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DECRETO N. 11.796, DE 11 DE FEVEREIRO DE 2005.

Dispõe sobre o tratamento tributário dispensado às


operações com couro bovino ou bufalino, e dá
outras providências.

Publicado no DOE n. 6425, de 14.02.2005.

O GOVERNADOR DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL,


no uso da competência que lhe deferem o art. 89, VII, da Constituição Estadual, e o art. 314
da Lei n. 1.810, de 22 de dezembro de 1997, e considerando o disposto na Lei n. 2.957, de
22 de dezembro de 2004,

D E C R E T A:

CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º Este Decreto disciplina o tratamento tributário relativo às


operações com couro bovino ou bufalino, dispondo sobre diferimento, crédito presumido,
apuração e prazo de recolhimento.

Art. 2° O tratamento tributário favorecido, inclusive o diferimento e a


concessão de regime especial de dilação de prazo para pagamento do Imposto sobre
Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de
Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - ICMS, dispensado às
operações com gado bovino ou bufalino e com os produtos resultantes do seu abate, fica
condicionado a que a produção de couro obtida com o abate dos animais seja destinada a
estabelecimento industrial localizado neste Estado, desde que este seja possuidor de regime
especial ou de autorização específica.

Parágrafo único. Para efeito do disposto neste Decreto, considera-se


estabelecimento industrial aquele cuja atividade seja o curtimento de couro ou a execução de
processo mais avançado destinado à preparação do couro para servir de matéria-prima na
fabricação de novos produtos ou a outra utilidade, não se incluindo aquele que realize apenas
a salga, a salmoragem ou qualquer outro processo que vise à simples conservação do
couro.

CAPÍTULO II
DO DIFERIMENTO

Art. 3° O lançamento e o pagamento do imposto incidente sobre as


operações internas com couro bovino ou bufalino, destinado a estabelecimento
industrializador de couro, ficam diferidos para o momento em que ocorrer a sua saída do
estabelecimento industrial adquirente, desde que este seja possuidor de autorização
específica, independentemente do seu estágio de industrialização.

§ 1° Incluem-se nas disposições do caput deste artigo as operações de


remessa para industrialização e o respectivo retorno acrescido do valor agregado nesta etapa
de produção, realizados entre estabelecimentos industriais de couro, desde que possuidores
de autorização específica.
Art. 3º, caput e § 1º: efeitos até 04.07.2005. Veja abaixo a nova redação.

Art. 3° O lançamento e o pagamento do imposto incidente sobre as


operações internas com couro bovino ou bufalino, destinado a estabelecimento
industrializador de couro, ficam diferidos para o momento em que ocorrer a sua saída do
estabelecimento industrial destinatário, desde que este seja possuidor de autorização
específica, independentemente do seu estágio de industrialização.
Art. 3º, caput: nova redação dada pelo Decreto n. 11.887, de 04.07.2005. Efeitos a
partir de 05.07.2005.

§ 1° Incluem-se nas disposições do caput deste artigo as operações de


remessa para industrialização e o respectivo retorno acrescido do valor agregado nesta etapa
de produção, realizados entre estabelecimentos industriais de couro e estabelecimentos de
frigoríficos ou comerciais que industrializam o couro por encomenda, desde que possuidores
de autorização específica.
§ 1º: nova redação dada pelo Decreto n. 11.887, de 04.07.2005. Efeitos a partir de
05.07.2005.

§ 2° O diferimento de que trata este artigo estende-se às operações


internas de saídas do couro, do estabelecimento industrial adquirente com destino a outro
estabelecimento industrial, desde que este seja possuidor de autorização específica, para ser
utilizado como matéria matéria-prima, material secundário ou outra condição, no processo
de industrialização dos seus produtos.

§ 3° Na hipótese do parágrafo anterior, o lançamento e o pagamento do


imposto ficam diferidos para o momento da saída, do estabelecimento industrial
destinatário, dos produtos em cujo processo de industrialização tenha sido utilizado o couro.

§ 4° A aplicação do diferimento previsto neste artigo fica condicionada


ao cumprimento das regras estabelecidas na legislação relativa ao controle ambiental, pelos
estabelecimentos remetente e destinatário, observado o disposto no § 5°.

§ 5° Compete à Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos


Hídricos fiscalizar o cumprimento das regras a que se refere o § 4° deste artigo,
comunicando à Secretaria de Estado de Receita e Controle eventuais infrações, para efeito de
exclusão do estabelecimento infrator, remetente ou destinatário, do benefício do diferimento.

§ 6o O disposto neste artigo aplica-se somente nas operações em que o


remetente e o destinatário não estejam enquadrados no regime de pagamento do ICMS
previsto na Lei Complementar (federal) n. 123, de 14 de dezembro de 2006, ou em qualquer
outro regime diferenciado e favorecido de apuração e pagamento do ICMS, previsto em lei
federal ou estadual.
§ 6º: Acrescentado pelo Dec. 12.356, de 28.06.2007. Eficácia a partir de 01.07.2007.

Art. 4º O lançamento e o pagamento do imposto incidente nas operações


internas com produtos químicos realizadas por estabelecimento fabricante desses produtos,
localizados no Estado, com destino a estabelecimentos industrializadores de couro
possuidores de autorização específica, para utilização no seu processo industrial, ficam
diferidos para o momento em que ocorrerem:

I - a saída interestadual do couro submetido a processo industrial;

II - a saída, interna ou interestadual, do produto em cujo processo de


industrialização tenha sido utilizado o couro como matéria-prima, material secundário ou
outra condição;

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III - a saída do produto químico do estabelecimento destinatário
(industrial de couro), quando for o caso.

Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se somente nas operações


em que o remetente e o destinatário não estejam enquadrados no regime de pagamento do
ICMS previsto na Lei Complementar (federal) n. 123, de 14 de dezembro de 2006, ou em
qualquer outro regime diferenciado e favorecido de apuração e pagamento do ICMS,
previsto em lei federal ou estadual.
P. único: Acrescentado pelo Dec. 12.356, de 28.06.2007. Eficácia a partir de 01.07.2007.

CAPÍTULO III
DO CRÉDITO PRESUMIDO

Art. 5º Fica concedido ao estabelecimento que promover operações


interestaduais com couro bovino ou bufalino industrializado neste Estado crédito presumido
no valor equivalente aos seguintes percentuais, aplicados sobre o valor do imposto incidente
na respectiva operação:

I - no caso de operações com couro bovino ou bufalino em estágio dry-blue


e respectivas raspas:

a) até 31 de dezembro de 2005, quarenta por cento, de forma que o imposto


devido seja equivalente a sete inteiros e dois décimos por cento;

b) de 1° de janeiro a 31 de dezembro de 2006, trinta por cento, de forma que


o imposto devido seja equivalente a oito inteiros e quatro décimos por cento;
Alínea b: redação vigente até 28.03.2006. Veja abaixo a nova redação.

b) de 1° de janeiro de 2006 a 31 de dezembro de 2010, trinta por cento, de


forma que o imposto devido seja equivalente a oito inteiros e quatro décimos por cento;
Alínea b: redação dada pelo Decreto n. 12.070, de 28.03.2006. Efeitos de 29.03.2006 a
31.12.2010. Veja nova redação abaixo.

b) de 1º de janeiro de 2006 a 31 de dezembro de 2011, trinta por cento, de


forma que o imposto devido seja equivalente a oito inteiros e quatro décimos por cento;
Alínea b: nova redação dada pelo Decreto nº 13.086, de 30.12.2010. Efeitos a partir de
1º.1.2011.

c) de 1° de janeiro a 31 de dezembro de 2007, vinte por cento, de forma que


o imposto devido seja equivalente a nove inteiros e seis décimos por cento;

d) de 1° de janeiro a 31 de dezembro de 2008, dez por cento, de forma que o


imposto devido seja equivalente a dez inteiros e oito décimos por cento;
Alíneas c e d: revogadas pelo Decreto n. 12.070, de 28.03.2006. Efeitos a partir de
29.03.2006.

II - no caso de operações com couro bovino ou bufalino em estágio wet-blue


ou wet-white classificado nas 1a a 4a categorias e respectivas raspas:

a) até 31 de dezembro de 2005, trinta e cinco por cento, de forma que o


imposto devido seja equivalente a sete inteiros e oito décimos por cento;

b) de l° de janeiro a 31 de dezembro de 2006, vinte e cinco por cento, de


forma que o imposto devido seja equivalente a nove por cento;
Alínea b: redação vigente até 28.03.2006. Veja abaixo a nova redação.

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b) de l° de janeiro de 2006 a 31 de dezembro de 2010, vinte e cinco por
cento, de forma que o imposto devido seja equivalente a nove por cento;
Alínea b: redação dada pelo Decreto n. 12.070, de 28.03.2006. Efeitos de 29.03.2006 a
31.12.2010. Veja nova redação abaixo.

b) de 1º de janeiro de 2006 a 31 de dezembro de 2011, vinte e cinco por


cento, de forma que o imposto devido seja equivalente a nove por cento;
Alínea b: nova redação dada pelo Decreto nº 13.086, de 30.12.2010. Efeitos a partir de
1º.1.2011.

c) de 1° de janeiro a 31 de dezembro de 2007, quinze por cento, de forma


que o imposto devido seja equivalente a dez inteiros e dois décimos por cento;

d) de 1° de janeiro a 31 de dezembro de 2008, cinco por cento, de forma que


o imposto devido seja equivalente a onze inteiros e quatro décimos por cento;
Alíneas c e d: revogadas pelo Decreto n. 12.070, de 28.03.2006. Efeitos a partir de
29.03.2006.

III - no caso de operações com couro bovino ou bufalino em estágio wet-


blue ou wet-white classificado nas 5a a 7a categorias e como refugo e respectivas raspas:

a) até 31 de dezembro de 2005, trinta por cento, de forma que o imposto


devido seja equivalente a oito inteiros e quatro décimos por cento;

b) de 1° de janeiro a 31 de dezembro de 2006, vinte por cento, de forma que


o imposto devido seja equivalente a nove inteiros e seis décimos por cento;
Alínea b: redação vigente até 28.03.2006. Veja abaixo a nova redação.

b) de 1° de janeiro de 2006 a 31 de dezembro de 2010, vinte por cento, de


forma que o imposto devido seja equivalente a nove inteiros e seis décimos por cento;
Alínea b: redação dada pelo Decreto n. 12.070, de 28.03.2006. Efeitos de 29.03.2006 a
31.12.2010. Veja nova redação abaixo.

b) de 1º de janeiro de 2006 a 31 de dezembro de 2011, vinte por cento, de


forma que o imposto devido seja equivalente a nove inteiros e seis décimos por cento;
Alínea b: nova redação dada pelo Decreto nº 13.086, de 30.12.2010. Efeitos a partir de
1º.1.2011.

c) de 1° de janeiro a 31 de dezembro de 2007, dez por cento, de forma que o


imposto devido seja equivalente a dez inteiros e oito décimos por cento.
Alínea c: revogada pelo Decreto n. 12.070, de 28.03.2006. Efeitos a partir de
29.03.2006.

§ 1° A utilização do crédito presumido:

I - substitui e veda a utilização de quaisquer créditos relativos à entrada, no


estabelecimento, de couro bovino ou bufalino, ou de quaisquer mercadorias utilizadas no
processo de industrialização do couro, bem como os relativos ao recebimento de serviços
relacionados com a entrada ou a saída do couro, ressalvado o disposto no § 2°;

II - fica condicionada:

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a) ao recolhimento do valor a ser estabelecido em legislação específica, em
favor do Fundo de Apoio ao Centro de Tecnologia do Couro de Mato Grosso do Sul
(Funcouro);
Alínea a: efeitos até 04.07.2005. Veja abaixo a nova redação.

a) ao recolhimento do valor a ser estabelecido em legislação específica, da


contribuição para a operacionalidade e a manutenção ativa e continuada do Centro de
Tecnologia do Couro de Mato Grosso do Sul (CTC/MS);
Alínea a: nova redação dada pelo Decreto 11.887, de 04.07.2005. Efeitos de 05.07.2005
a 30.10.2005. Veja abaixo a nova redação.

a) ao recolhimento do valor estabelecido no § 3º do art. 5º da Lei n. 2.957,


de 22 de dezembro de 2004, da contribuição para a operacionalidade e a manutenção ativa e
continuada do Centro de Tecnologia do Couro de Mato Grosso do Sul (CTC/MS);
Alínea a: nova redação dada pelo Decreto n. 11.976, de 18.11.2005. Efeitos desde
31.10.2005.

b) ao cumprimento das regras estabelecidas na legislação relativa ao


controle ambiental, pelos estabelecimentos remetente e destinatário;

c) à opção do estabelecimento interessado, de forma expressa no livro


Registro de Utilização de Documentos Fiscais e Termos de Ocorrências (RUDFTO), por
essa forma de apropriação de crédito fiscal;

d) à adoção do valor estabelecido na Pauta de Referência Fiscal ou, se


maior, o valor da respectiva operação, para cálculo do imposto relativo às operações
interestaduais com couro;

e) ao cumprimento das obrigações fiscais principal e acessórias, incluída a


prestação, em meio magnético, de informações relativas à entrada e à saída de mercadorias
no estabelecimento, na forma e prazo disciplinados em legislação específica.

§ 2° O estabelecimento que optar pela utilização do crédito presumido de


que trata este artigo pode apropriar, o crédito do imposto relativo à entrada de couro
decorrente de operação interestadual, observado o seguinte, cumulativamente:

I - a apropriação deve ser feita na proporção que corresponder o débito do


imposto, deduzido o crédito presumido, no total do imposto incidente na operação de saída;

II - no caso em que as aquisições de couro em operações interestaduais


ultrapassarem sessenta por cento do total de couros industrializados pelo estabelecimento, no
período de apuração, o respectivo crédito fica limitado a cinqüenta por cento do seu valor.

§ 3° No caso em que a apuração e o recolhimento seja feito à vista de cada


operação, a verificação prevista no inciso II do § 2° deve ser feita por período mensal,
tomando-se por base o mês de aquisição do respectivo couro.

§ 4º Compete à Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Hídricos


fiscalizar o cumprimento das regras a que se refere a alínea b do inciso II do § 1º deste
artigo, comunicando à Secretaria de Estado de Receita e Controle eventuais infrações, para
efeito de exclusão do estabelecimento infrator do direito de utilizar o crédito presumido.

Art. 6º Nas hipóteses do art. 5o, o não-recolhimento do imposto no prazo


regulamentar, a constatação de qualquer irregularidade fiscal tendente a diminuir o valor do
imposto devido ou, de qualquer forma, a ocultar a realização de operação tributável, bem
como o descumprimento de qualquer outra obrigação tributária implica a perda do benefício,

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com a conseqüente obrigatoriedade do recolhimento do imposto devido à alíquota de doze
ou dezessete por cento, conforme o caso, sem prejuízo da aplicação das sanções legais
cabíveis.

CAPÍTULO IV
DA APURAÇÃO E DO RECOLHIMENTO DO IMPOSTO

Art. 7° Nas operações de saída interestaduais ou internas tributadas com


couro bovino ou bufalino, industrializado ou não, independentemente de seu estágio, a
apuração do ICMS deve ser feita:

I - à vista de cada operação, nos casos em que o estabelecimento que as


realizar não for detentor de autorização específica para apuração e pagamento do imposto
por período semanal;

II - por período semanal, nos casos em que o estabelecimento que as realizar


for detentor de autorização específica para apuração e pagamento do imposto por período
semanal;

III - por período quinzenal, nos casos em que o estabelecimento que as


realizar for detentor de regime especial para apuração e pagamento do imposto por período
quinzenal.

§ 1o Na hipótese deste artigo, o recolhimento do ICMS deve ser realizado:

I - no caso de estabelecimento não detentor de autorização específica e de


regime especial:

a) no momento da saída do couro, devendo o respectivo comprovante


acompanhar a nota fiscal acobertadora da operação;

b) preferencialmente, na Agência Fazendária da localidade do


estabelecimento remetente;

II - no caso de estabelecimento detentor de autorização específica para


apuração e pagamento do imposto por período semanal, no prazo estabelecido no item 2 do
Calendário Fiscal;

III - no caso de estabelecimento detentor de regime especial para apuração e


pagamento do imposto por período quinzenal, no prazo estabelecido no item 4 do
Calendário Fiscal.

§ 2o Na hipótese do inciso I do § 1° e nos dias ou horários em que não haja


expediente nas Agências Fazendárias, o imposto pode ser recolhido em Posto Fiscal, fixo ou
volante, mais próximo, existente no itinerário a ser percorrido pelo veículo transportador.

§ 3° Tratando-se de couro em estado fresco, salmourado ou salgado, a


eficácia da autorização específica ou do regime especial fica condicionada à expressa
anuência da unidade da Federação do estabelecimento destinatário, devendo o
estabelecimento remetente observar, complementarmente, as disposições do Convênio ICM
15, de 12 de julho de 1988, no que se refere ao recolhimento do imposto.

CAPÍTULO V
DA AUTORIZAÇÃO ESPECÍFICA

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Art. 8° Compete ao Superintendente de Administração Tributária da
Secretaria de Estado de Receita e Controle o deferimento da autorização específica a que se
refere este Decreto.

Art. 9° O pedido da autorização a que se refere o artigo anterior pode ser


protocolado na Agência Fazendária do domicílio fiscal do estabelecimento ou, diretamente,
no Setor de Protocolo e Serviços Gerais da Secretaria de Estado de Receita e Controle.

Art. 10. O estabelecimento interessado na obtenção da autorização de que


trata o artigo anterior deve:

I - estar em dia com suas obrigações fiscais, principal ou acessória, perante


o Estado;

II - apresentar requerimento instruído com os seguintes documentos:

a) contrato social da empresa e suas alterações;

b) cópia da declaração de bens e rendas do titular ou dos sócios, ou


diretores, autenticada pela Receita Federal, relativa ao exercício imediatamente anterior ao
do pedido da autorização específica;

c) comprovante de residência do titular ou dos sócios, ou diretores;

III - oferecer garantia, na modalidade de fiança bancária, hipoteca ou caução


em dinheiro efetivada mediante depósito em conta bancária vinculada, que assegure o
recolhimento do ICMS no valor correspondente a, no mínimo, um período mensal de
apuração, devendo ser observado, quanto aos demais requisitos, o disposto no Anexo V ao
Regulamento do ICMS.

§ 1º A autorização de que trata este artigo tem vigência até o dia 31 de


dezembro do ano no qual for concedida.
§ 1º: renumerado de parágrafo único para § 1º pelo Decreto n. 11.887, de 04.07.2005.
Efeitos a partir de 05.07.2005.

§ 2° Não se exigirá a garantia de que trata o inciso III do caput deste artigo
dos seguintes estabelecimentos:
§ 2º: acrescentado pelo Decreto n. 11.887, de 04.07.2005. Efeitos a partir de 05.07.2005.

I - estabelecimentos frigoríficos enquadrados no CAE 3.17.03, nas remessas


de couro destinadas à industrialização, quando o produto deva retornar à origem;

II - estabelecimentos industriais de couro (curtumes), que realizam o


beneficiamento de couro somente por encomenda.

CAPITULO VI
DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 11. Até 15 de março de 2005, os estabelecimentos destinatários ou


adquirentes nas operações de que tratam os arts. 2° a 4° deste Decreto ficam dispensados da
autorização específica neles exigida.

Parágrafo único. Os estabelecimentos que pretendem continuar usufruindo


do tratamento tributário previsto nos arts. 2° a 4° citados no caput deste artigo deverão
apresentar os pedidos de autorização específica até 25 de fevereiro de 2005.

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Art. 12. O disposto na alínea a do inciso II do § 1° do art. 5°, aplicar-se-á a
partir da determinação do valor a ser recolhido ao Fundo de Apoio ao Centro de Tecnologia
do Couro de Mato Grosso do Sul (Funcouro).
Art. 12: efeitos até 04.07.2005. Veja abaixo a nova redação.

Art. 12. O disposto na alínea a do inciso II do § 1° do art. 5°, aplicar-se-á a


partir da determinação do valor da contribuição para a operacionalidade e a manutenção
ativa e continuada do Centro de Tecnologia do Couro de Mato Grosso do Sul (CTC/MS).
Art. 12: nova redação dada pelo Decreto n. 11.887, de 04.07.2005. Efeitos a partir de
05.07.2005.

Art. 13. No que não estiver excepcionado neste Decreto, aplicam-se às


operações nele referidas as demais normas previstas na legislação tributária estadual.

Art. 14. Fica o Secretário de Estado de Receita e Controle autorizado a


disciplinar, complementarmente, a autorização específica de que trata o Capítulo V deste
Decreto.

Art. 15. Fica acrescentado o parágrafo único ao art. 1° do Decreto n. 9.930,


de 31 de maio de 2000, com a seguinte redação:

“Parágrafo único. O diferimento, a isenção, a redução de base de


cálculo, o crédito presumido e a concessão de regime especial de
dilação de prazo para pagamento do ICMS, dispensado às operações
com gado bovino ou bufalino e com os produtos resultantes do seu
abate, ficam condicionados a que a produção de couro obtida com o
abate dos animais seja destinada a estabelecimento industrial localizado
neste Estado, possuidor de autorização específica.”.

Art. 16. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação, produzindo
efeitos desde 23 de dezembro de 2004.

Campo Grande, 11 de fevereiro de 2005.

JOSÉ ORCÍRIO MIRANDA DOS SANTOS


Governador

JOSÉ RICARDO PEREIRA CABRAL


Secretário de Estado de Receita e Controle

DAGOBERTO NOGUEIRA FILHO


Secretário de Estado da Produção e do Turismo

JOSÉ ELIAS MOREIRA


Secretário de Estado de Meio Ambiente e Recursos Hídricos

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