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HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DO VALE DO SÃO FRANCISCO

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PROCEDIMENTO
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Sumário

1. DEFINIÇÃO.......................................................................................................................................... 2
2. ABRANGÊNCIA ..................................................................................... Erro! Indicador não definido.
3. OBJETIVO............................................................................................................................................1

4. PROFISSIONAISENVOLVIDOS..............................................................................................................2

5. INDICAÇÃO ......................................................................................................................................... 2
6. CONTRA-INDICAÇÃO .......................................................................................................................... 3
7. MATERIAL NECESSÁRIO ..................................................................................................................... 3
8. DESCRIÇÃO DO PROCEDIMENTO.......................................................................................................3
9. REFERÊNCIAS......................................................................................................................................5
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1. DEFINIÇÃO
É um procedimento que efetua a limpeza das vísceras (intestino grosso) que consiste
na aplicação e drenagem de uma solução no reto, utilizado um cateter ou aplicador podendo utilizar
método manual de pressão ou gotejamento, promovendo a retirada de resíduos fecais, que são fontes
de processos intoxicativos do corpo. A remoção das fezes promove alívio da distensão abdominal,
flatulência, constipação e melena, dos pacientes internados nas unidades de internação no Hospital.

2. ABRANGÊNCIA
Todos os setores assistenciais do HU-UNIVASF que no qual tem pacientes internados que
necessitem do procedimento.

3. OBJETIVO
Facilitar o esvaziamento da ampola retal através da evacuação, aliviando a constipação
intestinal e em alguns casos para o preparo e realização de procedimento diagnóstico ou terapêutico,
como exames constratados, retossimoidoscopia, colonoscopia e enema medicamentoso e preparar o
intestino para cirurgias. Esse procedimento é utilizado para: facilitar a eliminação fecal; aliviar distensão
abdominal ocasionada pela flatulência; preparar pacientes para cirurgias ou exames (radiografia do
trato intestinal) e remover o sangue em caso de melena.

4. PROFISSIONAIS ENVOLVIDOS
Enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem.

5. INDICAÇÃO
 Clientes com constipação intestinal, que não responderam a medicamentos orais e
dietas laxativas.
 Clientes com fecaloma.
 Clientes em preparo para cirurgia ou procedimentos radiológicos e endoscópicos.
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 Clientes que necessitam de administração de medicamentos pela via retal.


 Clientes em pós-operatório.
6. CONTRA-INDICAÇÃO
 Lesões ou perfurações no cólon distal.
 Sangramento retal.
 Certas obstruções intestinais.
 Doenças inflamatórias agudas em cólon (diverticulite, apendicite, colite ulcerativa,
Doença de Crohn, hemorróida).
 Cirurgia recente em cólon e em próstata.
 Enfermidades cardíacas e renais severas.
 Desidratação.
 Mielossupressão.
 Alergia conhecida aos componentes da fórmula.
 Resistência à introdução do cateter retal.

7. MATERIAL NECESSÁRIO
 Equipamentos de Proteção Individual - EPI - (luvas de procedimento, avental, gorro,
máscara cirúrgica e óculos protetor).
 Bandeja.
 Biombo, se necessário.
 Comadre forrada com papel toalha, se necessário.
 Recipiente de descarte.
 Impermeável e lençol.
 Papel toalha, se necessário.
 Fralda descartável, se necessário.
 Lubrificante hidrossolúvel ou anestésico tópico (lidocaína gel a 2%).
 Frasco com a solução prescrita (comercial ou preparada) - (ex. água, solução
glicerinada, solução hipertônica de cloreto de sódio, solução oleosa, solução com
fosfato de sódio di e monobásico, outros).
 Materiais específicos para aplicação da solução prescrita pelo método de
compressão manual controlada- ENEMA (a depender do fabricante):
 Aplicador retal, que acompanha o frasco com solução de glicerina 12% OU;
 Bico aplicador anatômico, que vem acoplado no frasco com a solução.
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 Materiais específicos para a aplicação da solução prescrita pelo método de


gotejamento ENTEROCLISMA:
 Suporte de soro
 Equipo de soro
 Extensor, se necessário
 Fita adesiva ou cordão
 Cateter retal n° 18 a 24 para adultos e n° 10 a 16 para crianças
 Materiais para a higienização íntima

8. DESCRIÇÃO DO PROCEDIMENTO
 Confirmar a prescrição médica e verificar se há contraindicações
 Explicar o procedimento a ser realizado, as sensações esperadas e a sua
finalidade ao cliente e/ou familiar, obter o seu consentimento e realizar o exame
físico específico
 Reunir os materiais necessários na bandeja
 Colocar o biombo ao redor do leito, se necessário
 Higienizar as mãos
 Paramentar-se com os EPI’s
 Forrar o impermeável com o lençol e posicioná-lo sob o quadril do cliente
 Posicionar a fralda descartável aberta sob o quadril do cliente, se necessário
 Colocar o cliente em posição de SIMS (decúbito lateral esquerdo com o joelho
direito flexionado)
 Cobrir o cliente com o lençol, dobrando-o suficiente para expor somente a região
anal
 Abrir as embalagens dos materiais do enema
 Montar o sistema.

Por Gotejamento (enteroclisma)


 Conectar o equipo parenteral e, se necessário, o extensor ao frasco com a
solução prescrita. Preencher toda a extensão com a solução. Posicionar o frasco
no suporte de soro, em uma altura média de 45 centímetros acima da região
anal.
 Conectar o equipo ao cateter retal
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Por Pressão Manual Controlada (enema)

 Conectar o aplicador retal ao frasco com solução


 Lubrificar a extremidade do cateter/aplicador retal com gel hidrossolúvel ou com
anestésico tópico, com auxílio de uma gaze, e deixá-lo sobre a embalagem aberta
 Descobrir a região a ser manipulada e expor o orifício anal, afastando os glúteos
com a mão não dominante
 Solicitar ao cliente para respirar profundamente várias vezes pela boca,
enquanto introduz, lentamente, sem forçar, o cateter ou aplicador pelo orifício
anal, ao longo da parede retal em direção à cicatriz umbilical, cerca de 7 a 10
centímetros. Em crianças, introduzir de 5 a 7,5 centímetros e em bebês,
introduzir de 2,5 a 3,7 centímetros. Se houver resistência à introdução do
cateter, interromper o procedimento e comunicar ao médico
 Fixar o cateter com fita adesiva ou com cordão na pele adjacente ou na coxa,
respectivamente, se realizado o procedimento pelo método por gotejamento
 Observar/Orientar o cliente a relatar qualquer queixa durante a infusão da
solução e a manter-se na mesma posição durante a aplicação da solução
prescrita
 Orientar o cliente que, após a aplicação da solução, tente reter a solução pelo
maior tempo que conseguir (pelo menos, 3 a 5 minutos)
 Aplicar a solução prescrita.

Por Gotejamento (enteroclisma – 500 a 1000 mL)


 Abrir a roldana do equipo, controlando o gotejamento do volume da solução no
tempo prescrito (5 a 15 minutos). Reduzir o gotejamento ou pausá-lo por um
minuto, se observado ou relatado dor/desconforto. Se persistirem os sintomas,
interromper o procedimento e comunicar ao médico.
 Retirar o cateter, lentamente.
 Desprezar o cateter no recipiente de descarte.

Por Pressão Manual Controlada (enema – 50 a 500 mL)


 Comprimir o frasco com as mãos, iniciando pela parte distal e enrolando-o sobre
ele mesmo, lentamente, sem forçar, respeitando a tolerância do cliente, até
infundir quase todo o volume. Pausar a infusão por alguns segundos, se
desconforto não tolerado e dor. Se os sintomas persistirem, interromper o
procedimento e comunicar ao médico
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 Retirar o aplicador retal, lentamente


 Desprezar o aplicador retal no recipiente de descarte
 Comprimir as nádegas, caso o cliente tenha dificuldade/controle para contrair a
musculatura anal
 Encaminhar o cliente ao banheiro; ou colocar a comadre forrada com o papel-
toalha sob as nádegas ou ajustar a fralda descartável
 Deixar o cliente à vontade, quando for o caso e possível
 Observar o aspecto e o volume das fezes eliminadas
 Auxiliar o cliente na realização da higiene íntima, se necessário
 Recolher os materiais e retirar os EPI’s
 Dar destino adequado aos materiais utilizados
 Higienizar as mãos
 Proceder às anotações de enfermagem, constando: data e hora do
procedimento, indicação do enema, tipo de solução utilizada, volumes prescrito
e infundido, tempo de retenção, características e quantidade de fezes
eliminadas, presença de lesões anais e hemorroidas, orientações feitas e
presença de ocorrências adversas e as suas medidas tomadas

9. REFERÊNCIAS
BARROS, A. L. B. L.; LOPES, J. L.; MORAIS, S. C. R. V. Procedimentos de Enfermagem para a
prática clínica. Porto Alegre: Artmed, 2019. 470 p. ISBN 978-85-8271-571-0.
VOLPATO, A. C. B.; PASSOS, V. C. S. Técnicas básicas de ENFERMAGEM. São Paulo: Martinari,
2018.
POTTER, P. A.; PERRY, A.G.; STOCKERT, P.; HALL, A. Fundamentos de Enfermagem. 9ªed. Rio de
Janeiro: Elsevier, 2018.
CIAMPO, I.R.L.D., SAWAMURA, R., SILVEIRA, E.A.A.B., FERNANDES, M.I.M. Protocolo clínico e de
regulação para constipação intestinal crônica na criança. p.1251-61, 2017.
BRASIL. Conselho Federal de Enfermagem. Guia de recomendações para registro de
enfermagem no prontuário do paciente e outros documentos de enfermagem. Brasília:
COFEN, 2016.
SMELTZER, S. C.; BARE, B. G.; Brunner & Suddarth: tratado de enfermagem médico-cirúrgica.
13. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016. ISBN 978-85-277-2819-5.
BULECHEK, M. G.; BUTCHER, H. K.; DOCHTERMAN, J. M.; WAGNER, C. M. NIC: classificação das
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intervenções de enfermagem. 6. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016.


CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DA BAHIA. Realização de lavagem via colostomia pela
equipe de enfermagem. Parecer Coren-BA. N⁰ 013/2016, 2016.
CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE GOIÁS. Realização de fleet-enema pela equipe de
enfermagem. Parecer Coren-GO CTAP n°054/2015, 2015.
GUERRA, T.L.S., MARSHALL, N.G., MENDONÇA, S.S. Incidência, fatores de risco e prognóstico
de pacientes críticos portadores de constipação intestinal. Com. Ciência Saúde., v.22, n.2, p.
57-66, 2013.
TAYLOR, C.; LILLIS, C.; LEMONE, P. Fundamentos de enfermagem: a arte e a ciência do cuidado
em enfermagem. 7. ed. Porto Alegre: Artmed, 2014. 1349 p. ISBN 978-85-8271-061-6.
STACCIARINI, T. S. G.; CUNHA, M. H. R. Procedimentos Operacionais Padrão em Enfermagem.
Uberaba: UFTM, 2014. ISBN 978-85-388-0531-1.
CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SÃO PAULO. Lavagem intestinal. Parecer Coren-SP
CAT n°032/2010, 2010.

10. HISTÓRICO DE REVISÃO


VERSÃO DATA DESCRIÇÃO DA ALTERAÇÃO
1ª versão 03/12/2020

Aprovação

Laiany Nayara Barros Gonçalves ( Chefe da Unidade de Segurança


do Paciente)

Elaboração/ Revisão

Iara Suely Gonçalves Freire de Sá


Thiago Cabral de Souza Almeida
Valdirene de Sousa Silva Rodrigues
Erivane Pereira de Almeida Barboza
Maria Virginia Pires Miranda
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Ianni Emmanuela Santana de Almeida

Análise

Kátia Regina de Oliveira (Gerente de Atenção à Saúde)

Validação

Vanicleide Nunes Sá Luiz (Chefe da Divisão de Enfermagem)

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