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A RELIGIÃO DA GRANDE MÃE

Por Romeo Graziano Filho


Religião pré-cristã, identificada com a natureza, a Wicca, foi perseguida a partir da
Idade Média
Os praticantes acreditam que já é tempo de começar a eliminar os preconceitos
seculares e as discriminações perpetuadas por ignorância e incompreensão. Isso se
torna mais urgente ocorrências criminosas acabam envolvendo o nome da Wicca,
que no Brasil poderá ser legalizada, seguindo a experiência dos Estados Unidos e
da Europa. Um Coven (grupo de Wiccas) além de promover palestras, também têm
reuniões sobre o assunto.
O termo wicca deriva de witch (bruxa) e tem a vantagem de ser melhor aceito pelo
leigo. Mas não são poucas as mulheres que se orgulham de assim serem chamadas.
Os wiccanianos representam uma religião pré-cristã, pagã e profundamente
identificada com a natureza, que não faz sacrifícios nem tem a finalidade de
disseminar o mal, muito menos acredita na existência do demônio ou realiza cultos
satânicos. Ao se rastrear as origens do termo bruxa encontra-se a palavra latina
plucios (plus = mais; cios = saber), denominando pessoa que sabe muito. E se a
verdade sempre teve inimigos, é natural que saber mais do que o aceito e
estabelecido sempre resultou em problemas à ordem comum, principalmente a
religiosa.
Enquanto religião arcaica e telúrica, a tradição wicca é herdeira direta do culto à
Grande Mãe - a Grande Deusa fecunda, amorosa, provedora e protetora, também
representada pela Lua em três das suas fases: na crescente é a mulher virgem, na
cheia é a mãe e na minguante é a anciã (a sábia). Aqui nos remetemos ao período
paleolítico, época de adoração das deidades da natureza, de nomadismo e
igualitarismo. A doutrina da Grande Mãe compôs uma etapa fundamental na
evolução do homem como indivíduo e grupo social, influenciando a totalidade do
mundo antigo. Porém, quando esse homem entendeu que poderia acumular
propriedades, opondo-se às propriedades comunitárias cultivadas pelas mulheres,
deu-se o início da ascensão do poder masculino e da sociedade patriarcal. Daí em
diante, o culto à Lua passou a ser substituído pelo culto ao Sol, ressaltando-se o
poder masculino encarnado na imagem de um deus guerreiro, portador da luz e daí
razão suprema. Nessa nova estrutura de poder, a sensibilidade, o sentimento, a
imaginação e a intuição - qualidades do universo feminino - perderam importância
para o raciocínio lógico, a técnica e as leis.
Os Covens que trabalham exclusivamente com o aspecto da Deusa estão em
sintonia com essa tradição, e podem recusar a admissão de seguidores homens. Há
quem justifique tal postura dizendo que um homem consegue no máximo ser um
bruxo, mas nunca uma bruxa, inclusive porque ele não tem a experiência de estar
num corpo de mulher. Ela representa o equilíbrio dos opostos - complementares,
reproduzido na alternância dia e noite, luz e trevas, Yin e Yang, macho e fêmea.
Com o advento do Cristianismo, as formas de religiosidade primitiva e suas
divindades foram consideradas ameaçadoras ao novo sistema de fé.
A caça às Wiccas chegou ao topo do seu extremo durante o Reinado de Terror,
instaurado na Europa de 1300 a 1600.
Em nosso país, tudo demonstra que os wiccanianos são mais influenciados pelas
tradições Celtas, particularmente a que sobrevive na Irlanda, cuja magia está
identificada com o druidismo. Também existem grupos da Stregga a versão
italiana. Mesmo em nossos dias, há dificuldades para alguns grupos wicca europeus
reconhecerem a brasileira, geralmente por relacioná-la com nossa práticas de
origem africana.
No matriarcado, as mulheres exerciam a magia de modo muito informal: eram as
curandeiras, as erveiras, as parteiras.
Não temos um livro como, por exemplo, a Bíblia. Nossos conhecimentos são
transmitidos via oral e ninguém vira wicca de uma hora para outra. Algumas
pessoas vêm a wicca como um movimento feminista, mas não é. Praticamos uma
religião da natureza, e nosso objetivo maior é a elevação espiritual.
Por Ter suas bases no hemisfério norte, a religião wicca normalmente segue o
calendário comemorativo das estações da natureza daquela parte do mundo. Para o
hemisfério sul, onde as quatro estações do ano são invertidas, a questão da
unificação das datas dos Sabás (as festas mágicas) é outro ponto a ser discutido
entre os Covens.
Comemoramos oito datas básicas no ano, que são os solstícios e os equinócios e
mais quatro festividades. Na minha opinião, enquanto o Brasil não fortalecer uma
egrégora própria da wicca, vai ser muito difícil.
As egrégoras são as tradições mantidas e propagadas pela continuidade de suas
crença e práticas, graças ao somatório do tempo de muitas gerações. É
compreensível que grande parte dos wiccanianos brasileiros, façam seus Sabás
orientados pelo calendário das estações na Europa, tanto quanto não deixa de Ter
sua lógica realizar as mesmas festividades nas estações do lugar em que se vive.
Não há unanimidade em torno do assunto, mesmo porque não há uma
uniformidade nos cultos wicca dos diversos Covens no País.
É tudo um processo mental, pois no culto wicca pode-se trabalhar tanto com a
natureza como com a energia da egrégora. É importante a pessoa observar o que
sente em ralação ao sabá antes de fazer a escolha, considerando que ao ser
traçado o círculo mágico, é dentro dele que tudo estará acontecendo.
O círculo, riscado no solo, é um dos símbolos da religião wicca, servindo para
evocar e preservar o poder mágico, para dar proteção. Muitos outros símbolos
participam da sua Ritualística, entre eles o pentagrama ( a estrela de cinco pontas
dentro de um círculo, indicando homem equilibrado e protegido), o tridente
(símbolo sagrado de três falos), o triângulo (a magia do número três) ou o olho de
Hórus (proteção espiritual, clarividência).
Já nas ferramentas de trabalho de uma wicca, não podem faltar a vassoura (de
palha ou de ervas aromáticas, que servem para a limpeza energética), a varinha
(feita de galho de arvore, projeta a energia da pessoa), o caldeirão (simboliza o
útero, o local onde as coisas se transformam) ou o punhal (faca ritualística com
amplas funções, como cortar forças negativas e direcionar energias).
Confirmando a crença popular, o gato é o animal predileto da wicca, que com ele
compartilha de uma sensibilidade aguçada, de um raro espírito de independência.
Sobre o altar invariavelmente estão representados os quatro antigos e místicos
elementos (água, fogo, ar e terra), através de um cálice contendo vinho ou água,
de velas, incenso e fragrâncias, cristais e pedras.
Há várias maneiras de simbolizar o Deus e a Deusa; um girassol para o Deus e um
copo de leite para a Deusa, o Sol e a Lua, flores ou frutas femininas e masculinas.
O Coven, é como se fosse uma família, uma célula com no máximo 13 pessoas que
permanecem ligadas energeticamente. Seus objetivos, à maneira da maioria das
religiões, são reconectar o homem com o cosmo, com Deus, melhorar a situação de
vida das pessoas, as condições planetárias, promover a paz, a harmonia. Os Esbás
são reuniões rotineiras dos membros do Coven, servem para discutir os
encantamentos, para a troca de conhecimentos, de idéias, para estudos e
discussões das atividades do grupo.
Os encantamentos, são os meios mágicos de agir na realidade, desde que não
interfiram no livre-arbítrio de ninguém. O fundamental na wicca é que a pessoa só
tem o direito de fazer aquilo que não afete o outro, operando sob a ação de uma
das leis mais importantes à sua prática: a Lei Tripla, a qual determina que tudo o
que se faz, volta três vezes para a própria pessoa.
Sem infringir a lei tripla, encantamentos, filtros ou poções, são recursos para dar
uma mãozinha no destino, quando se quer facilitar determinados acontecimentos
que nos proporcionarão maior desenvolvimento.
O pensamento mágico requer a intenção certa para influir positivamente nas
circunstâncias e tornar o encantamento eficiente. O verdadeiro wicca, utiliza sua
arte até nas situações banais do dia-a-dia, na rua, no shopping ou no seu trabalho;
sem perder de vista, a fronteira, onde começa a liberdade do outro.
O Calendário mágico dos Sabás
(Sabá - Conciliábulo de bruxos e bruxas que, segundo superstição medieval, se
reunia no sábado, à meia-noite, sob a presidência do Diabo)
Yule (solstício de inverno; 20 a 23 de dezembro no hemisfério norte; 21 de junho
no hemisfério sul) - É a noite mais longa do ano e comemora o nascimento do
Deus, sendo uma festa que corresponde ao Natal, onde são usadas as cores
vermelha, verde e dourada (as mesmas do Papai Noel). Na antiguidade, eram feitos
ritos pagãos de fertilidade e de adoração ao Sol. Os Wiccas despedem- se da
Grande Mãe e celebram o amor, as realizações do ano que passou e a união da
família.
Imbolc (2 de fevereiro no hemisfério norte; 31 de julho ou 1o de agosto no
hemisfério sul) - É o restabelecimento da Deusa e o momento de purificar e
fertilizar a terra para o plantio. Acendem-se velas e fogueira para invocar a força do
Sol, varre-se o círculo mágico com a vassoura simbolizando o afastamento do
antigo.
Ostara (equinócio da primavera; 20 a 23 de março no hemisfério norte; 21 de
setembro no hemisfério sul) - equivalente à Páscoa, é um rito de fertilidade que
celebra o nascimento da primavera. É a época da reprodução, quando as noites e
os dias são iguais. A Deusa envolve a Terra com seu manto fértil e o Deus já é um
homem. O altar é decorado com flores e ovos pintados, representando a fertilidade
e a reprodução.
Beltane (1o de maio no hemisfério norte; 31 de outubro no hemisfério sul) - É a
celebração da união da Deusa com o Deus; marca o começo da estação do plantio,
sendo também um sabá da fertilidade. São feitas oferendas aos Elementais e os
membros do Coven dançam em torno de um mastro de fitas coloridas (maypole),
símbolo da união do masculino com o feminino.
Litha (solstício de verão; 20 a 23 de junho no hemisfério norte; a 21 de dezembro
no hemisfério sul) - Com o Sol no seu zênite, esse é o dia mais longo do ano,
quando os poderes da natureza atingem o apogeu. Colhem-se ervas mágicas para
encantamentos e poções; é a época ideal para divinações, rituais de cura, corte de
varinhas e bastões. Nessa noite, acredita-se que tudo aquilo que for sonhado se
tornará real para a pessoa.
Lammas (1o de agosto no hemisfério norte; 2 de fevereiro no hemisfério sul) –
Marca a primeira colheita, a festa do pão. As plantas mostram seus frutos. A Deusa
é honrada no seu aspecto de semente e o Deus como o Senhor da colheita.
Confeccionam-se bonecas de milho em homenagem à Deusa Mãe da colheita.
Mabon (equinócio de outono; 20 a 23 de setembro no hemisfério norte; 21 de
março no hemisfério sul) - Aqui é atingida a plenitude da colheita, quando o Deus
se prepara para partir e a força da natureza entra em declínio. É a época
apropriada para os feitiços banidores.
Samhain (31 de outubro no hemisfério norte; 31 de abril a 1o de maio no
hemisfério sul) - A festa dos mortos, mais conhecida como Halloween. Segundo a
crença, é quando desaparecem os véus que separam o mundo dos vivos do mundo
dos mortos, dos espíritos, o que facilita o acesso à sabedoria de nossos ancestrais.
Também é o momento de introspecção, pois assinala o início do inverno.
 

 
EXU

Para Exu, tudo começa e termina numa encruzilhada.

Pois ele tem seu domínio dentro das encruzilhadas do mundo; por isso ele é o
Senhor das Trevas, do Fogo.
Nos cultos afro-brasileiros, Exu tem diversos nomes, que variam de acordo com a
origem que ele irradia seu poder mágico, dentro do Rito Cabalístico onde foi
chamado, de acordo com o Culto ou Nação Afro.

Exus são agentes mágicos universais, são Elemins decaídos do paraíso celestial.
Suas falanges são de forças primitivas, primárias de grande poder.

Exu não faz o mal, porém é quem domina totalmente o mal, e quando a pessoa
deseja o mal, ao seu semelhante, Exu encarrega os espíritos estacionários das
trevas para executar grandes perturbações no plano físico e espiritual, dos que tem
a aura aberta, e por isso sujeitos à tudo receberem.

. Esses espíritos são chamados também de Exus, eles não são evolutivos e sim
estacionários; porém dão influência à tudo que vive estacionário, têm vida, e
embora não evoluam, existem para garantir a sobrevivência da matéria, que são as
plantas, a chuva, os ventos, os trovões, etc.

Da natureza, Exu absorve a força etérea, e a irradia para onde for determinada:
Positiva e/ou Negativa.

Os Kiumbas, também estão eles sob o domínio de Exu. Os Kiumbas são espíritos
atrasados, também estacionários, porém com possibilidades de se tornarem
evolutivos.

Por que existe o mal? Porque existem poderes paralelos, e já que podemos ser
acobertados pelo poder do bem ou pelo do mal, sabemos exatamente que vai
depender de nossos princípios, ações e reações (nosso livre arbítrio) perante à
Deus (Zâmbi), Senhor absoluto de todo o Universo.

E nisto então chegamos à conclusão de que Oxalá representa a força suprema do


Bem e Zumbi a do Mal, tendo ambos as forças antagônicas e necessárias para
julgar nossos atos.

E A MAGIA???

A magia não tem cor; não é branca nem negra, ela simplesmente obedece às
irradiações das cores nos Rituais Cabalísticos, positiva ou negativa, apenas pode
ser dirigida para o bem ou para o mal, contudo não existe nenhuma religião,
nenhum culto do mal; o que existem são criaturas perversas que buscam no mal,
os meios para saciar a fúria de suas vinganças, por intermédio dos condutores que
sabem manipular essas forças a que chamam de Magia.

Entretanto, o operador quase sempre não é o responsável na manipulação dessas


forças, pois ele é consagrado para ser o intermediário entre esses dois pólos.
Quem manda fazer o mal é que recebe o choque de retorno.

Contudo examinemos esse aspecto: Exu sendo o agente mágico, é dono do mal. O
operador, apenas o intermediário.

Exu sendo o dono do mal, dirige para onde for atraída as forças de sua irradiação,
negativa ou positiva. Ambas forças, acham-se eterizadas na natureza, ou seja, em
cada pólo da Terra.

Por isso, Exu tanto pode construir como destruir, segundo a sábia manipulação
dentro do Ritual Cabalístico.
Exu não perdeu seus poderes que tinha antes de sua queda como Príncipe Celestial,
porém apenas perdeu sua hierarquia, quando desceu para as trevas, por ordem
direta do Senhor Deus.

Exu é o rei das trevas, o Maioral do fogo, segundo a vontade de Deus, até o dia em
que ele reconheça, Deus, o Absoluto, Todo Poderoso, Senhor de todo o Universo.

MÉTODO HINDU PARA SONHAR LUCIDAMENTE

Antes de deitar:

1. Pratique concentrar sua mente por alguns minutos. Pode ser uma vela, uma
flor, um mantra, uma oração;
2. Observe bem sua respiração, pensamentos e emoções, antes de dormir;
3. Segure um objeto que tenha significado espiritual para você, durante toda a
noite;
4. Visualize a si mesmo cercado de um halo de luz, quando for dormir;
5. Mantenha um mantra ou uma oração como o último pensamento antes de
mergulhar no sono;
6. Durma sobre o seu lado esquerdo;
7. Entregue-se com confiança à sua sabedoria interior, ao seu mestre interior.

Depois de acordar:

1. Depois de escrever o seu sonho, sente por alguns momentos numa posição
receptiva, com as palmas para cima. Silenciosamente repita a afirmação: Eu
quero entender a mensagem que me foi enviada. Daí permita que a
interpretação do seu sonho venha de dentro de você;
2. Reveja seus sonhos durante uma semana e colete insights, como coletaria
pedras preciosas. Que luz eles projetam na sua vida, e em que direção?
Ponha seus insights em ação e observe os resultados;
3. Pergunte aos seus sonhos: Estou fazendo a coisa certa? E espere pela
resposta. Você aos poucos vai ganhar experiência e desenvolver a confiança
no seu Guru interior;
4. Pergunte à si mesmo: Quais as minhas necessidades neste momento? Como
distinguir necessidades de desejos? Como meus sonhos estão respondendo
às minhas reais necessidades?

(Publicação da Revista Planeta - Meditação no 2)

HOMINALIDADE E AS GUIAS

São muitos os que supõe que as guias são apenas enfeites; porém esses a quem
nos referimos são os leigos ou aspirantes à ser Umbandistas.

Aqui abordamos sobre o tema das Guias, procurando dessa forma elevar os
conhecimentos Espirituais e Cabalísticos para nossos irmãos e/ou leitores, através
da Iniciação, cerimônias ritualísticas, dentro da Nação Omolocô, das suas Cabalas,
que são a 1 - 3 - 7 da consagração litúrgica do camatuê do Ioboré ou seja, o
iniciante.

Tentaremos explicar de modo mais acessível:

As guias são o símbolo (hierarquia) e a força das Entidades (espíritos da natureza)


que nos representa. De acordo com as suas cores, elas transmitem a força, a
essência para harmonizar o camatuê do iniciante, e atrair as irradiações e
freqüências das Entidades (Orixás).

Vejamos agora, o porque de algumas formas, todos que se iniciam, levam os


conceitos primordiais de sua vocação, a força do seu Eledá e dos adjutores.

O que são os adjutores? São acompanhantes do Eledá pertencente ao iniciante;


ex.: Quem tem um Eledá com Oxalá e uma Senhora (Iemanjá, por ex.) carrega
como 1oAdjutor Ogum e como Adjutor Auxiliar (o Ascendente) um Xangô, dentro da
concordância, de comum acordo com as regências das Entidades, durante os dias
da semana. Por essa razão fique o irmão ciente de que os sentidos espirituais das
guias são harmonizar-se, evoluindo o iniciante fisicamente nas formas de iniciação
junto aos Orixás. Como todos sabem, nossas cerimônias ritualísticas, são para
buscar as essências e as forças da Natureza.

Mas perguntará o irmão, qual será a função real das Cabalas das guias?

Nós respondemos: as Cabalas das guias se classificam em dois módulos,


concêntricos e conseqüentes: A Cabala das cores e a dos números.

Entremos no mecanismo dos anos de iniciação que cria o molde das cerimônias
ritualísticas para as Entidades (obrigações para o Santo).

Durante o período de iniciação, o Ioboré usa 12 (doze) guias e vive como se numa
escola ocultista de aprendizagem, com novas sensações, novos conhecimentos e
novas experiências, diferentes a cada ano de cabala que passa, que são: 1.008 dias
lunares e 24.192 horas solares, cuja cabala é igual a 9 (nove) que é igual ao total
de 4 anos de obrigações para o Santo (Entidade - Orixás), que vem a corresponder
a 28 anos de conhecimentos, que é o grau de Sacerdote, em qualquer dos Cultos
Solares ou Lunares. O posto que as Entidades constroem para o iniciante, é pelos
caminhos das cabalas do êxtase natural e espiritual, onde caminha junto com as
essências e irradiações das Entidades.

Sigamos adiante e vejamos como o iniciante adquire essas guias dentro da cabala.

Primeiramente, antes do iniciante entrar para o roncó, o Sacerdote, vê na fala do jogo de


búzios (Ifá), seu Eledá e os adjutores, em seguida lhes dá as guias correspondentes a
carga do seu Eledá. O primeiro ano de obrigações (feitura ou santé) é correspondente à
sete anos de conhecimentos adquiridos, e usam 3 (três) guias; o segundo ano de
obrigações é correspondente à 14 anos de conhecimentos adquiridos, assim
sucessivamente como demonstrado no esquema abaixo:

Corresponde ao total de Conhecimentos em


Anos de Obrigações Quantidade de Guias
anos
1 3 7
2 3 14
3 3 21
4 3 28
(fechamento do ciclo lunar)
10 12 70
1 - Princípio 3 - Livre-arbítrio 7 - Espírito
Confirmada a última obrigação, o iniciante receberá, em substituição às guias
correspondentes ao seu Eledá e Adjutores, o Decá, que é a confirmação de grau
hierárquico dentro do culto que lhe pertence, e daí por diante ele poderá confirmar
outros Ioborés.

Com a sua consagração feita dentro do santé, ele assume o grande compromisso
com seu Eledá. E com os conhecimentos que vai adquirindo (até completar os 28
anos de conhecimentos e estudos) até fechar o ciclo lunar dentro da cabala 7. Este
Arcano exprime no mundo divino, o Setenário, a dominação do Espírito sobre a
Natureza.

No mundo intelectual, o Sacerdócio e o Império; no mundo físico, a submissão dos


elementos e forças da matéria à Inteligência e ao trabalho do homem.

O OBJETIVO DA VIDA
Por Hazrat Inayat Khan (1882 - 1927)

É a primeira coisa que interessa a um buscador da verdade.

Logo que uma alma começa a se sentir livre da intoxicação da vida, a primeira
coisa que pergunta a si mesma é: Qual o objetivo da minha vida ?

Cada alma tem o seu objetivo próprio, mas no fim todos os objetivos se resumem
num só, e esse é o objetivo procurado pelo místico; pois todas as almas, tomando
o caminho certo ou errado, chegarão à esse objetivo, mais cedo ou mais tarde –
um objetivo que tem de ser cumprido, o objetivo para o qual toda Criação foi
destinada.

Existem pessoas que caminham pela vida cegamente, sem saber ao certo por onde
caminham nem onde sua alma as leva. Outras pesquisam, meditam, indagam-se
interiormente, procuram mestres e professores, têm consciência do seu objetivo.
Mas ambas, consciente ou inconscientemente, caminham para a mesma realização.

O primeiro passo no caminho espiritual é quando a alma descobre o seu objetivo


exterior na vida, pois nem sempre todas as almas na terra têm a mesma idéia da
sua missão exterior na vida.. As almas que não fazem idéia dessa missão, podem
seguir, talvez, por toda a vida e não se compenetram dessa idéia, até o final de
seus dias, mas as almas que disso cuidarem, cedo ou tarde vão atingir a realização,
pois vão ouvir interiormente, a resposta à sua pergunta.

Como diz o poeta persa Mucharrif-ed-Din, cada alma é criada para um fim
determinado e a luz desse objetivo está acesa nessa alma, mesmo antes de
ela nascer.

Podemos perguntar: Qual o melhor caminho para uma pessoa compreender o


objetivo de sua alma? Se ela seguir a tendência de sua própria mente, se seguir
o caminho para o qual sente atração, se não se satisfaz com qualquer outra coisa,
então dirá: Existe alguma coisa à minha espera (que ela, no momento, não
conhece) que me trará satisfação. Além disso, para uma pessoa intuitiva e
mística, isso torna-se mais fácil ainda, pois continuamente nos chamados, a
natureza lhe sopra no vento, lhe canta através dos pássaros, murmura nas ondas
do mar. Na natureza, sempre está sutilmente o chamado do objetivo de cada um.

Alguém pode perguntar: O objetivo exterior conduziria ao objetivo interior da


vida?. Certamente. Tudo que fazemos, seja espiritual ou material, é apenas um
degrau para chegarmos ao objetivo interior. Estamos sempre trabalhando para o
objetivo interior. Se erramos, a culpa é nossa.

São cinco aspectos que nos indicam a tendência para o cumprimento desse objetivo
interior:

1. O desejo de viver.
2. O desejo de saber.
3. O desejo de poder (da capacidade de..)
4. O desejo da felicidade.
5. O desejo da Paz.

Estas cinco aspirações trabalham consciente e inconscientemente nas profundezas


da alma.

Quando o anseio de viver, nos leva ao contato de nossa verdadeira vida - então o
anseio de viver é satisfeito.

Quando alguém chega a perceber inteiramente o conhecimento da própria


existência, no qual há de encontrar o conhecimento divino e o mistério de toda
revelação, aí então o objetivo de saber é alcançado.

Quando alguém é capaz de entrar em contato com o Poder Onipotente, então o


desejo de poder é alcançado.

Quando podemos encontrar a felicidade em nosso próprio coração, independente de


coisas exteriores, o objetivo do desejo da felicidade é alcançado.

Quando somos capazes de nos elevar acima de todas as condições e influências que
perturbam a paz de espírito e achamos a nossa paz no meio da multidão e fora do
mundo, em nós o desejo de Paz é satisfeito.

A realização do objetivo não está num ou noutro separados: é para a realização


desse cinco objetivos, que nasceu cada alma na terra.

(Publicação da Revista Planeta - Meditação no 2)

O QUE É A ROSABAL

É uma edificação sagrada localizada no bairro de Khanyar, capital de Cachemira,


Índia.

Rozabal quer dizer a tumba do profeta e conserva em seu interior, segundo a


tradição, os restos mortais do místico Yuz Asaf, também conhecido como Hazrat
Issa.

De acordo com Mulla Nadiri, o primeiro historiador muçulmano de Cachemira, Yuz


Asaf (o Yuzu das tribos de Israel) proclamou a sua condição de profeta no ano
54 d.C. . A filosofia de Yuz Asaf era um bocado estranha para os habitantes da
região, mas muito familiar para os cristãos. O curioso é que a tumba do profeta,
muitas vezes restaurada, é orientada conforme o costume judeu, de este para
oeste, enquanto que todas as sepulturas existentes em um cemitério situado na
área dos fundos da Rozabal, obedecem a orientação islâmica, de norte a sul.
A Rosabal é venerada por hindus e muçulmanos, alguns dos quais chegam a sugerir
que, Yuz Asaf e o Jesus dos cristãos eram a mesma pessoa. Nas imediações da
peça sepulcral, há um bloco de pedra com um baixo relevo que representa os pés
do profeta. Os pés retratados têm marcas de perfuração, semelhantes às que
deviam sofrer os crucificados.

Atualmente muitos pesquisadores defendem a tese, de que Jesus não morreu na


cruz e que a Rozabal, guardaria seus restos.

Jesus teria se casado e tido filhos; sua morte teria ocorrido em idade avançada.

Publicação da Revista ANO ZERO - Julho/1992)

Tentemos dirigir nossos olhos para o passado bem remoto da Terra, contudo
aprimoramos nosso pensamento, de acordo com aquilo que aprendemos em nossa
religião, umbandista dos cultos afro-brasileiros.

Após relativa solidificação, veremos os vultos de nossas Entidades (Orixás).

Daí pesquisamos as suas lendas para narrar algumas coisas da história que não foi
narrada, dando o prosseguimento e procedimento da reencarnação do passado.

Nosso planeta Terra já foi atormentado por enormes cataclismos e convulsões


horrendas, donde temos à lembrança da Atlântida, o famoso continente submerso,
a 18 mil anos atrás, segundo o calendário cabalístico.

OS ASTRONAUTAS PRÉ-
HISTÓRICOS DO INFINITO CÉU
AZUL
A verdade é que Astronautas de outro planeta já visitaram a terra.

Eram eles homens de cor azul ou de sangue azul?

Qual o conceito básico que nós podemos calcular ou dizer?

Primeiramente comecemos pelos dados geológicos. Sabemos que a era azóica,


estendeu-se por 50 milhões de anos e, como seu nome indica, não registrou
manifestação alguma de vida.

Na era Primária, apareceram as formas iniciais de vida vegetal e animal


(invertebrados e peixes). A era Secundária se caracterizou pelo desenvolvimento
de répteis gigantescos. Os mamíferos, também de enormes proporções, surgiram
na era Terciária. Finalmente, na era Quaternária, cuja duração é calculada pelos
geólogos em 500 mil anos, deu-se o aparecimento dos primeiros seres humanos.

Vejamos o segundo ponto que se pode deduzir uma história em correlação à


verdade:

A 1a Raça não possuía mente, era quase etérea, e a 2a Raça não tinha forma
definida, a 3a Raça pertenceu a era Quaternária, Lemuria. Os Lemúrios foram os
primeiros homens físicos em cujos veículos corpóreos se encarnaram os primeiros
gênios imortais (Sereias), e se manifestaram as Entidades (Orixás).

Houve um tempo remoto em que os deuses ou gênios imortais lutavam entre si e


para isso se uniam ou combatiam os homens. Esse tempo, do qual falamos, se
refere exclusivamente ao processo anterior à incorporação do nosso planeta ao
sistema de equilíbrio universal, definido entre o alto e o baixo cosmo, o macro e o
microcosmo.

Os homens azuis vieram do espaço em suas máquinas voadoras, chamadas


Vimanas. Seus aparecimentos, deram-se na era Quaternária, na terceira raça raiz.
Daí tiramos a conclusão, pela maneira que se segue, que fomos os primeiros
habitantes deste planeta, porém não sendo da Terra. Entretanto esses mestres
vindos do espaço, antes do seu desaparecimento, forneceram aos homens de outra
geração, noções inimagináveis, dos quatro cantos do horizonte, os quatro pontos
do céu e a face redonda da Terra.

Vejamos como Popul-Vuh, se refere sobre os homens azuis, no livro sagrado dos
Índios Queche da Guatemala, com claríssima referência Àqueles da primeira raça
(talvez os que viveram antes do dilúvio, ao qual o texto também se refere),
Capazes de tudo saber - diz o manuscrito.

Tratava-se portanto de um povo que possuía noções astronômicas exatas e, muito


profundas; na Guatemala, como também no México, Colômbia, Peru e Bolívia,
encontramos lendas que falam de raça não humana, de seus domínios e suas lutas;
e dos homens azuis.

Entretanto assim conhecemos a origem dos homens azuis ou de sangue azul e suas
histórias.

Esses Mestres vieram do espaço, e são conhecidos pela história como homens
azuis, e assim foram chamados porque vieram do infinito céu azul.

Eles fundaram no planeta Terra seu reino, no entanto, eles foram os descendentes
daqueles Espíritos que aqui na Terra vieram em peregrinação.

De acordo com a crença da lenda dos filhos de Omolocô, muitos que vieram tinham
personalidades reais. Pois bem, os que eram reis criaram uma dinastia, chamada
Sangue Azul Real.

Esses mestres vindos do espaço, fixaram suas moradias nas grandes elevações das
montanhas, formando assim seus castelos com seus súditos e cada um formou seu
reino em diversas partes da Terra, donde partiam suas ordens.

A África também teve a sua dinastia, segundo a vontade de Obatalá (rei dos
Astros e das Alturas) e Baba-Okê (Pai das montanhas).

Obatalá é o deus da criação para os iorubanos. A lenda diz que ele ajudou
Olodumaré (o senhor) a criar o homem e a mulher.

Olodumaré fez os esboços grosseiros em argila e Obatalá formou a boca, o nariz, os


olhos, as orelhas, o crânio e fixou os membros. Olodumaré lhes insuflou a vida.
Obatalá tem seu Templo na Ilha de Ifé, lugar de origem de todas as coisas,
seguindo a tradição Iorubana, é figurado assentado, tendo ao seu lado, sua mulher
Ye Movô. Formam juntos o par criador simbolizando a dualidade Céu e água.
A mesma lenda acrescenta que Oranian foi o sétimo filho de Okanbi, filho de
Odudua, primeiro rei lendário dos Iorubanos; o segundo rei foi Ajaka pai do
terceiro, também chamado de Dada e o quarto, Xangô.

No começo a Terra não existia, no alto estava o céu, em baixo estava a água.

Olodumaré, o Mestre e Pai de todas as coisas, criou em seguida Sete (7) príncipes
coroados. Para alimento e entretenimento destes príncipes, ele criou em seguida
sete cabaças muito grandes e cheias de Akassa, e sete sacos, nos quais haviam
coquinhos, pérolas e estofos, e uma galinha e vinte e uma barras de ferro. Criou
também num espaço negro, um pacote volumoso que não se via na natureza. Criou
enfim uma longa cadeia de ferra à qual juntou provisões, tesouros e os sete
príncipes. Depois deixou cair o todo do alto do céu. Além do limite do nada não
havia mais que a água. Olodumaré do alto de sua moradia divina, lançou uma noz
de palma que caiu na água. Logo uma gigantesca palmeira se elevou até os
príncipes, lhes oferecendo abrigo vasto e seguro no meio da dilatação de seus
galhos.

Os príncipes aí se refugiaram e se instalaram com sua bagagem, abandonando a


cadeia que subiu para o Todo-Poderoso.

Eram todos os príncipes coroados e por conseguinte queriam todos comandar.


Resolveram então se separar.

Os nomes dos príncipes eram:

1. Olou, rei dos Ebás


2. Onsabé, rei de Sabé
3. Orangun, rei de Ila
4. Oni, rei do Ifé
5. Ajéro, rei de Igero
6. Alaketo, rei do Keto
7. Oranian, rei do Oyo

Oranian que se tornou rei de Oyo, de todo o Ioruba, isto é, de toda a Terra, com
supremacia sobre todos os reis; etc. (maiores detalhes sobre esta lenda encontra-
se na obra Orixás Africanos, de José Ribeiro).

Voltando à fala sobre os homens azuis; os que eram reais, fixaram suas vivendas
nas cavernas. Esses mestres do espaço trouxeram consigo os animais domésticos,
cães, etc., por quem possuíam grande veneração, pois eram eles (os cães) seus
companheiros prediletos que farejavam e buscavam as caças, além de servirem
para caçar, serviam também para guardar as moradias contra os animais ferozes.

A Cúpula desta dinastia Sangue Azul, supomos, fixou-se no continente da Atlântida,


hoje submerso e desaparecido. Pois ali desenvolveu uma altíssima civilização de
grande esplendor científico e espiritual.

Seus iniciados sacerdotes oficiantes dos mistérios cabalísticos eram grandes


conhecedores das verdades espirituais e científicas, versados no mais complexo
conhecimento e sabedoria, detentores dos segredos da magia e das forças da
Natureza.

Esta civilização, era a Lemuria, que esteve presente nas tradições iniciativas, e foi o
berço da 3a Raça raiz conforme ensinam os arcanos ocultistas.
Os Lemurianos foram os antecessores dos Atlantes. Sabe-se, tinham as populações
negras e brancas, como vão ter oportunidade de ver num trecho da lenda Hindu;
quando diz: Os reis alcançaram-nas nos seus Vimanas (máquinas voadoras)
e as conduziram às terras do fogo e do metal. Quando os Senhores dos
Rostos Negros acordaram e foram em busca dos seus Vimanas para
fugirem às águas, não os encontraram.

Assim como os Atlantes estavam divididos em duas classes: o filho da Noite e o


filho do Sol, que dirá também a respeito, talvez à cor da pele.

PONTO DE FOGO NO RITO CABALÍSTICO

O Pentagrama (estrela de cinco pontas) representa o corpo humano, cuja ponta


superior forma a cabeça; se esta aparece para baixo, torna-se o signo da loucura,
do desequilíbrio, da desarmonia; (deriva do latim quinque).

O Ponto cabalístico do Pentagrama serve para diversos ritos de modalidade de


trabalhos mágicos, porém aqui mostrarei apenas como o Tata ou iniciado opera
dentro do ritual, mais conhecido na gira como Ponto de Fogo, Descarrego, e as
razões de certos fenômenos observados

Tata (sacerdote ou iniciado) para descarregar um cassueto, portador de má


influência (negativa), coloca-se no centro do círculo, usa-se fundanga (pólvora
usada em práticas feiticeiras nos ritos religiosos afro-brasileiros nacionalizados, que
mesclam influências bantas e indígenas), apenas o necessário para cobrir os riscos
cabalísticos da estrela, rodeando o círculo, depois os riscos com suas sete (7)
pontas, cobertas com fundanga, por fim o Tata ou iniciado transmite ou recebe as
essências; fazendo a aplicação do pensamento e a vontade, para o fim desejado,
dinamizando na evolução rápida das forças viventes na natureza. Porém esse
trabalho mágico, só opera milagre, pelo operador que for consagrado pelas
Entidades (Orixás), para esse fim.

Antes de prosseguir com a demonstração do Ponto de Fogo:

É bom lembrar que os Sacerdotes Umbandistas conhecem Magia, na realidade


como ciência cabalística e natural, contudo sejam conhecimentos das Leis Divinas e
Universais, naturais.

Pois os Hierofantes, controlavam e comandavam essas forças cabalísticas da


natureza, por meio de palavras, que produziam, sentidos mágicos, fenômenos pelo
processo do Som dentro das suas liturgias.

Em nossos dias seguimos essa tradição litúrgica, e obtemos grandes conhecimentos


dentro do ritual oculto da Iniciação.

Fizemos as nossas pesquisas por um processo científico, intelectual e místico


baseado na observação da matemática cabalística, pois os resultados são para os
ensinamentos dentro de um método explicativo e demonstrativo, para os fins de
aperfeiçoamento de nossos iniciados ou adeptos dos Cultos Umbandistas.

Entretanto tentemos, se for possível, mostrar os sentidos dos caracteres


cabalísticos no atual de nossos conhecimentos.
Eles são alfabetos enigmáticos que imantam forças cabalísticas e magnéticas dentro
da natureza, provocando nas essências uma reação, produzindo força, Boa ou Má,
isto é Positiva e/ou Negativa, igual ao qüididativo da quimiotaxia.

Estes caracteres quando feitos com pemba, de acordo com as cores empregadas,
servem de condutores de corrente magnética para conduzir as moléculas até o seu
ponto de impacto.

Nossos ancestrais usavam um processo oculto idêntico à pemba, em seus


caracteres cabalísticos. Eram feitos em folhas de papiro.

Contudo para fazer-se o bem dentro de nossa mironga, temos que conhecer a força
do mal. Ambas as forças, bem coordenadas dentro dos princípios das leis naturais e
espirituais; conseguimos atingir o objetivo do bem ou aquele que desejamos.

Nossos ancestrais, povo de outra geração: seus sábio Sacerdotes conheciam a lei
da gravidade, esses antigos tinham uma fórmula dessa ciência cabalística, que
sabiam produzir o vácuo por meio do som de suas palavras mágicas, para levantar
grandes pesos.

Entretanto, enquanto não for descoberto por esta geração ou por outra, essa
fórmula de poder mental que harmoniza e imanta, força magnética existente na
natureza, sempre será uma força desconhecida e oculta.

Sobre a gravidade principalmente, pouco sabemos, exceto que o que vai para cima
há de cair mais cedo ou mais tarde.

O sábio cientista Newton, expôs esse assunto mais explicitamente mas não
desvendou o mistério da natureza, desta força magnética.

Essa força é o que os ocultistas chamam o Poder na Quarta Ordem (no plano
físico), e nós conhecemos, como força cabalística e magnética da natureza.

A fórmula mágica desses sábios da antiguidade, é uma ciência perdida e de que faz
troça a incipiente ciência física dos nossos dias.

Pelo poder do som, é sustada a estrutura do Cosmo, e pelo poder do som esta pode
dissolver-se mônada.

Os Sacerdotes do Egito sabiam-no; e as palavras de poder, o Mahtheru, abriam aos


iniciados os sucessivos portais das regiões da morte.

Na antecâmara dos aposentos do Rei, a porta de granito, agora para sempre


entalada nas estrias do revestimento de madeira, devido terem cedido os alicerces,
era originalmente baixada ou erguida pelo som de uma fórmula falada, e quando o
candidato parava por baixo dela, e o hierofante (cultor de ciências ocultas,
adivinho) pronunciava a palavra que fazia descer a pedra, só o conhecimento da
palavra contrária o impediria de ser reduzido a pó, pois o som é uma força cujas
possibilidades não são suspeitadas pelo profano.

Essas são as razões das rítmicas danças, o som dos atabaques, enfim do próprio
ponto de fogo.

No Ponto de fogo, ainda empregam as cabalas de cores e oral (o som das palavras
mágicas), de acordo com a finalidade dos trabalhos que pretende fazer; então o
Sacerdote idôneo emprega as cores correspondente a cada Espírito da Natureza
(Entidade-orixá).

Usa-se como pólo Positivo, a Luz do Fogo, ativo:

Neste Ponto de fogo, porém, primeiramente vamos conhecer o valor dos filhos
desta raça.

Os filhos do Fogo é inesgotável e eles renascem de suas próprias cinzas, sua forma
de construir baseada na alquimia, de fundir as coisas, parecendo estar sempre
destruindo e destruindo.

Seu valor incalculável, para o progresso do planeta que habitamos de tal


transcendência que poderia ser comparada com as encarnações no terreno
espiritual.

Para sermos mais claros: O homem se difere, espiritualmente, com o cosmos,


através da reencarnação e se difere, através da raça, com relação ao nosso
planeta.

Neste Ponto de Fogo, usamos a luz do fogo:

Para Entidades (Orixás) usamos uma lamparina contendo azeite de mamona


(vegetal) acesa ou vela de cera.

Para os Kiumbas (espíritos atrasados) usamos vela de sebo, tudo de acordo com as
finalidades dos trabalhos, positivo ou negativo, isto é o bem ou o mal.

A luz produzida pelo azeite de mamona neste Ponto de Fogo, simboliza os Espíritos
da Natureza (Entidades) Orixás, dentro da Cadeia de Zâmbi Opongô.

O Fogo simboliza o batismo cósmico da aura terrestre, feito pelo Eloin, Luz Bel,
segundo a Cabala, da degeneração de seu nome resultou o de Lúcifer, e o de Exu
(Rei ou Maioral).

SIMPLESMENTE RESPIRAR

Respirar talvez seja a atividade que mais praticamos, e mesmo que estejamos
inteiramente inconscientes, respiramos cerca de 24 mil vezes por dia.

Mesmo que não prestemos atenção ao processo dinâmico da respiração, o inalar, o


exalar e o intervalo entre esses dois acontecem, automaticamente. Negligenciados,
desordenados, mas acontecem.

Entrecortados, se temos medo; agitados, se temos raiva; imperceptíveis, se temos


depressão; quase ausentes se temos angústia... Talvez porque a respiração está
bem debaixo do nosso nariz, perdemos completamente a consciência dela.

Basicamente, um dos aspectos mais importantes da meditação é a consciência do


processo de respirar. Como a respiração é o canal da consciência, ela fala com os
dois hemisférios cerebrais, equilibrando a mente.

Em relação ao respirar, ao contrário do que muitos iogues ou ioguistas ensinam, o


importante é a naturalidade. Respirar corretamente é mais um processo de
liberação dos próprios padrões e obstáculos pessoais, uma espécie de
desconstrução de tudo que se aprendeu e a volta ao natural. A técnica correta é
como-não-fazer...

Aprender a respirar bem é uma desconstrução, onde você aprende a identificar as


coisas que vem fazendo há muito tempo e que impedem a respiração natural.
Quando você aprende a identificar seus padrões de segurar a barra, você começa
o processo de liberação. Dentre esses padrões insidiosos, estão a respiração
invertida, a respiração paradoxal, a hiperventilação, a garganta presa, a respiração
pela boca, entre muitos. Desmantelamos padrões patológicos e reinstalamos
hábitos saudáveis, como a respiração diafragmática, respirar através de alguns
órgãos, respirar pelas costas, exalar lentamente, e respiração relaxada.

Nem vou falar do cigarro, porque está claro que o fumante, fuma por ansiedade,
exatamente para fugir da consciência da respiração. É impossível o ato de fumar
conscientemente - pareceria tão estúpido que morreríamos de rir na primeira
tragada.

Outra coisa importante na meditação, é criar um espaço interior e exterior para se


meditar. O espaço interior nós criamos através da nossa motivação e atitude. Dar
um tempo para nós mesmos. Gerar auto-estima e respeito pelo nosso tempo e
atividade. Ter consciência em todos os momentos de nossa vida.

Se você está construindo alguma coisa, mantenha a mente presente a cada


movimento do martelo. Não deixe que os pensamentos se interponham. Ao
escrever, mantenha a mente junto de cada movimento da caneta ou do toque das
teclas do computador. Não deixe que a mente fique saltando de um lado para
outro. Seja o que for que estiver fazendo, relaxe a mente.

Quando você observa crianças brincando num parque, você não se fixa na atividade
delas, dizendo elas estão brincando, elas estão brincando, elas estão
brincando. Há porém, um reconhecimento desse fato. Você não precisa dizer
interiormente relaxando a mente, relaxando a mente, relaxando a mente.
Simplesmente relaxe!

O espaço exterior para nossa meditação diária pode ser criado dentro do nosso
quarto de dormir, num canto da casa onde temos privacidade, ou mesmo separa,
quando podemos, um quarto especial para isso. É importante a total privacidade, e
saber que mesmo por dez minutos, ninguém vai perturbar você. Acender uma vela
e um incenso discreto, ajuda a criar o clima do ritual. Sempre que acendemos uma
vela e incenso, estamos repetindo um gesto que já foi executado milhões de vezes
em todo o mundo, por muitos seres que vieram antes de nós. Um gesto que está
presente em todas as religiões e tradições do mundo.

Recriamos um mito, neste momento. O Mito da busca, da entrega, do eterno


retorno. E fechamos os olhos e respiramos.

SIMPLESMENTE RESPIRAMOS

(Publicado na Revista Planeta - Meditação no 2)

O TEMPO
(Orixá)

O ternário sagrado, ZÂMBI OPONGÔ, OXALUFÃ IAPONGÁ e ZAMBIRA (Ifá) têm


reuniões constantes , onde são convocados todos os Orixás (as Senhoras (Oxum,
Iemanjá, Iansã e Nanã), Ogum, Oxóssi, Xangô, Oxumarê, Oçanhe, etc.) onde
sempre está o assessor direto de Zâmbi, calado num canto, anotando todas as
decisões que implicam diretamente na sua ação direta e eterna. Um Orixá pouco
conhecido dos seres vivos ou mortos, nascidos ou por nascer, enfim toda a criação
está incluída em seus desígnios. É o Orixá TEMPO, implacável e inexorável, que
governa o Tempo e o Espaço, que acompanha e cobra o cumprimento do carma de
cada um, determinando o início e o sem fim de tudo.

Conhecido e respeitado na Mesopotâmia e Babilônia como ENKI, o Leão Alado, que


acompanha todos os seres do nascedouro ao infinito; cultuado no Egito como
ANÚBIS, o deus Chacal que determina a caminhada infinda dos seres desde o
nascimento até atravessar o Vale da Morte (Livro dos Mortos - Egito).

Também venerado como TEOTIHACAN entre os Incas e VIRACOCHA entre os Maias


como o Senhor do Início e do Fim; não podemos esquecer do Panteon Grego e
Romano, onde era conhecido e respeitado como CRONUS, o Senhor do Tempo e do
Espaço, que abriga e conduz à todos inexoravelmente a caminho da Eternidade.

Os Sacerdotes Umbandistas sabem, que os milagres das suas cerimônias


ritualísticas, só se realizam pelo veículo do Orixá Tempo, que dominando o Tempo e
o espaço, facilita à todos a compreensão da Paciência, do aprendizado constante e
sem fim, do aprimoramento de suas missões (Carmas), dando-lhes o Tempo
necessário para o despertar do amor, persistência, aprendizado enfim, a
conformação do que tem que passar, transformando cada um o seu Carma em
Darma (o Carma suavizado pela aceitação).

Nós, filhos da Umbanda, precisamos prestar atenção à este Orixá que trabalha
ininterruptamente, determinando o espaço e o tempo que cada ser tem para
empreender sua jornada retificadora perante a eternidade. É ele que faculta aos
Orixás zelarem e encaminharem seus regidos dando-lhes seus atributos que podem
gerar alternativas positivas ou negativas, que determinarão a caminhada normal ou
o atraso perante a eternidade. É ele, o Orixá Tempo que por ordem superior
(Zâmbi) nos faculta o livre-arbítrio da escolha do caminho a seguir, estando
provado sobejamente através da história da humanidade e de cada um em
particular, que iremos sempre colher o que semearmos, não importa em que tempo
ou quando, mas este Orixá é imperturbável em sua cobrança.

Nós humanos, que temos um intelecto em desenvolvimento, que temos uma


ligação direta com o nosso espírito, nos é dado por este Orixá, as vezes, a
oportunidade de viajarmos em seu veículo, e retrocedermos nos tempo e no
espaço, para verificação real das promessas feitas à nós mesmos quando do
reencarne em missão neste planeta presídio, para termos a noção exata do que
devemos fazer ou agir em benefício do cumprimento da nossa missão. São as
chamadas regressões, quando autorizadas por Ele.

Portanto seria de bom alvitre que cada um por si procurasse ao final de cada
jornada, verificar todos os nossos atos, ações e reações, para que tenhamos tempo
de corrigir nossa trajetória à caminho da Eternidade.

ZEN BUDISMO

COMO LIBERTAR-SE DE VELHOS HÁBITOS E VIVER EM


PAZ
(por Tich Nhat Hahn, monge budista do Vietnã)
1. Não adorarei e não me vincularei a nenhuma doutrina, teoria ou ideologia,
mesmo o budismo. Considero todo sistema de pensamento um guia ao
longo da vida, e não considero nenhum deles como a verdade absoluta.
2. Não acreditarei que a consciência que atualmente possuo seja a verdade
absoluta e imutável. Não terei uma mente estreita, ligada às minha opiniões
atuais. Praticarei o não-ligamento às opiniões para permanecer aberto ao
ponto de vista dos outros; A verdade se encontra na vida, não nas noções
intelectuais; Me manterei sempre disponível a aprender da vida, observando
constantemente a realidade em mim mesmo e no mundo.
3. Não constringirei com nenhum meio outra pessoas, inclusive as crianças, a
adotar as minhas opiniões, nem com a autoridade, nem com a ameaça, o
dinheiro, a propaganda e muito menos com a educação. Em vez disso,
através do diálogo compassivo, ajudarei os outros a abandonar o fanatismo
e o fechamento mental.
4. Não evitarei o contato com o sofrimento, não fecharei os olhos diante da
dor. Não perderei nunca a consciência de que o sofrimento e ainda presente
no mundo. Procurarei estar próximo a todos aqueles que sofrem, com todo
tipo de meios: contatos pessoais, visitas, imagens, sons. Assim acordarei a
mim mesmo e os outros à realidade do sofrimento no mundo.
5. Não acumularei riqueza enquanto milhões de homens sofrem de fome. Não
colocarei como objetivo da minha vida a fama, o lucro, as riquezas ou o
prazer dos sensos. Viverei de modo simples, compartilhando tempo, energia
e recursos materiais com aqueles que estão necessitados.
6. Não alimentarei raiva e ódio. Apenas raiva e ódio insurjam, praticarei a
meditação sobre a compaixão com o objetivo de compreender
profundamente a pessoa que os causou. Me exercitarei a olhar os outros
seres com os olhos da compaixão.
7. Não me dispersarei nas distrações e nos múltiplos estímulos externos.
Praticarei a meditação para recompor corpo e mente, para desenvolver a
consciência, a concentração e a compreensão.
8. Não pronunciarei palavras que possam criar discórdia e causar fraturas na
comunidade. Farei todo o possível para conciliar e resolver conflitos,
inclusive o menor deles.
9. Não direi palavras mentirosas por interesse ou para impressionar os outros.
Não pronunciarei palavras que causem divisão e ódio. Não difundirei notícias
das quais eu mesmo não tenha a certeza. Não criticarei e não condenarei
aquilo de que não sou seguro. Falarei sempre de modo verdadeiro e
construtivo. Terei coragem de pronunciar-me abertamente em todos os
casos de injustiça, também quando isso possa ameaçar a minha segurança
pessoal.
10. Não usarei a comunidade para vantagem ou proveito pessoal, e não
procurarei transformá-la num partido político. Enquanto membro de uma
comunidade religiosa, assumirei no entanto uma firme posição contra a
opressão e a injustiça, e me esforçarei para mudar a situação sem cair em
conflitos partidários.
11. Não exercitarei uma profissão prejudicial aos homens ou à natureza. Não
investirei dinheiro em atividades econômicas que privem outras pessoas de
recursos vitais. Escolherei um trabalho em harmonia com a realização do
meu ideal de compaixão.
12. Não matarei e não permitirei que outros matem. Me servirei de todos os
meios para proteger a vida e prevenir a guerra.
13. Não me apropriarei daquilo que por direito pertence a outros. Respeitarei a
propriedade alheia, mas lutarei para que ninguém se enriqueça provocando
sofrimento aos homens e aos seres viventes.
14. Não maltratarei o meu corpo mas o tratarei com respeito, sem considerá-lo
um simples instrumento. Conservarei as energias vitais (do sexo, da
respiração e do espírito) para a realização do Caminho. Me absterei da
sexualidade que não comporte amor e empenho recíproco. Considerarei os
relacionamentos sexuais consciente do sofrimento que podem provocar.
Serei plenamente consciente da responsabilidade de pôr no mundo novas
vidas, e meditarei a respeito do mundo no qual pretendo fazer nascer novos
seres.

(Publicação da Revista Planeta - Meditação no 2)

PENETRANDO NO ÂMAGO DAS MIRONGAS

A Camarinha é uma conjunção de várias influências receptivas e repulsivas, que


vindo do Cosmos, cristalizam em um determinado ponto; cujo ponto, são as
cerimônias ali realizadas, dentro de sua fórmula cabalística. Tanto é que a
Camarinha só entra em ação no momento em que ela recebe o seu visitante, isto é,
o Iniciante (Ioboré) e adapta-lhe naquilo que tem de vocação espiritual.

Essas cerimônias são também para dar num futuro próximo da iniciação quando
atingir o grau de Sacerdote, o domínio razoável de alto controle sobre as forças
cabalísticas vindas do Cosmos.

E sobre as Entidades (Orixás), dizemos que elas dirigem e não são dirigidas,
portanto suas irradiações vindas do Cosmos, comanda a cabeça (Orí) do iniciante
através de sua Dijina, que influi, orienta e se desperta, para que o mesmo possa
dirigir e manejar essas forças com segurança.

Ao término da iniciação, o Tata (sacerdote) dentro de sua vocação passa a fazer


incursões em outras dimensões, em outros planos de vida, porque já sabe penetrar
no âmago das mirongas, conhecendo o bem e o mal; pois para se fazer o bem
temos que conhecer o mal, para isso no começo da iniciação o Ioboré, gozando de
seu Livre Arbítrio, escolheu dentro de sua vocação, a hierarquia que irá ocupar
dentro do Culto.

Os graus hierárquicos de iniciação do Culto Afro-brasileiro do Omolocô são:


Tata Ti Inkice - o que faz o santé nos filhos.
Tata Zambura - o que joga búzios.
Tata de Orogogi - o que conhece a reza de todas as Entidades.
Tata Oponguê - o que recebe as bênçãos de Zâmbi (na saudação do pai para o
filho, o pai diz: Zâmbi Oponguê; Deus te abençoe).
Tata Ne - Mestre de cerimônias.
Tata Zâmbi - título sem confirmação, porém feito no santo.
Ginja - Sacerdotisa.

Graus hierárquicos (menores) de iniciação:


Bafâ-Ofá, Oloxum (*), Oxogum (**), Onã-Ofá, Ogam Kalofé, Cambone de Ebó,
Abaô, Mãe Pequena, Macuta, Iaô, Iadogan, Macamba, Cota, Camba. Iaba, Samba.
Ganga - Sacerdote conhecedor das vinte e uma (21) palavras sagradas e mágicas,
e o manejo das forças ocultas da natureza; os segredos da Terra, o que há nas
nuvens, florestas, rios, mares, montanhas, lagos e nas cacimbas; As relações entre
Zâmbi, Orixás, Bacuros, Voduns e os homens.

Observações: (*) Oloxuns, são especialmente qualificados para ouvir a fala dos
Orixás (Nagô) no jogo dos deloguns onde seu intermediário é Exu Legba e
acompanhante de Ifá.
(**) Oxoguns, que sacrificam os animais, quando necessário ao ritual (Omolocô)
Ao penetrarmos no âmago das mirongas da camarinha, torna-se mais fácil
conhecer os sentidos dos mistérios dogmáticos.

Nesse momento ficará claro que as forças que nela transcendem, são forças
viventes da natureza.

Contudo para se iniciar um Ioboré na camarinha, primeiro temos que ver sua
vocação (Carma).

Segundo o grau de sua espiritualidade (Mediunidade).

A vocação é uma parte de vida anterior do espírito evolutivo; é também a Lei de


Causa e Efeito, lei que se realiza no decorrer da reencarnações.

Ela é a lei do determinismo relativo, que em cada encarnação, pode ser modificada
pode ser modificada pela vontade firme de uma pessoa (Ioboré). Como iniciante no
culto, os pensamentos, as palavras, os atos são a causa determinante da vocação
lançada na corrente da evolução; a alma humana atravessa como individualidade,
períodos alternativos de existências físicas e espirituais.

No começo de cada nova encarnação, a vocação da lei, determina o gênero de


personalidade, o grau de mediunidade que a nossa individualidade assume dentro
de uma missão ao voltar à Terra; sendo que é a vocação que decide de onde, e de
como, isto é, em que condições o reencarnado deve nascer, para cumprir sua
missão e assumir um compromisso com as Entidades invisíveis, pois o Médium é, o
seu representante legal neste Planeta.

Estas são as razões pelas quais o iniciante (Ioboré) passa pela camarinha, para
receber na sua estrutura de matéria sólida, líquida e gasosa, as forças viventes na
natureza, (Natural ou Espiritual, Cabalística e Magnética); cumprindo assim os
preceitos ritualísticos da preparação

Como já dissemos, as Entidades dirigem e não são dirigidas, isto é, não recebem
doutrinação, pois são espíritos puros da natureza, observadores de nossos atos
nesta paranga, e nós só teremos aquilo que merecemos.

Depois do Tata fazer a classificação do grau de mediunidade do Ioboré ou Iaô de


acordo com o jogo dos búzios, começam as grandes preparações para o iniciante
entrar na camarinha.

Primeiramente o iniciante toma um Banduaxé, banho de ervas, e os aromas


(essências) nele contido pertence à Entidade (Orixá – Eledá), contudo essas ervas
têm que ser colhidas pelo idôneo (Mão de Ofá) obedecendo as fases lunares.

Nos Cultos Afro-brasileiros, tem uma Entidade (orixá), seu nome é Iroco (Orixá
nagô cuja morada e epifania é a gameleira-branca, árvore que se usa adornar com
laços de pano e que recebe oferendas de alimentos em suas raízes) e pertence à
gameleira branca, e seus troncos servem para assentar as divindades no roncó.

Os Africanos têm um grande conhecimento da farmacodinâmica das plantas, sobre


as virtudes benéficas e nocivas. A verdade é que são forças irradiantes, dentro do
seu aroma.

Oçanhe, é a divindade das folhas curativas e Litúrgicas; nenhuma cerimônia pode


ser realizada sem as essências de suas folhas.
Para isto existem os sacerdotes desta Divindade, Oçanhe. No Culto Nagô, seu nome
é baboloçanhe. No Omolocô, seu nome é Bafa-Ofá (Mão de Ofá) conhecedores de
todas as ervas benéficas e nocivas pertencentes as Entidades.

O Mão de Ofá ao fazer sua colheita, obedece à cabala, colhendo-as em lugares


selvagens, de acordo com as fases lunares.

O Ioboré para entrar na camarinha, precisa de Padrinho e Madrinha, para isso os


búzios decidem nas escolhas.

O Mão de Ofá entrega à Cotas, as ervas, para esta quiná-las para o preparo do
Amaci. Logo após são escolhidas, se necessário, as aves ou animais que serão
usados nas cerimônias.

No primeiro dia do iniciante na camarinha ele recebe o Banduaxé e o Amaci no


ronco onde estão os assentamentos das Entidades.

No segundo dia, recebe o Kirimbu (atributo) correspondente ao selo de seu Eledá


de Origem, também comida própria pertencente a Entidade, Cabala oral e cânticos,
e outras cabalas reservadas ao culto.

Durante três dias que o iniciante estiver na camarinha, dá-se 72 toques de


atabaques. Esta cabala pertence aos 72 Elemins que rodeiam o nosso planeta
Terra.

Terceiro dia (último na camarinha), o iniciante recebe o Obi e o Orobô de quatro


quinas.

No terceiro dia na camarinha, dar-se-á o levantamento do Ioboré, e ele recebe o Axé,


que são forças das Entidades (Orixás), cuja a Cabala é:

A = 1

X = 300

E = 5

______

306

9. Corresponde a um atributo Divino que se designa pela letra (thet) Tehor, Puro.

No mundo Angélico - KheRubim. Ministros do Fogo Astral, os Anjos de Guarda.

Os quatro dias restantes são de preceitos reservados, que o Ioboré, faz em pé,
dentro do Abaçá (terreiro).

O Alá serve para o Ioboré, entrar e sair da camarinha. É um pano branco, no centro
deste tem os caracteres cabalísticos.

O iniciante é levado debaixo dele para a camarinha. Seis (6) pessoas o conduzem,
com ele completando sete (7), representando assim as forças cabalísticas; o
Espírito.
Dois (2) são os Padrinhos, um (1) o Ioboré, quatro (4) são as Sambas, que com as
mãos seguram as pontas do Alá.

Dentro da camarinha dá-se sete (7) passos, representando as forças cabalísticas


dos Kirimbuns da Entidades, e sete toques que juntando com as sete pessoas
temos: (7+7=14) reduzindo (1+4=5). Cinco (5) é o homem; Mestre dos Mistérios
Sagrados.

Esse Arcano significa inspiração, indicação, ensino.

No mundo intelectual, representa a Religião, relação entre o Ente Absoluto e o Ente


Relativo, entre o Infinito e o Finito.

No mundo físico, a inspiração comunica-se pelas vibrações do fluido astral; a prova


do homem pela liberdade de ação no círculo intransponível da Lei Universal.

No Mundo Divino, a Lei Universal, reguladora das manifestações infinitas do Ente na


unidade da substância Este Arcano o representa dentro do Magnetismo Universal e
diz: O homem é feliz ou infeliz; é preciso saber que emprego faz da sua vontade,
pois o homem cria a sua vida, pelas suas obras.

O Gênio do Bem está à sua direita. O do Mal à esquerda; sua voz só é ouvida pela
sua consciência, recolhe-te e ela te responderá.

CABALAS DO OBI E DO OROBÔ


Obi 61 7 (Espírito)

Orobo 232 7 ( '' )

---------

293 14

14 5

5 (o homem)

As cabalas 1/4 - 7, servem para classificar as quantidades de partes de Obi que o


Ioboré comerá a cada ano que passar.

Tendo o Obi quatro quinas, o iniciante comerá 1/4 , isto é, uma parte por ano de
aprendizado.

No fim de quatro (4) anos o iniciante estará feito no santé, e acha-se independente
para fazer o santé em outro Ioboré, dentro do seu culto em toda a parte do Mundo.

Pois no fim de quatro anos completam (28 anos de conhecimentos) o Obi, que vem
a corresponder ao mesmo número de fases lunares, fechando o ciclo da lua.

A Letra ALEPH, exprime a idéia de unidade e do princípio; designa a causa, a força,


a atividade, o poder, a estabilidade; o homem como unidade coletiva.

A Letra DALETH, denota a natureza divisível, divisão, nutrição.

A Letra ZAIN, designa a tendência, o esforço dirigido a um fim determinando a


causa final, refração luminosa, a indicação.
Arcano 1, significa habilidade, diplomacia, astúcia, vontade, energia, poder. Este
Arcano exprime, no Mundo Divino, o Ente absoluto, que contém tudo e do qual
emana o infinito dos possíveis.

Arcano 4, significa apoio, estabilidade, poder, proteção. Representa um grande


personagem. Exprime no Mundo Divino, a realização perpétua e hierárquica da
virtualidade contida no Ente Absoluto.

Entretanto, todas as cerimônias que seguem a Cabala, estarão dentro do princípio.

Não devemos ser vaidosos, pois aquele que dentro da falsa Mironga pretende
enganar aos outros, acabará enganando-se a si mesmo, caindo dentro daquele
ponto da magia que se refere à negatividade. Tudo isto parece muito difícil, porém
o sacerdote tem a consciência que representa este princípio de harmonia de Saber
o que sabe, do seu conhecimento iniciatório, ele fará uma força, uma energia, da
qual extrairá a essência maravilhosa que se chama Fé ou Força Cabalística

AS MITOLOGIAS AFRO E GREGA

A orientação objetiva da mente humana criou a necessidade do homem pesquisar


para dar o desenvolvimento à inteligência, que é uma satisfação dessa necessidade.

Dentro da vocação de cada um, o homem busca o seu desenvolvimento inteligente


para dar expansão naquilo que ele pensa, que deve fazer para o bem de uma certa
coletividade.

Entretanto este nosso tema não é em todo um tratado sobre a mitologia ou as


religiões, porém apenas cuidamos de estudar, pesquisar, dando à nossa
interpretação, quer científica, quer religiosa ou filosófica, referente às lendas, cuja
citação já apresentamos nos capítulos: Ponto de Fogo, Astronautas Pré-históricos. E
aqui A Lenda da Mulher-peixe.

Continuamente procuramos mostrar aos Irmãos umbandistas o conhecimento


analógico através das lendas; tentamos também explicar o porque das lendas, pois,
mesmo antes do aparecimento de qualquer escola racionalista, sempre o homem se
preocupou em conhecer o mistério de sua origem, de certos fenômenos, e sobre
tudo de seu fim, seu Destino.

Sobre as lendas, de onde vieram? Têm algum fundamento na verdade ou são


apenas sonhos da imaginação? Pois dizemos que todas lendas têm seu fundamento
de verdade.

Os filósofos têm aventado sobre o assunto em diversas teorias.


1a - Teoria Bíblica - De acordo com esta teoria, todas as lendas mitológicas têm
sua origem nas narrativas das Escrituras, embora os fatos tenham sido distorcidos
e alterados; porém a verdade é que cada povo ou geração tem a sua lenda.
Assim, Deucalião é apenas um outro nome de Noé, Hércules de Sansão, Áriom de
Jonas, etc...
Sir Walter, em sua História do Mundo, diz: Jubal Tubal e Tubal Caim são Mercúrio,
Vulcano e Apolo, inventores do Pastoreio, da Fundição e da Musica. O Dragão que
guarda os pomos de ouro, era a serpente que enganou Eva. A torre de Nemrod foi
a tentativa dos gigantes contra o Céu. Há sem dúvida, muitas coincidências
curiosas como estas, mas a teoria não pode ser exagerada até o ponto de explicar
a maior parte das lendas, sem se cair no contra-senso.
2 a - Teoria Histórica - Por essa teoria, todas as personagens mencionadas na
mitologia foram seres humanos reais e as lendas e tradições fabulosas à elas
relativas são apenas acréscimos e embelezamento, surgido em épocas posteriores.
Assim a história de Éolo, rei e deus dos ventos, teria surgido do fato de Éolo ser o
governante de alguma ilha do Mar Tirreno, onde reinou com justiça e piedade e
ensinou aos nativos o uso da navegação à vela e como predizer, pelos sinais
atmosféricos, as mudanças do tempo e dos ventos.
Cadmo, que segundo a lenda, semeou a terra com dentes de dragão, dos quais
nasceu uma safra de homens armados, foi na realidade um emigrante vindo da
Fenícia, que levou à Grécia o conhecimento das letras do alfabeto, ensinando-o aos
naturais daquele país.
Desses conhecimentos rudimentares nasceu a civilização que os poetas se
mostraram sempre inclinados a apresentar como a decadência do estado primitivo
do homem, a Idade do Ouro em que imperavam a inocência e a simplicidade.

3a - Teoria Alegórica - Segundo essa teoria, todos os mitos da antiguidade eram


alegóricos e simbólicos, contendo alguma verdade moral, religiosa ou filosófica, ou
algum fato histórico, sob a forma de alegoria, passaram a ser entendidos
literalmente. Assim Saturno que devora os próprios filhos, é a mesma Divindade
que os gregos chamavam de Cronus, (os cultos afros têm um Orixá, chamado
Tempo) que pode-se dizer, na verdade destrói tudo que ele próprio cria.

4a - Teoria Física - Para esta teoria, os elementos ar, fogo e água, originalmente
objeto de adoração religiosa, sendo as principais Divindades personificadas nas
forças da natureza. Foi fácil a transição da personificação dos elementos para a
idéia de seres sobrenaturais, dirigindo e governando os diferentes objetos da
natureza. Antigos povos, os gregos acreditavam que toda a natureza era povoada
por seres invisíveis, e que todos os objetos, desde o Sol e o Mar até a menor fonte
ou riacho, estavam entregues aos cuidados de alguma Divindade e atributos
particulares.

Entretanto, todas as teorias acima mencionadas, são verdadeiras até certo ponto,
no qual nos podemos igualá-las dentro dos princípios de nossa religião. Seria
portanto, mais correto dizer-se que a Mitologia de uma geração ou nação vem de
todas àquelas fontes combinadas e não de uma só em particular. Há muitos mitos
originados pelo desejo do homem de explicar fenômenos naturais que ele não pode
compreender e que não poucos surgirão de desejo semelhante de explicar a origem
de nomes de lugares e pessoas.

IEMANJÁ (VÊNUS - AFRODITE)


Aqui apresentamos coletâneas das magníficas lendas do culto afro e mitologia
grega.

Demonstramos que Afrodite, Vênus, deusa das lendas gregas, é a mesma Iemanjá
(Sereia) dos cultos afros, na certeza de quem ler com atenção, julgará conosco
essa exortativa comparação.

Iemanjá era conhecida pelos romanos como Vênus, enquanto que os gregos a
conheciam como Afrodite.

Vejamos como nos é oferecido Vênus:


Vênus era muito cultuada na Grécia, onde lhe foram erigidos numerosos templos.
Seus alimentos eram cisnes, pombos, pássaros e lebres, lhes eram consagrados e
oferecidos em sacrifícios. Seus altares eram ornados com flores, especialmente
rosas, e lhes eram oferecidos frutos perfeitos e sazonados, sendo-lhe
especialmente consagradas a maçã e a romã. No antigo Império Romano,
principalmente em Veneza, nos rituais dedicados à Afrodite, o seu povo lançava às
águas um anel de ouro, rosas, etc.

Vejamos agora Iemanjá, como todos sabem é a divindade das águas verdes,
salgadas, ela leva um leque e bracelete de metal prateado, ela dança interpretando
o movimento das águas agitadas. É considerada por muitos a Mãe de todos os
Orixás, pois vê crescer, ano a ano, o número de seus adeptos, no Brasil é
considerada pelos Umbandistas, a Rainha do Mar, Protetora da família, cultuada aos
sábados e fim de ano nas praias.

No entanto, dentro do sincretismo Católico-umbandista, ela é Nossa Senhora da


Glória, festejada à 15 de Agosto no Rio de Janeiro e Nossa Senhora da Conceição
na Bahia.

Porém o sincretismo não passa de um fenômeno de fé, e não tem influência na


filosofia dos Cultos Afro-brasileiros; no entanto o sincretismo de Oxalá com Jesus,
este já explicamos dentro da Cabala, Jesus e Oxalá é a mesma divindade, isto é, a
2a pessoa da Trindade Divina do Culto do Omolocô.

Iemanjá tem seu fetiche, que é a concha marinha. Sua insígnia, um leque (abebé -
leque circular metálico, atributo (2) de Oxum, quando feito de latão, e de Iemanjá,
quando de metal prateado e com uma sereia)

Os alimentos consagrados são pombo branco, milho, galo branco, ovelha branca,
cabra branca, camarão azeite de dendê, leite de coco, como podemos ver, desde as
mais antigas civilizações do mundo, Iemanjá já era cultuada nos mares onde tem o
maior e melhor alimento da vida, que é o Sal.

As oferendas consagradas às Divindades, podem ser cruentas ou incruentas,


segundo a necessidade de derramamento de sangue ou não; o seu nome é Efó
(sacrifício) que se fazem às divindades.

Os antigos hebreus, também os novos, ainda praticam estes rituais secretamente


dentro da cabala; dão nome de Nedaboh (vindo a palavra do verbo Nadah - agir
espontaneamente).

Noé também deu oferendas quando saltou da barca, depois do dilúvio, oferecendo
num altar ao Senhor, ao pé do Monte Ararat animais e aves puras em holocausto
sobre este altar.

Gênese 8, 20

No Novo Testamento, é bastante conhecida a oferta de ouro, mirra e incenso pelos


Três Reis Magos ao Menino Jesus.

E agora perguntamos: Iemanjá - Vênus - Afrodite, devem ser consideradas como


uma só divindade?

Para nós, julgamos ser uma só, sob nomes diferente.

A LENDA GREGA DE VÊNUS


Sob o nome Romano de Vênus e o grego de Afrodite, esta deusa foi uma das
divindades mais cultuadas na antiguidade.
Não nasceu do ventre de nenhuma mulher, deusa ou mortal; surgiu da espuma do
mar, fecundada pelo sangue de Urano, o Céu, que foi emasculado por seu filho
Saturno.

Uma concha de madrepérola agasalhou essa espuma (e lembra que o fetiche de


Iemanjá é uma concha marinha de madrepérola) servindo-lhe de abrigo e foi
conduzida pelo mar até próximo à ilha de Chipre, onde se abriu, fazendo surgir
Vênus.

Zéfiro, um dos oito ventos, entregou Vênus às mãos das Musas, que se
encarregaram de criá-la e educá-la.

Vênus foi esposa de Vulcano, o feio e desajeitado deus ferreiro que vivia
trabalhando na forja com seus medonhos auxiliares, os ciclopes (gigantes fabulosos
com um só olho na testa). Vulcano foi enganado de mil formas por sua belíssima e
sensual esposa.

A aventura amorosa que a deusa do amor teve com Marte, foi a mais ruidosa do
Olimpo.

Nos encontros entre ambos, Marte deixava de guarda Alectrião, seu favorito, que
era muito preguiçoso.

Certa vez, Febo, também considerado como Apolo, o Sol, e que também amava
Vênus, seguiu os dois apaixonados até seu esconderijo secreto. Tendo Alectrião
adormecido, Febo pode espiá-los de perto e, vendo o que sucedia, foi chamar
Vulcano.

O marido ultrajado, apanhando os amantes em flagrante, envolveu-os numa rede


poderosa e invisível e chamou todos os deuses para que testemunhassem o
adultério.

Desse amor com Marte, Vênus teve um filho, Cupido (identificado na mitologia afro,
como Orugã, Orixá do amor) ou Eros, o deus do amor.

Percebendo os males que Cupido poderia causar, Júpiter pediu à Vênus que se
desfizesse dele, mas ela não lhe obedeceu. Como Cupido estivesse condenado a ser
sempre criança, enquanto não tivesse outro irmão, Vênus teve outro filho de Marte,
Anteros, ou antiamor, aquele que transforma o amor em ódio.

Além de Cupido, Vênus foi também mãe dos amores, dos jogos e dos risos.

De seu amor com Baco, nasceu a divindade chamada Hímen, ou Himeneu.

A maior paixão que sentiu foi por Adônis, um mortal que era mais belo do que
qualquer dos deuses. Por ele, Vênus fugiu do Olimpo, separou-se de seus
companheiros e desdenhou da companhia dos deuses. Enciumado, Marte
transformou-se num javali, atacou Adônis e matou-o.

Vênus, depois de chorar longamente, transformou Adônis em anêmona, flor de


grande beleza e vida efêmera.

Netuno foi seu último esposo (identificado na mitologia afro, como Obá - Olorum,
Rei dos mares). A primeira lenda nos conta que Netuno (também conhecido como
Nereu ou Posêidon), deus marinho muito antigo, filho do Oceano e de Tétis, casou-
se com sua irmã gêmea, Dóris, que lhe deu cinqüenta (50) belíssimas filhas que
foram chamadas Nereidas.

Netuno, o deus das águas, apaixonou-se por uma delas, Anfitrite. Netuno tinha seu
palácio no fundo do mar, tinha cavalos com crina de ouro que puxavam seu carro
por sobre as ondas, e ostentava um tridente. Anfitrite, temendo a severidade do
deus e os mistérios existentes nos profundos abismos, fugiu amedrontada.

Refugiou-se nos rochedos próximos ao Monte Atlas, mas lá foi encontrada por dois
golfinhos que a persuadiram a aceitar o amor de Netuno.

Anfitrite deixou-se convencer e os dois peixes a levaram para junto do deus


marinho que, agradecido, pediu à Júpiter, seu irmão, que os imortalizasse. Netuno
e Anfitrite formaram um casal muito feliz e de sua união nasceram não só inúmeras
Ninfas marinhas, como também o mais famoso dos divinos seres da água, Tristão.
A outra lenda que é também muito difundida, conta que dois golfinhos salvaram a
vida de Vênus e de seu filho, Cupido, quando ambos eram perseguidos pelo gigante
Tifon, durante a guerra que Júpiter desencadeou contra os monstruosos gigantes.

IEMANJÁ MORA EM ABÉOKUTÁ


No Brasil, como todos sabem, Iemanjá é uma divindade extremamente popular.
Para suas oferendas no mar, seus adeptos levam contas transparentes como
cristais e braceletes de metal prateado. É simbolizada por seixos marinhos e
coquinhos; quando se manifesta ela traz um leque (abebé) na mão, e os Iaôs
imitam o movimento das ondas descendo e levantando o corpo.

Ela é recebida com o grito (saudação) Odoiá no Nagô e Odó-Fiaba no Omolocô, a


mãe das águas. Iemanjá mora em Abéokutá, na Nigéria, no rio Ogun, e é
considerada a divindade das águas do mar.

Segundo alguns historiadores é a mãe de todos os Orixás. Nada pode existir sem
água.

Ela tem a mesma função que Iôiê Moiô e Olokum na linha Ifé mas ela não necessita
de um Orixá macho para complemento.

Ela estaria na posição de Nanã Buruku no Adelê.

Assim diz a lenda que nos tempos antigos, quando faltava água, era porque
Iemanjá estava deitada e dormia sobre seu lado esquerdo. Quando voltava da
esquerda para a direita, as fontes jorravam água.

Ela simboliza a maternidade; as estatuas a representam como uma mulher grávida,


as mãos sobre o ventre, com seios volumosos aos quais fazem alusão nos cânticos
Nossa Mãe de mamas chorosas aos seus seios dos quais em algumas lendas, dizem
ainda jorrar água.

A ORIGEM DAS PALAVRAS UMBANDA E QUIMBANDA

UMBANDA
É nosso dever, trazer para nossos irmãos umbandistas, esclarecimentos sobre os
cultos afro-brasileiros; é o que fazemos através de nossas Pesquisas Ecléticas.
Muitos têm compreendido o termo de origem da palavra Umbanda ao contrário da
fonte verdadeira na qual se originou.

Pois bem. Quem está com a palavra sobre essa explicação é o saudoso Tata Ti
Inquice, Tancredo, eu apenas transcrevo o tema.

Esse vocábulo, Umbanda, tem sua origem no substantivo feminino do segundo


gênero (Banda). Banda tem origem no dialeto Banto, e quer dizer lugar, cidade; o
vocábulo (Umbanda) nasceu do nosso linguajar, porque o sentido real de banda é,
todos vindos de diversos lugares ou reunidos daqueles lugares.

Pelo entrosamento do dialeto Banto e o idioma falado no Brasil (português), surgiu


o impulso do conjunto e traços culturais estreitamente ligados entre si, formando a
palavra Um - Banda, pois Um é o adjetivo único, contínuo, singular, indivisível, e
juntando este ao substantivo, expressou-se dentro nosso linguajar, a palavra
Umbanda.

O dialeto, os costumes morais e as crenças religiosas deram os traços marcantes e


culturais no nosso linguajar, pelo fenômeno da acomodação e os complexos das
palavras em nosso idioma devido à essa aculturação.

Portanto uma coisa é certa, nosso idioma recebeu dentro do seu conteúdo
gramatical, grandes influências dos dialetos africanos.

QUIMBANDA
Com esse vocábulo,Quimbanda, acontece a mesma incompreensão sobre o seu
termo de origem.

Muitos chegam a afirmar que Quimbanda é o lado negativo da Umbanda; e para ser
mais claro, dizem, onde se pratica a magia negra.

Como nós já sabemos a magia não tem cor, nem é branca, nem é negra; magia é
só uma. O bem ou o mal está na intenção de cada um, pois se é verdade que
podemos pensar positiva ou negativamente, verdade é que tudo que desejarmos ao
próximo, receberemos em dobro.

Entretanto este substantivo feminino, Quimbanda, não sofreu influência do nosso


linguajar; ele acha-se dentro do nosso conteúdo gramatical, da mesma maneira
real que surgiu de sua verdadeira fonte de origem, que é o Quimbundo*.

Então Quimbanda tem sua fonte de origem no Quimbundo que é uma mistura de
dialetos africanos, criado pelo governo para ser ensinado nas escolas das colônias
portuguesas, afim de que todos angolenses se entendessem entre si nas regiões
tribais de Angola e Moçambique.

Baseado nesta estrutura vejamos: quim ou kim, quer dizer em linguagem africana,
médico ou grão-sacerdote dos cultos Bantos. Banda quer dizer lugar ou cidade.

Resumindo, chegamos à conclusão de que em nosso idioma, quimbandeiro quer


dizer Grão-sacerdote dos cultos Bantos, vindos de Angola, Moçambique e Benguela.

* Língua banta dos bundos ou ambundos (Angola, África); ambundo, andongo,


bundo, dongo, luanda, quindongo, e língua de Angola. 
ALQUIMIA
A Alquimia é filha da Cabala, assim sendo, vamos buscar nela alguma coisa sobre a
geração humana.

Desnecessário seria explicar que o umbigo é uma cicatriz, vestígio da nossa - união
com a Mãe Terra.

Este sinal, que tanto o homem como a mulher tem no seu organismo externo,
poder-se-ia dizer que, este é o verdadeiro apêndice de igualdade entre os dois
sexos. Os Mestres alquimistas, dizem que o umbigo é a ilha do mar do ventre, que
é regido pelas águas. É o oásis intermediário entre os dois mamilos da mulher, e o
externo do homem, e o jardim de Vênus ou dos Espérides que existe tanto no
homem como na mulher.

Contudo sendo a Alquimia o estudo secreto mais adiantado do nível das leis
cabalísticas de afinidade sobre a geração humana, que aqui divulgo para elevar os
conhecimentos de seguidores da Umbanda, e por isso, não possa dar nenhuma
explicação mais detalhada até chegar o momento certo, posso porém adiantar que
o umbigo é a porta pela qual aparecem os Elementais na água, na terra, no fogo e
no ar do nosso microcosmo.

O homem primitivo não era dotado desse sinal (umbigo) pelo menos no lugar onde
o temos hoje, mas tinha algo em seu Chacra Frontal que muito parecia com o
nosso umbigo atual.

As mulheres pitris tinham o seu filho em uma frondosa vegetação, onde hoje temos
o nosso umbigo e o Chacra.

Depois, por autodefesa, foram exercendo uma verdadeira absorção do seu sentido
de maternidade, de maneira que o filho fosse gerado internamente, sendo o
umbigo o seu lugar de expulsão durante o parto.

Este porém, nunca esteve completamente fechado, servindo como via respiratória
para o feto.

Por estes fatos se pode observar toda a metamorfose sofrida por esta parte do
nosso organismo, isto é, olhos, nariz e útero, peças de inestimável valor no nosso
conjunto fisiológico.

O mistério de nossa anatomia oculta, esta representado por três nós a saber:
1o O nó físico - umbigo
2o O nó psíquico - o ânus
3o O espiritual - no grande artelho do pé esquerdo, onde se fecha a nossa aura.

Estes representam os três círculos mágicos e se manifestam dentro dessa relação


que representa o homem, o demoníaco e o Divino.

Os ocultistas, os iniciados e os agnósticos sabem que o macho e a fêmea voltarão a


se fundir novamente no grande andrógino, no dia em que se abra outra vez o
umbigo da mulher, para nele penetrar completamente o homem.

O umbigo fala, pois é a boca do nosso sexto corpo.


Certo tipo de sibilas e adivinhos, colocavam o ouvido esquerdo sobre o umbigo das
vestais do templo e interpretavam em símbolos e mensagens os barulhos de seus
ventres.

Os sacerdotes e sacerdotisas do Sol, pintavam no ventre (em ouro, os homens e


em prata, as mulheres), um sol de raios refulgentes cujo centro era o próprio
umbigo.

E não estaria completa esta enumeração se não nos referíssemos àquele


maravilhoso cerimonial do aquelarre medieval, realizado em um altiplano do bosque
onde existisse uma árvore com o tronco oco e furado a uma certa altura, para que
servisse como caverna e altar onde se manifestaria a potestade do demônio.

A Alquimia mostra como era o nosso antecessor, o grande andrógino. Era uma
criação da vida sexual e se bastava a si mesmo para procriar; não tinha porém
umbigo, pois nascia unido por um cordão duplo, que se ajustava ao Chacra Frontal
e ao Coronário, com os quais tinha a sua comunicação mãe-pai. Disto se depreende
que o umbigo é o primeiro símbolo do homem fracionado em suas duas metades,
fêmea e macho, e ao mesmo tempo a peça de engrenagem de ambos. Nos atos do
coito primitivo e quase instintivo, não saberíamos dizer se existia a união dos
umbigos.

CONHECIMENTOS SOBRE A COZINHA DE SANTO

A cozinha de santo nas Nações de Keto, Gêge, Angola, Nagô, Ioruba, Bantos, etc.,
inclusive no Omolocô quando puxado para uma das outras Nações, é bem diferente
das cozinhas profanas, onde se prepara os alimentos do homem em geral.

Há uma série inteira de preceitos do ritual que se há que obedecer. Os utensílios


não são iguais aos da cozinha comum. Por essa razão traçaremos um plano de
organização, colocando em seqüência as coisas que precisam ser observadas para
que tenhamos ORDEM e gozemos das simpatias e estima constante, de todos os
ORIXÁS para os quais preparamos os alimentos, as OBRIGAÇÕES.

Via de regra, a Cozinha de Santo tem os seguintes petrechos, os seguintes


utensílios:

1. MESA OU BANCA onde se colocam os fogareiros à carvão, se na casa não


existe ou não tem FOGÃO DE LENHA. Como medida de precaução e até
mesmo de maior higiene a mesa modesta, ou banca, deve ser forrada de
folha de Flandres (ou folha de alumínio) que evitará seja a madeira
queimada pela quentura dos fogareiros e/ou pelas brasas que escapam pela
grelha; ela pode ser um pouco comprida para comportar, ao lado, um
grande alguidar ou bacia, onde se procede a lavagem dos utensílios, panelas
e louça.
2. Um FOGAREIRO (ou vários) conforme a necessidade, de ferro, para carvão
vegetal. São facilmente encontrados em lojas de ferragens, principalmente
nos bairros mais modestos.
3. PANELAS DE BARRO, vidradas ou simples, ou então de ferro. Nós preferimos
as de barro, como nos tempos passados.
4. AS COLHERES são de pau, de variados tipos. RALOS para coco são de folha.
URUPEMA (peneira) é de taquara e a encontramos em casas especializadas,
o COADOR deve ser de folha.
5. MÁQUINA de moer carne. Atualmente já não se encontra PEDRA DE RALAR,
DE MOER (mó) para triturar grãos e por esse motivo só pode ser resolvido
com um moinho ou pilão (que já é difícil de encontrar). A escumadeira
também é de folha.
6. O FOGAREIRO ou o FOGÃO DE LENHA não se abana para os dois lados,
como na feitura de alimentos profanos; abana-se da Direita para a
Esquerda, a princípio parece difícil, mas em pouco tempo acha-se o jeito.

Constituída ou organizada a Cozinha, vejamos agora a pessoa ou pessoas que nela


vão trabalhar.

As IABÁS ou IABASSÊS, as cozinheiras do Santo, trabalham paramentadas,


vestidas no Ritual. Colocam ao pescoço a Guia ou Guias do Orixá cujo alimento está
sendo preparado ou as guias de seus Orixás.

Se tem-se recursos maiores, procura-se Ter um depósito ou numa dispensa o


material ou ingredientes mais usados para se poder atender rapidamente, ao
pedido ou ordem superior, referente à qualquer obrigação.

Nos depósitos da cozinha de Santo, não devem faltar os seguintes artigos ou


gêneros mais aplicados na alimentação ou nas obrigações:

 Azeite de dendê.
 Azeite de Oliveira (azeite doce)
 Arroz quebradinho
 Canjica
 Canjiquinha de milho vermelho
 Cebolas
 Farinha de mandioca, farinha de guerra, farinha de pau.
 Feijão fradinho, feijão miúdo
 Feijão branco
 Feijão vermelho
 Fubá de milho vermelho
 Fubá de milho branco
 Fubá de Arroz
 Maisena
 Milho alho - para pipocas
 Noz moscada
 Ori
 Pimenta malagueta
 Velas

Antes de começar o trabalho de cozinhar para o santo, a IABÁ, ou filha de fé, ou


filha de santo, acende uma vela ao seu ELEDÁ, próximo ou ao lado do local onde
vai executar o dito trabalho e ao lado da vela, um copo d'água. Se o trabalho se
alongar e a vela terminar, antes que isso aconteça, acende-se outra sobre o toco
que está terminando, uma outra e ao terminar o trabalho, retira-se a vela e o copo
d'água de perto do fogão ou fogareiro, colocando-a no PEJI ou em lugar alto para
terminar, terminada a vela, despacha-se a água em lugar que haja água corrente,
no lavatório, no tanque.

Após o serviço, as brasas dos fogareiros são apagadas com areia, nunca com água.

Organizada a cozinha, poderemos a qualquer momento, preparar a iguarias


originariamente destinadas aos Orixás tal qual são realizadas na fonte doutrinária
da Umbanda e do Candomblé.
A história da alimentação dá-nos uma coleção do que faz mal e uma variada
coletânea folclórica.

 Não se come despido ou sem camisa, é ofensa ao Anjo da Guarda


 Comer com chapéu na cabeça é comer acompanhado de forças negativas.
 Não se come com o prato na mão; a miséria fareja.
 Não se come as pontas dos animais ou aves; são Axés (pertencem ) ao
santo.
 Dinheiro sobre a mesa de refeições provoca miséria.
 Quando cai comida no chão ou escapa do talher e vai ao solo é sinal de que
existe parente passando necessidade.
 Não se apanha alimento que cai ao chão. É das almas.
 Recebe-se o prato com a mão direita; é benção do prato cheio (C. Cascudo)
 Pão não se joga fora; é corpo de Deus.
 Donzela não serve sal, não corta galinha, nem passa palitos; custa a casar.
(C. Cascudo)

Relativamente à cozinheira, prescrevem:

 Não se mexe alimentos que estão cozinhando, no sentido da mão esquerda,


senão desanda ou encrua.
 Não se mexe comida de Exu com a mão direita, para não absorver fluídos
negativos.
 Antes de começar a cozinhar para o santo, faz-se o sinal da cruz, tudo
correrá bem.
 Não bata com a tampa da panela quando estiver cozinhando, afugenta a
proteção.
 Quando a comida não quer amolecer, coloca-se na panela, três caroços de
milho, amolece rápido.
 Não deve cozinhar para o santo: os homens de corpo sujo e as mulheres de
corpo aberto; Corta o efeito das obrigações.

Há uma porção de determinações referentes ao ritual de Umbanda e do Candomblé,


assim:

1. Não se cortam aves ou bichos de quatro pés a não ser nas juntas. O santo
recusa.
2. Obrigação mal feita ou mal arriada, paga-se em dobro.
3. Quando se arreia uma obrigação na encruzilhada, não se volta, nem se
passa pelo mesmo caminho durante 24 horas, para não pegar os miasmas
de retorno.
4. Antes de se sacrificar um animal (quando necessário) nos terreiros, manda-
se limpá-lo com o Otí correspondente, sem isso o santo não aceita.

O Sacrifício de aves e/ou animais só são aplicados em último recurso, pois que
atualmente procura-se fazer Imantações com base em Frutos e/ou Pedras preciosas
dos diversos Orixás; que será assunto de uma futura pesquisa.

LILITH

Na tradição cabalística, Lilith seria o nome da mulher criada antes de Eva, ao


mesmo tempo que Adão, não de uma costela de homem, mas ela também
diretamente da terra.

Ela se tornará, como veremos, instigadora de grandes conflitos e amores ilegítimos;


a perturbadora de leitos conjugais. Representará, ademais, a mulher desdenhada
ou abandonada por causa de outra, os ódios contra a família, o ódio aos casais e
filhos.

Evocando a imagem trágica das lâmias da mitologia grega, não pôde integrar-se
nos quadros da existência humana referentes as relações interpessoais e
comunitárias.

Suas origens longínquas se situam na velha Babilônia, onde os antigos semitas


adotaram as crenças de seus predecessores, os sumérios, e está ligada aos grandes
mitos da criação.

Laços estreitos a unem à serpente: lembranças de um culto muito antigo que


honrava uma Grande Deusa, ou Grande Mãe, ou Grande Serpente - potência
cósmica do Eterno Feminino adorada sob o nome de Astartéia, Ishtar, Innana etc.

A palavra suméria lil (vento, ar, tempestade) pode ser entendida no mito como o
vento ardente que, segundo a crença popular, punha em febre as mulheres logo
após o parto. Lilith foi primitivamente considerada uma das grandes forças hostis
da natureza, parte de um grupo de três demônios, um macho e duas fêmeas.

Foi provavelmente durante o cativeiro da Babilônia que os judeus travaram


conhecimento com esse demônio, ativo principalmente à noite. Além disso, da raiz
indo-européia la (gritar, cantar) deriva o sânscrito lik (lamber) e muitos outros
termos relacionados com a boca, os lábios, a língua. Lilith devora os filhos, e seus
lábios e boca são sempre enfatizados nas obras literárias posteriores.

Também há uma ligação com a palavra grega law, que é relacionada com lux
(latim), light (inglês), licht (alemão), dando uma idéia de luz, ou ver com uma
visão penetrante, ver à noite, libertar-se da obscuridade. Não é à toa que certos
textos fazem Lilith intervir numa estranha busca iniciativa conduzida pelo herói.

Uma das mais famosas figuras do folclore hebreu, Lilith faz, assim, parte de um
grupo de espíritos malignos identificados com a noite.

Foi mencionada pela primeira vez no Gilgamesh, épico babilônico de 2000 a. C.,
aproximadamente.

Ora representada como uma prostituta de seios secos, que não podia ter filhos; ora
como uma linda jovem com pés de coruja, o que identificava sua vida noctívaga. É
uma ninfa vampiro da curiosidade, que a seu bel-prazer arranca ou recoloca os
olhos, e a que dá aos filhos do homem o leite venenoso dos sonhos. Conhecida
também como Lua Negra, é comparada à sombra do inconsciente, aos impulsos
obscuros. Devora os recém-nascidos, devorada ela própria pelo ciúme.

No Talmude, século 6 a. C., mesmo pouco havendo sobre ela, aparece como a
primeira mulher de Adão.

Conta-se que, feita do mesmo barro que moldou Adão, não se deixou subjugar por
ele durante o primeiro intercurso sexual, levando-o a se sentir repelido e desejoso
de outro tipo de companheira. Lilith queria fazer valer seus direitos de ser também
uma criatura de Deus. E apresentava sua opinião e sua palavra como tão
importantes quanto as de Adão.

Ficando a situação insustentável, dizem que fugiu para o Mar Vermelho, o lar dos
espíritos malignos. Teve muitos filhos, chamados lilin. Deus enviou três de seus
anjos - Senoy, Sansenoy e Semangelof - mas Lilith se recusou a voltar se fosse
para continuar a situação anterior. A fuga, então, converteu-se em expulsão.

Passou a ser considerada um vampiro, pois tinha poderes sobre os bebês e os


homens que dormem sozinhos. Para escapar de sua maldição, as mulheres
grávidas protegem suas crianças mesmo antes do parto com uma medalha gravada
com os nomes dos três anjos do Senhor.

No Zohar, o mais influente texto hassídico (de seita religiosa de tendência


carismática fundada pelo rabino Israel Baal Shem-Tov no séc. XVIII, e que se
caracteriza pela alegria em servir a Deus, com danças e cantos), aparecendo como
succubus, acreditava-se que Lilith estava junto às crianças que riam dormindo e daí
o perigo de morrerem em suas mãos.

Durante a Idade Média suas histórias se multiplicaram. Era identificada, por


exemplo, como uma das duas mulheres que foram ao rei Salomão para que ele
decidisse qual das duas era a mãe verdadeira da criança que ambas reivindicavam.

Uma forte crença em sua presença foi encontrada entre os elementos mais
conservadores da comunidade judaica do século XIX.

Chamada por muitos de Rainha do Mal e Mãe dos Espíritos Malignos, Lilith é
representante de um ser que aparece na maioria das culturas. As mais antigas,
além dela mesma, incluem a lâmia grega, a langsuyar malaia e também a loogaroo,
a sukuyan e a asema, vampiras da área do Caribe.

Cada uma dessas figuras vampíricas aponta para a origem do vampirismo como um
mito explicando os problemas ocorridos no parto. A história da langsuyar, por
exemplo, conta sobre uma mulher que dá à luz uma criança morta. Perturbada,
voava para as árvores e vez por outra se tornava a praga das mulheres grávidas e
de suas crianças.

Cada uma, entretanto, evoluiu de forma diferente e, em algum ponto, assumiram


as características de uma linda e sedutora jovem que atraía os homens para sugar-
lhes a vida. Moravam incógnitas nas comunidades levando uma vida
aparentemente normal durante o dia, mas operando como vampiras à noite.

Um dos relatos mais famosos de uma lâmia é o de Philostratus, em seu The life of
Apollonius. Na história, Menipo de Gadara (filósofo e satirista do séc. III a.C.), um
dos discípulos de Apolônio, é atraído ao casamento por uma linda e rica jovem, mas
salvo pelo sábio mestre, escapou na verdade de uma verdadeira vampira.

À medida que a história do vampiro se tornava mais relacionada ao fenômeno da


morte de um ente querido, ao contrário de estar simplesmente associada aos
problemas de parto ou aos problemas de homens errantes, prontos para serem
seduzidos, e ao lado das modificações das sociedades que passavam de matriarcais
para patriarcais, a vampira deu lugar à figura do vampiro masculino.

Além de mencionada no Antigo Testamento, outro texto fundador onde aparece o


mito é a Cabala, por volta de 1600, onde vemos Lilith unir-se a Sammael.

A literatura interessa-se sobretudo por Lilith revoltada, que, na afirmação de seu


direito à liberdade e ao prazer, à igualdade em relação ao homem, perderia a si
própria, assim como perde aqueles que encontra.
O mito de Lilith tem por função afastar dela os homens, alertando-os do perigo que
representa para eles. Sua função principal, contudo, seria alertar as mulheres:
aquela que não segue a lei de Adão será rejeitada, eternamente insatisfeita e fonte
de infelicidade. Dessa maneira, rejeitada pela sociedade dos homens, deseja fazer-
se conhecer, se necessário for, pelo avesso, ou seja, pelo mal que lhes faz.

A confusão de Lilith com Ísis, adorada como Grande Mãe que cura e salva, e com
outros mitos de ambivalência benéfica-maléfica, faz lembrar que seus efeitos sobre
a vida humana dependem em grande parte da perspectiva em que os homens a
inscrevem. E do olhar com que a encaram.

Lilith nos lembra eternamente que as forças do mal respondem às forças da vida, e
que tudo se equilibra - dia e noite, trevas e luz, masculino e feminino.

Lilith nos diz, ainda, que há sempre algo a descobrir, com resultados benéficos, em
qualquer parte da criação.

QUAL É A ORIGEM DA NOSSA MATÉRIA?

A origem de nossa matéria está na crença da lenda dos filhos do Omolocô: Ali diz,
nossa matéria veio dos sete planetas. Então não foi Deus quem fez o homem à sua
imagem e semelhança, mas sim este, que humanizou a divindade.

Então, a que é devida esta forma de animal superior, chamada homem? Pois o
humano ou humanóide, são denominados de homens em cruz, princípio básico pelo
qual Jesus morreu desta forma.

Porém uma coisa é certa:

A mesma força existente na natureza, suas essências, acham-se no denso corpo


físico do homem, na sua estrutura de matéria sólida, líquida, gasosa.

As mesmas essências químicas existentes nos sete planetas, também estão na


constituição humana, ou qualquer substância ou poder que naqueles planetas
existam em desenvolvimento ou estado latente.

Mas, será puramente uma evolução fisiológica o fato de que o homem seja como é?
Não haverá em nosso reino animal, alguma outra forma mais alta ou mais baixa,
mais bonita ou mais feia, que pertença a alguma outra galáxia que contenha maior
numero de seres humanóides que de outras formas? Seremos nós os mais
perfeitos, deduzindo daí que nos pareçamos a Deus?

Os alquimistas dizem que o homem terrestre se formou fisicamente quando o barro


foi se adaptando à sua forma espiritual, fato esse do qual podemos tirar o
ensinamento seguinte: Nosso corpo espiritual, que hoje se adapta à matéria, foi
anteriormente o molde pelo qual esta se formou, razão pela qual a sua forma é
mais antiga que o próprio corpo.

Qual foi então a origem da nossa matéria, a não ser aquela dos filhos do Omolocô?

Eis aqui um dos ensinamentos mais secretos e uma das revelações mais
transcendentais dos mestres alquimistas:
Observar que o primeiro parto de Deus é sempre esférico e por esse mesmo motivo
o são também os sóis e planetas; mas a vida individual tem, primeiramente, uma
formação ovóide.
Depois, em seu afã liberatório, os raios começam a se manifestar como ondas de
energia, criando-se então a estrela de cinco pontas, verdadeira representação do
homem em cruz, e que Agripa nos mostra com muito mais clareza do que qualquer
outro ocultista.

Vejamos agora o grande dilema exposto por alguns ocultistas do passado. A Terra é
um ser, divino como todos os planetas, e sobre o qual nós habitamos. Se a Mãe
Terra, a quem nós devemos adorar e respeitar, tem cabeça, onde estaria ela? A isto
poderíamos responder que todos os sábios afirmam que houve uma mudança de
pólos que achatou a Terra; e os ocultistas sabem que a Terra, inicialmente esférica,
tornou-se ovóide com o continente da Miocena, sua cabeça crística. E nela, pela
transformação do Pitri, nasce então o homem, que posteriormente será destruído
como um castigo dos próprios Elementais da Terra, que se tornará então achatada
nos pólos e alargada no equador.

Este fato, porém, se realizou apenas no seu conceito periférico físico, já que as
observações feitas por astronautas nos revelam que, desde a estratosfera, a Terra
tem a forma de uma pêra, donde podemos configurar a cabeça espiritual do nosso
planeta.

Afirmam os livros sagrados a existência de quatro luas no passado; o choque de


algumas delas com o nosso planeta, deu origem à destruição dos continentes hoje
submersos.

Que luas seriam essas? Nada mais que os braços e pernas da nossa Mãe Terra, que
ao se desprenderem, em sua individualidade, voltam à forma esférica por se
tornarem filhos do planeta; mas pela força de atração desse mesmo planeta,
chocam-se com ele.

Somente resta à nossa mãe planetária uma única extremidade; a Lua, conhecida
por nós.

E o medo constante de alguns ocultistas de que seja ela a causadora de uma nova
catástrofe.

Fica pois, claro, que as estrelas e sua irradiação são a origem dos braços e pernas.

Vejamos agora qual a diferença entre a cruz de Jesus e a de Santo André, em


forma de X; é que, enquanto esta última pretende a irradiação do equilíbrio dos
quatro elementos, a Cristã se expressa num sentido de manifestação só ao alto
cosmo, cerrando o baixo a tudo o que ele representa.

Compreendemos portanto a necessidade que o homem tem de seguir as formas de


Deus na evolução e o porque da corporificação dos homens para com a divindade,
mal chamada de idolátrica.

CONHECIMENTOS SOBRE A NAÇÃO NAGÔ

Certos Orixás Nagôs, oferecem banquetes anuais, uma comunhão primitiva,


rudimentar, à gente da casa.

Os mais conhecidos desses repastos comunais, muito concorridos e apreciados


pelos aderentes do Candomblé, são: o Pilão de Oxalá (moço) em que predomina o
milho branco (ebô), e o olubajé de Omolu-Obaluaê, em que o elemento principal, é
a pipoca. O Candomblé de Ogunjá (Procópio) encerra as suas festas com a feijoada
de Ogum, outra comida coletiva.

O Caruru de Cosme e Damião, embora somente para crianças, se enquadra nesta


categoria.

Os dias da semana são distribuídos, de acordo com a tradição Nagô, pelos vários Orixás,
obtendo-se o seguinte quadro:

Dia da semana Orixá


Segunda-feira Exu e Omolu
Terça-feira Nanã e Oxumarê
Quarta-feira Xangô e Iansã
Quinta-feira Oxóssi e Ogum
Sexta-feira Oxalá
Sábado Iemanjá e Oxum

Na tradição Nagô é esta a lógica da combinação dos Orixás. Na terça-feira temos a


chuva e o arco-íris; na quarta, os raios e ventos - a tempestade; na quinta, a caça
e as artes manuais; no sábado, a água do mar e a água doce. A sexta-feira é
consagrada à Oxalá, por influência do catolicismo, mais exatamente do Culto do
Senhor do Bonfim. Na segunda-feira, Exu garante a felicidade dos dias seguintes e
Omolu garante a saúde e o bem-estar, purificando a semana.

O Domingo se dedica coletivamente à todos os Orixás.

Os candomblés Nagôs são comunidades fechadas, no sentido de que não obedecem


a qualquer governo comum, nem à regras comuns.

A autoridade espiritual e moral, emana direta e exclusivamente do Pai ou da Mãe


de Santo, que só reconhece, acima da sua própria autoridade, a dos Orixás. Esta
autoridade absoluta em toda força do termo, o Chefe (Pai ou Mãe) a divide com as
demais pessoas que lá freqüentam, em linhas muito nítidas de hierarquia, que
beneficiam especialmente os velhos e as mulheres.

A Mãe (ou o Pai) escolhe, entre as filhas, suas auxiliares na administração - uma
série de iás (futuras mães-pequenas), que se encarregam de certos serviços
parciais, mas de importância.

Uma dessas auxiliares é a iá-morô, adjunta da Mãe, que a acompanha em todos os


serviços religiosos; duas outras são a Dagã e a Sidagã, a primeira mais velha do
que a segunda, encarregadas do Padê de Exu; outra ainda é a Iá Basse, que
cozinha para os Orixás; e finalmente a Iá Tebexê, que tem a iniciativa dos cânticos
nas festas e giras. É claro que, se essas auxiliares falharem nas usas obrigações, o
ritual perderá com isto.

Quanto ao poder espiritual, tomemos por paradigma um ritual Nagô, que nos oferece o
seguinte quadro:

MULHERES HOMENS
Ialaxé Pegi-gã
Mãe-pequena Axogum
(Iá-quererê)
Ogãs
Alabê
Tocadores de Atabaque
Filha de Santo Filho de Santo
Ebomim
Iaô
Equede
Abiãs

O Pegi-gâ (dono do altar) e a Ialaxê (zeladora do Axé) são personagens


importantíssimas, mas sem funções reais, pessoais, dentro do ritual. Os seus títulos
são uma distinção especial, mas os deveres resultantes dos seus cargos são
delegados à filhas da sua imediata confiança. Teoricamente responsáveis, perante a
Mãe, pelo altar e pelos Axés, o Pegi-gã e a Ialaxê dão idéias e sugerem
modificações para mantê-los à altura das tradições da Casa.

Substituta imediata da Mãe, a mãe-pequena (Iá-quererê em nagô) lhe está


imediatamente abaixo na escala da hierarquia, como administradora civil e religiosa
do Ritual; é sempre a filha mais velha na feitura do santo, lugar-tenente da Mãe
(ou do Pai), a mãe-pequena está em contato mais direto com os filhos, pois a Mãe
apenas fiscaliza, aconselha e dirige o ritual, enquanto a mãe-pequena, executante,
acompanha atentamente a marcha das cerimônias. Também a mãe-pequena é
chamada de mãe pelos filhos que lhe tomam benção e lhe fazem a mesma
reverência devida à Mãe (o Pai).

O Axogum, o sacrificador de animais (o Mão-de-faca), só eventualmente exerce as


suas funções, quando necessário a matança, para cerimônias religiosas.

O Axogum e o Pegi-gã são escolhidos entre os Ogãs da casa, em geral os mais


constantes no auxiliar do ritual, ou os mais dedicados aos Orixás.

Os Ogãs são protetores do ritual, com a função especial e exterior à religião de lhe
emprestar prestígio e angariar recursos financeiros para as cerimônias sagradas. A
maior parte das vezes o próprio Orixá escolhe o Ogã entregando-lhe as suas
insígnias, no nosso caso, o Machado de Xangô.

Abaixo das filhas, há ainda a Equede, a qual fez voto de servidão à este ou aquele
Orixá.

Em último lugar, ficam as Abiãs. Estas não pertencem ainda, realmente, ao ritual.
Estão num estágio anterior a iniciação.

Este esquema de hierarquia revela, sem sombra de dúvida, que as mulheres detêm
todas as funções permanentes do ritual, enquanto que os homens se reservam
apenas nas temporárias e nas honorárias.

Deve-se sempre ressaltar a importância dos velhos - não exatamente das pessoas
de idade, mas das que fizeram o seu santo há mais tempo ou há mais tempo
aderiram ao Ritual.

UMA PORTA E UMA SAÍDA

Para entendermos a grandiloqüência do atributo Pomba; penetremos um pouco


mais na historia sobre Noé.
É com grande vislumbre, que nós conhecemos a missão da Pomba que Noé soltou
depois do Dilúvio; sua missão era ver o equilíbrio da força da natureza as águas
sobre a Terra, isto é, se havia vida sobre a face da Terra.

Depois de sete dias, essa pomba voltou tendo cumprido sua missão, trazendo no
bico um ramo de erva verde.

Entretanto, vejamos de uma maneira informal, passagens que demonstram


claramente que Noé, sendo um homem, mesmo assim foi elevado dentro de um
conceito Divino, sem ser Divino, e para que sua missão fosse bem sucedida ele
necessitou de um intermediário que lhe desse eretismo, entre ele e a esfera Divina
e pudesse agir de comum acordo nos Alto Cosmo e também no Baixo Cosmo.

Assim Noé, possuiu uma porta, uma saída que permitiu a uma divinização
consciente para salvar seu povo do dilúvio.

A divinização de Noé, foi feita na base da justiça, o que indica que o homem, por
alguns meios, consegue divinizar-se sem ser Divino; ou para ser mais claro,
consegue atuar como um deus sem por isso perder o conceito de inteligência que é
algo além dos deuses, porque os deuses atuam em sua potência e não em sua
onipotência, o fazem sempre dentro das características de sua força divina, mas
nunca de sua inteligência, porque a inteligência é uma é um patrimônio doado ao
ser humano; o homem pensa, discerne e atua no conceito que ele supõe de justiça,
seja para o bem ou o mal.

Mas ao contrário, a Divindade, não se apóia nestes conceitos que são todos da
inteligência e da compreensão do homem.

No entanto Noé, apoiou-se nos dois planos, isto é. Força Divina e a Inteligência
Humana, e assim Noé foi assistido por um atributo negativo de Uma Divindade
Positiva.

A grandiloqüência da duidade dos pólos destas Entidades atua exclusivamente no


plano cósmico criando o mapa do que tem que suceder (Dilúvio) sem que os termos
de justiça, bem ou mal, intervenham em absoluto em suas decisões.

Os pesquisadores e os sacerdotes do Culto do Omolocô, vêm observando e


estudando aquilo que é mais necessário sobre a história das religiões ou da
mitologia e das lendas, feitos em que o homem se torna divino e atua
inteligentemente para a defesa de uma causa, de uma raça, de um povo ou de uma
religião, e o faz com tanta ou mais força que um deus, mas no terreno que ele
considera justiça, dentro de um plano de inteligência.

Observou-se como Apolônio de Tiana se desmaterializou diante do Pretor que


queria prendê-lo em Roma, ou ainda como Moisés separou as águas de um Mar
para a passagem de seu povo e as fechou em cima do exército do Faraó que os
perseguia.

Milhares destes casos; as lendas que têm seu fundo de verdade, que aos poucos
nos trará a luz e a verdade do passado remoto.

ALGUMAS EXPLICAÇÕES SOBRE OS CHACRAS

Do aforismo oriental na Umbanda Racional: Querer, Saber, Ousar e Calar têm um


significado especial até agora não revelado e que para mim somente é possível
insinuar. Aqueles que dentre vós tiverem o conhecimento interno, compreenderão
desde logo.

Querer: Esta palavra se relaciona com a realização espiritual última, quando, por
um ato de vontade combinada da alma e do homem inferior, a unificação e a
conscientização são alcançadas. Diz respeito ao centro da base da coluna.

Saber: Esta palavra se refere ao centro Ajnã (Frontal), o centro entre as


sobrancelhas. Uma insinuação é feita nas palavras Que a mãe conheça o Pai. Tem
relação com o matrimônio Celestial.

Ousar: Esta palavra dá a pista para a subordinação da personalidade e tem uma


conexão íntima com o Chacra Solar (ou Solear), o grande centro de distribuição do
desejo e das forças astrais e também o centro principal do trabalho de
transmutação.

Calar: Esta palavra se relaciona com a transmutação da energia criadora inferior,


na vida criadora superior. O centro Sacro (ou Básico) tem que voltar ao silêncio.

Ver-se-á então que para o neófito, os seguintes centros são de capital importância:

1. O Centro Ajnã (Frontal), através do qual a personalidade purificada se


expressa.
2. O centro na base da coluna, que é o centro através do qual se alcança o
completo e absoluto controle e coordenação, através da elevação da
essência purificadora do fogo; o centro Sacro (ou Básico), no qual a força
básica do nosso particular sistema colar, a força de atração de forma para
forma é transmudada, e a força atrativa da alma toma o lugar da atividade
reprodutora criativa material.
3. O centro Solar (ou Solear), o qual, situado no centro do corpo (seu centro
de gravidade), e sendo também órgão do corpo astral e do psiquismo
inferior, reúne todas as forças inferiores e as dirige, sob o impulso da alma,
para seus repositórios superiores.

Eu compreendo que o ensinamento dado aqui seja um tanto abstruso quanto


profuso, mas ele é necessário para poucos, e o número destes aumentará com o
passar do Tempo.

Os Chacras têm três funções principais:

1. Vitalizar o corpo físico.


2. Desenvolver a consciência própria, no homem.
3. Transmitir e receber energia espiritual e transformar o homem inteiro num
estado de ser Espiritual.

- Na iniciação, o centro do Chacra (um ponto de fogo latente) é tocado e a rotação


se torna intensificada e sua atividade passa à Quarta dimensão.

- O corpo astral possui também Chacras que correspondem aos do corpo Etéreo.

- Cada Planeta é um Chacra no corpo de um Logos Solar.

- Nosso sistema solar com as Plêiades e uma das estrelas da Ursa Maior, formam
um triângulo de forças cósmicas, ou seja, um conjunto de três Chacras no corpo
sideral D'AQUELE SOBRE O QUAL NADA SE PODE DIZER.
- A roda Zodiacal é, essencialmente, um chacra cósmico; é um lótus de mil pétalas
de uma entidade cósmica desconhecida, o ser a que me refiro como, AQUELE
SOBRE O QUAL NADA SE PODE DIZER.

1. O Logos Planetário tem sete Chacras, igualmente ao homem.


2. A vida que dá forma ao Reino animal tem cinco Chacras.
3. A vida que dá forma ao Reino vegetal tem três Chacras.
4. A vida que dá forma ao Reino mineral tem um Chacra.

Chacras inferiores subordinados ao Chacra Sacro (ou Básico), o Muladhara:


ATARA - VITARA - SUTARA TALATARA - RASATARA - MAHATARA - PATARA - todos
situados entre o cóccix e os calcanhares e controlam os instintos animais do ser
humano.

- Localização dos vinte e um Chacras menores:

2 Adiante dos ouvidos, onde se unem os ossos da mandíbula


2 Na direção dos seios
Onde se unem os ossos peitorais, próximo da glândula tireóide. (Este, juntamente com os dos
1
seios formam um triângulo de força)
2 Um em cada palma das mãos
2 Um em cada planta dos pés
2 Um atrás de cada olho
2 Conectados com as - gônadas
1 Próximo do fígado
1 Vinculado ao estômago, portanto relacionado com o Chacras solar, mas não é similar a este
2 Vinculados ao baço. Estes formam, em realidade, um Chacra composto pelos dois superpostos
2 Um atrás de cada joelho

1 Poderoso Chacra que está estreitamente relacionado com o nervo vago. Este é
muito potente e é considerado por algumas escolas de ocultismo como um Chacra
principal; não se acha na coluna vertebral, mas próximo à glândula Timo.

1 Um próximo do Chacra Solar e se relaciona com o Muladhara (Básico), formando


assim um triângulo de força com o Svãsbisthana (Solar), o Manipura (Esplênico) e
o Muladhara (Básico).

Observação: Os dois triângulos de força referidos nesta classificação, são de real


importância; um está acima e o outro abaixo do diafragma.

Que passos devem ser dados para conseguir a vitalidade e coordenação dos
Chacras?

Não é fácil esclarecer as atividades paralelas e esotéricas que são o resultado da


construção do caráter. Descreverei as exigências necessárias tão sucintamente
quanto possível, enumerando-as em sua ordem seqüencial e de acordo com a sua
importância sob o ponto de vista do neófito:

1. Construção do caráter, o primeiro e essencial requisito.


2. Motivo justo.
3. Serviço.
4. Meditação.
5. Um estudo técnico da ciência dos Chacras.
6. Exercícios respiratórios.
7. Estudar a técnica da Vontade.
8. O desenvolvimento do poder de empregar o Tempo.
9. O despertar do fogo Kundanlini.

OS CHACRAS E AS DOENÇAS FÍSICAS

Com referência às enfermidades físicas e sua relação com os Chacras (considerados


como pontos focais para as energias que chegam de qualquer fonte) seria útil que
fizéssemos certas e amplas considerações, lembrando que elas podem ter
exceções, sobretudo no que diz respeito à boa ou má saúde dos neófitos:

1. Cada um dos sete Chacras principais, rege ou condiciona - seja do ponto de


vista da matéria ou mesmo da alma e do princípio vida - a região do corpo
físico onde está situado, incluindo os muitos Chacras secundários e plexos
de força que ali existem.
2. As três grandes e básicas divisões manifestadas da Divindade, acham-se
simbolicamente presentes em cada Chacra:
a. O princípio vida, o primeiro aspecto, aparece quando o Chacra tenha
se desenvolvido completamente ou despertado exotericamente.
Sempre está presente em estado latente, mas não é um fator
dinâmico que produza estímulo monódico para finalizar o grande ciclo
de evolução.
b. A qualidade ou aspecto da alma aparece gradualmente no processo
de desenvolvimento evolutivo e produz, no Tempo e Espaço, o efeito
definido que o Chacra exerce sobre seu meio ambiente. Esta
qualidade depende do Raio (seja o da personalidade ou o da alma)
que origina a energia entrante, ou do Raio que rege o corpo astral,
no caso de uma pessoa pouco evoluída, e também do grau de
evolução e da influência radiada de outros Chacras.
c. O aparecimento no corpo Etéreo de um Chacra desenvolvido ou em
desenvolvimento, indica a posição que o homem ocupa na escala
evolutiva, sua filiação racial e sua meta consciente; esta última pode
abarcar desde a ênfase, posto sobre a vida sexual, e a conseqüente
atividade do Chacra Básico, até a meta do iniciado, que põe em
atividade o Chacra Coronário. Tudo isto produz um efeito
conseqüente sobre o tecido circundante, a substância e as formas
orgânicas dentro do Raio de influência do Chacra. A zona de
influência varia de acordo com a atividade do Chacra e este depende
do grau evolutivo alcançado pelo indivíduo e do preponderante tipo
de energia ao qual ele reage.
3. A energia entrante se transmuta e forças dentro do Chacra. Isto implica num
processo de diferenciação, onde a energia primária envolvida se converte
em energias secundárias, o que ocorre automaticamente; a rapidez do
processo de transmutação, a potência da resultante acumulação de forças e
a atividade radiada (que produz resultados condicionados no corpo físico
denso) dependem do grau de desenvolvimento do Chacra articuladamente
envolvido e se está desperto ou não.
4. As forças que saem de um Chacra atuam sobre a contraparte etérea de toda
a intricada rede de nervos que constituem o sistema nervoso. Estas
contrapartes, de idênticas analogias subjetivas, se denominam nadis na
filosofia hindu; constituem uma complexa e muito extensa rede de energias
fluídicas, um sistema interno intangível, paralelamente ao dos nervos
corpóreos, o qual é a exteriorização de um conjunto interno de energias.
Não existe, entretanto, uma tradução em nenhum idioma para a antiga
palavra nadis, devido a que existência deste sistema subjetivo ainda não foi
reconhecido, e no Ocidente, prevalece o conceito materialista dos nervos
como um sistema criado em resposta à um ambiente tangível. O conceito de
que estes nervos são o resultado físico denso de um mecanismo interno e
sensível de resposta é, entretanto, muito indefinido e não reconhecido pela
moderna ciência ocidental. Quando esta substancia sutil (composta de fios
de energia) for reconhecida como subjacente nos nervos tangíveis, teremos
progredido em nossa abordagem ao problema da saúde e da doença,
aproximando-nos mais ao mundo das causas. Esta rede de nadis forma um
mecanismo definido de vida que varia de acordo com o Raio da
personalidade.
5. Os nadis determinam, portanto, a natureza e a qualidade do sistema
nervoso com suas extensas redes de nervos e plexos que abarcam todo o
corpo físico. Os nadis e, em conseqüência, a rede de nervos, estão
principalmente relacionados Dom dois aspectos do equipamento físico do
homem - os sete Chacras principais do corpo Etéreo (o corpo vital que
subjaz no corpo físico e denso) e a coluna vertebral , mais a cabeça. Deve-
se lembrar que o corpo Etéreo (matriz) é um corpo físico, ainda que
composto de matéria mais sutil do que aquela (cópia) que podemos ver e
tocar. É composto de substância ou daquilo que subjaz ou fundamenta cada
parte e partícula do veículo físico denso. Isto, futuramente, receberá a
atenção dos curadores e médicos iluminados da nova era. Quando se
reconheça a relação que existe entre os nadis e os nervos, conjuntamente
com os Chacras da coluna vertebral, então se produzirá uma grande
revolução nos métodos médicos e psiquiátricos. A experiência demonstrará
que quando se obtém uma interação mais estreita entre ambos - os nadis e
os nervos - poderá se controlar mais rapidamente as enfermidades.
6. Os nadis no corpo etéreo correspondem à vida ou aspecto espírito; os
nervos são a analogia da alma ou aspecto qualidade. O que aparece como
sua exteriorização conjunta é o sistema endócrino, que corresponde à forma
ou aspecto matéria. Os três - nadis, sistema nervoso e glândulas - são as
analogias materiais dos três aspectos Divinos; respondem exotericamente à
estes três aspectos e fazem com que o homem, no plano físico, seja o que
é. Os três estão também condicionados (por ação dos sete Chacras, como já
vimos) pelos veículos - astral ou mental, ou pela personalidade integrada,
ou pela alma - que começa a utilizar a personalidade como agente
transmissor e transmudador e, ao finalizar o caminho do discipulado - pela
Mônada, via antahkarana, empregando este caminho auto criado, como um
canal direto de comunicação com os sete Chacras e dali com o triplo sistema
de nadis, nervos e glândulas.
7. Estes três sistemas maiores dentro do ser humano, expressam, por meio do
corpo físico, a condição ou grau de desenvolvimento dos Chacras. A vida, a
qualidade e a energia que representam, são distribuídas por todo o veículo
físico mediante a corrente sangüínea. A ciência moderna já esta
reconhecendo como uma realidade o fato de que a corrente sangüínea
distribui certos elementos liberados pelas glândulas. Ainda não reconhece o
fato da relação que existe entre as glândulas e os Chacras, com o sistema
de nadis e nervos. O próximo grande passo que dará a medicina, será o
reconhecimento da realidade do corpo etéreo, substância física que subjaz
na matéria densa.
8. Quando os Chacras despertam no corpo, aparece então um sistema nervoso
altamente elétrico, que responde imediatamente à energia conduzida pelos
nadis, cujo resultado será um sistema endócrino bem equilibrado. A
vitalidade e a vida que fluirá através do corpo será então tão poderosa que
automaticamente o corpo físico ficara imune às enfermidades, sejam natas,
hereditárias ou de origem grupal. Com estas palavras, expressa-se uma
probabilidade futura e não uma possibilidade imediata. Algum dia, o homem
coordenará perfeitamente os três sistemas, que responderão fisicamente ao
mecanismo interno de nadis e Chacras, e se integrará conscientemente com
a alma, e mais tarde - por meio do anthakarana - com o princípio da vida.
9. Atualmente há um desequilíbrio e alguns Chacras ainda não despertaram,
outros estão super estimulados e os Chacras abaixo do diafragma super
ativados; em conseqüência temos zonas inteiras do corpo em que ao nadis
estão em estado embrionário, em outras estão altamente energizados, mas
suas emanações detidas por algum Chacra, em que o trajeto de sua
atividade ainda não despertou - ou, se o fez - entretanto não é irradiante.
Estas condições produzem poderosos efeitos sobre o sistema nervoso e
glândulas, resultando em alguns casos, em super estimulação e, em outros,
condições anormais, falta de vitalidade, hiperatividade e outras reações
indesejáveis, que produzem inevitavelmente enfermidades. Tais
enfermidades surgem dentro do próprio corpo, como resultado das
tendências hereditárias inerentes (ou deveria dizer nativas) ou
predisposições existentes no tecido corpóreo, ou aparecem como resultado
da irradiação ou não dos Chacras, que atuam através dos nadis; podem
também originarem-se como resultado dos impactos ou contatos externos
(tais como enfermidades infecciosas ou contagiosas e epidemias). A pessoa
é incapaz de resistir devido a que seus Chacras não estão desenvolvidos.
10. Resumindo: Enfermidade, incapacidade física de todo tipo (logicamente
excetuando-se as que se devem a acidentes e, em certa medida, à
condições planetárias que provocam epidemias de natureza peculiarmente
virulenta, como as produzidas freqüentemente pelas guerra) e os numerosos
e diversos aspectos da má saúde, podem-se atribuir à condição dos Chacras,
pois eles determinam a atividade ou a passividade dos nadis que, por sua
vez, afetam o sistema nervoso fazendo com que o sistema endócrino seja o
que é no indivíduo, e a corrente sangüínea a responsável por distribuir esta
condição à todas as partes do corpo.

OS DOZE MINISTROS DE XANGÔ

Apresentamos um trecho da Lenda de Xangô.

Este tema vem mostrar, o conteúdo simbólico referente aos Doze Ministros de
Xangô, dentro da Cabala da Umbanda.

Os Reis Iorubanos reivindicam Xangô como ancestral. Ele foi o quarto Rei
legendário do Oyó. Diz a lenda que Xangô tinha poder de fazer cair o raio à
vontade. Ele possuía, igualmente, os talismãs que lhe permitiam emitir fogo e
flama pela boca e narinas, e foi assim que Xangô ganhou diversas guerras e anexou
os territórios vizinhos do seu reino.

Oyó, capital de Iorubá - antigamente simples acampamento dos Nagôs, para a


doma de búfalos - era governada por Abiodum, um dos primeiros Reis do povo
Nagô, ele era amigo do seu povo, pois prosperava à olhos vivos e vistos. Com sua
morte, sucedeu-o Awolé, que afinal, este abdicou em favor de Arogangam. Foi
então que surgiu Bêri, depois chamado Xangô, daí por diante o povo passou a
obedecê-lo em vez do Rei.

Xangô é o Orixá justiceiro, castiga os mentirosos, os ladrões e os malfeitores.

Na época de seu desaparecimento, houve uma tempestade de violência nunca


vista, desabou sobre o mundo com trovoada e relâmpagos e raios, provocando uma
grande chama na Terra; os homens da nação Nagô tiveram medo, e exclamaram:
Xangô se tornou um Orixá; em seu desaparecimento Xangô leva consigo as
favoritas, entre suas mulheres, Oxum e Oyá, para as nuvens.

Depois do seu desaparecimento, formou-se um Conselho de ministros encarregados


de manter vivo o seu culto.
Esse Conselho foi organizado com os Doze ministros que, na Terra, o haviam
acompanhado, Seis do lado direito, Seis do lado esquerdo.

Seus nomes dentro da Cabala de Umbanda:

Lado direito Lado esquerdo


Abiodum Are
Onikôy Otum
Aréssa Onanxôkum
Onanxokume Oko
Oba-telá Kaká
Olugbam Nfô e Ossis Onikôyi

Juntos, formam a geração onde os Doze Ministros, vêm representar:


Os do lado direito : Os Mestres
Os do lado esquerdo: Livre Arbítrio

REIKI

O que é REIKI?
Reiki é um método Oriental, natural e eficiente de curar, equilibrar, restaurar e
aperfeiçoar, criando um estado de harmonia. Utiliza-se Energia Vital – Universal,
visando trazer e manter a saúde física, emocional, mental e espiritual.

Quais as vantagens e benefícios?


1. Utiliza energia neutra (sem polaridade).
2. A energia não é manipulável: o Reikiano simplesmente coloca as mãos e a
energia flui na intensidade e na qualidade determinadas pelas necessidades
do paciente.
3. O treinamento da técnica é rápido, podendo ser aprendido e praticado por
pessoas de qualquer idade, inclusive por pessoas doentes (doenças
hereditárias).
4. Não é um sistema religioso, filosófico com restrições ou tabus. Independente
de raça, cor ou posição social. Não utiliza talismãs, preces, mentalizações ou
qualquer outro objeto, para a sua aplicação prática.
5. A técnica nunca fica obsoleta. É a mesma há milhares de anos.
6. Sem diagnóstico: o Reikiano não necessita conhecer a patologia para efetuar
o tratamento com sucesso e obter ótimos resultados.
7. Sempre seguro com todos os tipos de tratamento e terapias, aumentando os
efeitos positivos destas e minimizando os negativos.
8. Não é necessário despir o paciente (que deve usar roupas claras).
9. Atende ao homem de uma forma holística (corpo, emoção, mente e
espírito). Atinge todos os corpos áureos, equilibra os Chacras, desbloqueia
os Nadis e os canais elétricos do corpo.
10. Promove a expansão de consciência, levando a pessoa a prestar mais
atenção em si mesmo.
11. Rompe (de certa forma) tempo e espaço, permitindo reprogramar eventos
passados e coordenar os futuros.
12. O Reiki não visa apenas a suspensão da patologia, mas a volta à um estado
natural e desejável de bem estar e felicidade.
13. A cura é promovida pelo próprio paciente, através da ativação do Sistema
Imunológico e do restabelecimento do fluxo da energia KI pelo corpo. O
Reikiano apenas conduz a facilitação do processo de cura.
14. Reiki é energia e não desgasta o Reikiano.
15. Serve para o auto-tratamento, tratamento de outras pessoas, plantas e
igualmente de animais domésticos.
16. A energia pode ser enviada à distância.
17. Pode-se usar o Reiki à todo o momento e em todos os lugares: no metrô, no
ônibus na sala de espera, etc...
18. O Reiki pode ser utilizado para a limpeza de ambientes.
19. O Reiki, está inserido no contexto das práticas terapêuticas alternativas,
reconhecidas pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

A Fonte de energia de Reiki é o Cosmos, é DEUS, ou seja, é ilimitada.

Observações: Tanto o Reikiano como o paciente, devem abster-se de carne


vermelha, álcool e fumo, 24 horas antes da aplicação da técnica.

A COR NO OCULTISMO

Qual o sentido existente na predileção de cada pessoa por determinadas cores?


Poderá influir em nosso futuro, o fato de nos rodearmos de uma cor ou de outra?

Investigação sobre as cores


Hoje sabemos que a cor dos objetos depende da onda de luz que refletem, mas até
meados do século XVII, a natureza das cores permanecia sendo um mistério
insolúvel. A primeira investigação sistemática se deve à Isaac Newton, que por
volta de 1648 conseguiu decompor uma face de luz clara e tornar a recompô-la
mediante um sistema de lentes invertidas. Era a primeira vez que se realizava esta
operação e dela Newton deduziu (que naquela época contava então com pouco
mais de vinte anos) que o espectro das cores do arco-íris, já se encontrava dentro
do primitivo raio de luz. No século XX, a Psicologia deduziu importantes
conseqüências sobre a influência das cores no comportamento humano, coincidindo
no essencial, com o que tradicionalmente veio ensinando o ocultismo.

Cor e Religião
Antigamente a cor era tida como representação das forças naturais, de forma que o
vermelho era a representação do fogo, o amarelo era o sol, o verde refletia a
folhagem da primavera e o azul era o reflexo do céu e do mar. Mais tarde, as
diversas religiões, começaram a identificar as cores com suas divindades. Assim
começou a importância do ouro, sempre símbolo do Ser Supremo. Seguindo este
costume, os cristãos representaram a Virgem de branco e azul e hoje,
exclusivamente na Espanha e no Peré, vestem-se desta cor os oficiantes da
cerimônia que se celebra nos dias da Imaculada Conceição. Igualmente se
concedeu ao vermelho, preto e amarelo enxofre, o triste significado das coisas
diabólicas. Os imperadores romanos viram no púrpura o símbolo do poder, tradição
que seguem prelados e cardeais.

Com que pode contribuir-nos a corologia, e como


servir-nos dela?
O ideal seria podermos conhecer a cada momento o cromatismo da aura de cada
pessoa, analisar a cor predominante em determinado instante que vem a ser a
prolongação de nosso estudo da Anima.
Lamentavelmente, apenas poucas pessoas podem ver (sem o uso do Kirliam) a cor
de uma aura e por isso devemos nos contentar em fazer uma análise baseada nas
cores favoritas de cada um. Mas leve-se em consideração que a preferência não só
muda ao longo da história, senão que se modifica geralmente em cada indivíduo
pelo simples transcurso dos anos. As crianças geralmente preferem as cores mais
vivas e chamativas, que depois vão moderando à medida em que crescem. Por essa
razão, a resposta da corologia não pode ser válida a longo prazo. Serve apenas
para indicar o estado de ânimo de um momento que durará tanto quanto nossa
preferência pela cor que tenhamos escolhido. Claro que será difícil que exista uma
preferência exclusiva por uma determinada cor, geralmente ocorrendo a tendência
a várias e então, haverá que analisar os diversos matizes e tendências, dando
prioridade à cor predominante entre as escolhidas.

Vermelho
É a mais forte das cores e seu grande impulso ativo a faz predominar onde se
encontra misturada à outras, impondo seu significado de firmeza e bravura. Em
sentido negativo indica vingança e não ferocidade como normalmente se pensa. Dá
sempre idéia de grande vitalidade que, ocasionalmente, pode redundar em
excessos.
As tendências próprias do vermelho são: a paixão, o impulso, a resistência,
proporciona valor, alegria de viver e amor à aventura. Por isso, aqueles que o
preferem ou se sentem identificados com ele, devem saber controlar-se para que
não se vejam exaltados por um excesso de vitalidade que lhes possa resultar fatal.

Castanho
É um forte matiz do vermelho, que demonstra vigor acompanhado de grande
fortaleza do espírito.
As pessoas dominadas por esta cor, costumam estar cheias de grandes projetos
para realizar empresas grandiosas. São pessoas providas de um enorme espírito de
luta, que, costuma colocar-se em evidência, especialmente quando se choca com
obstáculos que o coloca em clara desvantagem, ou em ocasiões em que se vê
totalmente diante à uma adversidade, a princípio insuperável.

Magenta
É a tendência mais otimista e possessiva das tonalidades derivadas do vermelho.
Reflete uma pessoa desejosa, não de lutar, mas de chegar ao cume antes de
qualquer outro competidor, ainda que para isso tenha que utilizar meios
reprováveis. Trata-se de pessoas dispostas a competir e desafiar à todo o mundo,
com enormes ânsias de êxito. Seu aspecto ativo não se limita à área física, senão
que demonstra igualmente uma grande agressividade no campo mental,
acarretando esforços que seriam impossíveis à outros, especialmente pelo teor de
sua obra.
Seu grande defeito é possuir uma natureza excessivamente volúvel que o leva a
exigir demais por parte dos outros ao seu redor, sem parar para pensar na
conseqüências, nem deter-se muito para verificar do que é capaz cada um.

Escarlate
É a tonalidade mais apaixonante do vermelho e como tudo apaixonante, pode
produzir, desde a natureza mais agradável, exemplo de um modelo de virtudes, até
o ser mais abominável e recusado pela totalidade de todos os que o rodeiam. Não
existe meio-termo naqueles que se relacionam com esta tonalidade. Ou farão
inveja à seus amigos, convertendo-se em líderes inatos por suas qualidades e
simpatia, ou então, ficarão sós, amargurados e abandonados por seus inúmeros
defeitos e pela complexa incapacidade para identificar-se com o resto das pessoas.

Rosa
É uma tonalidade que demonstra mais amor que afeto. Trata-se de naturezas
inclinadas a servir ao próximo, que se entregam totalmente e sentem grandes
desejos de voltar-se em auxilio dos outros, porém, mais por verdadeiro
masoquismo do que por verdadeiras ânsias de cooperação. Quiçá sua última
motivação não seja o resultado final, senão mais um fato de oferecer-se, quase em
sacrifício, daqueles a quem necessitando-os ou não, os cercam.

Laranja
Representa às pessoas extremamente altivas e que possuem grandes doses de
confiança em si mesmas, tanto que quando entram em um local, acreditam que
todos a estão olhando. Não obstante estejam revestidas de boas maneiras,
costumam ser pessoas capazes de impressionar aos demais, razão pela qual se lhes
atribui um êxito enorme em tudo o que implique relações públicas, como o palco e
a política.

Esmeralda
É um verde muito vivo, no qual a adaptabilidade própria dos verdes se transforma
em desejos de aventura. Participa de todo o forte vigor próprio do vermelho.
Costuma caracterizar as pessoas de caráter muito forte, íntegras e insubmissas,
que sabem fazer com que as situações se ajustem às suas necessidades, tirando o
maior proveito daquelas que se ponham a seu alcance, sem que por isso façam mal
ao próximo. São pessoas independentes, cuja determinação lhes faz parecer
simpáticos aos olhos dos demais, mas cuja manifestada individualidade costuma
acarretar-lhes muito poucos afetos sinceros e desinteressados. Desgraçadamente
costumam ser pessoas que jamais encontram o amor, que desejam permanece
solteiras, sendo o tio ou tia preferido dos filhos de seus familiares e amigos.

Oliva
É uma tonalidade opaca e pálida do verde e como todas as cores fracas, costuma
ser uma vibração claramente negativa, em contraste com o brilhante verde limão.
Geralmente define as pessoas que evitam questões, buscando desculpas para seus
fracassos e procurando sempre evadir-se de suas responsabilidades. Dificilmente se
pode esperar ajuda de uma pessoa influenciada por esta cor, que geralmente é um
indivíduo evasivo, com dificuldades de comunicação pela sua inata carência de
aptidões comunicativas.

Maçã
É o mais esperançoso dos verdes, cheio de simpatia, vontade de ajudar e agradar
aos demais. Sempre feliz e desejoso de uma vida o mais agradável possível,
cercado de gente contente e alegre, que geralmente costuma disputar sua
companhia. É a alma das reuniões e festas, procurando sempre agradar aos demais
e fazendo-os rir a cada momento.
Seu único defeito é que se deixa levar por um excesso de romantismo, que pode
fazê-lo perder a visão da realidade.
Verde
É a cor da Natureza, fazendo com os que se sentem atraídos por ele, pessoas
sentimentais e muito simpáticas, facilmente adaptáveis às circunstâncias que os
rodeiam. Mas devem evitar deixar-se levar por uma fraqueza latente que sempre se
acha a espreita e que pode conduzi-los a um excesso de auto-compaixão,
especialmente quando se encontram a meio caminho do triunfo, onde costumam
desculpar-se culpando aos demais daquilo que somente é responsabilidade de si
mesmos.
É uma cor diametralmente oposta ao vermelho. Demoram muito em zangar-se e
raramente chegam a encolerizar-se. Sua característica primordial, é a moderação
em todas as ações. Como a Natureza costumam ser firmes e imutáveis, incapazes
de submeter-se ante a desgraça e impondo constantemente seu grande espírito de
determinação, cheio de serenidade.

Amarelo
É uma cor que goza de muito má fama, quando na realidade não deveria tê-la.
Suas características se tornam mais apreciáveis à medida que se intensifica, sendo
melhor quanto mais viva se refletir. Se tiver uma leve inclinação ao laranja, implica
grande inteligência. O tom dourado é símbolo permanente da realeza. É uma cor a
qual os místicos orientais atribuem o poder de vencer todos os males e afastar
todos os perigos.

Verde mar
É o tom mais escuro e forte dos verdes e por isso, implica certa ofuscação de
propósitos, que podem facilmente produzir com que a inveja prevaleça sobre as
restantes características do indivíduo. Também é propenso a astúcia, que mal
dirigida e desprovida de qualquer prudência, pode resultar extremamente
contraproducente.

Azul
É a cor da sensibilidade, misturada muito freqüentemente com a fé e que faz
aqueles que se identificam com ela, a comportarem-se com tais ânsias de ficar bem
ante os que o rodeiam, que às vezes podem, inclusive, chegar a comportarem-se
mal, precisamente por seu fervor exagerado.
Todo mundo sabe que o azul do céu e do mar é infinitamente variável e isso é uma
característica a mais da personalidade dos que são dominados por esta cor, cuja
atitude mais negativa é a inconstância. Por isso lhes é recomendável concentração
em tudo que empreenderem, encarar seus desempenhos com mais profundidade e
sobretudo, tomar com mais carinho, tudo que fizerem.

Celeste
É a cor da generosidade, a preferida de todas aquelas pessoas que decidem
afastar-se da vida mundana para dedicar-se ao bem e às causas mais nobres. É o
azul em sua mais etérea tonalidade. Realça todas suas qualidades, supõe um
desprendimento absoluto do eu para alcançar níveis que só aos eleitos estão
reservados. É a cor que com mais dificuldade se encontra na aura humana,
denotando a raridade com que aparecem neste mundo, pessoas capazes de
desinteressar-se por si mesmas e encontrar a felicidade no bem-estar alheio.
Marinho
É um tom escuro que denota fortaleza, mas tendendo muito ao preto, poderá ser
símbolo de auto-suficiência. Geralmente, e em seu cromatismo próprio, significa
fidelidade no amor, constância em todas as tarefas e confiança, não só nos outros,
como também digno da confiança alheia.
Trata-se de uma cor própria para as associações e os esforços em comum. Quem
se sete atraído por ele, estará constantemente cercado de amigos e será
precisamente então, quando o marinho dará tudo que leva dentro de si mesmo.

Índigo
Esta cor também é conhecida pelo nome de anil, proporcionada pelo corante
orgânico que leva seu nome e que na antiguidade foi incrivelmente caro e
particularmente apreciado por sua resistência à luz. Representa devoção e afeto,
dividindo com o celeste o mútuo desejo de colaborar e ajudar os demais. Contudo,
nela podem ser encontradas caprichosas características que a distingue da anterior.
Como todas as demais tonalidades azuladas, são pessoas amantes da Natureza,
especialmente do mar. Junto ao qual sabem encontrar a paz de espírito que lhes
carece em zonas fechadas e dentro das grandes cidades.

Violeta
Representa a grandeza e tudo o que nesta vida se tem por importante. Não é uma
cor fácil, como não o são as pessoas que o escolhem. Costumam mostrar-se auto-
suficientes, demonantes em excesso, preferindo o ritual antes que o assunto direto
e são extremamente dados ao protocolo, demonstrando um desapego absoluto pelo
profano e procurando sempre que o ordinário, cotidiano e rotineiro não chegue a
influenciá-los. Tratarão sempre de que sua opinião prevaleça, sem importar-se
demais que a razão esteja ou não consigo. Recusarão todo tipo de críticas sem
sequer buscar qualquer justificação para sua conduta, pois no fundo, pensam que
são superiores aos demais e que o resto dos mortais, não têm direito a julgá-los.

Púrpura
É o matiz próprio da realeza, sendo-lhe aplicável tudo que foi dito em relação ao
violeta, em grau superlativo. Sua capacidade para considerar-se superior aos
demais carece de qualquer limite. Só permitem ser comparados aos deuses, de
quem se consideram uma prolongação, que foi castigada ao passarem uma
temporada neste vale de lágrimas que, certamente não consideram à sua altura.
Só conseguem êxito naquilo que desejam que saiba comportar-se a altura do que
se pudesse esperar deles. No caso de chegarem onde se haviam proposto, mudarão
radicalmente na forma de encarar as coisas, pois já as contemplam desde cima e se
haverão distanciado do resto do gênero humano, que parece ser o que realmente
lhes agrada.

Branco
Tem sido considerado sempre o símbolo da pureza, contudo as pessoas
influenciadas pelo branco se caracterizam por Ter uma mente isenta de
complexidades. Trata-se mais de uma tonalidade neutra que depende muito das
circunstâncias que rodeiam o sujeito e muito especialmente das cores que a
acompanharem. Sua característica primordial será sua desesperante concentração
pelos detalhes, por mínimos e poucos importantes que pareçam. Neste sentido
costumam ser pessoas que dificilmente estão plenamente satisfeitas, porque quase
nada as deixa contentes, mostrando-se muito pouco compreensivas das
circunstâncias que ocorrem com as pessoas que os rodeiam.

Cinza
É o tom da incerteza. Desde o cinza claro, que indica temor, até o mais escuro,
símbolo do Egoísmo, passando pelo intermediário, que pressagia temeridade, trata-
se sempre de uma cor extremamente enganadora. As pessoas incluídas nesta cor
parecem ser conformadas e demonstram uma atitude passiva ante os
acontecimentos, que costuma resultar fictícia, porque sempre estão à espreita para
saltar na menor oportunidade que se apresentar. Revestem-se de uma falsa
modéstia que lhes é imposta pelas circunstâncias, com a qual raramente estão
conformadas. Tudo isso poderia ocasionar um ressentimento profundo daqueles
que se consideram fracassados de algo que não são culpados e dos que costumam
culpar as circunstâncias e aos demais que os rodeiam.

Preto
É a cor do luto e da pobreza, por isso, sendo considerado triste. É também da
formalidade e convenção, proporcionando dignidade sem que isso represente falso
orgulho. É a mais poderosa de todas as cores, aplacando todas as demais, virtude
pela qual é acusada de uma certa displicência e de excesso de poder, com toda
razão e contra as quais se deve lutar.
Entre as pessoas que a escolhem costumam predominar os juizes e legisladores
que, se não são levados pelos defeitos mencionados anteriormente, costumam ser
exemplos de preclaros jurisconsultos pela sábia e sóbria moderação, assim como
por seu controlado equilíbrio.
Seu único defeito será sempre a falta de alegria, que lhes fará parecer como
personagens entorpecidos e carentes do menor sentido de humor, ainda que
tenham um fundo diferente que, contudo, lhes é muito difícil de transmitir aos
demais.

Dourado
Não é uma cor natural, mas sim, sobrenatural. Aparece sempre como símbolo da
realeza ou referente ao mundo mágico. É princípio e fim da alquimia e da pedra
filosofal, aparece sempre na cabala e com ele se realizam os arabescos que
enfeitam os aposentos das estórias das 1001 noites, sendo sinônimo de dinheiro.
Expressa a essência e providência do Espírito Divino, mas tem sido confundido
freqüentemente, por infelicidade, com a própria divindade.
Por apropriarem-se de seus reflexos cometeram-se os maiores crimes e erros da
história e quem cair sob sua influência deverá estar alerta constantemente para
não deixar-se dominar por seus raios.

PEQUENA PESQUISA SOBRE NAÇÕES

Nas diversas Nações, acredita-se num ser superior, um deus supremo, chamado
Olorum (Nagô) ou Zamiapombo (Angola, Congo, Caboclo).

O deus supremo está totalmente identificado com o deus dos cristãos, com quem
se parece muito. Ladipô Sôlankê, estudando os nomes dados a esse ser, na Nigéria,
cita, entre outros, os de Olorum, o mais comum de todos (o dono ou senhor do
céu), Ôlôdumaré (o senhor do destino eterno), Obá Orun (rei do céu), Élêdá
(Criador do Universo), Odudua (ser que existe por si mesmo) e Obatalá (rei ou
ser imortal). Os dois últimos nomes têm sido confundidos por vários pesquisadores.
Com as suas características de criador do mundo, de pai de todas as criaturas, de
senhor dos destinos da humanidade, de ser eterno e imortal, justo e
misericordioso, o deus dos negros iorubas, facilmente encontrou um símile no
deus do Cristianismo.

Este deus não tem culto organizado, nem representação material, exatamente
como nas demais religiões, mas é lembrado, em várias Nações, em legendas e
cânticos, como a inscrição lá iraxé d'orixá abá toutou (acima da coroa do rei, só
Deus), ou ainda Masarinaracihiu (Deus é mais do que tudo) ou a frase nagô Kô si
obá afi Olorum (só há um rei que é Deus).

As Nações de Angola e do Congo e os candomblés de caboclo, em geral


reconhecem como a suprema divindade Zamiapombo (Zambi em Angola,
Zambiampungu no Congo) um ser que já na África, se confundia com Jesus Cristo.

Mais raros são os nomes de Niçasse e Allah, nas Nações de influência Jeje e
Muçulmana, ou nas poucas roças em que ainda perdurem traços dos negros tapas.

Oxalá (na Bahia) identificado como Senhor do Bonfim, e mais raramente com o
Divino Espírito Santo, recebe –como entre os católicos – as homenagens que se
deveriam prestar à Olorum. Chamam-no Orixá Babá, Santo-pai e Babá Ôkê (pai da
colina - a colina do Bonfim). É considerado o pai de todos os Orixás e portanto, avô
dos mortais. Oxalá veste-se totalmente de branco e prata ou níquel e inicia os
rituais de purificação com a água de Oxalá. Surge ou é interpretado sob três
modalidade - Oxalá , o Divino Nazareno crucificado, Oxalufã, velho, arrastando os
pés, de corpo caído apoiando-se em um cajado, e Oxódinhã ou Oxaguiã, moço
desempenado, alegre, como o Deus-menino, com um pilão de metal branco na
mão.

A idéia da grandeza sem par de Deus parece ser predominante na concepção


Iorubá da divindade. Esta mesma idéia da sublimidade de Deus parece Ter criado
outra noção, a de um ser tão supremamente grande, tão majestoso e tão excelente
não se humilharia à ponto de intervir, diretamente, nos negócios dos mortais,
entretanto, o Iorubá crê que ele é o ser que controla o Universo e todas as coisas,
todos os negócios dos homens, e isso por intermédio de vários agentes,
coletivamente chamados de Orixás, a quem , por analogia, imaginamos como os
ministros de um rei na terra - ao pé de Deus, (segundo Ladipô Sôlankê).

Os Orixás nagôs são, em geral, personagens evemeristas, que representam as


forças elementares da Natureza ou as atividades à que se entregavam os negros na
região do Niger.

XANGÔ, representação das tempestades e dos raios, do trovão e das descargas


elétricas, é um Orixá fálico. As lendas correntes, o dão como rei do Oyó e, às
vezes, de todo o povo nagô. É festejado a 30 de setembro. Mora na pedra do raio,
as suas cores são o branco e o vermelho e sua insígnia é um machado com asas.
Além da sua manifestação principal, a mais comum, Xangô pode surgir como Xangô
de ouro, adolescente, forma hoje rara, ou como Airá, velho e alquebrado. Xangô de
ouro se veste das mais variadas cores, enquanto Airá se veste de branco com
barras vermelhas. Identifica-se ora com São Jerônimo, ora com Santa Bárbara, e,
na forma Airá, com São Pedro, na de Xangô de ouro com São João menino. É
ambivalente, macho e fêmea, mas cada vez mais se torna um Orixá masculino.
OXÓSSI, o Orixá da caça, encontra símile em São Jorge e é mesmo representado,
nos candomblés nagôs, pela imagem católica do santo, de armadura e lança em
punho, combatendo o dragão. Traz instrumentos de caça- arco e flecha, aljava,
espingarda, capanga e rabo de boi (eiru) e por vezes bichos de pena pendurados do
cinto. Veste-se principescamente, de manto no ombros. Algumas vezes tem um
chapéu de couro, de feltro ou de veludo. É festejado no dia de Corpus Christ. Mora
no mato, escondido por plantas nativas, e as suas cores são o verde, o azul e o
vermelho vivos

OGUM, o Orixá do ferro, se representa pela sua ferramenta - um feixe de pequenos


instrumentos de lavoura, machado, foice, enxada, pá, picareta, etc. - e se identifica
com Santo Antônio, que na Bahia é capitão do Exercito Nacional. É o dono das
estradas, o Orixá eu abre as encruzilhadas, devido às estreitas relações com Exu,
considerado seu escravo. Solteirão, mora no mato, a céu aberto, - a sua forja
certamente poria fogo a qualquer espécie de teto. Surge sempre com uma espada
na mão e dança com que duelando. A cor é o azul profundo. É o patrono das artes
manuais.

OMOLU, o Orixá da bexiga, e por extensão de todas as moléstias, surge ora como
Omolu, velho, decrépito, retorcendo-se de dor, de movimentos exasperados tardos,
ora como Obaluaê, moço e forte. Traz sempre um capuz de palha da Costa (filá),
que lhe cai até os ombros e lhe oculta a face, empunha um feixe de palha cercado
de búzios (xaxará). Quando Omolu, velho, identifica-se com são Lázaro, outras
vezes com São Beto; quando Obaluaê, moço, com São Roque, outras vezes com
São Sebastião. As suas cores são o vermelho e preto e sua festa dá-se a 16 de
agosto. É um Orixá muito popular - o médico dos negros.

IROCO, a gameleira branca, passou a chamar-se Loco, devido aos jejes. Era
antigamente a morada de um deus, mas agora serve como árvore sagrada, o pé de
Loco, excelente lugar para se deixarem oferendas para os Orixás. Os negros
identificam a gameleira branca, raramente, com Francisco de Assis. Quando surge,
coisa muito difícil de acontecer, dança de joelhos, coberto de palhas da Costa.

OXUMARÊ, o arco-íris, está identificado com São Bartolomeu e é festejado


ruidosamente à 24 de agosto, numa fonte das vizinhanças. Criado por Xangô, tem
para os negros a forma de uma serpente. Veste-se de branco, com enfeites de
búzios e contas amarelas, e traz um tridente na mão.

Os Orixás femininos, são quase todos, Orixás das águas e em geral gozam de larga
popularidade.

NANÃ, a Senhora Santana, festejada à 26 de julho, é considerada a mais velha das


mães-d'água, mãe de todos os Orixás. Suas cores são azul-claro e o branco, e
dança como uma pessoa de idade, como vovó, como se tivesse um menino nos
braços.

IEMANJÁ, a mãe-d'água, se identifica com a Senhora da Conceição e é festejada a


8 de dezembro. Traz enfeites de contas d'água, espada e abebé branco, com uma
sereia recortada no centro; as suas cores são o azul e o vermelho. Sob os mais
diversos nomes (pois nela concorrem mitos africanos, europeus e ameríndios sobre
a mãe-d'água) merece homenagens universais dos negros e em geral do povo da
Bahia. O seu culto se exerce mais em público do que mesmo dentro do Stadium.

IANSÃ, mulher de Xangô, para quem teria vencido uma guerra, se identifica com
Santa Bárbara e é festejada dentro e fora dos terreiros, a 4 de dezembro - dia em
que é certo haver chuvas e trovoadas. Como Xangô controla as tempestades e as
suas cores são o vermelho e o branco. Traz um rabo de boi (eiru) e uma espada de
cobre na mão. É muito popular ente as mulheres, devido ao seu gênio irrequieto,
altivo e empreendedor.

OXUM, o Orixá das fontes e dos regatos, se identifica com a Senhora das Candeias
e tem sua festa a 2 de fevereiro. Traz um abebé de latão. É uma Deusa-menina - e
o seu assentamento no ritual, é nas proximidades da fonte, sempre repleto de
brinquedos. A sua cor é o amarelo cor de ouro. Surge ainda como Oxum-apará, de
leque e espada, e nesse caso é a Oxum que vive na estrada em companhia de
Ogum.

As exceções entre os Orixás femininos, são Oçanhe e Obá.

OÇANHE, a dona das folhas. Veste-se de chitão e as suas cores são o rosa e o
verde. Festejada na terça-feira, traz uma cabaça, fuma, bebe mel e cachaça. É a
encarnação do mato, a Amiga da Folhagem, por isso mesmo é difícil de aparecer.

OBÁ, a Orixá guerreira, está remotamente identificada com Joana d'Arc. Não tem
uma das orelhas, e os negros contam que, mulher de Xangô, menos querida do que
outras, acreditou nas palavras da favorita, Iansã, que lhe disse que, para
conquistar o amor do Orixá, deveria cozinhar a orelha. Traz espada e escudo de
cobre, e com o escudo, com folhas ou simplesmente com a mão oculta a orelha
esquerda.
Outras Orixás menores, como Apô Oká, Iamacê Yamale (mãe de Xangô), Éuá e
Oninlé, quase não aparecem.

EXU (ou Elegbara) tem sido largamente mal interpretado. Tendo como reino todas
as encruzilhadas, todos os lugares escusos e perigosos deste mundo, não foi difícil
encontrar-lhe um símile no diabo cristão. O assento de Exu, que é o casinholo de
pedra e cal, de portinhola fechada a cadeado, e na sua representação mais comum,
em que está sempre armado com as suas sete espadas, que correspondem aos
sete caminhos dos seus imensos domínios, eram outros tantos motivos a apoiar o
símile.
O fato de lhe ser dedicado a segunda-feira e os momentos iniciais de qualquer
festa, para que não perturbe nem deixe perturbar a marcha das cerimônias, e, mais
do que isso, a invocação dos feiticeiros à Exu, sempre que desejam fazer mais uma
de suas vítimas, tudo isto concorreu para lhe dar o caráter de Orixá malfazejo,
contrário ao homem, representante das forças ocultas do Mal.

Ora, na Nação Nagô Exu não é um Orixá - é um criado dos Orixás e um


intermediário entre os homens e os Orixás. Se desejamos alguma coisa de Xangô,
por exemplo, devemos despachar Exu, para que, com sua influência, a consiga
mais facilmente para nós. Não importa a qualidade do favor, Exu fará o que lhe
pedirmos, conquanto que lhe demos as coisas que gosta. Se o esquecemos, não só
não obteremos o favor, como também virará contra nós, todas as forças, que como
intermediário, detém nas suas mãos.

Quando se diz despachar Exu, emprega-se esse verbo no sentido de enviar,


mandar. Exu é como que um embaixador dos mortais. Assim como pode interceder
junto aos Orixás, pode também fazer o bem. Nos terreiros de Nagô (Exu) e de Jeje
(Legba), ele é invocado em língua ou dialeto africano.

Além dos nomes já citados, Exu espírito cultuado universalmente, tem ainda os
nomes de: Môjuba, Ekeçãe, Barabô, Tibiriri, Tiriri, Lonã, Juá, Maromba, Pavenã,
Colobô, Chefe Cunha, Maioral, ...
Nunca se diz que a pessoa é filha de Exu, mas que tem um carrego de Exu, uma
obrigação para com ele, por toda a vida.

IBEJI (ou simplesmente Beji), os gêmeos, são Orixás-meninos, coletivamente


chamados, erês*, beijada ou os meninos, muito populares, surgem sempre depois
da manifestação de qualquer Orixá, como um período de transição para o estado
normal. Crê-se que todas as pessoas têm também um erê, (de Cosme e Damião,
de Crispim e Crispiniano, de Doum e Alabá). Possuída pelo erê, a pessoa fala e se
comporta como criança, para divertimento geral, e depois de um intervalo de risos,
de saltos e brincadeiras, eles se atêm em procurar atender aos pedidos de cada
pessoa.

* ERÊ - Entidade infantil, espírito menor, particular de cada iaô, que nasce durante
a feitura de seu santo, auxilia no processo de iniciação ritual e costuma nela
encarnar após o transe do orixá dono de sua cabeça.

O culto aos meninos já é um costume entre a população dentro e fora dos terreiros,
e sua data comemorativa é 27 de setembro.

Os Voduns jejes, são essencialmente os mesmos que os Orixás Nagôs, mas são
menos conhecidos pelos seus verdadeiros nomes, em virtude da popularidade dos
deuses de Iorubá.

Xangô, entre os jejes, se chama Sobô (Sogbo) e tem por insígnia o machado com
asas; Iroco, a gameleira branca, se chama Loco, nome que é conhecida
universalmente na Bahia; Ogum, o deus do ferro, tem o nome de Gum (Gu);
Oxumarê, o de Ôbédecém; Ibeji os gêmeos, de Hôhô; Exu, o de Leba (Legba); e
assim por diante... Nanã se chama Nanã Buruku, como no Dahomey (Nana
Buluku), e é considerada a criadora do mundo, a mãe de tudo que existe.

Os jejes foram quase completamente absorvidos pelos Nagôs, embora tenham


resistido bravamente à absorção. Na Bahia são apenas três as Roças desta Nação.

Uma figura especial da Nação Gêge, é a serpente Dã, que representa o princípio de
mobilidade (Jerskovits) e é considerada o encanto dos bichos de arrasto (Manuel
Falefá), pois no Dahomey todos os VODUNS têm uma. De qualquer maneira, Dã
está presente nas poucas roças jejes ainda existentes na Bahia. O seu estudo ainda
está por se fazer.

As Nações de Angola e do Congo, têm os mesmos deuses (Inquices) que a Nação


Nagô, mas com nomes e talvez diferenças superficiais de apresentação.

Assim, Ogum é Sumbo ou Nkôce Mukumbe; Nanã, Kêrê-Kêrê; Iansã,


Bamburucena; Oxóssi, Tauamin, Matalumbo ou Congombira; Omolu, Burungunço
ou Kuqúéte-dê, identificado com São Sebastião, ou Tempo; Oxalá, Lembá ou
Kaçubéka; Oxumarê, Angôrô; Exu, Aluvaiá ou Bombonjira...

A Nação de Angola e do Congo não tinham deuses próprios, conhecendo apenas,


remotamente, Zâmbi (Angola) e Zambiampungu (Congo). Há um ou outro Inquice,
apenas de criação Angola ou Congo, e entre estes: Angôrômeia e identificado com
Santa Isabel; Vumbe, as almas dos mortos; Zacaí e Umpanzo, espíritos inferiores
que habitam as árvores...
Os Inquices atuais foram apropriados de outros povos, como os Nagôs e os Jejes,
ou são criações recentes e sem passado.

OS NÚMEROS E O FUTURO
Existe realmente uma numerologia oculta capaz de revelar-nos o que está
escrito no Livro do Destino? Deus joga ou não, os dados da sorte com o
Universo? Que mistério se oculta nos números?

A matemática é uma ciência de estilo mais rigoroso que a lógica; inclusive Galileu
já acertava ao dizer que a natureza estava escrita em linguagem matemática.

Portanto cada indivíduo, cada pessoa, se vê marcado de forma indelével pela data
de seu nascimento, que afetará todo seu futuro, pois trata-se de uma constante em
toda vida do ser humano.

Ninguém, pelo menos com o que sabemos, pode influir em sua data de nascimento;
contudo, fica indefectivelmente afetado pelo dia em que veio ao mundo. O mesmo,
acontece com seu nome. O número do nome, reflete a personalidade de cada ser
em geral, que influi de maneira absoluta sobre as qualidades inerentes expressas
pelo número relacionado com a data de nascimento.

Cabe ainda outra variante de números de nome, que seria a avaliação de um


apelido.

O número do nascimento, é obtido mediante a simples soma de todas as cifras que


aparecem na data, dando ao mês, o seu valor de ordem no calendário: janeiro =1;
fevereiro = 2; março = 3; abril = 4; maio = 5; junho = 6; julho = 7; agosto = 8;
setembro = 9; outubro = 10 ; novembro = 11; dezembro = 12 . Entretanto,
considere-se na hora de somar, que os números 10, 11 e 12, equivalem a somar
cada uma das cifras separadamente, isto é, o primeiro de janeiro de 1981 seria, 1
+ 1 + 1 + 9 + 8 + 1 = 21 21 = 2 + 1 = 3, porque, se a soma dá como resultado
um número de mais de uma cifra, estas devem ser somadas até obter-se um
produto compreendido entre o 1 e o 9.

A cifra a ser encontrada no nome, é obtida pela soma do valor numérico de cada letra
que o compõe, de acordo com o seguinte quadro:

1 2 3 4 5 6 7 8 9

A B C D E F G H I

J K L M N NH O P Q

R S T U V X Y Z</TD

As letras latinas compostas, tomarão o valor das que as formam. Assim a CH


equivale somar 3 da C e 8 da H, ou seja 2.

Uma data... e Um Grande Acontecimento

Devemos ressaltar que, uma vez obtidos os diversos números, se o de nascimento


é maior que o do nome, trata-se de uma pessoa na qual predominam
fundamentalmente as inclinações naturais básicas, que não lhe permitirão
desenvolver as aptidões que sua experiência vá adquirir no decorrer de sua vida.
Se o número do nome é maior que o de nascimento, estaremos diante de uma
pessoa de caráter forte, que se rebela contra o passado e inclusive, contra seu
próprio caráter herdado, incapaz de submeter-se às tradições.

Com a Numerologia, pode-se verificar as características de uma pessoa, mas


também, o que nos destina uma data em particular e se será a mais adequada para
lançar-nos em cheio à uma atividade de qualquer tipo. Para obtermos o número de
uma data (passada ou futura), partiremos de uma cifra obtida no cômputo do
nascimento e nome da pessoa, às quais somaremos a do dia em questão.

Caso o acontecimento seja impessoal ou do tipo histórico, prescindiremos das datas


relacionadas com seres humanos e buscaremos o significado numérico do dia que
nos interesse encontrar.

Um
Antes de Pitágoras, que o chamou de poder criador de todas as coisas e
pensamento do qual emanam todas as idéias, os gregos davam pouca importância
ao um, que consideravam apenas matéria-prima de onde partiam os outros
números. À partir da Escola Pitagórica, se começa a contemplar ao um como
princípio da unidade, o indivisível, o ilimitado em si mesmo e em sua potência, em
uma palavra: DEUS.

Em Astrologia, equivale ao Sol, em Música se identifica com a nota dó; em


Geometria é a linha reta, sendo a cor que representa o raio da luz branca, que é a
síntese das demais cores.

Como número de nascimento, representa a férrea vontade de um homem com


firme decisão para alcançar as metas que se propôs e que, semelhante à linha reta,
costuma estar isenta de sinuosidades e grandes obstáculos.

Como número resultante do nome, indica que as pessoas que o possuem, devem
aproveitar todas as oportunidades que se lhes apresentarem, com a convicção de
que sua vontade férrea lhes fará escalar degraus superiores facilmente.

Dois
Pitágoras denominou-o de multidão, audácia, fonte, fundação, distribuição,
harmonia, paciência, mas já ressaltava seu aspecto negativo em tudo que implica
disparidade, medo, inferno, discórdia e em seu último aspecto, morte. É o princípio
da dualidade e portanto, reflete diversidade, divisão e multiplicação.

Está formado por uma reta e uma curva, que são símbolos do espiritual e material.
Em Astronomia se identifica com a Lua; em Geometria com os lados do triângulo;
em Música com a nota ré, sendo sua cor a violeta.

Como número relacionado à data de nascimento, reflete uma natureza


preferivelmente amável, mas muito propensa a mudanças, razão pela qual implica
disposição mutante e variável, que, caso seja emocional, pode transformar-se em
verdadeiro e autêntico fanatismo.

Como número do dia, é o momento de analisar as diversas alternativas que se


apresentam diante de nossa vista.

Três
É o princípio da Natureza em ação, a transmutação e manifestação de todas as
coisas. Na Grécia, era considerado número sagrado, representante do ato gerador
próprio da união do homem e a mulher. Pitágoras o denominou mãe da música,
mestre da Geometria, razão da virtude e síntese do intelecto.

Está formado por dois semicírculos opostos, portanto, equivalente a um círculo


completo, símbolo da alma. Está relacionado com Júpiter; em Geometria se
identifica com o triângulo eqüilátero; em Música, com a nota mi; sua cor é o
púrpura e na mente equivale às três dimensões.

Como número de nascimento, denota mente clara e intuitiva desde muito pouca
idade, de forma que os sujeitos são capazes de encaminhar sua vida desde
bastante cedo. São pessoas alegres e por isso, costumam levar a vida
agradavelmente.

Como número de nome é sintoma de grande capacidade e êxito em inúmeros


assuntos, bastando para isso que comecem bem planejados. Possuem muita
confiança em si mesmos e em tudo que os rodeia.

Dia muito variável, propício para diversificar as atividades. É bom para os negócios
e também para as diversões. Recomenda-se iniciar nesta data, novo
empreendimento associado à outras pessoas, cujo empreendimento será dividido
entre estas.

Quatro
Representa o princípio da concretização e da realidade. Pitágoras chamou-o de
chave da natureza direita e esquerda, o tudo e cada uma de suas partes,
fundamento da essência dos números e causa de permanência.

Está formado por um triângulo e uma cruz sobrepostos, símbolos de divindade e


matéria. Relaciona-se com Urano; a nota fá; sua cor é o vermelho escuro, sendo
seu conceito mental, tudo o que tem vontade.

Como número resultante do nascimento, reflete uma pessoa onde a cautela própria
daquele que vence todos os riscos inerentes antes de empreender qualquer ação,
predomina. Seus proprietários estão destinados a ser grandes investigadores e
técnicos.

No nome, implica caráter sossegado e tranqüilo, dificilmente alterável, razão pela


qual devem evitar cair na obstinação e teimosia. Devem submeter-se a um esforço
contínuo para seguir melhorando seu caráter e aprender coisas novas.

Cinco
Representa o princípio vital em movimento circular, chegando a ser associado ao
andrógino, o que em si mesmo é masculino e feminino. Assim define Pitágoras,
denominando-o macho e fêmea, aliança essencial. Proporciona amor, desejo e
estímulo para encaminhar-se até onde se deseja.

Está formado por um círculo não concluído em sua base e um semicírculo na parte
superior, unidos por uma linha reta, o que simboliza a união da alma e do espírito,
predominando certa tendência a evadir-se.

Reflete uma pessoa entusiasta e sobretudo, aventureira, com tendência ao


inusitado.
Quanto ao nome, o cinco revela independência de pensamento e de ação. São
propensos a aprender por experiência própria, sem denotar interesse algum pelos
conselhos que lhes pudessem ser dados.

É o dia do inesperado, propício a aventura e que provavelmente revolucionará


nosso meio com acontecimentos cheios de excitação. É o dia para começar novos
projetos e empreender viagens, sempre que tenham um objetivo concreto.

Seis
Segundo Pitágoras, é a perfeição das partes, o suficiente em si mesmo, a verdade e
a harmonia, o matrimônio e a castidade, a virtude e o pecado.

Está formado por um círculo e um semicírculo, representação da alma e do espírito,


que são dois fundamentos humanos. Em Geometria, equivale a dois triângulos
entrelaçados em formato de estrela; seu planeta é Vênus; na Música, identifica-se
com a nota lá; sua cor é o azul e mentalmente equivale ao casamento de idéias.

Como número referido com o nascimento, não é superado por nenhum outro.
Quem o possuir será, com toda segurança, uma pessoa honesta, sincera e
confiável, com uma natureza muito tolerante, buscando sempre a harmonia nas
relações humanas. Gostam dos prazeres da vida, mas quando usufruem destes,
mostram-se dispostos a acompanhá-los com aqueles que se encontrem ao redor.

Associado ao nome, o número seis, promete êxito em qualquer empreendimento


que seja feito de forma a inspirar confiança. As pessoas que o possuem, costumam
liderar aos demais.

É data particularmente benéfica para celebrar convenções, reuniões familiares ou


festas, pois é um número que implica excelentes relações sociais.

Sete
Representa o princípio da reta e da curva, do tempo e do espaço. Segundo
Pitágoras, é veneração, fortuna, oportunidade, integridade, casualidade, voz e
congruência.

É representado por um triângulo e um quadrilátero entrecruzados; em Astronomia


é o planeta Netuno; em Música, a nota si; está associado à cor magenta e no
aspecto mental equivale à lei da coincidência. É síntese no pensamento e
congruência na capacidade de operar.

Como número de nascimento, o sete está sempre unido à uma idéia de inteligência,
freqüentemente, transcendental demais que pode, inclusive, resultar em fantasia.
Sua imaginação leva-os a ser escritores e inventores.

Como número de nome, costuma produzir grandes artistas, cientistas e filósofos.


Devem esforçar-se em projetos acessíveis e realizáveis. Os que levam o sete em
seu nome farão bem em juntar-se com pessoas sobre as quais exercem influência
para obter êxitos comerciais e dinheiro.

É o dia benéfico para filosofar sobre os aspectos mais profundos da vida. O estudo
e a investigação serão extremamente compensados. Nesta data culminarão seus
esforços, os inventores e artistas que houvessem estado muito dedicados em seus
projetos.
Oito
Representa o princípio da evolução e da involução. Da luz e da escuridão. Segundo
Pitágoras, é a harmonia do Universo, inspiração divina e justiça humana, música
das esferas. Diz-se que é o Verbo transformado em ação, em cujo seio descansa a
vida.

Está formado por dois círculos opostos um à outro, símbolo da alma em seu duplo
aspecto: humano e divino. Em Geometria é representado por dois quadrados
entrelaçados, um deles dividido pela metade, formando dois triângulos. Em
Astronomia equivale ao planeta Saturno; em Música, ao meio tom ascendente; sua
cor é o índigo e no plano mental está associado à lei do equilíbrio.

Na Escola Pitagórica dizia-se que existiam oito graças beatificantes para que o
discípulo alcançasse o oitavo grau, e oitenta e oito penalidades para quem não se
fizesse merecedor de alguma delas.

Como número de nascimento, dá idéia de justiça, virtude pela qual os portadores


do oito farão bem em encaminhar seus passos pelas sendas jurídicas. Costumam
ser perfeitos guias e conselheiros.

Como número de nome, implica êxito e prosperidade, sempre que não lhes exija
mais do que são capazes de fazer, que é muito. São pessoas que devem estar
sempre buscando coisas novas para fazer e às quais se dedicar.

É o dia das coisas grandiosas, de iniciar enormes e importantes empreendimentos.


Quase sempre está relacionado ao êxito econômico. Data propícia para relevantes
inversões que impliquem muito dinheiro.

Nove
É o princípio do bom e do mau, o quadrado e o retângulo, a soma e a subtração, a
comunhão do pensador com o pensamento. Pitágoras se refere à ele como oceano
onde os números se movem, horizonte que circunda as coisas, o que não tem
competência e é inigualável.

Está formado por um círculo superior, unido a um semicírculo interno, símbolos da


alma e o espírito, mas com clara ascendência da alma. Seu planeta é Marte; em
Geometria é representado por três triângulos entrelaçados; em Música, equivale ao
bemol; sua cor é o vermelho e na mente, significa tudo aquilo que dá idéia de
culminação.

Como número de nascimento, o nove implica intelecto e êxito no aspecto artístico e


criativo. As pessoas que caem sob sua influência, costumam possuir uma grande
personalidade, que devem aprender a controlar para que seu magnetismo não
desemboque em uma atitude tirânica ou despótica.

Como número de nome, obriga a debruçar-se por altos propósitos, nos quais
ressalte a tendência natural do indivíduo. Devem saber dispor de ambientes
agradáveis e alegres, para que sua força não se apague pelas vibrações negativas
de um meio pouco propício.

É o dia das grandes realizações e epopéias.

Efetivamente, os números constituem todo um mundo aparte, que conta com sua
própria linguagem particular e que possivelmente foi o primeiro idioma que serviu
para relacionar entre si, o gênero humano, contribuição refletida nos alfabetos
primitivos, que se formaram à base de grafismos numéricos emprestados. Hoje,
abandonaram-se quase por completo as tendências cabalísticas referidas à
Numerologia, ainda que, siga existindo a profunda crença de que os números
possuem em si, poderes inatos, independentes do signo que o caracteriza. Um
Poder que se transfere à tudo que existe. Dito poder é, por exemplo, o que faz com
que dois indivíduos nascidos no mesmo dia, tenham muitas possibilidades de ter
um caráter e um destino muito semelhante.

SEGREDOS DO ROSTO

Se a alma é insondável, seu espelho - o rosto humano - reflete muito mais


do que geralmente se acredita. Personalidade, passado e futuro, se
revelam com clareza à um olhar escrutador em mil detalhes sutis. Aprenda
a descobri-los

Quem não observou em duas pessoas parecidas, certas características de conduta


semelhantes? Às vezes se esperam certas atitudes preconcebidas por parte de
pessoas quase desconhecidas, simplesmente porque assim reagiria alguém que se
lhe parece muito fisicamente e cujo comportamento, nos é cotidiano. Certamente,
não se pretende que todos aqueles tipos de pessoas com características mais ou
menos comuns, constituam arquétipos únicos, que tenham uma atitude ante os
acontecimentos, absolutamente exata entre si, mas não se deve tirar toda a razão
ao tópico de que, o rosto é o espelho da alma. Comecemos pelo formato do rosto.

Rosto redondo
Denota caráter no qual predomina a serenidade. A pessoa que a possui, com
certeza, gostará da comodidade e se sentirá atraída pelo luxo e as diversões, ainda
que isso não signifique que a preguiça e o nada a fazer prevaleçam, salvo quando
lhe permitirem suas circunstâncias econômicas. Geralmente é um ser quieto e
tranqüilo, mais voltado a empregar seu cérebro, comodamente sentado, que a ir de
lá para cá em constante movimento. Sua meta é ganhar dinheiro para melhorar seu
nível de vida e permitir-se uma série de prazeres considerados extremamente
caros; contudo, não costumam estar apaixonados por suas riquezas, já que
consideram o dinheiro, apenas como forma de adquirir os luxos aos quais
realmente aspiram.

Rosto triangular
Em formato de triângulo invertido, com o vértice no queixo e amplo nas têmporas.
Reflete, acima de tudo, grande capacidade mental, com rápidos reflexos e
freqüentemente, profundidade de pensamento. Seu campo é o teórico, ainda que
não lhe faltem dotes práticos, especialmente quando se trata de converter em
realidade os sonhos forjados em longas horas de meditação. Predomina entre os
intelectuais e todos aqueles que usam mais da matéria cinzenta do que a força para
seu trabalho. Pode ser encontrado entre os mais famosos cientistas e inventores,
onde seu mais claro expoente, seria Einstein. Contam com grandes dose de
capacidade analítica e costumam ter memória de elefante, o que às vezes levou-os
pelo caminho das oposições com grande êxito.

Rosto quadrado
São as mandíbulas muito amplas e a particularidade de que o caráter se torna mais
áspero quanto mais exaltado estiver. Trata-se de pessoa ativa, na qual prevalece o
movimento, ainda que suas rápidas idéias possam resolver uma situação difícil em
qualquer momento, mas por serem pouco profundas, tendem mais a encobrir erros,
que propriamente encontrar uma solução definitiva. São magníficos negociantes,
capazes de tirar proveito das pedras.
Rosto redondo triangular
Com têmporas amplas e mandíbulas amplas, mas com um estreitamento entre
ambas à altura dos pomos. Trata-se de gente com caráter extraordinário, menos
impetuoso que os de cara quadrada. Possuem uma mente ágil e esperta, com
muitas idéias originais que sempre tratam de converter em realidade. Sua maior
virtude é a versatilidade e adaptabilidade à todos as circunstâncias.

Rosto quadrado retangular


Com têmporas e mandíbulas amplas, mas sofrendo um estreitamento pronunciado
no queixo, que cai para baixo. Contam com a natureza impulsiva que os leva a uma
filosofia de vida baseada em experiências nem sempre muito lisonjeiras.
Afortunadamente, sabem usar a cabeça e não é raro que se dêem dentro desta
classe, importantes inventores e cientistas.

Rosto quadrado arredondado


Com têmporas amplas e mandíbulas arredondadas. São indivíduos ativos e muito
aptos para os negócios. Possuem o caráter mais alegre e mostram uma
despreocupação que no fundo não é justificada, nem verdadeiramente sentida.
Quanto mais ampla seja a parte inferior do rosto, mais egocêntrica será sua
atitude. É recomendável vigiar esse fundo de egoísmo que sempre possuem.

O CARÁTER PELA CABEÇA


Estudado o formato do rosto, passemos a contemplar a morfologia do crânio visto
por detrás. Leve-se em conta que todas estas conformações devem ser agrupadas
para chegar a um completo estudo da personalidade do sujeito, sem que baste
referir-se ao rosto ou à outra parte do corpo.

Cabeça semicircular
Contam com uma natureza impulsiva, são agressivos e não se incomodam em
correr riscos calculados nos negócios, para os quais estão perfeitamente dotados.
Mostram-se confiantes, sempre que conheçam o terreno onde pisam, porque não
acreditam que possam tropeçar, dada a capacidade que se atribuem. Mas devem
cuidar-se bastante para não diversificar demais suas atividades e entrar em campos
que lhes seja totalmente desconhecidos, nos quais agem como se conhecessem
todos os seus segredos.

Cabeça quadrada
É o tipo de crânio achatado por cima e vigoroso nas laterais. Costumam possuir um
caráter muito obstinado, chegando até a obcecação, quiçá por serem
excessivamente cautelosos. Seu maior defeito é a consistência e a teimosia; não há
quem os demova quando colocam alguma coisa na cabeça e se, além disso, são
indecisos, não há quem os agüente, porque nem mudam de opinião nem agem,
submergindo-se em um mar de dúvidas. É recomendável refletir mais seus planos
para não agirem de forma que primeiro se lhes ocorrer.

Cabeça pontiaguda
Terminada em ponta ou em formato de ovo. Apresentam uma grande intuição que
os torna perfeitamente adaptáveis à qualquer circunstância ou condição em que se
encontrem. São excelentes relações públicas e seguramente triunfarão na
diplomacia, o que não os impede de reagir com inusitada energia quando se
enfrentam com alguma injustiça que em geral, não podem tolerar.

O CARÁTER PELO PERFIL


Vejamos agora o que nos dizem os perfis, que como já foi descrito, deverá ser
agregado aos caracteres da cabeça e do rosto:

Perfil convexo
Caracterizado por uma testa e nariz saliente, acompanhados de um queixo
escondido para dentro e quase inexistente. Denota uma mente de reflexos rápidos,
que deseja ver resultados imediatos. Carecem de paciência, o que freqüentemente
lhes impede escutar aos demais, acreditando que sabem de antemão o que se lhes
vai dizer e respondendo previamente, com uma exagerada verborréia. Parece que
gostam de falar constantemente, virtude pela qual adaptam-se facilmente no
campo das vendas como um peixe na água, onde sua habilidade como charlatões
lhes trará excelentes benefícios.

Perfil vertical
Com testa, queixo e começo de nariz na mesma vertical. Expressa uma pessoa
cheia de alma e deliberação, que sabe ponderar sua palavra e suas decisões. Aos
demais costumam exigir razões de sua conduta e de tudo que dizem. Depois se
esforçam em obter suas próprias conclusões, que geralmente são certas, devido ao
muito que refletiram sobre as diferentes posturas a tomar. São pessoas que
buscam sempre o melhor, ainda que a primeira vista, não pareça o mais prático e
que não costumam admitir fracasso ao seu redor.

Perfil côncavo
Denota uma personalidade cuidadosa, especialmente em suas maneiras e modo de
falar, que nunca é precipitado, mas sim, longamente pensado para saber de
antemão o que se dirá. Como sempre acontece nestes casos, trata-se de pessoas
reservadas, cautelosas e que não andam distribuindo simpatia. Sua atitude, pode
fazê-los parecer mais profundos do que são na realidade, escondendo por trás de
seu curto diálogo, um desconhecimento que se esforçam por dissimular. Na
verdade, nunca se intrometem.
Preocupam-se muito por qualquer coisa, sobretudo se é importante, razão porque
costumam ser chamados, especialmente em situações de emergência, para ocupar-
se da circunstância.

PAIS DE FISIONOMIA
Aristóteles foi o primeiro em constatar uma evidente semelhança de caráter entre
as pessoas fisicamente parecidas e não pôde deixar de dedicar à este assunto,
umas páginas que mais tarde foram traduzidas por Miguel Scotto. Mas aquele que
realmente é reconhecido hoje como pai da fisionomia, é Johann Kaspar Lavater, um
músico suíço com enorme sentido de observação, que se dedicou a estudar as
reações dos indivíduos com traços faciais semelhantes e que não demorou em
descobrir a semelhança de comportamentos e atitudes. A intuição dos pintores, já
vinha fazendo algo semelhante. Parece ser, que Leonardo da Vinci, utilizou o
mesmo modelo, para retratar à João e a Judas em sua Última Ceia, após o
envelhecimento que sofreram as facções do jovem modelo por causa de sua vida
dissipada.

UM ESTUDO SOBRE ANJOS

(ANJOS DA GUARDA)
Não é fácil afirmar com precisão a época em que os homens começaram a falar e
acreditar na força dos Anjos.
Em escavações arqueológicas feitas na antiga cidade de Ur (Golfo Pérsico), foi
encontrada uma pedra com a figura de um ser alado, descendo do céu, para
despejar a água da vida na taça de um rei.

Na mitologia grega, encontramos o deus Hermes, com asas nos sapatos e no


chapéu. O povo do antigo Egito, acreditava que a deusa Íris possuía asas, nas quais
seus adeptos iam repousar, quando dormiam.

O Zoroastrismo, afirmava que os Anjos eram extensões e projeções de Deus e


foram criados para ajudar à humanidade.

Segundo a Cabala Hebraica, a chave para entrar nos segredos e mistérios da


criação, é a interpretação numerológica das 22 letras que compõem o alfabeto
hebraico, pois ele representa as várias energias que alimentam e comandam o
Cosmos. Estas 22 letras estão presentes nos Arcanos Maiores do Tarot (Tarô) e se
manifestam por meio de 72 Anjos, chamados também de Gênios Cabalísticos.

Segundo a crença cabalística, desde a hora do nascimento, todos nós temos um


Anjo Guardião que nos protege até a morte física. Cada Gênio exerce um tipo de
influência diferente sobre as pessoas e se revezam, governando a cada um,
durante cinco dias do ano. A cada Gênio, cabem 20 minutos diários e todos nós
possuímos um Anjo Positivo que nos ajuda e protege por toda a vida e um Anjo
Mau, conhecido como Gênio Contrário, que fará de tudo para atrapalhar nossa
evolução e bem estar na Terra.

Segundo Abra-Melin, o Anjo da Guarda não deve ser encarado como uma entidade
própria, mas como o mais profundo sinal do inconsciente, o último Ego, o que é o
mais verdadeiro dos Eus, o Eu paradoxalmente feito à semelhança divina.

Existe um livro religioso chamado ZOHAR que foi escrito por Moisés de Leon, no
século XI. O Zohar afirma a existência dos 72 Anjos que se intercalam, governando
os dias do ano.

Nas lendas judaicas, os Céus (Planos) são geralmente 7, incluindo o Plano Bem
Aventurado, onde Anjos fornecem um alimento chamado Maná.

A idéia de vários céus é afirmada por vários místicos e ocultistas, que apóiam a
existência de vários mundos e dimensões superiores e inferiores que a pessoa
percorre após desencarnar. Nestas dimensões, os Anjos ensinam os espíritos
comuns.

Em 745 d.C. a Igreja Católica proibiu a idolatria aos Anjos de Guarda. Decretou que
somente Miguel, Gabriel e Raphael, poderiam ser invocados, alegando que os
outros Anjos eram falsos. Na época, o Catolicismo estava perdendo seus fiéis e a
crença nos Anjos de Guarda sofrendo uma explosão e virou modismo.

A única forma que a Igreja encontrou para readquirir a confiança dos fiéis, foi
proibir o culto aos sagrados Anjos da Guarda.

Um dos maiores estudiosos de Anjos de que se tem conhecimento, foi Tomás de


Aquino. Ele dizia que os Anjos são espíritos puros, não tem nenhuma matéria ou
massa e que não ocupam nenhum lugar no espaço.

Na Bíblia, os Anjos e suas atuações são mencionadas aproximadamente 300 vezes


e 15 vezes somente pelo Divino Nazareno, JESUS.
Os Anjos têm dificuldade de permanecer na Terra por muito tempo. O que permite
a permanência do Anjo na Terra é a energia e a luz de nossa aura, pois a aura é
para o Anjo o mesmo que o oxigênio para nós. Quando estamos tristes e passando
por dificuldades, nossa aura enfraquece e o Anjo sente dificuldade de atuar, então o
Gênio Contrário, ganha força, nos deixando antipáticos e em dificuldades.

Quando a criança nasce, já foi escolhido seu Anjo protetor que irá acompanhá-la
pelo o resto da vida. Quando existe a possibilidade de um espírito encarnar, a
primeira providência a ser tomada é a consulta aos espíritos encarnados dos
futuros pais da criança. Esta consulta é feita durante o sono e se houver a
concordância, os poderosos Anjos Superiores começam a plasmar o retorno do
espírito. Durante a gestação, é o Anjo da mãe do bebê que protege a criança.
Quando a criança dá a primeira inspirada, após nascer, o Anjo protetor
determinado, passa a protegê-la.

Até os 8 anos de idade, o Anjo de Guarda permanece 24 horas protegendo e


auxiliando a criança, no que for preciso. Neste período a marcante presença do
Anjo da criança, tem a força de deixar o Gênio Contrário sem poder. Após os 8 anos
o Anjo vai se afastando paulatinamente, quando a criança começa a adquirir uma
personalidade definida e criar seu próprio livre-arbítrio. O Anjo pessoal passa então
a voltar à Terra apenas nos 20 minutos que lhe são consagrados, diariamente.

Mesmo acreditando na força e poder dos Anjos, surge-nos sempre uma dúvida:
porque os Anjos não podem ser vistos pela maioria ou praticamente todas as
pessoas?

Uma boa justificativa para isto está no livro Do you have a Guardian Angel? do
escritor John Ronner. Lá ele diz o seguinte: Os olhos físicos não foram feitos para
ver o mundo espiritual com facilidade. Outra razão para a habitual invisibilidade dos
Anjos, é que se uma pessoa não espera ver algo, geralmente não verá, mesmo um
Anjo, além disso como já foi dito anteriormente, os Anjos permanecem na Terra
através da energia de nossa aura. Na maioria das vezes, o nosso campo aural está
totalmente fraco, pelo fato de não nos preocuparmos em reenergizá-lo. Em nosso
dia-a-dia, os compromissos pessoais e o corre-corre nos impedem de fazer uma
energização com cristais, cromoterapia, acupuntura, etc. Com o passar do tempo,
nossa aura vai ficando cada dia menor, fazendo com que o Anjo sinta dificuldade
em ancorar. Materializar-se, então, quase impossível.

Quem sabe, quando os homens tomarem consciência novamente de que a energia


espiritual realmente existe e derem mais atenção a este lado, os Anjos voltem a
aparecer com mais freqüência. Enquanto isso, eles vão ancorando aqui na Terra,
mesmo assim com muita dificuldade, e atendendo da forma que podem os pedidos
dos seres humanos. Temos então que nos contentar em apenas sentir e de forma
sutil seu enorme poder.

Para as pessoas os Anjos são seres com asas, luzes e auréolas na cabeça. Esta
concepção não é de todo incorreta, pois os Anjos podem aparecer de diversas
formas, dependendo da imaginação de cada um; mas, na realidade, os Anjos são
energias divinas, capazes de mudar o futuro de toda humanidade

CHAMA VIOLETADe todos os feitos do Mestre Saint Germain, o mais


importante é a utilização da chama violeta, que foi desenvolvida pelo
Mestre através dos princípios da Alquimia. Temos à nossa disposição
um instrumento que quando utilizado nos liberta de carmas do
passado, nos possibilitando caminhar na Luz.
Saint Germain disse que, após séculos guardando o conhecimento da chama violeta
em segredo, os Mestres decidiram liberá-lo para uso público durante esta época
crucial. Saint Germain disse: O uso da chama violeta consumidora é mais valioso
para você e para toda a humanidade do que toda a riqueza, todo o ouro, todas as
jóias do planeta

A chama Violeta é uma forte e poderosa chama que TRANSMUTA tudo em nós e à
nossa volta que não seja paz, amor e harmonia. A Chama Violeta é o Fogo
Purificador, a Chama da Transmutação. A cor violeta é a cor máxima da
espiritualidade, é a freqüência máxima de vibração. Ela pode ser utilizada como
exercício de visualização diária para nos reequilibramos e equilibramos tudo à
nossa volta, transmutando tudo em Perfeição, Paz, Libertação, Luz e Amor
Universal.

A Chama Violeta é a essência de um dos sete raios. Como um raio de sol passando
através de um prisma é refratado nas sete cores do arco-íris, assim também a luz
se manifesta nos sete raios. Cada raio tem uma cor, freqüência e qualidade
específica da consciência de Deus. O raio violeta é conhecido como o 7 oraio.
Quando você o invoca em nome de Deus, ele desce como um raio de energia
espiritual, explodindo numa chama espiritual, em seu coração, com as qualidades
de misericórdia, perdão, justiça, liberdade e transmutação. Saint Germain é
conhecido como o Senhor do Sétimo Raio. Cada vez que oramos para ele, ele nos
envia inúmeras dádivas do Espírito - alegria, diplomacia e criatividade. Ele pode
inspirar-nos com suas inovações na ciência, na literatura, na religião, no governo,
na filosofia, na educação, na cura, na alquimia e em outros campos. Por quase
setenta anos, Saint Germain têm-nos preparado para entrar na era de Aquário, na
era da paz, da liberdade e da iluminação. Apareceu para Guy Ballard no início de
1930, dando-lhe o primeiro ensinamento sobre a chama violeta.

A atuação da chama violeta se assemelha à do sabão. O sabão limpa a sujeira de


nossas roupas pelo uso das cargas negativas e positivas dos átomos. Isso porque
cada uma das moléculas tem dois lados: um lado é atraído pela sujeira e um lado é
atraído pela água. O lado que prefere a sujeira atrai a sujeira, como um imã atrai
um clipe de papel, arrastando-o para fora de sua caixa. O lado que prefere a água,
fixa-se na água, carregando a sujeira com ela.

Quando invocamos a chama violeta, cria-se uma polaridade entre o núcleo do


átomo e o núcleo de fogo branco da chama. O núcleo do átomo, sendo matéria,
assume o pólo negativo; o núcleo de fogo branco da chama violeta, sendo espírito,
assume o pólo positivo.

A interação entre o núcleo do átomo e da luz na chama violeta estabelece uma


oscilação. Essa oscilação desaloja as densidades enredadas entre os elétrons que
orbitam ao redor do núcleo. Assim que essa substância pesada que sobrecarrega o
átomo se solta, é lançada na chama violeta e levada embora.

Mas diversamente do sabão, a chama violeta não só envolve e remove os


escombros; ela os transforma em pura energia de luz. Libertos dos escombros, os
elétrons começam a mover-se livremente, elevando, portanto a nossa vibração e
propelindo-nos para um estado mais espiritual do ser.

As pessoas percebem uma diferença espiritual quando usam a chama violeta. Mas o
que realmente acontece quando repetimos as palavras dos decretos de chama
violeta?
Posso dar-lhe duas perspectivas a respeito - a perspectiva espiritual como me é
revelada pelos Mestres Ascensos e a perspectiva científica, baseada em recentes
desenvolvimentos na física e na medicina. Ambas explanações envolvem o conceito
de vibração.

Na física, vibração é a velocidade pela qual algo se move para frente e para trás, ou
oscila. Conforme meu entendimento, num nível espiritual, a vibração é também o
padrão de rotação dos elétrons conforme eles se movem ao redor do núcleo do
átomo. Como veremos, essas definições podem não estar tão distanciadas.

Todos temos quatro corpos que envolvem a nossa alma: (1) o corpo físico, que
podemos ver e tocar; (2) o de desejos, ou corpo astral, que contém nossas
emoções; (3) o corpo mental, que é a nossa mente consciente; (4) o etéreo, ou
corpo de memória, que contém as memórias de todas as nossas vidas passadas. A
chama violeta atua nesses quatro corpos, pela mudança do padrão de sua vibração.

Saint Germain nos deu o decreto de chama violeta:


EU SOU um ser de fogo violeta! EU SOU a pureza que Deus deseja

Quando você recita esse e outros decretos de chama violeta, a chama violeta
permeia cada célula e átomo de seu corpo, penetrando em sua mente, suas
emoções, seu subconsciente e sua memória.

O que faz a chama violeta quando permeia os átomos? Os Mestres nos deram a
seguinte explicação:
Todos sabemos que os átomos se constituem principalmente de espaços vazios. Se
um átomo for do tamanho de uma bola de basquete, seu núcleo seria ainda muito
pequeno para nossos olhos poderem enxergar. Entretanto 99,9% da massa do
átomo esta concentrada no núcleo, deixando o resto da bola de basquete com
espaço vazio, habitado somente pelos elétrons, que pesam muito pouco. Todo
aquele espaço entre o núcleo e a borda do átomo é onde a discórdia e as energias
negativas podem se fixar.

No nível celular e molecular, essas substâncias parecem como poeira, fuligem,


piche ou cimento. Os Mestres têm usado a ilustração de alguém pegando um balde
de piche derretido e derramado sobre um barril cheios de mármores. Os espaços
entre os mármores ficam grudentos com o piche escorrendo e logo toda a massa se
solda.

Os Mestres contam-nos que, quando nossos corpos espiritual e físico se tornam


obstruídos por energia negativa e pelo carma, diminui a vibração dos elétrons em
nosso quatro corpos inferiores. Então começamos a ressonar mais com a
negatividade e menos com a pura energia cósmica que vem da Presença Divina e,
eventualmente, podemos ficar doentes. Quanto mais substância houver em nossos
quatro corpos inferiores, mais baixo o nosso padrão vibracional e mais
sobrecarregados nos tornamos. Espiritualmente esse é o motivo pelo qual as
pessoas morrem.

Quando ressonamos com a negatividade, gradualmente nos tornamos nela, a não


ser que façamos algo para melhorar.

O fogo violeta transmuta qualquer coisa negativa, onde que esteja alojada, no seu
físico ou espiritual. Isso inclui tudo, desde as sementes de ódio a aí próprio até o
vírus físico. Quando a Chama Violeta atua, passa através dos espaços obstruídos
entre os elétrons e o núcleo. Ela ejeta essas partículas de substância de seu corpo e
as dissolve. Esse processo transmuta a energia negativa em energia positiva,
restaurando a sua pureza inata.

HISTÓRIA DE UMA PAIXÃO

Por quê as artes mágicas foram, alternadamente, amparadas e


perseguidas pelos Reis? Quê paixão poderosa se apoderou inclusive do
próprio clero, participante ativo da magia?

O primeiro livro Exotérico


Cabala, que significa tradição, se remonta a Adão, quem , segundo a doutrina,
recebendo Anjo Rasiel uma série de conhecimentos esotéricos, sem dúvida para
que soubesse desenvolver-se pelo mundo. Já antes da vinda de Jesus Cristo, o
Nazareno, se interpretavam hermeticamente os segredos da criação, contidos no
Gênese e nos capítulos I e X do livro de Ezequiel, exaltados pela fervorosa
imaginação dos místicos judeus, os quais aceitaram plenamente, que Moisés havia
recebido no Sinai uma série de revelações secretas, que só podiam ser reveladas
aos iniciados, e hoje em dia se encontrariam dispersas pelos manuscritos do Mar
Morto, livros apócrifos hebreus, especialmente o dos Jubileus, e outros textos
guardados cuidadosamente pelos essênios, que, em síntese, vinham a compor uma
cosmogonia mística.

Partindo do Torá ou Pentateuco, diz-se que aparece na Babilônia, durante o ano 12


da nossa era, ainda que muitos assegurem que se escreveu no século VI ou VII, o
primeiro dos livros esotéricos cabalísticos, o Sefer Yezira ou Livro da Criação, que
foi atribuído diretamente e sem intermediários às mãos de Abraão e DEUS.

Foram outros sefarditas espanhóis, os que publicaram o segundo texto cabalístico,


por volta do século XII. Abulafia de Tudela, que assinava com o pseudônimo de
Azriel e seu discípulo, Isaac, o cego, publicam o Sefarha Banir, ou Livro da Criação,
que é um comentário místico sobre o primeiro capítulo de Gênese, prestando
atenção especial às emanações demúrgicas, luz, sabedoria e razão, que
naturalmente associavam à trindade judaica. Neste livro se encontra toda uma
doutrina muito mais profunda e crítica que a contida no Talmude, com uma
linguagem sensual referida ao amor e ao matrimônio entre Deus e a alma humana,
sem a qual, por meio dos tradutores toledanos, provavelmente as obras da mística
cristã houvessem ficado na metade do caminho por falta do léxico apropriado em
que estão escritas e que não deixa de ser um plágio do misticismo judeu.

A perseguição às bruxas e a inquisição


Naturalmente, todas estas práticas eram duramente perseguidas pela Inquisição,
apoiada na alegação de que para transmutar metais pobres em ouro deviam de
vender suas almas ao Diabo e que utilizavam ornamentos sagrados, assim como
óleos e água benta, em seus rituais secretos. Tampouco eram bem-vistos pelos
monarcas, os quais, contudo, os amparavam e protegiam, temerosos de que por si
sós pudessem desestabilizar a balança de pagamentos como resultado da
transformação das pedras em ouro.

E certamente por tudo isto, seguiam proliferando as superstições e encantamentos.


Já eram famosas as bruxas que proliferavam na Europa, onde a cada 15 de agosto
se celebravam conciliábulos, famosos mundialmente. E os vampiros ciganos,
chamados de mulos, uma espécie de zumbis, que não chupavam sangue, mas que
tinham um incrível apetite sexual e que não se despertavam apenas durante a
noite, mas também com os sinos do meio dia. Deles provém a expressão dar mulé
que ainda hoje se conserva como sinônimo de passaportar ao outro bairro. Os
horóscopos que eram prévios ao diagnóstico médico, estavam muito em moda e a
Astrologia era considerada como uma das sete artes liberais e até nas igrejas se
reproduziam em grandes quantidades .

Os Lobisomens
Para começar os druidas Celtas ancestrais dos galegos, dos quais, Ortega, supõe-se
que com razão, dizia que eram os seres humanos mais precisos
circunstancialmente, já no século VI a.C., faziam maravilhas pelos bosques do
noroeste da península Ibérica. Participavam de um conceito teosófico do mundo,
segundo o qual, toda existência é emanação direta da natureza divina. Por isso,
disfarçavam-se de animais, vestindo peles e enfeitando-se com flores, arbustos e
tudo que estivesse ao alcance para solicitar os mais variados favores dos céus.
Certamente, o costume que o imperador Augusto tinha de vestir-se sempre com
uma pele de foca para prevenir-se contra o raio, talvez fosse influência de algum
celta emigrante.

Já existia, então uma crença universal nos licantropos, lobisomens ou homens-lobo,


que eram os sétimos filhos de pais que nuca pariram fêmeas exceto quando se
movessem no ventre materno ou levassem gravada na língua, uma cruz. É claro
que o destino da sétima filha de uma mãe sem filhos machos, tampouco era muito
feliz, pois seria sempre uma fracassada. Para evitar o feitiço, deveria apadrinhar ao
recém-nascido, sem dúvida, azarado, um dos seus irmãos. Outro ritual devia ser
efetuado aos nascidos à meia-noite do dia 24 de dezembro, ou àqueles que lhes
tivessem feito o mau-olhado no seio materno e que, por esse motivo, já nasciam
enfeitiçados, os coitados. Caso não fossem realizados estes rituais, o desgraçado
haveria de passar as noites de sexta-feira perambulando por aí, transformado mais
ou menos em lobo, uivando e assustando à parentes e vizinhos, que por seu lado e
em justa causa, se dedicariam a caçar e acabar com o lobo à menor oportunidade
que se apresentasse. Isso sim, levando sempre um canino de lobo com uma cruz
pintada, para defender-se das mordidas que o enfeitiçado pudesse lhes causar.

E de amuletos, muito há do que se falar. Em primeiro lugar, temos a famosa figa de


azeviche, de mão fechada com o polegar estendido, que, segundo muitos, vem
procedente do Egito, através da Ibiza cartaginesa e que unia as propriedades
naturais e esotéricas do azeviche à qualidade da mão, em um colar par espantar
répteis sem patas e decifrar os segredos do futuro. Possuía também claras
conotações sexuais, representado ao órgão feminino, por meio do punho fechado,
em contraposição com a medalha, que seria, depois, símbolo do caminhante
peregrino, rumo à Santiago e que, etimologicamente, deriva de vieira, insígnia de
ordem militar, VÊNUS, e que se associa, pelos dedos abertos que se desenham
nela, com o amor carnal.

Prisciliano e a bruxaria do Clero


Mas não nos precipitemos. Seguindo o curso da história, deparamos com esse
enigma pouco estudado, como se quisessem varrê-lo do mapa, que se chamou
Prisciliano. Nasceu em Iria Flávia, no século IV e desde cedo mostrou sua
habilidade precoce.

Parece que por meio da igreja agapeta, aprendeu a doutrina dos essênios, que
segundo Plunio eram os únicos habitantes da terra verdadeiramente felizes nela,
talvez porque repudiassem ao matrimônio e mantivessem seu número unicamente
pelos discípulos que progressivamente iam se agregando comunidade. Pensava-se
que Jesus havia lhes participado de seus ensinamentos, em seu isolamento prévio à
aparição ante o Batista e eram tidos como únicos e verdadeiros depositários da
verdade hermética e da taumaturgia, conhecendo os segredos e propriedades de
todas as plantas, pedras e metais, seus valores, solventes, incidência na noites de
plenilúnio e podiam ser considerados autênticos alquimistas, doutores e astrólogos.
Prisciliano, começou sua predicação com esta experiência, sendo chamado de mago
pela igreja oficial, precisamente por seus antecedentes e também de herege, pelos
sacerdotes que incriminaram. O caso é que morreu decapitado entre seus muitos
adeptos, havendo quem afirmasse que seu corpo seria venerado com outro nome
por séculos e séculos e que o gentio de todas as partes iria a seu túmulo, para
prostrar-se no jazigo, sem sabê-lo, em terras que o viram nascer.

Bruxos, videntes e curandeiros


Havia medo aos mortos, mas também aos vivos e para superar a ambos, nada
melhor que acudir à legião de curandeiros, bruxas e poções existentes para cada
caso. Existiam as magas, que talvez não mais existam, mas existiram, sábias,
benzedores, pajés, foliões dispostos a reparar qualquer desaguisado (conflito entre
pessoas, rixa, contenda) da virgindade, videntes, mandingueiros, feiticeiras,
encantadores, embrulhadores, consoladoras, pastores, santos, romarias, óleo da
lâmpada de igreja, pontífices, orações, incensos, cruzes de Caravaca, amuletos
alhos, chifres, ungüentos, ervas e remédios caseiros compostos de cinzas de forno
de pão, sangue de gato preto, excrementos e outras miudezas, nas quais até
médicos e veterinários acreditavam.

Estamos então no século XII, quando surge a menos reconhecida de todas as


contribuições ao ocultismo mundial. A Cabala, não seria o que é sem que, por volta
de 1280, um tal Moisés Bem Sem Tob de Leon, houvesse publicado o mais
importante dos livros cabalísticos, o Sefer há Zehar, ou Livro do Esplendor.

O rei de Castela, Alfonso X, apelidado o Sábio, reconhecia em suas obras a


existência das artes mágicas, recomendando a adivinhação por meio das estrelas
como método mais fiável. Todos os males, presentes e futuros encontrariam
remédio graças aos milhares de exorcismos e sortilégios que eram de conhecimento
público. Existiam os que serviam, à cura, à defesa contra os inimigos, para enganar
os amigos e até, para pecar sem conceber, em pecaminosa contradição com o
exemplo virginal proposto pela Igreja. Assim, a hoje tão utilizada pílula
anticoncepcional, era substituída por uma infinidade de métodos, dos quais
merecem menção especial, cuspir três vezes na boca de uma rã e o não menos
incrível e incômodo, de segurar na mão, durante o coito, uma pedra de jaspe.

As bruxas estavam em pleno apogeu. Todo mundo acreditava nelas e o Sabat era
quase livro de cabeceira, tendo sido mais usado durante o século XIV. Neste livro,
se fala dos sofrimentos que se podem infringir às pessoas, fazendo-lhes bonecos de
cera que as representam e espetando-os com agulhas e alfinetes, primeira noção
dos rituais vodu, de cujo feitiço, foi acusado um ministro do rei francês Felipe IV,
por havê-lo supostamente empregado contra seu monarca.

Aparece então, a Inquisição disposta primordialmente a erradicar todo o tipo de


crenças profanas e pagãs, junto com as superstições típicas da época. Mas sua
tarefa era impossível, porque os próprios clérigos participavam ativamente em toda
a prática da magia. Já no século XII, um bispo de Rennes, chamado Marpod, havia
escrito um livro sobre as propriedades ocultas de sessenta pedras preciosas, no
qual, aconselhava-se portar uma safira na mão durante a oração para obter uma
resposta mais favorável do céu, e envolver uma opala em folha de louro, para
tornar-se totalmente invisível. Isto faz supor que o astuto ou inocente clérigo, tinha
interesses na industria da lapidação, como os diáconos de Veneza na construção,
pois estes começaram a levantar templos como processos para deter as sucessivas
pestes que assolavam a Itália. Pelo menos, eles nos deixaram a basílica de Santa
Maria de Salutte e a peste, os agradáveis contos do Decameron, de Giovanni
Boccaccio.

Por sua parte, os reis não se diferenciavam muito dos clérigos e Henrique II se
deixava aconselhar por Thomas Becket, sobre a conveniência de consultar à
feiticeiros e profetas para escolher o momento mais apropriado à sua projetada
campanha de invasão contra os bretões.

Tampouco era alheio a todo este tipo de crenças, o conhecido mundo das letras e
das ciências. Começamos com Santo Agostinho, que recusava por completo a
existência de antípodas, incapazes de viver, segundo ele, andando ao contrário em
um mundo que despertasse quando o sol se ocultasse, e terminamos pelo grande
Miguel Scotto, que escreveu o Liber Intruductorius, sobre Astrologia, Alquimia e
Fisionomia, no qual descreve os vinte e oito métodos divinatórios conhecidos,
número relativamente pequeno, ainda que este pensador acreditasse cegamente
em todos eles, inclusive os zodíacos, dos quais existe ainda um que enfeita as
paredes do colégio de São Isidro de Leon.

Muito e quase tudo de mau se escreveu sobre a Inquisição, especialmente na


Espanha. Não obstante, abriremos aqui um espaço a seu favor, em tudo que se
referir ao campo que nos interessar. Se bem é verdade que, os inquisidores
demonstraram um ciúme verdadeiramente assassino, para erradicar a heresia e
eliminar os judeus, não é menos verdade que tiveram tolerância com magos e
bruxos, contra os quais, possivelmente com receio, não quiseram intrometer-se.
Tolerância que faria empalidecer aos inquisidores, juizes e pastores de outras
igrejas e religiões, freqüentemente mais conservadores, reacionários e puritanos
que a própria Igreja Católica, que em vez de dirigir-se contra os ateus e hebreus,
acenderam suas fogueiras purificadoras para queimar bruxas e adivinhos.

Inquisição ditou em Logronho, no ano de 1614, umas normas verdadeiramente


racionais para tratar das bruxas da região, não sem antes haver reconhecido as
tremendas injustiças cometidas no passado em nome de Deus. Como castigo eram
passeadas, montadas sobre um burro com uma ultrajante coroa pelas praças do
povoado, o que não deixava de ser muito mais agradável do que convertê-las em
cinzas ao calor de uma fogueira.

CRISTIANISMO

O Cristianismo é a filosofia de vida que mais fortemente caracteriza a sociedade


ocidental. Há 2 mil anos permeia a história, a literatura, a filosofia, a arte e a
arquitetura da Europa. Assim, conhecer o cristianismo é pré-requisito para
compreender a sociedade e a cultura em que vivemos.

A Bíblia (vulgata latina) é o livro mais lido do mundo, hoje em dia e em toda a
história humana. Nenhum outro livro teve maior influência literária. Até mesmo
escritores não cristãos reconheceram a Bíblia como sua fonte de inspiração mais
importante.

A DIFUSÃO DO CRISTIANISMO
Os primeiros cristãos
Segundo disse Jesus, os doze apóstolos formaram o núcleo do novo reino de Deus
que estava para vir. Pedro foi a figura principal entre eles. Outra figura importante
foi Tiago, irmão de Jesus.

A primeira congregação cristã foi constituída por judeus. Eles obedeciam à Lei de
Moisés, participavam dos serviços no Templo e na Sinagoga, e de um modo geral,
viviam como judeus piedosos. Sua crença de que Jesus de Nazaré era o prometido
Messias, os diferenciava dos outros judeus. Eles foram considerados uma seita
judaica separada e chamados de nazarenos, para se distinguirem dos saduceus e
fariseus. No início não havia um grande abismo entre o cristianismo e o judaísmo.

De importância decisiva para a contínua difusão do cristianismo, foi a conversão do


fariseu Saulo (Paulo), por volta de 32 d.C. Não é exagero dizer que, os muitos anos
de ministério de Paulo, transformaram o cristianismo numa religião mundial. Sua
contribuição se deu em dois níveis: em primeiro lugar, ele viajou intensamente pelo
mundo greco-romano e proclamou o evangelho de Cristo entre os não judeus. Em
segundo lugar, estabeleceu as fundações da teologia cristã em suas várias epístolas
às novas igrejas. Nas epístolas de Paulo, o cristianismo é tratado como uma religião
independente, e Jesus Cristo, como o salvador de todos os humanos.

Uma questão fundamental na Igreja primitiva, foi a relação entre os cristãos judeus
e os gentios (isto é, cristãos não judeus). Estariam os cristãos gentios sujeitos à Lei
de Moisés? Deveriam eles, por exemplo, ser circuncidados antes de se tornarem
cristãos? Nas primeiras décadas após a morte de Cristo, muitos líderes cristãos de
Jerusalém, incluindo o irmão de Jesus, Tiago, acreditavam que sim. Paulo, porém,
tinha um ponto de vista diferente. Ele viajara entre os gentios e vira como eles
adotavam a fé de Cristo sem ter um conhecimento íntimo do judaísmo.

Uma só Igreja - muitas comunidades religiosas


O cristianismo hoje, está dividido em muitas comunidades eclesiásticas, com
diferentes organizações, doutrinas, ordens e atitudes sociais.

Podemos dizer que a Igreja, permaneceu única e indivisível até 1054, quando se
dividiu em duas, a católica romana e a ortodoxa.

No século XVI ocorreu a Reforma protestante, quando diversas comunidades da


Igreja, se levantaram em protesto contra certos aspectos da doutrina e da prática
da Igreja Católica. Foram elas a Igreja Anglicana, a Reformada, e a Luterana.

Depois disso surgiram novas igrejas, destacando diferentes aspectos do evangelho


cristão, estas incluíam: os Calvinistas, os Presbiterianos, os Metodistas, os Batistas,
os Quakers (ou quadres), os Pietistas, etc...

O Mundo Cristão
Em parte, por causa do lugar importante que as missões tiveram no cristianismo,
este se tornou a mais difundida de todas as religiões. Hoje há três ramos principais
na Igreja, cada um concentrado numa área geográfica diferente. Primeiro, a Igreja
Católica Romana, que é majoritária no Sul da Europa e na América Latina, e tem
grandes minorias nos Estados Unidos e na África; em seguida vem a Igreja
Ortodoxa, centrada na Grécia e Europa Oriental, e por fim as Igrejas Protestantes,
localizadas sobretudo no Norte da Europa, nos Estados Unidos e na Austrália.

A Igreja Católica Romana


Abrangências: a Igreja Católica Romana é a maior de todas as Igrejas. Existem
cerca de 1 bilhão de cristãos no mundo. Aproximadamente, metade deles pertence
ao catolicismo.

A Igreja Ortodoxa
Abrangências: A Igreja Ortodoxa costuma ser conhecida também, como Igreja
Ortodoxa Oriental, já que tinha sua sede no Oriente Médio, por oposição à Igreja
Ocidental, cujo centro era em Roma. A Igreja Ortodoxa se difundiu a partir de
Jerusalém e Istambul (antiga Constantinopla) pela Bulgária, Romênia, Grécia e
Rússia, onde hoje tem seu baluarte. Além disso, há em torno de 5 milhões de
ortodoxos nos Estados Unidos, resultado da imigração da Europa Oriental. Em
razão das condições políticas, não se sabe com exatidão o número de pessoas que
pertencem atualmente à fé ortodoxa, mas se estima que os fiéis totalizem cerca de
150 milhões.

A Igreja Protestante
As principais denominações protestantes que surgiram da reforma, foram a Igreja
Luterana e a Igreja Reformada. Mas já no século XVI existia uma ala mais radical,
que desejava formar suas próprias igrejas puras, a característica mais importante
dessa ala, é que não reconhecia o batismo de crianças, mas só de adultos, isto é,
dos que crêem conscientemente. O movimento começou na Suíça, na Alemanha e
na Holanda (anabatistas) e liderados por John Smith, fundaram em 1609 a primeira
das Uniões Batistas mais modernas.

A seguir destacamos outras Igrejas Evangélicas, nascidas do movimento de leigos e


missionários da Igreja Luterana:

 Metodistas
 Batistas
 Pentecostais
 Adventistas
 Metodismo
 Quakers
 Exercito da Salvação
 Mórmons
 Testemunhas de Jeová

A Bíblia dos cristãos consta de duas partes: o Antigo Testamento e o Novo


Testamento. O significado mais antigo da palavra latina testamento é pacto. O
Antigo Testamento narra o pacto de aliança que Deus fez com o povo de Israel e
compreende as mesmas escrituras da Bíblia Judaica. O Novo Testamento fala do
pacto que Deus fez com toda a humanidade por intermédio de Jesus. Contém
relatos da vida e da morte de Jesus, e dos primórdios da Igreja Cristã, além de
cartas de aconselhamento, sobre o sentido da fé Cristã.

A Igreja Cristã divide o Antigo Testamento em 39 livros distintos, em vez de 24,


como no judaísmo. Os 39 livros se dividem em quatro classes: os Cinco Livros de
Moisés ou Pentateuco, livros históricos, livros proféticos e poesia.

O novo Testamento contêm os relatos sobre a vida de Jesus, nos chamados


Evangelhos, que significam Boa Nova. Os Evangelhos são:

 Evangelho de São Marcos


 Evangelho de São Mateus
 Evangelho de São Lucas
 Evangelho de São João
Na fala comum, o plural evangelhos, em geral se refere aos quatro evangelhos
canônicos. São chamados de sinópticos os evangelhos de Marcos, Mateus e Lucas,
em virtude da semelhança na estrutura e nos fatos narrados.

RELIGIÕES ORIENTAIS E OCIDENTAIS

Já houve muitas tentativas de classificar as religiões mundiais em Orientais e


Ocidentais. Consideram-se ocidentais, o Judaísmo, o Islã e o Cristianismo,
enquanto as principais religiões orientais são, o Hinduísmo, o Budismo, o Taoísmo e
o Xintoísmo.

Quanto ao Cristianismo, já foi motivo de algum estudo em pesquisa anterior;


estabeleçamos agora as semelhanças e/ou diferenças entre as religiões orientais e
as ocidentais.

Visão histórica
Oriental: visão cíclica da história, isto é, a história se repete num ciclo eterno e o
mundo dura de eternidade em eternidade.
Ocidental: visão linear da história, isto é, tem um começo e um fim; o mundo foi
criado num certo ponto e um dia irá terminar.

Conceito de Deus
Oriental: o divino está presente em tudo. Ele se manifesta em muitas divindades
(panteísmo), ou como uma força impessoal que permeia a tudo e a todos
(panteísmo)
Ocidental: Deus é o criador; Ele é Todo-Poderoso e é único. O monoteísmo é
tipicamente ocidental.

Noção de humanidade
Oriental: o homem pode alcançar a união com o Divino, mediante a iluminação
súbita e o conhecimento.
Ocidental: há um abismo entre Deus e o ser humano, entre o Criador e a criatura.
O grande pecado, é o homem desejar se transformar em Deus, em vez de se
sujeitar à vontade de Deus.

Salvação
Oriental: a salvação é se libertar do eterno ciclo da reencarnação da alma e do
curso da ação. A graça vem por meio de atos de sacrifício ou do conhecimento
místico.
Ocidental: Deus redime o ser humano do pecado, julga e dá a punição. Existe a
noção de vida após a morte, no céu ou no inferno.

Ética
Oriental: os ideais são a passividade e a fuga do mundo.
Ocidental: o fiel é um instrumento da ação divina e deve obedecer à vontade de
Deus, abandonando o pecado e a passividade diante do mal.

Culto
Oriental: meditação, sacrifício.
Ocidental: orar, pregar, louvar.

HINDUÍSMO
O Hinduísmo é uma religião da Índia, mas tem muitos adeptos também no Nepal,
em Bangladesh e no Sri Lanka. Depois de muitos anos de domínio colonial
britânico, em 1947 a Índia se tornou uma república independente; um Estado
secular (não religioso), com uma constituição que garantia direitos iguais para
todas denominações religiosas e proibia qualquer forma de discriminação baseada
em religião, raça, casta ou sexo. Hoje cerca de 80% da população da Índia é
hinduísta, 10% muçulmana e 4% cristã.

Embora o Budismo tenha se originado na Índia e sob esse aspecto possa ser
considerado uma religião indiana, pouco resta do budismo na Índia de hoje; ele é
mais difundido no Sri Lanka e no sudeste da Ásia, também tem uma longa e
importante história na China, na Coréia e no Japão. Excluindo a China, estima-se
que quase 200 milhões de pessoas professam a fé budista.

Outros países asiáticos dominados pelo Islã, são a Malásia e a Indonésia. Na


Filipinas, país que permaneceu colônia espanhola até o final do século XIX,
predomina o catolicismo romano (cerca de 80% da população).

O que é o Hinduísmo?
Diferentemente das outras religiões mundiais (budismo, cristianismo, Islã), o
hinduísmo não tem fundador, nem credo fixo, nem organização de espécie
alguma. Projeta-se como a religião eterna e se caracteriza por sua imensa
diversidade e pela capacidade excepcional que vem demonstrando através da
história, de abranger novos modos de pensamento e expressão religiosa.

As raízes do hinduísmo, podem ser encontradas em algum ponto, entre o ano de


1500 a.C. e 200 a.C, quando os chamados arianos (isto é os nobres) começaram a
subjugar o vale do Indo. As crenças dessas pessoas tinham ligação com outras
religiões indo-européias, como a grega, a romana e a germânica. Sabemos disso,
pelos chamados hinos védicos (da palavra Veda, ou seja conhecimento), que eram
recitados por sacerdotes durante os sacrifícios a seus muitos deuses. O Livro dos
Vedas, consiste em quatro coletâneas, das quais certas partes datam de cerca de
1500 a.C.

A época conhecida como período védico tardio, de 1000 a.C. até 500 a.C., marcou
uma virada crucial no desenvolvimento religioso da Índia. Importância especial
tiveram os Upanishads, que até hoje são os textos hinduístas mais lidos. Foram
escritos sob a forma de conversas entre mestre e discípulo, e introduzem a força
espiritual essencial em que se baseia todo o universo. Todos os seres vivos
nasceram do Brahman, vivem no Brahman e ao morrer retornam ao Brahman.

O hinduísmo moderno compreende uma grande variedade de idéias e formas de


culto. Será que os hinduístas têm alguma coisa em comum? Uma boa definição
seria: as castas, as vacas e o carma.

Todas as sociedades têm várias formas de distinção e estratificação em classes,


mas é difícil encontrar um país onde isso tenha sido praticado tão sistematicamente
quanto na Índia. Desde os tempos antigos, sempre houve quatro classes sociais (a
palavra sânscrita empregada é varna, que significa cor) :

 Sacerdotes (brâmanes)
 Guerreiros
 Agricultores, comerciantes e artesãos
 Servos
Porém, à medida que a sociedade indiana se desenvolveu, as pessoas foram sendo
divididas em novas castas. No início do século XX haviam em torno de 3 mil castas.

O termo usado para casta, na Índia, é jati, que significa nascimento ou tipo, e se
associa à profissões especiais. Cada casta, tem suas próprias regras de conduta e
de prática religiosa, que determinam com quem a pessoa pode casar, o que pode
comer, à quem pode se associar e que trabalho pode realizar. Para um brâmane,
tudo o que tem a ver com as coisas corporais ou materiais, é impuro. Se ele se
tornou impuro como resultado do nascimento (resultado de envolvimento com
casta inferior) da morte ou do sexo, há diversas maneiras pelas quais ele pode se
purificar. O método tradicional mais conhecido de purificação utiliza a água de um
dos muitos rios sagrados da Índia, como o Gânges.

A vaca é um animal sagrado na Índia e é adorada durante certas festas religiosas.


Isso se relaciona com um antigo culto da fertilidade; nos Vedas, há hinos à vaca,
pois ela supre tudo o que é necessário para sustentar a vida; a vaca se tornou um
símbolo da vida e não é permitido matá-la.

Um conceito-chave na filosofia dos Upanishads é que o homem tem uma alma


imortal. Ela não envelhece quando você envelhece, ela não morre, quando você
morre. Um hinduísta acredita que, depois da morte de um indivíduo, sua alma
renasce numa nova criatura vivente, podendo renascer numa casta mais alta ou
mais baixa, ou pode passar a habitar um animal. Há uma ordem inexorável nesse
ciclo que vai de uma existência à outra, é o Carma do homem, palavra sânscrita
que significa ato, e se refere a pensamentos, palavras e sentimentos, não apenas
em ações físicas. O Hinduísmo não reconhece nem aceita nenhum destino cego, a
responsabilidade pelo tipo de vida é sempre do homem, pois ele colherá sempre o
que semeou, e automaticamente a transmigração está sujeita à lei da causa e
efeito.

BUDISMO
O fundador do Budismo, foi o filho de um rajá, Sidarta Gautama (560 - 480 a.C),
que viveu no nordeste da Índia. Sobre sua vida há várias histórias, mais ou menos
lendárias, mas os pontos de maior destaque são os seguintes:

Príncipe Sidarta
O Príncipe Sidarta, cresceu no seio da fortuna e do luxo. O rajá ouvira uma profecia
de que seu filho, ou se tornaria um poderoso governante ou tomaria o caminho
oposto e abandonaria o mundo por completo. Esta última opção aconteceria se lhe
fosse permitido testemunhar as carências e o sofrimento do mundo. Para evitar que
isso ocorresse, o rajá tentou proteger o filho contra o mundo que ficava além das
muralhas do palácio, ao mesmo tempo que o cercava de delícias e diversões. Ainda
jovem, Sidarta se casou com sua prima e mantinha também um harém de lindas
dançarinas.

A Virada
Aos 29 anos, Sidarta experimentou algo que haveria de ser o ponto crucial de sua
vida. Apesar da proibição do pai, ele se arriscou a sair do palácio e viu, pela
primeira vez, um velho, um homem doente e um cadáver em decomposição.
Entretanto depois dessas impressões desanimadoras, avistou um asceta com a
expressão radiante de alegria. Percebeu então, que uma vida de riqueza e prazer é
uma existência vazia e sem sentido. E se perguntou: haverá alguma coisa que
transcenda a velhice, a doença e a morte? Sidarta também se sentiu tomado por
uma grande compaixão pela humanidade, voltou ao palácio e na mesma noite,
renunciou à sua agradável vida de príncipe. Sem se despedir, abandonou esposa e
filho, e partiu para uma vida de andarilho.

A Iluminação
As narrativas relatam que Sidarta, depois de uma vida de abundância, passou para
o extremo oposto: os exercícios ascéticos. Obrigou-se a comer cada vez menos, até
que finalmente, segundo a lenda, conseguia sobreviver com um único grão de arroz
por dia. Dessa maneira ele esperava dominar o sofrimento; mas nem os exercícios
de ascetismo, nem a ioga ou yoga lhe deram o que procurava. Assim, ele adotou o
caminho do meio, buscando a salvação por meio da meditação. E aos 35 anos, após
seis anos de vida ascética, alcançou a iluminação (bodhi), enquanto estava sentado
em meditação sob uma figueira, à margem de um afluente do rio Gânges. Sidarta
agora se transforma num Buda, ou seja, um iluminado: alcançou a percepção de
que todo o sofrimento do mundo é causado pelo desejo. É apenas suprimindo o
desejo que podemos escapar de outras encarnações. No budismo isto se chama
nirvana. Ele contemplou o mundo com um olhar de Buda e decidiu abrir o portão
da eternidade para aqueles que o quisessem ouvir. O Buda decidira se tornar um
guia dos seres humanos.

Benares, já naquela época era um centro religioso. Ali, Buda deu sua primeira
palestra - o famoso Sermão de Benares, que contém os elementos mais
importantes de seus ensinamentos. As rodas da instrução tinham sido postas em
movimento.

Desde o início os seguidores de Buda se dividiram em dois grupos; os leigos e os


monges, cada um com seus próprios deveres.

Para Buda, um ponto de partida óbvio é que o ser humano é regulado por uma
série de renascimentos em que todas as ações têm conseqüências; o princípio
propulsor por trás do ciclo nascimento-morte-renascimento, são os pensamentos do
homem, suas palavras e seus atos (carma). Podemos sentir que nosso passado nos
alcançou. É essa mesma idéia que percorre o Hinduísmo e o Budismo, onde vêm
essa relação como algo estritamente regulado - e que se estende de uma vida à
outra. O tipo de vida em que o indivíduo vai renascer, depende de suas ações em
vidas anteriores; não existe destino cego, portanto é tão impossível ao ser humano
fugir do seu carma, quanto escapar de sua própria sombra. Enquanto o ser humano
tiver um carma a cumprir, ele estará fadado a renascer.

Com base na própria experiência, Buda acreditava que o homem deve evitar os
extremos da vida. Não se deve viver, nem no prazer extravagante, nem na
autonegação exagerada. Ambos os extremos acorrentam o homem ao mundo, e
assim, à roda da vida, o caminho para dar fim ao sofrimento é o caminho do meio,
e Buda o descreveu em oito partes:

1. Perfeita compreensão
2. Perfeita aspiração
3. Perfeita fala
4. Perfeita conduta
5. Perfeito meio de subsistência
6. Perfeito esforço
7. Perfeita atenção
8. Perfeita contemplação

Para a vida diária o Budismo tem cinco regras de conduta:

1. Não fazer mal à nenhuma criatura viva


2. Não tomar aquilo que não lhe foi dado (não roubar)
3. Não se comportar de modo irresponsável nos prazeres sensuais
4. Não falar falsidades
5. Não se entorpecer com álcool ou drogas

Essas regras de conduta costumam ser chamadas de cinco mandamentos, porém o


Budismo não reconhece nenhum ser superior capaz de dar ordens à humanidade
sobre como viver. Assim as regras não dizem farás isso ou não farás aquilo, elas
simplesmente são formuladas da seguinte maneira: Tentarei ensinar à mim mesmo
a não fazer mal a nenhuma criatura viva e assim sucessivamente, nos outros
quatro mandamentos.

Outras regras mais estritas


Alguns leigos se submetem a uma disciplina mais restrita, com o fito de apressar a
sua iluminação seguindo as mesmas regras que se aplicam aos monges e monjas;
neste caso as cinco regras passam a incluir, por exemplo, a abstinência sexual
(celibato). Aí somam-se outras cinco regras:

 Não comer em horas proibidas (por exemplo, após o meio-dia)


 Afastar-se de todos os divertimentos mundanos
 Abdicar de todos os luxos (como jóias, perfumes, etc..)
 Não dormir numa cama macia nem larga
 Não aceitar nem possuir ouro, prata ou dinheiro

TAOÍSMO
O Taoísmo se baseia num livro chamado Tao Te Ching , o livro do Tao e do Te.
Tao (ordem do mundo) e Te (força vital) são antigos conceitos chineses, aos quais
Confúcio deu uma interpretação um pouco diferente.

O Tao Te Ching, é um livrinho de apenas 20 ou 25 páginas, dividido em 81


capítulos. Ninguém sabe ao certo quem o escreveu, mas diz a lenda que foi o
filósofo Lao-Tsé, que viveu no século VI a.C., tendo sido mais ou menos
contemporâneo de Confúcio. As histórias sobre a vida de Lao-Tsé são muitas e
variadas, e os historiadores não têm certeza sequer se ele de fato existiu. Feita
esta advertência, a seguir, vamos nos referir à Lao-Tsé como o autor do Tao Te
Ching.

TAO - O Grande Princípio


Para Confúcio, o Tao era a suprema ordem do universo, que o homem tinha que
seguir. Lao-Tsé, também concebia o Tao como a harmonia do mundo,
especialmente do mundo natural. Só que ele foi mais além: o Tao é a verdadeira
base da qual todas as coisas são criadas, ou da qual elas jorram. Várias vezes o
Tao é descrito como o Céu, isto é, como algo divino, embora não seja um deus
pessoal.

A diferença mais importante entre a concepção de Lao-Tsé sobre o Tao e as outras,


é que Lao-Tsé acreditava ser impossível descrever o Tao de maneira direta e
racional. O Tao que pode ser descrito, não é o Tao real, disse ele Isso significa que
o homem não pode investigar ou estudar a verdadeira natureza do Tao, não pode
usar o intelecto para compreendê-lo. Ele deve meditar, imerso numa tranqüilidade
sem nexos e esquecer todos os seus pensamentos a respeito de coisas externas,
como o lucro e o progresso na vida. Só então irá alcançar a união com o Tao e será
preenchido pelo Te, a força vital.
O Taoísmo implica passividade e não atividade. Para um sábio taoísta, a ação mais
importante é a não-ação. Isso obviamente tem uma grande influência em sua visão
comunitária. Enquanto Confúcio desejava educar o homem por meio do
conhecimento, Lao-Tsé preferia que as pessoas permanecessem ingênuas e
simples, como crianças. Enquanto Confúcio ansiava por regras e sistemas fixos na
política, Lao-Tsé acreditava que o homem deveria interferir o mínimo possível no
desdobramento natural dos fatos. Confúcio queria uma administração bem
ordenada, mas Lao-Tsé acreditava que qualquer administração é má. Quanto mais
leis e mandamentos existirem, mais bandidos e ladrões haverá, diz o Tao Te Ching.

O líder, devia ser um filósofo, e sua única tarefa era que sua passividade e seu
distanciamento servissem de exemplo para os outros.

A caridade ativa não faz sentido para um taoísta. Mas ele tem uma boa vontade
sem limites com todos os outros, sejam eles bons ou maus.

Alguns discípulos de Lao-Tsé direcionaram o misticismo natural para aspectos mais


mágicos. Foram esses elementos de magia que encontraram maior ressonância
entre as massas, ao se incorporarem às crendices e feitiçarias de tempos antigos.
Por exemplo, Lao-Tsé acreditava que quando um indivíduo permanece passivo,
preserva sua força vital por longo tempo, mantendo-a saudável e pura. Mais tarde,
algumas pessoas começaram a interpretar essa idéia como a possibilidade de
alcançar uma longevidade cada vez maior, e passaram a se interessar em se tornar
imortais. Filósofos taoístas, além de meditar, exercitavam práticas mágicas e
tentavam descobrir o Elixir da Vida Eterna.

Lado a lado com o taoísmo filosófico, foi se desenvolvendo uma religião popular,
baseada em Lao-Tsé, mas que também tinha seus próprios deuses, templos,
sacerdotes e monges . Havia rituais complexos, em parte inspirados pela prática
budista, com procissões, oferendas de alimentos aos deuses e cerimônias em honra
dos vivos e dos mortos.

XINTOÍSMO
No Japão, a antiga religião nacional é o xintoísmo. A partir de 500 d.C., o
xintoísmo enfrentou dura competição com o Budismo, e as duas religiões acabaram
por influenciar uma à outra. Não é raro, no Japão, o uso alternado de várias
religiões. Uma criança pode ser abençoada pelos deuses num ritual xintoísta e ser
enterrada num ritual budista. O casamento pode se realizar numa igreja cristã.
Essa mistura de religiões, encontrou expressão modernamente numa série de
novas seitas, cultos e comunidades religiosas, o que levou o Japão moderno a ser
chamado de Laboratório Religioso.

Diferentemente do Cristianismo e do Islã, o Xintoísmo não tem um fundador. É


tipicamente uma religião nacional, que ao longo dos séculos adotou tradições de
várias outras religiosidades. Ela não conta com nenhum credo ou código de ética
expressamente formulado. A essência do xintoísmo são a cerimônia e o ritual, que
mantêm contato Dom o divino.

Costuma-se dizer que o xintoísmo possui diversos milhões de deuses ou kamis,


que se manifestam sob a forma de árvores, montanhas, rios animais e seres
humanos. Só que a palavra kami também pode ser traduzida como espírito. O culto
aos espíritos naturais e ancestrais sempre foi fundamental para o xintoísmo, desde
os dias em que o Japão ainda era uma sociedade agrária. O culto aos antepassados
se difundiu particularmente sob a influência do Confucionismo Chinês.
No princípio, segundo a mitologia japonesa, um casal divino, Izanagui e Izanami,
desceu do céu e gerou as filhas japonesas, depois o resto do mundo e tudo que há
nele, e por último uma série de deuses, os kamis. Destes, o mais importante era a
deusa do sol, Amaterasu. Os outros kamis, se estabeleceram na terra e
conceberam os primeiros seres humanos. Mas a sociedade humana precisava de
ordem e comando, e por isso o neto de Amaterasu foi enviado à terra. Um de seus
descendentes se tornou o primeiro imperador do Japão. Assim, todos os japoneses
têm origem divina, mas em especial o imperador, que é descendente da própria
deusa do sol.

Aos poucos foi ocorrendo uma mudança: em vez de adorar os kamis do falecido
imperador, passou-se a adorar o próprio imperador. Ele era uma kami vivo.

A origem do culto ao imperador se explica , em parte, pelas condições políticas do


século passado. O Japão estava ameaçado pelo expansionismo ocidental e sentiu a
necessidade de reforçar no povo o caráter nacionalista. As mesmo tempo, a
autoridade do imperador tinha sido solapada por líderes militares, os xoguns, que
detinham o poder.

Em 1867, um golpe de Estado, deu ao imperador Meiji, o controle do país; ele


iniciou então uma renovação política e religiosa. O xintoísmo, se tornou a religião
estatal, ao passo que templos budistas foram derrubados e vários elementos
budistas foram expurgados da cultura xintoísta.

A religião ficou então totalmente vinculada ao nacionalismo. Um exemplo: o


xintoísmo era a ideologia dos pilotos suicidas japoneses (Kamikaze quer dizer vento
divino). Cada soldado que morria nas guerras era imediatamente transformado
num kami, e em sua honra se realizavam cerimônias nos templos xintoístas.

O culto é observado tanto no lar como nos templos, dos quais há cerca de 20 mil;
Antes administrados pelo governo imperial, os templos são hoje organizados em
associações, com líderes eleitos pelo voto.

O Templo xintoísta não é um local de pregações. É a morada de um kami, o lugar


onde este é cultuado segundo certos rituais prescritos.

Originalmente, as cerimônias eram realizadas pelo chefe da família ou do clã; num


nível mais alto da escala social, por um príncipe ou pelo próprio imperador. Esse
sacerdócio hereditário foi abolido quando o imperador elevou o xintoísmo condição
de religião estatal e transformou os sacerdotes, em funcionários públicos.

Hoje, os sacerdotes em tempo integral ou parcial são nomeados pela organização


dos templos. A maioria deles é casada e tem também um emprego secular. Após a
guerra, as mulheres passaram a ser elegíveis para o sacerdócio.

MOVIMENTOS REFORMADOS RADICAIS

METODISTAS
O Pastor anglicano John Wesley (1703 - 1791) teve uma revelação espiritual e
começou um movimento de reavivamento cristão. Não foi, de início, uma revolta
doutrinária contra a Igreja da Inglaterra; mas como havia grande divergência entre
os membros dessa Igreja, acabou ocorrendo a separação.
É especialmente forte na Grã-bretanha e nas ex-colônias britânicas, como Estados
Unidos, Canadá e Austrália. Dos 51 milhões de metodistas do mundo, 13 milhões
vivem nos Estados Unidos.
Há uma organização permanente, com a manutenção da hierarquia, com bispos e
padres, porém fundamentada em princípios democráticos. As conferências, eleitas
pelas congregações, criam os bispos, e estes nomeiam os padres.

Escrituras
Além da Bíblia, há escrituras de orientação: o Credo Apostólico e os 35 artigos
sobre religião de John Wesley, datados de 1784 - uma versão revisada dos 39
artigos anglicanos.

BATISTAS
Partindo dos anabatistas, a ala mais radical da Reforma do século XVI, rejeita o
batismo das crianças. As Igrejas Batistas tiveram de início forte caráter de seitas e
até hoje já passaram por várias subdivisões e surtos de reavivamento.
Difundiram-se na Inglaterra e, com força especial, nos Estados Unidos do século
XIX, também entre os negros. Cerca de 90% dos 21 milhões de batistas do mundo
vivem nos Estados Unidos.
Congregações independentes, com pastores empregados pelos membros da
congregação. Há uma série de associações maiores de que as congregações
batistas, mas elas não detêm nenhuma autoridade especial sobre as congregações.
São fortemente congressistas, isto é, têm uma forma bastante igualitária de
organização eclesiástica.

Escrituras
A Bíblia, que é interpretada literalmente em diversas congregações batistas.

PENTECOSTAIS
Manifestaram-se primeiro no século XIX nos Estados Unidos, como reavivamento
dentro das igrejas metodistas e batistas já estabelecidas. Firmaram-se e se
expandiram no início do século XX.
O movimento pentecostal dos Estados Unidos se espalhou pela Europa, e o amplo
trabalho das congregações pentecostais criou movimentos fortes em países como
Brasil, Chile e muitos outros da América Latina.
As congregações são plenamente autônomas, mas há também uniões de
congregações pentecostais. Na América Latina, há igrejas pentecostais com
comando hierárquico centralizado (Igreja Deus é Amor, Igreja Universal do Reino
de Deus, Renascer em Cristo).

Escrituras
A Bíblia, que em geral é interpretada literalmente.

EXÉRCITO DA SALVAÇÃO
Fundado por William e Catherine Booth nas favelas de Londres, em 1878, para
ajudar os mais pobres da sociedade com sopa, sabão e salvação; ou seja,
ofereciam aos pobres comida, banho e a Palavra de Deus.
Desde o início na Grã-bretanha, espalhou-se pelo mundo inteiro, e hoje conta com
4 milhões de membros em noventa países.
Rigidamente organizados, segundo padrões militares, mas não competem com
outros organismos religiosos. Permitem que seus membros continuem em suas
respectivas igrejas.

Escrituras
A Bíblia, só que com ênfase na experiência e no cristianismo prático do que na
doutrina. Formulou uma espécie de credo em seus Artigos de guerra.

QUAKERS
George Fox (1624 - 1691) clamou por um cristianismo espiritualizado e atacou a
superficialidade das igrejas organizadas na Inglaterra. Ele e seus seguidores,
chamavam à si mesmos de Sociedade dos Amigos, mas receberam o nome de
Quakers (os que tremem) porque durante uma audiência Fox exortou o juiz a
tremer diante da Palavra do Senhor.
As comunidades dos Quakers foram perseguidas na Inglaterra e se espalharam pela
América do Norte, onde William Penn conseguiu estabelecer sua própria colônia
quaker (que mais tarde se tornou no Estado da Pensilvânia, nos Estados Unidos). A
maior parte dos 200 mil Quakers do mundo moram lá, nos Estados Unidos.

Escrituras
A Bíblia, na íntegra.

ADVENTISTAS
O ex-sacerdote batista William Miller (1782 - 1849 liderou um movimento
renovador nos Estados Unidos durante as décadas de 1830 e 1840. O nome
Adventista é uma referência à sua crença na eminência da segunda vinda (ou
advento) de Jesus. Ele (William) predisse firmemente, em várias ocasiões, que o
segundo advento ocorreria na década de 1840. O movimento se espalhou pela
Europa e hoje tem missionários em grande parte do mundo. Os Adventistas
totalizam mais ou menos 5 milhões de pessoas.
As congregações formam o alicerce. Elas elegem representantes para conferências
regionais, européia e por fim mundial.

Escrituras
A Bíblia. O livro de Ellen White, Passos até Cristo. É importante, mas visto apenas
como uma obra de orientação.

NOVOS DADOS SOBRE A FORMAÇÃO DA TERRA

As missões laboratoriais tiveram seis estágios distintos no planeta. Para cada um


desses estágios foram assumidas formas materiais diferentes, diferenças essas,
que estavam ligadas às condições do planeta em seis épocas distintas, à saber:

 Entre 4 bilhões de anos siderais e 2 bilhões e 500 milhões de anos siderais:


Primeiros estudos e conhecimento das condições de evolução natural
possível.
 Entre 2 bilhões e 500 milhões de anos siderais e 600 milhões de anos
siderais: Primeiras vidas primárias em plantas e rochas e instalação das
mutações primárias.
 Entre 600 milhões de anos siderais e 300 milhões de anos siderais:
Instalação da vida fora da água.
 Entre 300 milhões de anos siderais e 50 milhões de anos siderais:
Desenvolvimento da vida fora da água e instalação da mutação primária da
espécie humana.
 Entre 50 milhões de anos siderais e 10 milhões de anos siderais:
Desenvolvimento e aprimoramento da espécie humana.
 Entre 10 milhões de anos siderais e 5 milhões de anos siderais: O homem
em pé

Definindo o homem em pé: foram necessários 140 milhões de anos siderais,


para que se desenvolvesse uma estrutura óssea suficientemente resistente e
flexível que pudesse sustentar uma criatura bípede, nas dimensões de massa da
espécie, e o revestimento externo que tinha que ser vagarosamente adaptado às
condições de frio e calor do planeta.

O problema estava em transformar uma estrutura óssea assim chamada oca, em


estrutura óssea assim chamada compacta. Essa transformação deveu-se à
experimentos de calcificação, e é uma das razões pelas quais a espécie humana é
tão completa de água e compostos ácido-salubres. A versão atual da espécie
humana tem dispositivos que controlam a evolução cálcica até a consolidação da
massa óssea. Isto acontece entre os 3 meses e os 16 anos siderais de vida da
criatura.

Os laboratórios que controlavam essas experiências, foram desativados pela


natureza, deixando apenas registros históricos da instalação da espécie humana,
para que a mesma pudesse em seu futuro, saber como foi feita a instalação de
todas as criatura sobre a superfície do planeta, inclusive a sua própria. Esses
registros foram gravados na linguagem universal dos símbolos, combinada com a
forma material assumida por ditas criaturas.

No local de cada um dos laboratórios (extintos), existem 16 deles no planeta, sendo


que as inscrições gravadas, foram feitas em rochas, por ser a forma de vida mais
estável do planeta.

O chamado protótipo perfeito foi conseguido há aproximadamente 210 mil anos


siderais.

LEIS QUE REGEM O UNIVERSO

Tábuas que regem o Cosmos Sideral, o Plano Espiritual em conjunto com o Plano
Material.

TÁBUA DAS LEIS BÂNITAS

 OBEDECER COM O OBJETIVO DE CUMPRIR


 ASSUMIR QUALQUER TAREFA
 OBEDECER ÀS ALMAS MAIS ANTIGAS
 ENSINAR ÀS ALMAS MAIS JOVENS
 ADQUIRIR O CONHECIMENTO DAS ALMAS MAIS ANTIGAS
 CONDUZIR O APRENDIZADO COM FIDELIDADE ÀS IDÉIAS
 REPARTIR O CONHECIMENTO COM OS DE IGUAL PODER DE
CONHECIMENTO
 PERSISTIR NOS ENSINAMENTOS
 SOMENTE SER LÍDER DE UM GRUPO, SE A ALMA FOR ANTIGA
 ACEITAR OS ESPAÇOS CÓSMICOS
 ASSIMILAR AS DIFERENÇAS DOS ESPAÇOS CÓSMICOS
 RESPEITAR AS CRIATURAS CARNAIS
 ASSIMILAR AS DIFERENÇAS DAS CRIATURAS CARNAIS

TÁBUA DAS LEIS DE MÉGAMUS

 OBEDECER AOS ELEMENTOS NATURAIS


 COMPARTILHAR AS TAREFAS COM OS ELEMENTOS NATURAIS
 OBEDECER ÀS ALMAS SEM DISTINÇÃO DE TEMPO
 OUVIR E APRENDER DE ALMAS JOVENS
 ADQUIRIR CONHECIMENTOS CONTINUADAMENTE
 APRENDER COM FIDELIDADE ÀS IDÉIAS
 RECICLAR OS ELEMENTOS NATURAIS
 PERSISTIR NA RECICLAGEM DOS ELEMENTOS NATURAIS
 SER LIDERADO PELOS ELEMENTOS NATURAIS
 SUBMETER-SE AOS ESPAÇOS CÓSMICOS
 ENTENDER OS ESPAÇOS CÓSMICOS
 COMPARTILHAR O ESPAÇO CÓSMICO COM CRIATURAS CARNAIS
 ASSIMILAR E HARMONIZAR AS DIFERENÇAS DAS CRIATURAS CARNAIS

O IFÁ

O IFÁ, não tendo de início culto organizado na Umbanda, se identificou com o


instrumento de que se serviam os babalaôs e se servem os eluôs para as suas
consultas ao Orixá - o Opelê-ifá, o rosário-de-Ifá, feito de búzios da Costa, de
forma especial, uns diferentes dos outros, que agora se chama simplesmente Ifá.

Atirado ao acaso sobre o chão, depois de uma série de rezas mágicas, o ledor do
futuro decifrava, pela posição em que porventura caíssem os búzios do rosário, o
destino que esperava o consulente. O Rosário pode ser substituído, sem
desvantagem, pelos búzios que o compõem - e esta é a regra atualmente. O
Sacerdote do Ifá se valia e se vale hoje em dia de outros materiais, como o obi, o
orobó (conhecida como noz-de-cola), a pimenta-da-áfrica (atarê).

Além deste processo, o mais comum, o sacerdote pode servir-se de uma peneira
trançada de palha de bambu (+ / - 50cm), chamada peneira do Ifá que colocada no
chão, responde, sem qualquer auxílio exterior, às suas perguntas. Movendo-se para
um lado, diz que sim; movendo-se para o outro, diz que não...

O Sacerdote se chama, em alguns cultos, olhador, por olhar o futuro, e daí vem a
expressão Olhar com o Ifá.

A existência desse sacerdócio está em sério perigo, ameaçada pela concorrência


cada vez maior dos Pais e Mães-de-santo, que entretanto não possuem o treino
especial requerido para o trato com o Ifá.

Os chefes de terreiro, conhecidos como Mão-de-Ifá, acendem uma vela sobre a


mesa (taramesso), ao lado de um copo com água, e atiram os seus búzios para
determinar o Orixá que comanda os neófitos, para prevenir doenças, para resolver
disputas conjugais, etc. Há muitos Pais e Mães-de-santo enriquecidos com essas
consultas (que deveriam ser graciosas). É do taramesso, manejado por mãos
desonestas, que sai o feitiço, a coisa feita, o bozó (bruxaria); boatos jogados à
esmo aos consulentes; que surgem casos de surras, de mortificações, de crimes
contra a natureza. Antigamente, porém , o pagamento recebido por esses serviços
não ultrapassava de 3, 5 ou 7 vezes a moeda corrente no local (a Lei de Salva), o
que não daria para enriquecer ninguém..
Hoje, seria comum a cobrança de R$ 5 ou no máximo R$ 7, para a Lei de Salva,
porém com os materiais necessários aos trabalhos de desmanche, preconizam, os
ditos leitores de búzios, elevam o custo, até a milhares de reais.

Desta sorte o Culto da Umbanda honesta e sincera se restringe ainda mais, dentro
de suas próprias fronteiras, pela supressão deste serviço, prestado em troca de
pagamento recebido pelas consultas ao IFÁ, que no entender dos que levam a
Umbanda a sério, deverá ser gratuito, pois trata-se em síntese da primeira e
primordial caridade à ser prestada.

A GRANDE INVOCAÇÃO

Do ponto (1) de Luz na Mente de Deus, (2)


Flua luz às mentes dos homens, (3)
Que a Luz desça à terra.
Do ponto de Amor no Coração de Deus, (4)
Flua amor aos corações dos homens, (5)
Que o Cristo (6) volte à terra.
Do centro onde a Vontade de Deus (7) é conhecida,
Guie o propósito (8), as pequenas vontades dos homens: (9)
O propósito que os Mestres conhecem e a que servem.
Do centro a que chamamos raça dos homens, (10)
Cumpra-se o Plano de Amor e Luz,
E mure-se a porta onde mora o mal. (11)
Que a Luz, o Amor e o Poder (12) restabeleçam o Plano Divino na Terra.

Significados Esotéricos

1. Esotericamente, as palavras ponto, centro e vórtice significam chacras.


2. O chacra cósmico da Mente de Deus é o Terceiro Raio de Inteligência Ativa.
3. É uma conotação com o chacra Ajnã (ou Frontal).
4. O Coração de Deus é o chacra cósmico, correspondente ao Segundo Raio
(Amor-Sabedoria).
5. É uma conotação com o chacra Anahata (ou cardíaco).
6. Cristo, no esoterismo oriental é o Comandante Supremo do Segundo Raio, lá
chamado de Boddhisatva, é um Buddha de Atividade que, juntamente com
Manu e o Maha-Chohan e sob a direção de Sanat-Kumara, compõem a
expressão planetária da Trimurti Divina (a trindade: Brahma, Vishnu e
Shiva).
7. A manifestação da Vontade de Deus é o Primeiro Raio de Vontade-Poder.
8. Planejamento Divino é o mesmo que Plano (Planejamento) Divino.
9. As pequenas vontades dos homens são os atributos humanos de Livre-
Arbítrio e Discernimento.
10. A humanidade como um todo é o chacra Vishuddha (ou Cervical) no corpo
etéreo do planeta Terra e corresponde ao Quinto Raio (Conhecimento
Concreto ou Ciência).
11. A porta onde mora o mal tem conotação como o chacra Manipura (ou
Esplênico) do ser humano, que regula todo o corpo astral ou emocional e,
como sabemos, as emoções descontroladas causam muitos males.
Corresponde ao Sexto Raio (Devoção ou Idealismo) e sabemos quanta
iniqüidade têm-se cometido em nome das religiões (fanatismo devocional) e
da política (idealismo fanático).
12. Respectivamente, Terceiro, Segundo e Primeiro Raios.

Hilarion, o Mestre do 5o Raio


Diretor Divino ou Chohan do 5o Raio, o Mestre Hilarion trabalha com a Chama Verde
da verdade e da cura. Seu dia é quarta-feira e seu chacra é o do terceiro olho com
96 pétalas. Seus arcanjos são Rafael e Maria (a Mãe Fátima) com seu retiro etéreo
em Portugal. Seu elohin é Cyclopea e sua chama gêmea Virgínia, com seu retiro
etéreo no encontro da China com a Sibéria e a Mongólia perto de Tabun Bogdo.
Este raio também é do rejuvenescimento e regeneração e vida, além da fartura,
que são precipitados através da Chama Esmeralda-Azul que também é chamada
Emerald-Teal-Ray. As pedras do 5 o Raio são: diamante, esmeralda e quartzo
(cristal). O retiro etéreo do Mestre Hilarion é na Ilha de Creta, na Grécia.

Mestre Hilarion é mentor da Verdade Imortal da Ciência Divina e todos os ramos


físicos e metafísicos das artes curativas. Dito do Grande Mestre: Lembrai-vos, por
favor, quando tudo mais falhar, quando houver distorção da vossa mente, da vossa
visão e da capacidade de enfrentar a vida, invocar em nome de Jesus, o Cristo, a
dispensação do Raio Esmeralda-Azul-Escuro, porque existe uma legião especial de
anjos incumbidos de selar a mente e o corpo mental num campo de força de
brilhante luz, ora luzindo num tom verde, ora com uma gama de azul. Eu fui
incumbido de organizar as legiões de luz através da Chama da Verdade, para que
reforcem a consciência crística e saturem a mente dos homens com a chama da
cura e vida.

Os anjos que servem ao 5o Raio são chamados de Virtudes e são os que melhor
interpretam a vontade de Deus. São anjos dos milagres. O Príncipe Rafael é a
Medicina de Deus que cura os médicos também. Os anjos conservam os segredos
do templo e são intermediários do casamento legítimo. Os seus nomes são:
Hahahel, Mikael, Veualiah, Ielehiah, Sealiah, Anel, Asaliah e Mihael. Existem várias
publicações em livros para quem quiser se aprofundar no assunto. Os anjos da
categoria Virtudes gostam de ancorar em locais limpos e perfumados com objetos
sacros e gostam também de adornos usados pelas pessoas, como colares, brincos
etc., que usam para descarregar as pessoas das energias negativas.

O Mestre Hilarion encarnou há 2000 anos como Saulo de Tarso, perseguidor de


Jesus Cristo, que se converteu ao cristianismo em Damasco, tornando-se o
principal apóstolo de Jesus, passando a ser chamado de Paulo.

No começo do século IV, encarnou como Hilanion e também fez inúmeros milagres.
O maior deles foi junto ao mar revolto que ia inundar uma cidade. Ele fez três
desenhos do sinal da cruz na beira do mar, levantou as mãos e as águas pararam.
Viveu em diversos lugares, como Chipre e Sicília, mas seu corpo foi levado para a
Palestina.

Mestre Hilarion patrocina chefes religiosos, missionários e os que praticam as artes


da cura, como enfermeiros, médicos e cirurgiões. Também se interessa pelos ateus
e agnósticos que ficaram desiludidos com a religião, trazendo-os de volta à luz.

LIVROS PESQUISADOS

Evolução no Planeta Azul - Norberto Peixoto - Editora Conhecimento - 2003

Encantaria Brasileira - Reginaldo Prandi - Editora Pallas - 2001

O Livro das Religiões - Victor Hellern e outros - Cia das Letras - 2000

Ciganos - Filhos Mágicos da Natureza - Rosaly Mariza Schepis – Madras Editora


- 1999
Anjos - Mensageiros do Infinito - Claudinei Prieto - Zenda Editorial - 1996

Dicionário de Cultos Afro-Brasileiros - Olga Gudolfe Cacciatore - Editora


Forense Universitária - 1977

Umbanda de todos nós - W. W. da Matta e Silva - Livraria Freitas Bastos - 1974

Cozinha de Santo - João S. das Chagas Varella - Editora Espiritualista - 1972

Tecnologia da Umbanda - Tancredo da Silva Pinto - Editora Espiritualista - l972

Magia - Paulo Newton de Almeida - Erocenter Editora

Candomblés da Bahia - Edison Carneiro - Edições de Ouro

3.777 pontos cantados e riscados - N. A. Molina

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