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       A família de Mortha sempre foi muito unida, eles viviam em uma grande casa que
abrigava muitas pessoas, tanto da família quanto de outros lugares.  O espírito
aconchegante que tudo ali passava, dava liberdade para pessoas sempre estarem entrando
e saindo dali.

        Quem liderava o local era a mãe de MortTha, que até então ainda não se chamava
assim. A mãe de Alivh era também uma elfo, uma alta e bem bonita elfo curandeira. Sua
mãe vivia ensinando suas magias para as pessoas e por isso, ficou muito conhecida como
curandeira e professora. Seu nome era Sareh AkhTar,  ela tinha a pele branca pálida e o par
de olhos pretos com as iris roxas. Algo que apareceu depois de uma viajem que ela fez.

        A história dela é um segredo até pela família, mas apesar de responsável e pulso
firme, ela sempre chamou atenção por suas individualidades. Seu marido e pai de seus
filhos, sumiu faz algum tempo e ninguém sabe onde ele foi. Sareh sempre foi muito
bondosa e carinhosa, mas as pessoas tinham certo medo por conta de seus olhos.

         Na época,  a infância de Alivh era bem normal. Ela brincava muito na floresta e
gostava de passar a tarde na oficina de sua avó, vendo ela montar seus bonecos e
apresentando suas pequenas peças de teatro de bonecos. A talentosa avó de Alivh, tinha
esse hobbie trabalho, que ela sustentava a anos e que muitas pessoas gostavam. A mesma
também era muito misteriosa e ninguém entendia muito bem de onde ela surgiu e nem
como ela tinha aquelas habilidades. Sareh e sua mãe eram de uma família com muitos
mistérios e segredos, muitos até hoje não revelados.

         Alivh desde pequena foi muito curiosa e sempre adorou pesquisar e estudar algumas
coisas novas, muito por influência de sua divindade. Por causa disso, ela acabou entrando
pra uma oficina de alquimistas iniciantes, querendo aprender sobre as misturas. E muitos
não ficaram surpresos, quando a garota misturou vários produtos e criou uma pequena
explosão de fumaça na sua mesa.

         Ao seu lado, um garoto de cabelos brancos e pele pálida, foi em sua direção,  ajudar a
menina com sua mistura. Vendo a habilidade dele e que ele se dedicava a aprender, ela
começou a se juntar com ele nas aulas e os dois começaram a estudar juntos.

          Essa amizade começou apartir de uma explosão numa aula aleatória. Se tornando
um dos lados sempre chamando o outro pra sair de casa. MorTha detestava ficar horas
lendo um livro ou dentro de uma sala de aula. Pra ela, viver o que estava aprendendo valia
muito mais a pena do que ficar focada em estudos de maneira convencional. Os dois
passaram muito tempo juntos, ambos conheceram a família do outro, como qualquer
criança com um melhor amigo.

          Em uma manhã, a pequena aventureira corria pela floresta brincando com um boneco
de madeira. Ao seu lado, outras crianças, seus irmãos. Naquela mesma floresta, depois de
algumas horas brincando e correndo, o grupo de crianças esbarrou com dois homens
humanos mal encarados. Inocentes, as crianças deram seus nomes para os homens, que
escreveram numa lista e quando Alivh disse o seu, eles deram risadas. Nada aconteceu ali,
um grupo de elfos acabou aparecendo durante o pedido dos dois humanos, então eles
acabaram não ficando hostis. Depois desse acontecimento, Alivh foi para casa.

            Na noite desse dia, algo aconteceu. A garotinha elfo percebe o calor. No início ela
pensa ser apenas a quantidade alta de cobertores que se cobriu nessa noite, porém, ela
escuta gritos. Alivh uma das mais novas da família AkhTar percebe seus irmãos chorando.
Ela abre os olhos, percebe o que está acontecendo, ela tosse, a fumaça começa a entrar no
quarto, ela olha pela janela e vê a cena que marcaria toda a sua vida.

              Sua mãe, sendo segurada por um soldado. Os olhos brilhavam em Roxo, enquanto
ela dizia algumas palavras incompreensíveis. A mulher de longos cabelos pretos olha para
a janela, discretamente, encarando diretamente os olhos de Alivh, ela sorri aceitando. O
soldado crava uma espada no peito dela gritando: “Você é uma aberração maior que os
outros! Seu Demônio!". E Alivh sente uma dor insuportável. Ela cai no chão ao mesmo
tempo que sua mãe que logo é finalizada. Mas Alivh se mantém em dor, com um dos olhos
doendo muito.

           Tudo se apaga. Alivh sente uma extrema dor. Ela acorda com o corpo queimando.
Ela corre. Mas a força das suas pernas acaba e ela cai novamente. Ela reza por sua vida e
depois de alguns segundos ela vê a porta da sua frente ser derrubada.

           Uma figura magra e torta, como um boneco estava na sua frente e atrás outra
silhueta. Essa silhueta parecia uma mulher mais velha, gordinha. Ela olha para Alivh e toma
um susto, quando olha o rosto da garotinha.

            A figura gordinha pega o corpo de Alivh, enquanto a magra segura os destroços da
casa em chamas. Mas estava tudo desmoronando. Muito se é feito para que a vida da
garotinha seja salva, mas a mulher misteriosa parece não conseguir respirar direito.

            Depois disso, Alivh apaga e acorda nos braços de seu amigo, Avold, ela se lembra e
abraça ele chorando.

           Era noite, quando ela acordou com o som de vozes sussurrando ao redor. Ela se
assusta, levantando rápido, mas sentindo uma dor muito forte no corpo. Os curativos ardiam
com uma força bizarra e ela começou a ter uma dor de cabeça extrema. Naquele local, ela
se situava no canto da caverna. Avold deixava ela deitada com a cabeça em seu colo,
enquanto o pequeno elfo mexia nos cabelos pretos e cacheados da garota. Ela tinha muitos
pesadelos durante seus sonos e muitos ele via ela reagindo enquanto dormia. Mas sempre
se mantinha em silencio enquanto eles dormiam.

             O lado queimado do corpo da garota ganhou uma nova estética,  um dos olhos
ganhou a mesma coloração que a de sua mãe.  Um olho preto e roxo.

             Passaram muito tempo aí, a garotinha começou a se recuperar dos ferimentos de


queimaduras, mas sua mente estava completamente bagunçado. Nesse tempo, alguns
sobreviventes sentavam com ela para conversar, mas a garota acabava sumindo na floresta
e voltando a noite. Ela só confiava em Avold e andava com um grupo de adultos que
pensavam em se rebelar e sustentar uma rebelião. Esse grupo ficou marcado por terem
movimentado uma força de elfos contra um acampamento humano, mas nunca mais
ninguém viu eles.

             Depois que Mortha estava em condições de ae mover sozinha, novamente ela


ficava rodando a floresta colhendo ingredientes e aprendendo a cozinhar pro povo. Foi
numa dessas andanças que ela encontrou um pequeno exército de humano, indo em
direção ao lugar que eles se refugiaram.  Outro ataque foi realizado, mas Alivh e Avold
conseguiram fugir.

           Rumo a o deserto eles foram. No caminho, a garota começou a cultivar um ódio


pelos humanos e ia pegando coisas pelo chão, criando pequenos projetos que mais
pareciam objetos de tortura. Ela é Avold começaram a ficar muito próximos no deserto, pelo
menos no caminho até a cidade, por que assim que ela chegou e se estabilizou ela
desapareceu.

           A garota começou a rodar a cidade. Ela era esperta, então passava o dia
descobrindo lugares secretos e colhendo materiais. Ela sabia a cidade de trás pra frente,
por viver passeando por aí. A relação de Avold é Mortha se afastou um pouco, a garota
vivia por conhecimento e chamando ele, mas ele parecia estar focado em algo pessoal dele.
Então ela também focou.

          Usava seu tempo atoa pra desenvolver projetos e caminhar pela floresta, até que ela
se cansou e começou a se sentir estranha. Ela estava passando pela pior época. Ela subiu
com uma corda numa árvore, para se jogar de lá, mas algo aconteceu.

          De olhos fechados, ela escutou uma voz e essa voz vinha de uma garotinha estranha
abaixo da árvore. Essa garotinha usava vestes de pano, tinha o cabelo longo loiro em uma
franja, usava uma venda que cobria seus olhos. A voz dessa garota acalmou a MorTha e as
duas começaram a conversar.

            A garotinha nunca revelou seus olhos e nem dizia seu nome. Além do mais, vivia em
silêncio a maior parte do tempo.  Avold achou estranho ela vir com uma criança pra casa
deles, mas ela deu de ombros e apenas fez.

            E foi uma conversa dessas duas na floresta que surgiu o grande grupo "Calvaria".
Alivh foi a responsável por fumar esse grupo. Eles eram uma seita. Com rituais e
mandamentos próprios.

Uma das regras justamente era seguir tudo que o líder faz.

Para entrar na seita era uma tarefa recorrente, saber fazer os trabalhos pedidos como,
buscar um cranio e ornamentar ele para si próprio. O que quer se tornar um membro, deve
ser aceito pela líder também.
            Quando fundou a Calvaria, a Alivh definiu uma regra, abandonar seu nome antigo
assim que colocar sua máscara e assumir um nome maldição ou um nome de condição. 
Alivh se tornou MorTha e a menina misteriosa se tornou a "Silêncio". Assim as duas deram
continuidade.

              Um membro da Calvaria respeitava todas as ordens do líder,  somente contrariava


algo que atingia sua religião. O foco inicial foi a caça de humanos, porém, com o tempo,
eles passaram a focar em ajudar as outras pessoas.

MorTha deixou de ser uma membro de uma seita meio macabra, de pessoas que usavam
máscara de crânio e eram misteriosas, para a mesma pessoa,  mas que realizava bons
feitos. Os membros da Calvaria se mantinham em segredo, mas todos agora queriam um
bem maior pra vida deles, então trabalharam para mudar muita coisa.

Nesse tempo, Avold e Mortha se afastaram e uma gangue invadiu a cidade que eles
estavam. Avold destemunhou algo que ele nunca tinha visto na vida. MorTha lutava usando
uma marionete, além de todos os membros da Calvaria, que não eram poucos, lutavam
junto com ela.

                Os dois até tentam, mas Mortha e ele estavan seguindo caminhos diferentes, a
mesma amizade continuava, mas Avold deveria partir e Mortha entendia.  No dia que ele foi,
ela levou ele até o máximo que podia e deixou com ele um pincel feito por ela, com ele.
Jurou que iria reencontrar com seu velho amigo e deixou ele sozinho.

Depois de todos esses acontecimentos, ela saiu do cargo de líder da seita e se tornou
apenas uma braço direito. O posto foi passado para a garotinha misteriosa,  a Silêncio.

MorTha seguiu estudando seus projetos e passou anos aprimorando sua marionete. Até
que a alguns dias, ela teve que ir até outra cidade, para pegar novas peças, assim ela
aprimorou e ficou lá vivendo.

Na última noite, ela achou uma folha de missão na parede e se interessou.

       

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