirina, porque sem dormir direito,
estava com uma dor de cabeça dos infernos.
As horas passaram e quando me encontrei com a
Nella, ela viu como estava e me abraçou forte.
— Amiga, outro pesadelo? – ela perguntou com
pesar.
Não precisei nem confirmar com a cabeça.
Desabei novamente e não aguentei segurar as lágrimas,
chorei muito, e ela, como amiga, me consolou. Quando
finalmente me acalmei, conversamos sobre o livro dela e
consegui pelo menos comer algo. Saímos de lá direto para
o shopping para comprar um livro que eu estava querendo
ler.
— Obrigada por ser essa amiga. – falei quando a
gente se abraçou e se separou.
— Sempre, Raquel, pode contar comigo.
— Eu sei.
Com isso eu voltei para a editora mais animada e
enfrentei uma reunião que tinha sido marcada.
Capítulo 21
Diogo

Nós ficamos estudando os passos do Roberto. Ver


que ele não era o que eu tinha pensando me arrasou
profundamente, nunca imaginei que a coisa estava daquele
jeito.
Os dias passaram com uma rapidez
impressionante. E o Roberto cada vez se descuidava mais,
dando o ar de sua graça com roupas de grife, o carro
esportivo caro. Ou ele era muito besta ou se achava muito
esperto. Tivemos que pedir para o juiz uma quebra de
sigilo para ficarmos sabendo das ligações para um tal de
Falcão. Esperamos ele se encontrar com fornecedores de
drogas e montamos uma emboscada, estava tudo
preparado para pegá-lo.
— Tudo pronto, Diogo? – Davi me perguntou com
o colete à prova de balas.
— Sim, tudo. Seja o que Deus quiser. – eu
comentei fazendo o sinal da cruz para que nada de errado
acontecesse.
Roberto deu muita bandeira das coisas que estava
fazendo, cheguei a pegar ele andando com uma moto de
mais de cinquenta mil reais várias vezes, e ele me via e só
me cumprimentava, achava que eu não iria questionar, mas
sabíamos que Roberto era peixe pequeno.
Nem liguei para Antonella, para ela não ficar
preocupada com a nossa situação, sabíamos que
corríamos risco de sermos mortos, afinal, nem sabíamos
onde estávamos entrando, ou melhor, sabíamos sim, mas
éramos preparados para enfrentar tudo, e essa era a
ocasião.
Seguimos Roberto por toda parte quando
descobrimos para quem ele estava ligando. A operação
seria uma das mais difíceis, mas estávamos prontos para
aquilo. Observei que cada homem nosso estava se
separando e indo para os pontos estratégicos, prontos para
darmos o bote. Com o meu sinal nos preparamos e
invadimos o local. Foi dado o alerta e logo ouvimos tiros
para todos os lados, e seguimos atirando. E, como em um
acordo, Davi e eu nos separamos, sempre evitando, é
claro, de sermos atingidos.
Nós estávamos em Santos, onde eram feitos o
embarque e desembarque de navios. Roberto se achava
muito esperto se colocando em risco para não ser
descoberto. Descobrimos que seria uma grande carga. O
que será que o Roberto estava escondendo tanto?
Enquanto todos estavam correndo para pegarmos
todos os bandidos, vi o Roberto indo em direção a um dos
navios, e fui me escondendo para que nem Roberto e nem
os amiguinhos dele reparassem que estava seguindo eles.
— Caralho, como nos encontraram eu não sei. –
ele gritou correndo — Vamos logo, precisamos sair daqui.
— Senhor, não pegamos todas as caixas. – um dos
cúmplices dele falou, e eu ali esperando a melhor hora
para atacar.
— Tenta chamar o máximo de homens lá fora com
o rádio e peça para entrarem logo no navio. Nós vamos
levar o que temos aqui dentro para fora do Brasil.
— Sim, senhor! – o cara se afastou e Roberto
andou de um lado para o outro nervoso, e pegou o celular
— Sou eu, pode sair com o navio. Ok então, estou mais
tranquilo. – olhei para ver se tinha mais alguém chegando
e entrei da sala onde ele se encontrava, sentado agora.
— Olá, Roberto, como está? – perguntei
percebendo que ele ficou rígido.
— Como me encontrou aqui, Diogo? – ele
perguntou sem responder o meu cumprimento.
— Engraçado, Roberto, você me fazer essa
pergunta? – eu comentei com a arma em punho.
— Então foi você, seu filho da puta, que me
colocou para trabalhar de manhã? – perguntou puto.
— Eu poderia falar que fui um dos responsáveis.
Agora responde uma pergunta, Roberto, por que entrar
nessa vida?
— Eu sou inocente, Diogo. – ele só podia estar de
brincadeira com a minha cara.
— Sei que você não é nada inocente. – ironizei.
— Claro que sim, Diogo, me ajuda vai, não quero
ser preso.
— Com certeza você vai ser, e sinto pena da sua
mãe, porque ela quem vai sofrer por isso. – comentei com
pesar.
— Claro que sim Diogo, você sempre gostou da
minha mãe, né? – ele respondeu com amargura.
— Sim, gosto dela, minha tia, a sua mãe é um
doce.
— Então você sempre foi o preferido dela em
tudo.
— Olha a mentira que você mesmo está dizendo,
Roberto. Sua mãe te criou sozinha sem seu pai. Ela
sempre fez tudo por você, sempre te amou.
— Ela mentiu pra mim, sempre fez isso, não
queria que eu conhecesse meu pai.
— Não fala besteira, Roberto. Do que você está
falando? – perguntei confuso sem entender nada do que
ele estava falando.
— Não se preocupe com a minha mãe. Logo, logo
ela vai ver que o filhinho adotado dela vai morrer. – ele
me falou, e eu franzi o cenho sem entender nada do que ele
estava falando.
Roberto sacou a arma e ficamos nos olhando. Eu
não conseguia reconhecer a pessoa que estava ali na
minha frente, com certeza não era o mesmo Roberto que
eu conhecia, ele parecia louco.
— Roberto, abaixa esse revólver agora? – pedi.
Não queria ter que atirar nele.
— Nunca, Diogo, você sempre foi melhor em tudo
né? – ele soltou passando a arma na cabeça, coçando.
Completamente descontrolado. Roberto estava louco.
— Sempre fui normal, Roberto, uma criança
normal como você.
— Não, você era o queridinho de todos, entrei
para a polícia achando que assim eu iria conquistar o
carinho da minha mãe, mas não, ela sempre só teve olhos
para você, seu filho da puta.
— Para de falar besteira, Roberto, sua mãe
sempre lutou muito por você, sempre te deu uma boa
educação.
— Eu queria muito mais que uma simples
educação, queria dinheiro, e isso ela não tinha, talvez eu
tenha puxado meu pai.
— Seu pai é um criminoso, Roberto. – respondi
com raiva dele.
— Não, meu pai é um super-herói para mim, você
não entende. – ele me falou como se fosse uma criança.
— Você sabe disso, seu pai é um idiota. –
resmunguei.
— Não é, meu pai é tudo para mim! – continuou
andando para um lado e para o outro.
Eu precisava tirar a arma dele. Roberto não
estava bem, quando saíssemos daquela situação, ele teria
que ser internado em uma clínica psiquiatra, Roberto,
definitivamente, estava louco.
Fiquei observando enquanto ele andava de um
lado e para o outro como se não estivesse falando coisa
com coisa. Ele se distraiu e cheguei perto dele. Logo em
seguida, um dos seus ajudantes entrou apressado e eu
aproveitei a distração para agarrar o Roberto por trás,
segurando seu pescoço e apontando a arma para ele.
— Chefeee... – ele parou de falar quando viu que
eu estava com a arma apontada para a cabeça do Roberto.
— Me solta, Diogo, vou te matar. – ele gemeu
quando apertei meu braço no pescoço dele.
— Depois a gente se resolve, e você aí amigo,
nem pensa em sair daqui. – falei pressionando o cano da
arma na cabeça do Roberto.
— Não vai precisar não, Diogo, conseguimos
pegar todos. – ouvi a voz do Davi que se aproximava com
a arma apontada para o ajudante do Roberto.
— Então deu tudo certo, Davi.
— Sim, deu. O navio nem zarpou. – ele respondeu
simplesmente.
— Como não?! – Roberto gritou de ódio.
— Roberto, você se acha tão esperto, mas
estávamos atrás de você, foi uma forma de pegarmos
você, tínhamos policiais infiltrados trabalhando pra você.
— Impossível, vocês dois me enganaram.
— Claro que sim, Roberto, a gente tinha tudo
planejado, eu não atiraria em você. – eu respondi e
continuei a falar — Então o que tinha que fazer era te
distrair o máximo possível para conseguirmos pegar
todos.
— Vocês dois me pagam. – ele nos ameaçou.
— Não vamos não, para onde você está indo vai
ser um paraíso. – eu debochei dele.
— Ah, vocês acham que não vou pegar vocês?
Vocês que pensam, vou pegar aquela gorda da sua
namorada e brincar com ela. – ele ameaçou a minha
tigresa. Dei uma coronhada com a arma na cabeça dele e
ele desmaiou.
— Só por cima do meu cadáver! – eu exclamei.
— Vamos sair daqui, Diogo. E pega ele, porque
se eu encostar nele, vou acabar matando o desgraçado. –
Davi rosnou.
— Sim, vamos. – peguei o Roberto e saímos do
navio.
O lugar já estava cheio de policiais, alguns até
com cães farejadores. Vi uns paramédicos que pegaram o
Roberto e o colocaram na maca. Pedi para um oficial
seguir com ele direto para o hospital e o manter sob
custódia.
— Bom, parece que o nosso amigo aí vai ficar um
bom tempo preso. – Davi comentou.
— Sim, vamos embora que quero ir direto para a
clínica quando chegarem lá com o Roberto.
— Vamos sim, Diogo. – Davi concordou e
seguimos direto para a clínica.
Durante todo o percurso eu me senti inquieto, mas
em todo o trajeto, fui conversando com o oficial, pedindo
que me mandasse notícias de como Roberto se encontrava
dentro da ambulância.
Capítulo 22
Logo que eu acordei pela manhã, reparei que o
Diogo não estava na nossa cama. Achei estranho, porque
ele estava de folga hoje e não precisaria acordar tão cedo.
O que será que ele estava aprontando tanto? Pensei. Ele
andava de muito segredinho com o Davi, tentei várias
vezes questioná-los para saber o que estavam me
escondendo, mas nunca falavam sobre o assunto
misterioso deles.
Resolvi sair da cama e procurar por ele, mas
quando me levantei, senti uma leve tontura tomar conta de
mim. Eu me segurei na cabeceira da cama para não cair.
Devagar, eu sentei na beira da cama e coloquei a cabeça
entre meus joelhos para ver se a tontura melhorava um
pouco, estava bem forte. Respirei fundo e uma náusea
veio com tudo.
Levantei correndo e fui direto para o banheiro e
joguei tudo para fora. Quando terminei, levantei do chão e
escovei os dentes. Eu não sabia o que estava acontecendo
comigo, achei estranho porque nunca tinha sentido nada
parecido.
Ouvi o barulho da campainha tocando e coloquei
um roupão. Segui para porta e quando olhei no olho
mágico e vi a Raquel, logo abri a porta.
— Bom diaaaa... – Raquel falou animada, mas ao
ver minha cara, murchou um pouco. — O que houve, está
passando mal?
— Bom dia, Raquel. Acordei muito mal. –
murmurei. Fechei a porta e seguimos para cozinha.
— Mas o que aconteceu com você exatamente?
— Não sei, Raquel. Acordei vendo que o Diogo
não estava do meu lado, mas como ele e Davi andam de
segredinhos, imagino que seja pelo trabalho.
— Tá, continua. – ela pediu indo para o fogão e
fazendo um chá enquanto conversávamos.
— Então, continuando, eu me levantei, como
sempre faço, aí me deu uma tontura que pensei que ia
desmaiar e segurei na cabeceira da cama. – dei uma pausa
quando vi que a Raquel estava pensativa e abri um maior
sorriso.
— Nella, hoje é a primeira vez que está sentindo
isso? – ela me perguntou curiosa.
— Sim. Ai, cê acredita que tive que colocar a
cabeça entre as pernas como sempre ouvi dizer que
quando sentimos tontura, devemos colocar a cabeça entre
as pernas, só que em vez de melhorar, me deu uma
vontade de vomitar, aff. – eu gemi só de sentir o gosto na
minha boca.
— Ei, Nella, você não acha que pode estar
grávida? – Raquel me perguntou.
— Que pergunta é essa, Raquel? – questionei.
— Nella, me poupe, você e o seu delegado
transam como dois coelhos. É bem possível de você estar
grávida. – ela zombou de mim.
Será? Eu não podia estar grávida.
— Raquel, isso é impossível.
— Impossível se você dois usassem camisinha, e
na minha opinião, vocês nunca usaram né? – ela me
perguntou, e eu fiquei vermelha só de confessar isso para
Raquel.
— Acho que você tem razão. – eu suspirei.
— Mas como vou ter certeza? – perguntei ainda
não acreditando que tinha um bebê delegado dentro de
mim. Claro que estava assustada, afinal eu não planejava
ser mãe. E o Diogo? Como ele vai reagir sendo pai logo
cedo? Quero dizer, cedo por causa do nosso namoro. Ai
meu Deus, o que eu faço?
— Eeei, vamos parar de se torturar. – Raquel me
pediu, mas não consegui. Acho que ela percebeu pelo meu
rosto que estava em pânico.
— Raquel, como vou contar para o Diogo?
— Calma, vamos à farmácia comprar o teste. Na
realidade eu vou e você fica.
— Tá bom, é melhor eu ficar porque acho que vou
cair se eu sair daqui.
— Nella, respira, minha filha, calma.
— Tá, vou ter calma. – eu respirei fundo.
— Já venho, aproveita e toma esse chá de
camomila. – ela colocou o chá perto de mim e assim que
senti o cheiro, saí correndo de volta para o banheiro
colocando tudo pra fora novamente.
— Eita, Nella, você está bem?
— Acho que sim. – eu respirei fundo e me
levantei indo até a pia do banheiro e joguei um exaguante
bucal na boca para tirar o gosto ruim.
— Nella, vou lá comprar o teste de gravidez, já
volto.
— Tá bom. – respondi já tirando o roupão e tomei
um banho rápido.
Toquei a minha barriga querendo saber se tinha
mesmo um pequenino dentro dela. Terminei de tomar
banho, fui até o quarto e coloquei uma roupa mais folgada,
sentei em frente à penteadeira e comecei a pentear meus
cabelos me olhando no espelho, vendo que me encontrava
ainda meio pálida.
— Nellaaaa, cheguei. – Raquel gritou.
— Estou no quarto. – gritei de volta.
Raquel entrou no quarto com uma sacola e dentro
dela alguns testes de gravidez.
— Caramba, Raquel, você acabou com todos que
tinha lá? – eu perguntei querendo dar risada.
— Hahaha, com certeza. Agora a senhorita vai no
banheiro e faz o teste lá.
— Ok, ok, eu estou indo.
Peguei a sacola e tirei todos os kits, abri todos e
li o manual de cada um. Fiz xixi nos copinhos e coloquei a
tirinhas e fiquei ali esperando os testes ficarem prontos,
no manual dizia que tinha que ficar esperando 5 minutos.
— Nella, você morreu aí dentro?
— Já vou sair. – gritei do banheiro.
Tirei todas as tirinhas e todas elas disseram a
mesma coisa: positivo. Não estava acreditando, grávida,
eu estava grávida do Diogo.
— Nella, você está bem? – ela perguntou
preocupada.
— Sim, eu estou. – acho que sim, esperava que
sim. Saí do banheiro e a Raquel vendo meu rosto,
perguntou:
— O que houve, Nella?
— Estou grávida. – eu soltei sentindo meu corpo
começar a tremer.
— Parabéns, amiga, estou feliz por você. Sei que
está sendo tudo um choque, mas vai passar.
— Eu sei que vai, mas poxa, não me imaginava
grávida, como eu vou contar para o Diogo?
— Calma, amiga. Bom, você vai ter que contar
para ele. Sei que ele te ama demais e vai ficar muito feliz
por você estar carregando o delegadinho Júnior dele. –
Raquel fez graça e dei uma risada. Toquei novamente a
minha barriga ainda lisa.
— Amiga, estou assustada e ao mesmo tempo
estou feliz em ver que tem uma pessoinha dentro de mim.
Será que vai ser o quê, Raquel?
— Espero que seja uma menina, assim certa
pessoa vai ter um ataque cardíaco.
— Hahaha, você tá muito engraçada hoje, hein?
— Eu sei, e você me ama mesmo assim. – ela
brincou comigo e me abraçou bem forte. Ouvi o telefone
tocar e fui atender.
— Alô. – falei.
— Oi amor, tentei falar com você no celular e não
me atendeu.
— Oi Diogo, perdão querido, estava falando com
a Raquel e nem ouvi tocar, estamos na sala.
— Vocês duas juntas agora de manhã? Eu devo me
preocupar? – ele brincou.
— Você sabe que não, a Raquel e eu nos
comportamos muito bem.
— Eu acredito que sim, mas quando as duas
resolvem sair e dar uma passada no Sex Shop... – ele
gemeu só de falar isso.
— Delegado, você realmente não tem jeito
mesmo. – dei risada tirando a tensão que estava sentindo.
— Amor, você vai estar livre hoje mais tarde?
— Vou sim Diogo, nós só vamos ver a capa do
novo livro. Vamos almoçar nós dois em casa?
— Tá bom, amor. Vou querer ver a capa do livro.
Você quer que eu te leve alguma coisa? – ele perguntou e
fiquei com uma louca vontade de comer lasanha, comentei
com ele:
— Diogo, passa naquela casa de rotisserie e
compra lasanha, por favor?
— Claro que sim, amor, eu levo e a sobremesa?
— Hum, o que devo pedir? Você sugere alguma
coisa?
— E se eu levar torta holandesa, o que acha?
— Divino, vou ficar te aguardando. Até daqui a
pouco.
— Beijo, minha tigresa gostosa.
— Beijo, meu delegado, te amo. – desliguei o
telefone e fiquei olhando para Raquel.
— Ai, você e seu delegado vão almoçar juntos?
— Sim, vamos, aqui em casa.
— Bom, vamos ver a capa para o livro depois,
que tal a gente ir numa loja de bebê?
— Sério mesmo?
— Sim, sério. Vamos lá, Nella, você vai amar. E
outra, como vou ser a madrinha dele ou dela, quero já
comprar um presente para o bebê.
— Ok, vamos. – concordei me animando.
Peguei a minha bolsa e saímos para fazer
compras. Quando chegamos lá, eu fiquei encantada de ver
tantas coisas de bebê, ficamos até em dúvida no que
comprar para o delegado Jr. Vimos uns sapatinhos tão
lindos que nós compramos um par rosa e outro azul. Pedi
para colocarem um de cada numa caixa e fazer um
embrulho de presente. Não via a hora de mostrar para o
Diogo para ver a reação dele ao ver que estávamos
esperando um bebê.
— Agora você está feliz né? – Raquel me
perguntou.
— Sim, eu estou. Agora vamos até a loja de Sex
Shop. – chegando lá, eu vi algumas fantasias Plus size e
olhei para ver se tinha alguma que me chamasse a atenção,
foi quando eu olhei e vi uma de policial. Não pensei duas
vezes e a comprei junto com um par de algemas.
— Hoje vai pegar fogo vocês dois hein.
— Espero que sim. – pisquei o olho.
Saímos de lá e voltamos para minha casa, deixei o
presente no quarto. Tomei um banho bem demorado e me
troquei colocando a fantasia, fui até a sala, fechei as
cortinas e apaguei tudo. Resolvi colocar uma playlist com
as nossas músicas tocando. Olhei para o relógio e vi que
já estava quase na hora do meu delegado chegar. Sentei
em uma poltrona esperando por ele e deixei a sacola com
o par de algemas perto de mim. Eu já estava ficando
ansiosa quando ouvi a porta se abrir e o Diogo falar:
— Tigresa, onde você está?
— Bem aqui delegado. – eu estava sentada perto
do rádio.
— O que a minha tigresa está aprontando hein? –
Diogo estava com aquela voz que sempre me deixava
louca.
— Eu não estou aprontando nada, delegado. – não
via a hora de ficar com ele.
— Vou até aí te buscar.
— Não precisa delegado, eu vou até aí te buscar.
– levantei da poltrona e segui até o delegado, caminhando
bem devagar e quando ele olhou para mim, seus olhos
escureceram.
— Puta que pariu. – Diogo falou rouco.
— Não gostou? – provoquei sabendo que ele tinha
gostado. Além do olhar que recebi, seu pau estava
visivelmente duro, como se estivesse me saudando.
— Ah, amor, você e a Raquel foram até a loja né?
– ele gemeu.
— Pensei que era isso que o meu delegado queria.
— Amo você, de todo e qualquer jeito, você sabe
né?
— Claro que sim. Eu sei e também te amo muito.
– pisquei o olho sorrindo maliciosa.
— Agora eu devo fazer o quê? – ele me perguntou
em um tom curioso.
— Que tal você se sentar na cadeira. – eu pedi.
Eu fiquei olhando enquanto ele se sentava na
cadeira deixando suas pernas abertas, me deixando ver o
volume, que nessa altura já estava desconfortável, porque
ele teve que ajeitar quando se sentou.
— Tenho a permissão de fazer alguma coisa? –
ele perguntou já excitado.
— Só uma coisa. Tirar a camiseta. Essa é a única
coisa que permito você fazer.
Capítulo 23

— O que você pretende fazer comigo? – ele


brincou.
— Que tal se eu te algemasse na cadeira e fizesse
uma dança para você?
— Tirando a parte de me algemar, porque assim
não vou poder te tocar e isso eu não quero. Minhas mãos
estão loucas para te tocar.
— Nananinanão, senhor delegado. Só hoje vai,
depois você pode me algemar quando quiser. – propus
para ele, que ficou logo animado.
— Então pode me algemar, porque quando
acabarmos aqui, a senhorita vai ter a bunda marcada pela
a minha mão. – agora ele me ameaçou, e eu em vez de
ficar com medo, pelo contrário, fiquei excitada. Sabia que
o Diogo nunca me machucaria e isso demonstrava que ele
era pervertido, o meu pervertido gostoso.
— Continua com essa expressão de tarada pra
cima de mim que você nunca vai me ter algemado. – ele
me ameaçou.
— Promete que vai me algemar meu delegado. –
provoquei.
Fui até a sacola e peguei o par de algemas, que
quando o Diogo viu, ficou surpreso, ele não imaginava
que eu quisesse algemá-lo ou mesmo que eu tivesse
mesmo comprado uma. Fui até ele e prendi as suas mãos
na cadeira, não o deixando me tocar com as mãos, mas o
filho da mãe me pegou distraída e me tocou com a boca
me dando uma mordida e passando a língua no meu
pescoço me fazendo gemer de tesão.
— Delegado, que coisa feia me morder? –
recriminei.
— Ah, minha safada, eu vou morder, seus seios,
essa sua boceta... – ele grunhiu me deixando doidinha por
ele.
Estava tão distraída brincando que nem vi que ele
já estava sem a camisa, e pelo amor de Deus, esse homem
tinha um corpo espetacular, barriga tanquinho e esses
músculos. Amava sentir a força dele em mim.
— Pode tocar à vontade, tigresa, sei que você
gosta de me tocar?
— Com certeza.
Eu sentei em cima dela e gememos os dois juntos
ao sentir que o pau dele tocava minha boceta me deixando
encharcada.
— Isso, movimenta bem gostoso vai. – ele me
pediu já chupando meu pescoço querendo me marcar mais
ainda.
Comecei a me esfregar nele, subindo e descendo,
deixando minha bocetinha pressionar o seu pau, o que o
deixou mais duro ainda e Diogo ficou praguejando como
um doido.
— Está gostando, delegado?
— Você sabe que sim, tigresa. – ele respondeu.
Eu comecei a tirar a fantasia bem de devagar, e
meus seios ficaram nus, expostos para ele. Senti um
pequeno ventinho nos meus seios e vi que o Diogo estava
assoprando.
— Coloca esse seio dentro da minha boca vai,
gostosa? – ele me pediu.
— Assim? – eu provoquei colocando o seio
dentro da sua boca e gritei ao ver que o Diogo abocanhou
com vontade, ora lambendo, ora mordendo, como se
estivesse com fome, puxava com os dentes o bico do meu
seio até deixar ele durinho.
— Ah, amor, eu vou colocar meu pau nesses
melões, vou foder cada buraco do seu corpo.
A forma que o Diogo falava me deixava
completamente doida. Tirei o meu seio da sua boca e
coloquei o outro. Ele fez a mesma coisa, mordendo e
lambendo. Gritei de tesão, era forte demais. Tirei meu
seio da sua boca novamente e passei a minha língua na sua
boca chupando com vontade mordendo seu lábio devagar,
deixando gostinho de quero mais.
— Tigresa, você vai me pagar caro por esse
beijo. Ah, se vai. – ele estava com um sorriso perverso.
— Vamos ver, delegado. – eu respondi dando um
belo sorriso.
Desci meus lábios pelo seu pescoço e fiz da
mesma forma que ele fez comigo. Dei uma chupada no
pescoço dele e depois fui lambendo sentindo a veia do
seu pescoço saltar.
— Alguém hoje está com a corda toda hein,
tigresa?
— Sempre para você, delegado.
Saí do seu colo ouvindo protestos e passei a
língua no peito dele, segui com a língua até chegar na sua
calça, abri o zíper e abaixei devagar junto com a cueca. O
pau dele saltou todo alegre querendo atenção. Sua cabeça
estava já molhada de pré-gozo.
— Puta merda, tigresa, me deixa sentir essa boca
pecaminosa em cima do meu pau.
Sem responder para ele, passei a língua na ponta
da cabeça do seu pau e ele quase pulou ao sentir minha
língua nele.
— Isso, tigresa, lambe meu pau do jeito que sabe
fazer, bem gostoso.
Ele arfou quando eu abocanhei com gosto todo o
seu pau, chupando, lambendo e mordiscando. O Diogo foi
à loucura. Com uma das minhas mãos toquei no seu saco
massageando e sentindo seu corpo estremecer. Sabia que
ele estava para gozar, eu sentia isso.
— Amor, quero gozar dentro de você, por favor?
– ele pediu.
Fiquei de pé e virei de costas para ele, fui
descendo o short e rebolando, ouvindo o Diogo gemer e
prometer que a hora que eu o soltasse, ele ia me comer de
quatro, com a minha bunda levantada no ar, que ia me
foder contra a parede e várias outras coisas que só me
deixaram ainda mais excitada.
Voltei de novo para ele e sentei no seu colo de
costas para ele rebolando no seu pau, mas sem colocá-lo
dentro de mim. Diogo nessa altura do campeonato já
estava louco.
— Me coloca dentro de você amor. – ele pediu
gemendo.
Eu estava dançando em cima dele no ritmo da
música da Sia, Chandelier. A música era tão envolvente
que estava fazendo amor com ele só com os movimentos,
sem colocar o pau dele dentro de mim e, quando enfim
coloquei, gritamos de prazer ao sentir a força do tesão que
estávamos sentindo.
— Está bom assim, meu delegado? – o provoquei
com a voz rouca e me encostei no peito dele deixando ele
doido.
— Vai amor, me fode com força. – ele repetiu a
frase que eu costumo pedir para ele fazer comigo.
Aumentei a velocidade sentindo o pau dele ficar
ainda mais duro dentro de mim. Ele socou bem forte
dentro de mim gemendo e falando:
— Se toca amor, porque estou gozando.
Levei minhas mãos, automaticamente, até meu
clitóris e me toquei com vontade, com a mão livre, segurei
a nuca dele, trazendo o seu rosto para perto o beijando.
Meu corpo começou a ficar todo trêmulo. Sabia que
estava perto de gozar, meu corpo já na borda e quando ele
falou:
— Goza, minha tigresa.
Meu corpo explodiu e eu gozei plenamente,
sentindo o Diogo meter mais ainda até ele gozar dentro de
mim. Meu corpo relaxou e me senti exaltada de tanto
prazer. Depois de um tempo só abraçados e relaxados,
Diogo quebra o silêncio me pegando de surpresa com a
sua pergunta.
— Tigresa, você aceita se casar comigo?
— Oi, acho que não entendi. – respondi ainda
confusa.
— Isso mesmo que você ouviu, tigresa, aceita se
casar comigo, ser a mãe dos nossos bebês? – ele me pediu
com um olhar apaixonado e sem dizer nada, saí de cima
dele e abri o par de algemas o soltando.
Diogo levantou e foi até a mochila dele, pegou
uma caixinha, e dentro dela continha um lindo par de
alianças. Meus olhos se encheram de lágrimas e ao ver ele
ajoelhado, praticamente nu, eu não sabia se dava risada ou
chorava mais ainda.
— Eu aceito amor, quero me casar com você. –
ele veio até mim e nos beijamos apaixonadamente. E
quando afastamos nossos lábios, ambos estávamos
ofegantes. — Eu tenho que contar uma coisa que descobri
hoje. – falei ainda respirando com dificuldade.
— O que seria, amor? – Diogo perguntou.
Eu fui até o quarto e coloquei o robe, voltei para a
sala, e, ao ver que eu tinha me coberto, ele fez a mesma
coisa, ajeitou a sua cueca dando um gemido de frustração.
Meu delegado ainda estava bem disposto e querendo
mais, com um sorriso eu comentei:
— Eu comprei esse presente para você, espero
que goste?
— Sempre vou amar o que me der de presente, até
esse que fizemos amei ganhar. – ele piscou o olho e foi
tirando o papel. Sabia que estava curioso e quando tirou o
papel e viu uma caixinha, franziu o cenho, curioso.
Quando abriu a tampa, seu rosto entrou em choque. Ele
olhou para mim e seus olhos estavam cheios de lágrimas,
e quando dei por mim, também estava chorando de alegria
e de alívio. Eu não sabia o que sentir, tinha medo de ele
não aceitar bem essa minha gravidez inesperada. — Jura,
amor? – ele não conseguia falar com a voz travada de
emoção.
— Sim, eu estou grávida, delegado. – eu consegui
falar e ele veio até mim, se ajoelha nos meus pés e
colocou sua cabeça na minha barriga dizendo:
— Seja bem-vindo meu bebê, não importa se é
menino ou uma menina, papai já ama você demais. – o
ouvindo falar assim, eu chorei mais ainda, afinal nunca me
imaginei casando e agora seria mãe daqui a poucos meses.
Senti um beijo na minha barriga e sorri.
— Tigresa, você me fez o homem mais feliz do
mundo.
Com isso ele me beijou e me levou para o quarto,
tínhamos que comemorar o momento da chegada do nosso
bebê, e foi isso o que fizemos, a noite toda.
Epílogo
Diogo
Nem acreditava que nesse momento estava aqui
no altar esperando a minha tigresa entrar. Eu estava
nervoso e ansioso, afinal estava me casando com a minha
tigresa, o amor da minha vida.
— Se acalma, Diogo, pelo amor de Deus. – pediu
o Davi.
Sabia que estava impaciente, não via hora de
colocar a aliança no dedo dela. Quando descobri que
seria pai, foi uma emoção tão forte que pensei que não iria
aguentar.
Sempre quis ser pai, ao ver a caixinha com um par
de sapatinhos, eu não me contive. E desde então eu estava
no paraíso, meu bebê estava para nascer logo. A minha
tigresa queria esperar o nascimento do nosso filho, mas eu
não quis esperar, para mim, meu filho ou minha filha,
quando nascesse, já teria os pais casados.
Olhei para todos que estavam na igreja, meus
pais, meus amigos, a mãe do Roberto, que era minha
segunda mãe e convidei para ser minha madrinha de
casamento. No dia em que ela apareceu na delegacia
chorando por saber que seu único filho estava preso. Me
senti mal por ela, pedi desculpas por ter feito isso, mas
ela me surpreendeu dizendo que o que eu tinha feito era
minha obrigação. Sabia que era, mas não queria que ela
passasse por essa dor.
Olhei para o lado da minha tigresa e vi que a
Raquel estava lindíssima também, em um vestido azul, e
sabia que meu amigo não tirava os olhos dela e ela
também não tirava os olhos dele.
A mãe da minha deusa se encontrava falando com
a Raquel, e também estava muito emocionada. E quem não
estava? Nossas famílias ficaram sabendo da gravidez de
Antonella e começaram a comprar tanto que nem sabíamos
onde colocar tantas coisas de bebê. A nossa sorte era que
encontramos uma casa com jardim enorme, era tão
espaçosa, que poderíamos ficar ali para sempre, ter mais
uns dois filhos se quiséssemos.
Ouvimos a marcha nupcial começar e as damas de
honra entraram, logo em seguida, minha tigresa entrou com
pai. Ela estava belíssima, seus cabelos estavam presos
para cima, e eu não via hora de soltar eles e deixar
espalhados na nossa cama. Seu vestido era branco no
estilo medieval, que a deixava maravilhosa. Ao pensar
que meu filho ou minha filha estavam ali participando de
tudo, fiquei emocionado e não via hora de vê-lo
finalmente.
Seu pai entregou a Nella para mim e me falou:
— Filho, você está recebendo meu maior
presente, minha menina. Cuide bem dela como sei que
você sempre faz. – ele me pediu e seus olhos encheram de
lágrimas.
— Pode deixar, pai, eu cuidarei com a minha
vida. – eu respondi ganhando um abraço do pai da
Antonella.
Desde que conheci os pais dela, ele pediu para
chamá-los de pai e mãe, e os meus fizeram o mesmo com
a Nella.
— Eu sei que vai, filho. – com isso ele saiu e foi
ficar ao lado da minha sogra.
Segurei nas mãos de Antonella e ela estava muito
gelada, me deixando preocupado.
— Tudo bem, tigresa? – perguntei olhando nos
seus olhos.
— Tudo bem, delegado, estou ansiosa, você sabe,
hormônios. – ela brincou.
— Não vejo a hora de colocar você na cama e te
foder bem gostoso. – eu pisquei o olho para ela, que ficou
corada, mas seu olhar malicioso me disse que ela estava
querendo o mesmo que eu.
— Eu também delegado, não vejo a hora, que tal
se a gente desse uma rapidinha depois na festa, estou sem
calcinha. – ela sussurrou no meu ouvido.
Fiquei em choque e senti meu pau ficar duro na
mesma hora, só de imaginar que a minha tigresa estava
sem calcinha. Nunca desejei tanto que o tempo passasse
rápido e a cerimônia acabasse logo para eu poder conferir
se era verdade ou não.
O padre então começou a realizar a cerimônia e
quando chegou na hora de trocar as alianças eu comecei a
dizer para ela:
— Nunca me imaginei casando e agora sendo pai
do nosso bebê. – comentei emocionado e vendo lágrimas
nos olhos dela, continuei — Se eu soubesse que minha
vida seria tão completa com você ao meu lado, teria feito
um pedido a Deus, querendo que você tivesse entrado na
minha vida há muito mais tempo. Se me fosse dado o
direito de voltar no tempo, faria tudo de novo, só para
conhecer meu verdadeiro amor. Agradeço ao Davi por ter
ido ao clube e ter feito o que fez, fazendo assim com que o
destino nos juntasse. Te amo tanto minha tigresa, como
amo nosso filho que logo vai estar com a gente. – terminei
já chorando de emoção e vendo as lágrimas da minha
tigresa rolarem livremente, fiquei ainda mais emocionado
ao ver como a gente se amava tanto.
— Sempre pensei que o amor para mim nunca iria
acontecer. Desde nova, você sabe que passei por muitos
altos e baixos e lutando sempre. No momento em que te
conheci tive medo de você não gostar de mim por ser
gordinha, não que eu não me aceitasse, agora me aceito
sim. Mas quando te vi, tão lindo e forte, não achei que
merecesse ter você. Sei que dei trabalho durante esses
meses, mas foi por uma boa causa não? – ela me
perguntou e dei um sorriso. Sabia do seu problema de
baixa autoestima, seu problema com peso e tratamento
com seu amigo, que se encontrava agora na nossa
cerimônia, também emocionado — Pois é, meu desejo
está sendo atendido agora, estou me casando com o amor
da minha vida e vou ser mãe. Sempre vou te amar, tanto
quanto já amo nosso bebê.
Colocamos a aliança um no outro e ouvimos o
padre nos abençoar, e quando disse que podia beijar a
noiva, não me fiz de rogado não, nos beijamos
apaixonadamente como sempre fazíamos. Senti seu corpo
estremecer nos meus braços e ouvimos todos baterem
palmas, nos olhamos e falamos ao mesmo tempo:
— Te amo tanto, minha tigresa.
— Também te amo tanto, meu delegado.
Saímos da igreja e fomos em direção ao salão de
festa. Chegando lá, todos nós dançamos muito, e quando
saímos em lua de mel, fomos para Campos do Jordão, era
friozinho e a Nella nunca tinha ido.
Conversamos sobre tudo, falamos sobre o
casamento, o livro que a minha tigresa estava lançando, e
o pedido que ela me fez querendo ir ao clube onde eu
frequentava com o Davi. Claro que disse que não, mas a
mulher era terrível, ela usou o sexo e acabei cedendo.
Conhecemos tudo, ficamos uns dias afastados de tudo e
todos, celulares desligados e sem internet, só
aproveitando a nossa lua de mel. Quando chegou ao fim,
saímos de lá querendo voltar para passar mais uns dias.
Chegamos em nossa casa e é claro que todos
estavam nos esperando, com mais brinquedos e roupas
para o nosso bebê. Estava conversando com meus pais
quando eu ouvi a Antonella gritar de dor, saí correndo e
não a vi em canto nenhum, seus gritos ficaram mais fortes
e fui em direção a eles, até que a encontrei no banheiro
apoiada na pia segurando a barriga.
— Tigresa, o que está acontecendo? – perguntei
preocupado e angustiado, seu rosto estava muito pálido.
— Diogo, está doendo muito. – ela chorou, e eu
fiquei desesperado.
— O que está doendo, amor?
— Minha costas, estava sentindo dor desde que
saímos lá de Campos do Jordão, mas aumentou agora
quando senti um líquido escorrer pelas minhas pernas.
— Calma, amor, vamos para o hospital, deixa eu
te arrumar e vamos. – eu consegui dizer, não via a hora de
ver meu filho nascer.

Horas Depois...

Eu não podia estar mais feliz e encantado, com a


minha pequena ali no meu colo. Minha princesa se
chamava Maria Eduarda. E desde o momento em que o
médico a colocou nos meus braços, jurei proteger e amar
a minha filha.
Nossos pais entraram e ficaram encantados com a
sua netinha. Passei com cuidado ela nos braços dos
nossos pais e vi que a minha tigresa estava acordando,
afinal não tinha sido fácil ter uma criança de parto normal,
graças a Deus ocorreu tudo bem.
— Ela é linda, delegado. – Antonella me falou
quando eu a abracei.
— Sim, linda, amor. Obrigado por ter me dado
esse presente maravilhoso. – falei com voz embargada.
— Eu que agradeço, meu delegado, nossa Maria
Eduarda é parecida com você. – ela falou sorrindo. E era
verdade, mas também tinha alguns traços da mãe, era uma
beleza natural.
— Ela é parecida com nós dois, amor. – comentei.
— Eu te amo, meu delegado.
— Também te amo minha tigresa.

Cinco Meses Depois...

Estávamos passeando pelo shopping quando algo


na vitrine de uma loja chamou a minha atenção, o livro da
minha tigresa.
— Tigresa, olha só o seu livro, já está disponível
para a venda. – falei todo orgulhoso.
— Nossa, não sabia que a Raquel já tinha
colocado à venda. – ela comentou surpresa.
— Gostei do título, bem sugestivo, não? – pisquei
o olho para ela, que me deu um beijo.
Entramos na livraria para ver se estava vendendo.
E tivemos uma surpresa, alguns dos seus fãs estavam lá
dentro e começaram a maior gritaria, tive que proteger a
minha tigresa e a minha princesa Maria Eduarda.
— Ah, meu Deus, é a autora Antonella. – gritaram
e ficamos em pânico, não queríamos chamar muita
atenção.
Como sempre, minha tigresa foi atenciosa com
todos que estavam ali, autografou os livros que o pessoal
comprou. Eu a vi conversando com algumas mulheres e
ela sorria e olhava para mim, me deixando curioso.
— O que houve tigresa? – perguntei quando ela se
aproximou.
— Me perguntaram se o livro que escrevi era
baseado em você. – ela disse dando risada, aí eu entendi
por que aquele alvoroço todo.
— O que você respondeu? – perguntei num tom
curioso.
— Falei que sim, que você é o delegado do livro.
– ela falou sorrindo e piscou o olho para mim antes de me
dar um beijo. Saímos de lá ouvindo os gritinhos das
meninas.
— É ele gente, o delegado da capa. – dei um
sorriso e fomos embora.
Chegando no carro, a ajudei a colocar a nossa
filha na cadeirinha e abri a porta para ela entrar, e quando
estávamos seguros lá dentro perguntei:
— Esse livro tinha que vir como título, o
delegado?
— Esse livro foi como te conheci, nada melhor
que colocar esse título, o delegado. – ela brincou e
continuou — O que acha de a gente aproveitar a noite para
você me foder na mesa da cozinha? – ela me pediu
fazendo carinho na minha coxa e colocando de leve a mão
no meu pau, apertando.
— Pode deixar, minha tigresa, quando chegarmos
em casa vou fazer tudo que está me pedindo, aí sim você
vai ver o seu delegado.
Antonella

Fomos em direção a nossa casa e chegando lá,


levamos nossa filha para o berço. Diogo a trocou e a
colocou no meu colo para eu dar de mamar, era um
momento tão especial entre nós, tão mágico. Coloquei a
minha lindinha para arrotar e a deitei no berço dormindo
com os anjinhos. Liguei a babá eletrônica e quando saí do
quarto ouvi uma voz rouca soar no meu ouvido, me
pegando de surpresa.
— Agora sim eu vou te prender, minha tigresa. –
olhei para trás e vi o Diogo com um par de algemas.
Estendi as minhas mãos e disse travessa:
— Pode me prender, delegado.
Eu fui presa pelo Diogo, por toda a minha vida e
joguei as chaves fora, bem longe, afinal quem não quer ser
presa pelo delegado.
FIM

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