EXU
Pois ele tem seu domínio dentro das encruzilhadas do mundo; por isso ele é o
Senhor das Trevas, do Fogo.
Nos cultos afro-brasileiros, Exu tem diversos nomes, que variam de acordo com a
origem que ele irradia seu poder mágico, dentro do Rito Cabalístico onde foi
chamado, de acordo com o Culto ou Nação Afro.
Exus são agentes mágicos universais, são Elemins decaídos do paraíso celestial.
Suas falanges são de forças primitivas, primárias de grande poder.
Exu não faz o mal, porém é quem domina totalmente o mal, e quando a pessoa
deseja o mal, ao seu semelhante, Exu encarrega os espíritos estacionários das
trevas para executar grandes perturbações no plano físico e espiritual, dos que tem
a aura aberta, e por isso sujeitos à tudo receberem.
. Esses espíritos são chamados também de Exus, eles não são evolutivos e sim
estacionários; porém dão influência à tudo que vive estacionário, têm vida, e
embora não evoluam, existem para garantir a sobrevivência da matéria, que são as
plantas, a chuva, os ventos, os trovões, etc.
Da natureza, Exu absorve a força etérea, e a irradia para onde for determinada:
Positiva e/ou Negativa.
Os Kiumbas, também estão eles sob o domínio de Exu. Os Kiumbas são espíritos
atrasados, também estacionários, porém com possibilidades de se tornarem
evolutivos.
Por que existe o mal? Porque existem poderes paralelos, e já que podemos ser
acobertados pelo poder do bem ou pelo do mal, sabemos exatamente que vai
depender de nossos princípios, ações e reações (nosso livre arbítrio) perante à
Deus (Zâmbi), Senhor absoluto de todo o Universo.
E A MAGIA???
A magia não tem cor; não é branca nem negra, ela simplesmente obedece às
irradiações das cores nos Rituais Cabalísticos, positiva ou negativa, apenas pode
ser dirigida para o bem ou para o mal, contudo não existe nenhuma religião,
nenhum culto do mal; o que existem são criaturas perversas que buscam no mal,
os meios para saciar a fúria de suas vinganças, por intermédio dos condutores que
sabem manipular essas forças a que chamam de Magia.
Contudo examinemos esse aspecto: Exu sendo o agente mágico, é dono do mal. O
operador, apenas o intermediário.
Exu sendo o dono do mal, dirige para onde for atraída as forças de sua irradiação,
negativa ou positiva. Ambas forças, acham-se eterizadas na natureza, ou seja, em
cada pólo da Terra.
Por isso, Exu tanto pode construir como destruir, segundo a sábia manipulação
dentro do Ritual Cabalístico.
Exu não perdeu seus poderes que tinha antes de sua queda como Príncipe Celestial,
porém apenas perdeu sua hierarquia, quando desceu para as trevas, por ordem
direta do Senhor Deus.
Exu é o rei das trevas, o Maioral do fogo, segundo a vontade de Deus, até o dia em
que ele reconheça, Deus, o Absoluto, Todo Poderoso, Senhor de todo o Universo.
Antes de deitar:
1. Pratique concentrar sua mente por alguns minutos. Pode ser uma vela, uma
flor, um mantra, uma oração;
2. Observe bem sua respiração, pensamentos e emoções, antes de dormir;
3. Segure um objeto que tenha significado espiritual para você, durante toda a
noite;
4. Visualize a si mesmo cercado de um halo de luz, quando for dormir;
5. Mantenha um mantra ou uma oração como o último pensamento antes de
mergulhar no sono;
6. Durma sobre o seu lado esquerdo;
7. Entregue-se com confiança à sua sabedoria interior, ao seu mestre interior.
Depois de acordar:
1. Depois de escrever o seu sonho, sente por alguns momentos numa posição
receptiva, com as palmas para cima. Silenciosamente repita a afirmação: Eu
quero entender a mensagem que me foi enviada. Daí permita que a
interpretação do seu sonho venha de dentro de você;
2. Reveja seus sonhos durante uma semana e colete insights, como coletaria
pedras preciosas. Que luz eles projetam na sua vida, e em que direção?
Ponha seus insights em ação e observe os resultados;
3. Pergunte aos seus sonhos: Estou fazendo a coisa certa? E espere pela
resposta. Você aos poucos vai ganhar experiência e desenvolver a confiança
no seu Guru interior;
4. Pergunte à si mesmo: Quais as minhas necessidades neste momento? Como
distinguir necessidades de desejos? Como meus sonhos estão respondendo
às minhas reais necessidades?
HOMINALIDADE E AS GUIAS
São muitos os que supõe que as guias são apenas enfeites; porém esses a quem
nos referimos são os leigos ou aspirantes à ser Umbandistas.
Aqui abordamos sobre o tema das Guias, procurando dessa forma elevar os
conhecimentos Espirituais e Cabalísticos para nossos irmãos e/ou leitores, através
da Iniciação, cerimônias ritualísticas, dentro da Nação Omolocô, das suas Cabalas,
que são a 1 - 3 - 7 da consagração litúrgica do camatuê do Ioboré ou seja, o
iniciante.
Mas perguntará o irmão, qual será a função real das Cabalas das guias?
Entremos no mecanismo dos anos de iniciação que cria o molde das cerimônias
ritualísticas para as Entidades (obrigações para o Santo).
Durante o período de iniciação, o Ioboré usa 12 (doze) guias e vive como se numa
escola ocultista de aprendizagem, com novas sensações, novos conhecimentos e
novas experiências, diferentes a cada ano de cabala que passa, que são: 1.008 dias
lunares e 24.192 horas solares, cuja cabala é igual a 9 (nove) que é igual ao total
de 4 anos de obrigações para o Santo (Entidade - Orixás), que vem a corresponder
a 28 anos de conhecimentos, que é o grau de Sacerdote, em qualquer dos Cultos
Solares ou Lunares. O posto que as Entidades constroem para o iniciante, é pelos
caminhos das cabalas do êxtase natural e espiritual, onde caminha junto com as
essências e irradiações das Entidades.
Sigamos adiante e vejamos como o iniciante adquire essas guias dentro da cabala.
Com a sua consagração feita dentro do santé, ele assume o grande compromisso
com seu Eledá. E com os conhecimentos que vai adquirindo (até completar os 28
anos de conhecimentos e estudos) até fechar o ciclo lunar dentro da cabala 7. Este
Arcano exprime no mundo divino, o Setenário, a dominação do Espírito sobre a
Natureza.
O OBJETIVO DA VIDA
Por Hazrat Inayat Khan (1882 - 1927)
Logo que uma alma começa a se sentir livre da intoxicação da vida, a primeira
coisa que pergunta a si mesma é: Qual o objetivo da minha vida ?
Cada alma tem o seu objetivo próprio, mas no fim todos os objetivos se resumem
num só, e esse é o objetivo procurado pelo místico; pois todas as almas, tomando
o caminho certo ou errado, chegarão à esse objetivo, mais cedo ou mais tarde –
um objetivo que tem de ser cumprido, o objetivo para o qual toda Criação foi
destinada.
Existem pessoas que caminham pela vida cegamente, sem saber ao certo por onde
caminham nem onde sua alma as leva. Outras pesquisam, meditam, indagam-se
interiormente, procuram mestres e professores, têm consciência do seu objetivo.
Mas ambas, consciente ou inconscientemente, caminham para a mesma realização.
Como diz o poeta persa Mucharrif-ed-Din, cada alma é criada para um fim
determinado e a luz desse objetivo está acesa nessa alma, mesmo antes de
ela nascer.
São cinco aspectos que nos indicam a tendência para o cumprimento desse objetivo
interior:
1. O desejo de viver.
2. O desejo de saber.
3. O desejo de poder (da capacidade de..)
4. O desejo da felicidade.
5. O desejo da Paz.
Quando o anseio de viver, nos leva ao contato de nossa verdadeira vida - então o
anseio de viver é satisfeito.
Quando somos capazes de nos elevar acima de todas as condições e influências que
perturbam a paz de espírito e achamos a nossa paz no meio da multidão e fora do
mundo, em nós o desejo de Paz é satisfeito.
O QUE É A ROSABAL
Jesus teria se casado e tido filhos; sua morte teria ocorrido em idade avançada.
Tentemos dirigir nossos olhos para o passado bem remoto da Terra, contudo
aprimoramos nosso pensamento, de acordo com aquilo que aprendemos em nossa
religião, umbandista dos cultos afro-brasileiros.
Daí pesquisamos as suas lendas para narrar algumas coisas da história que não foi
narrada, dando o prosseguimento e procedimento da reencarnação do passado.
OS ASTRONAUTAS PRÉ-
HISTÓRICOS DO INFINITO CÉU
AZUL
A verdade é que Astronautas de outro planeta já visitaram a terra.
A 1a Raça não possuía mente, era quase etérea, e a 2a Raça não tinha forma
definida, a 3a Raça pertenceu a era Quaternária, Lemuria. Os Lemúrios foram os
primeiros homens físicos em cujos veículos corpóreos se encarnaram os primeiros
gênios imortais (Sereias), e se manifestaram as Entidades (Orixás).
Vejamos como Popul-Vuh, se refere sobre os homens azuis, no livro sagrado dos
Índios Queche da Guatemala, com claríssima referência Àqueles da primeira raça
(talvez os que viveram antes do dilúvio, ao qual o texto também se refere),
Capazes de tudo saber - diz o manuscrito.
Entretanto assim conhecemos a origem dos homens azuis ou de sangue azul e suas
histórias.
Esses Mestres vieram do espaço, e são conhecidos pela história como homens
azuis, e assim foram chamados porque vieram do infinito céu azul.
Eles fundaram no planeta Terra seu reino, no entanto, eles foram os descendentes
daqueles Espíritos que aqui na Terra vieram em peregrinação.
De acordo com a crença da lenda dos filhos de Omolocô, muitos que vieram tinham
personalidades reais. Pois bem, os que eram reis criaram uma dinastia, chamada
Sangue Azul Real.
Esses mestres vindos do espaço, fixaram suas moradias nas grandes elevações das
montanhas, formando assim seus castelos com seus súditos e cada um formou seu
reino em diversas partes da Terra, donde partiam suas ordens.
A África também teve a sua dinastia, segundo a vontade de Obatalá (rei dos
Astros e das Alturas) e Baba-Okê (Pai das montanhas).
Obatalá é o deus da criação para os iorubanos. A lenda diz que ele ajudou
Olodumaré (o senhor) a criar o homem e a mulher.
No começo a Terra não existia, no alto estava o céu, em baixo estava a água.
Olodumaré, o Mestre e Pai de todas as coisas, criou em seguida Sete (7) príncipes
coroados. Para alimento e entretenimento destes príncipes, ele criou em seguida
sete cabaças muito grandes e cheias de Akassa, e sete sacos, nos quais haviam
coquinhos, pérolas e estofos, e uma galinha e vinte e uma barras de ferro. Criou
também num espaço negro, um pacote volumoso que não se via na natureza. Criou
enfim uma longa cadeia de ferra à qual juntou provisões, tesouros e os sete
príncipes. Depois deixou cair o todo do alto do céu. Além do limite do nada não
havia mais que a água. Olodumaré do alto de sua moradia divina, lançou uma noz
de palma que caiu na água. Logo uma gigantesca palmeira se elevou até os
príncipes, lhes oferecendo abrigo vasto e seguro no meio da dilatação de seus
galhos.
Oranian que se tornou rei de Oyo, de todo o Ioruba, isto é, de toda a Terra, com
supremacia sobre todos os reis; etc. (maiores detalhes sobre esta lenda encontra-
se na obra Orixás Africanos, de José Ribeiro).
Voltando à fala sobre os homens azuis; os que eram reais, fixaram suas vivendas
nas cavernas. Esses mestres do espaço trouxeram consigo os animais domésticos,
cães, etc., por quem possuíam grande veneração, pois eram eles (os cães) seus
companheiros prediletos que farejavam e buscavam as caças, além de servirem
para caçar, serviam também para guardar as moradias contra os animais ferozes.
Esta civilização, era a Lemuria, que esteve presente nas tradições iniciativas, e foi o
berço da 3a Raça raiz conforme ensinam os arcanos ocultistas.
Os Lemurianos foram os antecessores dos Atlantes. Sabe-se, tinham as populações
negras e brancas, como vão ter oportunidade de ver num trecho da lenda Hindu;
quando diz: Os reis alcançaram-nas nos seus Vimanas (máquinas voadoras)
e as conduziram às terras do fogo e do metal. Quando os Senhores dos
Rostos Negros acordaram e foram em busca dos seus Vimanas para
fugirem às águas, não os encontraram.
Estes caracteres quando feitos com pemba, de acordo com as cores empregadas,
servem de condutores de corrente magnética para conduzir as moléculas até o seu
ponto de impacto.
Contudo para fazer-se o bem dentro de nossa mironga, temos que conhecer a força
do mal. Ambas as forças, bem coordenadas dentro dos princípios das leis naturais e
espirituais; conseguimos atingir o objetivo do bem ou aquele que desejamos.
Nossos ancestrais, povo de outra geração: seus sábio Sacerdotes conheciam a lei
da gravidade, esses antigos tinham uma fórmula dessa ciência cabalística, que
sabiam produzir o vácuo por meio do som de suas palavras mágicas, para levantar
grandes pesos.
Entretanto, enquanto não for descoberto por esta geração ou por outra, essa
fórmula de poder mental que harmoniza e imanta, força magnética existente na
natureza, sempre será uma força desconhecida e oculta.
Sobre a gravidade principalmente, pouco sabemos, exceto que o que vai para cima
há de cair mais cedo ou mais tarde.
O sábio cientista Newton, expôs esse assunto mais explicitamente mas não
desvendou o mistério da natureza, desta força magnética.
Essa força é o que os ocultistas chamam o Poder na Quarta Ordem (no plano
físico), e nós conhecemos, como força cabalística e magnética da natureza.
A fórmula mágica desses sábios da antiguidade, é uma ciência perdida e de que faz
troça a incipiente ciência física dos nossos dias.
Pelo poder do som, é sustada a estrutura do Cosmo, e pelo poder do som esta pode
dissolver-se mônada.
Essas são as razões das rítmicas danças, o som dos atabaques, enfim do próprio
ponto de fogo.
No Ponto de fogo, ainda empregam as cabalas de cores e oral (o som das palavras
mágicas), de acordo com a finalidade dos trabalhos que pretende fazer; então o
Sacerdote idôneo emprega as cores correspondente a cada Espírito da Natureza
(Entidade-orixá).
Neste Ponto de fogo, porém, primeiramente vamos conhecer o valor dos filhos
desta raça.
Os filhos do Fogo é inesgotável e eles renascem de suas próprias cinzas, sua forma
de construir baseada na alquimia, de fundir as coisas, parecendo estar sempre
destruindo e destruindo.
Para os Kiumbas (espíritos atrasados) usamos vela de sebo, tudo de acordo com as
finalidades dos trabalhos, positivo ou negativo, isto é o bem ou o mal.
A luz produzida pelo azeite de mamona neste Ponto de Fogo, simboliza os Espíritos
da Natureza (Entidades) Orixás, dentro da Cadeia de Zâmbi Opongô.
O Fogo simboliza o batismo cósmico da aura terrestre, feito pelo Eloin, Luz Bel,
segundo a Cabala, da degeneração de seu nome resultou o de Lúcifer, e o de Exu
(Rei ou Maioral).
SIMPLESMENTE RESPIRAR
Respirar talvez seja a atividade que mais praticamos, e mesmo que estejamos
inteiramente inconscientes, respiramos cerca de 24 mil vezes por dia.
Nem vou falar do cigarro, porque está claro que o fumante, fuma por ansiedade,
exatamente para fugir da consciência da respiração. É impossível o ato de fumar
conscientemente - pareceria tão estúpido que morreríamos de rir na primeira
tragada.
Quando você observa crianças brincando num parque, você não se fixa na atividade
delas, dizendo elas estão brincando, elas estão brincando, elas estão
brincando. Há porém, um reconhecimento desse fato. Você não precisa dizer
interiormente relaxando a mente, relaxando a mente, relaxando a mente.
Simplesmente relaxe!
O espaço exterior para nossa meditação diária pode ser criado dentro do nosso
quarto de dormir, num canto da casa onde temos privacidade, ou mesmo separa,
quando podemos, um quarto especial para isso. É importante a total privacidade, e
saber que mesmo por dez minutos, ninguém vai perturbar você. Acender uma vela
e um incenso discreto, ajuda a criar o clima do ritual. Sempre que acendemos uma
vela e incenso, estamos repetindo um gesto que já foi executado milhões de vezes
em todo o mundo, por muitos seres que vieram antes de nós. Um gesto que está
presente em todas as religiões e tradições do mundo.
SIMPLESMENTE RESPIRAMOS
O TEMPO
(Orixá)
Nós, filhos da Umbanda, precisamos prestar atenção à este Orixá que trabalha
ininterruptamente, determinando o espaço e o tempo que cada ser tem para
empreender sua jornada retificadora perante a eternidade. É ele que faculta aos
Orixás zelarem e encaminharem seus regidos dando-lhes seus atributos que podem
gerar alternativas positivas ou negativas, que determinarão a caminhada normal ou
o atraso perante a eternidade. É ele, o Orixá Tempo que por ordem superior
(Zâmbi) nos faculta o livre-arbítrio da escolha do caminho a seguir, estando
provado sobejamente através da história da humanidade e de cada um em
particular, que iremos sempre colher o que semearmos, não importa em que tempo
ou quando, mas este Orixá é imperturbável em sua cobrança.
Portanto seria de bom alvitre que cada um por si procurasse ao final de cada
jornada, verificar todos os nossos atos, ações e reações, para que tenhamos tempo
de corrigir nossa trajetória à caminho da Eternidade.
ZEN BUDISMO
Essas cerimônias são também para dar num futuro próximo da iniciação quando
atingir o grau de Sacerdote, o domínio razoável de alto controle sobre as forças
cabalísticas vindas do Cosmos.
E sobre as Entidades (Orixás), dizemos que elas dirigem e não são dirigidas,
portanto suas irradiações vindas do Cosmos, comanda a cabeça (Orí) do iniciante
através de sua Dijina, que influi, orienta e se desperta, para que o mesmo possa
dirigir e manejar essas forças com segurança.
Observações: (*) Oloxuns, são especialmente qualificados para ouvir a fala dos
Orixás (Nagô) no jogo dos deloguns onde seu intermediário é Exu Legba e
acompanhante de Ifá.
(**) Oxoguns, que sacrificam os animais, quando necessário ao ritual (Omolocô)
Ao penetrarmos no âmago das mirongas da camarinha, torna-se mais fácil
conhecer os sentidos dos mistérios dogmáticos.
Nesse momento ficará claro que as forças que nela transcendem, são forças
viventes da natureza.
Contudo para se iniciar um Ioboré na camarinha, primeiro temos que ver sua
vocação (Carma).
Ela é a lei do determinismo relativo, que em cada encarnação, pode ser modificada
pode ser modificada pela vontade firme de uma pessoa (Ioboré). Como iniciante no
culto, os pensamentos, as palavras, os atos são a causa determinante da vocação
lançada na corrente da evolução; a alma humana atravessa como individualidade,
períodos alternativos de existências físicas e espirituais.
Estas são as razões pelas quais o iniciante (Ioboré) passa pela camarinha, para
receber na sua estrutura de matéria sólida, líquida e gasosa, as forças viventes na
natureza, (Natural ou Espiritual, Cabalística e Magnética); cumprindo assim os
preceitos ritualísticos da preparação
Como já dissemos, as Entidades dirigem e não são dirigidas, isto é, não recebem
doutrinação, pois são espíritos puros da natureza, observadores de nossos atos
nesta paranga, e nós só teremos aquilo que merecemos.
Nos Cultos Afro-brasileiros, tem uma Entidade (orixá), seu nome é Iroco (Orixá
nagô cuja morada e epifania é a gameleira-branca, árvore que se usa adornar com
laços de pano e que recebe oferendas de alimentos em suas raízes) e pertence à
gameleira branca, e seus troncos servem para assentar as divindades no roncó.
O Mão de Ofá entrega à Cotas, as ervas, para esta quiná-las para o preparo do
Amaci. Logo após são escolhidas, se necessário, as aves ou animais que serão
usados nas cerimônias.
A = 1
X = 300
E = 5
______
306
9. Corresponde a um atributo Divino que se designa pela letra (thet) Tehor, Puro.
Os quatro dias restantes são de preceitos reservados, que o Ioboré, faz em pé,
dentro do Abaçá (terreiro).
O Alá serve para o Ioboré, entrar e sair da camarinha. É um pano branco, no centro
deste tem os caracteres cabalísticos.
O iniciante é levado debaixo dele para a camarinha. Seis (6) pessoas o conduzem,
com ele completando sete (7), representando assim as forças cabalísticas; o
Espírito.
Dois (2) são os Padrinhos, um (1) o Ioboré, quatro (4) são as Sambas, que com as
mãos seguram as pontas do Alá.
O Gênio do Bem está à sua direita. O do Mal à esquerda; sua voz só é ouvida pela
sua consciência, recolhe-te e ela te responderá.
---------
293 14
14 5
5 (o homem)
Tendo o Obi quatro quinas, o iniciante comerá 1/4 , isto é, uma parte por ano de
aprendizado.
No fim de quatro (4) anos o iniciante estará feito no santé, e acha-se independente
para fazer o santé em outro Ioboré, dentro do seu culto em toda a parte do Mundo.
Pois no fim de quatro anos completam (28 anos de conhecimentos) o Obi, que vem
a corresponder ao mesmo número de fases lunares, fechando o ciclo da lua.
Não devemos ser vaidosos, pois aquele que dentro da falsa Mironga pretende
enganar aos outros, acabará enganando-se a si mesmo, caindo dentro daquele
ponto da magia que se refere à negatividade. Tudo isto parece muito difícil, porém
o sacerdote tem a consciência que representa este princípio de harmonia de Saber
o que sabe, do seu conhecimento iniciatório, ele fará uma força, uma energia, da
qual extrairá a essência maravilhosa que se chama Fé ou Força Cabalística
4a - Teoria Física - Para esta teoria, os elementos ar, fogo e água, originalmente
objeto de adoração religiosa, sendo as principais Divindades personificadas nas
forças da natureza. Foi fácil a transição da personificação dos elementos para a
idéia de seres sobrenaturais, dirigindo e governando os diferentes objetos da
natureza. Antigos povos, os gregos acreditavam que toda a natureza era povoada
por seres invisíveis, e que todos os objetos, desde o Sol e o Mar até a menor fonte
ou riacho, estavam entregues aos cuidados de alguma Divindade e atributos
particulares.
Entretanto, todas as teorias acima mencionadas, são verdadeiras até certo ponto,
no qual nos podemos igualá-las dentro dos princípios de nossa religião. Seria
portanto, mais correto dizer-se que a Mitologia de uma geração ou nação vem de
todas àquelas fontes combinadas e não de uma só em particular. Há muitos mitos
originados pelo desejo do homem de explicar fenômenos naturais que ele não pode
compreender e que não poucos surgirão de desejo semelhante de explicar a origem
de nomes de lugares e pessoas.
Demonstramos que Afrodite, Vênus, deusa das lendas gregas, é a mesma Iemanjá
(Sereia) dos cultos afros, na certeza de quem ler com atenção, julgará conosco
essa exortativa comparação.
Iemanjá era conhecida pelos romanos como Vênus, enquanto que os gregos a
conheciam como Afrodite.
Vejamos agora Iemanjá, como todos sabem é a divindade das águas verdes,
salgadas, ela leva um leque e bracelete de metal prateado, ela dança interpretando
o movimento das águas agitadas. É considerada por muitos a Mãe de todos os
Orixás, pois vê crescer, ano a ano, o número de seus adeptos, no Brasil é
considerada pelos Umbandistas, a Rainha do Mar, Protetora da família, cultuada aos
sábados e fim de ano nas praias.
Iemanjá tem seu fetiche, que é a concha marinha. Sua insígnia, um leque (abebé -
leque circular metálico, atributo (2) de Oxum, quando feito de latão, e de Iemanjá,
quando de metal prateado e com uma sereia)
Os alimentos consagrados são pombo branco, milho, galo branco, ovelha branca,
cabra branca, camarão azeite de dendê, leite de coco, como podemos ver, desde as
mais antigas civilizações do mundo, Iemanjá já era cultuada nos mares onde tem o
maior e melhor alimento da vida, que é o Sal.
Noé também deu oferendas quando saltou da barca, depois do dilúvio, oferecendo
num altar ao Senhor, ao pé do Monte Ararat animais e aves puras em holocausto
sobre este altar.
Gênese 8, 20
Zéfiro, um dos oito ventos, entregou Vênus às mãos das Musas, que se
encarregaram de criá-la e educá-la.
Vênus foi esposa de Vulcano, o feio e desajeitado deus ferreiro que vivia
trabalhando na forja com seus medonhos auxiliares, os ciclopes (gigantes fabulosos
com um só olho na testa). Vulcano foi enganado de mil formas por sua belíssima e
sensual esposa.
A aventura amorosa que a deusa do amor teve com Marte, foi a mais ruidosa do
Olimpo.
Nos encontros entre ambos, Marte deixava de guarda Alectrião, seu favorito, que
era muito preguiçoso.
Certa vez, Febo, também considerado como Apolo, o Sol, e que também amava
Vênus, seguiu os dois apaixonados até seu esconderijo secreto. Tendo Alectrião
adormecido, Febo pode espiá-los de perto e, vendo o que sucedia, foi chamar
Vulcano.
Desse amor com Marte, Vênus teve um filho, Cupido (identificado na mitologia afro,
como Orugã, Orixá do amor) ou Eros, o deus do amor.
Percebendo os males que Cupido poderia causar, Júpiter pediu à Vênus que se
desfizesse dele, mas ela não lhe obedeceu. Como Cupido estivesse condenado a ser
sempre criança, enquanto não tivesse outro irmão, Vênus teve outro filho de Marte,
Anteros, ou antiamor, aquele que transforma o amor em ódio.
Além de Cupido, Vênus foi também mãe dos amores, dos jogos e dos risos.
A maior paixão que sentiu foi por Adônis, um mortal que era mais belo do que
qualquer dos deuses. Por ele, Vênus fugiu do Olimpo, separou-se de seus
companheiros e desdenhou da companhia dos deuses. Enciumado, Marte
transformou-se num javali, atacou Adônis e matou-o.
Netuno foi seu último esposo (identificado na mitologia afro, como Obá - Olorum,
Rei dos mares). A primeira lenda nos conta que Netuno (também conhecido como
Nereu ou Posêidon), deus marinho muito antigo, filho do Oceano e de Tétis, casou-
se com sua irmã gêmea, Dóris, que lhe deu cinqüenta (50) belíssimas filhas que
foram chamadas Nereidas.
Netuno, o deus das águas, apaixonou-se por uma delas, Anfitrite. Netuno tinha seu
palácio no fundo do mar, tinha cavalos com crina de ouro que puxavam seu carro
por sobre as ondas, e ostentava um tridente. Anfitrite, temendo a severidade do
deus e os mistérios existentes nos profundos abismos, fugiu amedrontada.
Refugiou-se nos rochedos próximos ao Monte Atlas, mas lá foi encontrada por dois
golfinhos que a persuadiram a aceitar o amor de Netuno.
Segundo alguns historiadores é a mãe de todos os Orixás. Nada pode existir sem
água.
Ela tem a mesma função que Iôiê Moiô e Olokum na linha Ifé mas ela não necessita
de um Orixá macho para complemento.
Assim diz a lenda que nos tempos antigos, quando faltava água, era porque
Iemanjá estava deitada e dormia sobre seu lado esquerdo. Quando voltava da
esquerda para a direita, as fontes jorravam água.
UMBANDA
É nosso dever, trazer para nossos irmãos umbandistas, esclarecimentos sobre os
cultos afro-brasileiros; é o que fazemos através de nossas Pesquisas Ecléticas.
Muitos têm compreendido o termo de origem da palavra Umbanda ao contrário da
fonte verdadeira na qual se originou.
Pois bem. Quem está com a palavra sobre essa explicação é o saudoso Tata Ti
Inquice, Tancredo, eu apenas transcrevo o tema.
Portanto uma coisa é certa, nosso idioma recebeu dentro do seu conteúdo
gramatical, grandes influências dos dialetos africanos.
QUIMBANDA
Com esse vocábulo,Quimbanda, acontece a mesma incompreensão sobre o seu
termo de origem.
Muitos chegam a afirmar que Quimbanda é o lado negativo da Umbanda; e para ser
mais claro, dizem, onde se pratica a magia negra.
Como nós já sabemos a magia não tem cor, nem é branca, nem é negra; magia é
só uma. O bem ou o mal está na intenção de cada um, pois se é verdade que
podemos pensar positiva ou negativamente, verdade é que tudo que desejarmos ao
próximo, receberemos em dobro.
Então Quimbanda tem sua fonte de origem no Quimbundo que é uma mistura de
dialetos africanos, criado pelo governo para ser ensinado nas escolas das colônias
portuguesas, afim de que todos angolenses se entendessem entre si nas regiões
tribais de Angola e Moçambique.
Baseado nesta estrutura vejamos: quim ou kim, quer dizer em linguagem africana,
médico ou grão-sacerdote dos cultos Bantos. Banda quer dizer lugar ou cidade.
Desnecessário seria explicar que o umbigo é uma cicatriz, vestígio da nossa - união
com a Mãe Terra.
Este sinal, que tanto o homem como a mulher tem no seu organismo externo,
poder-se-ia dizer que, este é o verdadeiro apêndice de igualdade entre os dois
sexos. Os Mestres alquimistas, dizem que o umbigo é a ilha do mar do ventre, que
é regido pelas águas. É o oásis intermediário entre os dois mamilos da mulher, e o
externo do homem, e o jardim de Vênus ou dos Espérides que existe tanto no
homem como na mulher.
Contudo sendo a Alquimia o estudo secreto mais adiantado do nível das leis
cabalísticas de afinidade sobre a geração humana, que aqui divulgo para elevar os
conhecimentos de seguidores da Umbanda, e por isso, não possa dar nenhuma
explicação mais detalhada até chegar o momento certo, posso porém adiantar que
o umbigo é a porta pela qual aparecem os Elementais na água, na terra, no fogo e
no ar do nosso microcosmo.
O homem primitivo não era dotado desse sinal (umbigo) pelo menos no lugar onde
o temos hoje, mas tinha algo em seu Chacra Frontal que muito parecia com o
nosso umbigo atual.
As mulheres pitris tinham o seu filho em uma frondosa vegetação, onde hoje temos
o nosso umbigo e o Chacra.
Depois, por autodefesa, foram exercendo uma verdadeira absorção do seu sentido
de maternidade, de maneira que o filho fosse gerado internamente, sendo o
umbigo o seu lugar de expulsão durante o parto.
Este porém, nunca esteve completamente fechado, servindo como via respiratória
para o feto.
Por estes fatos se pode observar toda a metamorfose sofrida por esta parte do
nosso organismo, isto é, olhos, nariz e útero, peças de inestimável valor no nosso
conjunto fisiológico.
O mistério de nossa anatomia oculta, esta representado por três nós a saber:
1o O nó físico - umbigo
2o O nó psíquico - o ânus
3o O espiritual - no grande artelho do pé esquerdo, onde se fecha a nossa aura.
A Alquimia mostra como era o nosso antecessor, o grande andrógino. Era uma
criação da vida sexual e se bastava a si mesmo para procriar; não tinha porém
umbigo, pois nascia unido por um cordão duplo, que se ajustava ao Chacra Frontal
e ao Coronário, com os quais tinha a sua comunicação mãe-pai. Disto se depreende
que o umbigo é o primeiro símbolo do homem fracionado em suas duas metades,
fêmea e macho, e ao mesmo tempo a peça de engrenagem de ambos. Nos atos do
coito primitivo e quase instintivo, não saberíamos dizer se existia a união dos
umbigos.
A cozinha de santo nas Nações de Keto, Gêge, Angola, Nagô, Ioruba, Bantos, etc.,
inclusive no Omolocô quando puxado para uma das outras Nações, é bem diferente
das cozinhas profanas, onde se prepara os alimentos do homem em geral.
Azeite de dendê.
Azeite de Oliveira (azeite doce)
Arroz quebradinho
Canjica
Canjiquinha de milho vermelho
Cebolas
Farinha de mandioca, farinha de guerra, farinha de pau.
Feijão fradinho, feijão miúdo
Feijão branco
Feijão vermelho
Fubá de milho vermelho
Fubá de milho branco
Fubá de Arroz
Maisena
Milho alho - para pipocas
Noz moscada
Ori
Pimenta malagueta
Velas
Após o serviço, as brasas dos fogareiros são apagadas com areia, nunca com água.
1. Não se cortam aves ou bichos de quatro pés a não ser nas juntas. O santo
recusa.
2. Obrigação mal feita ou mal arriada, paga-se em dobro.
3. Quando se arreia uma obrigação na encruzilhada, não se volta, nem se
passa pelo mesmo caminho durante 24 horas, para não pegar os miasmas
de retorno.
4. Antes de se sacrificar um animal (quando necessário) nos terreiros, manda-
se limpá-lo com o Otí correspondente, sem isso o santo não aceita.
O Sacrifício de aves e/ou animais só são aplicados em último recurso, pois que
atualmente procura-se fazer Imantações com base em Frutos e/ou Pedras preciosas
dos diversos Orixás; que será assunto de uma futura pesquisa.
LILITH
Evocando a imagem trágica das lâmias da mitologia grega, não pôde integrar-se
nos quadros da existência humana referentes as relações interpessoais e
comunitárias.
A palavra suméria lil (vento, ar, tempestade) pode ser entendida no mito como o
vento ardente que, segundo a crença popular, punha em febre as mulheres logo
após o parto. Lilith foi primitivamente considerada uma das grandes forças hostis
da natureza, parte de um grupo de três demônios, um macho e duas fêmeas.
Também há uma ligação com a palavra grega law, que é relacionada com lux
(latim), light (inglês), licht (alemão), dando uma idéia de luz, ou ver com uma
visão penetrante, ver à noite, libertar-se da obscuridade. Não é à toa que certos
textos fazem Lilith intervir numa estranha busca iniciativa conduzida pelo herói.
Uma das mais famosas figuras do folclore hebreu, Lilith faz, assim, parte de um
grupo de espíritos malignos identificados com a noite.
Foi mencionada pela primeira vez no Gilgamesh, épico babilônico de 2000 a. C.,
aproximadamente.
Ora representada como uma prostituta de seios secos, que não podia ter filhos; ora
como uma linda jovem com pés de coruja, o que identificava sua vida noctívaga. É
uma ninfa vampiro da curiosidade, que a seu bel-prazer arranca ou recoloca os
olhos, e a que dá aos filhos do homem o leite venenoso dos sonhos. Conhecida
também como Lua Negra, é comparada à sombra do inconsciente, aos impulsos
obscuros. Devora os recém-nascidos, devorada ela própria pelo ciúme.
No Talmude, século 6 a. C., mesmo pouco havendo sobre ela, aparece como a
primeira mulher de Adão.
Conta-se que, feita do mesmo barro que moldou Adão, não se deixou subjugar por
ele durante o primeiro intercurso sexual, levando-o a se sentir repelido e desejoso
de outro tipo de companheira. Lilith queria fazer valer seus direitos de ser também
uma criatura de Deus. E apresentava sua opinião e sua palavra como tão
importantes quanto as de Adão.
Ficando a situação insustentável, dizem que fugiu para o Mar Vermelho, o lar dos
espíritos malignos. Teve muitos filhos, chamados lilin. Deus enviou três de seus
anjos - Senoy, Sansenoy e Semangelof - mas Lilith se recusou a voltar se fosse
para continuar a situação anterior. A fuga, então, converteu-se em expulsão.
Uma forte crença em sua presença foi encontrada entre os elementos mais
conservadores da comunidade judaica do século XIX.
Chamada por muitos de Rainha do Mal e Mãe dos Espíritos Malignos, Lilith é
representante de um ser que aparece na maioria das culturas. As mais antigas,
além dela mesma, incluem a lâmia grega, a langsuyar malaia e também a loogaroo,
a sukuyan e a asema, vampiras da área do Caribe.
Cada uma dessas figuras vampíricas aponta para a origem do vampirismo como um
mito explicando os problemas ocorridos no parto. A história da langsuyar, por
exemplo, conta sobre uma mulher que dá à luz uma criança morta. Perturbada,
voava para as árvores e vez por outra se tornava a praga das mulheres grávidas e
de suas crianças.
Um dos relatos mais famosos de uma lâmia é o de Philostratus, em seu The life of
Apollonius. Na história, Menipo de Gadara (filósofo e satirista do séc. III a.C.), um
dos discípulos de Apolônio, é atraído ao casamento por uma linda e rica jovem, mas
salvo pelo sábio mestre, escapou na verdade de uma verdadeira vampira.
A confusão de Lilith com Ísis, adorada como Grande Mãe que cura e salva, e com
outros mitos de ambivalência benéfica-maléfica, faz lembrar que seus efeitos sobre
a vida humana dependem em grande parte da perspectiva em que os homens a
inscrevem. E do olhar com que a encaram.
Lilith nos lembra eternamente que as forças do mal respondem às forças da vida, e
que tudo se equilibra - dia e noite, trevas e luz, masculino e feminino.
Lilith nos diz, ainda, que há sempre algo a descobrir, com resultados benéficos, em
qualquer parte da criação.
A origem de nossa matéria está na crença da lenda dos filhos do Omolocô: Ali diz,
nossa matéria veio dos sete planetas. Então não foi Deus quem fez o homem à sua
imagem e semelhança, mas sim este, que humanizou a divindade.
Então, a que é devida esta forma de animal superior, chamada homem? Pois o
humano ou humanóide, são denominados de homens em cruz, princípio básico pelo
qual Jesus morreu desta forma.
Mas, será puramente uma evolução fisiológica o fato de que o homem seja como é?
Não haverá em nosso reino animal, alguma outra forma mais alta ou mais baixa,
mais bonita ou mais feia, que pertença a alguma outra galáxia que contenha maior
numero de seres humanóides que de outras formas? Seremos nós os mais
perfeitos, deduzindo daí que nos pareçamos a Deus?
Qual foi então a origem da nossa matéria, a não ser aquela dos filhos do Omolocô?
Eis aqui um dos ensinamentos mais secretos e uma das revelações mais
transcendentais dos mestres alquimistas:
Observar que o primeiro parto de Deus é sempre esférico e por esse mesmo motivo
o são também os sóis e planetas; mas a vida individual tem, primeiramente, uma
formação ovóide.
Depois, em seu afã liberatório, os raios começam a se manifestar como ondas de
energia, criando-se então a estrela de cinco pontas, verdadeira representação do
homem em cruz, e que Agripa nos mostra com muito mais clareza do que qualquer
outro ocultista.
Vejamos agora o grande dilema exposto por alguns ocultistas do passado. A Terra é
um ser, divino como todos os planetas, e sobre o qual nós habitamos. Se a Mãe
Terra, a quem nós devemos adorar e respeitar, tem cabeça, onde estaria ela? A isto
poderíamos responder que todos os sábios afirmam que houve uma mudança de
pólos que achatou a Terra; e os ocultistas sabem que a Terra, inicialmente esférica,
tornou-se ovóide com o continente da Miocena, sua cabeça crística. E nela, pela
transformação do Pitri, nasce então o homem, que posteriormente será destruído
como um castigo dos próprios Elementais da Terra, que se tornará então achatada
nos pólos e alargada no equador.
Este fato, porém, se realizou apenas no seu conceito periférico físico, já que as
observações feitas por astronautas nos revelam que, desde a estratosfera, a Terra
tem a forma de uma pêra, donde podemos configurar a cabeça espiritual do nosso
planeta.
Que luas seriam essas? Nada mais que os braços e pernas da nossa Mãe Terra, que
ao se desprenderem, em sua individualidade, voltam à forma esférica por se
tornarem filhos do planeta; mas pela força de atração desse mesmo planeta,
chocam-se com ele.
Somente resta à nossa mãe planetária uma única extremidade; a Lua, conhecida
por nós.
E o medo constante de alguns ocultistas de que seja ela a causadora de uma nova
catástrofe.
Fica pois, claro, que as estrelas e sua irradiação são a origem dos braços e pernas.
Os dias da semana são distribuídos, de acordo com a tradição Nagô, pelos vários Orixás,
obtendo-se o seguinte quadro:
A Mãe (ou o Pai) escolhe, entre as filhas, suas auxiliares na administração - uma
série de iás (futuras mães-pequenas), que se encarregam de certos serviços
parciais, mas de importância.
Quanto ao poder espiritual, tomemos por paradigma um ritual Nagô, que nos oferece o
seguinte quadro:
MULHERES HOMENS
Ialaxé Pegi-gã
Mãe-pequena Axogum
(Iá-quererê)
Ogãs
Alabê
Tocadores de Atabaque
Filha de Santo Filho de Santo
Ebomim
Iaô
Equede
Abiãs
Os Ogãs são protetores do ritual, com a função especial e exterior à religião de lhe
emprestar prestígio e angariar recursos financeiros para as cerimônias sagradas. A
maior parte das vezes o próprio Orixá escolhe o Ogã entregando-lhe as suas
insígnias, no nosso caso, o Machado de Xangô.
Abaixo das filhas, há ainda a Equede, a qual fez voto de servidão à este ou aquele
Orixá.
Em último lugar, ficam as Abiãs. Estas não pertencem ainda, realmente, ao ritual.
Estão num estágio anterior a iniciação.
Este esquema de hierarquia revela, sem sombra de dúvida, que as mulheres detêm
todas as funções permanentes do ritual, enquanto que os homens se reservam
apenas nas temporárias e nas honorárias.
Deve-se sempre ressaltar a importância dos velhos - não exatamente das pessoas
de idade, mas das que fizeram o seu santo há mais tempo ou há mais tempo
aderiram ao Ritual.
Depois de sete dias, essa pomba voltou tendo cumprido sua missão, trazendo no
bico um ramo de erva verde.
Assim Noé, possuiu uma porta, uma saída que permitiu a uma divinização
consciente para salvar seu povo do dilúvio.
A divinização de Noé, foi feita na base da justiça, o que indica que o homem, por
alguns meios, consegue divinizar-se sem ser Divino; ou para ser mais claro,
consegue atuar como um deus sem por isso perder o conceito de inteligência que é
algo além dos deuses, porque os deuses atuam em sua potência e não em sua
onipotência, o fazem sempre dentro das características de sua força divina, mas
nunca de sua inteligência, porque a inteligência é uma é um patrimônio doado ao
ser humano; o homem pensa, discerne e atua no conceito que ele supõe de justiça,
seja para o bem ou o mal.
Mas ao contrário, a Divindade, não se apóia nestes conceitos que são todos da
inteligência e da compreensão do homem.
No entanto Noé, apoiou-se nos dois planos, isto é. Força Divina e a Inteligência
Humana, e assim Noé foi assistido por um atributo negativo de Uma Divindade
Positiva.
Milhares destes casos; as lendas que têm seu fundo de verdade, que aos poucos
nos trará a luz e a verdade do passado remoto.
Querer: Esta palavra se relaciona com a realização espiritual última, quando, por
um ato de vontade combinada da alma e do homem inferior, a unificação e a
conscientização são alcançadas. Diz respeito ao centro da base da coluna.
Ver-se-á então que para o neófito, os seguintes centros são de capital importância:
- O corpo astral possui também Chacras que correspondem aos do corpo Etéreo.
- Nosso sistema solar com as Plêiades e uma das estrelas da Ursa Maior, formam
um triângulo de forças cósmicas, ou seja, um conjunto de três Chacras no corpo
sideral D'AQUELE SOBRE O QUAL NADA SE PODE DIZER.
- A roda Zodiacal é, essencialmente, um chacra cósmico; é um lótus de mil pétalas
de uma entidade cósmica desconhecida, o ser a que me refiro como, AQUELE
SOBRE O QUAL NADA SE PODE DIZER.
1 Poderoso Chacra que está estreitamente relacionado com o nervo vago. Este é
muito potente e é considerado por algumas escolas de ocultismo como um Chacra
principal; não se acha na coluna vertebral, mas próximo à glândula Timo.
Que passos devem ser dados para conseguir a vitalidade e coordenação dos
Chacras?
Este tema vem mostrar, o conteúdo simbólico referente aos Doze Ministros de
Xangô, dentro da Cabala da Umbanda.
Os Reis Iorubanos reivindicam Xangô como ancestral. Ele foi o quarto Rei
legendário do Oyó. Diz a lenda que Xangô tinha poder de fazer cair o raio à
vontade. Ele possuía, igualmente, os talismãs que lhe permitiam emitir fogo e
flama pela boca e narinas, e foi assim que Xangô ganhou diversas guerras e anexou
os territórios vizinhos do seu reino.
REIKI
O que é REIKI?
Reiki é um método Oriental, natural e eficiente de curar, equilibrar, restaurar e
aperfeiçoar, criando um estado de harmonia. Utiliza-se Energia Vital – Universal,
visando trazer e manter a saúde física, emocional, mental e espiritual.
A COR NO OCULTISMO
Cor e Religião
Antigamente a cor era tida como representação das forças naturais, de forma que o
vermelho era a representação do fogo, o amarelo era o sol, o verde refletia a
folhagem da primavera e o azul era o reflexo do céu e do mar. Mais tarde, as
diversas religiões, começaram a identificar as cores com suas divindades. Assim
começou a importância do ouro, sempre símbolo do Ser Supremo. Seguindo este
costume, os cristãos representaram a Virgem de branco e azul e hoje,
exclusivamente na Espanha e no Peré, vestem-se desta cor os oficiantes da
cerimônia que se celebra nos dias da Imaculada Conceição. Igualmente se
concedeu ao vermelho, preto e amarelo enxofre, o triste significado das coisas
diabólicas. Os imperadores romanos viram no púrpura o símbolo do poder, tradição
que seguem prelados e cardeais.
Vermelho
É a mais forte das cores e seu grande impulso ativo a faz predominar onde se
encontra misturada à outras, impondo seu significado de firmeza e bravura. Em
sentido negativo indica vingança e não ferocidade como normalmente se pensa. Dá
sempre idéia de grande vitalidade que, ocasionalmente, pode redundar em
excessos.
As tendências próprias do vermelho são: a paixão, o impulso, a resistência,
proporciona valor, alegria de viver e amor à aventura. Por isso, aqueles que o
preferem ou se sentem identificados com ele, devem saber controlar-se para que
não se vejam exaltados por um excesso de vitalidade que lhes possa resultar fatal.
Castanho
É um forte matiz do vermelho, que demonstra vigor acompanhado de grande
fortaleza do espírito.
As pessoas dominadas por esta cor, costumam estar cheias de grandes projetos
para realizar empresas grandiosas. São pessoas providas de um enorme espírito de
luta, que, costuma colocar-se em evidência, especialmente quando se choca com
obstáculos que o coloca em clara desvantagem, ou em ocasiões em que se vê
totalmente diante à uma adversidade, a princípio insuperável.
Magenta
É a tendência mais otimista e possessiva das tonalidades derivadas do vermelho.
Reflete uma pessoa desejosa, não de lutar, mas de chegar ao cume antes de
qualquer outro competidor, ainda que para isso tenha que utilizar meios
reprováveis. Trata-se de pessoas dispostas a competir e desafiar à todo o mundo,
com enormes ânsias de êxito. Seu aspecto ativo não se limita à área física, senão
que demonstra igualmente uma grande agressividade no campo mental,
acarretando esforços que seriam impossíveis à outros, especialmente pelo teor de
sua obra.
Seu grande defeito é possuir uma natureza excessivamente volúvel que o leva a
exigir demais por parte dos outros ao seu redor, sem parar para pensar na
conseqüências, nem deter-se muito para verificar do que é capaz cada um.
Escarlate
É a tonalidade mais apaixonante do vermelho e como tudo apaixonante, pode
produzir, desde a natureza mais agradável, exemplo de um modelo de virtudes, até
o ser mais abominável e recusado pela totalidade de todos os que o rodeiam. Não
existe meio-termo naqueles que se relacionam com esta tonalidade. Ou farão
inveja à seus amigos, convertendo-se em líderes inatos por suas qualidades e
simpatia, ou então, ficarão sós, amargurados e abandonados por seus inúmeros
defeitos e pela complexa incapacidade para identificar-se com o resto das pessoas.
Rosa
É uma tonalidade que demonstra mais amor que afeto. Trata-se de naturezas
inclinadas a servir ao próximo, que se entregam totalmente e sentem grandes
desejos de voltar-se em auxilio dos outros, porém, mais por verdadeiro
masoquismo do que por verdadeiras ânsias de cooperação. Quiçá sua última
motivação não seja o resultado final, senão mais um fato de oferecer-se, quase em
sacrifício, daqueles a quem necessitando-os ou não, os cercam.
Laranja
Representa às pessoas extremamente altivas e que possuem grandes doses de
confiança em si mesmas, tanto que quando entram em um local, acreditam que
todos a estão olhando. Não obstante estejam revestidas de boas maneiras,
costumam ser pessoas capazes de impressionar aos demais, razão pela qual se lhes
atribui um êxito enorme em tudo o que implique relações públicas, como o palco e
a política.
Esmeralda
É um verde muito vivo, no qual a adaptabilidade própria dos verdes se transforma
em desejos de aventura. Participa de todo o forte vigor próprio do vermelho.
Costuma caracterizar as pessoas de caráter muito forte, íntegras e insubmissas,
que sabem fazer com que as situações se ajustem às suas necessidades, tirando o
maior proveito daquelas que se ponham a seu alcance, sem que por isso façam mal
ao próximo. São pessoas independentes, cuja determinação lhes faz parecer
simpáticos aos olhos dos demais, mas cuja manifestada individualidade costuma
acarretar-lhes muito poucos afetos sinceros e desinteressados. Desgraçadamente
costumam ser pessoas que jamais encontram o amor, que desejam permanece
solteiras, sendo o tio ou tia preferido dos filhos de seus familiares e amigos.
Oliva
É uma tonalidade opaca e pálida do verde e como todas as cores fracas, costuma
ser uma vibração claramente negativa, em contraste com o brilhante verde limão.
Geralmente define as pessoas que evitam questões, buscando desculpas para seus
fracassos e procurando sempre evadir-se de suas responsabilidades. Dificilmente se
pode esperar ajuda de uma pessoa influenciada por esta cor, que geralmente é um
indivíduo evasivo, com dificuldades de comunicação pela sua inata carência de
aptidões comunicativas.
Maçã
É o mais esperançoso dos verdes, cheio de simpatia, vontade de ajudar e agradar
aos demais. Sempre feliz e desejoso de uma vida o mais agradável possível,
cercado de gente contente e alegre, que geralmente costuma disputar sua
companhia. É a alma das reuniões e festas, procurando sempre agradar aos demais
e fazendo-os rir a cada momento.
Seu único defeito é que se deixa levar por um excesso de romantismo, que pode
fazê-lo perder a visão da realidade.
Verde
É a cor da Natureza, fazendo com os que se sentem atraídos por ele, pessoas
sentimentais e muito simpáticas, facilmente adaptáveis às circunstâncias que os
rodeiam. Mas devem evitar deixar-se levar por uma fraqueza latente que sempre se
acha a espreita e que pode conduzi-los a um excesso de auto-compaixão,
especialmente quando se encontram a meio caminho do triunfo, onde costumam
desculpar-se culpando aos demais daquilo que somente é responsabilidade de si
mesmos.
É uma cor diametralmente oposta ao vermelho. Demoram muito em zangar-se e
raramente chegam a encolerizar-se. Sua característica primordial, é a moderação
em todas as ações. Como a Natureza costumam ser firmes e imutáveis, incapazes
de submeter-se ante a desgraça e impondo constantemente seu grande espírito de
determinação, cheio de serenidade.
Amarelo
É uma cor que goza de muito má fama, quando na realidade não deveria tê-la.
Suas características se tornam mais apreciáveis à medida que se intensifica, sendo
melhor quanto mais viva se refletir. Se tiver uma leve inclinação ao laranja, implica
grande inteligência. O tom dourado é símbolo permanente da realeza. É uma cor a
qual os místicos orientais atribuem o poder de vencer todos os males e afastar
todos os perigos.
Verde mar
É o tom mais escuro e forte dos verdes e por isso, implica certa ofuscação de
propósitos, que podem facilmente produzir com que a inveja prevaleça sobre as
restantes características do indivíduo. Também é propenso a astúcia, que mal
dirigida e desprovida de qualquer prudência, pode resultar extremamente
contraproducente.
Azul
É a cor da sensibilidade, misturada muito freqüentemente com a fé e que faz
aqueles que se identificam com ela, a comportarem-se com tais ânsias de ficar bem
ante os que o rodeiam, que às vezes podem, inclusive, chegar a comportarem-se
mal, precisamente por seu fervor exagerado.
Todo mundo sabe que o azul do céu e do mar é infinitamente variável e isso é uma
característica a mais da personalidade dos que são dominados por esta cor, cuja
atitude mais negativa é a inconstância. Por isso lhes é recomendável concentração
em tudo que empreenderem, encarar seus desempenhos com mais profundidade e
sobretudo, tomar com mais carinho, tudo que fizerem.
Celeste
É a cor da generosidade, a preferida de todas aquelas pessoas que decidem
afastar-se da vida mundana para dedicar-se ao bem e às causas mais nobres. É o
azul em sua mais etérea tonalidade. Realça todas suas qualidades, supõe um
desprendimento absoluto do eu para alcançar níveis que só aos eleitos estão
reservados. É a cor que com mais dificuldade se encontra na aura humana,
denotando a raridade com que aparecem neste mundo, pessoas capazes de
desinteressar-se por si mesmas e encontrar a felicidade no bem-estar alheio.
Marinho
É um tom escuro que denota fortaleza, mas tendendo muito ao preto, poderá ser
símbolo de auto-suficiência. Geralmente, e em seu cromatismo próprio, significa
fidelidade no amor, constância em todas as tarefas e confiança, não só nos outros,
como também digno da confiança alheia.
Trata-se de uma cor própria para as associações e os esforços em comum. Quem
se sete atraído por ele, estará constantemente cercado de amigos e será
precisamente então, quando o marinho dará tudo que leva dentro de si mesmo.
Índigo
Esta cor também é conhecida pelo nome de anil, proporcionada pelo corante
orgânico que leva seu nome e que na antiguidade foi incrivelmente caro e
particularmente apreciado por sua resistência à luz. Representa devoção e afeto,
dividindo com o celeste o mútuo desejo de colaborar e ajudar os demais. Contudo,
nela podem ser encontradas caprichosas características que a distingue da anterior.
Como todas as demais tonalidades azuladas, são pessoas amantes da Natureza,
especialmente do mar. Junto ao qual sabem encontrar a paz de espírito que lhes
carece em zonas fechadas e dentro das grandes cidades.
Violeta
Representa a grandeza e tudo o que nesta vida se tem por importante. Não é uma
cor fácil, como não o são as pessoas que o escolhem. Costumam mostrar-se auto-
suficientes, demonantes em excesso, preferindo o ritual antes que o assunto direto
e são extremamente dados ao protocolo, demonstrando um desapego absoluto pelo
profano e procurando sempre que o ordinário, cotidiano e rotineiro não chegue a
influenciá-los. Tratarão sempre de que sua opinião prevaleça, sem importar-se
demais que a razão esteja ou não consigo. Recusarão todo tipo de críticas sem
sequer buscar qualquer justificação para sua conduta, pois no fundo, pensam que
são superiores aos demais e que o resto dos mortais, não têm direito a julgá-los.
Púrpura
É o matiz próprio da realeza, sendo-lhe aplicável tudo que foi dito em relação ao
violeta, em grau superlativo. Sua capacidade para considerar-se superior aos
demais carece de qualquer limite. Só permitem ser comparados aos deuses, de
quem se consideram uma prolongação, que foi castigada ao passarem uma
temporada neste vale de lágrimas que, certamente não consideram à sua altura.
Só conseguem êxito naquilo que desejam que saiba comportar-se a altura do que
se pudesse esperar deles. No caso de chegarem onde se haviam proposto, mudarão
radicalmente na forma de encarar as coisas, pois já as contemplam desde cima e se
haverão distanciado do resto do gênero humano, que parece ser o que realmente
lhes agrada.
Branco
Tem sido considerado sempre o símbolo da pureza, contudo as pessoas
influenciadas pelo branco se caracterizam por Ter uma mente isenta de
complexidades. Trata-se mais de uma tonalidade neutra que depende muito das
circunstâncias que rodeiam o sujeito e muito especialmente das cores que a
acompanharem. Sua característica primordial será sua desesperante concentração
pelos detalhes, por mínimos e poucos importantes que pareçam. Neste sentido
costumam ser pessoas que dificilmente estão plenamente satisfeitas, porque quase
nada as deixa contentes, mostrando-se muito pouco compreensivas das
circunstâncias que ocorrem com as pessoas que os rodeiam.
Cinza
É o tom da incerteza. Desde o cinza claro, que indica temor, até o mais escuro,
símbolo do Egoísmo, passando pelo intermediário, que pressagia temeridade, trata-
se sempre de uma cor extremamente enganadora. As pessoas incluídas nesta cor
parecem ser conformadas e demonstram uma atitude passiva ante os
acontecimentos, que costuma resultar fictícia, porque sempre estão à espreita para
saltar na menor oportunidade que se apresentar. Revestem-se de uma falsa
modéstia que lhes é imposta pelas circunstâncias, com a qual raramente estão
conformadas. Tudo isso poderia ocasionar um ressentimento profundo daqueles
que se consideram fracassados de algo que não são culpados e dos que costumam
culpar as circunstâncias e aos demais que os rodeiam.
Preto
É a cor do luto e da pobreza, por isso, sendo considerado triste. É também da
formalidade e convenção, proporcionando dignidade sem que isso represente falso
orgulho. É a mais poderosa de todas as cores, aplacando todas as demais, virtude
pela qual é acusada de uma certa displicência e de excesso de poder, com toda
razão e contra as quais se deve lutar.
Entre as pessoas que a escolhem costumam predominar os juizes e legisladores
que, se não são levados pelos defeitos mencionados anteriormente, costumam ser
exemplos de preclaros jurisconsultos pela sábia e sóbria moderação, assim como
por seu controlado equilíbrio.
Seu único defeito será sempre a falta de alegria, que lhes fará parecer como
personagens entorpecidos e carentes do menor sentido de humor, ainda que
tenham um fundo diferente que, contudo, lhes é muito difícil de transmitir aos
demais.
Dourado
Não é uma cor natural, mas sim, sobrenatural. Aparece sempre como símbolo da
realeza ou referente ao mundo mágico. É princípio e fim da alquimia e da pedra
filosofal, aparece sempre na cabala e com ele se realizam os arabescos que
enfeitam os aposentos das estórias das 1001 noites, sendo sinônimo de dinheiro.
Expressa a essência e providência do Espírito Divino, mas tem sido confundido
freqüentemente, por infelicidade, com a própria divindade.
Por apropriarem-se de seus reflexos cometeram-se os maiores crimes e erros da
história e quem cair sob sua influência deverá estar alerta constantemente para
não deixar-se dominar por seus raios.
Nas diversas Nações, acredita-se num ser superior, um deus supremo, chamado
Olorum (Nagô) ou Zamiapombo (Angola, Congo, Caboclo).
O deus supremo está totalmente identificado com o deus dos cristãos, com quem
se parece muito. Ladipô Sôlankê, estudando os nomes dados a esse ser, na Nigéria,
cita, entre outros, os de Olorum, o mais comum de todos (o dono ou senhor do
céu), Ôlôdumaré (o senhor do destino eterno), Obá Orun (rei do céu), Élêdá
(Criador do Universo), Odudua (ser que existe por si mesmo) e Obatalá (rei ou
ser imortal). Os dois últimos nomes têm sido confundidos por vários pesquisadores.
Com as suas características de criador do mundo, de pai de todas as criaturas, de
senhor dos destinos da humanidade, de ser eterno e imortal, justo e
misericordioso, o deus dos negros iorubas, facilmente encontrou um símile no
deus do Cristianismo.
Este deus não tem culto organizado, nem representação material, exatamente
como nas demais religiões, mas é lembrado, em várias Nações, em legendas e
cânticos, como a inscrição lá iraxé d'orixá abá toutou (acima da coroa do rei, só
Deus), ou ainda Masarinaracihiu (Deus é mais do que tudo) ou a frase nagô Kô si
obá afi Olorum (só há um rei que é Deus).
Mais raros são os nomes de Niçasse e Allah, nas Nações de influência Jeje e
Muçulmana, ou nas poucas roças em que ainda perdurem traços dos negros tapas.
Oxalá (na Bahia) identificado como Senhor do Bonfim, e mais raramente com o
Divino Espírito Santo, recebe –como entre os católicos – as homenagens que se
deveriam prestar à Olorum. Chamam-no Orixá Babá, Santo-pai e Babá Ôkê (pai da
colina - a colina do Bonfim). É considerado o pai de todos os Orixás e portanto, avô
dos mortais. Oxalá veste-se totalmente de branco e prata ou níquel e inicia os
rituais de purificação com a água de Oxalá. Surge ou é interpretado sob três
modalidade - Oxalá , o Divino Nazareno crucificado, Oxalufã, velho, arrastando os
pés, de corpo caído apoiando-se em um cajado, e Oxódinhã ou Oxaguiã, moço
desempenado, alegre, como o Deus-menino, com um pilão de metal branco na
mão.
OMOLU, o Orixá da bexiga, e por extensão de todas as moléstias, surge ora como
Omolu, velho, decrépito, retorcendo-se de dor, de movimentos exasperados tardos,
ora como Obaluaê, moço e forte. Traz sempre um capuz de palha da Costa (filá),
que lhe cai até os ombros e lhe oculta a face, empunha um feixe de palha cercado
de búzios (xaxará). Quando Omolu, velho, identifica-se com são Lázaro, outras
vezes com São Beto; quando Obaluaê, moço, com São Roque, outras vezes com
São Sebastião. As suas cores são o vermelho e preto e sua festa dá-se a 16 de
agosto. É um Orixá muito popular - o médico dos negros.
IROCO, a gameleira branca, passou a chamar-se Loco, devido aos jejes. Era
antigamente a morada de um deus, mas agora serve como árvore sagrada, o pé de
Loco, excelente lugar para se deixarem oferendas para os Orixás. Os negros
identificam a gameleira branca, raramente, com Francisco de Assis. Quando surge,
coisa muito difícil de acontecer, dança de joelhos, coberto de palhas da Costa.
Os Orixás femininos, são quase todos, Orixás das águas e em geral gozam de larga
popularidade.
IANSÃ, mulher de Xangô, para quem teria vencido uma guerra, se identifica com
Santa Bárbara e é festejada dentro e fora dos terreiros, a 4 de dezembro - dia em
que é certo haver chuvas e trovoadas. Como Xangô controla as tempestades e as
suas cores são o vermelho e o branco. Traz um rabo de boi (eiru) e uma espada de
cobre na mão. É muito popular ente as mulheres, devido ao seu gênio irrequieto,
altivo e empreendedor.
OXUM, o Orixá das fontes e dos regatos, se identifica com a Senhora das Candeias
e tem sua festa a 2 de fevereiro. Traz um abebé de latão. É uma Deusa-menina - e
o seu assentamento no ritual, é nas proximidades da fonte, sempre repleto de
brinquedos. A sua cor é o amarelo cor de ouro. Surge ainda como Oxum-apará, de
leque e espada, e nesse caso é a Oxum que vive na estrada em companhia de
Ogum.
OÇANHE, a dona das folhas. Veste-se de chitão e as suas cores são o rosa e o
verde. Festejada na terça-feira, traz uma cabaça, fuma, bebe mel e cachaça. É a
encarnação do mato, a Amiga da Folhagem, por isso mesmo é difícil de aparecer.
OBÁ, a Orixá guerreira, está remotamente identificada com Joana d'Arc. Não tem
uma das orelhas, e os negros contam que, mulher de Xangô, menos querida do que
outras, acreditou nas palavras da favorita, Iansã, que lhe disse que, para
conquistar o amor do Orixá, deveria cozinhar a orelha. Traz espada e escudo de
cobre, e com o escudo, com folhas ou simplesmente com a mão oculta a orelha
esquerda.
Outras Orixás menores, como Apô Oká, Iamacê Yamale (mãe de Xangô), Éuá e
Oninlé, quase não aparecem.
EXU (ou Elegbara) tem sido largamente mal interpretado. Tendo como reino todas
as encruzilhadas, todos os lugares escusos e perigosos deste mundo, não foi difícil
encontrar-lhe um símile no diabo cristão. O assento de Exu, que é o casinholo de
pedra e cal, de portinhola fechada a cadeado, e na sua representação mais comum,
em que está sempre armado com as suas sete espadas, que correspondem aos
sete caminhos dos seus imensos domínios, eram outros tantos motivos a apoiar o
símile.
O fato de lhe ser dedicado a segunda-feira e os momentos iniciais de qualquer
festa, para que não perturbe nem deixe perturbar a marcha das cerimônias, e, mais
do que isso, a invocação dos feiticeiros à Exu, sempre que desejam fazer mais uma
de suas vítimas, tudo isto concorreu para lhe dar o caráter de Orixá malfazejo,
contrário ao homem, representante das forças ocultas do Mal.
Além dos nomes já citados, Exu espírito cultuado universalmente, tem ainda os
nomes de: Môjuba, Ekeçãe, Barabô, Tibiriri, Tiriri, Lonã, Juá, Maromba, Pavenã,
Colobô, Chefe Cunha, Maioral, ...
Nunca se diz que a pessoa é filha de Exu, mas que tem um carrego de Exu, uma
obrigação para com ele, por toda a vida.
* ERÊ - Entidade infantil, espírito menor, particular de cada iaô, que nasce durante
a feitura de seu santo, auxilia no processo de iniciação ritual e costuma nela
encarnar após o transe do orixá dono de sua cabeça.
O culto aos meninos já é um costume entre a população dentro e fora dos terreiros,
e sua data comemorativa é 27 de setembro.
Os Voduns jejes, são essencialmente os mesmos que os Orixás Nagôs, mas são
menos conhecidos pelos seus verdadeiros nomes, em virtude da popularidade dos
deuses de Iorubá.
Xangô, entre os jejes, se chama Sobô (Sogbo) e tem por insígnia o machado com
asas; Iroco, a gameleira branca, se chama Loco, nome que é conhecida
universalmente na Bahia; Ogum, o deus do ferro, tem o nome de Gum (Gu);
Oxumarê, o de Ôbédecém; Ibeji os gêmeos, de Hôhô; Exu, o de Leba (Legba); e
assim por diante... Nanã se chama Nanã Buruku, como no Dahomey (Nana
Buluku), e é considerada a criadora do mundo, a mãe de tudo que existe.
Uma figura especial da Nação Gêge, é a serpente Dã, que representa o princípio de
mobilidade (Jerskovits) e é considerada o encanto dos bichos de arrasto (Manuel
Falefá), pois no Dahomey todos os VODUNS têm uma. De qualquer maneira, Dã
está presente nas poucas roças jejes ainda existentes na Bahia. O seu estudo ainda
está por se fazer.
OS NÚMEROS E O FUTURO
Existe realmente uma numerologia oculta capaz de revelar-nos o que está
escrito no Livro do Destino? Deus joga ou não, os dados da sorte com o
Universo? Que mistério se oculta nos números?
A matemática é uma ciência de estilo mais rigoroso que a lógica; inclusive Galileu
já acertava ao dizer que a natureza estava escrita em linguagem matemática.
Portanto cada indivíduo, cada pessoa, se vê marcado de forma indelével pela data
de seu nascimento, que afetará todo seu futuro, pois trata-se de uma constante em
toda vida do ser humano.
Ninguém, pelo menos com o que sabemos, pode influir em sua data de nascimento;
contudo, fica indefectivelmente afetado pelo dia em que veio ao mundo. O mesmo,
acontece com seu nome. O número do nome, reflete a personalidade de cada ser
em geral, que influi de maneira absoluta sobre as qualidades inerentes expressas
pelo número relacionado com a data de nascimento.
A cifra a ser encontrada no nome, é obtida pela soma do valor numérico de cada letra
que o compõe, de acordo com o seguinte quadro:
1 2 3 4 5 6 7 8 9
A B C D E F G H I
J K L M N NH O P Q
R S T U V X Y Z</TD
Um
Antes de Pitágoras, que o chamou de poder criador de todas as coisas e
pensamento do qual emanam todas as idéias, os gregos davam pouca importância
ao um, que consideravam apenas matéria-prima de onde partiam os outros
números. À partir da Escola Pitagórica, se começa a contemplar ao um como
princípio da unidade, o indivisível, o ilimitado em si mesmo e em sua potência, em
uma palavra: DEUS.
Como número resultante do nome, indica que as pessoas que o possuem, devem
aproveitar todas as oportunidades que se lhes apresentarem, com a convicção de
que sua vontade férrea lhes fará escalar degraus superiores facilmente.
Dois
Pitágoras denominou-o de multidão, audácia, fonte, fundação, distribuição,
harmonia, paciência, mas já ressaltava seu aspecto negativo em tudo que implica
disparidade, medo, inferno, discórdia e em seu último aspecto, morte. É o princípio
da dualidade e portanto, reflete diversidade, divisão e multiplicação.
Está formado por uma reta e uma curva, que são símbolos do espiritual e material.
Em Astronomia se identifica com a Lua; em Geometria com os lados do triângulo;
em Música com a nota ré, sendo sua cor a violeta.
Três
É o princípio da Natureza em ação, a transmutação e manifestação de todas as
coisas. Na Grécia, era considerado número sagrado, representante do ato gerador
próprio da união do homem e a mulher. Pitágoras o denominou mãe da música,
mestre da Geometria, razão da virtude e síntese do intelecto.
Como número de nascimento, denota mente clara e intuitiva desde muito pouca
idade, de forma que os sujeitos são capazes de encaminhar sua vida desde
bastante cedo. São pessoas alegres e por isso, costumam levar a vida
agradavelmente.
Dia muito variável, propício para diversificar as atividades. É bom para os negócios
e também para as diversões. Recomenda-se iniciar nesta data, novo
empreendimento associado à outras pessoas, cujo empreendimento será dividido
entre estas.
Quatro
Representa o princípio da concretização e da realidade. Pitágoras chamou-o de
chave da natureza direita e esquerda, o tudo e cada uma de suas partes,
fundamento da essência dos números e causa de permanência.
Como número resultante do nascimento, reflete uma pessoa onde a cautela própria
daquele que vence todos os riscos inerentes antes de empreender qualquer ação,
predomina. Seus proprietários estão destinados a ser grandes investigadores e
técnicos.
Cinco
Representa o princípio vital em movimento circular, chegando a ser associado ao
andrógino, o que em si mesmo é masculino e feminino. Assim define Pitágoras,
denominando-o macho e fêmea, aliança essencial. Proporciona amor, desejo e
estímulo para encaminhar-se até onde se deseja.
Está formado por um círculo não concluído em sua base e um semicírculo na parte
superior, unidos por uma linha reta, o que simboliza a união da alma e do espírito,
predominando certa tendência a evadir-se.
Seis
Segundo Pitágoras, é a perfeição das partes, o suficiente em si mesmo, a verdade e
a harmonia, o matrimônio e a castidade, a virtude e o pecado.
Como número referido com o nascimento, não é superado por nenhum outro.
Quem o possuir será, com toda segurança, uma pessoa honesta, sincera e
confiável, com uma natureza muito tolerante, buscando sempre a harmonia nas
relações humanas. Gostam dos prazeres da vida, mas quando usufruem destes,
mostram-se dispostos a acompanhá-los com aqueles que se encontrem ao redor.
Sete
Representa o princípio da reta e da curva, do tempo e do espaço. Segundo
Pitágoras, é veneração, fortuna, oportunidade, integridade, casualidade, voz e
congruência.
Como número de nascimento, o sete está sempre unido à uma idéia de inteligência,
freqüentemente, transcendental demais que pode, inclusive, resultar em fantasia.
Sua imaginação leva-os a ser escritores e inventores.
É o dia benéfico para filosofar sobre os aspectos mais profundos da vida. O estudo
e a investigação serão extremamente compensados. Nesta data culminarão seus
esforços, os inventores e artistas que houvessem estado muito dedicados em seus
projetos.
Oito
Representa o princípio da evolução e da involução. Da luz e da escuridão. Segundo
Pitágoras, é a harmonia do Universo, inspiração divina e justiça humana, música
das esferas. Diz-se que é o Verbo transformado em ação, em cujo seio descansa a
vida.
Está formado por dois círculos opostos um à outro, símbolo da alma em seu duplo
aspecto: humano e divino. Em Geometria é representado por dois quadrados
entrelaçados, um deles dividido pela metade, formando dois triângulos. Em
Astronomia equivale ao planeta Saturno; em Música, ao meio tom ascendente; sua
cor é o índigo e no plano mental está associado à lei do equilíbrio.
Na Escola Pitagórica dizia-se que existiam oito graças beatificantes para que o
discípulo alcançasse o oitavo grau, e oitenta e oito penalidades para quem não se
fizesse merecedor de alguma delas.
Como número de nome, implica êxito e prosperidade, sempre que não lhes exija
mais do que são capazes de fazer, que é muito. São pessoas que devem estar
sempre buscando coisas novas para fazer e às quais se dedicar.
Nove
É o princípio do bom e do mau, o quadrado e o retângulo, a soma e a subtração, a
comunhão do pensador com o pensamento. Pitágoras se refere à ele como oceano
onde os números se movem, horizonte que circunda as coisas, o que não tem
competência e é inigualável.
Como número de nome, obriga a debruçar-se por altos propósitos, nos quais
ressalte a tendência natural do indivíduo. Devem saber dispor de ambientes
agradáveis e alegres, para que sua força não se apague pelas vibrações negativas
de um meio pouco propício.
Efetivamente, os números constituem todo um mundo aparte, que conta com sua
própria linguagem particular e que possivelmente foi o primeiro idioma que serviu
para relacionar entre si, o gênero humano, contribuição refletida nos alfabetos
primitivos, que se formaram à base de grafismos numéricos emprestados. Hoje,
abandonaram-se quase por completo as tendências cabalísticas referidas à
Numerologia, ainda que, siga existindo a profunda crença de que os números
possuem em si, poderes inatos, independentes do signo que o caracteriza. Um
Poder que se transfere à tudo que existe. Dito poder é, por exemplo, o que faz com
que dois indivíduos nascidos no mesmo dia, tenham muitas possibilidades de ter
um caráter e um destino muito semelhante.
SEGREDOS DO ROSTO
Rosto redondo
Denota caráter no qual predomina a serenidade. A pessoa que a possui, com
certeza, gostará da comodidade e se sentirá atraída pelo luxo e as diversões, ainda
que isso não signifique que a preguiça e o nada a fazer prevaleçam, salvo quando
lhe permitirem suas circunstâncias econômicas. Geralmente é um ser quieto e
tranqüilo, mais voltado a empregar seu cérebro, comodamente sentado, que a ir de
lá para cá em constante movimento. Sua meta é ganhar dinheiro para melhorar seu
nível de vida e permitir-se uma série de prazeres considerados extremamente
caros; contudo, não costumam estar apaixonados por suas riquezas, já que
consideram o dinheiro, apenas como forma de adquirir os luxos aos quais
realmente aspiram.
Rosto triangular
Em formato de triângulo invertido, com o vértice no queixo e amplo nas têmporas.
Reflete, acima de tudo, grande capacidade mental, com rápidos reflexos e
freqüentemente, profundidade de pensamento. Seu campo é o teórico, ainda que
não lhe faltem dotes práticos, especialmente quando se trata de converter em
realidade os sonhos forjados em longas horas de meditação. Predomina entre os
intelectuais e todos aqueles que usam mais da matéria cinzenta do que a força para
seu trabalho. Pode ser encontrado entre os mais famosos cientistas e inventores,
onde seu mais claro expoente, seria Einstein. Contam com grandes dose de
capacidade analítica e costumam ter memória de elefante, o que às vezes levou-os
pelo caminho das oposições com grande êxito.
Rosto quadrado
São as mandíbulas muito amplas e a particularidade de que o caráter se torna mais
áspero quanto mais exaltado estiver. Trata-se de pessoa ativa, na qual prevalece o
movimento, ainda que suas rápidas idéias possam resolver uma situação difícil em
qualquer momento, mas por serem pouco profundas, tendem mais a encobrir erros,
que propriamente encontrar uma solução definitiva. São magníficos negociantes,
capazes de tirar proveito das pedras.
Rosto redondo triangular
Com têmporas amplas e mandíbulas amplas, mas com um estreitamento entre
ambas à altura dos pomos. Trata-se de gente com caráter extraordinário, menos
impetuoso que os de cara quadrada. Possuem uma mente ágil e esperta, com
muitas idéias originais que sempre tratam de converter em realidade. Sua maior
virtude é a versatilidade e adaptabilidade à todos as circunstâncias.
Cabeça semicircular
Contam com uma natureza impulsiva, são agressivos e não se incomodam em
correr riscos calculados nos negócios, para os quais estão perfeitamente dotados.
Mostram-se confiantes, sempre que conheçam o terreno onde pisam, porque não
acreditam que possam tropeçar, dada a capacidade que se atribuem. Mas devem
cuidar-se bastante para não diversificar demais suas atividades e entrar em campos
que lhes seja totalmente desconhecidos, nos quais agem como se conhecessem
todos os seus segredos.
Cabeça quadrada
É o tipo de crânio achatado por cima e vigoroso nas laterais. Costumam possuir um
caráter muito obstinado, chegando até a obcecação, quiçá por serem
excessivamente cautelosos. Seu maior defeito é a consistência e a teimosia; não há
quem os demova quando colocam alguma coisa na cabeça e se, além disso, são
indecisos, não há quem os agüente, porque nem mudam de opinião nem agem,
submergindo-se em um mar de dúvidas. É recomendável refletir mais seus planos
para não agirem de forma que primeiro se lhes ocorrer.
Cabeça pontiaguda
Terminada em ponta ou em formato de ovo. Apresentam uma grande intuição que
os torna perfeitamente adaptáveis à qualquer circunstância ou condição em que se
encontrem. São excelentes relações públicas e seguramente triunfarão na
diplomacia, o que não os impede de reagir com inusitada energia quando se
enfrentam com alguma injustiça que em geral, não podem tolerar.
Perfil convexo
Caracterizado por uma testa e nariz saliente, acompanhados de um queixo
escondido para dentro e quase inexistente. Denota uma mente de reflexos rápidos,
que deseja ver resultados imediatos. Carecem de paciência, o que freqüentemente
lhes impede escutar aos demais, acreditando que sabem de antemão o que se lhes
vai dizer e respondendo previamente, com uma exagerada verborréia. Parece que
gostam de falar constantemente, virtude pela qual adaptam-se facilmente no
campo das vendas como um peixe na água, onde sua habilidade como charlatões
lhes trará excelentes benefícios.
Perfil vertical
Com testa, queixo e começo de nariz na mesma vertical. Expressa uma pessoa
cheia de alma e deliberação, que sabe ponderar sua palavra e suas decisões. Aos
demais costumam exigir razões de sua conduta e de tudo que dizem. Depois se
esforçam em obter suas próprias conclusões, que geralmente são certas, devido ao
muito que refletiram sobre as diferentes posturas a tomar. São pessoas que
buscam sempre o melhor, ainda que a primeira vista, não pareça o mais prático e
que não costumam admitir fracasso ao seu redor.
Perfil côncavo
Denota uma personalidade cuidadosa, especialmente em suas maneiras e modo de
falar, que nunca é precipitado, mas sim, longamente pensado para saber de
antemão o que se dirá. Como sempre acontece nestes casos, trata-se de pessoas
reservadas, cautelosas e que não andam distribuindo simpatia. Sua atitude, pode
fazê-los parecer mais profundos do que são na realidade, escondendo por trás de
seu curto diálogo, um desconhecimento que se esforçam por dissimular. Na
verdade, nunca se intrometem.
Preocupam-se muito por qualquer coisa, sobretudo se é importante, razão porque
costumam ser chamados, especialmente em situações de emergência, para ocupar-
se da circunstância.
PAIS DE FISIONOMIA
Aristóteles foi o primeiro em constatar uma evidente semelhança de caráter entre
as pessoas fisicamente parecidas e não pôde deixar de dedicar à este assunto,
umas páginas que mais tarde foram traduzidas por Miguel Scotto. Mas aquele que
realmente é reconhecido hoje como pai da fisionomia, é Johann Kaspar Lavater, um
músico suíço com enorme sentido de observação, que se dedicou a estudar as
reações dos indivíduos com traços faciais semelhantes e que não demorou em
descobrir a semelhança de comportamentos e atitudes. A intuição dos pintores, já
vinha fazendo algo semelhante. Parece ser, que Leonardo da Vinci, utilizou o
mesmo modelo, para retratar à João e a Judas em sua Última Ceia, após o
envelhecimento que sofreram as facções do jovem modelo por causa de sua vida
dissipada.
(ANJOS DA GUARDA)
Não é fácil afirmar com precisão a época em que os homens começaram a falar e
acreditar na força dos Anjos.
Em escavações arqueológicas feitas na antiga cidade de Ur (Golfo Pérsico), foi
encontrada uma pedra com a figura de um ser alado, descendo do céu, para
despejar a água da vida na taça de um rei.
Segundo Abra-Melin, o Anjo da Guarda não deve ser encarado como uma entidade
própria, mas como o mais profundo sinal do inconsciente, o último Ego, o que é o
mais verdadeiro dos Eus, o Eu paradoxalmente feito à semelhança divina.
Existe um livro religioso chamado ZOHAR que foi escrito por Moisés de Leon, no
século XI. O Zohar afirma a existência dos 72 Anjos que se intercalam, governando
os dias do ano.
Nas lendas judaicas, os Céus (Planos) são geralmente 7, incluindo o Plano Bem
Aventurado, onde Anjos fornecem um alimento chamado Maná.
A idéia de vários céus é afirmada por vários místicos e ocultistas, que apóiam a
existência de vários mundos e dimensões superiores e inferiores que a pessoa
percorre após desencarnar. Nestas dimensões, os Anjos ensinam os espíritos
comuns.
Em 745 d.C. a Igreja Católica proibiu a idolatria aos Anjos de Guarda. Decretou que
somente Miguel, Gabriel e Raphael, poderiam ser invocados, alegando que os
outros Anjos eram falsos. Na época, o Catolicismo estava perdendo seus fiéis e a
crença nos Anjos de Guarda sofrendo uma explosão e virou modismo.
A única forma que a Igreja encontrou para readquirir a confiança dos fiéis, foi
proibir o culto aos sagrados Anjos da Guarda.
Quando a criança nasce, já foi escolhido seu Anjo protetor que irá acompanhá-la
pelo o resto da vida. Quando existe a possibilidade de um espírito encarnar, a
primeira providência a ser tomada é a consulta aos espíritos encarnados dos
futuros pais da criança. Esta consulta é feita durante o sono e se houver a
concordância, os poderosos Anjos Superiores começam a plasmar o retorno do
espírito. Durante a gestação, é o Anjo da mãe do bebê que protege a criança.
Quando a criança dá a primeira inspirada, após nascer, o Anjo protetor
determinado, passa a protegê-la.
Mesmo acreditando na força e poder dos Anjos, surge-nos sempre uma dúvida:
porque os Anjos não podem ser vistos pela maioria ou praticamente todas as
pessoas?
Uma boa justificativa para isto está no livro Do you have a Guardian Angel? do
escritor John Ronner. Lá ele diz o seguinte: Os olhos físicos não foram feitos para
ver o mundo espiritual com facilidade. Outra razão para a habitual invisibilidade dos
Anjos, é que se uma pessoa não espera ver algo, geralmente não verá, mesmo um
Anjo, além disso como já foi dito anteriormente, os Anjos permanecem na Terra
através da energia de nossa aura. Na maioria das vezes, o nosso campo aural está
totalmente fraco, pelo fato de não nos preocuparmos em reenergizá-lo. Em nosso
dia-a-dia, os compromissos pessoais e o corre-corre nos impedem de fazer uma
energização com cristais, cromoterapia, acupuntura, etc. Com o passar do tempo,
nossa aura vai ficando cada dia menor, fazendo com que o Anjo sinta dificuldade
em ancorar. Materializar-se, então, quase impossível.
Para as pessoas os Anjos são seres com asas, luzes e auréolas na cabeça. Esta
concepção não é de todo incorreta, pois os Anjos podem aparecer de diversas
formas, dependendo da imaginação de cada um; mas, na realidade, os Anjos são
energias divinas, capazes de mudar o futuro de toda humanidade
A chama Violeta é uma forte e poderosa chama que TRANSMUTA tudo em nós e à
nossa volta que não seja paz, amor e harmonia. A Chama Violeta é o Fogo
Purificador, a Chama da Transmutação. A cor violeta é a cor máxima da
espiritualidade, é a freqüência máxima de vibração. Ela pode ser utilizada como
exercício de visualização diária para nos reequilibramos e equilibramos tudo à
nossa volta, transmutando tudo em Perfeição, Paz, Libertação, Luz e Amor
Universal.
A Chama Violeta é a essência de um dos sete raios. Como um raio de sol passando
através de um prisma é refratado nas sete cores do arco-íris, assim também a luz
se manifesta nos sete raios. Cada raio tem uma cor, freqüência e qualidade
específica da consciência de Deus. O raio violeta é conhecido como o 7 oraio.
Quando você o invoca em nome de Deus, ele desce como um raio de energia
espiritual, explodindo numa chama espiritual, em seu coração, com as qualidades
de misericórdia, perdão, justiça, liberdade e transmutação. Saint Germain é
conhecido como o Senhor do Sétimo Raio. Cada vez que oramos para ele, ele nos
envia inúmeras dádivas do Espírito - alegria, diplomacia e criatividade. Ele pode
inspirar-nos com suas inovações na ciência, na literatura, na religião, no governo,
na filosofia, na educação, na cura, na alquimia e em outros campos. Por quase
setenta anos, Saint Germain têm-nos preparado para entrar na era de Aquário, na
era da paz, da liberdade e da iluminação. Apareceu para Guy Ballard no início de
1930, dando-lhe o primeiro ensinamento sobre a chama violeta.
As pessoas percebem uma diferença espiritual quando usam a chama violeta. Mas o
que realmente acontece quando repetimos as palavras dos decretos de chama
violeta?
Posso dar-lhe duas perspectivas a respeito - a perspectiva espiritual como me é
revelada pelos Mestres Ascensos e a perspectiva científica, baseada em recentes
desenvolvimentos na física e na medicina. Ambas explanações envolvem o conceito
de vibração.
Na física, vibração é a velocidade pela qual algo se move para frente e para trás, ou
oscila. Conforme meu entendimento, num nível espiritual, a vibração é também o
padrão de rotação dos elétrons conforme eles se movem ao redor do núcleo do
átomo. Como veremos, essas definições podem não estar tão distanciadas.
Todos temos quatro corpos que envolvem a nossa alma: (1) o corpo físico, que
podemos ver e tocar; (2) o de desejos, ou corpo astral, que contém nossas
emoções; (3) o corpo mental, que é a nossa mente consciente; (4) o etéreo, ou
corpo de memória, que contém as memórias de todas as nossas vidas passadas. A
chama violeta atua nesses quatro corpos, pela mudança do padrão de sua vibração.
Quando você recita esse e outros decretos de chama violeta, a chama violeta
permeia cada célula e átomo de seu corpo, penetrando em sua mente, suas
emoções, seu subconsciente e sua memória.
O que faz a chama violeta quando permeia os átomos? Os Mestres nos deram a
seguinte explicação:
Todos sabemos que os átomos se constituem principalmente de espaços vazios. Se
um átomo for do tamanho de uma bola de basquete, seu núcleo seria ainda muito
pequeno para nossos olhos poderem enxergar. Entretanto 99,9% da massa do
átomo esta concentrada no núcleo, deixando o resto da bola de basquete com
espaço vazio, habitado somente pelos elétrons, que pesam muito pouco. Todo
aquele espaço entre o núcleo e a borda do átomo é onde a discórdia e as energias
negativas podem se fixar.
O fogo violeta transmuta qualquer coisa negativa, onde que esteja alojada, no seu
físico ou espiritual. Isso inclui tudo, desde as sementes de ódio a aí próprio até o
vírus físico. Quando a Chama Violeta atua, passa através dos espaços obstruídos
entre os elétrons e o núcleo. Ela ejeta essas partículas de substância de seu corpo e
as dissolve. Esse processo transmuta a energia negativa em energia positiva,
restaurando a sua pureza inata.
Os Lobisomens
Para começar os druidas Celtas ancestrais dos galegos, dos quais, Ortega, supõe-se
que com razão, dizia que eram os seres humanos mais precisos
circunstancialmente, já no século VI a.C., faziam maravilhas pelos bosques do
noroeste da península Ibérica. Participavam de um conceito teosófico do mundo,
segundo o qual, toda existência é emanação direta da natureza divina. Por isso,
disfarçavam-se de animais, vestindo peles e enfeitando-se com flores, arbustos e
tudo que estivesse ao alcance para solicitar os mais variados favores dos céus.
Certamente, o costume que o imperador Augusto tinha de vestir-se sempre com
uma pele de foca para prevenir-se contra o raio, talvez fosse influência de algum
celta emigrante.
Parece que por meio da igreja agapeta, aprendeu a doutrina dos essênios, que
segundo Plunio eram os únicos habitantes da terra verdadeiramente felizes nela,
talvez porque repudiassem ao matrimônio e mantivessem seu número unicamente
pelos discípulos que progressivamente iam se agregando comunidade. Pensava-se
que Jesus havia lhes participado de seus ensinamentos, em seu isolamento prévio à
aparição ante o Batista e eram tidos como únicos e verdadeiros depositários da
verdade hermética e da taumaturgia, conhecendo os segredos e propriedades de
todas as plantas, pedras e metais, seus valores, solventes, incidência na noites de
plenilúnio e podiam ser considerados autênticos alquimistas, doutores e astrólogos.
Prisciliano, começou sua predicação com esta experiência, sendo chamado de mago
pela igreja oficial, precisamente por seus antecedentes e também de herege, pelos
sacerdotes que incriminaram. O caso é que morreu decapitado entre seus muitos
adeptos, havendo quem afirmasse que seu corpo seria venerado com outro nome
por séculos e séculos e que o gentio de todas as partes iria a seu túmulo, para
prostrar-se no jazigo, sem sabê-lo, em terras que o viram nascer.
As bruxas estavam em pleno apogeu. Todo mundo acreditava nelas e o Sabat era
quase livro de cabeceira, tendo sido mais usado durante o século XIV. Neste livro,
se fala dos sofrimentos que se podem infringir às pessoas, fazendo-lhes bonecos de
cera que as representam e espetando-os com agulhas e alfinetes, primeira noção
dos rituais vodu, de cujo feitiço, foi acusado um ministro do rei francês Felipe IV,
por havê-lo supostamente empregado contra seu monarca.
Por sua parte, os reis não se diferenciavam muito dos clérigos e Henrique II se
deixava aconselhar por Thomas Becket, sobre a conveniência de consultar à
feiticeiros e profetas para escolher o momento mais apropriado à sua projetada
campanha de invasão contra os bretões.
Tampouco era alheio a todo este tipo de crenças, o conhecido mundo das letras e
das ciências. Começamos com Santo Agostinho, que recusava por completo a
existência de antípodas, incapazes de viver, segundo ele, andando ao contrário em
um mundo que despertasse quando o sol se ocultasse, e terminamos pelo grande
Miguel Scotto, que escreveu o Liber Intruductorius, sobre Astrologia, Alquimia e
Fisionomia, no qual descreve os vinte e oito métodos divinatórios conhecidos,
número relativamente pequeno, ainda que este pensador acreditasse cegamente
em todos eles, inclusive os zodíacos, dos quais existe ainda um que enfeita as
paredes do colégio de São Isidro de Leon.
CRISTIANISMO
A Bíblia (vulgata latina) é o livro mais lido do mundo, hoje em dia e em toda a
história humana. Nenhum outro livro teve maior influência literária. Até mesmo
escritores não cristãos reconheceram a Bíblia como sua fonte de inspiração mais
importante.
A DIFUSÃO DO CRISTIANISMO
Os primeiros cristãos
Segundo disse Jesus, os doze apóstolos formaram o núcleo do novo reino de Deus
que estava para vir. Pedro foi a figura principal entre eles. Outra figura importante
foi Tiago, irmão de Jesus.
A primeira congregação cristã foi constituída por judeus. Eles obedeciam à Lei de
Moisés, participavam dos serviços no Templo e na Sinagoga, e de um modo geral,
viviam como judeus piedosos. Sua crença de que Jesus de Nazaré era o prometido
Messias, os diferenciava dos outros judeus. Eles foram considerados uma seita
judaica separada e chamados de nazarenos, para se distinguirem dos saduceus e
fariseus. No início não havia um grande abismo entre o cristianismo e o judaísmo.
Uma questão fundamental na Igreja primitiva, foi a relação entre os cristãos judeus
e os gentios (isto é, cristãos não judeus). Estariam os cristãos gentios sujeitos à Lei
de Moisés? Deveriam eles, por exemplo, ser circuncidados antes de se tornarem
cristãos? Nas primeiras décadas após a morte de Cristo, muitos líderes cristãos de
Jerusalém, incluindo o irmão de Jesus, Tiago, acreditavam que sim. Paulo, porém,
tinha um ponto de vista diferente. Ele viajara entre os gentios e vira como eles
adotavam a fé de Cristo sem ter um conhecimento íntimo do judaísmo.
Podemos dizer que a Igreja, permaneceu única e indivisível até 1054, quando se
dividiu em duas, a católica romana e a ortodoxa.
O Mundo Cristão
Em parte, por causa do lugar importante que as missões tiveram no cristianismo,
este se tornou a mais difundida de todas as religiões. Hoje há três ramos principais
na Igreja, cada um concentrado numa área geográfica diferente. Primeiro, a Igreja
Católica Romana, que é majoritária no Sul da Europa e na América Latina, e tem
grandes minorias nos Estados Unidos e na África; em seguida vem a Igreja
Ortodoxa, centrada na Grécia e Europa Oriental, e por fim as Igrejas Protestantes,
localizadas sobretudo no Norte da Europa, nos Estados Unidos e na Austrália.
A Igreja Ortodoxa
Abrangências: A Igreja Ortodoxa costuma ser conhecida também, como Igreja
Ortodoxa Oriental, já que tinha sua sede no Oriente Médio, por oposição à Igreja
Ocidental, cujo centro era em Roma. A Igreja Ortodoxa se difundiu a partir de
Jerusalém e Istambul (antiga Constantinopla) pela Bulgária, Romênia, Grécia e
Rússia, onde hoje tem seu baluarte. Além disso, há em torno de 5 milhões de
ortodoxos nos Estados Unidos, resultado da imigração da Europa Oriental. Em
razão das condições políticas, não se sabe com exatidão o número de pessoas que
pertencem atualmente à fé ortodoxa, mas se estima que os fiéis totalizem cerca de
150 milhões.
A Igreja Protestante
As principais denominações protestantes que surgiram da reforma, foram a Igreja
Luterana e a Igreja Reformada. Mas já no século XVI existia uma ala mais radical,
que desejava formar suas próprias igrejas puras, a característica mais importante
dessa ala, é que não reconhecia o batismo de crianças, mas só de adultos, isto é,
dos que crêem conscientemente. O movimento começou na Suíça, na Alemanha e
na Holanda (anabatistas) e liderados por John Smith, fundaram em 1609 a primeira
das Uniões Batistas mais modernas.
Metodistas
Batistas
Pentecostais
Adventistas
Metodismo
Quakers
Exercito da Salvação
Mórmons
Testemunhas de Jeová
Visão histórica
Oriental: visão cíclica da história, isto é, a história se repete num ciclo eterno e o
mundo dura de eternidade em eternidade.
Ocidental: visão linear da história, isto é, tem um começo e um fim; o mundo foi
criado num certo ponto e um dia irá terminar.
Conceito de Deus
Oriental: o divino está presente em tudo. Ele se manifesta em muitas divindades
(panteísmo), ou como uma força impessoal que permeia a tudo e a todos
(panteísmo)
Ocidental: Deus é o criador; Ele é Todo-Poderoso e é único. O monoteísmo é
tipicamente ocidental.
Noção de humanidade
Oriental: o homem pode alcançar a união com o Divino, mediante a iluminação
súbita e o conhecimento.
Ocidental: há um abismo entre Deus e o ser humano, entre o Criador e a criatura.
O grande pecado, é o homem desejar se transformar em Deus, em vez de se
sujeitar à vontade de Deus.
Salvação
Oriental: a salvação é se libertar do eterno ciclo da reencarnação da alma e do
curso da ação. A graça vem por meio de atos de sacrifício ou do conhecimento
místico.
Ocidental: Deus redime o ser humano do pecado, julga e dá a punição. Existe a
noção de vida após a morte, no céu ou no inferno.
Ética
Oriental: os ideais são a passividade e a fuga do mundo.
Ocidental: o fiel é um instrumento da ação divina e deve obedecer à vontade de
Deus, abandonando o pecado e a passividade diante do mal.
Culto
Oriental: meditação, sacrifício.
Ocidental: orar, pregar, louvar.
HINDUÍSMO
O Hinduísmo é uma religião da Índia, mas tem muitos adeptos também no Nepal,
em Bangladesh e no Sri Lanka. Depois de muitos anos de domínio colonial
britânico, em 1947 a Índia se tornou uma república independente; um Estado
secular (não religioso), com uma constituição que garantia direitos iguais para
todas denominações religiosas e proibia qualquer forma de discriminação baseada
em religião, raça, casta ou sexo. Hoje cerca de 80% da população da Índia é
hinduísta, 10% muçulmana e 4% cristã.
Embora o Budismo tenha se originado na Índia e sob esse aspecto possa ser
considerado uma religião indiana, pouco resta do budismo na Índia de hoje; ele é
mais difundido no Sri Lanka e no sudeste da Ásia, também tem uma longa e
importante história na China, na Coréia e no Japão. Excluindo a China, estima-se
que quase 200 milhões de pessoas professam a fé budista.
O que é o Hinduísmo?
Diferentemente das outras religiões mundiais (budismo, cristianismo, Islã), o
hinduísmo não tem fundador, nem credo fixo, nem organização de espécie
alguma. Projeta-se como a religião eterna e se caracteriza por sua imensa
diversidade e pela capacidade excepcional que vem demonstrando através da
história, de abranger novos modos de pensamento e expressão religiosa.
A época conhecida como período védico tardio, de 1000 a.C. até 500 a.C., marcou
uma virada crucial no desenvolvimento religioso da Índia. Importância especial
tiveram os Upanishads, que até hoje são os textos hinduístas mais lidos. Foram
escritos sob a forma de conversas entre mestre e discípulo, e introduzem a força
espiritual essencial em que se baseia todo o universo. Todos os seres vivos
nasceram do Brahman, vivem no Brahman e ao morrer retornam ao Brahman.
Sacerdotes (brâmanes)
Guerreiros
Agricultores, comerciantes e artesãos
Servos
Porém, à medida que a sociedade indiana se desenvolveu, as pessoas foram sendo
divididas em novas castas. No início do século XX haviam em torno de 3 mil castas.
O termo usado para casta, na Índia, é jati, que significa nascimento ou tipo, e se
associa à profissões especiais. Cada casta, tem suas próprias regras de conduta e
de prática religiosa, que determinam com quem a pessoa pode casar, o que pode
comer, à quem pode se associar e que trabalho pode realizar. Para um brâmane,
tudo o que tem a ver com as coisas corporais ou materiais, é impuro. Se ele se
tornou impuro como resultado do nascimento (resultado de envolvimento com
casta inferior) da morte ou do sexo, há diversas maneiras pelas quais ele pode se
purificar. O método tradicional mais conhecido de purificação utiliza a água de um
dos muitos rios sagrados da Índia, como o Gânges.
BUDISMO
O fundador do Budismo, foi o filho de um rajá, Sidarta Gautama (560 - 480 a.C),
que viveu no nordeste da Índia. Sobre sua vida há várias histórias, mais ou menos
lendárias, mas os pontos de maior destaque são os seguintes:
Príncipe Sidarta
O Príncipe Sidarta, cresceu no seio da fortuna e do luxo. O rajá ouvira uma profecia
de que seu filho, ou se tornaria um poderoso governante ou tomaria o caminho
oposto e abandonaria o mundo por completo. Esta última opção aconteceria se lhe
fosse permitido testemunhar as carências e o sofrimento do mundo. Para evitar que
isso ocorresse, o rajá tentou proteger o filho contra o mundo que ficava além das
muralhas do palácio, ao mesmo tempo que o cercava de delícias e diversões. Ainda
jovem, Sidarta se casou com sua prima e mantinha também um harém de lindas
dançarinas.
A Virada
Aos 29 anos, Sidarta experimentou algo que haveria de ser o ponto crucial de sua
vida. Apesar da proibição do pai, ele se arriscou a sair do palácio e viu, pela
primeira vez, um velho, um homem doente e um cadáver em decomposição.
Entretanto depois dessas impressões desanimadoras, avistou um asceta com a
expressão radiante de alegria. Percebeu então, que uma vida de riqueza e prazer é
uma existência vazia e sem sentido. E se perguntou: haverá alguma coisa que
transcenda a velhice, a doença e a morte? Sidarta também se sentiu tomado por
uma grande compaixão pela humanidade, voltou ao palácio e na mesma noite,
renunciou à sua agradável vida de príncipe. Sem se despedir, abandonou esposa e
filho, e partiu para uma vida de andarilho.
A Iluminação
As narrativas relatam que Sidarta, depois de uma vida de abundância, passou para
o extremo oposto: os exercícios ascéticos. Obrigou-se a comer cada vez menos, até
que finalmente, segundo a lenda, conseguia sobreviver com um único grão de arroz
por dia. Dessa maneira ele esperava dominar o sofrimento; mas nem os exercícios
de ascetismo, nem a ioga ou yoga lhe deram o que procurava. Assim, ele adotou o
caminho do meio, buscando a salvação por meio da meditação. E aos 35 anos, após
seis anos de vida ascética, alcançou a iluminação (bodhi), enquanto estava sentado
em meditação sob uma figueira, à margem de um afluente do rio Gânges. Sidarta
agora se transforma num Buda, ou seja, um iluminado: alcançou a percepção de
que todo o sofrimento do mundo é causado pelo desejo. É apenas suprimindo o
desejo que podemos escapar de outras encarnações. No budismo isto se chama
nirvana. Ele contemplou o mundo com um olhar de Buda e decidiu abrir o portão
da eternidade para aqueles que o quisessem ouvir. O Buda decidira se tornar um
guia dos seres humanos.
Benares, já naquela época era um centro religioso. Ali, Buda deu sua primeira
palestra - o famoso Sermão de Benares, que contém os elementos mais
importantes de seus ensinamentos. As rodas da instrução tinham sido postas em
movimento.
Para Buda, um ponto de partida óbvio é que o ser humano é regulado por uma
série de renascimentos em que todas as ações têm conseqüências; o princípio
propulsor por trás do ciclo nascimento-morte-renascimento, são os pensamentos do
homem, suas palavras e seus atos (carma). Podemos sentir que nosso passado nos
alcançou. É essa mesma idéia que percorre o Hinduísmo e o Budismo, onde vêm
essa relação como algo estritamente regulado - e que se estende de uma vida à
outra. O tipo de vida em que o indivíduo vai renascer, depende de suas ações em
vidas anteriores; não existe destino cego, portanto é tão impossível ao ser humano
fugir do seu carma, quanto escapar de sua própria sombra. Enquanto o ser humano
tiver um carma a cumprir, ele estará fadado a renascer.
Com base na própria experiência, Buda acreditava que o homem deve evitar os
extremos da vida. Não se deve viver, nem no prazer extravagante, nem na
autonegação exagerada. Ambos os extremos acorrentam o homem ao mundo, e
assim, à roda da vida, o caminho para dar fim ao sofrimento é o caminho do meio,
e Buda o descreveu em oito partes:
1. Perfeita compreensão
2. Perfeita aspiração
3. Perfeita fala
4. Perfeita conduta
5. Perfeito meio de subsistência
6. Perfeito esforço
7. Perfeita atenção
8. Perfeita contemplação
TAOÍSMO
O Taoísmo se baseia num livro chamado Tao Te Ching , o livro do Tao e do Te.
Tao (ordem do mundo) e Te (força vital) são antigos conceitos chineses, aos quais
Confúcio deu uma interpretação um pouco diferente.
O líder, devia ser um filósofo, e sua única tarefa era que sua passividade e seu
distanciamento servissem de exemplo para os outros.
A caridade ativa não faz sentido para um taoísta. Mas ele tem uma boa vontade
sem limites com todos os outros, sejam eles bons ou maus.
Lado a lado com o taoísmo filosófico, foi se desenvolvendo uma religião popular,
baseada em Lao-Tsé, mas que também tinha seus próprios deuses, templos,
sacerdotes e monges . Havia rituais complexos, em parte inspirados pela prática
budista, com procissões, oferendas de alimentos aos deuses e cerimônias em honra
dos vivos e dos mortos.
XINTOÍSMO
No Japão, a antiga religião nacional é o xintoísmo. A partir de 500 d.C., o
xintoísmo enfrentou dura competição com o Budismo, e as duas religiões acabaram
por influenciar uma à outra. Não é raro, no Japão, o uso alternado de várias
religiões. Uma criança pode ser abençoada pelos deuses num ritual xintoísta e ser
enterrada num ritual budista. O casamento pode se realizar numa igreja cristã.
Essa mistura de religiões, encontrou expressão modernamente numa série de
novas seitas, cultos e comunidades religiosas, o que levou o Japão moderno a ser
chamado de Laboratório Religioso.
Aos poucos foi ocorrendo uma mudança: em vez de adorar os kamis do falecido
imperador, passou-se a adorar o próprio imperador. Ele era uma kami vivo.
O culto é observado tanto no lar como nos templos, dos quais há cerca de 20 mil;
Antes administrados pelo governo imperial, os templos são hoje organizados em
associações, com líderes eleitos pelo voto.
METODISTAS
O Pastor anglicano John Wesley (1703 - 1791) teve uma revelação espiritual e
começou um movimento de reavivamento cristão. Não foi, de início, uma revolta
doutrinária contra a Igreja da Inglaterra; mas como havia grande divergência entre
os membros dessa Igreja, acabou ocorrendo a separação.
É especialmente forte na Grã-bretanha e nas ex-colônias britânicas, como Estados
Unidos, Canadá e Austrália. Dos 51 milhões de metodistas do mundo, 13 milhões
vivem nos Estados Unidos.
Há uma organização permanente, com a manutenção da hierarquia, com bispos e
padres, porém fundamentada em princípios democráticos. As conferências, eleitas
pelas congregações, criam os bispos, e estes nomeiam os padres.
Escrituras
Além da Bíblia, há escrituras de orientação: o Credo Apostólico e os 35 artigos
sobre religião de John Wesley, datados de 1784 - uma versão revisada dos 39
artigos anglicanos.
BATISTAS
Partindo dos anabatistas, a ala mais radical da Reforma do século XVI, rejeita o
batismo das crianças. As Igrejas Batistas tiveram de início forte caráter de seitas e
até hoje já passaram por várias subdivisões e surtos de reavivamento.
Difundiram-se na Inglaterra e, com força especial, nos Estados Unidos do século
XIX, também entre os negros. Cerca de 90% dos 21 milhões de batistas do mundo
vivem nos Estados Unidos.
Congregações independentes, com pastores empregados pelos membros da
congregação. Há uma série de associações maiores de que as congregações
batistas, mas elas não detêm nenhuma autoridade especial sobre as congregações.
São fortemente congressistas, isto é, têm uma forma bastante igualitária de
organização eclesiástica.
Escrituras
A Bíblia, que é interpretada literalmente em diversas congregações batistas.
PENTECOSTAIS
Manifestaram-se primeiro no século XIX nos Estados Unidos, como reavivamento
dentro das igrejas metodistas e batistas já estabelecidas. Firmaram-se e se
expandiram no início do século XX.
O movimento pentecostal dos Estados Unidos se espalhou pela Europa, e o amplo
trabalho das congregações pentecostais criou movimentos fortes em países como
Brasil, Chile e muitos outros da América Latina.
As congregações são plenamente autônomas, mas há também uniões de
congregações pentecostais. Na América Latina, há igrejas pentecostais com
comando hierárquico centralizado (Igreja Deus é Amor, Igreja Universal do Reino
de Deus, Renascer em Cristo).
Escrituras
A Bíblia, que em geral é interpretada literalmente.
EXÉRCITO DA SALVAÇÃO
Fundado por William e Catherine Booth nas favelas de Londres, em 1878, para
ajudar os mais pobres da sociedade com sopa, sabão e salvação; ou seja,
ofereciam aos pobres comida, banho e a Palavra de Deus.
Desde o início na Grã-bretanha, espalhou-se pelo mundo inteiro, e hoje conta com
4 milhões de membros em noventa países.
Rigidamente organizados, segundo padrões militares, mas não competem com
outros organismos religiosos. Permitem que seus membros continuem em suas
respectivas igrejas.
Escrituras
A Bíblia, só que com ênfase na experiência e no cristianismo prático do que na
doutrina. Formulou uma espécie de credo em seus Artigos de guerra.
QUAKERS
George Fox (1624 - 1691) clamou por um cristianismo espiritualizado e atacou a
superficialidade das igrejas organizadas na Inglaterra. Ele e seus seguidores,
chamavam à si mesmos de Sociedade dos Amigos, mas receberam o nome de
Quakers (os que tremem) porque durante uma audiência Fox exortou o juiz a
tremer diante da Palavra do Senhor.
As comunidades dos Quakers foram perseguidas na Inglaterra e se espalharam pela
América do Norte, onde William Penn conseguiu estabelecer sua própria colônia
quaker (que mais tarde se tornou no Estado da Pensilvânia, nos Estados Unidos). A
maior parte dos 200 mil Quakers do mundo moram lá, nos Estados Unidos.
Escrituras
A Bíblia, na íntegra.
ADVENTISTAS
O ex-sacerdote batista William Miller (1782 - 1849 liderou um movimento
renovador nos Estados Unidos durante as décadas de 1830 e 1840. O nome
Adventista é uma referência à sua crença na eminência da segunda vinda (ou
advento) de Jesus. Ele (William) predisse firmemente, em várias ocasiões, que o
segundo advento ocorreria na década de 1840. O movimento se espalhou pela
Europa e hoje tem missionários em grande parte do mundo. Os Adventistas
totalizam mais ou menos 5 milhões de pessoas.
As congregações formam o alicerce. Elas elegem representantes para conferências
regionais, européia e por fim mundial.
Escrituras
A Bíblia. O livro de Ellen White, Passos até Cristo. É importante, mas visto apenas
como uma obra de orientação.
Tábuas que regem o Cosmos Sideral, o Plano Espiritual em conjunto com o Plano
Material.
O IFÁ
Atirado ao acaso sobre o chão, depois de uma série de rezas mágicas, o ledor do
futuro decifrava, pela posição em que porventura caíssem os búzios do rosário, o
destino que esperava o consulente. O Rosário pode ser substituído, sem
desvantagem, pelos búzios que o compõem - e esta é a regra atualmente. O
Sacerdote do Ifá se valia e se vale hoje em dia de outros materiais, como o obi, o
orobó (conhecida como noz-de-cola), a pimenta-da-áfrica (atarê).
Além deste processo, o mais comum, o sacerdote pode servir-se de uma peneira
trançada de palha de bambu (+ / - 50cm), chamada peneira do Ifá que colocada no
chão, responde, sem qualquer auxílio exterior, às suas perguntas. Movendo-se para
um lado, diz que sim; movendo-se para o outro, diz que não...
O Sacerdote se chama, em alguns cultos, olhador, por olhar o futuro, e daí vem a
expressão Olhar com o Ifá.
Desta sorte o Culto da Umbanda honesta e sincera se restringe ainda mais, dentro
de suas próprias fronteiras, pela supressão deste serviço, prestado em troca de
pagamento recebido pelas consultas ao IFÁ, que no entender dos que levam a
Umbanda a sério, deverá ser gratuito, pois trata-se em síntese da primeira e
primordial caridade à ser prestada.
A GRANDE INVOCAÇÃO
Significados Esotéricos
Os anjos que servem ao 5o Raio são chamados de Virtudes e são os que melhor
interpretam a vontade de Deus. São anjos dos milagres. O Príncipe Rafael é a
Medicina de Deus que cura os médicos também. Os anjos conservam os segredos
do templo e são intermediários do casamento legítimo. Os seus nomes são:
Hahahel, Mikael, Veualiah, Ielehiah, Sealiah, Anel, Asaliah e Mihael. Existem várias
publicações em livros para quem quiser se aprofundar no assunto. Os anjos da
categoria Virtudes gostam de ancorar em locais limpos e perfumados com objetos
sacros e gostam também de adornos usados pelas pessoas, como colares, brincos
etc., que usam para descarregar as pessoas das energias negativas.
No começo do século IV, encarnou como Hilanion e também fez inúmeros milagres.
O maior deles foi junto ao mar revolto que ia inundar uma cidade. Ele fez três
desenhos do sinal da cruz na beira do mar, levantou as mãos e as águas pararam.
Viveu em diversos lugares, como Chipre e Sicília, mas seu corpo foi levado para a
Palestina.
LIVROS PESQUISADOS
O Livro das Religiões - Victor Hellern e outros - Cia das Letras - 2000