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SESI/SENAI – Centro Educacional Isolina Ruttman

Ciências da Natureza e suas tecnologias - biologia


Prof.ª: Inês Cirlei B. Fernandes

Ação do Sistema Nervoso sobre


o sistema excretor e urinário

Vilhena
2020
ANA JULIA ALCANTARA ANTUNES
BRENDA LAZARETI BETTIO
BIANCA PEREIRA TEIXEIRA
DANDARA AIDÊ DE ALBUQUERQUE FERREIRA
REBECA ESPÍNDOLA STÉDILE
THALIA LAZZARETTI LIMA

Ação do Sistema Nervoso sobre


o sistema excretor e urinário

Trabalho apresentado na área de conhecimento


Ciencias da Natureza e suas tecnologias, com o
auxilio da professora Inês Cirlei B. Fernandes,
como nota parcial do 2° bimestre.

Vilhena
2020
O que é o sistema excretor?
O sistema excretor desempenha a função de eliminar todos os resíduos tóxicos
ou substâncias que estão em excesso em nosso organismo, desempenhando
um papel de controle da composição química no ambiente interno e da
temperatura. Esses resíduos advém de reações químicas que ocorrem no
interior das células durante o processo de metabolismo, alguns desses resíduos
são: gás carbônico, ureia, ácido úrico, amônia, cloreto de sódio e compostos
nitrogenados. A eliminação dessas substâncias ocorrem por meio do suor, urina
(através do sistema urinário) e respiração (através do sistema respiratório).

Órgãos que compreendem esse sistema, na eliminação do(a):


- Respiração: o pulmão, faringe e traqueia;
- Suor: Glândulas sudoríparas;
- Urina: Rins, ureteres, bexiga e uretra.

Como ocorre a eliminação do suor?


A excreção de suor tem o papel de controlar a temperatura interna do organismo,
ou seja, quando a temperatura interna aumenta, devido ao esforço físico, ao
ambiente externo ou ao metabolismo a eliminação de suor ajuda a refrigerar o
corpo e eliminar o calor. Ele é um líquido produzido pelas glândulas sudoríparas
que estão na derme. Existe cerca de dois milhões de glândulas sudoríparas
espalhadas pelo corpo, a maioria localizada no rosto, palma das mãos e planta
dos pés. Essa glândula possui uma parte espiralada onde ocorre a fabricação do
suor, e por seguinte é interligada até o poro na superfície da pele por um ducto
e através dele será eliminado o suor. Nessa eliminação ocorre a excreção de

água, ureia, ácido úrico e cloreto de sódio, alguns medicamentos como vitaminas
e antibióticos, e alimentos como cebola e alho também podem ser eliminados.
Classificação das glândulas sudoríparas:
- Glândula écrina: encontradas em todo o corpo, mas principalmente nas
palmas das mãos, plantas dos pés e testa, são glândulas pequenas e estão
ativas desde o início da vida.
- Glândula apócrina: também encontradas em todo o corpo, mas principalmente
nas axilas e na região genital-anal, elas passam a ficar ativas durante a
puberdade, são glândulas grandes e não terminam em poros mas sim em
folículos capilares.

A ação do sistema nervoso na produção do suor:


O sistema nervoso é dividido em, sistema nervoso central que compreende o
encéfalo e a medula espinal, e sistema nervoso periférico que é composto por
nervos e gânglios. Por seguinte o sistema nervoso periférico é dividido em
somático e autônomo, na produção de suor quem atua nessa função é o sistema
nervoso periférico autônomo, desempenhando ações involuntárias do
organismo, que no caso é suar. O sistema nervoso autônomo também pode ser
dividido em simpático e parassimpático. No caso é o sistema nervoso autônomo
simpático que está conectado as glândulas sudoríparas écrinas e apócrinas.
Dessa forma quando alguém está em estado de alerta e ansiedade, ocorrem a
liberação de certos hormônios como a adrenalina e noradrenalina, influenciando
a produção de suor, e aumentando a transpiração.

O caminho do sistema nervoso:


Quando ocorre um aquecimento interno do organismo, os termorreceptores dos
neurônios sensoriais que detectam o aumento da temperatura interna, vão
transmitindo essa informação de um neurônio para o outro, na ordem: dendrito,
corpo celular e axônio, ao final do axônio ocorrerá as sinapses físicas e químicas
que transferem essa informação na fenda sináptica, e será enviado para o
próximo neurônio e assim por diante, até chegar ao sistema nervoso central.
Quando a informação chega ao encéfalo o hipotálamo que tem a função de
controle da temperatura corporal, receberá esse estimulo, além da alta
temperatura sanguínea que passará pelo local, e por meio dos neurônios
associativos, interpretarão a mensagem da alta temperatura, e geração uma
resposta, por seguinte está levada através dos neurônios efetuadores, irá ativar
o centro de perda de calor do hipotálamo, essa região irá inibir o centro de
produção de calor, permitindo a vasodilatação dos vasos capilares presentes na
pele, aumentando o fluxo sanguíneo e liberando o calor no ambiente, além disso
a resposta gerada da alta temperatura pode estimular o sistema autônomo
simpático que também por meio dos neurônios efetuadores, levaram a
mensagem através dos nervos simpáticos e estimularam as glândulas
sudoríparas écrinas e apócrinas a produzirem o suor, que será eliminado na
superfície da pele e sua evaporação causará o resfriamento do corpo.

Termorreceptores encéfalo hipotálamo centro de


h
t
perda de calor
t
p
s Ocasionando:
: Vasodilatação Suor
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Problemas ou doenças m relacionadas:
/
- Hiperidrose: É uma condição médica que causa uma transpiração excessiva
3
e imprevisível e pode ocorrer
0
mesmo quando o indivíduo está em repouso. É
-
p
r
o
d
ocasionada devido a hiperatividade das glândulas sudoríparas, produzindo em
excesso as glândulas écrinas. Os locais mais afetados são as mãos, pés, crânio,
axilas, virilhas e rosto, mas pode ocorrer em todo o corpo e regiões incomuns.
Tem como consequência o mal estar social e desconforto físico e emocional
devido o suor excessivo.
- Hiperidrose primária: Quando o suor excessivo afeta as mãos, pés e axilas
principalmente, ocorre devido a situações de nervosismo e stress, podendo
afetar pessoas sensíveis a temperatura ambiente ou a estímulos, como o
consumo de alimentos condimentados. Afeta cerca de 2% a 3% da população,
contudo menos de 40% busca auxílio médico. Pode ser o resultado de um
sistema nervoso excessivamente ativo, ou acredita-se de acordo com os
médicos que possa ser um problema hereditário.
- Hiperidrose secundária: Ocorre quando ela é resultado de outra condição
médica ou o uso de algum medicamento, o suor pode ocorrer em todo o corpo
ou em partes específicas. Algumas doenças que podem acarretar essa condição
são: condições associadas a ansiedade, hipertireoidismo, câncer, doença
cardíaca, diabetes, alterações hormonais, menopausa e entre outras.

Tratamento
Pode ser clínico ou cirúrgico. Em casos mais leves, o médico pode indicar
medicamentos via oral, e de uso tópico, o uso de antitranspirantes específicos,
e a aplicação de botox também pode auxiliar. Já em casos mais graves, o
tratamento pode ser cirúrgico, vai ocorrer a retirada das glândulas sudoríparas
da região afetada, ou de gânglios da cadeia simpática, procedimento chamado
de simpatectomia.

O que é o sistema urinário?


O sistema urinário, tem a função de filtrar as impurezas contidas no sangue,
produzir a urina, armazená-la e eliminá-la. Essas impurezas advém das reações
metabólicas que ocorrem no interior das células, e os resíduos resultantes
dessas transformações são eliminados pelas células no sangue.

Órgãos que compreendem esse sistema, na:


- Produção da urina: Dois rins
- Condução e eliminação da urina: Dois ureteres e uretra
- Armazenamento da urina: Bexiga

Como ocorre a formação e eliminação da urina?


A produção da urina ocorre nos rins, eles são ligados ao sistema circulatório por
meio das artérias renais, por onde o sangue chega. Após a chegada, o sangue
é levado pelas ramificações dessa artéria até o córtex renal onde se encontram
os néfrons, essa é a região onde será filtrado. O néfron é composto pelo
glomérulo e cápsula glomerular, local onde o sangue chega em alta pressão e
parte do plasma do sangue, que contém certas substâncias como água, sais
minerais, ureia, ácido úrico e amônia saem da corrente sanguínea e passam
para os túbulos renais, onde parte deles será reabsorvidos devido sua
importância, e outros que serão descartados continuam o trajeto pelo túbulo
coletor, formando a urina, que por seguinte desembocará nos ureteres, sendo
levada até a bexiga onde será armazenada, após a bexiga estar cheia, e o
indivíduo decidir urinar, ocorre um relaxamento do esfíncter e a urina flui pelo
uretra sendo eliminada. Em seguida o sangue filtrado sai dos rins pelas veias
renais.

A ação do sistema nervoso na eliminação da urina:


O sistema nervoso periférico, formado por nervos e gânglios, e dividido em
somático e autônomo, fazem parte da eliminação da urina. O sistema nervoso
periférico somático, realiza as ações voluntárias, controladas pelo indivíduo,
neste caso, se relaciona com o relaxamento do esfíncter (externo) de músculo
estriado, permitindo o controle sobre quando é o momento adequado de urinar,
além disso pode ocorrer a ação voluntária dos músculos da parede abdominal e
do assoalho pélvico que se contraem e aumentam a pressão sobre a bexiga,
auxiliando na eliminação urinária. O sistema nervoso periférico autônomo,
responsável pelas ações involuntárias, é dividido em simpático e parassimpático.
O sistema nervoso parassimpático tem o papel de contrair a bexiga, por meio da
pressão sobre o músculo detrusor presente na bexiga, no momento da
eliminação da urina. Já o sistema nervoso simpático contrai o esfíncter (interno)
de músculo liso. Além de todas essas ações, o sistema nervoso central terá a
função de fazer o processamento das informações, e identificar se a bexiga está
cheia, dando respostas para conter ou permitir a micção.
O caminho do sistema nervoso:
Quando a bexiga fica cheia, o estiramento na parede da bexiga estimulará os
receptores dos neurônios sensoriais, que enviaram esse estímulo na ordem:
dendrito, corpo celular e axônio, essa mensagem será passada para o próximo
neurônio nas fendas sinápticas, por sinapses físicas e químicas. Esses
neurônios conduziram o impulso através dos nervos espinais S2 a S4, até a
chegada do impulso no sistema nervoso central, primeiramente chegando na
medula espinal e posteriormente chegará até o encéfalo. Quando a mensagem
chega ao encéfalo é levado até o córtex sensorial do cérebro, onde os neurônios
associativos interpretação o estímulo e desencadeiam a percepção da
necessidade de urinar. Após essa percepção, dependendo do seu contexto o
indivíduo decide se irá urinar ou não, até o momento o esfíncter externo
permanece contraído, sobre controle voluntário. Se a resposta for negativa, o
centro de inibição da micção no lobo frontal será acionado, impedindo a
eliminação da urina. Quando a decisão de urinar é tomada, a região do lobo
frontal relacionada a inibição da micção é desativada, e a mensagem para
permitir a eliminação da urina é levada por neurônios efetuadores, até o córtex
motor, que coordenará o relaxamento do esfíncter interno por fibras nervosas
alfa simpáticas, o relaxamento do esfíncter externo por fibras colinérgicas
advindas do nervo pudendo e a contração da bexiga pelas fibras nervosas
colinérgicas parassimpáticas, iniciando a micção.
Receptores da bexiga encéfalo lobo frontal
h h
t
h

t
t t
desativa: Centro de inibição
p da micção ativa: córtex motor
p
s s
h

: :
/ /
/ /
Inicia micção
w w
Problemas ou doenças relacionadas:
w w
w w
- Bexiga neurogênica: É uma disfunção da bexiga,
.
que fica flácida ou espástica,
.
causada por lesões neurológicas, como lesões a na medula, AVC, ou tumores. É
a
advinda de condições que interrompem a função l da bexiga ou a sinalização
l
neurológica no local. Os sintomas podem incluir
m algum tipo de incontinência
m
(transbordamento, frequência e urgência) e aretenção. O diagnóstico pode ser
a
feito por meio de exames de imagem, urodinâmico
n e cistoscopia. O tratamento
n
abrange cateterismo, fármacos,
a
e cirurgia ema casos mais graves. Alguns tipos
são: q q
u
• Bexiga neurogênica hipotônica: u
Ou flácida, a bexiga não consegue ser
e e
contraída pelo sistema nervoso autônomo parassimpático, assim o volume que
s
a bexiga terá de armazenars é grande, resultando em transbordamento urinário,
através de um gotejamento o contínuo. Pode oser causada por uma lesão dos
s s
. .
c c
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m m
/ /
3 3
nervos periféricos ou da medula espinal no nível de S2 a S4, dessa forma o
sistema nervoso central não consegue identificar a bexiga como cheia.
• Bexiga neurogênica espástica: Ocorrem contrações involuntárias na bexiga,
e em momentos em que ela não está completamente cheia, desse modo o
indivíduo possui vontade de urinar constantemente, armazenando um volume
muito pequeno de urina. Além disso a contração do esfíncter e da bexiga não
são coordenados, podendo ocorrer um não esvaziamento completo da bexiga.
Pode ser o resultado de lesão encefálica ou lesão da medula espinal acima de
T12.
- Retenção e incontinência: São sintomas que acompanham a bexiga
neurogênica, e podem acompanhar outros problemas como diabetes, esclerose
múltipla e doença de Parkinson. A retenção, é ligada principalmente a não
coordenação de contrações entre o esfíncter e a bexiga, causando sensação de
esvaziamento incompleto e outras incontinências. Já a incontinência é a
eliminação involuntária da urina, podendo ser um gotejamento constante, micção
intermitente com ou sem percepção da necessidade de urinar, existem vários
tipos: de urgência, funcional, esforço e de transbordamento.
Bibliografia:
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