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Cenários de Resposta

Sentidos 10 – Unidade 6, História Trágico-Marítima

Sentidos 10, Unidade 6 – História Trágico-Marítima


Páginas Domínio / texto Cenário de Resposta

280-281 Compreensão/ 1.
Expressão oral a.
• medo: “Com tantos medos e sobressaltos". (v. 14)
• saudade: “Que vida boa era a de Lisboa”. (v. 23)
• alegria: “[…] ai que alegria”. (v. 36)
• fascínio: “Em terra de pimenta e maravilha / Com sonhos de prata e fantasia / […] Desvaira se os vires”. (vv. 27-30)
b. “Da Pátria a pouca fartura”. (v. 11). O "eu" dá também a entender que vai de "fugida", devido, talvez, a uma história secreta vivida com uma senhora de quem foi criado.
c.
• os inimigos: “Só vejo piratas” (v. 37); “São mouros são turcos” (v. 61)
• a Natureza: “Vou no espantoso trono das águas / Vou no tremendo assopro dos ventos” (vv. 40-41); “Aquilo é uma tempestade medonha” (v. 63).
2. Resposta de caráter pessoal.
3.1 Resposta de caráter pessoal (no entanto, o aluno poderá fazer referência às caravelas, às ondas, às adversidades no mar desconhecido, ao medo, à figura associada ao
Adamastor, simbolizando os perigos e os medos).
3.2 Resposta de caráter pessoal (no entanto, o aluno poderá fazer referência ao caráter de continuidade que os cabelos da figura representada sugerem, associando os medos e
perigos personificados por Adamastor e ilustrados por elementos marinhos às viagens marítimas e às descobertas de novas terras e de novos povos.

282-283 Contextualizar Texto A


1.
· Publicação dos primeiros dois volumes da História Trágico- Marítima: reinado de D. João V.
· Conteúdo da obra: recolha de doze relatos, de diversos autores, alusivos a naufrágios ocorridos sobretudo na “carreira da Índia”.
· Género literário: literatura de viagens (que inclui um misto de crónica e de reportagem jornalística).
· Receções ao livro: reações muito emotivas.
· Justificação das reações: realismo factual ou fantástico que provocava fortes emoções nos leitores.
· Significado da obra: expressa a ruína e a destruição características dos finais de Quinhentos.
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Textos B e C
1. Tópicos a considerar:
· Importância da Viagem como tema transversal.
· A situação do século XVI como desencadeadora deste género literário.
· Aparecimento de tópicos relativos aos perigos das viagens e, nomeadamente, aos naufrágios.

2. Uma vez que as viagens estavam ainda muito associadas à difusão da fé, a interpretação do naufrágio como uma manifestação do castigo divino pelos erros
dos homens era frequente, sendo apresentada como exemplo para outros homens.

284-285 Educação Literária 1. Período da colonização do Brasil (referência às capitanias atribuídas por D. João III aos donatários); referência ao ano de 1554, aquando da governação da
avó de D. Sebastião, a rainha Dona Catarina.
Excerto 1 2. A capitania terá sido atribuída a Duarte Coelho porque este se destacou em “trabalhos longos”, em África e no Oriente, onde terá enriquecido.
3. Dona Catarina ordenou a Duarte de Albuquerque Coelho que regressasse a Pernambuco, porque a capitania estava a ser ameaçada por indígenas. Ora, como
Duarte A. Coelho era o herdeiro da capitania, seria a pessoa indicada para socorrer o território.
4. Jorge de Albuquerque Coelho, o segundo filho de Duarte Coelho, apresenta- -se como um indivíduo aventureiro, lutador, corajoso e “no zeloso cumprimento
dos seus deveres.” (l. 33)
4.1 Pode concluir-se que Jorge de Albuquerque Coelho recebeu, hereditariamente, características do seu pai. Ambos são homens de luta, perseverantes e
trabalhadores.
5. Com a intervenção de Jorge de Albuquerque Coelho, a capitania de Pernambuco alcançou a paz, alargando o território para que os moradores da vila de
Olinda se pudessem movimentar.
6. a. Sujeito b. Complemento oblíquo c. Complemento indireto; modificador do nome apositivo. d. modificador (do grupo verbal). e. Complemento do nome.
7. “(Então) embarcou para a metrópole na nau Santo António”.
8. Oração subordinada adjetiva relativa restritiva.

286 Escrita 1. Segundo a autora, em geral, os relatos apresentavam um antefacto, centrado na apresentação da preparação da partida e chegada à Índia. Porém, o início
do relato relativo à nau Santo António segue um modelo narrativo diferente, pois envolve a rota do Brasil e apresenta factos biográficos dos irmãos Duarte
Coelho de Albuquerque e Jorge de Albuquerque Coelho, referindo-se a ida para Pernambuco para controlar uma revolta indígena e o regresso, após cinco anos,
à pátria para repouso. Não se trata, portanto, de uma viagem de ida, mas antes do regresso
de uma nau com características militares. Para além disto, a narrativa centra-se num herói individual. (105 palavras)
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287 Compreensão 1. a. as embarcações foram capazes de vencer mares e tempestades nunca vistas;
do Oral b. conquista de Ceuta em 1415;
c. chegada ao Cabo Bojador em 1434 por Gil Eanes;
d. dobrou o Cabo da Boa Esperança em 1488;
e. conseguia navegar contra o vento devido às velas latinas;
f. utilizada a partir da chegada ao Cabo Bojador;
g. era impossível atravessar o Índico com uma caravela;
h. séculos XVI, XVII e XVIII;
i. as naus iniciais tinham cerca de 120 tonéis e 27 metros e algumas tiveram até 60 metros (eram os maiores navios do mundo);
j. a partir da segunda metade do séc. XVI;
k. redondas; l. geram mais potência;
m. não navegam contra o vento;
n. cerca de um ano;
o. existência de crimes motivados pelo jogo; existência de regras apertadas, que poderiam conduzir à morte, a quem não respeitasse a lei;
p. o biscoito era a base da alimentação;
q. por vezes, a água escasseava;
r. escorbuto;
s. navio de carga;
t. utilização bifuncional (comércio e guerra);
u. navio de guerra.
2. Dado o seu tamanho, era possível transportar muitas pessoas de estratos sociais diferentes, diversas cargas e encontrar nelas divertimentos.
3. Os navios portugueses eram o que de mais avançado existia no século XVI, podendo ser comparados, em termos de desenvolvimento tecnológico, ao atual
vaivém espacial.
4. Apresenta um tema – a inovação tecnológica das caravelas – observado de diversos pontos de vista com o auxílio de especialistas, que introduzem
abordagens subjetivas sobre o mesmo; este documentário tem uma função educativa.

288-289 Educação Literária 1. O facto de a nau se apresentar carregada de “muita fazenda” (l. 1), aponta para o excesso de carga. Por outro lado, a presença de ventos contrários, a
Excerto 2 preocupação dos amigos de Albuquerque Coelho e o próprio atraso na partida são elementos que deixam entrever uma viagem marcada pelas dificuldades.
2. Os ventos fortes constituíram a primeira adversidade. A sua força obrigou a que os homens tivessem de deitar carga ao mar, pois a nau ia excessivamente
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carregada. A força dos ventos provocou ainda a entrada de água na nau e a quebra do gurupés.
2.1 O recurso expressivo é a hipérbole: “tão contrário e de tal violência”. (l. 19)
3. Esta decisão foi tomada porque a nau precisava de ser reparada e era necessário tirar toda a água que lá tinha entrado durante a tempestade.

4. Os franceses eram corsários que pretendiam tomar a nau. Por essa razão se aproximaram e procuraram intimidar os tripulantes da Santo António e, não
tendo conseguido nada com essa atitude, continuaram a seguir de perto a nau.
4.1 A utilização de formas verbais como "rendesse" (l. 30), "defender-se", "acometê[-la]" (l. 31), "abordá[-la]" (l. 32), no contexto, aponta para a eminência de
um conflito.
4.2 Os franceses não puderam levar a cabo as suas intenções devido à trovoada e ao nevoeiro que se levantou, o que levou a que tivessem perdido a nau de
vista.
5. A opção pelos Açores tem lugar quando a nau não conseguiu aceder à ilha de Cabo Verde devido aos fortes ventos que se fizeram sentir.
6. A fome e a sede, resultantes da escassez de água e de alimentos, que aconteciam frequentemente em viagens longas e com excesso de passageiros; os
conflitos entre marinheiros que ocorriam, frequentemente, após longos períodos de convivência.
7. A nobreza de caráter evidencia-se, por exemplo, na atitude altruísta que demonstrou ao saciar a fome e a sede dos seus companheiros de viagem com os
seus próprios bens e ao não desejar nada em troca.
8. Vocalização e apócope.

290-291 Educação Literária 1. As duas naus surgem em situação de desequilíbrio, pois a Santo António trazia pouca artilharia a bordo e estava a necessitar de consertos. Já a nau dos
Excerto 3 corsários franceses encontrava -se em situação de clara superioridade, visto que estava bem armada e em boas condições.
1.1 Toma uma atitude reveladora de grande coragem e firmeza, uma vez que, para além da situação de fragilidade da nau, a maioria da tripulação queria
render-se aos franceses. Não obstante, decidiu que não se renderia sem defrontar os inimigos.
2. O narrador opta por evidenciar o número reduzido de homens que se colocaram do lado dele, por meio da utilização do advérbio (“Só sete homens”, l. 11,
“tão poucos”, l. 15, e “de não haver senão o berço e o falcão”, ll. 15-16), do adjetivo (“dura resistência”, l. 14). Faz uso também do contraste estabelecido pela
utilização da subordinação concessiva (“apesar de os combatentes serem tão poucos e de não haver senão o berço e o falcão”, ll. 15-16).
De referir ainda a enumeração das ações desenvolvidas por Jorge de Albuquerque (“carregava, bombardeava, punha fogo”), a utilização do advérbio
“pessoalmente”, que destaca o seu envolvimento, e, por fim, a comparação (“quem soubesse fazê-lo tão bem como ele”), que o engrandece face aos demais.
3. O piloto, o mestre e os marinheiros revelaram-se homens fracos e traidores, pois nunca se colocaram do lado dos resistentes e apelaram várias vezes à
rendição. Esta atitude acabou por influenciar os restantes tripulantes, que boicotaram a resistência e deitaram as velas abaixo, rendendo-se aos franceses. Por
seu turno, os resistentes revoltaram-se contra o piloto, o mestre e os marinheiros, revelando a intenção de os matar.
4. O discurso direto permite o engrandecimento e o louvor da atitude de Jorge de Albuquerque por meio de um discurso de primeira pessoa, pertencente ao
inimigo do fidalgo. O facto de o francês lhe reconhecer coragem e ousadia contribui para um processo de caracterização eufórica da personagem, que, deste
modo, não é perspetivada como um vencido na batalha travada, mas como alguém extremamente respeitado pelo inimigo, que só perdeu porque foi traído
pelos seus e pelas condições desfavoráveis da nau.
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5.1 Tanto nesta narrativa, em especial com a personagem Jorge de Albuquerque Coelho, como em Os Lusíadas, se destaca a ousadia, a coragem, a bravura no
cumprimento de um determinado objetivo, independentemente dos recursos, enfrentando-se diversos obstáculos. Este é claramente o caminho para a
heroicidade, a imortalidade e a mitificação do herói.

292 Leitura 1. a. Sucessos e naufrágios das naus portuguesas, de Guilia Lanciani; b. obra centrada nos relatos de naufrágios dos sécs. XVI e XVII, dividida em duas
partes; c. o autor adota uma perspetiva positiva relativamente à obra em questão; d. “mérito” (l. 30) ; “aturado labor” (ll. 35-36); “importante obra”
(l. 41); “referência obrigatória” (l. 44).

294-295 Educação Literária 1. a. “escureceu por completo”; “negro mar”;


Excerto 4 b. "o estrondo era tanto";
c. "borbotão de vento".
1.1 As sensações contribuem para a criação de uma atmosfera de terror, na medida em que desenham um cenário de tempestade medonha, caracterizada pelo
negrume, pelas altas vagas e pelo estrondo do mar e do vento.
1.2 Os recursos expressivos são a comparação (“parecia noite”, l. 1) e a hipérbole, presente em vários momentos (“todo se cobria de espumas brancas” (ll. 1-2),
“o estrondo era tanto, − do mar e do vento, − que uns aos outros se não ouviam”, ll. 2-3).
2.1 Os sobreviventes estavam assombrados e acorreram a um padre que “atropela as rezas e as confissões”. Jorge de Albuquerque Coelho confortava os seus
companheiros de tragédia, incentivava-os a prosseguirem a luta e a manterem a fé divina.
2.2 O religioso manifesta-se pelo recurso ao padre por parte dos sobreviventes, o que coloca em evidência o espírito católico característico dos portugueses,
que, julgando-se à beira da morte, não queriam partir sem antes confessarem os seus pecados. Este sentimento verifica-se ainda nas orações dirigidas a Deus,
situação que aponta para uma noção de castigo, ou seja, a tempestade poderia ser interpretada como um castigo divino pelos pecados humanos.
3. O narrador descreve as atitudes de Jorge de Albuquerque perante o terror vivido a bordo, referindo a calma com que falava aos sobreviventes e a coragem
que lhes dava. Esta situação vem confirmar o caráter bondoso e corajoso da personagem. Este caráter também está patente no facto de controlar as atividades
necessárias à sobrevivência, como o "dar à bomba" ou o controlo da coberta.

296 Educação Literária 1. A tripulação apresentou reações de deslumbramento, êxtase e de profundo agradecimento a Deus.
Excerto 5 2. Recorre-se ao ponto de exclamação para realçar o estado de admiração e satisfação das personagens.
3.1 A tripulação da nau Santo António abordou os passageiros das embarcações com que se cruzaram com o objetivo de lhes pedir ajuda, socorro.
3.2 Os da “caravela”: indiferentes e insensíveis; os da “nau pequena”: solidários e bondosos.
4. Os que foram receber os sobreviventes da nau Santo António revelaram espanto ao observarem o estado decadente em que se encontrava a embarcação.
Estes teriam estranhado o facto de os tripulantes terem conseguido sobreviver naquelas condições, o que comprova a heroicidade dos marinheiros.
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297 Leitura 1. A imagem pode representar a forma como o autor atravessou África, uma vez que apresenta um viajante pedestre com mochila às costas num cenário que
evoca o espaço desértico africano.
2. Aventureiro e corajoso.

1. Via terrestre: “Enormes calhaus” e “areia fina e mole” (l. 9), falésia, rochedo… Via fluvial: necessidade de atravessar o rio diversas vezes por dia, implicando o
297-298 Leitura processo de despir a roupa, colocá-la por cima da mochila e elevá-la para efetuar a travessia.
2. O autor mantém a sua perseverança, apesar de todas as dificuldades por que tem de passar, porque a beleza da paisagem do local onde se encontra tudo
justifica: “toda esta caminhada extenuante se justifica precisamente pela beleza grandiosa e irrepetível desta autoestrada dos primórdios do planeta.” (ll. 1-3);
“A marcha é lenta e inglória, mas a paisagem tudo justifica.” (ll. 11-12)
3. O autor considera que caminhar sozinho “É mais bonito” (l. 1), daí descrever a sua solidão como “maravilhada” (l. 26). Esta opção significa, para ele, uma
forma de comunicar com os espaços que vai calcorreando.
4. Os turistas de luxo sobrevoam, em pequenos aviões, os locais que o narrador faz questão de conhecer de forma mais primitiva, a pé. Aqueles dormirão em
hotéis de luxo, este, “ao relento, improvisando um abrigo”. (l. 36)
5.
a. Forma de o narrador reforçar o seu fascínio pelos locais visitados, ainda que o cansaço seja extremo.
b. Forma de o narrador designar o seu modo de viajar: conhecer os locais de forma direta. A expressão aponta para a possibilidade de outras viagens, onde
ficará ocupado com as maravilhas envolventes.
6.
a. “Caminho” (l. 1); “mantenho-me” (l. 7).
b. “No primeiro dia percorro sete quilómetros, no segundo dia, oito.” (l. 12); “No quarto dia, atravesso o rio seis vezes, no quinto dia, oito.” (l. 19)
c. “o desfiladeiro é bastante mais recente” (l. 4); “nesta solidão maravilhada sem qualquer inquietude pelo ambiente inóspito e adverso”. (ll. 25-26)

1. a. “está lendo na cadeira” (Texto A, l. 1)


301 Gramática b. “Fui ajudar ele a desaguar” (Texto A, l. 2)
Aplicar c. “Fui na cozinha” (Texto A, l. 8)
d. “Dela se sabia quase pouco” (Texto B, l. 1)
e. “mal que lhe entregara na vida” (Texto B, l. 6)
f. “demorou de vir” (Texto B, l. 9)

1. a. V.
303 Verificar b. F. Foi tornado chefe militar por sugestão do seu irmão e decisão de Dona Catarina.
c. V.
d. V.
e. F. Foi aconselhado por alguns amigos a não prosseguir viagem.
f. V.
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g. F. Jorge de Albuquerque Coelho repartia irmãmente os seus mantimentos.
h. V.
i. F. Apenas sete homens o ajudaram.
j. V.
k. F. Atuou de forma desinteressada.

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