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Tópico 1: Introdução a Economia

Divisão da Teoria Econômica (Microeconomia e Macroeconomia)

- Etimologia da palavra "Economia"

Oikosnomos = administração de uma casa ou de um Estado

Economia deriva do grego - junção de oikos (casa, estado) e nomos (norma, lei), logo significa,
a administração de uma casa ou estado. E só administramos as coisas pois as coisas acabam.
Admistra-se o tempo, o dinheiro, etc.

- Conceito de Economia

Ciência social ou exata?

A economia é uma ciência social, pois estuda o comportamento das pessoas, a economia se
preocupa mais com a questão da produção e do consumo. Economia não é uma ciência exata.
Estática parte do comportamento humano, se o nível de desemprego do homem diz que 1 a
cada 4 homens está desempregado, isso revela o comportamento dos homens. Se a estatística
diz que 8% das empresas não contratam jovens, é baseado no comportamento dos
empresários. Matemática é usada como ferramenta para revelar o comportamento humano.

Microeconomia - analisa o comportamento de uma pessoa, de uma empresa ou de um


determinado mercado. Exemplo: "O desemprego entre os jovens aumentou " - micro

Macroeconomia - analisa a economia como um conjunto.


"O desemprego aumentou" – macro "

Necessidades Humanas Ilimitadas

Recursos Produtivos Escassos

(terra, trabalho, capital, tecnologia e função empresarial)

Para produzir laranja é necessário um espaço, trabalhadores, o dono da fazenda, água, e


outros fatores

Escassez

Escolhas

O Que e Quanto Produzir

Como Produzir

Para Quem Produzir


O ser humano possui necessidades (demanda) ilimitadas e os recursos (oferta) são limitados.
Num país capitalista quem determina o que e o quanto vai ser produzido, é a demanda (o
consumo, o mercado consumidor).

Num país socialista, é determinado pelo Estado. Em Cuba há vitrines com papel higiênico e
sabonetes, o governo oferece o que é básico, porém, sabonete e papel higiênico em Cuba não
são considerados básicos. Esses produtos em vitrine são os de mais baixa qualidade, pois o
socialismo não visa o lucro.

Um banco oferta serviços bancários. Um banco no início dos anos 90 tinha muitos funcionários
e muitos clientes lá dentro, com método de produção intensivo em mão de obra. Atualmente,
os serviços são oferecidos com intensidade em tecnologia.

Malthus dizia que a população cresceria mais do que a oferta e que em algum momento
haveria fome devido a falta de recursos, porém ele não contava com a tecnologia, ele dizia que
os recursos cresciam como uma PA (somando) e a população como uma PG (multiplicando).

Em uma país capitalista se produz para quem tem dinheiro, é errado dizer que se produz para
todos, quem não tem dinheiro está excluído do regime. Somente no socialismo que se produz
para todos.

Curva de possibilidades de produção (CPP)


Ao aumentar a produção de um bem, você tem que diminuir a produção de outro. Ao
aumentar a produção de alimentos, a produção de máquinas tende a diminuir.

ALTERNATIVAS DE MÁQUINAS ALIMENTOS


PRODUÇÃO
(milhares) (toneladas)

A 25 0

B 20 30

C 15 47,5

D 10 60

E 0 70
Qualquer ponto ao longo da curva ABCDE: Pleno emprego ou Produção potencial(É
chamado em economia de "pleno emprego", com capacidade ociosa 0. Se uma empresa pode
produzir 1000 automóveis por mês e produz 900, ela tem uma capacidade ociosa de 10%.). (A
alternativa A e a alternativa E são chamadas de ponto de produção máxima)
Ponto Y ou qualquer ponto interno à curva: Desemprego/ Subutilização dos
fatores de produção/Capacidade ociosa.
Ponto Z ou qualquer outro ponto acima da curva:

Qualquer ponto abaixo da curva é considerado que produz abaixo de sua capacidade máxima,
pois, por exemplo, um país com 10 máquinas e 30 alimentos está abaixo da curva pois a
capacidade máxima é de 20 máquinas para 30 alimentos, logo, está em uma zona de ponto de
desemprego e capacidade ociosa.

Já um ponto acima da curva é uma combinação impossível, para vir a produzir 25 máquinas e
60 alimentos, um país precisa aumentar a capacidade de recursos ou aumentar a tecnologia, e
as possibilidades máximas de produção cresceriam proporcionalmente.

Custo de Oportunidade
“A primeira das lições acerca das tomadas de decisões se resume no dito popular “nada é de
graça” . Para obter uma coisa que desejamos, em geral temos que abrir mão de outra coisa da
qual gostamos. Tomar decisões exige comparar um objetivo com outro”

Basicamente o custo de oportunidade é medido pelo o que você sacrifica

Bens

Bens de consumo: Bens de consumo são os bens utilizados pelos indivíduos ou


famílias.
Duráveis: Os bens de consumo duráveis são aqueles que podem ser utilizados
várias vezes durante longos períodos (um automóvel, uma máquina de lavar roupas,
etc.).
Não duráveis: Os bens de consumo não duráveis são aqueles feitos para serem
consumidos imediatamente (sorvetes, chocolate, etc).

Bens de capital
Bens de capital são chamados a todos os bens materiais que necessitam de uma
empresa para que possam produzir bens e serviços. São os bens necessários para a
produção dos bens que gerarão os lucros para a empresa. (Um taxi, porque é uma
ferramenta de trabalho)

Bens intermediários
Bens de consumo intermediário são bens que são consumidos na produção de outros
bens (matéria-prima), como os bens de consumo duráveis.(vidro que é usado na
fabricação de um copo ou o papel usado na impressão de um livro.

Tópico 2 -Demanda, oferta e equilíbrio de mercado


Demanda: É a quantidade de produtos ou serviços que os consumidores estão
dispostos a comprar.

Escala de Demanda

Alternativas de preço - (P) em reais Quantidade demandada (Qd)

1,00 11.000

3,00 9.000

6,00 6.000

8,00 4.000

10,00 2.000

Curva de Demanda
Curva de demanda é representação da relação entre o preço de um bem e a
quantidade desse bem que os consumidores estão dispostos a adquirir. Quando
representada graficamente, normalmente costuma-se registrar os diferentes preços no
eixo vertical e as respectivas quantidades demandadas no eixo horizontal

Bens substitutos no consumo e bens complementares no consumo


Bens complementares
Se o preço do sorvete sobe, você tende a comprar menos cobertura. Sorvete e
cobertura, podem ser considerados bens complementares.
Bens substitutos
Se o preço da manteiga subir, o consumo pode ser substituído pela margarina,
Manteiga e margarina podem ser chamados de bens substitutos.
Bens normais
São chamados de bens normais aqueles que são mais consumidos quando a renda
sobe. Você pode pensar em leite, iogurte
Bens inferiores
bens inferiores, aqueles que você reduz o consumo à medida que sua renda
aumenta. Para algumas pessoas esse é o caso da mortadela (que é substituída pelo
presunto, mais caro)

Bem saciado - sal. É um produto barato, e indiferente. Diminua ou aumente a renda, a


quantidade de sal que se compra não é afetada pela renda. Geralmente produtos de baixo
preço.
Oferta: é a quantidade de um produto ou serviço disponível para compra
Escala de oferta

Alternativas de preço - (P) Quantidade ofertada (Qo)


em reais

1,00 1.000

3,00 3.000

6,00 6.000

8,00 8.000

10,00 10.000

Curva de oferta
(Curva de oferta é a relação entre o preço de um bem e a quantidade desse bem que os
produtores estão dispostos a produzir e a vender, mantendo tudo o resto constante.)

A lei da oferta e demanda: tendência ao equilíbrio

Preço ($) Quantidade Quantidade Situação de


mercado
Demandada Ofertada

1,00 11.000 1.000 Excesso de


demanda
(escassez de
oferta)
3,00 9.000 3.000 Excesso de
demanda
(escassez de
oferta)

6,00 6.000 6.000 Equilíbrio entre


oferta e
demanda

8,00 4.000 8.000 Excesso de


oferta (escassez
de demanda)

10,00 2.000 10.000 Excesso de


oferta (escassez
de demanda)

Equilibrio de mercado (ponto E)

Em equilíbrio, num regime de concorrência perfeita, o preço de mercado é


determinado pela oferta e demanda. Se a oferta se torna maior que a demanda, as
empresas baixam os preços como forma de reduzir seus estoques. A quantidade
ofertada cai, assim como o preço.

Tópico 3 -Elasticidade
Conceito de Elasticidade
“Mede o grau de sensibilidade ou reação de uma variável em relação à alterações em
outra variável (preço, renda e preços dos outros bens)” (Vasconcellos e Garcia, 2008,
p. 14).
VARIÁVEL A → VARIÁVEL B
Preço de um bem → Quantidade demandada do
bem (Epd)
Renda dos consumidores → Quantidade demandada
do bem (Er)
Preço do bem y → Quantidade demandada
do bem x (Exy)
Preço de um bem → Quantidade ofertada do
bem (Epo)

TIPOS DE ELASTICIDADES

Elasticidade-preço da demanda (Epd)


Elasticidade-Preço da demanda mede a variação percentual na
quantidade demandada de um bem dado uma variação percentual
no preço deste bem.

Elasticidade-renda da demanda (Er)


Elasticidade-renda da demanda mede a variação percentual na
quantidade demandada de um determinado bem, diante de uma variação
percentual na renda do consumidor.

Elasticidade-preço cruzada (Exy)


A elasticidade cruzada da demanda mede a variação percentual na
quantidade demandada de um bem dado uma variação percentual
no preço de outro bem substituto. Por exemplo, de quanto seria o aumento
na quantidade demandada de margarina se houvesse um aumento
no preço da manteiga.

Elasticidade-preço da oferta (Epo)


preço da oferta é a medida da sensibilidade da quantidade ofertada em
resposta a mudanças de preço do bem.
O que faz um bem apresentar uma demanda elástica ou
inelástica?
Necessidades versus bens supérfluos
Disponibilidade de substitutos próximos
Definição de mercado (categoria amplo ou categoria restrita)
Horizonte Temporal

Tipos de elasticidade – preço da demanda


Demanda inelástica: a quantidade demandada não muda se houver uma
alteração nos preços.

Demanda elástica: a quantidade demandada muda infinitamente com uma


alteração nos preços.

Demanda preço unitária


Significa que uma mudança em termos percentuais do preço do bem provoca uma
mudança em termos percentuais na quantidade demandada igual à mudança de
preço.

Elasticidade Renda da Demanda (Erd)


É o grau de sensibilidade da quantidade demandada de um bem X às variações na
renda dos consumidores, coeteris paribus.
TÓPICO 4: Estruturas de mercado de bens e serviços

Estruturas de mercado de bens e serviços


Monopólio
 Uma empresa que é a única vendedora de um produto que não tem substitutos
próximos;
 Formadora de preço;
 Existem barreiras à entrada de novas firmas
 (proteção de patentes, controle sobre o fornecimento de matérias-primas
básicas, exige elevado nível de capital, existência de monopólio puro ou
natural,monopólios criados pelo governo);
 No longo prazo permanecem os lucros extraordinários;

Discriminação de preço
Não ocorre quando um bem é vendido em um mercado competitivo;
Exemplos: ingressos de cinema; preços de passagens aéreas; cupons de descontos;
ajuda financeira- faculdades; descontos por quantidade.

Oligopólio
 Pequeno número de empresas que dominam o setor ou

Grande número de empresas, mas com poucas dominando o setor


 Produto homogêneo ou diferenciado

 Existem barreiras à entrada de novas firmas


 No longo prazo permanecem os lucros extraordinários

* Duopólio

Formas de atuação de empresas oligopolistas


 Concorrem entre si, via guerra de preços ou de promoções.
 Formam cartéis (fixando preços e repartição do mercado entre empresas)
 Todas as empresas têm a mesma participação de mercado ou existem
“empresas líderes

Concorrência Perfeita/Pura
 Número muito grande de empresas;
 Produtos homogêneos/Idênticos
 Tomadoras de preços;
 Não existem barreiras à entrada de novas empresas no mercado;
 No longo prazo os lucros extraordinários desaparecem.

Concorrência Imperfeita/Monopolista
 Grande número de empresas;
 Cada empresa fabrica um produto diferenciado, mas com substitutos próximos;
 Cada empresa tem certo poder sobre preços;
 Não existem barreiras à entrada de novas firmas;
 No longo prazo os lucros extraordinários desaparecem.

CADE (Conselho Administrativo de Direito Econômico)


O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) é
uma autarquia federal brasileira, vinculada ao Ministério da Justiça, que tem como
objetivo orientar, fiscalizar, prevenir e apurar abusos do poder econômico, exercendo
papel tutelador da prevenção e repressão do mesmo.

Objetivo: evitar abusos econômicos por parte das empresas.


Ligado ao Ministério da Justiça.

Valores de faturamento para que as empresas submetam fusões ao Cade:


- R$ 750 milhões para a empresa compradora
- R$ 75 milhões para a vendida
Análise prévia de atos de concentração

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