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Planejamento em PPR : Classe I e II

É o início ou compilação de tudo que aprendemos. Iremos fazer um desenho execrível de


uma armação em que a gente vai juntar todos os componentes até aqui trabalhados. Do ponto de
vista geral podemos fazer o planejamento respieitando a classificação de kennedy, dividindo em 2
etapas para facilitar essa sequência. Mas dentro do planejamento classe I e II podemos incluir a
classe IV ampla que biomecanincamente é muito parecida com a classe I e II, pois se comporta
como prótese mucodentosuportada. Devemos coletar bem informações antes de qualquer
procedimento. O planejamento contempla todo esse estudo prévio.

Planejar: Biologicamente, baseia-se no conhecimento dos sinais que estabelecem as condições de


normalidade e anormalidade → Programação terapêutica que objetiva manter ou melhorar o estado de saúde
existente

Planejamento geral: Voltado a todo tratamento prévio do paciente passando por focos
infecciosos, exodontias, periodontia básico, tratamento cirúrgico.
Planejamento específico: Englobam os preparos específicos como nichos, dimples, guias,
prévios a uma moldagem definitiva.

O grande problema em PPR é ter seu planejamento delegado aos técnicos do


laboratório, os quais não possuem conhecimentos básicos de biomecânica e biologia ,
necessários para que a prótese seja capaz de distribuir as cargas corretamente aos dentes
remanescentes e à fibromucosa

O que é planejamento em PPR ?


R: O planejamento é representado por uma fase elaborativa prévia às diversas etapas de
construção da PPR, indissociável do diagnóstico, da classificação dos arcos parcialmente
desdentados e do preparo prévio da boca para receber a prótese.

Paciente desdentado bilateral posterior,


em que chamamos de paciente de extremo livre
bilateral.

é interessante observar nessa classe II


que o pré-molar migrou, reduzindo o espaço
Observando essa quantidade de dentes
e sabendo que é uma classe IV por envolver a
linha média, a prótese para essa situação será
dentosuportada.

Uma questão importante que não podemos deixar de lado no nosso planejamento é qua a
fibromucosa, seja ela superior, seja ela inferior, ela tem uma resiliência que durante os
movimentos mastigatórios pode gerar uma movimentação chamada movimentação considerada
em que os dentes pilares vão entrar dentro do alvéolo em 0,1 mm, diferente da fibromucosa que
muitas vezes tem até 20x resilência do que o dente, podendo gerar um torque tremendo no
dente, lembrando que a peça vai mexer mais na fibromucosa do que nos dentes. Assim a
fibromucosa pode ter movimentação de 0,2 a 2 mm. Então o dente mexe de 0,1 e a fibromucosa
de 0,2 a 2mm.
Consequências: A toda carga gerada em fibromucosa, se não balancearmos, podemos
gerar um torque nestes dentes pilares que gera: Fenômenos dolorosos, bolsa periodontal,
reabsorção óssea, mobilidade dentária, abscesso periodontal, extração dentária
Sequência de Planejamento:
- Exame Clínico/radiográfico → Modelo de estudo ASA → delineamento
- Desenhho: apoios → retentores diretos → retentores indiretos → Conectores menores → Conectores
maiores → Sela

Exame Clínico:
- Maxila: Rebordos mais largos e extensos oferencdo maior área de cobertura, palato duro
(maior área de suporte). Pode ter uma configuração triangular, quadrada, ovoide.
- Mandíbula: Maior deslocamento da base PPR, esforços laterais e toque aos dentes
pilares. Na mandíbula vamos ter músculos submandibulares (musculaturas paraprotéticas
e a língua) e reparos (toros mandibular) que podem gerar interferências.

Em casos de extremos livres os apoios são localizados na mesial. Triângulo arredondado


sem ângulos vivos.

Extremos Livres: Apoio Mesial (questão de prova)


Vantagens mecânicas e biológicas
1. Minimiza a inclinação do dente para anterior neutralizada pelos pontos de contato
2. Transmissão axial das cargas. Jogando o apoio mais para o centro de rotação da peça eu
vou minimizar o torque no dente pilar
3. Não compressão gengival, já que quando o apio está mais pra distal e perto do espaço
protético ele vai gerar uma compressão dos tecidos.
Neste caso vemos grampos em y
nos dentes anteriores, sendo
grampos estéticos e na
extremidade usamos um grampo
de ação de ponta com apoio na
mesial com uma placa proximal
que vai servir de estabilização.

Grampo em T com apoio na mesial. Em regiões


que preciso de mais retenção eu uso o grampo T
e em regiões que preciso de mais estética eu uso
o grampo I.

Existe algo chamado de braço de resistência que são forças que retêm a prótese em boca e
braço de potência é quando a gente morde e isto tende a deslocar a prótese em boca. Assim
estabelecemos a linha de fulcro em que a prótese vai tender a rotacionar.

Linha de fulcro é essa linha preta


que cruza os apoios. Devemos
minimizar esse efeito,
especificamente do braço de
potência.
Estabilidade:

Se não usar esse conector, podemos ter torção desse metal


Aproveita todo palato, contorna dentes mal distribuídos e oferece maior estabilidade. Sua
desvantagem é ele ser isolante, não sentido calor ou frio de determinado alimento.

Placa é usado em que tem freio lingual muito pronunciado ou o paciente tem mobilidade grau 2. A
barra é a mais utilizada. Ela deve estar a 4 mm do assoalho.

Bases - Moldagem Funcional:


- Quanto menos a peça se deslocar em boca melhor. Não devemos sobrecarregar os
grampos, mas também utilizar a sela e a fibromucosa para o suporte.
Dicas para um planejamento de classe I de Kennedy:
- Pensando na estabilidade é bom colocar dentes apenas até o primeiro molar

Sequência de Planejamento:
Sempre que você for fazer o planejamento é importante considerar os dentes que
efetivamente serão usados no planejamento. Em quase todosas as situações vamos usar
retentores vizinhos ao espaço protético, com exceção de classes III.

1. A primeira coisa a se fazer é classificar o arco

2. Depois vai se traçar uma linha


de fulcro entre os apoios, local
onde a prótese tende a
rotacionar no sentido
anteroposterior. Em classe I e
II vamos usar apoios na mesial.
Como o braço de potência vai
até o primeiro molar, é preciso
reduzir essa potência.
3. Nessa situação também podemos usar apoios indiretos que diminui a carga em cima de
um dente, distribuindo sobrecarga e também evita intrusão.

4. Como foi falado anteriormente, em situações de extremo livre, vou utilizar retentores direto,
com braço de retenção e oposição, além de uma placa proximal
5. Retentor indireto também vai ajudar nesse suporte. O conector menor é um elemento que
une o retentor ao conector maior ou à sela.

6. Conector maior é o conector duplo evita torque ou deflexão da estrutura metálica e por fim
a sela.
- Nessa situação de classe I inferior,
usa-se retentor indireto barra dental
que reduz essa rotação
anteroposterior, ao invés do apoio
indireto.

- Nessa situação vamos ter mais


linhas de fulcro e maiores eixos de
rotação. Novamente se lembra que
os dentes vizinhos ao espaço
protético apresentam o apoio na
mesial, devendo ficar mais
distante do espaço protético.
- Em dentes vizinhos ao
espaço edêntulo posterior
devemos usar grampos de
ação de ponta. Se fosse
mais anterior eu usaria o i, o
mais posterior eu uso o T
sem problema. Nesse caso
eu NÃO POSSO usar o
grampo i no incisivo
central pois a extremidade
dele não é livre. Logo eu
vou usar um grampo
circunferencial, um
grampo em Y ou um MD.

- Nessa situação o
conector menor no
incisivo central não
pode ir pra sela,
diferente da situação
do pré-molar que o
conector menor vai
pra sela.

- Novamente é usado
o conector duplo na
palatina para evitar
torção ou deflexão,
tendo uma ação de
cinta.
- Por fim, se usa a sela.
- Nesse caso, traça-se uma
linha entre o apoio direto e
apoio indireto e na metade
dessa linha é traçada outra
reta atingindo um dente que
deve receber apoio indireto.

- Sempre que possível


deve ser utilizado um
apoio indireto vizinho.
Em molares o retentor
indireto mais comum é o
grampo geminado.

- Nesse caso foi usado um


apoio indireto sem grampo.
Os conectores menor foram
direto ao conector maior e o
conector utilizado foi o
duplo.
- Deve-se lembrar que, em dente com extremo livre é usado AÇÃO DE PONTA. Sem ser
extremo livre vou utilizar circunferencial.

- Coloca-se apoios direto vizinhos ao


espaço protético, sendo ele mesiais na
extremidade anterior do espaço
protético. No lado esquerdo devemos
usar 3 circunferenciais
DIFERENTES, pois para cada
situação existe uma indicação. No
dente 13 usamos um Y modificado
que é um grampo mais estético ou
também um MD. No pré-molar com
espaço intercalado vou usar um
Ottolenghi, Circunferenciais
Estéticos (Y e MD). pré-molares
intercadlos, o grampo de eleição é o Otolenghi. Já na região de molar, usa geminado
e ou simples ou de Akers.
- Nos conectores menores, usa-
se a lei do menor esforço,
assim, qual caminho será mais
fácil, através da sela ou
diretamente.

- Usa-se novamente o
conector duplo e por fim a
sela.
- Quanto mais simplificado o nosso planejamento, mais fácil é a execução e melhor o
resultado.

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