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UNIVERSIDADE CRUZEIRO DO SUL

FORMAÇÃO PEDAGÓGICA PARA GRADUADOS NÃO LICENCIADOS –


BIOLOGIA
ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO EM CIÊNCIAS NOS ANOS
FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

MARIANA BUSCHE DA CRUZ


(RGM : 20815972)

RELATÓRIO CRÍTICO-REFLEXIVO DA DISCIPLINA ESTÁGIO


CURRICULAR SUPERVISIONADO

BRASÍLIA
2019
CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA

O estágio foi realizado na escola pública Centro de Ensino Fundamental


25 de Ceilândia (CEF 25), localizada Setor P, QNP 9 Conjunto M, área especial
na região administrativa de Ceilândia da cidade de Brasília, telefone (61) 3901-
6912, vinculada da Secretária de Educação do Distrito Federal. Trata-se de uma
escola que abrange os anos finais do ensino fundamental (6º ao 9º ano), a
observação se deu nos níveis escolares do 6º e 7º ano do Ensino Fundamental.
A escola possui 23 salas de aulas, 134 funcionários, entre diretores,
professores, coordenadores, supervisores, auxiliares administrativos, auxiliares
de serviços gerais, porteiro. A estrutura também conta com sala de professores,
quadras de esportes descoberta e coberta, refeitório, biblioteca, sala de leitura
(BRASIL, 2018). A respeito de limpeza, a escola possui funcionários
terceirizados para essa função, os corredores são limpos diariamente, mas não
foi observado essa mesma dedicação para limpeza dentro das salas de aula,
agravada pela falta de educação da comunidade escolar, principalmente alunos.
Sobre estrutura predial, a escola tem vários problemas desde forros mal
instalados, a goteiras no meio da sala. Todas as salas tem o quadro branco,
mesa para professores e as carteiras escolares, estas também são vandalizadas
pelos alunos, o que polui visualmente a sala de aula. A escola foi recentemente
pintada e seus muros externos são grafitados, levando visualmente uma boa
impressão da escola. Há na escola espaços para auxiliar a prática docente como
laboratórios e sala de áudio visual, porém são subutilizados, este é usado como
sala de aula normal e aquele virou depósito da escola, logo o recurso para a
docência se limita muito em sala de aula.
O CEF 25 se diferencia das outras escolas por dividir as turmas nos
turnos, no turno matutino, horário do estágio, somente os alunos de 6º e 7º ano
e no vespertino o 8º e 9º ano do ensino fundamental. Na escola no turno noturno
também possui Educação de Jovens e Adultos (EJA) em Ensino Fundamental.
Outra característica é disposição as aulas os alunos entram as 7 horas, ás 8
horas 45 minutos eles vão para o primeiro intervalo, aonde é servido a merenda,
e ás 10 horas e 20 minutos eles vão para o segundo intervalo. No CEF 25, não
há uma sala para cada turma, a cada aula os alunos tem que migrar de sala em
sala, ou seja, os professores ficam em sala e os alunos é que realizam a troca
de sala, que tem seus benefícios e malefícios que será descrito a seguir.

INTRODUÇÃO

Estágio realizado no período do dia 28 de fevereiro de 2019 á 18 de abril


de 2019 no turno matutino das 7 horas às 12 horas. Sendo componente
obrigatório, do curso de licenciatura em Biologia, o estágio curricular
supervisionado foi realizado conforme as instruções e regras da instituição
escolar e seguindo o cronograma escolar apresentado pela professora que
acompanhou o estágio. A matéria acompanhada foi a de Ciências Naturais,
sendo 4 turmas de 7º ano e 3 turmas de 6º ano.
As cento e cinquenta horas foram realizadas na sua integridade, sendo
uma parte observacional, onde não houve participação direta na aula somente
observação do processo cognitivo, análise da metodologia aplicada,
acompanhamento das práticas educativas. Evoluindo para a etapa participativa,
auxiliando os nas atividades pedagógicas, elaboração de atividades, preparação
de material juntamente com o professor regente. Enfim, a parte de regência, de
preparação e atuação das aulas, com preparação de atividades, projetos e
práticas para auxiliar no processo de aprendizagem.
Dentro do cronograma escolar nas turmas de 6º ano foi abordado o ensino
sobre a água, suas características e funções, todavia nas turmas de 7º ano o
assunto foi características e evolução dos seres vivos e estrutura celular. A
atividade pedagógica da escola tem a característica dos alunos que trocam de
sala, apesar de ser mais vantajoso para os professores, que dependendo do dia
só precisa escrever no quadro uma vez ao dia, o tempo que os alunos levam
para trocar de sala e para se organizarem novamente gera uma grande perda
de aula, particularmente um sistema desvantajoso, que se trabalhada e
desenvolvida, pode ser que evolua para algo mais vantajoso.
As atividades desenvolvidas durante o estágio foram primeiramente uma
observação das aulas, onde foi realizado anotações sobre o comportamento das
salas, e também estratégias didáticas da professora regente para lidar com a
turma e repassar o conteúdo. Logo, iniciou-se a interferência, através de auxílio
nas realizações de exercícios, resolução de dúvidas e assistências a professora.
Depois da intimidade com a carga horária, alunos, matéria começou a regência
onde foi dada a aula para o 6º ano de “Estação de tratamento de água” e do 7º
ano “Princípio da Evolução” e seus exercícios respectivos, nessa etapa foi
realizado o plano de aula, de como foi a aplicação desse conteúdo e seus
exercícios com suas resoluções.

PERFIL DOS PROFESSORES

A professora regente da matéria de Ciências Naturais, Harumy Sakata,


formada em Biologia pela Universidade de Brasília (UnB), mestrado em genética
pela mesma universidade. Foi realizado as 150 horas de estágio onde foram 5
horas por dia, somente a professora Harumy me acompanhou. Aqui você vai
informar o perfil dos professores que acompanhou durante a realização do
estágio. A professora Harumy, tem didática excelente, consegue prender os
alunos na matéria, os pontos mais forte em sua estratégia em sala de aula é a
preocupação com os alunos como, mesmo sendo professora de matéria de
exatas, correção de ortografia e gramática, com o estado emocional do alunos,
como eles estão entendendo a matéria deixando eles livres para explicar como
eles conseguem. Outro ponto forte da professora Harumy é sua postura em sala
de aula, ela se impõe, apesar de ser bastante amiga dos alunos, em gera é
bastante respeitada por eles.

PRÁTICA PEDAGÓGICA DOS PROFESSORES

Na escola em questão a pratica se limitava muito ao quadro e pincel,


porém a professora regente sempre trazia alguns materiais para a prática
pedagógica. Como por exemplo, durante as aulas de introdução celular nos
sétimos anos, os alunos fizeram um exercício no qual tiveram que pintar células
identificando suas estruturas. Durante o estágio, por iniciativa própria, durante
as aulas de separação de mistura para a aula de estação de tratamento de água
nos sextos anos, foi realizado por mim, alguns experimentos simples em sala
aula para elucidar melhor a matéria. Foi vivenciado também formulação,
aplicação e correção de provas, que contribuíram para a formação docente.
FOCO 1

Realização de experimentos para elucidar a matéria de separação de


mistura para introduzir o assunto de estação de tratamento de água. Foi
realizado dentro de sala de aula, pois a escola não possui laboratório, com
matérias recicláveis e de uso doméstico comum, água, óleo, areia, algodão,
garrafa pet, tubetes (festa infantil). Foram apresentados o métedos de sepação
de misturas: decantação, filtração. E também introdução dos conceitos de
mistura homogêneas e heterogêneas.
Segundo Bartzik (2016) as aulas práticas proporcionam circunstâncias
aonde o aluno é o agente, não apenas por serem atividades mais mecânicas,
porém estão construindo seu conhecimento, interagindo com suas dúvidas e
conhecimentos já adquirido, retirando lições do objeto estudado e tirando suas
conclusões levando ao aluno a se tornar o agente do seu aprendizado.
Essas atividades práticas obviamente devem ser planejadas juntamente com a
matéria teórica, fazendo uma classificação sobre os fatos estudados, para que
os alunos possam lembrar o que já foi dado em sala de aula, logo, refletir sobre
seus próprios conhecimentos, estimulando-os a pensar e reconhecer seu
aprendizado.
Entretanto, na falta de um laboratório adequado o que se deve fazer. As
aulas em laboratório podem ser muito benéficas, também podemos realizar
aulas práticas sem um laboratório. Pode-se acreditar que a falta de um
laboratório adequado impossibilita a efetivação de aulas práticas de Ciências e
Biologia, não é uma verdade absoluta, uma vez que várias atividades podem ser
desenvolvidas sem a obrigação de equipamentos laboratoriais. O que será
determinante para o aprendizado e torna a aula mais atrativa não é a tecnologia
utilizada, e sim como a aula foi planejada.

FOCO 2
Formulação, aplicação e correção de prova. Para sintetizar e avaliar o
estágio também acompanhei essa fase na escola, onde teve a vivência prática
de saber cobrar o conteúdo repassado, e avaliar como ele foi absorvido. Em
ambientes de educação é importante que este processo aprendizagem seja
intercedido por professores dinâmicos, atualizados e motivados e também por
alunos interessados, flexíveis, curiosos e responsáveis. Estas características
farão com que o ensinar e o aprender se torne um processo fácil, participativo,
dialogado e motivador. Ligar os estudantes, que estão cada vez mais
conectados, não tem sido uma tarefa fácil para os docentes. Por isso, o momento
é propício para tornar a tecnologia - e a sua turma - uma aliada em sala de aula.
A avaliação é uma das principais condições durante o processo de
aprendizado do aluno, pois é obtido resultados referentes ao conhecimento do
estudante, entretanto, alguns professores ainda a usam apenas como uma forma
de avaliação do que o aluno aprendeu da matéria ensinada, quando o foco
principal deveria ser o conhecimento.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais propõem como meta do


estudo de Ciências no Ensino Fundamental “compreender a Ciência como um
processo de produção de conhecimento e uma atividade humana histórica,
associada a aspectos de ordem social, econômica, política e cultural.” O plano
de ensino de ciências implica atividades que possa tomar consciência de alguns
aspectos dos conhecimentos prévios dos estudantes sobre o tema a ser
desenvolvido. Em ambientes de educação é importante que este processo
aprendizagem seja intercedido por professores dinâmicos, atualizados e
motivados e também por alunos interessados, flexíveis, curiosos e responsáveis.
Estas características farão com que o ensinar e o aprender se torne um processo
fácil, participativo, dialogado e motivador.
Na formação de docentes do ensino de ciências deparamos com
dificuldades e problemas enfrentadas pelos professores em exercício, na
utilização de recursos originais e criativos, levando em conta além da formação
profissional, também humana. Atualmente, o docente deve estar atento e
atualizado para conseguir acompanhar as rápidas mudanças da sociedade, logo
deve sempre atualizando suas metodologias, conceitos e se adaptando ao uso
das tecnologias. Todavia o estágio supervisionado é o momento em que as
teorias estudadas durante a formação acadêmica são apresentadas na prática,
ou seja, aonde o estudante de licenciatura atua efetivamente na regência.
REFERÊNCIAS

BARTZIK, Franciele; ZANDER, Leiza Danielle, 2016. A Importância Das Aulas


Práticas de Ciências no Ensino Fundamental. Revista Arquivo Brasileiro de
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http://periodicos.pucminas.br/index.php/arquivobrasileiroeducacao/article/viewFi
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BRASIL. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira


(Inep). Censo Escolar da Educação Básica 2018: caderno de instruções.
Brasília: Inep, 2018. Disponível em:
http://portal.inep.gov.br/documents/186968/484154/Censo+Escolar+da+educa
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BUENO, REGINA DE SOUZA; KOVALICZN, APARECIDA, ROSILDA. O


ENSINO DE CIÊNCIAS E AS DIFICULDADES DAS ATIVIDADES
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http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/23-4.pdf Acesso
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CORDEIRO, G. N.; CARNEIRO, T. M. S. et al. MÉTODOS DE AVALIAÇÃO NO


PROCESSO ENSINO APRENDIZAGEM NUMA ESCOLA DO INTERIOR DO
NORDESTE. Diálogos Interdisciplinares, v. 6, n. 1, p. 68–85, 2017. C

LIMA, MARIA EMÍLIA CAIXETA DE CASTRO; MAUÉS, ELY. UMA


RELEITURA DO PAPEL DA PROFESSORA DAS SÉRIES INICIAIS NO
DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM DE CIÊNCIAS DAS CRIANÇAS.
REVISTA ENSAIO. Belo Horizonte MG. v. 8, n. 2, p. 161-175, set./nov. 2006.
Publicado em: 30 nov. 2006. Disponível em:
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1983-
21172006000200184&script=sci_abstract&tlng=pt Acesso em: 20 mar. 2019.
MARTINS, A. ENSINO DE CIÊNCIAS: DESAFIOS À FORMAÇÃO DE
PROFESSORES. Revista Educação em Questão, v. 23, n. 9, p. 53-65, 15 ago.
2005.

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