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TOPOGRAFIA I

Aula 03

Professor: Herman Mendes Dumby

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TOPOGRAFIA I

Teoria de erros
Importancia na Engenharia Civil:

 Estuda a forma em que se apresentam os erros no processo de medição das


magnitudes físicas.
 Permite conhecer a confiabilidade das magnitudes que mede
 Em Topografia onde tudo o trabalho de realização do plano é em função das
magnitudes medidas no terreno é muito importante saber que erros estão
presentes em cada tipo de medição e o valor ditos erros.

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TOPOGRAFIA I

Teoria de erros
Definições:

 Magnitudes matemáticas: São aquelas nas que o valor não procede da


medição da mesma pelo que se conhece de forma exata, sem erros.
 Magnitudes físicas: São aquelas nas que o valor procede da medição pelo que
estão afetadas por algum erro.

 Valor real: Toda magnitude física tem um valor exato, sim error e se denomina
valor real, este valo não se conhece devido a presença dos erros (erro real).
 Valor observado: Quando se mede uma magnitude física obtém-se um valor
que é chamado de valor observado e que em geral é diferente para cada
medição. A medida que a ciência se desenvolve se consegue que:
Valor observado  Valor real.

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Erros e equivocações
Definições:

 Erros: São os inevitáveis discrepâncias entre os diferentes valores observados


de uma magnitude física.
 Equivocações: São as diferenças que em ocasiões surgem entre um valor
observado e os restantes valores, e que são devidas a faltas de atenção no
trabalho de medição. São o resultado de uma deficiência no trabalho de
medição.

Erros Equivocações
• São de pequeno valor • São de grande valor
• São inevitáveis • São evitáveis
• Sus causas são intrínsecas ao processo • Sua causa é uma incorreta aplicação do
de medição método de medição.
• Se devem a uma lei (física o • Não se devem a uma lei
probabilística)

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Classificação dos erros atendendo a sua causa


Os erros, atendendo a sua causa se classificam em:
 Pessoais
 Instrumentais
 Naturais

• Os erros pessoais tem sua causa nas limitações dos sentidos do


observador, principalmente o sentido da visão (quem?)
• Os erros instrumentais tem sua causa nas limitações dos
instrumentos de medição. Quanto mais aperfeiçoado é o instrumento
e o método de medição menores serão os erros instrumentais (com
que? e como?)
• Os erros naturais tem sua causa nas variações das condições
naturais do lugar onde se executa a medição, por exemplo: variação
de temperatura, humidade, pressão atmosférica, velocidade do vento,
iluminação, etc. (onde?)
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Classificação dos erros atendendo o lei de ocorrência


Os erros, atendendo a o lei de ocorrência se classificam em:
 Sistemáticos
 Acidentais

Erros sistemáticos:
São regidos por uma Lei Física que uma vez estabelecida permite
conhecer a magnitude e o signo do erro, pelo que pode introduzir-se uma
correcção que compense o seu efeito.

• Constantes: mantém o seu valor e signo todo o processo de medição.


Ex. o erro devido a calibração de uma trena de aço.
• Variáveis: Sua magnitude e signo variam durante o processo de
medição.
Ex. erro por temperatura sobre uma trena de aço.

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Classificação dos erros atendendo o lei de ocorrência


Erros acidentais:
São regidos por uma Lei Probabilística que permite em ocasiões
estabelecer sua magnitude, mais nunca seu signo.
Como não pode conhecer-se o seu signo não podem corrigir-se. Seu valor
é em geral mais pequeno que os sistemáticos.

Sistemáticos Acidentais
 São regidos por uma lei física  São regidos por uma lei Probabilística
 Pode-se determinar sua magnitude e  Se pode determinar a magnitude mais
sinal. não a sinal.
 Podem ser corrigidos.  Não se podem corrigir.
 São de maior valor que os acidentais  São de menor valor que os
sistemáticos

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Erros nas medições com o teodolito


Erros sistemáticos (instrumentais):
São errores de tipo instrumental devidos fundamentalmente a imperfeições no
ajuste do instrumento.
O teodolito para o seu correto funcionamento deve cumprir determinadas
condiciones geométrico- mecânicas e o não cumprimento de ditas condições
introduze erros sistemáticos nas medições angulares.

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Erros nas medições com o teodolito


Erros sistemáticos (instrumentais):

Os três eixos do equipamento tem que ser concorrentes em um


único ponto, que é o vértice dos ângulos medidos com o
instrumento.

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Erros nas medições com o teodolito


Erros sistemáticos (instrumentais):

As condições são:
•Perpendicularidade entre o eixo geral e a tangente a buzula do eixo.
•Não torcedura do eixo.
•Horizontalidade e verticalidade dos fios do retículo.
•Perpendicularidade entre o eixo de colimação e o eixo transverso.
•Perpendicularidade entre o eixo transverso e o eixo geral.

Pelo que existirão 5 erros sistemáticos, cada umo associado ao


não cumprimento de uma condição.

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Erros nas medições com o teodolito


Erros acidentais (pessoais):

São erros de tipo pessoal associados fundamentalmente as limitações


na vista do observador.

• Erro de verticalidade
• Erro de direcção
• Erro de pontaria ou colimação
• Erro de leitura

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Erros nas medições com o teodolito


Erros acidentais (pessoais):

• Erro de verticalidade:
É o resultado da imperfeita centralização da borbulha do nível que
produzem que o eixo do instrumento não este totalmente vertical, pelo
que o limbo não está perfeitamente horizontal.

Para ângulos verticais Ev=  1/3 S”


Para ângulos horizontais Ev=  1/12 S”

Ev: error de verticalidade


S : sensibilidade do nível

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Erros nas medições com o teodolito


Erros acidentais (pessoais):

• Erro de direção:
É o resultado da imperfeita centralização do teodolito no ponto de
estacão e na sinal no extremo do alinhamento.

Ed = erro de direção (“)


Es = erro de sinal (m)
Ee = erro de estação (m)
Ρ” = 206265”
D = distancia entre teodolito e sinal (m)

Este erro é direitamente proporcional a Ee e Es e inversamente proporcional a


distância, pelo que este erro resulta muito perigoso em visuais curtas que deverão
sempre evitar-se.

É recomendado empregar visuais  (80-100)m

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Erros nas medições com o teodolito


Erros acidentais (pessoais):

• Erro de pontaria ou colimação:


É o resultado da imperfeita bissecção do sinal devido as limitações da
vista do observador.

10´´  4 A
Ângulos horizontais: Ep”   1  
A  100  A = aumento do lente

20´´  4 A
Ângulos verticais: Ep”   1  
A  100 

Este erro é inversamente proporcional a A

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Erros nas medições com o teodolito


Erros acidentais (pessoais):

• Error de leitura:
Não é considerado nos teodolitos eletrónicos.

Erro acidental resultante

Para ângulos verticais: ET  EV  E p  E L2


2 2

ET  EV  E d  E p  E L2
2 2 2
Para una direção horizontal:

ET: erro acidental resultante ou erro total.

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Erros nas medições com o teodolito


Erros acidentais (pessoais):

Para um ângulo horizontal

ET  EV  Ed  E L  E L2  E P2  E P2
2 2 2

Existem dois erros de leitura e de pontaria porque o ângulo tem


duas direcções

Os erros de verticalidade e direcção não dependem do numero de


direcões mais do posicionamento do teodolito.

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Erros nas medições com trena


Erros sistemáticos:
Erros Inerentes ao alinhamento
Sistemáticos Inerentes ao instrumento de medição (trena)

Inerentes ao • erro por alinhamento


alinhamento • erro por inclinação
• erro por altitude

Os erros inerentes ao
alinhamento não
dependem do
instrumento, mais sim da
localização da direcção
medida.
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Erros nas medições com trena


Erros sistemáticos:

• erro por trena (calibração)


Inerentes ao • erro por temperatura
instrumento de medição • erro por catenária
(trena) • erro por tensão

Dos erros anteriores os mais importantes pela sua magnitude são:


• erro por inclinação
• erro por temperatura
• erro por catenária
• erro por tensão

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Erros nas medições com trena


Erros sistemáticos: Erro por inclinação
(falta de horizontalidade da trena)

Di : distância inclinada (m)


D: distância horizontal (m)
Z: desnível entre A e B (m)
Ei = erro por inclinação
Ei = Di – D
(que será sempre + porque Di>D)

Di  D 2  Z 2  Ei  D Ei  D 2  Z 2  D

que pode transformarse por em serie:


Ci = correcção por inclinação (m)
Z 2
Ei  logo sim Ci  Ei então Z 2
2D Ci  
2D
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Erros nas medições com trena


Erros sistemáticos: Erro por temperatura (trena de aço)

CTemp  Ln Tn  TC 


m  1
  0.0000116 C coeficiente de dilatação linear da trena de aço
m

Ctemp = correcção por temperatura (m)


Ln = longitude nominal da trena de aço (m)
Tc = temperatura calibrada da trena de aço (ºC)
Tn = temperatura de trabalho o nominal (ºC)

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Erros nas medições com trena


Erros sistemáticos: Erro por catenária: é a curvatura ou barriga
que se forma ao tensionar a trena; que ocorre
devido ao seu peso e seu comprimento.

 W 2  L3n  Z 2 
CCat   1  2 
2 
 24  Ts n  Ln 

Ccat = correcção por catenária (m)


W = peso por unidade de longitude da trena (g/m)
Ts = tensão nos extremos (g)
Ln = longitude nominal da trena de aço (m)
z = desnível entre os pontos extremas da trena (m)

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Erros nas medições com trena


Erros sistemáticos: Erro por tensão

CTension 
LC
Tsn  TsC 
AE

Ccat = correcção por tensão (m)


Kg
E = modulo de elasticidade do açõ E  2  10 6
cm 2
A = area da secção tranversal da trena (cm2)
Lc = longitude calibrada da trena de aço (m)
Tsn = tensão nominal (kg)
Tsc = tensão calibrada (kg)

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Erros nas medições com trena


Erros acidentais:

• não coincidência das marcas


Proprios da medição
• a incorrecta contracção dos
pontos extremos

Remanescentes dos Aparecem como erros


erros sistemáticos remanescentes de cada erro
sistemático

ERT  ER1  ER 2  ....  ERn


2 2 2

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CONCLUSÕES

Os erros sistemáticos têm que ser eliminados


mediante as correções ou técnicas
correspondentes para poder aplicar a teoria
de erros que solo tem em conta os erros
acidentais.

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FIM

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