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Versão Online ISBN 978-85-8015-079-7

Cadernos PDE

II
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE
NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA
Título: Mini-voleibol nos 6ºs anos: alternativa para a aprendizagem do
voleibol.
Autor: Jonir Badia Fernandes
Disciplina/Área: Educação Física

Colégio Estadual João Paulo II Ensino


Escola de Implementação do
Fundamental e Médio – Francisco
Projeto e sua localização:
Beltrão/Pr.
Município da escola: Francisco Beltrão
Núcleo Regional de Francisco Beltrão
Educação:
Professor Orientador: Dr. Inácio Brandl Neto
Instituição de Ensino Unioeste – Marechal Candido Rondom
Superior:
Relação Interdisciplinar:

A unidade didática terá como tema o


esporte voleibol nas aulas de educação
física, conteúdo estruturante determinado
pelas “Diretrizes Curriculares de Educação
Física para o Ensino Fundamental”
(SEED/PR, 2008). Para o processo de
ensino/aprendizagem do voleibol nas aulas,
a intervenção pedagógica terá como base a
Resumo:
metodologia do mini-voleibol, visto que,
conforme vários autores, a forma de ensinar
tradicional, como se fosse para adultos, não
está possibilitando o desenvolvimento das
habilidades para as pessoas mais novas,
necessitando-se rever as práticas
pedagógicas dessa modalidade nas aulas
de Educação Física. Para isso, serão
elaboradas e realizadas aulas com base
nas ações previstas para esse mini jogo.
Outra meta vai ser verificar os resultados ao
final das aulas com essa metodologia.
Deverão participar aproximadamente 30
estudantes entre 10 e 11 anos de um sexto
ano do Colégio Estadual João Paulo II,
Ensino Fundamental e Médio, de Francisco
Beltrão/PR. Pretende-se ensinar
fundamentos como saque por baixo, toque,
manchete, cortada e os posicionamentos
táticos desse mini-jogo, além de suas
regras. O instrumento utilizado para verificar
os resultados será um questionário que será
respondido no início e no final das aulas
com essa conotação, versando sobre os
fundamentos que serão utilizados.
Palavras-chave: Educação Física; Ensino Fundamental;
Mini-voleibol.
Formato do Material Didático: Unidade Didática
Público: Alunos do 6º ano – Ensino Fundamental.
UNIDADE DIDÁTICA

Professor: Jonir Badia Fernandes.

Orientador: Prof. Dr. Inácio Brandl Neto.

Área/disciplina: Educação Física.

IES Vinculada: UNIOESTE – Marechal Cândido Rondon.

Núcleo: Francisco Beltrão.

Escola de Implementação: Colégio Estadual João Paulo II - Ensino Fundamental


e Médio – Francisco Beltrão.

Público objeto de intervenção: Alunos do 6º ano do Ensino Fundamental do


Colégio Estadual João Paulo II.

Unidade Didática: O mini-voleibol nos 6ºs anos: alternativa para a aprendizagem


do voleibol.

TÍTULO: O mini-voleibol nos 6ºs anos: alternativa para a aprendizagem do


voleibol.
1 – APRESENTAÇÃO

Este estudo pretende demonstrar que uma prática pedagógica alternativa


baseada na metodologia utilizada para o ensino do mini-voleibol, pode se
transformar em um fator auxiliar significativo no processo de ensino/aprendizagem
da modalidade de voleibol nos 6ºs anos do ensino fundamental do Colégio
estadual João Paulo II, levando-se em consideração que os pequenos jogos são
meios de formação simples, agradáveis e divertidos, e auxiliam no processo de
ensino dos alunos que estão iniciando a prática esportiva, pois, no caso do mini-
voleibol, o desenvolvimento dos fundamentos técnicos e táticos acontecem
também de forma simples sem exigências físicas extenuantes.
O mini-voleibol busca otimizar as condições físicas, motoras e a
capacidade técnica das crianças, tornando as aulas mais atraentes e motivadora
para os alunos, pois com as alterações do tamanho das quadras, número de
sujeitos e regras simplificadas, os discentes são obrigados a tocar mais vezes na
bola, mantendo maior contato com a bola, propiciando que desenvolva um maior
número de ações durante o jogo, facilitando o processo de aprendizagem dos
fundamentos técnicos e táticos como posicionamentos e antecipações. Dessa
maneira, a participação do/da aluno/a é valorizada, tornando a ação discente um
fator preponderante no aprendizado da modalidade do voleibol, e com essa
motivação, podemos obter, no desenvolvimento da aula, maior interesse,
significância e aprendizagem.
Sendo o voleibol um esporte coletivo, faz necessário que os jogadores se
ajudem para que aconteça melhor e maior aprendizagem. A prática pedagógica
adotada pelos docentes muitas vezes necessita de ações diferenciadas para
atender crianças mais novas, como as do sexto ano, pois a forma tradicional de
ensinar, como se fosse para adultos, de acordo com diversos autores, como
Baacke (1977), Brandl Neto (2002), Campos (2006) e Bojikian e Bojikian (2008),
não estava obtendo bons resultados para o desenvolvimento das habilidades dos
estudantes. A metodologia do mini-voleibol pode ser uma alternativa para o
melhor aproveitamento da aprendizagem desse esporte para os discentes,
tornando-o mais atrativo e auxiliando no desenvolvimento cognitivo, afetivo e
social.
O desenvolvimento da Unidade Didática será por módulos. No primeiro
será apresentada aos estudantes a proposta contida UD e o porque dela. Eles
responderão um questionário sobre os fundamentos da modalidade que serão
desenvolvidos nas aulas. Após os alunos receberão informações sobre a história
do voleibol e as primeiras regras, todavia, poderão pesquisar e apresentar em
sala aos colegas. Na parte final desse módulo os alunos conhecerão a ideia do
mini-voleibol e suas fases. No segundo módulo os estudantes receberão as
informações técnicas e táticas para cada fase e as realizarão durante as aulas. As
informações técnicas de cada fundamento e as táticas que serão apresentadas e
discutidas com os alunos constam no projeto de intervenção pedagógica. No final
do segundo módulo os/as discentes responderão um questionário sobre os
conhecimentos adquiridos durante a intervenção sobre a modalidade.

MÓDULO 1

Na sequência estão colocados os objetivos e as atividades do módulo 1.


Objetivos:
Conhecer o esporte voleibol e a proposta metodológica do mini-voleibol;
Saber qual o conhecimento dos discentes sobre o conteúdo a ser trabalhado;
Compreender o jogo de voleibol.
Encaminhamentos metodológicos:
Organizar a turma para uma conversa inicial sobre o projeto e o esporte a ser
trabalhado;
Explicar para os alunos sobre a história da criação do voleibol, seus fundamentos
e as atividades que serão desenvolvidas.
Local: sala de aula.
Materiais: Tv, vídeos, computador.

ATIVIDADES:
Aulas 1, 2 e 3
Explanação para os alunos sobre o projeto;
Aplicação de um questionário aos alunos para saber o conhecimento deles sobre
voleibol;
Explicação sobre a história do voleibol e mini-voleibol.
Textos básicos
Contexto Histórico
O voleibol foi criado em 1895, pelo professor Willian George Morgan, por
solicitação dos “homens de negócios” da época que queriam uma atividade física
mais moderada para que pudessem praticar nas horas livres, pois o tênis e o
basquetebol, esportes praticados pela burguesia na época apresentavam-se
muito dinâmicos. No início o esporte servia como atividade de lazer, sendo
praticado de forma recreativa. Morgan inspirou-se no tênis de campo, separando
os adversários por uma rede, tendo por objetivo enviar a bola à quadra adversária
por cima da rede. A quadra na época media 15,75 m. de comprimento e 7,625 m.
de largura, sendo que a rede ficava a 1,98 m. de altura. A primeira bola utilizada
foi a de basquetebol, que se mostrou muito pesada e, posteriormente, sua
câmara, que foi considerada muito leve. Então, Morgan encomendou uma bola de
couro, com câmara de borracha, com circunferência de 67,5cm e peso entre 255
a 340 g, sendo suas características não muito diferentes da bola atual (BOJIKIAN
e BOJIKIAN, 2008).
As primeiras regras foram publicadas em 1897. Citarei algumas: o jogo
era até nove pontos; o sacador tinha que manter o pé em cima da linha de fundo
para sacar; ele tinha duas tentativas de saque; um time só marcava ponto quando
estivesse sacando; não podia prender a bola; bola na linha era considerada fora;
bola na rede era considerada falta; a rede não podia ser tocada pelos
participantes; a bola tinha que ser rebatida com as mãos; a bola podia bater em
qualquer objeto fora da quadra e voltar, e o jogo continuaria (DAIUTO (S/D). O
número de seis jogadores por equipe foi fixado em 1918, sendo que até então era
livre, assim como o número de toque na bola por equipe, que foi fixado em três
por equipe em 1922. O primeiro nome utilizado por Morgan para o novo esporte
era minonette, e depois mudou para Volleyball (volley = voleio e ball = bola),
significando bola em constante voleio. O voleibol difundiu-se pelos Estados
Unidos e Canadá através da Associação Cristãs de Moços, sendo uma
contribuição decisiva para a difusão do esporte pelo mundo (BOJIKIAN e
BOJIKIAN, 2008).
As forças armadas americanas, durante a 1ª guerra mundial, contribuíram
para a difusão do voleibol na Europa, pois devido a fácil adaptação da prática do
voleibol em qualquer terreno, a facilidade para o improviso de uma rede e a
necessidade de apenas uma bola tornou o esporte ideal para a prática dos
soldados durante os momentos de folga.
A Federação Internacional de Volleyball foi criada em 1947, em Paris,
França, sendo o primeiro presidente o francês Paul Libaud. O Brasil foi um dos 13
países participantes do congresso de fundação. Em 1949, o primeiro campeonato
mundial de voleibol masculino, em Praga, Tchecoslováquia, com a ex-União
Soviética como campeã. O voleibol foi aprovado para as Olimpíadas em 1961,
mas somente no ano de 1964 em Tóquio foi efetivada a participação, com a ex-
URSS campeã no masculino e o Japão no naipe feminino. O Brasil apesar de
possuir a hegemonia na América do Sul, não passava de posições intermediarias
nas competições de maior abrangência.
No Brasil, há controvérsias sobre sua introdução. Segundo Bojikian e
Bojikian (2008), alguns afirmam que foi em 1915, pelo Colégio Marista de
Pernambuco, e outros que foi pela ACM de São Paulo, em 1916/17. Conforme
eles, a Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) foi fundada em 1954, tendo
como primeiro presidente Denis Hattaway, a partir de então, a organização do
nosso voleibol deixou de ser feita pela Confederação Brasileira de Desportos.
O voleibol tornou-se mais desenvolvido a partir dos anos 70, quando
através de iniciativas de marketing e organização foi popularizado, tornando-se
um dos esportes mais praticados do país. Também houve investimento na
formação de técnicos e atletas brasileiros, sendo organizados muitos cursos
ministrados por técnicos estrangeiros de renome. Vários campeonatos
internacionais foram sediados em nosso país. Hoje o voleibol é um dos esportes
mais populares no mundo (BOJIKIAN e BOJIKIAN, 2008). No sul do Brasil, os
imigrantes europeus já o praticavam, mesmo antes das iniciativas de marketing e
difusão escolar.
A expansão do voleibol no início foi pequena, visto que era praticado em
quadras fechadas, mas após fazer parte das atividades escolares houve uma
grande expansão, sendo na atualidade um dos esportes mais praticados nas
escolas, devido a sua facilidade de materiais e adaptação das regras. Contudo
alguns professores e autores notaram que a maneira de ensinar o voleibol para os
discentes não estava obtendo bons resultados, pois não possibilitava o
desenvolvimento das habilidades dos alunos mais novos, sendo necessária a
adoção de metodologias diferenciadas, surgindo assim a ideia do mini voleibol,
como forma de respeitar as necessidades e capacidades das crianças (BRANDL
NETO, 2002).

Mini-voleibol

O mini-voleibol foi lançado por BAACKE, chegando ao nosso


conhecimento em 1977, através de um artigo na Revista Brasileira de Educação
Física e Desportos, tendo uma visão mais competitiva (BRANDL NETO, 2002). O
mini voleibol pode ser uma ótima forma de a criança começar a apreciar o
esporte.
O “mini-vôlei” é um método de iniciação simplificado e adaptado às
capacidades e necessidades das crianças, tendo como princípio básico a
formação lúdica, fazendo com que elas aprendam brincando, visto que é uma
característica da idade, com formação de turmas mistas de crianças de 07 a 14
anos, adequação do tamanho da quadra, do peso da bola, altura da rede e das
regras do jogo a esta faixa etária (CBV, 1999). O mini voleibol torna-se motivante,
pois os alunos conseguem executar os fundamentos com mais facilidade, devido
ao maior contato com a bola, acarretando melhor aprendizagem.

O mini–voleibol é um método simples e adaptado às necessidades


das crianças de 08 a 14 anos, para aprendizagem do voleibol,
jogado por duas equipes compostas por menos de seis jogadores
cada time, resultante de reflexões didáticas onde as ações
complexas se reduzem a situações de jogos simplificadas,
correspondentes ao estado de desenvolvimento dos jogadores
(GOTSCH apud QUADROS JÚNIOR, QUADROS e GORDIA,
2007, p. 1).

O mini-voleibol apresentado por Baacke (1977) era/é direcionado ao


aprendizado de grupos específicos que gostariam de treinar voleibol. E assim, ele
elaborou quatro fases a partir da idade de nove anos até os doze. Mas, já
indicava sua adaptação para o lazer, para adultos e para jogadores mais
adiantados. Professores de escolas viram também no mini-voleibol a possibilidade
de fazer parte das ações nas aulas. Brandl Neto (2002) e Campos (2006), por
exemplo, perceberam esse jogo como uma forma muito importante e significante
para ensinar o voleibol nas aulas e o indicaram, porém sugerindo pequenas
mudanças nas práticas pedagógicas envolvidas, diferenciando-as de treinamento,
como indicado inicialmente por Baacke. A seguir são apresentadas as fases que
podem ser utilizadas com qualquer grupo escolar que não tenha ainda o
conhecimento dos fundamentos do voleibol.
Segundo Brandl Neto (2002), o mini voleibol pode ser ensinado em 4
fases, que são:
1ª Fase: é a fase em que se deve aprender a arremessar, receber e
movimentar-se na quadra; deve ser feita em quadras pequenas com altura da
rede mais baixa, podendo utilizar bolas um pouco mais pesadas. Deve-se fazer
brincadeira da “bola sobre a rede”, com jogo 1x1, 2x2. Nessa brincadeira
simplesmente se faz o arremesso da bola sobre a rede tentando fazer com que
ela caia no solo no lado contrário.
2ª Fase: deve-se aprender a passar e movimentar, posicionando-se sob a
bola, podendo ser exigido que a bola seja segura na posição de toque (bola na
altura da testa e posicionamento das mãos e dedos). Devem-se usar bolas de
diferentes pesos e tamanhos. Nesta fase pode-se jogar 1x1, 2x2, 3x3, com altura
da rede em torno de 2,25 metros e a quadra de acordo com o número de
jogadores.
3ª Fase: início dos fundamentos básicos de forma mais sistematizada:
saque por baixo, toque, manchete, ataque. Deve-se introduzir a ideia de conjunto
(inicialmente segurando a bola), treinar recepção, levantamento e ataque. À
medida que aconteça o domínio das técnicas pode ser liberada a prática durante
o jogo, segurando a primeira bola e rebatendo as demais, ou rebatendo a primeira
bola e segurando as demais, conforme o objetivo da aula.
4ª fase: é o mini-voleibol propriamente dito, mas continuando com o
processo de ensino aprendizagem. Deve-se ensinar saque por cima, aprimorar
passe, treinar cortada e bloqueio simples sem deslocamento lateral inicialmente.
Pratica-se o jogo de 3x3 com regras adaptadas.
As táticas do mini-voleibol serão demonstradas quando da execução dos
jogos entre os alunos, em cada fase.
De acordo com Baacke (1977), no mini-voleibol ensinamos apenas as
técnicas fundamentais ao jogo: Saque por baixo e tipo tênis, recepção de saque
de toque e manchete, levantada de toque e manchete, ataque de toque, largada,
cortada, bloqueio simples e recuperação. Conforme este autor, a preparação
física básica já é adquirida através da prática do jogo.

MÓDULO 2

Fundamentos técnicos e táticos para o mini-voleibol


As atividades relacionadas têm como base ou foram adaptadas de Baacke
(1977), Brandl Neto (2002), Campos (2006), Bojikian e Bojikian (2008) e Instituto
Compartilhar (2013).

SAQUE POR BAIXO

Objetivos:

Ênfase no ensino da técnica do fundamento saque e iniciação ao toque.

Encaminhamento Metodológico:

O professor questionará os estudantes sobre o fundamento saque. E após os


diálogos alunos realizarão exercícios sobre o saque para fixação e jogos.

Local:

Quadra da escola, dividida em quadras de mini-volei.

Materiais:

Rede, bolas, arcos.

Saque por baixo: o jogo de voleibol inicia-se com um saque, dando um golpe na
bola pelo jogador da posição 1, estando atrás da linha de fundo, ao longo dos 9
metros de largura da quadra.

Fonte: http://daniele-gross.blogspot.com.br/2012/10/fundamentos-do-voleibool-7-ano.html
ATIVIDADES:

Aulas: 4, 5, 6, 7 e 8

Professor pergunta como é desenvolvido o saque. Após a discussão iniciam as


atividades para a aprendizagem.

- Individualmente: alunos andando pela quadra, lançando a bola para cima com o
braço estendido;

- 2 à 2: um aluno lança a bola para o colega de forma rasteira, semelhante ao


movimento do boliche, com o braço estendido, vindo de trás para frente, com a
perna contrária ao braço que lançará a bola à frente;

- 2 à 2: Mesmo exercício anterior, com o aluno preocupando-se em terminar o


movimento com o braço estendido e a mão em forma de concha votada para o
colega;

- 2 à 2: um aluno frente para o outro, 2 metros de distância, realizar o saque um


para o outro. A cada cinco repetições recuar um metro para trás até chegar a
linha lateral da quadra.

- 2 à 2: Idem ao exercício anterior, mas com um aluno em cada lado da rede,


fazendo a bola passar sobre a rede.

- Alunos em dupla: um em cada lado da rede, cada dupla com uma bola, um arco
em uma das quadras servindo de alvo. Um dos alunos posiciona-se para o saque,
a 2 metros dentro da quadra, do lado contrário ao arco e executa o saque
tentando acertá-lo, o outro aluno pega a bola e devolve por baixo da rede. Realiza
seis saques cada aluno, trocando as funções. Na segunda série do primeiro
aluno, realizar o saque de trás da linha de fundo.

- Jogo de 1x1: com um aluno executando o saque e o outro, segura a bola vinda
do saque.

- Jogo de 2x2: com a recepção do saque sendo agarrada e sem preocupação de


como o aluno passará a bola sobre a rede.
- Individualmente: o aluno segura a bola com as duas mãos próxima ao joelho, em
seguida lança a bola e segura com a mão na posição de triângulo com a bola
acima da cabeça, mantendo os cotovelos semiabertos;

- Partindo da mesma posição, o aluno lança a bola, bate uma palma e segura a
bola na posição de triângulo;

- Realizar o exercício anterior, alternando um toque direto e um toque lançado;

- Jogo 2x2: tentando segurar a última bola na altura da testa, antes de enviá-la
para o lado contrário.

TOQUE

Objetivos:

Ensinar a técnica do fundamento toque e iniciação do fundamento manchete.

Encaminhamento Metodológico:

O professor questionará os estudantes sobre o fundamento toque. E após os


diálogos alunos, o professor explicará o toque e realizarão exercícios sobre o
toque para a aprendizagem. Depois farão o posicionamento do toque em forma
de mini-jogo.

Local:

Quadra da escola, dividida em quadras de mini-volei.

Materiais:

Rede, bolas, arcos, cones.

Toque: é o fundamento mais característico do jogo de voleibol, sendo


responsável, na maioria das vezes, pela preparação do ataque.
Fonte: http://daniele-gross.blogspot.com.br/2012/10/fundamentos-do-voleibool-7-ano.html

ATIVIDADES:

Aulas: 9, 10, 11, 12, 13 e 14.

- O aluno em deslocamento pela quadra lança a bola deixando dar um quique no


chão e realiza um toque, 10 repetições cada;

- 2 a 2: um aluno da dupla, lança a bola para o colega e o outro devolve de toque;

- 2 a 2: Idem ao exercício anterior, mas o aluno que recebe a bola, realiza um


toque de controle e devolve a bola de toque, 10 repetições cada;

- 2 a 2: alunos distantes cerca de 3 metros um do outro, um aluno desloca até o


colega toca na bola que está com ele, desloca novamente de costas, durante este
deslocamento, o aluno que está com a bola lança para o colega que devolve de
toque, 10 repetições cada;

- Em duplas: um aluno da dupla entre dois cones, com distância de 2 metros para
cada lado do aluno, este se desloca tocando no cone da direita, depois da
esquerda e quando estiver novamente no centro o colega lança a bola para ele
realizar um toque de controle e devolver de toque, 8 repetições cada;

- Em duplas: um aluno em cada lado da rede, distantes 2 metros da mesma, um


dos alunos se desloca para frente tocando na rede e retornando a posição inicial,
o outro lança a bola para o mesmo devolver de toque.

- Individualmente: os alunos caminhando pela quadra, lança a bola para cima e


durante a descida da bola, o aluno estende o braço deixando a bola passar entre
os braços e simultaneamente ao quique da bola encosta as duas mãos no chão;

- Individualmente: os alunos caminhando pela quadra; lança-se a bola para cima e


na descida da bola o aluno estende o braço deixando a bola passar entre os
braços e após o quique no chão tenta amortecer/pegar a bola com a posição dos
membros superiores estendidos à frente do corpo (como manchete); arremessa-
se a bola nessa posição para cima novamente e realiza-se a mesma atividade.
- Pegador: quem pega deve manter a bola na posição de manchete; fugitivos na
área da quadra do voleibol; quem for pego ajuda. Ou, os fugitivos também podem
manter uma bola na posição de manchete.

- Jogo 3x3: agarrando a bola vinda do saque; no levantamento realiza um toque e


passa a bola de toque para o outro lado.

- Jogo 3x3: segurando a bola vinda do saque na posição de toque; nas demais
ações realiza-se um toque.

Manchete: é o fundamento mais utilizado para a recepção de saque e defesa de


bolas cortadas, sendo realizado pelo antebraço.

Fonte: http://daniele-gross.blogspot.com.br/2012/10/fundamentos-do-voleibool-7-ano.html

Objetivos:

Ensinar a técnica do fundamento manchete e iniciar o sistema de jogo.

Encaminhamento Metodológico:

O professor questionará os estudantes sobre o fundamento manchete. E após os


diálogos alunos, o professor explicará a manchete e realizarão exercícios sobre a
manchete para a aprendizagem. Depois farão o posicionamento da manchete em
forma de mini-jogo.

Local:
Quadra da escola, dividida em quadras de mini-volei.

Materiais:

Rede, bolas, arcos, cones.

Atividades:

Aulas: 15, 16, 17, 18, 19 e 20.

- Individualmente: os alunos andando pela quadra, lançam a bola para cima e na


volta realizam uma manchete;

- 2x2: Um aluno deverá realizar a manchete na bola que o colega posicionado à


sua frente estará segurando. A bola deverá estar parada na altura do joelho, mais
ou menos, sofrendo uma ligeira pressão por quem está segurando. Cada aluno
realiza 8 manchetes cada.

- 2x2: Um aluno frente para o outro, distante 3 metros; um aluno lança a bola na
direção do outro, que devolverá de manchete, iniciando em posição de
expectativa e realizando 10 repetições cada aluno.

- 2x2: Um aluno frente para o outro, com distância aproximada de 3 metros; um


aluno com a bola e o outro se desloca de frente, toca na bola e retorna de costas.
No retorno o aluno com a bola a lança para o colega devolver de manchete (8
repetições cada aluno).

- 2x2: Idem ao exercício anterior, mas o aluno que receberá a bola fará um
controle de manchete e devolverá de manchete.

- 2x2: Um aluno em cada lado da rede, distantes 2 metros da mesma; um aluno


lançará a bola para o colega utilizando o movimento do saque, que devolverá de
manchete (8 repetições cada aluno).

- Em duplas: um aluno da dupla entre dois cones, com distância de 2 metros para
cada lado do aluno; este se desloca tocando no cone da direita, depois da
esquerda e quando estiver novamente no centro o colega lança a bola para ele
devolver de manchete (8 repetições cada aluno);

- Idem ao anterior, mas o aluno que recebe a bola realiza um controle de


manchete e devolve a bola de manchete.
- O professor posicionado no fundo da quadra para lançar a bola; um trio na
quadra contrária, com um aluno na posição 1 para passar a bola, um aluno na
posição 2 para levantar a bola e 1 aluno na posição 3 para passar a bola e
finalizar na posição de toque ou com uma mão. O professor lança para um dos
alunos da posição 2 ou 3, que seguram a bola e lançam para o aluno da posição
2 realizar um levantamento para a posição 3 passar a bola para a quadra
adversária. A cada finalização realiza-se o rodízio, sendo que o aluno da posição1
vai para a posição 2, o da posição 2 vai para a 3 e o aluno da posição 3 vai para a
1. Depois que os alunos passaram pelas 3 posições troca-se o trio. Pode-se
utilizar um aluno para sacar para que mais trios realizem o exercício ao mesmo
tempo.

- Jogo da manchete 2x2 ou 3x3: a bola que vem do lado contrário deve ser
segura. Após deve ser jogada para um companheiro, que também segura. Esse
joga a bola de volta (2x2) ao companheiro que deve passar para o outro lado
realizando a manchete. No caso de 3x3, alternam-se os passes entre os três. Na
iniciação, o aluno que for realizar a manchete deve ficar de frente para a rede e
um pouco afastado dela, recebendo a bola lançada por um aluno perto da rede.

- Jogo 3x3: segurando a bola vinda do saque na posição de manchete, no


levantamento realiza um toque e passar a bola de toque para o outro lado.

- Jogo 3x3: realizando uma manchete para a recepção, nas demais ações realiza-
se um toque.

Cortada: é o fundamento do voleibol que finaliza a maioria das ações ofensivas,


visando enviar a bola ao encontro do solo na quadra adversária, por meio de um
golpe forte durante um salto.
Fonte: http://daniele-gross.blogspot.com.br/2012/10/fundamentos-do-voleibool-7-ano.html

Objetivos:

Ensinar a técnica do fundamento cortada.

Encaminhamento Metodológico:

O professor questionará os estudantes sobre o fundamento cortada. E após os


diálogos com os alunos, o professor explicará a cortada e realizarão exercícios
sobre a cortada para a aprendizagem. Depois farão o posicionamento da cortada
em forma de mini-jogo.

Local:

Quadra da escola, dividida em quadras de mini-volei.

Materiais:

Rede, bolas, arcos, cones.

Atividades:

Aulas 21, 22, 23, 24, 25, 26 e 27.

- Os alunos realizam, sem a bola, o movimento dos braços da cortada, finalizando


com uma flexão de punho.

- Em pé (para destros), o pé esquerdo um pouco à frente (ou pés paralelos). Os


alunos realizam o trabalho dos braços, partindo estendidos ao longo do corpo,
sendo lançados para baixo e para trás, estendidos, antes de serem dirigidos para
o alto no balanceio da armada.
- O mesmo exercício anterior, fazendo o lançamento dos braços à frente e ao alto,
acompanhado por uma flexão e extensão das pernas.

- Idem ao anterior, com um salto vertical no momento da extensão das pernas


(movimento da cortada, sem deslocamento, com os pés próximos).

- Mesmo exercício anterior, precedido de uma passada com a perna direita


(destros). Deslocamento para frente.

- Os alunos em duplas posicionados um de frente para o outro, distantes 3


metros. o aluno executor estará com uma bolinha (podendo ser de papel) na mão
oposta à mão dominante e o pé oposta ao dominante ligeiramente à frente. O
aluno leva os braços para trás do corpo e troca a bolinha de mão, elevando os
dois braços rapidamente para o ponto mais alto alcance. O braço dominante arma
atrás da cabeça e o braço oposto permanece apontando para cima e em
movimento rápido lança a bola, procurando soltá-la com o braço estendido, acima
e à frente da cabeça em direção aos pés do colega utilizando uma flexão de
punho, enquanto o braço oposto é abaixado. Realiza-se 10 repetições cada.

- Individual: Três filas de frente para a rede, a aproximadamente e metros da rede,


um arco a 50 cm. da rede na frente de cada fila. Cada aluno com uma bolinha
(papel) na mão para realizar o ataque. O aluno estando a pouco mais que um
passo normal, realiza a passada, entrando com o calcanhar dentro do arco com a
mesma perna do braço da cortada. No momento que estiver fazendo a passada,
os dois braços são movimentados para trás e perna oposta ao braço da cortada,
junta dentro do arco para realizar o salto. No momento do salto os dois braços
movimentam-se rapidamente para cima auxiliando na impulsão, no ponto mais
alto o aluno deve arremessar a bolinha para o outro ado da rede.

- Professor no meio da rede para realizar os lançamentos para os alunos, uma fila
de alunos na entrada da rede para realizar o exercício a aproximadamente 1 m.
da rede. O professor lança a bola para o aluno realizar a cortada sem saltar,
estando de frente para a rede.

- Professor na posição 2 para lançar a bola, simulando um levantamento, um arco


na posição 3 à 50 cm. da rede, uma coluna atrás do arco, distante semelhante a
um passo normal do aluno, com bola. O aluno lança a bola para o professor e se
prepara para realizar a passada. O professor lança a bola para o aluno, que
realiza a passada, entrando no arco com o calcanhar direito em seguida juntando
a perna esquerda para realizar o salto e realiza a cortada. Após todos fazerem o
exercício, troca-se o lado.

- Jogo 3x3: fazendo uma manchete na bola vinda do saque, no levantamento


realiza um toque e passar a bola de toque para o outro lado.

- Jogo 3x3: realizar a recepção de manchete ou toque, no levantamento de toque


ou manchete e uma cortada para passar a bola para a quadra adversária.

Sistema de Jogo:

Objetivos:

Ensinar a tática do sistema de jogo do mini voleibol.

Encaminhamento Metodológico:

O professor questionará os estudantes sobre o sistema de jogo. E após os


diálogos alunos, o professor explicará sistema de jogo e realizarão exercícios
sobre sistema de jogo para a aprendizagem. Depois farão o posicionamento do
sistema de jogo em forma de mini-jogo. Muitas situações táticas já serão
discutidas e realizadas no transcorrer do processo de ensino/aprendizagem dos
fundamentos técnicos, pois estes também são ensinados, de forma divertida, com
pequenos jogos.

Local:

Quadra da escola, dividida em quadras de mini-voleibol.

Materiais:

Rede, bolas, arcos, cones.

Atividades:

Aulas 28, 29 e 30.

- Repete-se a mesma atividade já realizada quando da iniciação do sistema de


jogo, quando do ensino da manchete: o professor posicionado no fundo da quadra
para sacar e um trio na quadra contrária, com um aluno na posição 1 para passar
a bola, um aluno na posição 2 para levantar a bola e 1 aluno na posição 3 para
passar a bola e finalizar. O professor saca para um dos alunos da posição 2 ou 3,
que seguram a bola e lançam para o aluno da posição 2 realizar um levantamento
para a posição 3 passar a bola para a quadra adversária. A cada ataque realiza-
se o rodízio, sendo que o aluno da posição1 vai para a posição 2, o da posição 2
vai para a 3 e o aluno da posição 3 vai para a 1. Depois que os alunos passaram
pelas 3 posições troca-se o trio. Pode-se utilizar um aluno para sacar para que
mais trios realizem o exercício ao mesmo tempo.

- Professor no fundo da quadra para sacar e um trio posicionado na quadra


contrária, sendo um aluno na posição 1, para receber o saque e atacar, um aluno
na posição 2 para realizar o levantamento e um aluno na posição 3 para realizar o
passe e atacar a bola. O professor saca no aluno da posição 3 que passa a bola
de toque ou manchete para o aluno da posição 2, que passa a bola para a quadra
adversária de toque. Na sequência o professor realiza o saque para o aluno da
posição 3 realizar o passe e o ataque. Após os dois alunos realizarem o exercício,
faz-se o rodízio e quando todos passarem pelas 3 posições troca-se o trio. Pode-
se fazer com um aluno sacando.

- Idem ao exercício anterior, mas com os alunos das posições 1 e 3 realizando um


cortada para passar a bola para a quadra adversária.

- Realização do jogo 3x3 várias vezes e com trios diferentes para os alunos irem
incorporando e executando os fundamentos técnicos e táticos: nas várias quadras
menores, depois de algum tempo, os trios fazem revezamento, jogando com
outros trios que ainda não jogaram.

- Caso aconteça a aprendizagem esperada, haverá a tentativa de se colocar mais


alunos na quadra e aumentar gradativamente as dimensões, e eles jogarem 4x4,
5x5 e até 6x6.

Aulas 31 e 32:

- Avaliação através de questionário para verificar a aprendizagem que ocorreu


durante a intervenção, a partir da opinião dos discentes.

- Mostrar para os discentes o resultado do estudo e praticar o jogo de voleibol


conforme regras que os alunos sugerirem.
REFERÊNCIAS

BAACKE, H. Mini-volibol – Uma forma adaptada de VB para crianças de 09 a 12


anos. Revista brasileira de Educação Física e Desportos. Brasília, v. 9, n0 33,
jan/mar, 1977.

BOJIKIAN, J. C. M.; BOJIKIAN, L. P. Ensinando Voleibol. São Paulo: Phorte


Editora, 2008.

BRANDL NETO, I. Voleibol: práticas alternativas frente aos novos paradigmas. In


Caderno de Educação Física: Estudos e Reflexões. Colegiado de Educação
Física da UNIOESTE. Marechal Cândido Rondon: EDUNIOESTE, v.4, n.7, p. 31-
56, 2002.

CAMPOS, Luiz Antônio Silva. Voleibol “Da” Escola. São Paulo: Fontoura, 2006.

CANFIELD, J.T.; REIS, C. Aprendizagem motora no voleibol. Santa Maria: JtC


Editor, 1998.

CBV (CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE VOLEIBOL). Programa Viva Vôlei.


CBV, 1999. www.cbv.com.br. Acessado em 02/07/2014.

DAIUTO, M. Voleibol: regras comentadas, técnica e tática. São Paulo: Cia


Brasil Editora, S/D.

INSTITUTO COMPARTILHAR. Núcleos de Iniciação ao Voleibol: Categoria mini


3x3 – iniciante. Convênio Governo do Paraná e Unilever. Apostilado, 2013.

QUADROS JÚNIOR, Paulo Konorr de; QUADROS Teresa Maria Bianchini;


GORDIA, Alex Pinheiro. Proposta metodológica para o mini-voleibol: uma
estratégia para iniciação esportiva de crianças. EFDeportes.com, Revista
Digital. Buenos Aires, Año 12, Nº 110, 2007.
http://efdeportes.com/efd110/proposta-metodologica-para-o-mini-voleibol.htm
Acessado 2/4/2014.

PARANÁ - Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da


Educação Física. Curitiba: SEED, 2008.

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