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responde na mesma medida enquanto tal, art 500º: 3- para isso, basta
confirmar se o fato danoso foi praticado no exercício de funções, se sim
estamos perante um caso de respom civil por fatos ilícitos por parte do
comissário 483º/1 e da respetiva respons do comitente, enquanto tal
500º
2- Analisamos se o comissário tem responsa por fatos ilícitos 483º/1 se sim
mas o facto danoso tiver sido praticado fora do exercício de funções o
comissário responde 483º/1+487º. Ou seja o comissário n responde
enquanto comissário logo o comitente tb não responde enquanto
comitente. O comissário responderá sim pela respon por factos ilícitos
483º/1 e o ónus de prova incumbe ao lesado art 487º
3- O comissário responde pelo art. 503º/1 quando não podem estar
apuradas as causas do acidente, ou sejam n pode haver culpa nem
presumida nem provada, tem de ter a direção efetiva do veiculo aquando
do facto danoso e tem de estar a utilizar o veiculo no seu interesse, ou
seja estar fora do exercício de funções 503º/3 remete para 503º/1por
causa do facto danoso ser praticado fora do exercício de funções
o Responsabilidade do comitente quando se trata de uma entidade
pública ou Estado (501º): Igual ao anterior, embora se aplique às pessoas
colectivas públicas
o Danos causados por animais, estabelecend a responsabilidade dos
próprios 502º: Aplica-se a todos aqueles que utilizam os animais no seu
interesse e seu benefício (material ou espiritual). Aplica-se aos proprietários,
usufrutuários, comodatários, etc. Esta responsabilidade aplica-se no
pressuposto de que os danos resultam do perigo especial que envolve a
detenção e a utilização dos animais; isto é, quando não há por parte dos
proprietários uma actuação culposa, aplica-se o 502º. Quando há uma
actuação culposa aplica-se o 483º, sendo que a culpa dos proprietários,
usufrutuários, comodatários, etc., tem de ser provada nos termos do 487º/1.
Não há qualquer presunção de culpa contra os proprietários, usufrutuários,
comodatários, etc. dos animais. O 493º/1 (presunção de culpa) aplica-se em
conjunto com o 483º/1 e apenas àqueles que têm a seu cargo a vigilância do
animal (empregada, funcionário, treinador, tratador, …). Nunca se aplica o
483º/1 aos proprietários.
o Danos causados por veículos, consagrando a responsabilidade dos
próprios ou daqueles que os usam em seu proveito 503:
503º/1 tem-se a responsabilidade pelo risco. Deste
artigo retiram-se os requisitos: 1) da direcção efectiva e 2)
o próprio interesse. Falhando um destes dois requisitos
impede a que haja lugar à responsabilidade pelo risco. Não
é preciso que seja o proprietário do veículo a ter a direcção
efectiva e a conduzi-lo no próprio interesse. A direcção
efectiva é o poder de facto sobre o veículo. Em última
instância é ter a propriedade e, mais do que ter a
propriedade, encarregar-se da manutenção e do bom
8
Ana o comitente. Diogo responde por facto ilícito com culpa provada 1 (483º/1 e
487º/1), dado sabermos que seguia em excesso de velocidade (viola regra de
protecção de interesses alheios e o direito de propriedade da entidade patronal
de Bruno). Teremos de analisar se se verificam os pressupostos da
responsabilidade extracontratual:
- Facto voluntário: existe facto voluntário porque temos o embate e a condução
perigosa que Diogo praticava;
- Ilicitude: temos violação das regras de protecção de interesses alheios e
violação do direito de propriedade de outrem;
- Culpa: temos culpa por negligência, porque não utiliza o veículo como arma,
mas sim, de forma descuidada;
- Dano: existe porque o próprio enunciado o indica;
- Nexo de causalidade: em abstracto, é muito provável que, quando se segue
em excesso de velocidade num piso escorregadio haja um despiste e se possa
causar danos em ambos os veículos.
A par de Diogo irá responder Ana, uma vez que é comitente. Esta irá responder
exactamente na mesma medida que Diogo. Par ao fazer, terá de preencher os
três requisitos do 500º:
- Tem de existir uma relação de comissão entre o comitente e o comissário: Há
um ascendente de Ana sobre o Diogo (irmão mais novo). Desta forma, há uma
relação de comissão entre eles uma vez que os actos praticados pelo
comissário são praticados por conta do comitente.
- O acto danoso tem de ser praticado no exercício de funções: confirma-se,
porque está dito no enunciado.
- Tem de haver obrigação de indemnizar por parte do comissário: também se
verifica. Pela análise feita anteriormente o Diogo responderá por factos ilícitos
com culpa provada (483º/1 + 487º/1).
Verifica-se que há, efectivamente responsabilidade pelo comitente (500º).
Responderia igualmente pelo 503º/1, uma vez que, enquanto comissário, tem
direcção efectiva do veículo conduzido pelo seu funcionário. Contudo,
prevalece o 500º, uma vez que a indemnização nos termos desta norma não
tem limite, respondendo exactamente nos mesmos moldes que responde o
comissário.
Assim, Diogo e Ana responderiam solidariamente, com o Diogo pelo 483º/1 e
487º/1 e a Ana pelo 500º.
Desta forma, a entidade patronal de Bruno teria mais interesse me pedir a
indemnização à Ana, uma vez que, enquanto comitente, terá uma capacidade
financeira mais robusta. Esta poderia, por sua vez, vir a ter direito de regresso
em relação a Diogo (500º/3).
Por outro lado, temos o Bruno, igualmente comissário. Este tem sobre ele a
presunção de culpa do 503º/3 – da hipótese não resulta que o Bruno tenha
violado qualquer tipo de regra jurídica ou que o seu comportamento tenha sido
ilícito. A questão que se coloca é se o Bruno consegue ou não ilidir a
presunção de culpa. Indo o Bruno a conduzir na faixa contrária e o Diogo
1
Se na hipótese nos dão factos que nos permitem qualificar a culpa como provada, é essa que devemos seguir uma
vez que é essa que acautela melhor os direitos do lesado.
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derrapa e vai embater contra ele, não tendo sequer saído da sua faixa.
Portanto, Bruno irá conseguir ilidir esta presunção de culpa. Ao fazê-lo o Bruno
não irá responder pelo risco dado que está a conduzir o veículo da entidade
patronal. Para o fazer, e nos termos do 503º/1, tinha de ter o interesse na
condução do veículo, coisa que não tem. Quem tem esse interesse é a sua
entidade patronal. A entidade patronal do Bruno a responder responderia pelo
risco porque não há aqui nenhum tipo de violação, ilicitude ou culpa. Mas como
se verificou uma responsabilidade por factos ilícitos (responsabilidade
subjectiva que assenta na culpa), esta absorve a responsabilidade pelo risco 2.
Assim, não cabe nenhum tipo de responsabilidade à entidade patronal de
Bruno.
c) Nesta situação continuamos a ter o Diogo a responder por factos ilícitos com
culpa provada e o Eduardo (lesado), também com culpa provada (572º).
Quando há concurso de culpa provada, aplica-se o 570º/1, onde o juiz no
momento de decidir pode atribuir ao Eduardo a totalidade da indemnização,
com redução ou até mesmo excluí-la.
** Não se aplica o 505º porque a responsabilidade não foi fixada pelo 503º,
mas sim, por factos ilícitos, Também se deve ao facto de, mesmo que o Diogo
estivesse a responder pelo risco, não se aplica o 505º porque, mesmo que o
Eduardo levasse o conto, o acidente produzir-se-ia de igual forma; ou seja, o
acidente não é imputável ao Eduardo nem ao facto d ele não levar o cinto de
segurança. **
2
Mesmo que o Diogo estivesse a responder pelo risco, a responsabilidade de indemnizar recaía apenas sobre Diogo nos termos do
506º/1, 2.ª parte.
12
Manuel prometeu vender a Bento, que por sua vez lhe prometeu comprar
um imóvel de que era proprietário. o contrato foi celebrado no dia
25/05/2020 tendo, no momento da celebração do contrato promessa
compra e venda o promitente comprador procedido ao pagamento de
25000€ a título de sinal e princípio de pagamento do preço.
Ficou convencionado que a escritura de compra e venda seria outorgada
no prazo máximo de 4 meses a contar daquela data, sendo a mesma
marcada por Bento, que se obrigou a informar Manoel de dia, hora e local
para o efeito.
No dia de Hoje, Bento ainda nada disso e, apesar de Manuel já ter tentado
contactar Bento, a verdade é que, até esta data, este não marcou a
escritura nem apresentou qualquer justificação.
14
O que Manuel pode fazer, sabendo que, nesta altura tem outro
interessado em adquirir um imóvel e já não tem interesse em vendê-lo a
Bento?
M ————-B RCO
Há uma relação jurídica nomeadamente um contrato promessa compra e
venda e quanto a classificação há 2 declarações negociais, quanto aos efeitos
é bilateral ou sinalagmático
Efeitos: produz efeitos obrigacionais e refere se à declaração futura
Na responsabilidade contratual o primeiro facto é a omissão dessa obrigação
(declaração negociam desde contrato do promitente)
Ilicitude- 805 se essa obrigação estiver vencida. As obrigações têm de ser
puras n1 (só se vencem se o credor interpelar o devedor para cumprir) ou não
puras (obrigações quando estão sujeitas a um prazo certo n2)
Verifica-se deste modo a Ilicitude porque a obrigação está vencida e é não pura
805/2
Culpa- 798 presume-se a culpa do devedor logo a culpa está verificada
Dano- temos de classificar se a obrigação está em mora( primeiramente temos
de ver de é possível e na impossibilidade de incumprimento que pode ser
originária e a consequência é a nulidade do negócio ou então subsequente e
depende se é culposa ou não culposa e aí será responsabilidade pelo risco)
ou incumprimento definitivo
Aqui é possível, há interesse no credor e utiliza-se o princípio do homem médio
(808/2)
Se estamos em mora o credor tem duas opções: incumprimento coercivo do
contrato; incumprimento definitivo com o resolução do contrato
Há sempre a possibilidade de indemnização moratória e é calculada em juros
moratórios e podem ser legais ou aqueles fixados no contrato e não pode
ultrapassar o limite do juro usurário e avalia se a natureza é civil ou comercial
No incumprimento coercivo é a realização do contato 830 fixando um prazo
razoável e tem de ser perentorio e a cominação e ai passa-se para a
indemnização 442 e acontece que a indemnização corresponde à perda do
sinal
Se fosse o P.C seria o sinal em dobro, valorização do imóvel e ter havido
tradição da coisa e constitui-se o direito real de retenção 755
M ———B RCO
Ccv é um contrato sinalagmático
Efeitos obrigacionais - entrega da coisa e pagamento do preço (preço pago em
12 prestações)
Estes efeitos são simultâneas e a falta de uma corresponde à outra
A entrega da coisa foi cumprida mas o 3 mês
de pagamento não foi cumprido, a prestação passou de instantânea e
simultânea a uma prestação fracionada (passa de uma obrigação pura para
uma obrigação não pura 805/2 e só se vencem com o término do prazo
Temos de ver de quem foi constituído o prazo a favor
Efeitos reais - transmissão do direito de propriedade 408
Impossibilidade subsequente -
Impossibilidade originária - contrato nulo 401
16
Neste caso o direito real 409 as partes fizeram uma reserva de propriedade e
assim o proprietário pode reservar a propriedade do facto futuro e incerto
verificando-se uma condição suspensiva
Manuel através da fidúcia tem o direito de garantia
934- perda do benefício do prazo (781)
Resolução do contrato através da coisa ou reservou a propriedade que é a
garantia do contrato
No nosso caso em concreto está em mora e pede uma indemnização com juros
indemnizatorios que podem ser fixados à taxa legal
Manuel prometeu vender a Bento, que por sua vez lhe prometeu comprar
um imóvel de que aquele era proprietário. O contrato foi celebrado no dia
25 de maio de 2020 tendo, no momento da celebração do CPCV o
promitente comprador procedido ao pagamento de €25.000,00 a título de
sinal e princípio do pagamento do preço. Ficou convencionado que a
escritura de CV, seria outorgada no prazo máximo de 4 meses a contar
daquela data, sendo a mesma marcada por Bento, que se obrigou a
informar Manuel de dia, hora e local para o efeito. No dia de hoje Bento
ainda nada disse e, apesar de Manuel já ter tentado contactar Bento, a
verdade é que, até esta data, este não marcou a escritura nem apresentou
qualquer justificação. O que Manuel pode fazer, sabendo que, nesta altura
tem outro interessado em adquirir o imóvel e já não tem interesse em
vendê-lo a Bento?
M ————-B RCO
Ha uma relação jurídica nomeadamente um contrato promessa compra e
venda e quanto a classificação há 2 declarações negociais, quanto aos efeitos
é bilateral ou sinalagmático
Efeitos: produz efeitos obrigacionais e refere se à declaração futura
Na responsabilidade contratual o primeiro facto é a omissão dessa obrigação
(declaração negociam desde contrato do promitente)
Ilicitude- 805 se essa obrigação estiver vencida. A obrigação tem de ser puras
n1 (só se vencem se o credor interpelar o devedor para cumprir) ou não puras
(obrigações quando estão sujeitas a um prazo certo n2)
Verifica-se deste modo a Ilicitude porque a obrigação está vencida e é não pura
805/2
Culpa- 798 presume-se a culpa do devedor logo a culpa está verificada
Dano- temos de classificar se a obrigação está em mora (primeiramente temos
de ver de é possível e na impossibilidade de incumprimento que pode ser
originária e a consequência é a nulidade do negócio ou então subsequente e
depende se é culposa ou não culposa e aí será responsabilidade pelo risco) ou
incumprimento definitivo
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M ———B RCO
Ccv é um contrato sinalagmático
Efeitos obrigacionais - entrega da coisa e pagamento do preço (preço pago em
12 prestações)
Estes efeitos são simultâneos e a falta de uma corresponde à outra
A entrega da coisa foi cumprida, mas o 3 mês
de pagamento não foi cumprido, a prestação passou de instantânea e
simultânea a uma prestação fracionada (passa de uma obrigação pura para
uma obrigação não pura 805/2 e só se vencem com o término do prazo
Temos de ver de quem foi constituído o prazo a favor
Neste caso o direito real 409 as partes fizeram uma reserva de propriedade e
assim o proprietário pode reservar a propriedade do facto futuro e incerto
verificando-se uma condição suspensiva
Manuel através da fidúcia tem o direito de garantia
934- perda do benefício do prazo (781)
Resolução do contrato através da coisa ou reservou a propriedade que é a
garantia do contrato
No nosso caso em concreto está em mora e pede uma indemnização com juros
indemnizatórios que podem ser fixados à taxa legal
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M————-C RCO
contrato de prestações de serviços médicos
Requisitos:
Facto- próprio negócio jurídico (negócio jurídico bilateral sinalagmático
Obrigação e realização dos atos médicos (legis artis)
Pagamento do respetivo preço pelo serviço
Ilicitude- decorrerá do não cumprimento de determinada obrigação dos atos
médicos
Temos de analisar o âmbito da relação e se esta obrigação é de meios (de
acordo com a lei se fez tudo ao seu alcance para atingir o fim) ou de resultado
(se a obrigação atingiu determinado fim)
Assim, a obrigação é de meios
Ao nível dos atos médicos a obrigação e de meios, mas o padrão médico refere
a obrigação de meios
Analisamos a partir de um critério objetivo pois a partir do conhecimento
médico e o do critério do bom homem médio se o fim se realizaria, se tal
acontecer é de resultado
No caso concreto o médico assumiu que a cirurgia é complicada e que era
difícil atingir o resultado e assim estamos perante uma obrigação de meios e o
médico tem que demonstrar que realizou todas as diligências para atingir o
resultado
Presume-se a culpa do médico, mas este tem de demonstrar que a obrigação
de meios ilidindo a presunção e assim mostrar que agiu segundo a legis artis
fazendo cessar qualquer direito indemnizatório
A cláusula é ampla porque o resultado está fora do âmbito logo nunca pagaria
nenhuma indemnização, no entanto, a cláusula no caso prático é mais
abrangente porque refere que caso o médico tenha culpa não indemnizaria
Não é possível fazer esta renúncia dado que se trata de um direito de crédito
apesar este de renunciável, mas este não pode ser realizada antecipadamente
809, 800/2
Esta cláusula antecipatória do dever de indemnizar é nula.
(…) Uma mãe e uma filha, em que a mãe numa indisposição desmaiou e a
filha saiu de casa. Na brincadeira, atirou umas pedras e causou um
acidente (…) Acabou por embater num veículo que se encontrava
estacionado, tendo causado e sofrido graves danos. Ambos os
proprietários dos veículos pretendem ser indemnizados. Quid iuris?
A imputabilidade aqui não tem grande relevância. Na verdade, quem responde
sempre é a mãe, uma vez que, para efeito do dever de vigilância, não é tão
importante a noção de imputabilidade, mas sim a noção de incapacidade –
491º: não interessa se o menor é menor ou maior de 7 anos, interessando
apenas que seja menor de 18 anos.
21
Não existe uma relação jurídica obrigacional entre eles. Desta forma, terá de
ser resolvido à luz da responsabilidade por factos ilícitos (483º ss). Verifica-se
que existe:
- facto voluntário (venda da carne estragada),
- ilicitude (há violação do direito à integridade física de C e D),
- culpa (mesmo que não fosse doloso no sentido de querer provocar a doença,
foi negligente em que se quis libertar da carne que estava estragada e vendeu-
a). Releva o facto de estarmos perante culpa ou negligência neste caso; pelo
494º, quando o agente actua por mera culpa, pode eventualmente a
indemnização ser inferior ao dano causado, tendo em consideração as
circunstâncias do caso e a situação económica, quer do agente, quer do
lesado. Assim, este artigo só será aplicado se o lesado tiver uma situação
económica confortável em detrimento da situação económica do agente,
- nexo de causalidade (da venda da carne estragada é provável que resulte a
doença de quem a ingere), e
- dano (possibilidade de dano patrimonial -tratamento hospitalar e
impossibilitado de trabalhar- e não patrimonial - enjoos, cólicas, prostração).
b) Além do 483º, que apresenta a causa geral da ilicitude, que corresponde à
violação do direito de outrem ou à violação de normas de interesses alheios,
encontramos também, nos 484º, 485º e 486º 4, as causas especiais de ilicitude.
Neste caso prático, temos interesse no 484º, que trata da ofensa ao crédito e
ao bom nome. Nesta questão, a doutrina diverge se se pode divulgar factos em
relação a outra pessoa. À partida, o que parece correcto é que se são
verdadeiros, haverá a possibilidade de fazer essa divulgação. Só que, há uma
colisão de direitos – direito à privacidade e ao bom nome contra o direito à
indignação. Assim, o Prof. Antunes Varela diz que haverá sempre a obrigação
de indemnizar; o Prof. Almeida Costa diz não haver a obrigação de indemnizar
quando estão em causa interesses legítimos, sobretudo de natureza pública; o
Prof. Ribeiro de Faria diz haver a obrigação de indemnizar ainda que o facto
seja verdadeiro se a publicação fosse dolosa; e o Prof. Pessoa Jorge refere
que só haverá lugar a indemnização se a notícia for falsa.
4
Este é aqui referido no âmbito do facto voluntário e não como causa especial de ilicitude. Prende-se com a
omissão (483º + 486º).