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PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL, PERÍODO ENTREGUERRAS, E ERA VARGAS

TRABALHO DE HISTÓRIA

Questão 1:

A Primeira Guerra Mundial, teve diversos fatores que influenciaram para que ela tivesse seu
início, podendo ser analisado uma série de acontecimentos não resolvidos que surgiram no
decorrer do século XIX, sendo eles: rivalidades econômicas, tensões nacionalistas, alianças
militares, entre outros.

Dentro da questão imperialista, o foco se deu ao temor da ascensão que a Alemanha estava
tendo naquele período, gerando nações como a Rússia, Grã-Bretanha e França. Tendo como
motivo, o processo de unificação em que o país havia passado, na segunda metade do século
XIX, e após isso, como qualquer país com crescimento econômico, buscou conquistar terras
(colônias) para seu país. Logo, isso chamou a atenção da França, além de outros países no
mesmo processo de conquista, que via seus interesses sendo colocados como os mesmos pela
Alemanha,, o que gerou forte concorrência e tensão.

Se tratando da questão do nacionalismo, este, que envolveu diferentes partes do mundo, teve
como fato marcante, a Alemanha trazer um movimento chamado pangermanismo. Esse
movimento servia como um certo suporte ideológico para seu império, permitindo a defesa de
seus interesses de expansão de territórios já no início do século XIX. Esse movimento, ainda,
tive forte influencia nas questões econômicas, pois os alemães pretendiam se posicionar como
a força econômica e militar de maneira hegemônica, batendo de frente com a Europa, que já
possuía essas posições.

Dentro ainda dessa questão, havia também o revanchismo francês, nela, possuía os
ressentimentos entrelaçados devido ao desfecho da Guerra Franco-Prussiana, conflito esse,
travado entre a Prússia e a França em 1870 e 1871. A França, derrotada, teve como desfecho a
humilhação, caracterizada por dois fatores: a rendição ter sido assinada dentro da Galeria dos
Espelhos, no Palácio de Versalhes, e pela perda do território da Alsácia-Lorena. Ao fim desse
conflito, ocorreu a autoproclamação da Prússia como Império Alemão.

Dentro da parte mais complexa desse fator tão relevante ao nacionalismo, tem a parte que
envolvia os Bálcãs, região localizada no sudeste do continente europeu. No início do século
XIX, eles eram quase totalmente dominados pelo Império Austro-húngaro, que se encontrava
em ruínas devido as múltiplas nacionalidades e movimentos separatistas que existiam em seu
território.

Essa grande tensão nós Bálcãs envolvia a Sérvia e a Áustria-Hungria, dentro da questão que se
refere ao controle da Bósnia. Os sérvios lutavam para que ocorresse a formação da Grande
Sérvia e, por isso, desejavam anexar a Bósnia ao seu território, importante ressaltar que a
Bósnia era parte da Áustria-Hungria desde 1908 oficialmente. Esse movimento de
nacionalismo sérvio era apoiado pela Rússia através do pan-eslavismo, ideal em que todos os
eslavos estariam unidos em uma nação liderada por czar russo.

Analisando todos esses enroscos de tensão e rivalidade, as nações europeias se encontravam


em um nó de alianças militares, o que resultou em uma organização feita da seguinte forma:
Tríplice Entente: constituída pelo Reino Unido, França, Rússia e os Estados Unidos (a partir de
1917).

Tríplice Aliança: constituída por Alemanha, Áustria-Hungria, Império Otomano e Itália (que
mudou de “lado” quando a guerra começou em 1914).

Nesses acordos militares, foram inclusas cláusulas secretas de cooperação militar se caso uma
das nações fosse atacada por outra adversária.

Com isso, todo esse ar de hostilidade deu a garantia para todas as potências e chefes de
Estado na Europa de que a guerra era totalmente possível e não demoraria muito a acontecer.
Devido a isso, as nações europeias iniciaram uma corrida armamentista, que tinha como
objetivo, promover o fortalecimento das mesmas para o conflito que acabaria iniciando.

O que restava para que fosse declarado guerra, era realmente um estopim, que se deu no dia
28 de junho de 1914, durante a visita do arquiduque Francisco Ferdinando, o herdeiro do
trono austríaco, a Saravejo, capital da Bósnia. Essa visita foi interpretada por eles como uma
provocação, e assim colocou em ação os grupos nacionalistas que existiam tanto na Bósnia
quanto na Sérvia.

O resultado dessa visita do arquiduque foi a situação de Gavrilo Princip, membro de um


movimento nacionalista da Bósnia, em que estava armado com seu revólver, e estagnou em
frente ao carro que levava Francisco Ferdinando e sua esposa Sofia, cessando fogo em ambos.
Com esse assassinato as reações foram imediatas, resultando em uma crise política gravíssima
que ficou conhecida como Crise de Julho.

Como não houve um desfecho diplomático desta Crise de Julho, a consequência final foram as
diversas declarações de guerra acontecendo a todo o momento, entre diversos grupos que de
qualquer forma, envolvia a todos.

Em 29 de julho, a Áustria declarou guerra à Sérvia, e no dia 30, russos que defendiam a Sérvia,
os alemães e os austríacos mobilizaram seus exércitos para a guerra. No dia 1° de agosto, a
Alemanha declarou guerra à Rússia e, no dia 3, à França. Já no dia 4, o Reino Unido declarou
guerra à Alemanha, sendo esse então, o início da Primeira Guerra Mundial.

A Primeira Guerra, ou como era chamada na época, Grande Guerra, dividiu-se em fases. A
primeira fase, foi denominada de Guerra de movimento, que ocorreu de agosto a novembro
de 1914, que traz o momento em que a Alemanha atacou agressivamente a França. Os
alemães invadiram a Bélgica, derrotando os franceses e assim, seguiram a Paris.
Imediatamente então, a capital e o governo francês foram transferidos para a cidade de
Bordeaux, quando os franceses conseguiram conter os ataques vindos dos alemães, que
recuaram em setembro de 1914.

Anteriormente foi destacado como estava estabelecida a formação das tríplices que se
encontravam praticamente formadas, porém alguns países ainda fecharam acordos, o que
causou a formação dos blocos agora completos na segunda fase da guerra.

A segunda fase, a Guerra de Posições, foi um período em que ocorreram as maiores


estratégias militares, o que custava a vida de milhares de pessoas a partir desses avanços
militares. Nesse contexto, teve início a guerra de trincheiras, guerra na qual os soldados
ficavam de certa forma enterrados em valas, com finalidade de os proteger.
Nessa fase, também, foi quando os Estados Unidos interviu na guerra, e entrou na Tríplice
Entente. Os motivos que levou a sua entrada na guerra, foram as promessas e dívidas feitas
aos países europeus, que compravam recursos para diversas áreas para a guerra das indústrias
norte-americanas, deixando os EUA apreensivo em não receber o que lhes deviam. Além dos
ataques feitos dos submarinos alemães à marinha mercante dos Estados Unidos. Tendo como
um dos marcos, o dia 6 de abril de 1917, que foi o dia em que os norte-americanos declararam
guerra à Alemanha. Também sendo importante citar a saída da Rússia também em 1917, em
razão da Revolução Socialista Russa, que os impedia de se manter em meio ao conflito. Em tal
momento, a Tríplice Aliança havia ganho dois aliados, a Bulgária e a Turquia, devido a questões
territoriais. E a Tríplice Entente teve a adesão da Romênia, de Portugal, do Japão, além de
Argentina e Brasil.

As chamadas, ofensivas de 1918 constituíram-se como a então, terceira fase da guerra. Nela,
houve o surgimento de novas armas bélicas, que realmente foram utilizadas em conflito, não
só para demonstração de força, além de terem utilizado tanques r aviões de caça para
bombardear áreas e inimigos. Além de lógico, contarem com a chegada de um grande
contingente de soldados norte-americanos, se tratando de aproximadamente 1,2 milhões de
soldados.

Os Estados Unidos, como sua fama já retratada em diversos momentos, possuí uma
capacidade bélica gigante, o que fortaleceu a Entende com sua entrada na mesma, entretanto,
a saída da Rússia possibilitou a invasão da Itália e da França pela Alemanha. A Entente teve
várias vitórias fundamentais sobre a Aliança em territórios franceses.

No final de 1918, a Alemanha não tinha mais possibilidade de vencer a guerra, era evidente, e
com isso a população alemã forçou o imperador Guilherme II a abdicar do trono.
Posteriormente foi instalada a república na Alemanha e decretada sua derrota militar.

O Brasil, quando foi deflagrada a Primeira Guerra, em 28 de julho de 1914, ele adotou uma
postura neutra alguns dias depois. Esse posicionamento do Brasil seguiu a decisão dos EUA,
que na primeira fase desse combate, permaneceu neutro.

Havia entre a Alemanha e o Brasil, um intenso intercâmbio político e comercial. Daqui, eram
enviados oficiais brasileiros para servir ao Exército alemão, que na época era considerado o
mais preparado e organizado. E como troca, o governo brasileiro adquiria armas de empresas
alemãs. Além de possuírem uma quantidade expressiva de imigrantes alemães na região sul do
país, não havendo então, motivos para se envolver no tal conflito europeu.

A mudança na postura do Brasil começou em 11 de abril de 1917, após um submarino alemão


destruir e afundar o navio brasileiro “Paraná”. Com isso, foi decidido que seria rompido as
relações diplomáticas com a Alemanha. Em abril, outros navios foram destruídos, e esses
ocorridos gerou uma grande comoção popular, e a opinião pública via como viável declarar
guerra a Alemanha.

Seguiram dessa forma, Brasil confiscou então, 45 dos navios mercantes que estavam
ancorados em seus portos nacionais, proibiu a entrada de alemães no país, assim como
qualquer tipo de comércio dos mesmos que aqui se encontravam com o exterior.

O Brasil foi o único país da América do Sul a participar da guerra como combatente. Alguns dos
demais se limitaram a romper relações diplomáticas com a temida Alemanha, e outros
permaneceram neutros.
Nosso país enviou para combate em 16 de maio de 1918, uma divisão naval com embarcações
de diversos estados de Norte a sul. E já na discussão do Tratado de Versalhes, o presidente
Delfim Moreira enviou uma delegação para que se fizesse atuante na Conferência de Paz, em
1919. O Brasil pedia compensações financeiras pelas perdas das embarcações, e em resposta
conseguiu que os navios alemães confiscados durante a guerra passagem ao Estado brasileiro.

O Tratado de Versalhes (1919) foi um dos diversos acordos de paz que foram assinados pelas
potências europeias com o fim da Primeira Guerra Mundial.

Após seis meses de negociações que ocorreu em Paris, o tratado foi assinado. O principal
ponto do tratado determinava que a Alemanha aceitasse todas as responsabilidades por
causar a guerra e que, sob os termos dos artigos 231-247, fizesse reparações e ressarcisse um
certo número de nações da Tríplice Entente.

Os termos impostos à Alemanha incluíam: a perda de uma parte de seu território para um
número de nações fronteiriças, assim como a de todas as colônias sobre os oceanos e sobre o
continente africano, uma restrição ao tamanho do exército e uma indenização pelos prejuízos
causados durante a guerra.

No tratado foi criada uma comissão para determinar a dimensão precisa das reparações que a
Alemanha tinha de pagar. Em 1921, este valor foi oficialmente fixado em 33 milhões de
dólares. Os encargos a comportar com este pagamento são frequentemente citados como a
principal causa do fim da República de Weimar e a subida ao poder de Adolf Hitler, o que
inevitavelmente levou à eclosão da Segunda Guerra Mundial apenas 20 anos depois da
assinatura do Tratado de Versalhes.

Podendo citar algumas das importantes disposições do Tratado de Versalhes:

Art. 51 – estabelecia que a Alsácia e a Lorena voltariam à posse dos franceses.

Art.119 – determinava que todas as colônias alemãs passariam às mãos dos aliados.

Art. 160 – estabelecia a quantidade máxima de tropas que a Alemanha poderia manter. No
geral, só poderia ter 100 mil soldados voluntários.

Art. 168 – qualquer fabricação de armamentos deveria ter a aprovação dos aliados.

Art. 198 – determinava que a Alemanha não poderia ter aviação nem marinha militar.

Art. 231 – estabelecia o reconhecimento da culpa dos alemães pela guerra e por todas as
perdas e danos dos aliados.

Questão 2: Letra a) Centrais- Alemanha, o império Austro-Húngaro e Itália.

Letra b) Centrais- Inglaterra, França e Rússia Aliados- Itália, Estados Unidos, Portugal,
Brasil, Japão, Austrália, Nova Zelândia, Canadá, África do Sul.

Letra c) Afeganistão, Argentina, Bélgica, Bolívia, Butão, Chile, Colômbia, Dinamarca, El


Salvador, Espanha, Etiópia, Irã, Luxemburgo, México, Países Baixos, Noruega, Suécia Suíça e
Venezuela.
Questão 3: Antes que a Primeira Guerra Mundial acontecesse, as várias nações envolvidas
neste conflito se preparavam com uma opulenta tecnologia militar. Dessa forma, quando a
“Grande Guerra” eclodiu, em 1914, o tempo de movimentação das tropas durou muito pouco
tempo. Estava claro que ambos os lados eram belicamente poderosos e que o menor avanço
territorial só aconteceria ao custo de milhares de vidas.

Dessa forma, os soldados de ambos os lados passaram a cavar trincheiras de onde tentavam,
ao mesmo tempo, se proteger e atacar. Geralmente, uma trincheira era aberta pela tropa e
contava com cerca de 2,30 metros de profundidade, por dois metros de largura. No ponto
mais alto, eram colocados sacos de areia e arames farpados que protegeriam os soldados das
balas e dos estilhaços das bombas. Além disso, um degrau interno chamado “fire step”
permitia a observação dos inimigos.

Para que as tropas inimigas não conseguissem conquistar uma trincheira em um único ataque,
os soldados tinham o cuidado de não construí-las em linha reta. Trincheiras auxiliares e
perpendiculares também eram construídas para que o tempo de reação a um ataque fosse
ampliado. Apesar da proteção, uma bomba certeira ou uma rajada de tiros oportuna poderia
deixar vários soldados feridos. As mortes repentinas e os ataques inesperados eram
constantes.

Além do poder das armas, a própria trincheira era outra inimiga para os soldados que se
amotinavam naquele espaço insalubre. Os mortos que se acumulavam nas trincheiras eram
um grande chamariz para os ratos que se alimentavam da carne pútrida dos corpos. Entre as
doenças usualmente contraídas nas trincheiras se destacavam a “febre de trincheira”,
reconhecida por fortes dores no corpo e febre alta; e o “pé de trincheira”, uma espécie de
micose que poderia resultar em gangrena e amputação.

Entre duas trincheiras inimigas ficava a chamada “terra de ninguém”, onde arame farpado e
corpos em decomposição eram bastante recorrentes. A presença naquele território era
bastante arriscada e só acontecia pelo uso de frentes muito bem armadas. Geralmente, um
soldado assumia várias funções no campo de batalha, tendo suas forças utilizadas para o
combate, a manutenção das tropas, o apoio reserva e nos terríveis dias que passavam na
própria trincheira.

Mais que uma simples estratégia militar, as trincheiras representavam intensamente os


horrores vividos ao longo da Primeira Guerra Mundial. Submetidos a condições de vidas
extremas, milhares de soldados morreram em prol de um conflito em que a competição
imperialista era sua razão maior. Pela primeira vez, a capacidade dos homens matarem atingiu
patamares que abalavam aquela imagem de razão e prosperidade que justificava o capitalismo
monopolista.

Questão 4: Foi totalmente decisivo, pois os EUA possuía um forte e organizado exército além
de uma enorme capacidade bélica, e, por estar mais forte que os outros países, devido o fato
dele ter entrando na guerra depois de muito tempo, não se encontrando destruído e exausto
como os demais países envolvidos.
Questão 5: Quando os Estados Unidos entraram na Guerra, a tríplice Entende saiu vencedora.
Enquanto que a Alemanha saiu derrotada. Se tratando dos EUA ao final da primeira guerra,
não sofreram grandes consequências e dificuldades, pois se envolveram na Primeira Guerra
Mundial apenas no final da mesma. Após a Inglaterra, que até então era a primeira potência,
entrar em crise, os Estados Unidos deram um salto na economia e levou o posto de super
potência, fortificando o país ainda mais.

Receberam milhões de imigrantes europeus, o que ajudou a acelerar ainda mais o crescimento
da sua indústria, realizaram grandes empréstimos (pelos quais receberam pagamento de juros)
às nações europeias (para restabelecer as suas infraestruturas e bases econômicas) e se
posicionaram para se tornar o "coração" do sistema financeiro internacional. Por causa disto
viveram, na década de 1920, um período conhecido como os "loucos anos 20", que seria
interrompido pela Crise de 1929.

Questão 6: Durante a Primeira Guerra Mundial morreram, aproximadamente, 9 milhões de


pessoas (entre civis e militares). O número de feridos, entre civis e militares, ficou em cerca de
30 milhões; Surgimento de novas nações: Iugoslávia, Hungria, Polônia, Tchecoslováquia,
Lituânia, Letônia, Estônia e Finlândia; Geração de crise econômica na Europa, em função da
devastação causada pela Grande Guerra e também dos elevadíssimos gastos militares; Criação
de condições favoráveis para o surgimento de regimes fascistas na Europa (principalmente na
Itália e Alemanha); Surgimento do sentimento de revanchismo na Alemanha, em função das
duras penalidades impostas pelo Tratado de Versalhes; Assinatura do Tratado de Versalhes
que impôs uma série de penalidades a derrotada Alemanha; Surgimento dos regimes fascistas
na Europa: uma das consequências da Primeira Guerra Mundial.

Questão 7: Os termos impostos à Alemanha incluíam: a perda de uma parte de seu território
para um número de nações fronteiriças, assim como a de todas as colônias sobre os oceanos e
sobre o continente africano, uma restrição ao tamanho do exército e uma indenização pelos
prejuízos causados durante a guerra.

No tratado foi criada uma comissão para determinar a dimensão precisa das reparações que a
Alemanha tinha de pagar. Em 1921, este valor foi oficialmente fixado em 33 milhões de
dólares.

Com isso, conclui-se que a Alemanha foi totalmente reprimida ao final da guerra, devido a
todo os rombos feitos na área econômica, política e social.

Questão 8: Referente as páginas 84, 85 e 86 do livro didático

EUA, NOVA POTÊNCIA MUNDIAL – FORDISMO – RACISMO DA KU KLUX KLAN

Ao final da Primeira Guerra Mundial, a Europa teve como resultado, grandes dificuldades na
reconstrução de diversas de suas cidades, que, essas, foram totalmente devastadas, além das
áreas agrícolas estarem totalmente arrasadas.
Com essa realidade, e no mesmo seguimento de reconstrução em mente, as dívidas nas quais
foram feitas foram imensas, principalmente com os Estados Unidos, grande apoiadora da
Europa.

Os Estados Unidos, devido a tantas questões em meio a Guerra, estava em um período de


propriedade e ascensão acerca da parte econômica, tendo um período de adaptação durante
os anos de 1919 e 1921, o que resultou em um grande fortalecimento posterior, refletida na
indústria produtora de ferro, carvão, aço e petróleo, sem deixar de citar a parte de produção
da área química, elétrica e automobilística. Tudo isso, devido a necessidade da Europa nos
produtos dos EUA para se reerguer.

Essa prosperidade alcançada pelos Estados Unidos refletia em várias áreas, dês do crescimento
das cidades, até o aperfeiçoamento de máquinas que moviam a sua economia. Outro fator
importante foi a introdução das linhas de montagem implantadas por Henry Ford (1863-1947),
em sua fábrica de automóveis. Nesse sistema de produção, conhecido como fordismo, cada
trabalhador exercia uma tarefa direcionada, com o auxílio de máquinas, o que resultava em
uma rápida linha de montagem.

Ford diminui a jornada de trabalho de nove, para oito horas diárias, além de crer que
trabalhadores bem pagos eram bons consumidores, o que resultou num salário relativamente
alto se comparado a época e as demais fábricas automobilística existentes. A partir dessas
medidas tomadas por ele, conquistou trabalhadores com sede de produção e cheios de
disciplina, contribuindo para uma boa circulação de dinheiro no país.

Mesmo com tantas evoluções acerca da área econômica do país, houve o retrocesso sobre
questões de intolerância e racismo. No decorrer da década de 1930, ao mesmo tempo em que
era estabelecido um padrão de vida americana no país, um movimento nacionalista tomava
forças. Esse movimento foi caracterizado pela intolerância descarada e abrangente sobre
qualquer questão que não fosse genuinamente americana, e manifestou-se através de
proibições de caráter reacionário, e englobou negros, judeus, católicos e imigrantes, que
receberam o apelido de “antiamericanos”.

Um nome que se sobressaiu de maneira totalmente destrutiva, foi a organização racista Ku


Klux Klan (KKK), comandada por nacionalistas extremados e corrompidos pelos fanatismo
religioso. Em nome ao seu desejo de ser puramente americano, e da manutenção da suposta
pureza Wasp, essa organização perseguia essas pessoas, além de pressionar e corromper
autoridades para comprovar algumas leis que pudessem restringir os direitos de grupos
considerados “antiamericanos”. Além de tudo isso, esse grupo matou diversos negros, judeus
e imigrantes ao longo de sua trajetória.

Questão 9: A mobilização dos grupos trabalhadores trouxe à tona o temor dos setores médios,
da burguesia industrial e dos conservadores em geral. A possibilidade revolucionária em solo
italiano refletiu-se na ascensão dos partidos socialista e comunista. De um lado, os socialistas
eram favoráveis a um processo reformador que traria a mudança por vias estritamente
partidárias. Do outro, os integrantes das facções comunistas entendiam que reformas
profundas deviam ser estimuladas.

O processo de divisão ideológica das esquerdas acontecia enquanto os setores conservadores


e da alta burguesia pleitearam apoio ao Partido Nacional Fascista. Os fascistas, liderados por
Benito Mussolini, louvavam uma ação de combate contra os focos de articulação comunista e
socialista. Desse modo, o “fasci di combattimento” (fascismo de combatimento) passou a
atacar jornais, sindicatos e comícios da esquerda italiana.

Criando uma força miliciana conhecida como “camisas negras”, os fascistas ganharam bastante
popularidade em meio às contendas da economia nacional. A demonstração de poder do
movimento deu-se quando, em 27 de outubro de 1922, os fascistas realizaram a Marcha sobre
Roma. A manifestação, que tomou as ruas da capital italiana, exigia que o rei Vitor Emanuel III
passasse o poder para as mãos do Partido Nacional Fascista. Pressionado, a autoridade real
chamou Benito Mussolini para compor o governo.

Inseridos nas esferas de poder político central, os fascistas teriam a oportunidade de impor
seu projeto político autoritário e centralizador. Já nas eleições de 1924, os representantes
políticos fascistas ganharam a maioria no parlamento. Os socialistas, inconformados com as
fraudes do processo eleitoral, denunciaram a estratégia antidemocrática fascista. Em resposta,
o socialista Giacomo Matteotti foi brutalmente assassinado por partidários fascistas.

Mussolini já tomava ações no sentido de minar as instituições representativas. O poder


legislativo foi completamente enfraquecido e o novo governo publicou a Carta de Lavoro, que
declarava as intenções da nova facção instalada no poder. Explicitando os princípios fascistas,
o documento defendia um Estado corporativo onde a liderança soberana de Mussolini
resolveria os problemas da Itália. No ano de 1926, um atentado sofrido por Mussolini foi a
brecha utilizada para a fortificação do Estado fascista.

Com a economia destruída, o território sucessivamente desmembrado, os alemães acabaram


por desacreditar de suas autoridades e representantes.

Nesse cenário, uma figura desconhecida marca presença nos fatos. Um homem chamado Adolf
Hitler. Nascido em 1889 no Império Áustro Húngaro, Hitler passa uma infância e juventude
atribuladas entre sua cidade natal, Braunau am Inn, a capital do Império, Viena e o sul da
Alemanha, em Munique.

Após tentativas frustradas de seguir carreira artística, Hitler acaba por se alistar no Exército
Alemão às vésperas da Primeira Guerra Mundial, movido por um profundo sentimento
nacionalista germânico (que abarca Áustria e Alemanha, além de outras áreas). Na Grande
Guerra participa como cabo, recebendo a cruz de ferro, alta honraria dada a soldados por seus
feitos.

Após o término da guerra, Hitler é chamado a trabalhar para o governo alemão como um
infiltrado. Àquela altura, o governo alemão temia o surgimento de novos ideais e partidos
políticos que levassem a uma instabilidade política ainda maior no país. Hitler então se
incorpora ao nascente partido dos trabalhadores alemães (Deutsche Arbeiter Partei) e passa a
militar por seus ideiais em 1919. Já em 1921, por sucessivas manobras, Hitler consegue a
liderança do partido, reformulando-o, adotando novo nome, passando a se chamar Partido
Nacional Socialista do Trabalhadores Alemães, que recebe a corruptela de “Nazi” (de Nazional
Sozialistiche). Também nesse mesmo momento adota como símbolo a Suástica, antigo símbolo
hindu.

Liderando o partido e não vendo grandes possibilidades de subir ao poder naquele momento
por vias eleitorais, os nazistas tentam um mal fadado golpe de estado (Putsch, em alemão),
contra o governador da Baviera. Com o fracasso do golpe, Hitler e outros nazistas são presos.
Hitler é julgado, mas sua eloquência e poder de convencimento característicos fazem com que
ele consiga convencer o juiz a lhe dar uma pena mais branda: oito meses de prisão.

Preso, Hitler encontra um aliado que o acompanhará por quase toda a vida: Rudolph Hess.
Figura inteligente e com ideais bastante próximos dos ideiais de Hitler, Hess colabora com ele
escrevendo seu livro, mistura de biografia e ideário político, denominado “Mein Kampf”
(minha luta). Ali, Hitler explica todo o seu pensamento e suas ideias.

Ao sair da cadeia, Hitler, certo de que o povo alemão não aceitaria uma proposta
revolucionária, reestrutura seu partido tendo como molde o partido fascista italiano,
reformula a atuação da militância e passa a focar em vencer as eleições. No pleito de 1932 os
nazistas conseguiram maioria suficiente para conseguir indicar Hitler ao posto de Chanceler
(Primeiro Ministro) do presidente Paul Von Hindenburg.

Seu poder aumentou quando, por ocasião do incêndio do Reichstag (o Parlamento Alemão),
Hitler conseguiu do Presidente um decreto que ampliava seus poderes e endurecia o governo.

Por fim, com a morte do presidente Hindemburg em 1934, Hitler toma para si o cargo de
presidente da Alemanha, iniciando um governo totalitário que durará 11 anos e deixará na
Alemanha as mais profundas e dolorosas marcas de sua história.

Questão 10: O fascismo e o nazismo são doutrinas que não aceitam as diferenças sociais. Para
estas doutrinas, toda diferença gera atrito e em todo atrito há perda de energia social. Assim, a
sociedade tem que ser completamente homogênea em termos de classe, raça, costumes,
religião e etc.

Para o socialismo, a diferença é o motor da história. É somente numa sociedade plural que se
manifesta o atrito e o atrito (a luta) é o que move as sociedades em direção a evolução. As
diferenças de classe, no entanto, devem ser suprimidas como condição para o socialismo.
Contudo, só estas e apenas estas. Todas as outras manifestações de diversidade devem ser
preservadas e incentivadas. E já que as condições econômicas não são ontologias humanas,
não há nada de problemático em negar esta diversidade.

O fascismo e o nazismo glorificam a violência e, em última instância, a guerra. Tanto Hitler,


quanto Mussolini, pensavam em mundo "renascido" após a brutalidade da guerra. Segundo
eles, é a guerra (a suprema violência) que faz os "fortes emergirem e os fracos perecerem" e,
por isto, conduz as sociedades ao seu "destino" de serem superiores. Tomados em
microuniversos, a violência dentro da sociedade realiza o mesmo efeito, de "depurar" os fortes
e fortalecer os regimes.

O socialismo abomina a violência. Marx escreveu diversas vezes que a revolução se dava no
ponto máximo da violência social e somente quando esta violência não era mais suportável
pelos desfavorecidos. A violência transformadora da revolução seria pontual, como uma
explosão e, então desnecessária. Toda violência extra, necessária para "fazer a revolução
acontecer" ou para "manter o poder revolucionário" indicaria que não havia condições
materiais para a mudança. A violência, se não fosse um chiste de mudança, indicaria SEMPRE
um erro. Ou se haviam adiantado os processos históricos ou não se teria ainda atingido as
condições de consciência para a mudança.
Por glorificar a violência e abominar a diferença o fascismo e o nazismo trazem como condição
lógica de sobrevivência as ditaduras. É o controle do Estado o fim último dos regimes nazi-
fascistas. É o Estado que deve coordenar, liderar, aglutinar, coibir, punir e etc.

Por glorificar a diferença e abominar a violência o socialismo traz como condição lógica de
sobrevivência uma sociedade politizada em que as divergências sejam resolvidas de forma
democrática. A "ditadura do proletariado" seria apenas um período de depuração das
reminiscências de classe. Apenas para destruir o sistema econômico capitalista que cria e
recriar-se a si mesmo. Este período NÃO É o objetivo do socialismo. No estágio final da
mudança socialista, quando o comunismo seria alcançado, o Estado deixaria de existir, pois sua
única função, na teoria socialista, seria defender as diferenças de classe. É condição necessária
e inafastável a democracia para o socialismo. Democracia, consciência de classe, educação e
cultura generalizados.

O fascismo e o nazismo vivem em apego ao "tradicional". O que mantém as diferenças entre


os homens, o que foi plasmado no tempo e nas culturas é sempre exaltado como algo que
"sempre foi assim" e não deve mudar. Desta forma, há uma tensão entre o novo e o velho no
fascismo. O novo só é aceito se reverencia, fortalece e se submete ao velho. Isto leva, por
exemplo, à glorificação da ciência apenas como bengala tecnológica. Para "tornar a vida
melhor" e mais próxima do que "era", sem essencialmente mudar nada.

O socialismo necessita transgredir com o passado. É rompendo com as amarras dos caminhos
já trilhados que o socialismo busca uma nova alternativa de sociedade, de economia, de
cultura e etc. Isto representa uma busca e incentivo pela mudança EM TODAS AS áreas. A
ciência não é apenas medida pelo seu caráter instrumental, mas pela possibilidade de romper
com o passado e construir o futuro.

O nazismo e o fascismo são necessariamente expansionistas em termos geográficos. Dado que


a diferença é algo ruim, toda a expansão do nazismo e do fascismo dependem da tomada de
terras, de riquezas naturais, de áreas vitais e pontos estratégicos. Com estes recursos, o
regime mobiliza sua força para exterminar o diferente e plasmar a noção autoritária.

O socialismo independe do expansionismo geográfico. O ponto essencial é a formação de


consciência nos indivíduos. Já que toda a riqueza advém do trabalho, não é necessário uma
mina de ouro, para gerar riqueza, mas trabalhadores conscientes do seu local no processo de
produção, no seu tempo histórico e no seu espaço social. Independe de terra e sim de pessoas.
O socialismo investe em escolas, ciência, cultura, artes como veículos de transformação social
e não em polícia, armas, bombas e etc.

O socialismo desafia os seres humanos a romperem com as amarras do seu passado e


buscarem um futuro radicalmente diferente

O nazismo e o fascismo necessitam do Estado e do nacionalismo. O nacionalismo é vendido


como uma série de valores "comuns", mas que de 'comuns' nada têm. O nacionalismo tóxico,
como valor etéreo simbolizado por bandeiras, cores, uniformes, cânticos e etc., não remete a
qualquer realidade fática na história ou sociedade. É um anseio homogeneizador das elites que
busca fazer desaparecer as diferenças sociais pela elevação a mito de narrativas que, na maior
parte das vezes, são falsas.

O socialismo denuncia o uso do nacionalismo como combustível da violência e busca a ruptura


com os laços ideológicos da diferença por "nação". Todo o homem, nascido em qualquer
parte, tem direito às condições materiais que propiciem sua existência. Não se pode negar aos
homens os direitos de sua existência porque eles nasceram sob a bandeira de A ou B.
Buscando uma noção de sociedade global, o socialismo prega que não deve ser pelo
nascimento que ocorre o surgimento das diferenças entre os seres humanos.

O nazismo e o fascismo são profundamente capitalistas. Capitalismo NÃO É o mesmo que


"livre mercado" ou "liberdade econômica". Capitalismo é a extração e retenção privada da
mais valia como um sistema que se reproduz material e ideologicamente baseado na ideia
excludente de "propriedade privada dos meios de produção". O capitalismo que o nazi-
fascismo defendeu sempre foi um capitalismo de corte nacionalista e que se abjurava o
financismo internacional. Mas foi sempre defendendo a propriedade privada, e tornando os
trabalhadores dóceis e dominados para aumentar a extração de mais valia que o regime se
desenvolveu.

O socialismo se opõe a acumulação privada de recursos e à extração privada de mais valia.


Afirma que toda a riqueza é socialmente construída e que o homem é, através de seu trabalho
produtivo, o gerador desta riqueza. O sistema socialista não defende o fim da "propriedade
privada" (tomados como casa, roupas ou utensílios), mas apenas a propriedade privada que
seja usada para extração de mais valia. Posses que não sejam objeto de exploração não são
proibidas. Apenas tudo aquilo que gera riqueza o deve fazer em benefício de toda a sociedade
e não apenas de um punhado de pessoas.

O nazismo e o fascismo possuem PROJETOS POLÍTICOS de extermínio e mudança pela morte.


Seja com base no racismo ou seja com base numa superioridade cultural de determinados
indivíduos ou sociedades, há um claro projeto de extermínio, um ataque sistemático ao direito
de vida de todos os que não compactuam com o regime.

O socialismo tem um projeto político de mudança social e nunca de extermínio. As estruturas


econômicas do capitalismo devem ser exterminadas e NÃO os capitalistas ou os trabalhadores
que acreditam nestes valores. Isto porque o socialismo advoga a ideia de que a materialidade
gera suas explicações ideológicas às quais os homens não tem total possibilidade de rejeitar
por serem parte desta formação. A vida é o bem maior a ser preservado e não a propriedade.
Os capitalistas devem ser privados de suas posses, de suas ferramentas de dominação e não de
seus direitos como seres humanos.

O nazismo e o fascismo tem um projeto de futuro inalterado. O futuro é um espaço de


manutenção de conservação do mundo "como era no passado". Daí a tara que os fascistas e
nazistas têm pelos passados mitificados (a glória dos dias de outrora). O futuro é, pois, o mais
parecido possível com este passado glorificado. E pela certeza que "já aconteceu", o fascista
tem por certo que "pode voltar a acontecer". Neste sentido, tudo o que apela para um futuro
inovador, incerto, diferente e etc. é tratado como subversivo, criminoso e indesejável. E aí
entra o ataque à ciência e à educação.

O socialismo desafia os seres humanos a romperem com as amarras do seu passado e


buscarem um futuro radicalmente diferente. Assim, tudo o que glorifica, remete, e plasma o
passado é considerado indesejável, subversivo e até criminoso. Os olhos e a preocupação das
sociedades devem estar voltadas para o futuro. O passado deve ser conhecido como o local
onde já se esteve e não se quer voltar.
O nazismo e fascismo acolhem TODAS as ferramentas de dominação ideológicas. Da religião à
estética, tudo o que pode exercer uma dominação "sem sangue" é utilizado pela exata falácia
de dizer-se "não-ideológico". Por esconder que a religião traz ferramentas de dominação de
classe, que é ideológica e que recria processos de dominação, o fascismo tenta criar uma ideia
de "neutralidade". Assim faz com absolutamente tudo, do nacionalismo aos espaços
geográficos e culturais. O objetivo é encobrir os processos de dominação e manter os
indivíduos no campo da ignorância. Daí o ataque à política que é a via mais clara de disputa de
poder em nossas sociedades.

Características específicas: Nazismo – Racismo, Totalitarismo, Nacionalismo, Anticomunismo,


Antiliberalismo.

Fascismo: Totalitarismo, Nacionalismo, Populismo, Antiliberalismo, Antissocialismo.

Questão 11: ATIVIDADES CAP. 5, LIVRO DIDÁTICO

Questão 12: Ao iniciar sua volta ao poder em 1951, Vargas não contou com o apoio da
imprensa escrita e falada de maior circulação no país. Sua campanha política foi feita com a
utilização de caminhões equipados com alto-falantes e de volantes impressos que divulgavam
seu programa de governo. A imprensa, na verdade, atacou violentamente as propostas
políticas, econômicas e sociais do candidato Vargas. Essa recusa em apoiar a volta de Vargas
estava referenciada principalmente ao período do Estado Novo, quando se criou uma imagem
negativa do ditador entre intelectuais e jornalistas. Estes últimos se lembravam de que a
Constituição de 1937 abolira a liberdade de expressão do pensamento e de que todos os
meios de comunicação foram então submetidos à censura.

Para divulgar as realizações de seu governo, Vargas incentivou a criação da Última Hora, jornal
inovador que introduziu uma série de técnicas de comunicação de massa até então
desconhecidas no Brasil. A Última Hora, criada pelo jornalista Samuel Wainer em junho de
1951, além de contar com recursos advindos do banqueiro Walter Moreira Sales e do Banco
Hipotecário de Crédito Real de Minas Gerais, obteve apoio do Banco do Brasil e da Caixa
Econômica Federal. Obter recursos do governo não era algo excepcional, já que a maioria das
empresas jornalísticas do país dependia da importação de papel, que era subsidiada pelo
governo. De modo geral, a modernização dos veículos de comunicação se fazia com
empréstimos de bancos oficiais.

As críticas da imprensa ao governo Vargas eram muito mais de natureza política e


administrativa do que econômica. O jornal O Estado de S. Paulo, por exemplo, não fazia críticas
à política do ministro da Fazenda Horácio Lafer, industrial paulista que tinha grande prestígio
junto ao jornal. As críticas à política econômica incidiam, muitas vezes, sobre a orientação
nacionalista e as restrições ao capital estrangeiro adotadas pelo governo.

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