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1ª Edição — 2021
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meios existentes sem autorização por escrito do autor.
SUMÁRIO
00. PRÓLOGO
01.
02.
03.
04.
05.
06.
07.
08.
09.
10.
EPÍLOGO.
SOBRE O AUTOR:
00. PRÓLOGO
POR SAFIRA PINHAL
Todavia, lidar com gente rica não é tão ruim, quanto lidar com gente
que se acha rico, mas não é. Esse é o caso daquele minion que vem vindo na
minha direção.
— Safira, o que pensa que está fazendo aí, parada? Espero que não
esteja aprontando nada... — cruzou os braços ao parar diante de mim,
torcendo a boca para o lado. — O apartamento duzentos e dois acabou de
ser desocupado. — disse, indicando com a cabeça.
Ouçam bem: um dia eu vou ser muito rica e vou descontar tudo que
passei trabalhando ao lado daquele pinscher!
Contudo, esse dia não é hoje e, dada a minha sorte, talvez, não
chegue nunca. Estou com vinte e quatro anos e nunca namorei.
Recentemente parei para pensar sobre isso e o sentimento que tal questão
gerou em mim, me destruiu ao ponto de eu perder o meu último emprego e
criar uma bola de dívidas tão grande que eu poderia chamar de sol.
Mamãe disse que escolheu esse nome para atrair riqueza. Não sei
bem o que aconteceu no caminho, mas, aparentemente, algo deu muito
errado.
Ao parar na porta do apartamento duzentos e dois, bati para conferir
se havia alguém. Diante do silêncio, entrei e, subitamente, parei,
arregalando os olhos, antes de analisar todo o ambiente.
A primeira coisa que fiz foi quitar todas as minhas dívidas usando
aquele cartão e, por fim, cogitei jogá-lo fora, mas havia algo dentro de mim
que me fazia visualizar riqueza, luxo e tudo o que eu sempre quis.
“Sim, você vai ser presa, mas pode usar o cartão até isso
acontecer”.
Sabe aquela vozinha que ecoa na mente quando você vai fazer algo
errado? Era a minha desconsciência. E ela acabou de ecoar na minha
cabeça. Aquela não era a voz boa, era exatamente como mamãe dizia:
Quanto o diabo não tenta, ele manda os seus anjos!
Um mês depois...
A essa altura, eu havia feito tudo que eu queria. Perdi o sono apenas
na primeira semana, pois, depois disso, a vida criminosa que escolhi viver,
havia se cravado em minha carne. Eu era quase o James Bond de salto.
O seu olhar era tão sexy e intenso, que toda vez que nossos olhos se
encontravam, eu sentia alguma coisa “coisar” dentro de mim.
— Não...
— Férias?
— Pelo visto, você é boa com nomes. — ele afinou os olhos e sorriu
de canto. — Estou aqui para resolver um pequeno problema que tive.
— Inglês e francês.
— Dis-le?
— Ouir, Monsieur.
Ouvir aquilo fez minha garganta secar e, por instantes, fiquei zonza.
Santa Maria!
Ele é um psicopata!
— Obrigada.
— Outra hora.
Meliante? Custódia?
Tô na merda!
Não vou dizer que não havia culpa em mim. Claro que havia, mas
eu sabia que isso poderia acontecer. Mesmo com as lágrimas descendo
desenfreadamente, não posso culpar ninguém além de mim mesma.
Quantos anos de prisão eu vou pegar? Vou voltar a ver a luz do sol?
Como mamãe vai reagir? O meu pai, por outro lado, deve estar se revirando
no túmulo, enquanto dispara impropérios contra mim.
Dinheiro não é tudo na vida, mas o dinheiro pode mudar a sua vida;
foi com esse pensamento que fiz fortuna. Quando o meu pai morreu e
assumi a empresa da família, a MACHALA.COM, não estávamos em
nossos melhores dias, mas, nada que um pouco de lobby político não
resolvesse. Em pouco mais de cinco anos, nos tornei uma das maiores
fabricantes de armas do país.
Hoje, aos trinta anos, tenho uma fortuna que supera a casa do
primeiro bilhão, além de diversos investimentos em outros ramos. Apesar
de tudo, sigo solteiro.
Os seus olhos eram cor de safira, como o próprio nome diz. Cabelos
pretos e longos, batendo um pouco abaixo dos ombros e o seu corpo trazia
algumas curvas.
E foi quando mais uma das suas respostas ecoou em minha cabeça:
“Primeiramente, não roubei, eu encontrei. E, não, eu não consigo
mensurar quanto eu gastei...”
— Qual o assunto?
— Safira.
Por alguma razão, me veio uma história antiga a mente, que eu até
havia me esquecido que existia. O ontem parecia ser o hoje...
[...]
— Hum...
— Era pra ser assim, mas quando eu cheguei lá para lhe entregar, ele
disse que eu havia roubado, quando na verdade, eu encontrei. — entreabri a
boca, fazendo um “O”. — E, naquele momento, a mamãe se encheu de fúria
e pegou o revólver da cintura do papai e apontou a arma em sua direção,
dizendo: — Calado, vadio, ou eu o mato! — encenou o gesto
perfeitamente, me fazendo gargalhar ainda mais.
[...]
— Quem?
— Safira.
Tempos atrás, assisti uma novela onde a ré não pôde ser julgada,
pois era um robô. No meu caso, eu não poderia afirmar isso, mas...
Doutor Caio.
— Por nada.
[...]
— Detenta? Detenta!
— O que disse?
— Safira?
Respirei tão aliviada que apoiei uma das mãos em seu ombro e ri
sozinha.
— Menos mal...
— Safira?
— Pode.
— Fique à vontade.
Como assim?! Sei que não bato muito bem da cachola, mas ele me
puxou, sim!
Gatuna?
Quer dizer, ladra?!
04.
POR LEON MACHALA
Quando a vi, sorri de canto. Era incrível como a sua expressão, por
si só, me dava vontade de gargalhar. Após uma breve conversa — onde fiz a
minha proposta e, sem muita resistência, ela aceitou —, Safira se reservou
ao café da manhã.
Era doce.
Simplesmente doce.
Veja bem, como posso considerar incapaz uma mulher que gastou
meio milhão de reais em um mês? Até onde sei, quem é realmente louco,
rasga dinheiro. E no caso dela, não foi bem isso que aconteceu...
— Tudo bem, vou perdoá-lo dessa vez, mas devo lembrá-lo que não
roubei, eu achei. — deu de ombros e virou o rosto para o lado, me
arrancando um breve sorriso.
Como ela pode ser tão cobiçada por mim na maior parte dos
momentos e, em outros, se tornar completamente indesejável?
Infantil?!
Infantil é o meu caralho amarrado em um lacinho cor de rosa.
— Aqui? — insistiu.
— Ela está no negócio, não há razão para temer. Se cabeças rolarem,
a primeira será a dela.
Aquela altura, o tesão fazia o meu tecido gritar, enquanto o meu pau
o pressionava. Como uma mulher totalmente maluca consegue me excitar
tanto?
São seus olhos, cujo nome lembram o de uma pedra preciosa, assim
como o próprio? Será os cabelos lisos e grandes, cujo minha mão coça para
dar um nó e puxar para trás, enquanto esfrego meu volume em seu traseiro?
Santa Maria!
Claro que eu não quero perder nenhum braço, mas entre perder a
cabeça e o braço, eu escolho a “tampinha” do dedão. Inclusive, se
chegarmos a esse ponto, estou prontamente preparada para fazer essa
contraproposta.
Ele acha que eu sou o quê? Uma criança bagunceira que vai quebrar
a primeira coisa em que botar a mão? Jagunço!
Cabelos grisalhos, tão brancos que pareciam ter sido pintados. Ela
usava salto alto, uma saia preta e uma blusa de manga longa. Além dos
óculos escuros.
Naquele exato momento, soube que ela era a mãe de Leon Machala.
Os traços eram idênticos, por assim dizer.
Ela piscou algumas vezes e olhou para a moça ao seu lado, aos risos.
— Engraçada, não é?
— Seja lá o que for, eu tenho certeza que ele fará de tudo para que
seus últimos dias sejam os melhores. — engoli em seco ou melhor dizendo,
engoli em líquido, pois aquela foi a água mais difícil de descer na minha
vida inteira.
— Tudo vai ficar bem, ok? — apenas assenti com a cabeça, sem
dizer nada.
— Ajudar essa pobre moça que tem uma doença terminal. Oh, que
coração bondoso você tem, meu amor.
— Safira.
Leon levou uma das mãos ao queixo, sem tirar os olhos de mim e,
explodiu novamente em gargalhadas.
— Foi o gato cinzento. Ele entrou pouco antes a sua mãe e quando
tentei pegá-lo, ele voou sobre o vaso. — assenti com a cabeça.
— E a história do gato?
— Safira?
— Obrigada.
— Eu só disse a verdade. — estendi-lhe uma das mãos e Safira me
lançou um olhar desconfiado. — Não vou te puxar, não dessa vez. Com
esse vestido, as coisas ficam mais perigosas. — pisquei para ela, que
avermelhou-se de vez.
— Vamos agora?
— Sim, agora.
Por instantes, achei que ela fosse me dar um soco, contudo, a sua
reação me encantou. Ela abriu um largo sorriso e assentiu com a cabeça.
— Não posso negar. Comer é a melhor coisa do mundo e eu faço
isso muito bem.
— Obrigado. — agradeci.
— Sim.
— Uau! — ela disse, passando os olhos ao seu redor. — É quase
uma casa.
— Só na volta.
— E eu não sou?
Gargalhei.
Aquilo soou tão verídico, que me perguntei de onde ela havia tirado
tal afirmação e, foi quando uni os acontecimentos: o meu quarto de hotel
em Goiânia, Goiás.
Depois de nos levar até uma das mesas, o gerente solicitou que
trouxessem água. O cheiro de comida era tão bom que meu estomago
roncava.
— Sim, pois estou com fome e com fome, fico de mau humor. —
ela sorriu de canto.
— Sente-se, por favor. — apontei uma das mãos para o meu cliente
e, em seguida, me sentei.
E, foi naquele exato instante, que me dei conta que ela fica
incrivelmente sexy falando francês. Por Deus, cada palavra que saia da sua
boca me arrancava um arrepio, ao ponto de me excitar no meio de uma
reunião de negócios.
Imediatamente sorri.
— Não sei...
Após o almoço, onde ela comeu quatro vezes — sim, quatro vezes
—, retornamos para Santos. No caminho, após pensar sobre qual função ela
iria exercer, roubei a sua atenção na paisagem, que ela fazia questão de
admirar através da janela.
— Acompanhante de luxo.
Deus, aonde é que essa mulher estava que eu não a encontrei antes?
Leon se acha “o” gostosão do pedaço. Não estou dizendo que não é,
afinal, aqueles braços fortes que faltam rasgar o tecido das roupas e aquele
rosto de canalha que fode perguntando se quer mais...
Finalmente chegamos!
A entrada do restaurante era magnifica. Eu não conseguiria
descrever detalhadamente os seus traços, mas era de cair o queixo,
literalmente. Ao entrar, acompanhando Leon, percebi que as poltronas eram
de couro e as mesas bem afastadas umas das outras.
Flertar comigo?
Corajoso demais!
— De você.
— O que eu fiz?
Por conta do percurso curto, não demoramos para chegar. Assim que
descemos, segui em direção a entrada, mas fui interceptada por Leon, que
centrou os olhos nos meus e pegou minhas mãos.
— Só cumpri o combinado.
Ao anoitecer...
Engoli em seco.
Que merda!
Literalmente, era uma merda.
Oi?
Assuntos felizes?
A conversa era pouca, mas os seus olhos diziam o que não saia dos
seus lábios. Cada vez que eu sentia um arrepio, sabia que ele estava me
fitando de algum modo e, gole após gole, aquele homem moreno se tornou
ainda mais atraente para mim, por isso, antes que eu cometesse alguma
loucura, decidi bater em retirada.
— O que foi?
Aconteceu de súbito.
Volta no jardim?
Quero dar uma volta em cima de você!
Esse homem vai me fazer gozar sem enfiar um dedo dentro de mim...
— Que boceta gostosa de chupar! — disse ao se afastar e lamber os
lábios, mirando os meus olhos. O meu rosto avermelhou-se inteiro e ele
sorriu. — Agora eu quero te ouvir gemer.
Tombei a cabeça para trás e, parei em seu colo, mas ele não me deu
descanso. Suas mãos seguraram minha cintura com firmeza, enquanto o
ritmo de estocadas voltava, com mais força e rapidez que antes.
— Bom dia.
Ramon, por sua vez, apenas revirou os olhos, sem se importar com
meu pedido de desculpas.
— É, basicamente isso.
— Qual a graça?
— Está apaixonado.
— Sim, está. Vejo nos seus olhos. — deu mais um gole, findando o
café e se levantou, aproximando-se de mim. — Será que...
— Por que?
— Mentira.
Sra. Machala?
Apesar de ter ouvido diversas vezes de mamãe que ela era uma
mulher interesseira, eu estava encantado, o suficiente para fazer qualquer
coisa por ela, mas não ela por mim.
E, foi nesse instante que entendi que isso não era o suficiente para
um casamento.
Enquanto ela for uma funcionária, por assim dizer, não terão olhos
para ela, mas se em algum momento isso mudar, a sua cabeça irá a prêmio
no mesmo dia.
— Se a sequestrarem, acredito que vão me pagar para recebê-la de
volta...
— De modo algum.
— Sim, senhor.
Eles chegaram por volta das dez horas. Essa era a primeira vez que
Safira vinha na empresa e o seu espanto, estava estampado em seu rosto.
— Ambos.
— Quer experimentar?
Ri e sacudi a cabeça.
— Pegue a arma.
— Não.
— Por que não?
— Eu vou atirar.
— Sim.
— Atire!
Outro tiro.
Outro grito.
— Pretende me matar?
Por isso, devo confessar: tudo isso junto, diante de uma única
mulher, nunca me aconteceu antes...
08.
POR SAFIRA PINHAL
Nada tirava da minha cabeça que Leon era uma espécie de doutor
monstro e que ele aliciava as suas vítimas da mesma forma: esquecia o
cartão propositalmente, propunha um trabalho e, puft, caixão azul escrito
indigente na porta.
Prendi a respiração e quase perdi o fôlego, enquanto mais uma
dedução mirabolante de última hora me fazia maquinar as possibilidades do
futuro.
A pior parte, foi ter que atravessar o corredor feito uma criminosa
— na teoria, eu era uma... —, esgueirando-me pelos cantos, com uma
toalha enrolada ao corpo, enquanto rezava para que ninguém notasse de
qual quarto eu havia saído.
— No quarto do Leon?
— E-E-Eu...
Sem demora, atendi ao seu pedido. Segui com Ramon para o veículo
e rumamos em direção a empresa. Demoramos quase uma hora, mas, enfim,
chegamos. Um pequeno detalhe que não posso ignorar é que há tantos
seguranças, que imaginei estar entrando no Banco Central.
— Bom, vou lá buscar o meu lanche. — acenei com uma das mãos
e, depois de dar alguns passos, parei. Ao girar o corpo em cima dos saltos,
encontrei o seu rosto novamente e sorri. — Pode me emprestar cinquenta
reais?
— Santa Maria!
— Nenhum.
Sem demora, Leon sacou a carteira e me deu uma note de cem reais
e o seu único pedido foi: traga para mim também.
— A vida é um sopro...
— Sim.
Gritei o máximo que pude, pedindo por socorro. Ao ver que aquilo
não iria ajudar, não tive outra saída; travei a entrada do carro com as pernas,
enquanto berrava:
Só ele poderia me tirar dessa. Aliás, eu nem sei o que fiz para estar
nessa!
Safira Pinhal...
— Não atirem.
— Sim, senhor.
— E os nossos homens?
Você irá ganhar todo o dinheiro que quiser, Kaio Noruega. Eu, Leon
Machala, irei garantir que as gavetas do seu caixão estejam recheadas com
notas de cem.
POR SAFIRA
O desespero me tomou.
Kaio Noruega?!
— Não sei, ué. Você disse que é amigo do meu namorado, mas eu
nem tenho namorado. — sacudi a cabeça.
Santa Maria!
Estou chamando o meu raptor de gostoso...
— Você é médica?
— S-S-Sim, é terapêutico.
— Vou pedir para que lhe tragam algo para comer. — deu-me as
costas e apressou o passo, sabe-se lá para onde.
Ao que tudo indica, Kaio Noruega tem algum tipo de rixa com Leon
Machala e, eu caí de paraquedas no meio da briga desses dois. O importante
agora é tramar uma forma de escapar, sem perder os pés e os dedos.
É impossível.
— Vai demorar?
Santa Maria!
O que o homem tem que gordo, tem de rápido.
Sem saída, percebi que o jeito seria esperar ser resgatada, mas...
Será que Leon virá me buscar? Sim, ele tem que vir, eu não roubei e gastei
milhares de reais no seu cartão à toa.
— Kaio está sendo cauteloso. Ele sabe que o meu poder se abrange
por todo o país. Sair da cidade seria muito arriscado. — disse,
movimentando o copo da minha bebida. — Os homens estão prontos?
— Sim.
Sem mencionar o fato de que, agora que Safira está longe de mim,
percebo o quanto ela faz falta; os comentários aleatórios que quase me
matam de rir. O seu perfume. O jeito que ela fica vermelha quando falo algo
inapropriado e, principalmente, dos seus lábios.
— Apenas o senhor.
O meu coração começou a bater sem parar quando a vi, ainda mais
naquela situação. Eu queria pegá-la nos braços e dizer que tudo ficaria bem,
mas ainda é cedo para saber o desfecho desse encontro.
— Primeiro ela.
Pousei os olhos em Safira, mais uma vez. E foi quando percebi seus
olhos lacrimejarem. Respirei fundo, contendo a fúria dentro de mim e
assenti com a cabeça.
— Sim, temos.
POR SAFIRA
— Viu só? Quer ser amiga dele? Primeiro, ele me rouba. Depois,
rouba você, te deixa com fome e ainda debocha do seu roubo mal sucedido?
— assenti com a cabeça na maioria das coisas que Leon mencionou, exceto
no roubo mal sucedido.
— Bom, não foi tão mal sucedido e... — sacudi a cabeça. — Isso
não vem ao caso. Eu quero te conhecer melhor e, odiaria saber que você
matou alguém! — confessei, sentindo o meu rosto corar de imediato,
quando seus olhos se arregalaram.
— Por favor, faça isso por mim. — pedi, voltando minha total
atenção a ele.
— Tudo bem?
É, agora não tem jeito. A vez dos meus órgãos chegou e...
— O meu pagamento.
— Acho que está faltando uns duzentos e poucos mil nessa conta,
não? — uni as mãos sobre o ventre e dei de ombros, me fazendo de tonta.
≠
Depois de toda aquela confusão, não me segurei no jantar e comi
quatro vezes. Ramon me encarava embasbacado, enquanto dona Elisa, não
segurava o riso.
— Sim, que sorte a minha, não apenas por ser rico, mas por tê-la
comigo... — Leon tombou a cabeça para o lado e fitou-me, ao ponto de me
deixar tão vermelha, que cheguei a engasgar.
— Isso é sério?
— Quero você, Safira. Quero como nunca quis outra coisa na minha
vida... — disse, usando aquele tom sexy me deixava toda arrepiada.
Ardi por inteira, sentindo o meu corpo ser consumindo pelo desejo.
A excitação me deixava tão úmida que eu facilmente poderia ser a cascata
de um chafariz.
— Ah.. — ofeguei.
— E então?
— Estou indo.
Eu não sou um bom homem, mas, por você, gata cinzenta, posso
tentar me endireitar. Sei que o futuro me reserva muitas surpresas ao seu
lado, afinal, espero alguém como você há muito tempo e, agora que
encontrei, ninguém irá nos separar...
≠
Alguns dias depois, viajamos para a sua cidade natal, Goiânia —
Goiás. Confesso que eu estava ansioso para conhecer a sua mãe, mas antes,
ela resolveu parar no Castro’s Park Hotel, onde tudo começou.
— Vamos...
— Como deu para notar, a minha mãe é tão maluquinha quanto eu...
— ela comentou, sem jeito.
~FIM~
SOBRE O AUTOR:
RODOLPHO SOUSA TOLEDO, mais conhecido como Tom
Adamz. O autor atingiu a marca de dez milhões de leituras na Amazon.
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