característicos: o (Dalmo de Abreu Dallari): naturalista e contratualista. Naturalista: “A Política”, de Aristóteles. Séc. IV, a.C. conclui que “o homem é naturalmente um animal político”. Só não viveria em sociedade quem fosse superior ao homem médio ou uma pessoa vil. Se o homem tem razão, possui o sentimento de bem/mal, justo/injusto. Séculos depois, Roma, Cícero, em “Da República” ser humano não foi feito para o isolamento (social) completo. Mesmo que o homem tenha abundância de bens, ele precisa de outros seres hum. DICA: filme “Náufrago”! Idade média: São Tomás de Aquino, na Summa Theologica, homem é um animal social e político, que vive em multidão. Homem só viveria sozinho: o Excellentia naturae: pessoa virtuosa; o Corruptio naturae: pessoa que tiver algum problema mental ou de desenvolvimento; o Mala fortuna: pessoa, por exemplo, sofre um acidente e resta sozinha. RESUMO corr. nat.: sociedade é um produto da conjugação de impulsos naturais de associação e de cooperação da vontade humana.
Contratualista (pactualista): a sociedade
surge a partir de um acordo de vontades entres os homens. Thomas Hobbes, “O Leviatã”: O homem, num estado de natureza, viveria em guerra de todos contra todos. Para afastar este estado de guerra, é necessário que se crie um “estado de sociedade”. resulta de um pacto (estado formalmente constituído entre as pessoas. John Locke: em “Segundo tratado sobre governo”: discute o contratualismo. Para ele, o homem, em estado de natureza, não vive em guerra constante contra todos. O homem, portanto, não é de todo ruim. O homem é um animal altruísta! Passa a viver num estado de sociedade para que as leis (conhecidas e aprovadas por todos) tenham caráter obrigatório impõe o seu cumprimento a todas as pessoas. Monstesquieu: em “Do espírito das leis”, opõe a Hobbes e afirma que o homem (em estado de natureza) vive ATEMORIZADO! Prefere viver em sociedade, longe das leis da natureza (lei do mais forte, lei da prevalência do instinto...), porque: 1) desejo de paz. 2) necessidades. 3) atração natural entre os sexos opostos. 4) desejo geral de viver em sociedade. Jean-Jacques Rousseau: “O contrato social”, homem é dotado de bondade no estado de natureza. Surge por uma vontade de organização, de ordem social. Autocomposição de tarefas/funções, que traz um estado de vida melhor para as pessoas. RESUMO corr. contr.: predomina a ideia de aceitação de que a sociedade é resultante de uma necessidade do homem, mas sem excluir a participação da consciência e da vontade humanas.
o As sociedades humanas modernas têm os
seguintes elementos característicos: 1. Finalidade social: Determinista: não existe lib. de escolha na sociedade. Finalista: o homem utiliza a sociedade para exercitar as suas escolhas/ vontades. o Para os finalistas, existe a ideia de bem comum Papa João XXIII: summum bonum.
2. Ordem social e ordem jurídica: o
primeiro requisito para a ordem social e para a ordem jurídica é a reiteração. Émile Durkheim + Hans Kelsen duas ordens no mundo: a ordem da natureza (acontecimento natural) e a ordem humana (nasce do princípio da imputação). Ordem da natureza: mundo físico; Ordem humana: mundo ético.
3. Poder social: elemento característico da
sociedade, que sempre existiu! Sociabilidade: capacidade de viver em sociedade conforme as regras dela. Bilateralidade: poder é a correlação de duas ou mais vontades, havendo uma que predomina. Dallari: a maior sociedade política que existe é o Estado em si.
UA2 – Teoria do Estado Contemporâneo
Origem e a formação do Estado
Palavra Estado? Latim: “status” (estar firme);
etimologicamente relacionado com ESTABILIDADE! A palavra Estado surge na obra “O Príncipe”, de Maquiavel. o Sociedade política: termo usado a partir do século XVI. AZAMBUJA: Estado seria: “a organização político- jurídica de uma sociedade para realizar o bem público, com governo próprio e território delimitado.” (sociedade POVO) o Estado tridimensional, 3 elementos: POVO; TERRITÓRIO; GOVERNO; (Qualidade SOBERANIA). Resumo sobre o surgimento do Estado: três correntes: o Sociedade sempre existiu, o Estado também sempre existiu; o Sociedade existiu sem o Estado por um período, e num determinado momento, surge o Estado para atender às necessidades coletivas (da maioria das pessoas). o Só se considera Estado a sociedade política dotada de certas características bem definidas, ou seja, as características (elementos) que vimos acima (a partir do século XVII). DALLARI: se o Estado nada mais é do que a formação contratual de uma sociedade, pode-se dizer que os seres humanos optaram por celebrar um pacto visando renúncia a certa liberdade em busca de uma estabilidade institucional. Nascimento e extinção dos Estados: o Formação originária do Estado: Estados que surgem a partir de agrupamentos humanos que não são (ainda) Estados. Ex.: alunos da turma se reúnem e criam um novo Estado: o Azambullari. o Formação secundária (derivada) do Estado: Estados que surgem a partir de outros Estados preexistentes. Junção: dois Estados que se unem e formam um novo Estado; ex.: Uruguasil. Fracionamento: um Estado se divide em vários outros. Ex.: Brasil se divide em Brasul e Branorte. o Ideias sobre o surgimento dos Estados: Causas naturais: Origem familiar: religiosa (bíblicos, sagrados...); Origem em causas econômicas: trabalhar juntas benefícios da divisão do trabalho; desenvolvimento profissional e para proteger capital (usada bastante por teóricos socialistas). Outras correntes: Estado surgiu com a imposição da força; desenvolvimento interno próprio. Causa contratual: Estado nasce como pacto social, não somente por causa das famílias, tampouco somente por questões econômicas vontade das pessoas. o Um Estado pode morrer? Ontologicamente, o Estado se predispõe à perpetuação. Permanente, organizado... Algumas causas naturais podem levar à extinção do Estado: desastre (terremoto, erupção vulcânica, maremoto...). Ex.: erupção do Vesúvio. Outras causas, não naturais, também podem levar à extinção do Estado: campo militar (mais forte conquista o mais fraco); emigração (saída de pessoas do Estado); renúncia à condição de Estado...