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TGE, CP e Economia

Aula 1 – Introdução

UA1 – Sociedade Civil e Sociedade Política

 Origem da sociedade e seus elementos


característicos:
o (Dalmo de Abreu Dallari): naturalista e
contratualista.
 Naturalista: “A Política”, de Aristóteles.
Séc. IV, a.C.  conclui que “o homem é
naturalmente um animal político”. Só não
viveria em sociedade quem fosse superior
ao homem médio ou uma pessoa vil. Se o
homem tem razão, possui o sentimento de
bem/mal, justo/injusto.
 Séculos depois, Roma, Cícero, em “Da
República”  ser humano não foi feito
para o isolamento (social) completo.
Mesmo que o homem tenha abundância
de bens, ele precisa de outros seres hum.
 DICA: filme “Náufrago”!
 Idade média: São Tomás de Aquino, na
Summa Theologica, homem é um animal
social e político, que vive em multidão.
 Homem só viveria sozinho:
o Excellentia naturae: pessoa
virtuosa;
o Corruptio naturae: pessoa que
tiver algum problema mental ou
de desenvolvimento;
o Mala fortuna: pessoa, por
exemplo, sofre um acidente e
resta sozinha.
 RESUMO corr. nat.: sociedade é um
produto da conjugação de impulsos
naturais de associação e de cooperação da
vontade humana.

 Contratualista (pactualista): a sociedade


surge a partir de um acordo de vontades
entres os homens.
 Thomas Hobbes, “O Leviatã”: O homem,
num estado de natureza, viveria em guerra
de todos contra todos. Para afastar este
estado de guerra, é necessário que se crie
um “estado de sociedade”.  resulta de
um pacto (estado formalmente constituído
entre as pessoas.
 John Locke: em “Segundo tratado sobre
governo”: discute o contratualismo. Para
ele, o homem, em estado de natureza, não
vive em guerra constante contra todos. O
homem, portanto, não é de todo ruim. O
homem é um animal altruísta! Passa a
viver num estado de sociedade para que as
leis (conhecidas e aprovadas por todos)
tenham caráter obrigatório  impõe o seu
cumprimento a todas as pessoas.
 Monstesquieu: em “Do espírito das leis”,
opõe a Hobbes e afirma que o homem (em
estado de natureza) vive ATEMORIZADO!
Prefere viver em sociedade, longe das leis
da natureza (lei do mais forte, lei da
prevalência do instinto...), porque: 1)
desejo de paz. 2) necessidades. 3) atração
natural entre os sexos opostos. 4) desejo
geral de viver em sociedade.
 Jean-Jacques Rousseau: “O contrato
social”, homem é dotado de bondade no
estado de natureza. Surge por uma
vontade de organização, de ordem social.
Autocomposição de tarefas/funções, que
traz um estado de vida melhor para as
pessoas.
 RESUMO corr. contr.: predomina a ideia de
aceitação de que a sociedade é resultante
de uma necessidade do homem, mas sem
excluir a participação da consciência e da
vontade humanas.

o As sociedades humanas modernas têm os


seguintes elementos característicos:
 1. Finalidade social:
 Determinista: não existe lib. de
escolha na sociedade.
 Finalista: o homem utiliza a sociedade
para exercitar as suas escolhas/
vontades.
o Para os finalistas, existe a ideia
de bem comum  Papa João
XXIII: summum bonum.

 2. Ordem social e ordem jurídica: o


primeiro requisito para a ordem social e
para a ordem jurídica é a reiteração. Émile
Durkheim + Hans Kelsen  duas ordens no
mundo: a ordem da natureza
(acontecimento natural) e a ordem
humana (nasce do princípio da imputação).
 Ordem da natureza: mundo físico;
 Ordem humana: mundo ético.

 3. Poder social: elemento característico da


sociedade, que sempre existiu!
 Sociabilidade: capacidade de viver em
sociedade conforme as regras dela.
 Bilateralidade: poder é a correlação
de duas ou mais vontades, havendo
uma que predomina.
 Dallari: a maior sociedade política que
existe é o Estado em si.

UA2 – Teoria do Estado Contemporâneo

Origem e a formação do Estado

 Palavra Estado? Latim: “status” (estar firme);


etimologicamente relacionado com ESTABILIDADE!
 A palavra Estado surge na obra “O Príncipe”, de
Maquiavel.
o Sociedade política: termo usado a partir do
século XVI.
 AZAMBUJA: Estado seria: “a organização político-
jurídica de uma sociedade para realizar o bem
público, com governo próprio e território
delimitado.” (sociedade  POVO)
o Estado tridimensional, 3 elementos:
 POVO;
 TERRITÓRIO;
 GOVERNO;
 (Qualidade  SOBERANIA).
 Resumo sobre o surgimento do Estado: três
correntes:
o Sociedade sempre existiu, o Estado também
sempre existiu;
o Sociedade existiu sem o Estado por um período,
e num determinado momento, surge o Estado
para atender às necessidades coletivas (da
maioria das pessoas).
o Só se considera Estado a sociedade política
dotada de certas características bem definidas,
ou seja, as características (elementos) que
vimos acima (a partir do século XVII).
 DALLARI: se o Estado nada mais é do que a formação
contratual de uma sociedade, pode-se dizer que os
seres humanos optaram por celebrar um pacto
visando renúncia a certa liberdade em busca de uma
estabilidade institucional.
 Nascimento e extinção dos Estados:
o Formação originária do Estado: Estados que
surgem a partir de agrupamentos humanos que
não são (ainda) Estados. Ex.: alunos da turma se
reúnem e criam um novo Estado: o Azambullari.
o Formação secundária (derivada) do Estado:
Estados que surgem a partir de outros Estados
preexistentes.
 Junção: dois Estados que se unem e
formam um novo Estado; ex.: Uruguasil.
 Fracionamento: um Estado se divide em
vários outros. Ex.: Brasil se divide em
Brasul e Branorte.
o Ideias sobre o surgimento dos Estados:
 Causas naturais:
 Origem familiar: religiosa (bíblicos,
sagrados...);
 Origem em causas econômicas:
trabalhar juntas  benefícios da
divisão do trabalho; desenvolvimento
profissional e para proteger capital
(usada bastante por teóricos
socialistas).
 Outras correntes: Estado surgiu com a
imposição da força; desenvolvimento
interno próprio.
 Causa contratual: Estado nasce como
pacto social, não somente por causa das
famílias, tampouco somente por questões
econômicas  vontade das pessoas.
o Um Estado pode morrer? Ontologicamente, o
Estado se predispõe à perpetuação.
Permanente, organizado...
 Algumas causas naturais podem levar à
extinção do Estado: desastre (terremoto,
erupção vulcânica, maremoto...). Ex.:
erupção do Vesúvio.
 Outras causas, não naturais, também
podem levar à extinção do Estado: campo
militar (mais forte conquista o mais fraco);
emigração (saída de pessoas do Estado);
renúncia à condição de Estado...

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