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Direito
Administrativo
Livro Eletrônico
AULA ESSENCIAL 80/20
Direito Administrativo
Sumário
Gustavo Scatolino
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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
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Direito Administrativo
Gustavo Scatolino
Contratação Direta........................................................................................................................ 47
Lei n. 14.133/2021........................................................................................................................... 56
Questões de Concurso.................................................................................................................. 65
Gabarito............................................................................................................................................ 72
Gabarito Comentado..................................................................................................................... 73
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AULA ESSENCIAL 80/20
Direito Administrativo
Gustavo Scatolino
Olá!
Esta é a nossa aula essencial 80/20. Ela tem por objetivo trazer os assuntos que realmente
são recorrentes nas provas de concurso. Tudo feito com a ajuda da tecnologia!
A ideia não é ser um resumo de tudo que foi visto. Por isso, você não terá um material
tópico por tópico do edital. Nós vamos trazer os assuntos que estatisticamente têm mais fre-
quência no concurso.
Fizemos uma análise estatística da banca FGV e, com base nesta análise, elaboraremos
nossa aula 80/20.
Assuntos que embora não tenham sido encontrados questões nas últimas provas, vamos
também trazer de forma bem objetiva, pois acreditamos que podem ser exigidos na sua prova.
Nos últimos certames que elaboramos esse material, tivemos um aproveitamento de mais de
75% do conteúdo abordado nas provas.
No final do material, vou deixar algumas questões e você pode ter muitas outras no site do
Gran para treinar bastante!
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Direito Administrativo
Gustavo Scatolino
DIREITO ADMINISTRATIVO
Princípios Administrativos
Princípios de uma ciência são as proposições básicas, fundamentais, típicas, que condicio-
nam todas as estruturações subsequentes; nesse sentido, são os alicerces, os fundamentos
da ciência. (CRETELLA JÚNIOR, 1999).
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Direito Administrativo
Gustavo Scatolino
Legalidade
DICA
A expressão juridicidade significa observar todos os princípios
expressos e implícitos na CF, bem como as demais regras do
ordenamento jurídico, inclusive as que estão fora da Constitui-
ção (bloco de legalidade). Juridicidade representa uma evolu-
ção do princípio da legalidade.
Impessoalidade
A atuação da Administração Pública deve ser impessoal sem favorecer este ou aquele
indivíduo de forma especial.
As realizações governamentais não são do agente público ou da autoridade, mas da en-
tidade pública em nome de quem as produz. A própria CF dá uma consequência expressa a
essa regra, quando, no art. 37, § 1º, proíbe que constem nomes, símbolos ou imagens que ca-
racterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos em publicidade de atos,
programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos.
CUIDADO!
O STF entendeu que há violação aos princípios da impessoalidade e da moralidade administra-
tiva em razão do uso de símbolo e de slogan político-pessoais nas publicidades oficiais.
Esse princípio está implícito na Lei n. 9.784/1999, art. 2º, parágrafo único, III, pois se exige
“objetividade no atendimento do interesse público, vedada a promoção pessoal de agentes e
autoridades.”
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Direito Administrativo
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Moralidade
CUIDADO!
O Ministério Público não pode propor ação popular; no entanto, pode prosseguir com a ação
popular, caso o autor seja negligente.
CUIDADO!
A ação de improbidade administrativa não tem natureza penal, e sim, civil.
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Direito Administrativo
Gustavo Scatolino
O STF entendeu que estão excluídos da vedação da súmula vinculante os agentes/cargos po-
líticos. Ex.: Governador pode nomear um irmão para cargo de Secretário de Estado.
Mas, cuidado: o STF entende que conselheiro de Tribunal de Contas é cargo técnico. Assim,
Governador não pode nomear irmão para essa função.
Publicidade
Divulgação oficial do ato para conhecimento do público e para o início da produção de seus
efeitos (eficácia), bem como o acesso às condutas administrativas.
Não é elemento formativo do ato; é requisito de eficácia e moralidade.
A regra é a publicidade, somente se admitindo exceções em casos de segurança da so-
ciedade e do Estado (art. 5º, XXXIII, da CF) ou em casos que possam violar a intimidade ou a
privacidade. A Lei n. 12.527/2011 dispõe sobre os procedimentos a serem observados pela
União, pelos Estados, pelo Distrito Federal e pelos Municípios, com o fim de garantir o acesso
a informações previsto no inciso XXXIII do art. 5º da CF.
O princípio garante a obtenção de informações, certidões, atestados da Administração, por
qualquer interessado, desde que observe a forma legal, bem como o uso do habeas data.
CUIDADO!
Publicação não é sinônimo de publicidade. A publicação é a divulgação do ato nos meios ofi-
ciais (ex.: Diário Oficial da União), tratando-se de uma forma de publicidade.
Eficiência
Exige que a atividade administrativa seja exercida com presteza, perfeição, rendimento
e economicidade para a Administração. Foi acrescentado com a Emenda Constitucional n.
19/1998 (reforma administrativa). Com a Emenda Constitucional n. 45, passou a ser um direito
com sede constitucional, pois foi inserido no art. 5º, inciso LXXVII, que “assegura a todos, no
âmbito judicial e administrativo a razoável duração do processo e os meios que garantam a
celeridade de sua tramitação.”.
Não se espressa de modo claro
Princípios Implícitos na Constituição
A CF ainda possui vários princípios implícitos. Verificaremos os mais importantes.
Obs.: Não há hierarquia entre os princípios constitucionais, nem mesmo entre os expressos
e implícitos na CF.
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Direito Administrativo
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Razoabilidade/Proporcionalidade
Visa aferir a compatibilidade entre os meios e os fins, de modo a evitar restrições desne-
cessárias ou abusivas com lesão aos direitos fundamentais.
A lei não admite ato praticado com falta de razoabilidade. Desse modo, a inobservância da
razoabilidade atinge a legalidade do ato praticado.
Para o ato ser proporcional ele deve ser:
• adequado: o meio empregado deve ser o correto em vista do fim desejado;
• necessário/exigível: a medida só deve ser utilizada se não houver outros meios menos
gravosos;
• proporcionalidade em sentido estrito: compatibilidade de restrição de um direito e a
prevalência de outro.
EXEMPLO
Não é adequado convocação de candidatos para próxima etapa de concurso com divulgação
apenas em Diário Oficial.
É adequado editar decreto disciplinando uso de fogos de artifício a fim de evitar danos à sociedade.
Não é necessário/exigível determinar a interdição de estabelecimento, ao invés de aplicar
multa, quando encontra apenas uma mercadoria vendida com prazo de validade vencido.
(menos gravoso).
Há proporcionalidade em sentido estrito quando são fixados índices mínimos de consumo de
bebida alcoólica antes de dirigir (a restrição de um direito é proporcional à prevalência do outro).
O princípio em estudo ganha relevância na análise de atos discricionários pelo Poder Ju-
diciário. Nesses atos, como os requisitos de competência, de finalidade e de forma são de-
terminados pela lei, o Judiciário pode exercer amplo controle, confrontando-os com as de-
terminações legais. Entretanto, os requisitos de motivo e objeto são deixados a critério do
administrador, a fim de que ele realize juízo de conveniência e oportunidade para a escolha da
solução mais adequada.
Desse modo, em atos discricionários, o controle jurisdicional sobre o mérito, juízo de con-
veniência e oportunidade têm de ser feitos com reservas. O Judiciário não pode substituir
a análise feita pelo agente público se ele atuou dentro de seus limites. Por exemplo, se um
município precisa de hospital e de escolas e o prefeito decide investir na saúde construindo
hospitais ao invés de escolas, fazendo isso de forma adequada, não poderá o Poder Judiciário
substituir essa decisão.
Entretanto, a atividade do Judiciário em relação a atos administrativos pode alcançar a
análise de mérito, fazendo a correção da ilegalidade se, no exercício de conveniência e de
oportunidade, houver falta de razoabilidade/proporcionalidade, pois, na verdade, esse ato será
um ato ilegal.
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Obs.: Quando o Poder Judiciário anula um ato administrativo, ele não deve indicar a solução
mais adequada.
Segurança Jurídica
Princípio que visa dar maior estabilidade às relações jurídicas, mesmo àquelas que, inicial-
mente, apresentavam vício de ilegalidade.
Decorre desse princípio a fixação do prazo de cinco anos, salvo comprovada má-fé, para a
Administração anular seus atos, conforme o art. 54 da Lei n. 9.784/1999.
Mas atenção!!!
O STF entende que o registro de aposentadoria é ato complexo. Sendo assim, só está
realmente formado o ato com a conjugação da vontade dos dois órgãos (órgão do servidor e
TCU). Enquanto o servidor tem a concessão de aposentadoria apenas perante seu órgão de
origem, esse ato ainda não está formado, pois apenas com o registro perante o TCU é que es-
tará finalizado.
O entendimento inicial do STF era na direção de que o TCU não estaria submetido ao pra-
zo de 5 anos para fazer o registro da aposentadoria. Contudo, era exigida a observância dos
princípios do contraditório e ampla defesa quando o TCU não analisava o registro inicial no
prazo de 5 anos.1
Assim, durante certo tempo a orientação sedimentada pelo STF foi no sentido de se conce-
der direito ao contraditório e à ampla defesa, quando a anulação do ato de aposentadoria ocor-
resse depois de tempo razoável de sua concessão: em média, 5 anos. Sob esse fundamento, o
Supremo aplicou orientação firmada no MS 25.116/DF (v. Informativo 599) para anular acórdão
1
O termo a quo do prazo de 5 anos para que o Tribunal de Contas da União – TCU examine a legalidade dos atos concessivos
de aposentadorias, reformas e pensões conta-se a partir da data de chegada do processo administrativo na própria Corte
de Contas. MS 24781/DF, rel. orig. Min. Ellen Gracie, red. p/ o acórdão Min. Gilmar Mendes, 2.3.2011 (MS-24781) – Informa-
tivo n. 618, STF.
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do TCU, a fim de ser assegurada a oportunidade do uso das garantias constitucionais do contra-
ditório e da ampla defesa. Tratava-se, na espécie, de mandado de segurança impetrado contra
atos do TCU e do Coordenador-Geral de Recursos Humanos do Ministério dos Transportes, que
implicaram no cancelamento da pensão especial percebida pela impetrante. Tendo em conta
que ela vinha recebendo a pensão havia quase 10 anos, de forma ininterrupta, entendeu-se que
seu benefício não poderia ter sido cessado sem que lhe fosse oportunizada manifestação. Ven-
cidos os Ministros Celso de Mello e Cezar Peluso, Presidente, que concediam a ordem totalmen-
te, pronunciando a decadência, e os Ministros Ellen Gracie e Marco Aurélio, que a denegavam.
MS 25403/DF, rel. Min. Ayres Britto, 15.9.2010 (MS-25403-Informativo 600).
Em 2020, o STF aprecia novamente a questão em sede de Repercussão Geral, fixando a
seguinte tese:
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Outro assunto também julgado em sede de Repercussão Geral pelo STF se refere à pres-
crição para execução de condenação fixada por Tribunal de Contas. O STF entendeu que é
prescritível a pretensão de ressarcimento ao erário fundada em decisão de Tribunal de Contas.
Na decisão o STF afastou a aplicação do tema n. 897 (imprescritibilidade referente a atos
dolosos de improbidade). Isso porque, não estão presentes em relação as decisões do Tribunal
de Contas que resultem imputação de débito ou multa os requisitos do tema n. 897, e, que, nos
termos do §3º, do artigo 71 da CF, as multas tem eficácia de título executivo; sendo, portanto,
prescritível a pretensão de ressarcimento ao erário fundada nessas decisões; uma vez que,
(a) TCU não analisa a existência ou não de ato doloso de improbidade administrativa; (b) não
há decisão judicial caracterizando a existência de ato ilícito doloso, inexistindo contraditório e
ampla defesa plenos, pois não é possível ao imputado defender-se no sentido da ausência de
elemento subjetivo.
Motivação
É a indicação dos fatos e fundamentos jurídicos que autorizam a prática do ato. Ex.: ser-
vidor que foi demitido por praticar crime contra a Administração. No ato administrativo de-
missão deve haver a descrição de toda a situação fática ocorrida e de todos os fundamentos
jurídicos que levaram à demissão.
Em termos simples, significa justificar o ato praticado, apresentando as razões (fáticas e
jurídicas) que levaram à sua prática.
Segundo Maria Sylvia (2010), a motivação, em regra, não exige formas específicas, po-
dendo ser ou não concomitante com o ato, além de ser feita, muitas vezes, por órgão diverso
daquele que proferiu a decisão.
• Teoria dos motivos determinantes: quando a Administração indica os motivos que leva-
ram a praticar o ato, este só será válido se os motivos forem verdadeiros. Ex.: na exone-
ração de cargo em comissão, se o ato for motivado, a exoneração somente será válida
se forem apresentados os verdadeiros motivos que levaram à exoneração.
• Motivação aliunde: consiste em declaração de concordância com fundamentos de ante-
riores pareceres, informações, decisões ou propostas que serão parte integrante do ato
(art. 50, § 1º, Lei n. 9.784/1999).
Atualmente, a doutrina entende que a regra é a motivação dos atos administrativos. Contu-
do, o art. 50 da Lei do Processo Administrativo Federal, explicita os atos que obrigatoriamente
exigem motivação:
Art. 50. Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos e dos fundamen-
tos jurídicos, quando:
I – neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses;
II – imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções;
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III – decidam processos administrativos de concurso ou seleção pública;
IV – dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo licitatório;
V – decidam recursos administrativos;
VI – decorram de reexame de ofício;
VII – deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão ou discrepem de pareceres, laudos,
propostas e relatórios oficiais;
VIII – importem anulação, revogação, suspensão ou convalidação de ato administrativo.
§ 1º A motivação deve ser explícita, clara e congruente, podendo consistir em declaração de concor-
dância com fundamentos de anteriores pareceres, informações, decisões ou propostas, que, neste
caso, serão parte integrante do ato. (Motivação aliunde)
§ 2º Na solução de vários assuntos da mesma natureza, pode ser utilizado meio mecânico que repro-
duza os fundamentos das decisões, desde que não prejudique direito ou garantia dos interessados.
§ 3º A motivação das decisões de órgãos colegiados e comissões ou de decisões orais constará da
respectiva ata ou de termo escrito.
CUIDADO!
O interesse público secundário só é válido quando coincide com o interesse público primário.
Os gestores da coisa pública passam a ser autoridades, com poderes e deveres especí-
ficos do cargo ou função, com responsabilidades próprias. Porém, não são donos da coisa
pública e, por isso, não podem abrir mão de buscar sempre o interesse coletivo.
Cada agente administrativo é investido da necessária parcela de Poder Público para o de-
sempenho de suas atribuições. O poder administrativo é atribuído à autoridade para remover
os interesses particulares que se opõem ao interesse público. Nessas condições, o poder de
agir converte-se em dever de agir.
Por não poder dispor dos interesses públicos cuja guarda lhes é atribuída por lei, os po-
deres atribuídos à Administração têm caráter de poder-dever; são poderes que ela não pode
deixar de exercer, sob pena de responder por sua omissão.
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Autotutela/Sindicabilidade
Controle dos próprios atos, revogando os atos legais, inconvenientes e inoportunos, e anu-
lando os ilegais.
Revogação Anulação
Controle de mérito Controle de legalidade
Somente pela Administração Administração e Judiciário
Efeitos ex nunc (não
Efeitos ex tunc (retroativos)
retroativos)
Prazo de cinco anos, salvo
Não há prazo comprovada má-fé (art. 54, Lei n.
9.784/1999).
Sindicabilidade significa que a Administração Pública está sujeita a controle, seja judicial
ou pela própria Administração (autotutela).
Hierarquia
Estabelece que os órgãos da Administração devam estar estruturados de forma que exista
relação de coordenação e subordinação entre eles.
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Organização Administrativa
Centralização
A Administração direta/centralizada corresponde à atuação direta pelo próprio Estado por
meio de seus órgãos. Significa que as entidades políticas (União, Estados, DF e Municípios)
prestam a atividade administrativa por seus próprios órgãos, ou seja, na relação entre o Poder
Público e a atividade prestada não existe nenhuma pessoa.
Os órgãos são centros de competência despersonalizados, instituídos para o desempenho
de funções estatais, por meio de seus agentes, cuja atuação é imputada à pessoa a que per-
tencem. Cada órgão tem necessariamente funções, cargos e agentes, mas é distinto desses
elementos que podem ser modificados, substituídos ou retirados sem supressão da unida-
de orgânica.
O Decreto-Lei n. 200/1967 dispõe sobre a organização da Administração Federal e apre-
senta os seguintes conceitos:
Obs.: Devemos considerar os órgãos do Poder Judiciário e do Poder Legislativo como Admi-
nistração direta quando estão no exercício de atividade administrativa.
Desconcentração
É a distribuição interna de competências dentro da mesma pessoa jurídica, resultando na
criação de ÓRGÃOS. Isso é feito para descongestionar, tirar do centro um volume grande de
atribuições. Na desconcentração há controle hierárquico. Assim, os órgãos superiores podem
revisar, controlar e corrigir os atos de órgãos subordinados.
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Os órgãos integram a estrutura do Estado e das demais pessoas jurídicas não têm perso-
nalidade jurídica nem vontade própria, mas, na área de suas atribuições e nos limites de sua
competência funcional, expressam a vontade da entidade a que pertencem. Os órgãos são
meros instrumentos de ação das pessoas jurídicas.
Excepcionalmente, órgãos
independentes e autônomos podem ter
capacidade processual para a defesa
de suas prerrogativas institucionais
Não possuem: (capacidade processual = personalidade
personalidade jurídica (não é judiciária).
sujeito de direitos) Súmula n. 525 STJ: “A Câmara
Características
patrimônio próprio de vereadores não possui
capacidade processual personalidade jurídica, apenas
personalidade judiciária, somente
podendo demandar em juízo
para defender os seus direitos
institucionais.”
O órgão não possui, como regra, capacidade processual, ou seja, não pode figurar em qual-
quer dos polos de uma relação processual (ativo e passivo). Essa é a regra. Entretanto, há ór-
gãos que podem ter capacidade para certos litígios, como o caso de impetração de mandado
de segurança por órgãos de natureza constitucional, quando se trata de defesa de sua com-
petência. Cite-se como exemplo a Assembleia Legislativa Estadual. Contudo, essa exceção so-
mente se aplica aos órgãos independentes e autônomos para a defesa de suas prerrogativas
institucionais.
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XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa
pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último
caso, definir as áreas de sua atuação;
Por lei específica deve-se entender a lei elaborada somente com um único objetivo, conten-
do apenas um único assunto. Conforme o art. 37, XIX, da CF, é atribuída a lei complementar a
definição das áreas de atuação das fundações.
Quanto às autarquias, a lei cria a entidade. A partir da lei, a autarquia já tem sua existência
jurídica, dispensando qualquer tipo de registro. No caso das demais entidades, a lei apenas
autoriza a criação; com o registro no órgão competente, estarão constituídas.
Dependem ainda de autorização legislativa, em cada caso, a criação de subsidiárias e a
participação de quaisquer das entidades da Administração indireta em empresa privada (art.
37, XX, CF).
Obs.: Vale salientar que o STF, apreciando a Ação Direta de Inconstitucionalidade n. 1.649,
entendeu que basta a lei autorizativa da empresa pública ou sociedade de economia
mista conter uma autorização geral para criação de subsidiárias que se dispensa a
autorização legislativa em cada caso.
Características
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Após o julgamento da ADI n. 1.717/DF, está superada a divergência sobre a natureza au-
tárquica dos conselhos de fiscalização profissional. O art. 58 da Lei n. 9.649/1998 conferiu a
esses conselhos caráter privado, dispondo que esse serviço seja executado por delegação do
Poder Público, mediante delegação legislativa. O STF, ao julgar a referida ADI, fixou o entendi-
mento de que a fiscalização de profissões é atividade típica do Estado que não se enquadra ao
regime jurídico de direito privado. Portanto, devem ter a natureza de entidade autárquica. O STJ
também possui julgados na mesma direção2, inclusive, reafirmou sua jurisprudência, no mes-
mo sentido firmado pelo STF, considerando que o regime jurídico nos conselhos profissionais
deve ser obrigatoriamente estatutário3.
O STF afirma que a OAB “não é entidade da Administração indireta”, não é uma autarquia (ADI
n. 3.026). Apesar de o STJ já ter decido que a OAB é autarquia sui generis (“único em seu gêne-
ro”), em vários outros precedentes desse Tribunal também já ficou expresso que a OAB não é
autarquia (Informativo STF 456).
2. Criação e extinção por lei: é com o início de vigência da lei criadora que tem início a per-
sonalidade jurídica das autarquias. Não necessita de registro.
3. Personalidade de direito público: são transferidas às autarquias todas as prerrogativas
e restrições desse regime.
4. Capacidade/autonomia administrativa e financeira: não possuem autonomia política,
ou seja, capacidade de auto-organização e capacidade de legislar, pois essa autonomia só é
conferida aos entes federativos. (=não possui capacidade política.)
5. Especialização dos fins ou atividades: ao criar-se uma autarquia transfere-se a ela parte
das atribuições do ente federativo para que exerça essa atividade com zelo pelo ente descen-
tralizado (princípio da especialização).
6. Sujeição a controle ou tutela: com a criação de entidades especializadas em determina-
da atividade, elas exercerão suas atribuições com autonomia no que se refere às matérias que
lhe são destinadas. Entre as entidades descentralizadas e o ente federativo não há relação de
subordinação e, sim, de vinculação. Ou seja, a entidade só está vinculada ao ente central, mas
sem relação hierárquica. O controle que existe é o controle de tutela ou controle administrativo,
que afere se a entidade está atuando dentro dos limites que resultaram na sua criação e evita
que pratique atos fora das matérias que lhe foram destinadas.
2
REsp n. 820.696/RJ, Rel. Ministro Arnaldo Esteves Lima, Quinta Turma, julgado em 2/9/2008, DJe 17/11/2008;
REsp n. 879.840/SP, Rel. Ministro Francisco Falcão, Primeira Turma, julg. 3/6/2008, DJe 26/6/2008.
3
REsp n. 507.536/DF, Relator Ministro Jorge Mussi, Quinta Turma, DJe 6/12/2010.
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7. Regime jurídico dos servidores: quanto aos dirigentes, são livremente nomeados e exo-
nerados pelo Chefe do Executivo ou por auxiliar direto, exercendo cargos em comissão.
O STF admitiu que a investidura de Presidente de Autarquia esteja sujeita à autorização
legislativa.4 Desde que esse requisito esteja na LEI que autorizou a criação da autarquia. Por
outro lado, o Supremo Tribunal Federal, entendeu que é inconstitucional a exigência de aprova-
ção legislativa prévia para a exoneração de ocupantes.
Quanto aos seus servidores, devem ser estatutários, com garantia de estabilidade, pois
exercem atividades de fiscalização, regulação, controle, ou seja, atividades típicas de Estado.
(ADI n. 1.717/STF)
8. Seus bens são considerados bens públicos: conforme o Código Civil de 2002, em
seu art. 98:
“São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito
público interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que pertencem.”
9. Responsabilidade objetiva do Estado na forma do art. 37, § 6º, da CF: na reparação de
eventuais danos causados a terceiros não é necessário discutir dolo ou culpa, bastando pro-
var: conduta, dano e nexo causal.
Prerrogativas Autárquicas
• Imunidade tributária: o art. 150, § 2º, da CF veda a instituição de impostos sobre o pa-
trimônio, renda e os serviços das autarquias, desde que vinculados as suas finalidades
essenciais ou que delas decorram. (O STJ entendeu que a imunidade abrange inclusive
imóveis alugados a terceiros, REsp n. 285.799, Informativo STJ 128).
• Impenhorabilidade de seus bens e suas rendas: os pagamentos devem ser feitos por
precatórios judiciais.
• Imprescritibilidade de seus bens: não estão sujeitos a usucapião.
• Prescrição quinquenal: dívidas e direitos em favor de terceiros contra autarquias pres-
crevem em cinco anos.
Fundações
4
ADI 2225 MC, Relator(a): Min. SEPÚLVEDA PERTENCE, Tribunal Pleno, julgado em 29/06/2000.
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Características
1. Pratica atividades de caráter social: ex.: saúde, educação (UnB), cultura, pesquisa etc.
2. Criação
• Se for fundação de pública de direito privado, a lei apenas autoriza a criação; a perso-
nalidade jurídica é adquirida com a inscrição da escritura pública de sua constituição no
Registro Civil de Pessoas Jurídicas.
• Se a fundação pública for de natureza autárquica, a regra a ser aplicada é a mesma que
incide sobre as autarquias; a lei cria a nova entidade.
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São pessoas de DIREITO PRIVADO. Mas seu regime é híbrido/misto, já que se sujeitam a
normas de Direito Público, como a regra do concurso público, prestação de contas ao Tribu-
nal de Contas, necessidade de licitação. Há sujeição ao regime jurídico próprio das empresas
privadas quanto aos direitos e obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributárias. Veda-se
ao Estado-empresário a obtenção de vantagens de que também não possam usufruir as em-
presas da iniciativa privada.
O art. 173 da CF propicia a criação das estatais para o desempenho de atividade econômi-
ca apenas quando houver imperativo de segurança nacional ou relevante interesse coletivo.
As empresas estatais estão sujeitas ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusi-
ve quanto aos direitos e obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários.
Obs.: Segundo o STF, as empresas estatais prestadoras de serviços públicos possuem imu-
nidade tributária (art. 150, VI, da CF) e pagam débitos mediante precatórios (art. 100
da CF), assim, os bens são impenhoráveis (RE n. 407.099).
O STF entendeu que a imunidade tributária dos Correios (ECT) alcança todas as suas
atividades, prestação do serviço postal em caráter exclusivo e atividades econômicas.
(RE n. 601.392, Pleno do STF, decidido por maioria de votos).
Assim, entende-se que as prestadoras de serviços públicos têm imunidade tributária e
impenhorabilidade de bens e rendas.
EXEMPLOS
Empresa Pública (EP): Serpro; Correios – ECT; BNDES, Caixa Econômica Federal, Novacap-DF,
Caesb-DF, Metrô-DF, Casa da Moeda.
Sociedades de Economia Mista (SEM): Banco do Brasil, Petrobras.
Essas duas sociedades possuem traços comuns e traços distintivos. Veremos, primeiro, os
traços comuns entre a empresa pública e a economia mista.
Traços Comuns
• Lei autoriza a criação (art. 37, XIX, da CF): somente com o registro no órgão competente
adquire personalidade jurídica.
O STF tem decidido que, mesmo quando o Poder Público passa por qualquer fato jurídico,
a deter a maioria do capital da empresa, esta não poderá ser considerada sociedade de econo-
mia mista, porque lhe faltará o elemento indispensável a essa configuração: autorização legal.
• Sujeição ao controle do Tribunal de Contas: essa possibilidade foi confirmada pelo STF
ao julgar o MS n. 25.092 e o MS n. 25.181.
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As empresas estatais só se submetem ao teto remuneratório do art. 37, XVI, da CF, se recebem
recursos para pagamento de pessoal ou custeio em geral.
Resumindo:
Mais próxima do regime de direito público. Mais próxima do regime de direito privado.
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Traços Distintivos
Resumindo:
Obs.: Não tramitam na Justiça Federal as ações trabalhistas, acidente do trabalho, falência
e Justiça Eleitoral (art. 109, CF).
Agências
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Agências Executivas
CUIDADO! Agência executiva não é uma nova entidade da Administração indireta; é apenas
resultado de qualificação dada à autarquia ou à fundação.
Agências Reguladoras
Atos Administrativos
Requisitos/Elementos
Para a validade da conduta administrativa, qualquer ato a ser praticado terá os seguintes
requisitos ou elementos:
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Competência/Sujeito
Características
• Irrenunciável: a lei confere a competência ao agente público; dessa forma, não pode ser
renunciada (não pode abrir mão). Entretanto, é possível delegar parte das atribuições,
desde que atendidos os requisitos da lei.
• Improrrogabilidade: a incompetência não se transforma em competência. Um agente
que não recebeu da lei atribuição para praticar determinado ato, não se torna competen-
te pela simples omissão dos interessados em alegar sua incompetência.
• Imprescritível: o não exercício da competência, não importa por quanto tempo, não a
extingue, permanecendo sob a titularidade do agente ao qual a lei a atribuiu.
• Inderrogável (não se derroga): não se transfere por acordo ou vontade das partes. A lei
deve estabelecer as condições.
Delegação e Avocação
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Finalidade
É objetivo de interesse público a atingir. Não há ato administrativo que não vise a interesse
público. O Direito não admite ato administrativo sem finalidade pública ou desviado de suas
finalidades específicas. A finalidade do ato administrativo é aquela que a lei indica.
É a lei que define a finalidade que o ato deve alcançar, não havendo liberdade para a au-
toridade administrativa; se a lei coloca a remoção apenas para deslocamento de servidor, não
pode ser utilizada com outra finalidade. Dessa forma, não cabe ao administrador escolher ou
substituir por outra, ainda que ambas sejam fins públicos.
CUIDADO! A remoção da Lei n. 8.112/1990 não pode ter caráter punitivo. Configura desvio de
finalidade.
Forma
Motivo
Motivo é a situação de fato e de direito que determina ou autoriza a realização do ato admi-
nistrativo. Pode vir expresso, como poder ser deixado a critério do administrador. Ex.: multa em
razão de estacionamento irregular. Motivo de fato = estacionar em local inapropriado; motivo
de direito (fundamentos jurídicos) = poder de polícia do Estado e Código de Trânsito (lei) que
autoriza multa diante dessa infração.
Motivo não se confunde com motivação. Enquanto o motivo é a situação de fato e de direi-
to que autoriza a prática do ato administrativo, a motivação é a justificação, a explicação das
razões (motivos) que levaram o agente público a praticar o ato administrativo. Assim, na motiva-
ção ocorre a explicitação dos motivos que levaram o administrador a editar o ato administrativo.
NOTA: Todo ato tem motivo, mas nem todo ato tem motivação.
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Atualmente, a regra é a motivação dos atos administrativos, seja o ato vinculado ou discri-
cionário. Apesar de a motivação ser a regra, existem atos que a dispensam, como, por exem-
plo, a nomeação e a exoneração de cargo em comissão.
O art. 50 da Lei n. 9.784/1999 apresenta uma lista de atos que obrigatoriamente exigem
motivação.
Art. 50. Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos e dos fundamen-
tos jurídicos, quando:
I – neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses;
II – imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções;
III – decidam processos administrativos de concurso ou seleção pública;
IV – dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo licitatório;
V – decidam recursos administrativos;
VI – decorram de reexame de ofício;
VII – deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão ou discrepem de pareceres, laudos,
propostas e relatórios oficiais;
VIII – importem anulação, revogação, suspensão ou convalidação de ato administrativo.
Objeto
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Imperatividade
Autoexecutoriedade
DICA!
Maria Sylvia (2010) aponta o atributo da tipicidade, sendo a
necessidade de previsão legal para a prática do ato. O ato só
poderá ser utilizado conforme o fim para o qual foi criado. Tra-
ta-se de proteção para o administrado/particular. Para a auto-
ra, são quatro os atributos:
a) presunção de legitimidade;
b) imperatividade;
c) autoexecutoriedade; e
d) tipicidade.
Celso Antônio B de Mello apresenta ainda o atribuído da exigi-
bilidade que é a possibilidade de utilização de meios indiretos
de coerção nos atos administrativos.
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DICA!
O Poder Judiciário nunca revoga ato administrativo na sua fun-
ção típica. Apenas quando agir em função administrativa (atí-
pica) poderá revogar seus próprios atos.
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Revogação Anulação/Invalidação
Atos Legais Ilegais
Conveniência e oportunidade
Análise Legalidade/legitimidade
(mérito)
Administração ou Poder
Competência Administração
Judiciário
5 anos, salvo comprovada
Prazo Não há prazo fixado em lei má-fé (art. 54, Lei n.
9.784/1999)
Convalidação ou Sanatória
A convalidação, também conhecida como sanatória, é a correção do vício existente no
ato administrativo como forma de manter esse ato produzindo seus efeitos e restaurando a
legalidade.
A convalidação possui efeitos retroativos (ex tunc), pois aproveita os efeitos produzidos
no passado.
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A convalidação pode ser feita pela RATIFICAÇÃO quando a autoridade superior confirma o
vício de competência praticado pelo agente subordinado. Ou pela REFORMA quando se retira
a parte inválida de um ato mantendo apenas a parte válida.
CF somente EXCEPCIONALMENTE admite a teoria do risco integral. Pela chamada teoria do risco
integral, não se admite qualquer hipótese de exclusão da responsabilidade do Estado, como, por
exemplo, a culpa exclusiva da vítima, caso fortuito ou força maior. Ao contrário da teoria do risco
administrativo.
A teoria do risco integral é, segundo alguns autores, adotada no Brasil, mas de maneira excepcional,
e apenas com expressa determinação legal. São, por exemplo, baseadas nessa teoria as responsa-
bilidades do Estado por danos nucleares (CF, art. 21, XXIII, d) e as hipóteses de danos decorrentes
de atos terroristas, atos de guerra ou eventos correlatos, contra aeronaves de empresas aéreas
brasileiras, conforme previsto nas Leis nos 10.309, de 22/11/2001, 10.605, de 18/12/2002, e 10.744,
de 9/10/2003.
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Na forma do referido artigo, é necessário que se trate de pessoa jurídica de direito público
ou de direito privado prestadora de serviços públicos. Assim, ficam excluídas as entidades da
Administração indireta que explorem atividade econômica.
Exige também o artigo em estudo que o agente causador do dano atue nessa qualidade (na
qualidade de agente público). Com base nesse requisito, o Supremo Tribunal Federal tem afastado
a responsabilidade objetiva do Estado quando o agente público não tenha atuado nessa qualidade
(Ex.: policial de folga, que não invoca a qualidade de policial, o Estado não responde por seus atos).
Conforme o art. 37, § 6º, da CF, as empresas de direito privado que prestam serviços públi-
cos respondem objetivamente por danos causados a terceiros, incluindo as concessionárias e
permissionárias de serviços públicos.
Para provas de concurso, é correto afirmar que se admite responsabilidade subjetiva nos ca-
sos de omissão do Estado.
Resumindo:
entes federativos
Pessoa jurídica de
autarquias
direito público
fundações autárquicas
empresa pública
Objetiva Pessoa jurídica sociedade de economia
de direito privado mista
(prestadora de concessionários e
serviço público) permissionários de
serviço público
Omissão estatal;
Subjetiva Empresa pública e sociedade de economia mista
que exploram atividade econômica.
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EXEMPLO
Raio que derruba um poste público em cima de um carro particular.
Obs.: Mesmo havendo motivo de força maior ou caso fortuito, a responsabilidade do Estado
poderá ficar configurada, se houver, também, a omissão do Poder Público.
Por exemplo, quando as chuvas provocam enchente na cidade, inundando casas e des-
truindo objetos, o Estado responderá se ficar demonstrado que a realização de deter-
minados serviços de limpeza dos bueiros teria sido suficiente para impedir a enchente.
Porém, nesse caso, a responsabilidade do Estado será subjetiva.
A mesma regra aplica-se quando se trata de atos de terceiros, como é o caso de danos cau-
sados por atos de multidão ou por delinquentes. O Estado responderá se ficar caracterizada a
sua omissão, ocorrendo falha na prestação do serviço público.
Nos casos de culpa concorrente entre a vítima e o Estado, a responsabilidade do Estado
será atenuada.
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Ação Regressiva
Prescrição: Vítimas x Estado
Atualmente, o STF entende que a Fazenda Pública (o Estado) está sujeita a prazo para
mover ação de regresso contra o agente em razão de ilícito civil (entende-se que esse prazo é
de 5 anos).
Obs.: A única ação de regresso que não está sujeito a prazo (imprescritível) é a ação de
regresso em razão de ato doloso de improbidade.
Poderes Administrativos
Abuso de Poder
O exercício dos poderes administrativos deve ser utilizado de modo correto, a fim de que o
agente público não cometa abuso de poder.
O abuso de poder ocorre quando a autoridade, embora competente para praticar o ato,
ultrapassa os limites de suas atribuições; ou pratica ato visando ao interesse próprio ou utili-
zando atos para finalidades não previstas em lei.
O abuso de poder pode ocorrer de duas formas:
• excesso de poder: quando a autoridade, embora competente para praticar o ato, vai
além do permitido e exorbita no uso de suas atribuições administrativas. O abuso de
poder pelo excesso viola o requisito de competência do ato administrativo.
• desvio de finalidade/desvio de poder: embora atuando nos limites de sua competência,
pratica o ato por motivos pessoais ou com fins diversos dos objetivos dados pela lei ou
exigidos pelo interesse público. O abuso de poder pelo desvio viola o requisito da fina-
lidade. Ex.: desapropriação para prejudicar desafeto político, remoção de servidor com
caráter punitivo.
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O desvio da finalidade pode ser genérico ou específico. Os atos administrativos têm fina-
lidade genérica, satisfação do interesse público, e finalidade específica, fim específico do ato
que foi criado.
Importante salientar que a remoção prevista na Lei n. 8.112/1990 somente pode ser uti-
lizada para adequação de lotação do servidor, pois essa foi a finalidade de interesse público
atribuída à remoção. Portanto, se a remoção for utilizada para punir o servidor, será ato ilegal
e que deve ser anulado.
A remoção prevista na Lei n. 8.112/1990 não pode ter caráter punitivo.
Espécies de Poderes
Poder Hierárquico
Poder Disciplinar
EXEMPLO
Concessionários e permissionários de serviço público e alunos em universidades.
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Mas, cuidado: se ficar provado que o servidor cometeu um ato ilegal, ele deve ser punido,
nesse aspecto não há liberdade, passando a ser ato vinculado.
Também é discricionário porque não há a necessidade de todas as infrações administrati-
vas estarem previamente definidas em lei. Prevalece no Direito Administrativo o princípio da ati-
picidade, ao contrário do Direito Penal em que todos os ilícitos penais já estão descritos em lei.
A motivação da punição disciplinar é sempre imprescindível para a validade da sanção.
O poder disciplinar é exercido pela Administração. Entretanto, se a infração disciplinar pra-
ticada pelo servidor caracterizar ilícito, penal o servidor responderá também na esfera penal,
sendo as duas instâncias independentes, salvo no caso do art. 126 da Lei n. 8.112/1990:
Art. 126. A responsabilidade administrativa do servidor será afastada no caso de absolvição crimi-
nal que negue a existência do fato ou sua autoria.
Assim, absolvido na esfera penal com base em um desses dois fundamentos, o servidor
não poderá receber punição na via administrativa.
CUIDADO! As bancas de concurso, geralmente, colocam questões em que o servidor foi ab-
solvido na esfera penal por falta/ausência de provas, mas esta hipótese não vincula a decisão
administrativa.
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Poder Regulamentar
O Poder Legislativo, ao editar as leis, nem sempre possibilita que sejam elas executadas.
Cumpre à Administração criar mecanismos de complementação das leis indispensáveis a sua
efetiva aplicabilidade.
Dessa forma, poder regulamentar é o poder de que dispõem os chefes do Poder Executivo
para editarem decretos visando à correta execução da lei.
Alguns autores preferem falar em poder normativo, no sentido de que é a competência
da Administração para a edição de atos de caráter normativo, pois o poder regulamentar não
esgota toda competência normativa da Administração. Assim, o poder regulamentar pertence
aos chefes do Poder Executivo e o poder normativo pertence a toda a Administração.
A prerrogativa é somente para complementar a lei, não pode, por isso, alterá-la a pretexto
de estar regulamentando. Por essa razão, o art. 49, V, da CF autoriza o Congresso Nacional a
sustar atos normativos que extrapolem o poder de regulamentação.
Regulamentos Autônomos
Poder Discricionário
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Poder de Polícia
É o poder de que dispõe o Estado para condicionar e restringir o uso e o gozo de bens, ati-
vidades e direitos, em benefício da coletividade.
A CF autoriza a União, os Estados, o DF e os Municípios a instituírem taxas em razão do
exercício do poder de polícia (art. 145, II).
Atributos
EXEMPLO
Demolição de edificação irregular.
Obs.: Para o STF se a casa estiver habitada, deve ter autorização judicial para efetivar a
demolição.
Excluem-se da autoexecutoriedade a cobrança de multas. Somente podem ser cobra-
das por via judicial.
Celso Antônio Bandeira de Mello (2009) aponta três hipóteses em que é possível a autoe-
xecutoriedade:
• quando a lei autoriza;
• quando for urgente a providência administrativa;
• quando não houver outra via de resguardar o interesse público.
c) Coercibilidade: imposição coativa das medidas adotadas. Todo ato de polícia é impera-
tivo, admitindo até força pública para o seu cumprimento, quando resistido pelo administrado.
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EXEMPLO
Contratar uma empresa privada de demolição ou implosão para destruir obras efetuadas irre-
gularmente.
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O Supremo tribunal Federal, ao julgar a ADI n. 1.717 entendeu que pessoas de direito pri-
vado não podem exercer o poder de polícia. No caso concreto, a Lei n. 9.649/1998 conferiu
natureza de direito privado aos conselhos regionais que fiscalizam profissão. Segundo o STF,
o serviço de fiscalização constitui atividade típica do Estado, envolvendo, também, poder de
polícia, poder de tributar e de punir, insuscetíveis de delegação a entidades privadas.
IMPORTANTE DECISÃO STF: “É constitucional a delegação do poder de polícia, por meio de lei,
a pessoas jurídicas de direito privado integrantes da Administração Pública indireta de capital
social majoritariamente público que prestem exclusivamente serviço público de atuação pró-
pria do Estado e em regime não concorrencial.”
Vale salientar que as autarquias (entidades da Administração indireta), por serem dotadas
de personalidade jurídica de direito público, podem receber a delegação para o exercício do
poder de polícia. Ex.: Detran e Procon.
O STF entendeu que as guardas municipais, desde que autorizadas por lei municipal, têm
competência para fiscalizar o trânsito, lavrar auto de infração de trânsito e impor multas. Para
o Supremo é constitucional a atribuição às guardas municipais do exercício do poder de polícia
de trânsito, inclusive para a imposição de sanções administrativas previstas em lei. A fiscaliza-
ção do trânsito, com aplicação das sanções administrativas (multas), constitui mero exercício
de poder de polícia, não havendo, portanto, proibição de que seja exercida por órgãos que não
fazem parte das carreiras policiais, como é o caso das guardas municipais, cuja atribuição des-
crita na CF, art. 144, § 8º, não é exaustiva. STF. Plenário. RE 658570/MG, rel. orig. Min. Marco
Aurélio, red. p/ o acórdão Min. Roberto Barroso, julgado em 6/8/2015 (Info 793).
Resumindo:
PODERES ADMINISTRATIVOS
EXCESSO DE PODER – o agente vai além de suas atribuições.
ABUSO DE PODER DESVIO DE PODER – agente pratica ato para interesse pessoal ou
sem atender ao seu fim legal.
Poder de estabelecer hierarquia entre os órgãos e agentes públicos.
Não há hierarquia:
PODER Adm Direta – Indireta
HIERÁRQUICO Entre as pessoas políticas
Entre os três Poderes
Nas funções típicas do PL e PE
É o poder que a administração tem de punir internamente as
PODER DISCIPLINAR infrações funcionais dos seus servidores e demais pessoas sujeitas à
relação especial com o Estado.
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PODERES ADMINISTRATIVOS
É o poder de expedir atos normativos/decretos para a
PODER
complementação das leis.
REGULAMENTAR/
Obs! Decreto não pode inovar na ordem jurídica. Não pode
NORMATIVO
contrariar a lei.
É a prerrogativa concedida aos agentes administrativos de elegerem,
PODER
entre as várias condutas possíveis, a que traduz maior conveniência e
DISCRICIONÁRIO
oportunidade para o interesse público.
Confere à administração o poder para a prática de atos de sua
PODER VINCULADO
competência, determinando os elementos e requisitos necessários à
OU REGRADO
sua formalização. Não há liberdade para os agentes públicos.
É o poder do Estado de impor limitações ao exercício do Direito à
liberdade e à propriedade.
Características:
PODER DE POLÍCIA
1. Discricionariedade
2. Autoexecutoriedade
3. Coercibilidade
Licitação
Modalidades (Art. 22)
As modalidades de licitação são normas gerais. Portanto, é competência da União legis-
lar sobre as modalidades a serem utilizadas na busca da melhor proposta. Assim, somente a
União é que pode criar, por lei, nova modalidade de licitação.
A Lei n. 8.666/1993 veda a criação de outras modalidades de licitação ou a sua combinação.
A vedação imposta pela lei direciona-se ao agente público que realizará a licitação; não abran-
ge o ente federal (União), que terá competência para criar novas modalidades, como ocorreu
com o pregão, criado pela Medida Provisória n. 2.026/2000, convertida na Lei n. 10.520/2002.
Não se deve confundir modalidade com tipo de licitação. Tipo é o critério de julgamento a ser
utilizado (menor preço, melhor técnica ou técnica e preço, maior lance ou oferta), modalidade
é o procedimento a ser fixado em lei (concorrência, tomada de preços...)
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CONCORRÊNCIA TP CONVITE
Obras e serviços de acima de R$ até R$ até R$
engenharia 3.300.000,00 3.300.000,00 330.000,00
Compra e outros acima de R$ até R$ até R$
serviços 1.430.000,00 1.430.000,00 176.000,00
DICA!
No caso de consórcios públicos5, aplicar-se-á o dobro dos va-
lores mencionados no caput deste artigo, quando formado por
até 3 (três) entes da Federação, e o triplo, quando formado por
maior número.
Concorrência
DICA!
A concorrência é a modalidade destinada às licitações inter-
nacionais. Entretanto, é possível realizar licitação internacional
mediante tomada de preços, se houver cadastro internacional
de fornecedores ou, também, por meio de convite, se não hou-
ver fornecedor do produto ou do serviço no País, respeitados
os limites de valor (art. 23, § 3º).
5
O consórcio público é a pessoa jurídica, formada exclusivamente por entes federativos, para a prestação de ser-
viços na forma de gestão associada, nos termos do art. 241 da CF e da Lei n. 11.107/2005. É o caso, por exem-
plo, da conjugação dos recursos de dois ou mais municípios formando consórcio público para a construção de
uma universidade ou hospital.
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É permitido nos casos em que couber convite, utilizar a tomada de preços e, em qualquer
caso, a concorrência (art. 23, § 4º).
Tomada de Preços
Convite
Não se obtendo o número legal mínimo de três propostas aptas à seleção, na licitação sob a mo-
dalidade Convite, impõe-se a repetição do ato, com a convocação de outros possíveis interessados
ressalvados as hipóteses previstas no § 7º do art. 22 da Lei n. 8.666/1993.
Concurso
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O concurso da Lei de Licitação é para a escolha do melhor trabalho, portanto, não se con-
funde com o concurso exigido pela Constituição para a ocupação em cargos públicos de provi-
mento efetivo. Os contratos para a prestação de serviços técnicos profissionais especializados
deverão, preferencialmente, ser celebrados mediante a realização de concurso, ressalvados
os casos de inexigibilidade de licitação em que haverá contratação direta sem licitação (art.
13, § 1º).
NOTA: No concurso, os critérios de julgamento serão definidos pelo edital.
Leilão
Leilão é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para a venda de bens mó-
veis inservíveis para a Administração (qualquer valor) ou de produtos legalmente apreendidos
ou penhorados a quem oferecer o maior lance, igual ou superior ao valor da avaliação.
Como dito anteriormente, a concorrência é a modalidade utilizada para adquirir ou alienar
imóveis. Contudo, o leilão também pode ser utilizado para alienação de bens imóveis da Ad-
ministração Pública, desde que a aquisição haja derivado de procedimentos judiciais ou de
dação em pagamento (art. 19).6
Obs.: É possível utilizar o leilão para venda de imóveis que tenham sido adquiridos por dação
em pagamento ou decorrente de procedimento judicial.
Pregão
O pregão tem por finalidade a aquisição de bens e serviços comuns. De acordo com a
lei, bens e serviços comuns são aqueles que podem ter padrões de qualidade e desempenho
indicados com as condições usuais do mercado como, por exemplo, materiais de escritório,
limpeza, aquisição de café, serviços de manutenção de elevadores e segurança, contratação
de serviços de coleta seletiva, reciclagem e transporte final de resíduos, aquisição e instalação
de ar condicionado etc.
O pregão poderá ser utilizado para qualquer valor de contratação; não há imposição de
limites, desde que se trate de bens e serviços comuns. Não há limite de valor no pregão.
O critério de julgamento (tipo de licitação) será sempre o MENOR PREÇO (ou MAIOR DES-
CONTO sobre o preço).
6
A dação em pagamento é a forma de quitação de dívida por meio diverso daquele inicialmente previsto,
em que o credor pode consentir em receber prestação diversa da que lhe é devida, regulada pelo art. 356 do
Código Civil.
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MUITO IMPORTANTE!!!
O art. 5º da Lei do Pregão estabelece as seguintes vedações no procedimento licitatório:
I – garantia de proposta;
II – aquisição do edital pelos licitantes, como condição para participação no certame, e
III – pagamento de taxas e emolumentos, salvo os referentes a fornecimento do edital, que não
serão superiores ao custo de sua reprodução gráfica, e aos custos de utilização de recursos de
tecnologia da informação, quando for o caso.
Contratação Direta
Regras Relacionadas à Dispensa e à Inexigibilidade
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Dispensada Atuação
(art. 17) vinculada Casos
Dispensa
Contratação Atuação taxativos
Dispensável
direta discricionária
Casos
Inexigibilidade Inviabilidade de competição
exemplificativos
Como dito acima, o art. 25 da Lei de Licitações apresenta três casos exemplificativos de
inexigibilidade em razão da inviabilidade de competição.
Fornecedor Exclusivo
I – para aquisição de materiais, equipamentos, ou gêneros que só possam ser fornecidos por pro-
dutor, empresa ou representante comercial exclusivo, vedada a preferência de marca, devendo a
comprovação de exclusividade ser feita através de atestado fornecido pelo órgão de registro do
comércio do local em que se realizaria a licitação ou a obra ou o serviço, pelo Sindicato, Federação
ou Confederação Patronal, ou, ainda, pelas entidades equivalentes;
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II – para a contratação de serviços técnicos enumerados no art. 13 desta Lei, de natureza singular,
com profissionais ou empresas de notória especialização, vedada a inexigibilidade para serviços de
publicidade e divulgação;
Art. 13. Para os fins desta Lei, consideram-se serviços técnicos profissionais especializados os
trabalhos relativos a:
I – estudos técnicos, planejamentos e projetos básicos ou executivos;
II – pareceres, perícias e avaliações em geral;
III – assessorias ou consultorias técnicas e auditorias financeiras ou tributárias;
IV – fiscalização, supervisão ou gerenciamento de obras ou serviços;
V – patrocínio ou defesa de causas judiciais ou administrativas;
VI – treinamento e aperfeiçoamento de pessoal;
VII – restauração de obras de arte e bens de valor histórico.
O profissional deve possuir características individuais distintas dos demais que atuam no
mesmo ramo, tornando-o o mais apropriado e conveniente para o desenvolvimento do trabalho.
Deve, ainda, tratar-se de objeto singular. Ou seja, deve ser uma situação excepcional da
Administração. A contratação de serviços técnicos profissionais especializados não é para
atividades corriqueiras.
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III – para contratação de profissional de qualquer setor artístico, diretamente ou através de empre-
sário exclusivo, desde que consagrado pela crítica especializada ou pela opinião pública.
A Lei de Licitações, atualmente, enumera trinta e dois casos taxativos para licitação dis-
pensável, sendo situações em que há discricionariedade para o agente público realizar juízo de
conveniência e oportunidade para decidir se realizará, ou não, licitação.
A licitação poderá ser dispensável em razão do valor, de situações excepcionais, do objeto
e da pessoa a ser contratada.
DECORE ESSA LISTA!!!!
I – para obras e serviços de engenharia de valor até 10% (dez por cento) do
limite previsto na alínea a, do inciso I do artigo anterior, desde que não se refiram
a parcelas de uma mesma obra ou serviço ou ainda para obras e serviços da
mesma natureza e no mesmo local que possam ser realizadas conjunta e
concomitantemente; (10% de R$ 176.000,00 = R$ 17.6000,00)
Valor II – para outros serviços e compras de valor até 10% (dez por cento) do limite
previsto na alínea a, do inciso II do artigo anterior e para alienações, nos casos
previstos nesta Lei, desde que não se refiram a parcelas de um mesmo serviço,
compra ou alienação de maior vulto que possa ser realizada de uma só vez; (10%
de R$ 330.000,00 = R$ 33.000,00)
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III – nos casos de guerra ou grave perturbação da ordem; (Cuidado! Esse caso é
dispensável)
IV – nos casos de emergência ou de calamidade pública, quando caracterizada
urgência de atendimento de situação que possa ocasionar prejuízo ou
comprometer a segurança de pessoas, obras, serviços, equipamentos e
outros bens, públicos ou particulares, e somente para os bens necessários ao
atendimento da situação emergencial ou calamitosa e para as parcelas de obras
e serviços que possam ser concluídas no prazo máximo de 180 (cento e oitenta)
dias consecutivos e ininterruptos, contados da ocorrência da emergência ou
calamidade, vedada a prorrogação dos respectivos contratos;
V – quando não acudirem interessados à licitação anterior e esta, justificadamente,
não puder ser repetida sem prejuízo para a Administração, mantidas, neste caso,
todas as condições preestabelecidas; (licitação deserta)
VI – quando a União tiver que intervir no domínio econômico para regular preços
ou normalizar o abastecimento; (somente para a União)
VII – quando as propostas apresentadas consignarem preços manifestamente
superiores aos praticados no mercado nacional, ou forem incompatíveis com os
fixados pelos órgãos oficiais competentes, casos em que, observado o parágrafo
Situações único do art. 48 desta Lei e, persistindo a situação, será admitida a adjudicação
excepcionais direta dos bens ou serviços, por valor não superior ao constante do registro de
preços, ou dos serviços; (Vide § 3º do art. 48)
IX – quando houver possibilidade de comprometimento da segurança nacional,
nos casos estabelecidos em decreto do Presidente da República, ouvido o
Conselho de Defesa Nacional;
XI – na contratação de remanescente de obra, serviço ou fornecimento, em
consequência de rescisão contratual, desde que atendida a ordem de classificação
da licitação anterior e aceitas as mesmas condições oferecidas pelo licitante
vencedor, inclusive quanto ao preço, devidamente corrigido;
XIV – para a aquisição de bens ou serviços nos termos de acordo internacional
específico aprovado pelo Congresso Nacional, quando as condições ofertadas
forem manifestamente vantajosas para o Poder Público;
XVIII – nas compras ou contratações de serviços para o abastecimento de navios,
embarcações, unidades aéreas ou tropas e seus meios de deslocamento quando
em estada eventual de curta duração em portos, aeroportos ou localidades
diferentes de suas sedes, por motivo de movimentação operacional ou de
adestramento, quando a exiguidade dos prazos legais puder comprometer a
normalidade e os propósitos das operações e desde que seu valor não exceda ao
limite previsto na alínea a do inciso II do art. 23 desta Lei (R$ 80.000,00).
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Resumindo:
Concorrência Tomada de preços Convite
Modalidade
modalidade de licitação
de licitação modalidade de
entre interessados do ramo
entre quaisquer licitação entre
pertinente ao seu objeto,
interessados interessados
cadastrados ou não, escolhidos
que, na fase devidamente
e convidados em número
inicial de cadastrados ou que
mínimo de 3 (três) pela unidade
habilitação atenderem a todas
administrativa, a qual afixará,
Conceito preliminar, as condições exigidas
em local apropriado, cópia do
(art. 22) comprovem para cadastramento
instrumento convocatório
possuir os até o terceiro dia
e o estenderá aos demais
requisitos anterior à data do
cadastrados na correspondente
mínimos de recebimento das
especialidade que manifestarem
qualificação propostas, observada
seu interesse com antecedência
exigidos no edital a necessária
de até 24 (vinte e quatro) horas
para execução de qualificação.
da apresentação das propostas.
seu objeto.
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Pregão
Concurso Leilão Lei n.
10.520/2002
Modalidade para
aquisição de
bens e serviços
Modalidade de licitação
Modalidade de licitação comuns.
entre quaisquer
entre quaisquer interessados Bens e serviços
interessados para escolha
para a venda de bens comuns são
de trabalho técnico,
móveis inservíveis para a aqueles cujos
científico ou artístico,
Administração ou de produtos padrões de
mediante a instituição de
Conceito legalmente apreendidos desempenho
prêmios ou remuneração
(art. 22) ou penhorados, ou para a e qualidade
aos vencedores, conforme
alienação de bens imóveis possam ser
critérios constantes
prevista no art. 19, a quem objetivamente
de edital publicado na
oferecer o maior lance, igual definidos
imprensa oficial com
ou superior ao valor da pelo edital,
antecedência mínima de
avaliação. por meio de
45 (quarenta e cinco) dias.
especificações
usuais no
mercado.
Em regra, aberto a
Participantes Em regra, aberto a todos. Aberto a todos.
todos.
Após a fase de
Habilitação Pode ou não exigir Pode ou não exigir classificação ou
julgamento.
Venda de bens móveis
inservíveis para a
Administração ou de
produtos legalmente
apreendidos ou
Escolha do melhor Aquisição de bens e
penhorados ou
Hipóteses trabalho técnico, serviços comuns de
alienação de bens
científico ou artístico. qualquer valor.
imóveis adquiridos
por procedimentos
judiciais ou de dação
em pagamento (art.
18).
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Pregão
Concurso Leilão Lei n.
10.520/2002
Art. 3º, IV –
10.520/2002 – a
autoridade competente
designará, dentre os
servidores do órgão ou
entidade promotora da
licitação, o pregoeiro
e respectiva equipe de
Art. 51, § 5º. comissão Art. 53. Leiloeiro
apoio.
especial integrada por oficial ou a servidor
Observação
pessoas de reputação designado pela
A equipe de apoio
Comissão ilibada e reconhecido Administração,
deverá ser integrada
conhecimento da matéria procedendo-se na
em sua maioria
em exame, servidores forma da legislação
por servidores
públicos ou não. pertinente.
ocupantes de cargo
efetivo ou emprego
da Administração,
preferencialmente
pertencentes ao quadro
permanente do órgão ou
entidade promotora do
evento.
Lei n. 14.133/2021
Âmbito de Aplicação
Não tem vacatio legis.
VIGÊNCIA
IMEDIATA
Revogação imediata dos arts. 89
a 109 da Lei n. 8.666/1993 (crimes).
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PL E PJ QUANDO EM FUNÇÃO
ADMINISTRATIVA
ADM.
UNIÃO, ESTADOS, DF E MUNICÍPIOS
PÚBLICA
FUNDOS ESPECIAIS
@gustavo.scatolino
PECULIARIDADES
CONTRATAÇÃO LOCAIS
NO EXTERIOR
PRINCÍPIOS DA
LEI N. 14.133/2021
LVI – sobrepreço: preço orçado para licitação ou contratado em valor expressivamente superior
aos preços referenciais de mercado, seja de apenas 1 (um) item, se a licitação ou a contratação for
por preços unitários de serviço, seja do valor global do objeto, se a licitação ou a contratação for por
tarefa, empreitada por preço global ou empreitada integral, semi-integrada ou integrada;
LVII – superfaturamento: dano provocado ao patrimônio da Administração, caracterizado, entre ou-
tras situações, por: a) medição de quantidades superiores às efetivamente executadas ou forneci-
das; b) deficiência na execução de obras e de serviços de engenharia que resulte em diminuição
da sua qualidade, vida útil ou segurança; c) alterações no orçamento de obras e de serviços de
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engenharia que causem desequilíbrio econômico-financeiro do contrato em favor do contratado; d)
outras alterações de cláusulas financeiras que gerem recebimentos contratuais antecipados, dis-
torção do cronograma físico-financeiro, prorrogação injustificada do prazo contratual com custos
adicionais para a Administração ou reajuste irregular de preços;
Dos Princípios
Art. 94. A divulgação no Portal Nacional de Contratações Públicas (PNCP) é condição indispensável
para a eficácia do contrato e de seus aditamentos e deverá ocorrer nos seguintes prazos, contados
da data de sua assinatura:
I – 20 (vinte) dias úteis, no caso de licitação;
II – 10 (dez) dias úteis, no caso de contratação direta.
AGENTE DE
AGENTES CONTRATAÇÃO Auxiliado por equipe de apoio
PÚBLICOS
Responde individualmente pelos atos que praticar,
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salvo quando induzido a erro pela atuação da equipe
PREGÃO Pregoeiro
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Fases da Licitação
Art. 20. Os itens de consumo adquiridos para suprir as demandas das estruturas da Administração
Pública deverão ser de qualidade comum, não superior à necessária para cumprir as finalidades às
quais se destinam, vedada a aquisição de artigos de luxo.
O edital poderá, na forma disposta em regulamento, exigir que percentual mínimo da mão
de obra responsável pela execução do objeto da contratação seja constituído por:
I – mulheres vítimas de violência doméstica;
II – oriundos ou egressos do sistema prisional.
Recursos
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Modalidades
ANTES Com a LEI N. 14.133/2021
– concorrência
– tomada de preços – concorrência
– convite – concurso
– concurso – leilão
– leilão – pregão
– pregão – Lei n. 10.520/2002 – diálogo competitivo
– RDC (Lei n. 12.462/2011)
DIÁLOGO
CONCORRÊNCIA PREGÃO CONCURSO LEILÃO
COMPETITIVO
– aquisição – contratação de
de bens e – escolha obras, serviços e
– alienação
serviços de trabalho compras;
de bens
comuns técnico, – licitantes
– bens e serviços imóveis; ou
– serviços científico ou previamente
especiais; – alienação
comuns de artístico selecionados;
OBJETO – obras e serviços de bens
engenharia. (Obs! – desenvolver
comuns e especiais móveis
(Obs! Pagamento uma ou mais
de engenharia inservíveis ou
VEDADO de prêmio ou alternativas
legalmente
para obras remuneração ao capazes de
apreendidos
e serviços vencedor) atender às suas
intelectuais) necessidades
a) menor preço;
b) melhor técnica ou
– menor – melhor
conteúdo artístico;
CRITÉRIO DE preço; técnica; ou
c) técnica e preço; – maior lance – fixados em edital
JULGAMENTO – maior – conteúdo
d) maior retorno
desconto. artístico
econômico;
e) maior desconto;
comissão de
contratação
Agente de composta de pelo
Contratação menos 3 (três)
Leiloeiro
(Obs! Sendo bens e servidores efetivos
AGENTES Agente de oficial ou
serviços especiais, Pregoeiro ou empregados
PÚBLICOS contratação servidor
pode ser substituído públicos
designado
por Comissão – 3 pertencentes
membros) aos quadros
permanentes da
Administração
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Setor Artístico
Considera-se empresário exclusivo a pessoa física ou jurídica que possua contrato, de-
claração, carta ou outro documento que ateste a exclusividade permanente e contínua de
representação, no País ou em Estado específico, do profissional do setor artístico, afastada a
possibilidade de contratação direta por inexigibilidade por meio de empresário com represen-
tação restrita a evento ou local específico.
Credenciamento
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AULA ESSENCIAL 80/20
Direito Administrativo
Gustavo Scatolino
DICA!
Ler e memorizar as hipóteses de dispensa do art. 75.
Os mais importantes:
Para fins de aferição dos valores que atendam aos limites referidos nos incisos I e II do caput
deste artigo, deverão ser observados:
I – o somatório do que for despendido no exercício financeiro pela respectiva unidade gestora;
II – o somatório da despesa realizada com objetos de mesma natureza, entendidos como tais
aqueles relativos a contratações no mesmo ramo de atividade.
Não se aplica o disposto no § 1º deste artigo às contratações de até R$ 8.000,00 (oito mil reais)
de serviços de manutenção de veículos automotores de propriedade do órgão ou entidade
contratante, incluído o fornecimento de peças.
Os valores referidos nos incisos I e II do caput deste artigo serão duplicados para compras,
obras e serviços contratados por consórcio público ou por autarquia ou fundação qualificadas
como agências executivas na forma da lei.
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Direito Administrativo
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VIII – nos casos de emergência ou de calamidade pública, quando caracterizada urgência de aten-
dimento de situação que possa ocasionar prejuízo ou comprometer a continuidade dos serviços
públicos ou a segurança de pessoas, obras, serviços, equipamentos e outros bens, públicos ou par-
ticulares, e somente para aquisição dos bens necessários ao atendimento da situação emergencial
ou calamitosa e para as parcelas de obras e serviços que possam ser concluídas no prazo máximo
de 1 (um) ano, contado da data de ocorrência da emergência ou da calamidade, vedadas a prorro-
gação dos respectivos contratos e a recontratação de empresa já contratada com base no disposto
neste inciso;
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Direito Administrativo
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QUESTÕES DE CONCURSO
Atos Administrativos
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Direito Administrativo
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Direito Administrativo
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Organização Administrativa
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Direito Administrativo
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Direito Administrativo
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d) Ocorre quando a Lei específica cede a titularidade de serviço público a uma pessoa jurídica
do direito público, sem que o cedente interfira nas atividades.
e) Ocorre quando as organizações paraestatais celebram ajuste com a Administração Pública
por termo cooperação e se tornam parte da administração indireta.
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Direito Administrativo
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Direito Administrativo
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A notícia, retirada do site da Agência Brasil, faz referência à personalidade jurídica conhecida
por consórcio público, disciplinada pela Lei n. 11.107/05.
Quanto ao consórcio público, é correto afirmar que:
a) é equivalente aos órgãos públicos, representando parte da Administração Direta de todos
os entes participantes;
b) necessita do firmamento de convênios especiais entre os partícipes para o repasse de re-
cursos públicos;
c) seus cargos podem ser preenchidos sem a necessidade de realização de concurso público,
desde que respeite regulamento próprio;
d) poderá ser constituído tanto como pessoa jurídica de direito público quanto de direito privado;
e) pode exonerar os funcionários sem motivação, desde que extinta a atividade geradora da
formação do consórcio.
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Direito Administrativo
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GABARITO
1. e
2. a
3. c
4. a
5. e
6. b
7. e
8. c
9. d
10. b
11. e
12. a
13. b
14. a
15. d
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Direito Administrativo
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GABARITO COMENTADO
Atos Administrativos
a) Errada. O Poder Judiciário, se provocado, poderá realizar o controle dos atos administrati-
vos. Esse controle recai sobre os atos vinculados e discricionários. O Poder legislativo não faz
o controle de Legalidade. Além disso, segundo narra a questão o ato foi invalidado, ou seja,
ouve vício de legalidade, não podendo ser revogado.
b) Errada. A revogação ocorre por questão de mérito, já a invalidação ocorre mediante vício de
legalidade do ato. Além disso o Poder Judiciário apenas poderá revogar seus próprios atos.
c) Errada. A anulação somente pode ser feita pelo Poder Judiciário sobre os atos de ou-
tros Poderes.
d) Errada. A alternativa trocou os conceitos: a revogação é por questões de mérito, enquanto a
anulação por legalidade.
e) Certa. A anulação/ invalidação é a análise da legitimidade do ato administrativo, podendo
ser feita pela própria administração, de ofício ou mediante provocação, ou pelo Poder Judiciá-
rio, desde que seja provocado.
Letra e.
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Direito Administrativo
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a) Certa. A cassação do ato ocorre quando o particular descumpre as condições fixadas pela
administração. A extinção se dá porque o particular beneficiário do ato não atendeu às deter-
minações da Administração. Assim, o hotel narrado perdeu sua licença já que houve mudança
do ramo de atividade.
b) Errada. A caducidade ocorre quando uma nova norma jurídica/lei torna inadmissível a si-
tuação antes permitida. É uma nova LEI que não permite mais uma situação anterior e, por
conta disso, o ato será extinto. Além disso, se a administração não mais julgar oportuno e
conveniente o ato administrativo que permitia as atividades do estabelecimento, haverá a re-
vogação do ato.
c) Errada. A atividade de discoteca não é ilegal, assim não há que se falar em invalidação.
d) Errada. A própria Administração poderia revogar seu próprio ato, não precisando do Poder
Judiciário para tal.
e) Errada. Decaimento é o mesmo que caducidade, e como já dito não se aplica ao caso narrado.
Letra a.
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Direito Administrativo
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O poder público municipal, com as formalidades legais, utilizando sua prerrogativa de direito
público que, calcada na lei, lhe autoriza a restringir o uso e o gozo da propriedade privada em
favor do interesse da coletividade, determinou a demolição da obra.
O poder administrativo que fundamentou a demolição e o atributo do ato administrativo que
fez valer tal decisão sem necessidade de prévia intervenção do Poder Judiciário, são denomi-
nados, respectivamente,
a) normativo e coercitibilidade.
b) disciplinar e autoaplicabilidade.
c) de polícia e autoexecutoriedade.
d) sancionatório e imperatividade
e) de hierarquia e impositividade.
Segundo o autor Hely Lopes Meirelles, o ato administrativo apresenta 3 atributos: presunção
de legitimidade, imperatividade e autoexecutoriedade. Esse último significa a execução direta
do ato administrativo pela própria Administração, independentemente de ordem judicial. As-
sim, quando a Administração Pública vai praticar um ato não tem que perguntar para o Poder
Judiciário se pode, ou não, praticá-lo. Do mesmo modo, tal atributo está presente no Poder de
Polícia da Administração, que é o poder do Estado de restringir, limitar ou condicionar o exercí-
cio de direitos e da propriedade em benefício do interesse público.
Letra c.
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Direito Administrativo
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Segundo o caso narrado, o MS não será acolhido, pois a remoção é um ato administrativo
discricionário, ou seja, a lei permite ao agente público realizar um juízo de conveniência e opor-
tunidade (mérito), decidindo o melhor ato a ser praticado. Nesses atos, a lei confere ao admi-
nistrador certa margem de liberdade para a escolha do ato mais adequado ao caso concreto.
Assim, o Poder Judiciário apenas poderá controlar a legalidade de tal ato, mas não seu mérito.
Lei 8.112/90
Art. 36. Remoção é o deslocamento do servidor, a pedido ou de ofício, no âmbito do mesmo quadro,
com ou sem mudança de sede.
Letra a.
Segundo o autor Hely Lopes Meirelles, o ato administrativo apresenta 3 atributos: presunção
de legitimidade, imperatividade e autoexecutoriedade. Esse último significa a execução direta
do ato administrativo pela própria Administração, independentemente de ordem judicial. As-
sim, quando a Administração Pública vai praticar um ato não tem que perguntar para o Poder
Judiciário se pode, ou não, praticá-lo.
Letra e.
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Direito Administrativo
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Em regra, o ato de primeira lotação é discricionário, já que a Administração que decide onde e
quando o candidato irá tomar posse. Já a remoção por motivo de antiguidade será vinculado,
por ter que seguir os ditames da lei, sem margem de discricionariedade.
Letra b.
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O primeiro setor é o Estado, composto pela Administração direta e indireta. O segundo setor
é o mercado: são pessoas de direito privado que atuam no mercado, visando ao lucro. E o
terceiro setor são pessoas privadas incentivadas pelo Estado para exercerem atividade priva-
da de interesse público, sendo estimuladas por meio do fomento. Atualmente, fala-se em um
quarto setor: o mercado informal e aqueles que desempenham atividades ilícitas. A expressão
paraestatal é atualmente utilizada para se referir ao terceiro setor do Estado. Atualmente, as
entidades incluídas no terceiro setor (paraestatais) são:
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As Agências Reguladoras foram criadas no Brasil como autarquias, mas são autarquias em
regime especial.
Letra c.
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Agência Executiva é uma qualificação dada à autarquia ou fundação que, por meio do contrato
de gestão com o órgão da Administração direta (Item I) a que esteja vinculada, amplia sua au-
tonomia (Item II) para a melhoria da eficiência e redução de custos (art. 37, § 8º).
As agências executivas não são uma nova figura administrativa. É apenas o resultado de uma
qualificação, uma nova roupagem que se atribui a uma autarquia ou fundação que, mediante
contrato de gestão, realizado nos termos do art. 37, § 8º, da CF/1988, amplia sua autonomia
administrativa, financeira e patrimonial, visando a se tornar mais eficiente. É importante desta-
car que o art. 37, § 8º, da CF/1988, possibilita que órgãos e entidades da Administração direta
e indireta celebrem contrato de gestão com o Ministério supervisor. Essa possibilidade não é
restrita apenas às autarquias e fundações. Mas se qualificar como agência executiva é apenas
para autarquia ou fundações governamentais.
Letra d.
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Direito Administrativo
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rização, a execução de um serviço, para que um particular o preste por sua conta e risco. No
caso de permissão de serviços públicos pode ser feita a delegação para pessoas físicas ou
jurídicas; na concessão, somente para pessoas jurídicas ou consórcio de empresas.
Letra b.
Os servidores das Autarquias possuem cargo efetivo (= concurso). No entanto, de 2003 a 2007,
foi possível fazer concurso para regime da CLT. Isso porque a obrigatoriedade de regime jurídi-
co único foi retirada pela Emenda Constitucional n. 19/1998 da CF/1988 e, em seguida, editada
a Lei n. 9.986/2000, que permitiu contração pela CLT. No entanto, essa permissão foi até 2007,
quando o STF julgou a ADI n. 2135, entendendo que a forma de exclusão do regime jurídico úni-
co foi feita com vício formal (vício no procedimento). Assim, nessa data, retornou a obrigação
de contratação pelo regime estatutário nas autarquias.
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Direito Administrativo
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Autarquia é a pessoa jurídica de direito público, criada por lei específica para o desempenho
de atividades típicas de Estado, como fiscalização, regulação, assistência social, seguridade
social, poder de polícia. Vejamos o conceito apresentado pelo Decreto n. 200/1967:
Art. 5º
I – o serviço autônomo, criado por lei, com personalidade jurídica, patrimônio e receita próprios, para
executar atividades típicas da Administração Pública, que requeiram, para seu melhor funcionamen-
to, gestão administrativa e financeira descentralizada.
Além disso, temos as chamadas Agências Executivas que são uma qualificação dada à autar-
quia ou fundação que, por meio do contrato de gestão com o órgão da Administração direta a
que esteja vinculada, amplia sua autonomia para a melhoria da eficiência e redução de custos
(art. 37, § 8º).
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Direito Administrativo
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A principal diferença entre uma autarquia comum e a agência reguladora está no modo de
escolha ou nomeação do dirigente. Em uma autarquia comum, os dirigentes ocupam cargo de
natureza especial (cargo em comissão); dessa forma, são de livre nomeação e exoneração, a
critério da autoridade competente. No caso das agências reguladoras, os dirigentes são indi-
cados pelo Chefe do Poder Executivo, mas dependem de aprovação do Poder Legislativo. No
plano federal, essa aprovação é feita pelo Senado. Outro ponto distintivo está na existência
de mandato dos dirigentes insuscetíveis de destituição a critério do Chefe do Executivo. O
prazo de mandato e as possibilidades de sua perda estão dispostos na lei de cada agência
reguladora, pois não existe prazo uniforme para todas as agências. Além disso, nas agências
reguladoras os dirigentes têm mandato fixo.
Letra b.
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Direito Administrativo
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De início vamos analisar item por item. Item I único correto, pois na chamada descentralização
por outorga, o Estado cria, por lei, uma pessoa jurídica (entidade administrativa) que integra a
Administração indireta (autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia
mista). Item II errado, pois na descentralização por delegação/colaboração, o Estado transfere,
por contrato de concessão ou permissão de serviços públicos, ou ato administrativo de autori-
zação, a execução de um serviço, para que um particular o preste por sua conta e risco. O Esta-
do nunca irá transferir a titularidade. Por fim, Item III também errado, pois na desconcentração
os órgãos que são criados não possuem personalidade jurídica; assim, a pessoa jurídica que
realizou a distribuição interna de competências responderá pelos atos de seus órgãos.
Letra a.
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Direito Administrativo
Gustavo Scatolino
Os consórcios públicos são pessoas jurídicas formadas exclusivamente por entes da Federa-
ção, nos termos do art. 241 da CF/1988 e da Lei n. 11.107/2005, para a prestação de serviços
públicos, na forma de gestão associada. Os entes federativos, ao formarem o consórcio pú-
blico, deverão constituir associação, que o administrará. No entanto, essa associação pode
ser de direito privado ou de direito público, sendo que neste último caso terá a natureza de
autarquia.
Letra d.
Gustavo Scatolino
Atualmente é procurador da Fazenda Nacional. Bacharel em Direito e pós-graduado em Direito
Administrativo e Processo Administrativo. Ex-assessor de ministro do STJ. Aprovado em vários concursos
públicos, dentre eles, analista judiciário do STJ, exercendo essa função durante cinco anos, e procurador
do Estado do Espírito Santo.
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