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Prova Geral

TIPO
Ciclo de Simulados
Dia 1
CS-1

RESOLUÇÕES E RESPOSTAS
QUESTÃO 1: Respostas
a) Sim. As atitudes do narrador jornalista parecem orientadas e governadas por pessoas que morreram, na medida em que o
romance apresenta sua obsessão em descobrir as causas de um suicídio que ocorreu mais de seis décadas antes do início de
sua pesquisa.
b) O personagem que narra o trecho é Manoel Perna, engenheiro da cidade de Carolina, no Maranhão. Perna foi amigo do
antropólogo norte-americano Buell Quain, que se suicidou nas matas brasileiras em 1939. O engenheiro não é o único narrador
de Nove Noites. A maior parte do livro é narrada, em primeira pessoa, por um jornalista que não se identifica, e que se dedica a
pesquisar as razões da morte do cientista, com o intuito declarado de escrever um romance.

QUESTÃO 2: Respostas
a) Segundo o cigano, a estrela do destino de Tiradentes tem duas metades muito bem configuradas: uma, com “grande brilho”,
está relacionada à sua consagração póstuma como grande herói da pátria, e vem confirmada no poema por meio de expressões
como “se ilumina”, “glorificado”, “elevado”, “sobre um astro divino”; a outra metade traz um “brilho nublado”, e sugere os suplícios
que o alferes sofreria ainda em vida. Esse aspecto negativo vem retomado em expressões como “sombrio”, “sozinho”, “correndo
grande perigo” e “num poste enforcado”.
b) Sim. Conforme o título do poema, o enunciador é um cigano e, portanto, relacionado a uma cultura tradicionalmente associada a
formas de leitura divinatória da realidade. O enunciador consegue ter acesso ao destino de Tiradentes apenas por olhar para ele.

QUESTÃO 3: Respostas
a) Sim. O vaqueiro trouxe a informação de que Vó Benvinda era “mulher-atoa”, expressão popularmente relacionada a prostitutas.
As ações de Nhanina muitas vezes sugerem comportamento adulterino, o que indica que ela, como a mãe, tinha relacionamentos
com múltiplos homens. A irritação de Vovó Izidra com Nhanina se explica pelos rumores de que a sobrinha tinha uma relação
com o próprio cunhado, tio Terez. Por sua vez, Nho Bero, marido de Nhanina, apresenta ciúme doentio da esposa, especialmente
com o Tio Terez e, posteriormente, com o vaqueiro Luisaltino, a quem acaba assassinando.
b) Não. O Dito é um personagem que, embora mais novo do que Miguilim, mostra-se mais sábio e capaz de compreender as
questões que marcavam o universo dos adultos. Isso se verifica, neste caso, pelo fato de o Dito saber uma informação relevante
a respeito de sua vó.

QUESTÃO 4: Respostas
a) O Humanitismo prega a guerra como a expressão natural da existência, em que há, naturalmente, vencedores e vencidos,
opressores e oprimidos. Como esses fatos são inerentes à experiência social humana, o melhor, segundo a teoria de Quincas
Borba, é estar entre os vencedores. O aforismo, portanto, remete ao significado de que é melhor ser o que chicoteia do que ser
aquele que é chicoteado.
b) As raízes secas são associadas à trajetória de Rubião em Barbacena, onde fora um modesto professor, que fracassara em
vários projetos e era visto com desdém por vários de seus conterrâneos. As batatas, por sua vez, simbolizam para ele a glória
de poder se vingar e desfrutar de uma vida luxuosa, proporcionada pela vultosa herança que Quincas Borba lhe deixara.

QUESTÃO 5: Respostas
a) Trata-se de uma gradação. Ela manifesta a intensidade do descontentamento contra as medidas de Graciliano e nos permite
concluir, considerando o parágrafo, que os fazendeiros que criavam animais nas praças ficaram mais descontentes com ele e
reagiram de forma mais intensa do que as pessoas que tiveram seu “cisco” removido ou do que as pessoas que discordaram da
matança de cães.
Observação: como o item questiona a função da gradação no contexto do parágrafo, é importante, para que essa função fique
bem explicada, que a resposta faça referência também aos outros grupos de descontentes citados, mas que não ficaram tão
descontentes quanto a gradação final dá a entender.
b) O trecho, reescrito, assume a forma: “incinerei monturos imensos, dos quais a Prefeitura não tinha recursos para se livrar”.

QUESTÃO 6: Respostas
a) O desastre natural que motivou a criação da letra é o excesso de chuvas, como revela explicitamente a passagem “o sol arretirou/
Fazendo cair toda a chuva que há”. Também o verso “Pedi pra chover, mas chover de mansinho” revela o problema enfrentado,
já que permite perceber que o problema não foi o fato de ter chovido, em si, mas a intensidade da chuva, que não foi “mansa” o
suficiente. Também podem servir como justificativa as diversas passagens em que o eu lírico pede perdão por ter pedido chuva,
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ANGLO VESTIBULARES

tais como “perdoe este pobre coitado/ Que de joelhos rezou um bocado/ Pedindo pra chuva cair sem parar”; “Desculpe eu pedir
a toda hora pra chegar o inverno” (época mais chuvosa do ano, na região), “Desculpe eu pedir para acabar com o inferno/ Que
sempre queimou o meu Ceará”.
b) Trata-se da função apelativa, conativa ou exortativa da linguagem. São marcas dessa função a presença de verbos no imperativo
(tais como “perdoe/desculpe”), de vocativos (“Deus”, “Senhor” e “Meu Deus”) e de pronomes que representam o interlocutor,
como o pronome “se” em “o senhor se zangou” e “lhe” em “ter-lhe pedido cheinho de mágoa”.

QUESTÃO 7: Respostas
a) No contexto do poema, o pretérito imperfeito foi empregado para manifestar eventos iterativos, ou seja, frequentes, que se
repetiam. Já o pretérito perfeito expressa um evento pontual, breve, imediato.
b) Trata-se do verbo “tocar”, que pode ser interpretado nos sentidos de:
– “causar abalo, impressionar, sensibilizar, comover”;
– “pôr a mão em, pegar” (em um contexto de relação amorosa);
– “dar-se conta, perceber”.

QUESTÃO 8: Respostas
a) Vou atrair a mira da Susie, aí você chega por trás e atinge-a (a atinge) com o balão d’água.
B) Escute aqui, cérebro de minhoca. Nossa estratégia é a seguinte: eu vou por esse lado da casa, e você vai pelo outro lado.
Escuta aqui, cérebro de minhoca. Nossa estratégia é a seguinte: eu vou por esse lado da casa, e tu vais pelo outro lado.

QUESTÃO 9: Respostas
a) O trecho é “no meio do cabelo tinha um buraco, tinha um buraco no meio do cabelo”. No original, de Drummond, a pedra é uma
figuração dos problemas, dos entraves, dos obstáculos que estão no caminho do eu lírico. De forma análoga, o “buraco” – que
no contexto é referência à ausência parcial de cabelos – é o problema, o entrave que prejudica o cabelo e que atormenta o
cronista. Ao remeter ao poema, o enunciador expressa que a calvície o afeta tão intensamente quanto o eu lírico é afetado pela
presença da pedra em seu caminho.
b) Preferia mil vezes um chifre em espiral a um lago róseo de pele.

QUESTÃO 10: Respostas


a) As aspas servem para assinalar a presença de discurso direto/de uma citação literal.
b) Baskut Tunkat refere-se à contradição de a União Europeia proibir o uso de determinados agrotóxicos em seu território, mas
permitir a venda desses mesmos agrotóxicos a outras nações.

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