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11.1 A BAUHAUS
Por causa do avanço dos meios da produção industrial no século 19, a ainda
existente unidade entre projeto e produção estava diluída. A idéia fundamental de
Gropius era a de que, na Bauhaus, a arte e a técnica deveriam tornar-se uma nova e
moderna unidade. A técnica não necessita da arte, mas a arte necessita muito da
técnica, era a frase-emblema. Se fossem unidas, haveria uma noção de princípio
social: consolidar a arte no povo.
O curso básico foi continuado por László Moholy-Nagy e mais tarde por
Josef Albers. Suas metas eram: "Inventar construindo e reparar descobrindo".Tanto
Albers quanto Itten metodologicamente eram indutivos na configuração. Isto quer
dizer que deixavam os alunos procurar, provar e experimentar. A capacidade
cognitiva era, desta forma, indiretamente estimulada. Apesar de a teoria não ser
privilegiada, da análise e da discussão de experimentos eram tiradas conclusões
que então se concentravam em uma "Teoria Geral da Configuração".
Mies van der Rohe foi indicado como novo diretor, porém em 1932 os
nacional-socialistas fecham a Bauhaus em Dessau e Mies procura continuar a
Bauhaus em Berlim como uma entidade independente e privada. Em 20 de Julho
1933, apenas alguns meses após a "captura do poder" por Adolf Hitler seguia-se a
autodissolução da Bauhaus.
Com o postulado de Walter Gropius "Arte e Técnica - uma nova unidade", foi
criado um novo tipo de profissional para a indústria, alguém que domine igualmente
a moderna técnica e a respectiva linguagem formal. Gropius criou com isso os
fundamentos para a mudança da prática profissional do tradicional artista/artesão no
designer industrial como conhecido atualmente.
Mas esse curto período foi suficiente para fazê-la entrar para a história da
cultura, da arquitetura, do design e das artes. Neste ano de comemorações, um
novo aspecto da Bauhaus vem à tona: seu pioneirismo na área de comunicação
social, mais precisamente no segmento de relações públicas e assessoria de
imprensa, conforme pesquisa de uma equipe coordenada pelo professor e
pesquisador de comunicação social Patrick Rössler, da Universidade de Erfurt.
começo dos anos 1920, Gropius elaborou tanto uma missão quanto uma identidade
corporativa para a Bauhaus, quando esses conceitos de marketing ainda nem
existiam.
Esta medida incomum na década de 1920, ainda mais para uma escola de
arte, ajudou Gropius a ter um panorama da opinião pública e planejar objetivamente
a divulgação de comunicados à imprensa (press-releases) e a publicação de artigos
próprios.
Em Dessau, a Bauhaus foi dirigida por Hannes Meyer e por Ludwig Mies van
der Rohe. Enquanto em Weimar a escola vivera uma fase expressionista, em
Dessau enveredou pelo formalismo construtivista.