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caracteres complexos
Slides: Prof. Vanessa Kava
1
Genética Mendeliana
Os sete traços que Mendel observava em suas
plantas eram os seguintes:
1. forma ou aspecto da semente: lisa ou rugosa
2. cor da semente: verde ou amarela
3. cor da película ou casca da semente: branca ou cinzenta
4. forma da vagem: lisa ou ondulada
5. cor da vagem: verde ou amarela
6. localização da flor: axial (ao longo do caule) ou terminal (na
ponta do caule)
7. altura da planta: alta ou baixa
2
Ervilhas...
Geração Parental: Alta x Anã
160 cm 40 cm
3
Milho: Plantas altas x anãs
P)
F1)
4
Milho : Plantas altas x anãs
F2)
5
Causas da variabilidade ...
Ambiental (cabelos longos x curtos,
plantas bonsai x normal, doenças
infecciosas – paralisia infantil, etc.)
Genética (Sistemas sanguíneos ABO, MN,
albinismo, ervilhas lisas ou rugosas, etc.)
Genética e Ambiental (estatura, peso,
produção de leite, tamanho de frutos, etc.)
6
Caracteres qualitativos x Caracteres quantitativos
TIPOS SANGUÍNEOS - SISTEMA ABO
80,00%
70,00%
60,00%
FREQUÊNCIA
50,00%
40,00%
30,00%
20,00%
10,00%
0,00%
O A B AB
7
DIFERENÇAS ENTRE AS CARACTERÍSTICAS
QUALITATIVAS E QUANTITATIVAS
QUALITATIVA QUANTITATIVAS
Características quantitativas...
9
Características quantitativas
10
Características quantitativas
Herança Poligênica (Herança Quantitativa)
Muitos genes influenciam o mesmo caráter de modo
cumulativo e sofrem influência ambiental!
Genética Quantitativa !
11
Experimento de Nilsson-Ehle (1909) coloração
de grãos de trigo
P) grãos brancos X grãos vermelho-escuros
12
F2) 7 classes distintas variando de
branco a vermelho-escuro
13
Vermelho
branco
escuro
Vermelho
intermediário
Distribuição fenotípica da F2
15
16
Exemplo: Cor da pele em humanos
(Modelo de Davenport, 1913)
17
Exemplo: Cor da pele em humanos
(Modelo de Davenport, 1913)
1°cruzamento
Geração P→ AABB(negro) x aabb(branco)
Descendentes→ 100% AaBb(mulato médio)
2° cruzamento
Geração F1→ AaBb x AaBb
Gametas AB Ab aB ab
AB AABB AABb AaBB AaBb
Ab AABb AAbb AaBb Aabb
aB AaBB AaBb aaBB aaBb
ab AaBb Aabb aaBb aabb
18
Cor da pele - Modelo de Davenport, 1913
5
4
0
N ME MM MC B
19
Características quantitativas
Quanto maior o número de genes, mais
contínua é a variação fenotípica – CURVA
NORMAL
O padrão mendeliano é mantido mas as
características são estudadas por
métodos estatísticos (médias e variâncias
são consideradas e não os valores
discretos para indivíduos)
20
21
•Distribuição de frequências: parâmetros estabelecidos
para cada classe.
Distribuição
normal
22
• Edward East (1905): tamanho da corola em flores de
tabaco (Nicotiana longiflora)
• Planta
autógama (tendência à
homozigose)
•Tamanhos diferentes de corola
Linhagens Ambiente
puras
F1 do cruzamento
de linhagens Ambiente
puras
F2 do cruzamento Ambiente e
entre F1 genótipo
24
Estimativa do número de genes
Se fossem 3 genes com 2 alelos cada (m=6
alelos) – 1 contribui para o tamanho da corola
(p) e o outro alelo não contribui (q)
(p+q)m
(p+q)6= 1p6+6p5q+15p4q2+20p3q3+15p2q4+6pq5+1q6
26
Plantas F2 como a Plantas F2 como a
genes alelos linhagem parental linhagem parental
pequena longa
1 2 1/4 1/4
2 4 1/16 1/16
3 6 1/64 1/64
4 8 1/256 1/256
5 10 1/1024 1/1024
28
East (1905): tamanho da corola em flores
de tabaco (Nicotiana longiflora)
ESTIMATIVA!!!!
29
Problema ...
Em Eucaliptus grandis a altura do fuste aos 7 anos
varia de 12 a 20 metros. Após o cruzamento entre
plantas com 12 m e 20 m (puras) obteve-se uma F1
com 16 m em média. Na F2 foi observada a mesma
média entre uma grande variação de medidas. Os
parentais (12 e 20 m) foram observados com uma
frequência de 0,4%.
a) Qual o número provável de genes que controla esta
característica?
b) Qual a contribuição de cada alelo efetivo?
c) Quais os genótipos dos progenitores e da F1?
30
a) Qual o número provável de genes que
controla esta característica? 4 GENES
b) Qual a contribuição de cada alelo efetivo?
1 METRO
c) Quais os genótipos dos progenitores e da
F1? P 20m (AABBCCDD) E P 12m
(aabbccdd); F1 (AaBbCcDd)
31
Interações alélicas em Herança
Poligênica
Caráter quantitativo – Muitos genes
32
Interação aditiva
AA Aa aa
•O valor genotípico do heterozigoto é a média dos valores
genotípicos dos homozigotos.
•Cada alelo adiciona um valor ao genótipo.
•Neste tipo de interação, pelo fenótipo, é possível avaliar o
valor do indivíduo como reprodutor (melhoramento genético).
33
Interação aditiva – 2 genes
(massa em gramas de fruto)
A = 5 g; a = 3 g ; B = 2 g e b = 1 g
34
Valores para F2...
Verificar a média de F2
AB Ab aB ab
AB AABB=14g AABb=13g AaBB=12g AaBb=11g
Ab AABb=13g AAbb=12g AaBb=11g Aabb=10g
aB AaBB=12g AaBb=11g aaBB=10g aaBb=9g
ab AaBb=11g Aabb=10g aaBb=9g aabb=8g
Média da F2 = 11 g
35
Valores para F2...
Ver modelo de distribuição em gráfico
DISTRIBUIÇÃO SIMÉTRICA
frequência
0
14 g 13 g 12 g 11 g 10 g 9g 8g
frequência 1 2 3 4 3 2 1
36
Aa Interação dominante
AA aa
•O valor genotípico do heterozigoto é igual ao valor genotípico de
um dos homozigotos.
•O alelo “A” domina sobre o alelo “a”, bastando haver um único “A”
para a manifestação do fenótipo.
•Cada loco é avaliado e não cada alelo.
•Em melhoramento genético: quando ocorre este tipo de interação,
pelo fenótipo NÃO é possível avaliar COM SEGURANÇA o valor
do indivíduo como reprodutor, pois o heterozigoto terá o mesmo
37
valor do homozigoto dominante.
Interação dominante – 2 genes
(cm no comprimento da vagem)
AA = Aa = 6 cm e aa = 3 cm ;
BB = Bb = 8 cm e bb = 4 cm
38
Valores para F2...
Verificar a média de F2
F2 AB Ab aB ab
AB AABB=14 cm AABb=14 cm AaBB=14 cm AaBb=14 cm
Ab AABb=14 cm AAbb=10 cm AaBb=14 cm Aabb=10 cm
aB AaBB=14 cm AaBb=14 cm aaBB=11 cm aaBb=11 cm
ab AaBb=14 cm Aabb=10 cm aaBb=11 cm aabb=7 cm
Média da F2 = 12,25 cm
39
Valores para F2...
Ver modelo de distribuição em gráfico assimétrico
frequência
10
0
14 cm 10 cm 11 cm 7 cm
frequência 9 3 3 1
40
Interação Sobredominante
Aa AA aa
Novamente é avaliado o valor de cada loco
(semelhante à Interação dominante)
Porém, o heterozigoto é superior aos
homozigotos.
41
Interação sobredominante – 2 genes
Aa = 3, AA = 2, aa = 1; Bb = 8, BB = 6 e bb = 4
42
Calcular os valores para F2...
Verificar a média de F2
F2 AB Ab aB ab
AB AABB=8 AABb=10 AaBB=9 AaBb=11
Ab AABb=10 AAbb=8 AaBb=11 Aabb=7
aB AaBB=9 AaBb=11 aaBB=7 aaBb=9
ab AaBb=11 Aabb=7 aaBb=9 aabb=5
Média da F2 = 8,875
43
Calcular os valores para F2...
Ver modelo de distribuição em gráfico assimétrico
frequência
0
11 cm 10 cm 9 cm 8 cm 7 cm 5 cm
frequência 4 2 4 2 3 1
44
Interações alélicas em Herança
Poligênica
Busca-se o tipo de interação alélica
PREDOMINANTE!
F1 = próximo da média dos pais e a distribuição de F2 for
simétrica – Interação aditiva
F1 = valor do parental superior (*), a média de F2 for
inferior, com distribuição assimétrica – Interação
Dominante
F1 = superior à média dos pais e também ao parental
superior, a média de F2 for inferior à de F1 e a sua
distribuição é assimétrica – Interação sobredominante.
45
Efeito parcialmente dominante
AA Aa aa
Média(AA, aa)
46
Outros fatores com efeitos em
características quantitativas:
47
Características com predominância de
interações de dominância e/ou
sobredominância
Melhoramento genético seleção de
híbridos!!!
Heterose (vigor do híbrido) = valor da
superioridade do fenótipo heterozigoto
h = TF1 – Tparental
Onde:
TF1 é o valor fenotípico médio da F1 e
Tparental é o valor fenotípico médio parental
48
Interação dominante – 2 genes
(cm no comprimento da vagem)
AA = Aa = 6 cm e aa = 3 cm ;
BB = Bb = 8 cm e bb = 4 cm
h = 14 – 10,5
h = TF1 – Tparental
heterose = 3,5
F2 AB Ab aB ab
AB AABB=14 cm AABb=14 cm AaBB=14 cm AaBb=14 cm
Ab AABb=14 cm AAbb=10 cm AaBb=14 cm Aabb=10 cm
aB AaBB=14 cm AaBb=14 cm aaBB=11 cm aaBb=11 cm
ab AaBb=14 cm Aabb=10 cm aaBb=11 cm aabb=7 cm
Média da F2 = 12,25 cm
49
Interação sobredominante – 2 genes
Aa = 3, AA = 2, aa = 1; Bb = 8, BB = 6 e bb = 4
P) AABB x aabb
F1) AaBb
h = TF1 – Tparental
heterose = ??
50
Interação sobredominante – 2 genes
Aa = 3, AA = 2, aa = 1; Bb = 8, BB = 6 e bb = 4
P) AABB x aabb
8 E 5
F1) AaBb
11
h = TF1 – Tparental
51
Efeitos dominantes e aditivos
Loco com efeito aditivo
A1A1 A1A2 A2A2
Loco com B1B1 5 6 7
efeito de B1B2 6 7 8
dominância B2B2 6 7 8
52
Características de herança complexa: efeitos
genéticos e não genéticos
53
Média e variância de uma distribuição
54
Tipos de variância
55
Variância fenotípica
ou 56
Uma vez que o valor genotípico de um
indivíduo é formado pelo conjunto de
seus genes e suas interações alélicas e
não alélicas, podemos dizer que a
variância genotípica será influenciada
por estas interações!
57
Cálculo da variância (S2)
(Mede a dispersão de dados ao redor da média)
S2=
58
Desvio Padrão (s)
s = √s2
Ou
Em uma distribuição
simétrica, a média e o
desvio padrão são
suficientes para
descrever a forma da
curva normal.
59
S2 =
Exemplo...
Calcule a média, a variância e o desvio padrão da produção de
leite de uma amostra de 10 vacas da raça Jersey (Pierce, p. 625).
(valores em centenas de libras de peso de leite por ano).
1. 60
2. 74
3. 58
4. 61
5. 56
6. 55
7. 54
8. 57
9. 65
10. 42
60
S2 =
Exemplo...
Calcule a média, a variância e o desvio padrão da produção de
leite de uma amostra de 10 vacas da raça Jersey (Pierce, p. 625).
(valores em centenas de libras de peso de leite por ano).
1. 60
2. 74
3. 58 Média: 58,2
4. 61
5. 56
6. 55 Variância: 67,07
7. 54
8. 57
9. 65 Desvio padrão: 8,19
10. 42
61
Variância fenotípica
62
ou
Como identificar a variância
genotípica e a ambiental?
63
CALCULAR A VARIÂNCIA PARA AS TRÊS SITUAÇÕES!
S2=
64
s2F = 26,6
s2 e = 0
s2F = s2g = 21,3
s2 g = 0
s2F = s2e = 5,3
65
Calculando a HERDABILIDADE…
66
Herdabilidade no sentido amplo (H2)
ou
VT = (Vg + Ve)
No exemplo anterior:
67
Herdabilidade em Sentido Amplo
H2 = varia de 0 a 1
68
CALCULAR A HERDABILIDADE...
VT = Vg + Ve
VT =
Ve =
Tempo de maturação (dias)
69
•Tempo de maturação do trigo (dias)
VT = Vg + Ve
VT = 14,26 dias
Ve = variação de F1
Tempo de maturação (dias)
70
•Tempo de maturação do trigo (dias)
VT = Vg + Ve
VT = 14,26 dias
Ve = 2,88
Tempo de maturação (dias)
71
•Tempo de maturação do trigo (dias)
VT = Vg + Ve
Vg = 14,26 – 2,88
Vg = 11,38
H2 = 11,38/14,26
Tempo de maturação (dias)
H2 = 0,798
72
HERDABILIDADE EM SENTIDO RESTRITO
h2 = Parte da variância genética que pode ser usada
para prever os fenótipos da prole a partir dos fenótipos
parentais
VT = Va + Vd + Vi + Ve
Apenas Va é útil para prever os fenótipos da prole:
h2 = Va / VT
h2 = varia de 0 a 1
Mais próxima de 1, maior proporção da variância fenotípica que
é decorrente da variância genética aditiva maior a
capacidade de prever o fenótipo da prole !!!
73
Herdabilidade em Sentido Restrito
Estimativas de herdabilidade em sentido restrito
Característica h2
74