Exmo Sr.
CEP ____________
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I - ...
12. O DENATRAN, por sua vez, no exercício de suas funções editou a Portaria
nº 01/98, na qual baixou as instruções a serem adotadas quando da
elaboração e do preenchimento do auto de infração conforme a Resolução nº
01/98 do CONTRAN.
14. Ocorre que no auto de infração ora analisado, o elemento "forma" do ato
administrativo foi ignorado pelo órgão autuador que não seguiu o disposto na
Resolução 01/98 do CONTRAN e na portaria 01/98 do DENATRAN,
condenando por isso, o referido auto, que não poderia prescindir da forma
legal, à nulidade de pleno jure.
20. Foi estabelecida uma ordem e uma forma específica para a disposição das
informações nos autos e nas notificações de infrações, não podendo os órgãos
da administração pública, pelo princípio da legalidade, prescindir delas.
ANEXO I
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30. Destarte, como pode o administrado ser compelido a pagar uma multa se a
própria administração que tem obrigação de revestir seus atos pelos princípios
que orientam o ato administrativo não o faz ?
E segue:
32. Por fim, o egrégio Supremo Tribunal Federal, já pacificou matéria quanto a
possibilidade da Administração Pública anular os seus atos eivados de
nulidades, conforme Súmula nº 473 que ora se transcreve:
"A administração pode anular seus próprios atos quando eivados de vícios que
os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos, ou revogá-los, por
motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e
ressalvada em todos os casos a apreciação judicial".
a) seja acolhido o presente Recurso, dentro do prazo legal e com base na Lei
nº 9503/97, para, depois de apreciado e julgado, seja considerado totalmente
procedente a fim de declarar a nulidade do Auto de Infração de Trânsito série
_______, cancelando as penalidades dele decorrentes;
N. Termos.
P. e E. Deferimento.
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Assinatura