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A interdisciplinaridade é um tema atual que vem crescendo mais e mais

no contexto escolar, isso proporciona que disciplinas ou matérias possam ser


usadas entre si. Para isso, os professores tem de repensar as metodologias e
práticas docentes, visando assim inovar o método de ensino.

            O ensino de línguas, por exemplo, quando trabalhado de forma


estrutural, ou seja, com foco na gramática, torna-se insuficiente e ineficaz
quanto à formação de cidadãos críticos e pensantes. Por isso, a
interdisciplinaridade vem sendo fortemente apontada como uma possível
solução para essa lacuna, por meio de conexões entre as diferentes
disciplinas, os alunos serão capazes de perceber que tudo está interligado.
Com base nas línguas, é possível que se trabalhe com qualquer outra
disciplina e, portanto, o ensino interdisciplinar nas aulas de língua pode ser
muito rico e produtivo, pois, a partir de assuntos pertencentes a outras áreas, é
possível que se trabalhe com questões relacionadas à língua. Sendo assim, o
trabalho interdisciplinar ajudará a formar alunos mais completos, com uma
visão mais geral do mundo. Com essa postura mais globalizada, o aluno será
capaz de “conversar” com o universo, fazer ligações entre os conhecimentos
adquiridos, ligar conceitos, formando, assim, um todo em torno do
conhecimento.

É com essa tendência de inovação. Temos que ver que é necessário


romper a barreira criada por mentes que não acreditam que seja possível fazer
uma diferença significativa, sentido que a interdisciplinaridade propicia, em
oposição ao isolamento gerado pela especialização dos saberes e dos estudos
científicos. Concretizar essa quebra, no entanto, não é uma tarefa fácil, pois
significa alterar e substituir uma cultura de aprendizagem que possui raízes
profundas em nosso sistema de ensino e em nossa própria visão de mundo.
Segundo Fazenda (1998), ser capaz de lidar com o novo e, por vezes,
desconfortável, pois “tão habituados nos encontramos à ordem formal
convencionalmente estabelecida, que nos incomodamos ao sermos desafiados
a pensar com base na desordem ou em novas ordens.”. A dificuldade
encontrada por professores mais antigos para se adaptarem a esse novo
sistema de ensino e inserirem em suas aulas não apenas a sua disciplina, mas
atividades com as outras áreas do conhecimento.

            O ensino de uma língua estrangeira, como o inglês, ou a própria língua


materna, o português, é capaz de abarcar toda e qualquer disciplina, uma vez
que é, através da língua, que a comunicação se estabelece, ou seja, é a partir
da linguagem que somos capazes de aprender, conhecer e compreender tudo
que está ao nosso redor. Por isso, nas aulas de língua, seja ela materna ou
estrangeira, é possível que haja um trabalho interdisciplinar extremamente rico,
visto que a inserção de questões geográficas, históricas, físicas, químicas,
matemáticas e biológicas torna o trabalho mais completo e eficaz. Portanto,
para que haja um processo de ensino-aprendizagem interdisciplinar, é
necessário, primeiramente, repensar a formação de professores bem como as
suas atividades dentro da escola. A escola deve propor e disponibilizar um
tempo para que todos os professores possam se capacitar e também dialogar
entre si, a fim de planejarem suas aulas de forma a contemplar conteúdos de
outras áreas para o bem de um ensino mais integrado e, sem dúvida, mais
feliz.

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